Aulas Bruxaria Tradicional

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Pesquisa

Diagramação
Montagem
Uriel Aray

Colaboradora
Marcia Louise
CINCO DICAS PARA INICIANTES

1 Estude.
Estude de tudo um pouco, estude Wicca,
Bruxaria Tradicional, Helenismo, Druidismo,
enfim, tudo que conseguir,
afinal, quanto mais conhecimento melhor, não acha?

2 Cuidado com os falsos líderes espirituais.


Muita gente procura um Mestre que ensine Bruxaria,
você pode até procurar,
mas cuidado com os falsos mestres,
eles não querem que você evolua, e sim, seu dinheiro.

3 Não se junte a uma religião.


Ao se juntar a uma religião ou ordem logo no início,
os sacerdotes poderão te prender à vontade deles.
Antes de tudo, como eu já tinha dito, estude, estude e estude.
Depois que tiver bastante conhecimento seu caminho chegará até você.

4 Procure suas Divindades.


Não é obrigatório, mas tenho certeza que vão adorar.
Para isso, leia bastante sobre mitologia.

5 Não se desespere.
Muitos por aí saem correndo atrás de iniciação e covens,
vai por mim, não faça isso.
Muitos querem arrancar seu dinheiro e você vai perder seu tempo,
sem falar nos charlatões que cobram por iniciação.
PRINCÍPIOS DA BRUXARIA TRADICIONAL
por Ricardo Draco

- Paganismo;
- Politeísmo (culto específico de Deuses - sem misturas);
- Não Maniqueísta (Bem X Mal - Luz X Trevas);
- Preservação de Costumes/ Folclore;
- Raiz regional Européia;
- Magia Natural;
- Culto as manifestações da Natureza;
- Reconstrucionismo Europeu (antropologia);
- Culto não homogêneo embora restrito a Europa;
- Sem símbolo ou livro sagrado.
- De caráter iniciático.

Etimologia
Bruxaria - É um derivado de bruxa, cuja origem até hoje não foi
determinada com precisão. Embora alguns autores tentem provar que o
vocábulo proveio do latim, o mais provável é que ele já existisse em algum
dos dialetos falados na Península Ibérica antes da chegada dos romanos,
como foi o caso de bezerro, cama, morro e sarna. Esta hipótese é reforçada
pelo fato de só aparecer nas línguas ibéricas (português bruxa, espanhol
bruja, catalão bruixa); se viesse do latim, deveria também estar presente no
francês (que usa sorcière) e no italiano (que usa strega), que também
pertencem à família das línguas românicas.

Bruxa. [De uma base pré-romana *brouxa]. S. f.


- 1. Mulher que faz bruxarias; feiticeira, maga, mágica; As bruxas
eram perseguidas e castigadas pela Inquisição.
- 2. Mulher feia e/ou rabugenta.
- 3. Bras. Mariposa (1). Tipo de borboleta preta. Mariposa Bruja
"Ascalopha odorata". São conhecidas popularmente como bruxas
negras e foram descritas cientificamente pela primeira vez em por
Kart Von Linne.

Filosofia
Bruxaria é uma das diversas crenças advindo do conceito paganismo,
sua essência são os cultos pré-cristãos nascidos no CONTINENTE
EUROPEU, onde suas bases são opoliteísmo, a ancestralidade, o folclore
regional (costumes, práticas e espiritualidade de um povo). Bruxaria é uma
religião no tocante ao significado "reli gare" (religação/ reunir) e não como
uma instituição com um corpo hierárquico. Encontramos dentro desta
senda o culto de magia natural, a herbologia, o artesanato e o contato
espiritual homem/ natureza.

Opinião do autor
Esta é a base filosófica do que é Bruxaria, qualquer pessoa que desvie
disso, que fale de Bruxaria Tibetana, Japonesa, Marroquina, Árabe,
Chinesa, falta com o conceito básico. Bruxaria Tradicional, ou
simplesmente bruxaria, p. ela já prega o conservadorismo, ou seja, práticas
orientais, esotéricas, falar de karma, etc... NÃO fazem parte da Bruxaria
Tradicional que é REGIONALIZADA, é de PRESERVAÇÃO Folclore/
Costumes.

Qualquer filosofia fora destes princípios pode ser


tomada como CRENÇAS tradicionais, estas crenças
existem no mundo todo, muitas pagãs e que
preservam suas características. Outro erro
conceitual é misturar "mordenices" com cotidiano,
Bruxos Tradicionais moram em cidades também,
acessam internet, mas todo o cotidiano de suas
vidas não lhes dá propriedade para adicionar
conceitos advindos de outras religiões com a
desculpa de "atualizar".

Estamos no Brasil, o Budismo continua sendo


Budismo mesmo estando em terras brasileiras, o
Hinduísmo também, honrar a terra que esta abaixo
de seus pés não quer dizer que se tornará um Bruxo
da etnia indígena Xavante, entendem a sutileza?
Bruxos Tradicionais pregam a diversidades dos
elementos, são politeístas, não são dualistas tal
como podemos encontrar no Maniqueísmo (luz X
trevas - bom x mau - homem x mulher).

Na Bruxaria Tradicional respeitamos o poder da


consciência, com isso NÃO levantamos bandeiras do
Ativismo Ecológico como obrigatoriedade, bem como
Não estamos ligados a movimentos feministas ou de
diversidade sexual. O Fato de possuir aptidões para:
Folclore, Ervas, Culinária, Ocultismo ou
Hereditariedade Pagã, não lhe dá o reconhecimento
por um caminho, nós estamos de pleno acordo que
ser adepto de um caminho envolve filosofia, devoção,
persistência, crença, atos e iniciações. Respeitamos
as influências de outros povos na Europa, porém
Bruxaria Tradicional é cabível somente ao
regionalismo Europeu, tal como todas as sendas possuem seus
fundamentos e que a diferem de sua localidade para localidade, de
continente para continente. Bruxaria Tradicional é uma filosofia que busca
em sua essência o autoconhecimento, baseado em sabedoria e êxtase.

FASES DA LUA
A NOVA - Conjunção Lua/Sol (0° a 45°) - fase ativa

Inaugura um novo ciclo, é a semente do ciclo lunar que começa e demarca o


final do ciclo anterior. Nesta fase a Lua nasce e se põe junto com o Sol e, se
estiverem na mesma declinação e longitude, acontece o alinhamento perfeito que
dá origem ao Eclipse Solar. A face visível está totalmente às escuras e a face
oculta está iluminada. A configuração planetária do momento dessa lunação dará
informações sobre o ciclo lunar, e é a chave das influências de todo mês lunar que
se aproxima.
Simboliza um novo impulso ou oportunidade de crescimento. Sente-se alivio
ou se liberta das pressões do mês lunar anterior e o que vai ser gerado nesse mês
começa a emergir gradualmente. Nessa fase, o que se tenta desenvolver pode ser
apenas uma possibilidade que precisa ser definida e alimentada nas semanas que
virão. Além disso, o início do ciclo é sempre cercado de fantasmas e de assuntos
inacabados dos ciclos anteriores.
A Lua Nova é ativa, incita uma nova atitude emocional, finaliza para iniciar
algo novo. Sempre na Lua Nova algo termina para que haja espaço para algo novo
que se inicia. A energia desta fase relaciona-se com a visão, interior e exterior, de
algo novo a ser gerado. Embora haja dúvida, é necessário ter a visão, distinguir a
intenção, ter novas propostas para realizar dentro dos próximos 29 dias. signo
onde ocorre a Lua Nova representa qualidades deste novo impulso e, ao mesmo
tempo, o antídoto e as soluções para se eliminar os restos deixados pelo ciclo
anterior.
A lua nova é conhecida como a Lua dos mistérios, do que não se revela
claramente, do oculto, das finalizações, da morte, mas também do renascimento e
inícios. Os dias de Lua Nova são mais intensos emocionalmente, há um clima de
introspecção, e por isso é uma oportunidade de revisão. O Sol e a Lua em
conjunção acentuam a atração gravitacional da Terra formando as marés altas,
que também são conhecidas por marés da água viva. Os 3 dias antes da
Lua Nova é favorável para:

* Revisar projetos e situações de vida;


* Formular novos propósitos para o novo ciclo;
* Cortar cabelo caso queira que cresça mais rápido;
* Realizar retiros e recolhimentos;
* Realizar um balanço da lunação anterior para finalizar ou transmutar;
* Iniciar qualquer ação que se queira manter em segredo;
* Tudo iniciado 8 hs antes da Lua Nova, garante o sigilo;
* Finalizar processos demorados.

Os 5 dias posteriores da Lua Nova são favoráveis para:


* Iniciar cursos, pesquisas, investigação e tudo que exija concentração;
* Realizar atividades mental e de organização;
* Iniciar construções e empreendimentos;
* Abrir poupança ou iniciar economia ou investimentos;
* Iniciar romances, namoros, parcerias que se mantenham vitalizados;
* Mudar a rotina, mudar o visual, fazer rituais de rejuvenescimento;
* Momento de fecundação de idéias, podendo também engravidar;
* Realizar ou iniciar uma criação ou produção artística;
* Iniciar algo novo que se queira continuidade e longa duração;
* Inaugurar instituições que trabalhe com inícios, ou buscar novos
caminhos;
* Iniciar dieta de líquidos para emagrecimento.

LUA SEMI CRESCENTE (45º a 90º) FASE PASSIVA

Após a Lua Nova quando se alinha ao Sol, a lua começa a distanciar do sol,
entrando na fase semi crescente. É uma fase passiva, receptiva e deliberativa, que
se relaciona com o desenvolvimento de recursos para sustentar as metas,
objetivos, propósitos ou projetos gerados na Lua nova. Essa etapa favorece focar o
objetivo e enfrentar os desafios e obstáculos. É necessário perseverança,
agregando mais definição ao que se pretende, o que exige uma deliberação firme
em dar continuidade. Nessa fase é aconselhável buscar mais informações que
possam enriquecer o projeto que se pretende concretizar. É necessário adequar o
projeto à realidade e aos recursos que se tem disponível.

LUA QUARTO CRESCENTE (90º a 135º) FASE ATIVA

Indica o crescimento do ciclo iniciado na Lua Nova, que pode ser impedido ou
bloqueado por obstáculos ou assuntos não resolvidos no passado. O ideal nesse
período é vencer esses desafios do passado, se quisermos que toda a energia a ser
liberada durante a Lua Cheia seja aproveitada. Nesta fase a Lua nasce no Leste ao
meio-dia e se põe no Oeste á meia noite. Só é possível ver a metade da porção
iluminada pelo Sol. O Sol e a Lua por estarem em quadratura, diminuem os
efeitos da atração gravitacional e provocam as marés baixas ou as chamadas
marés de água morta. O auge crescente é ativo e impetuoso e se relaciona com a
definição do que está sendo gerado. Há maior força de crescimento, embora haja
também maior força para oposições e impedimentos. É importante ultrapassar os
obstáculos dessa fase e criar uma base segura, uma estruturação para o seu
projeto.
A Lua crescente ou quarto crescente aponta para a necessidade de mudança e
remanejamento. Se as dificuldades do passado não ficarem esclarecidas e
resolvidas ou se o crescimento for letárgico, então a iluminação oferecida durante
este ciclo não será completada. Qualquer padrão que foi estabelecido neste
primeiro ciclo, de crescimento ou de dificuldade, continuará a ser desenvolvido
durante o resto do ciclo lunar.
O que estiver sendo desenvolvido em nós ou em nossas vidas sofrerá um teste
e precisará ser definido claramente e delineado em uma direção. Isto significa
fazer opções entre várias possibilidades e alguns padrões habituais antigos.
Sugere emergência, independência, atividade e comprometimento. Os 7 dias da
Lua Crescente são favoráveis para compreender e amadurecer, ter prosperidade e
alegria e também para:

* Assinatura de contratos e parcerias, viagens e contatos em geral;


* Lançamento de produtos e apresentação em público;
* inauguração do que se queira que aumente, se desenvolva, se expanda,
com rapidez e consistência;
* iniciar empresas e negócios;
* Atividades físicas intensas, largar vícios, engordar;
* Encerrar relações de qualquer natureza, pois favorece a transparência;
* Cortar cabelo, se quiser que cresça rapidamente;
* Esclarecer situações, pois nada fica escondido na Lua crescente;
* Não favorece iniciar dietas cirurgias.

FASE CORCUNDA OU CONVEXA (135º A 180º) FASE PASSIVA

A Lua está na fase corcunda ou convexa quando está a uma distância de 135º
a 180º em relação ao sol. É uma fase passiva e receptiva, e seus projetos podem
conquistar a plenitude. No entanto é necessário analisar todos os resultados
obtidos até o momento; reajustar os objetivos, refletir sobre novas ações, corrigir
erros, antes que se chegue ao final.

LUA CHEIA (180º a 225º) FASE ATIVA

A face da Lua é iluminada pelo Sol e reflete essa luz para a Terra. É na fase da
Lua Cheia que acontecem os eclipses lunares. Nessa fase a Lua nasce no oriente
às 18 horas e se põe às 6 horas da manhã. Nas 48 horas antes da Lua cheia, é
possível ver a Lua nascendo a Leste e o Sol se pondo à oeste, e sua face visível fica
totalmente iluminada.
O sol e a Lua estão alinhados em oposição e acentuam as forças gravitacionais
provocando as marés cheias, marés de água viva. Na Lua Cheia culmina a
semente e o potencial inaugurado na Lua Nova. Se tiver sido desenvolvida uma
atitude positiva de crescimento e as etapas tiverem sido superadas durante o
quarto crescente, então a Lua Cheia trará a realização e a satisfação. Caso
contrário, pode trazer conflitos, problemas, aparecimento de uma situação de
ansiedade e até afetar a saúde física.
A Lua Cheia é um transbordamento. Neste período, deve se atingir o ápice
daquilo que vinha sendo desenvolvendo nas fases iniciais para melhor ou para
pior, para o sucesso ou o fracasso. Se o nosso trabalho anterior tiver sido bem
sucedido, então a Lua Cheia iniciará um processo de usar, ampliar, partilhar e
assimilar essas experiências. Se, por outro lado, nossos esforços não tenham sido
proveitosos - durante a fase crescente - as coisas não irão acontecer do jeito que
esperávamos, porque tinham apenas valor temporário. A Lua Cheia pode nos
estimular a abandonar essas situações, relacionamento ou coisa que eram
incapazes de preencher uma função positiva em nossas vidas e se soubermos
deixá-las, estaremos abrindo espaço para um crescimento futuro no próximo ciclo
que se aproxima. A fase Cheia é ativa e integradora; se relaciona à consciência, à
cooperação e o compartilhar. O ciclo chegou ao seu ápice e o que estava sendo
gerado chega à sua maturidade, é o tempo em que se anuncia a finalização do
ciclo.
Esta é a fase da Lua mais celebrada e ritualizada em todas as culturas desde
a Antiguidade até os nossos dias. A maioria das tribos americanas pratica seu
xamanismo feminino mais secreto durante a Lua Cheia. As mulheres saem em
grupos, caminhando por lugares sagrados da natureza, cantando e realizando
rituais.
No psiquismo humano, a influência da Lua Cheia é tão conhecida que em
muitos países tem-se em consideração como atenuante nos julgamentos, se as
infrações foram cometidas na Lua Cheia. São conhecidos os resultados de
pesquisas de delitos, especialmente nos Estados Unidos, que o número de
acidentes, atos de violência, delitos sexuais e crimes aumentam nos períodos de
Lua Cheia.
Os sensitivos e as pessoas com distúrbios psíquicos ficam mobilizados
fortemente pela Lua Cheia. A excitação provocada pela Lua Cheia é saudada e
celebrada pelos boêmios, adoradores do prazer e das celebrações telúricas ou
dionisíacas. Muitos a consideram romântica, afrodisíaca e inspiradora. Artistas
consideram a melhor lua para praticarem as suas artes. Os 3 dias antes e depois
da Lua cheia, favorece:

* Ações rápidas e grandiosas, principalmente se


deseja popularidade e divulgação;
* Os ânimos estão mais exaltados, por isso é mais
fácil identificar problemas e obstáculos, as coisas
ficam às claras;
* Mudar de residência ou escritório;
* Iniciar viagem nesta Lua promete sucesso;
* Negócios imobiliários também devem ser
realizados nesta faze;
* Quando se quer que algo seja rapidamente
conhecido ou divulgado, comentado e muito falado,
deve-se empreendê-lo 8 horas antes da entrada da
Cheia, preferivelmente quando a lua estiver no Meio
do Céu;
* Inauguração de teatros, casas de festas,
restaurantes, envolvendo o público;
* Ideal para festas e celebrações. Nunca passe uma
Lua Cheia entre pessoas com as quais não se dê
bem;
* Rituais de magia e ocultismo de consagração e
agradecimento;
* Não é conveniente realizar operações cirúrgicas.

Então a partir da Lua Quarto Crescente, alguns desafios são apresentados e


devemos vencê-los até a Lua Cheia. É a única fase da lua em q podemos focar em
um resgate daquilo que perdemos

LUA DISSEMINADORA OU DIVULGADORA (225º A 270º) FASE PASSIVA

Após a Lua Cheia, a Lua parte para novamente reencontrar o Sol, formando os
aspectos aplicativos. É uma fase passiva, receptiva e também demonstrativa. Está
relacionada à comunicação, ao partilhamento e à transformação. Os sentimentos
devem ser partilhados, pois inicia-se a maturação que levará à finalização. O que
foi gerado na Lua Nova tem a força de finalizar por si mesmo, ganha-se
perspectiva, partilha-se com um maior número de pessoas. É a fase em que as
metas devem estar alinhadas ao bem estar e serem fortes suficientes para
continuar por si mesmas.

LUA QUARTO MINGUANTE (270º A 315º) FASE ATIVA

Se a Lua Crescente nos desafia a crescer para fora e agir de modo a realizar
nossas possibilidades, a Lua quarto minguante nos desafia a crescer para dentro
e a mudar. Qualquer coisa que não se harmoniza com este crescimento interno e
essa maior compreensão de nossas experiências deve ser deixado de lado. O
momento é favorável a insights. Questionando posicionamentos antigos, podemos
nos abrir para novas ideias e ideais. A última fase deste ciclo, que antecede
imediatamente à Lua Nova, marca um período de transição, o período entre o ciclo
que se encerra e o próximo que se anuncia. Durante este tempo, os resultados do
ciclo inteiro podem ser revistos, concentrados e resumidos em sua essência para
formarem um fundamento de um ciclo futuro.
Nessa fase a Lua nasce à meia noite e se põe ao meio dia. Este é o penúltimo
estágio do ciclo, ativo e responsável; que se relaciona com a reorientação,
transição e finalização. Nesta fase tanto pode-se corrigir, ajustar e adaptar, como
também iniciar a conclusão com êxito.
A função deve ser de definir o destino do que foi gerado e pode requerer
mudanças, criativas ou tradicionais, porém sempre existe algum risco quando se
muda a estrutura do que foi construído. Chega-se à fase da colheita e se deve
aceitar as responsabilidades por todas ações empreendidas anteriormente, desde
o início do ciclo, e se preparar para um novo ciclo construindo o futuro. Os 3 dias
antes e depois da Lua minguante são favoráveis para:

*Encerrar atividades ou situações e planejar novas ações;


* Sendo um período de introspecção, é adequado para pesquisar, analisar e
planejar o próximo ciclo;
* Se deseja manter algo oculto ou em segredo, por isso não favorece
inaugurações;
* Limpezas, expurgos, eliminação de ações mal resolvidas.

LUA BALSÂMICA (315º A 360º) - FASE PASSIVA

A fase Balsâmica, também chamada de Lua Escura, é passiva, receptiva e


libertadora, e se relaciona com o abandono do passado, para se direcionar ao
futuro. Na Lua cheia há a consciência do que se é; na Lua balsâmica há a
consciência do que se foi e do que se será. É uma fase em que não se deve resistir
ao que está finalizando, pois pode produzir certa confusão.
Libertar-se do passado para iniciar um novo ciclo, com consciência e clareza,
favorece buscar meios para processar o final do ciclo. É a fase de análise, de
balanço geral de todo o processo e reconhecer o que precisa ser abandonado para
que se possa iniciar um novo ciclo sem pendências ou interferência do passado.

LUA NEGRA

A fase lunar denominada Lua Negra acontece mensalmente nos três dias que
antecedem a Lua Nova. Durante esse período, o fino disco da lua minguante
diminui até desaparecer na escuridão da noite. Durante essa fase de escuridão
mensal, os povos antigos dedicavam as suas práticas à divinação, curas e
transmutações.
Com o advento das sociedades patriarcais, os mistérios da Lua Negra
tornaram-se sinônimo de terror e malefícios. Surgiram lendas e superstições sobre
os demônios ou forças malignas que "devoravam" a lua. Por isso a Lua Negra
passou a representar o auge dos poderes destrutivos, vaticinando cataclismos
naturais – como secas tempestades ou inundações – ou humanos – como guerras,
doenças ou fome. A Lua Negra era considerada lua do momento em que fantasmas
e espíritos malévolos perambulavam pela terra e as bruxas executavam rituais de
magia negra.
Na realidade, a Lua Negra facilita o acesso aos mundos e planos sutis e as
profundezas da nossa psique. Por isso é atualmente considerada uma fase
favorável para feitiços de renovação e transformação, banimentos e purificação.
Somente mergulhando em nosso lado negro descobriremos os mistérios e as
sombras do nosso inconsciente e podemos trabalhar melhor com as nossas
próprias energias, descobrindo assim os caminhos secretos para nossa renovação.
A Lua Negra tem o poder de criar e destruir, de curar, regenerar e de descobrir
com o ritmo das mudanças e dos ciclos naturais dependendo da capacidade
individual de reconhecer e interagir com suas sombras.

O QUE É MAGIA?
Já esteve com alguém e sentiu-se inexplicavelmente mais alegre? Ou
estranhamente triste e desanimado? Já esteve em algum lugar e sentiu uma
sensação de crescimento interior? Como se ali você pudesse fazer tudo? Tem
algum lugar que é “seu canto”, local onde você consegue desenvolver suas ideias,
ou algo do tipo? Esses sentimentos especiais se dão por conta da energia presente
no momento. No caso de alegrias, renovações, crescimento, sentimento de
crescimento temos o que você pode entender como energia boa. Em casos de
depressão, tristeza, sentimentos ruins temos o que se pode entender
como energia ruim ou sugadores.
A natureza tem uma energia imensa, neutra e
facilmente moldável, ao contrário das pessoas. Os
seres humanos são complexos demais. Quando
estamos felizes podemos funcionar como
amplificadores de energia. Podemos contagiar todos
ao nosso lado. Quando estamos tristes temos efeito
ao contrário, nós apagamos a energia, e podemos
ainda sugar a energia das pessoas próximas de
nós. Sugar energia também pode ser feita
propositalmente, mas não é sobre isso que
falaremos agora.
Existem pessoas que não entendem quando se
fala em energia positiva ou negativa. Tudo no
universo tem duas polaridades, como vemos no
Yin Yang, deus e deusa, positivo e negativo, luz
e sombra.
Tudo é energia. Nós possuímos uma forte e
incrivelmente transformadora energia capaz de
se expandir e contrair. Ainda não entendeu
como diferenciar a energia?

Pois bem, vamos aos exemplos práticos:


Digamos que eu queira fazer um ritual para renovar minhas forças, para
trazer prosperidade para minha vida. É comum que o bruxo observe as fases da
Lua para tais feitos. Vamos analisar: a Lua cheia é poderosa para muitos fins, é a
Lua em sua fase plena. A Lua Crescente é a fase onde a natureza está literalmente
crescendo, se desenvolvendo. A Lua Nova é o início, é época das sementes
começarem a fincar suas raízes e se preparem para crescer. Já a Lua Minguante é
a fase da morte, do fim, hora de ceifar. Qual dessas Luas é a mais apropriada ao
meu ritual? Bom, se preciso de prosperidade e renovação nada melhor que a Lua
Nova! Poderia ser feito numa Lua Crescente ou Cheia, mas não teria a força da
renovação que possui a Lua Nova. A Lua Minguante é única não indicada, visto
que ela finda ciclos. Se eu desejo renovação, é porque já estou em processo de fim
de ciclo, sim, se eu já estou pensando numa nova fase é porque para mim a fase
que vivo já está na hora de sumir.
Viu só como podemos diferenciar a energia e poder então aproveitar de
diversas formas suas transformações? Tudo é energia e está em constante
transformação. Se a energia não se transforma é porque algo está errado.
Nossa mente é capaz de mover muita energia com muita força de vontade.
Essa força de vontade aliada à fé e ao treinamento de seus talentos somados tem
o nascimento da Magia. Conseguiu entender agora?
Magia é energia direcionada para atender alguma necessidade. Por isso
dizemos que de nada adianta juntar um bocado de ingredientes, fazer fogueira,
pagar dízimo, seja lá o que for que pede sua crença e começar a orar se não
houver força de vontade, fé e consciência que nós somos seres com habilidades
incríveis de transformar mesmo apenas com palavras.

INGREDIENTES DA BRUXARIA
Como já foi dito, tudo é energia. Toda a energia pode ser dividida como no Yin
Yang, positivo e negativo, deus e deusa, ativo e passivo e por aí vai. Ambos os
lados são importantes e carregam características únicas. Vamos tomar como
exemplo coisas fáceis de identificar como característica. Camomila. Você já deve
ter ouvido falar dessa planta. É muito utilizada para acalmar a mente, o corpo,
ansiedade, também ajuda a dormir mais levemente. Com essa planta podemos
fazer chás, incensos, aromatizantes, biscoitos, geleias e muito mais! Portanto
sabemos que as propriedades da Camomila são basicamente passivas,
tranquilizadoras. Como você acha que essa planta reage na magia? Imagine que
você precisa de um feitiço para que sua filha fique tranquila antes de ir para uma
entrevista de emprego. Além da sua força de vontade, fé e energia, para que a
magia seja corretamente direcionada com o efeito desejado, você precisará da
energia da Camomila (lembrando que esta não é a única planta com poderes
tranquilizadores). A Camomila (natureza) se juntará a você no momento de
direcionar a energia (magia) para sua filha para que ela fique calma (efeito da sua
vontade somado à energia poderosa da natureza).
Não é tão complicado como possa parecer. Os ingredientes são importantes da
sua forma. Por outro lado, você pode ter várias ervas diferentes para um fim e não
alcançar o efeito desejado, pois você não utilizou sua força interior (vontade,
energia, fé). A Natureza, como disse, é neutra, porém poderosa. Para conseguir
utilizar essa força você precisa se empenhar, nada de esperar que os ingredientes
façam todo o trabalho sozinho.
Entram nessa categoria de ingrediente: ervas, cristais, metais, animais, frutas,
vegetais e outros do tipo. Utilizamos também para conseguir alcançar nossos
objetivos na magia outras coisas, também no mesmo patamar dos ingredientes:
instrumentos como varinha, athame, vela etc. Como podemos classificar o que é
mais importante:

 Força interior + Força da Natureza/Universo/Deuses;


 Ingredientes e Instrumentos;
 Técnicas de Magia.

Porque eu coloquei a Natureza juntamente com o Universo e os Deuses? Bom,


nossa energia de certa forma é caótica. Não é puramente nem positiva nem
negativa. O ser humano é uma mistura de sensações, medos, amores, devaneios,
certezas e incertezas. Somados completos por si só, mas nos bloqueamos e muito
dificilmente conseguimos de verdade entender isso. A nossa mente e alma são
grandes desafios que precisamos vencer antes de conseguir qualquer coisa na
magia sem a ajuda de outras energias além da nossa. A nossa Força interior é
grande o suficiente para conseguir atingir outras energias, conseguindo atingir
outras energias, como a da Natureza, que é puramente neutra, ou do Universo é
um espelho, ele nos entrega o que pedimos, e os Deuses são puros ou não, cada
um da sua forma. Nós buscamos o que pede a necessidade. Por exemplo: Clarice
quer perder peso, mas acha isso impossível. Ela sabe que precisa fazer exercícios
para conseguir atingir o objetivo, mas Clarice não consegue ter força de vontade o
suficiente devido a alguns problemas como vergonha por ser gordinha, medo de
ser rejeitada em uma academia e sofrer bullying. O que a Clarice pode fazer? Ela
pode recorrer à Natureza, onde encontrará energias ativas que lhe encha de
coragem e força de vontade a fim de emagrecer. Pode recorrer ao Universo com
mantras e invocando o desejo. E pode também recorrer aos deuses. Existem
diversos deuses: da guerra, do amor, da inteligência, do ódio, da esperteza, do
otimismo, da sabedoria, brincalhões, entre outros. Clarice pode invocar a energia
de um deus/deusa ativo, otimista, do elemento fogo (vontade), que só descansa
quando atinge seu objetivo. Pode também invocar um deus/deusa da beleza, é
simples perceber que se Clarice quer emagrecer é porque não se sente bonita. Ela
pode ainda recorrer a algum deus/deusa da saúde – estar obeso é sim prejudicial
à saúde, e se alguém precisa de ajuda, um deus/deusa não iria se recusar por
uma boa causa. Por fim, não faria qualquer sentido Clarice invocar a energia e/ou
presença de um deus da Guerra, da Inteligência ou Amor para esse fim, não é
mesmo?
Portanto vimos hoje a importância de outras energias além da nossa própria
dentro da Magia. Somos seres poderosos, porém muitas vezes inconscientes da
nossa força interior. Na Bruxaria precisamos de uma conexão com algo para poder
alcançar a Magia, seja com a Natureza, com o Universo, com os Deuses.
Alguns dos ingredientes mais comuns:

 CRISTAIS

A utilização de cristais e pedras talvez seja a mais recente redescoberta da


magia popular antiga. Foram publicados inúmeros livros sobre esse assunto, e
atualmente muitos pessoas vêm trabalhando com a magia das pedras e
descobrindo sua capacidade de melhorar suas vidas. Esse grande interesse não é
difícil de explicar. Ao mesmo tempo em que os cristais são bonitos e possuem
valores intrínsecos, também contêm energias específicas, disponíveis para
utilização na magia. As pedras têm sido utilizadas na magia desde os tempos mais
remotos e, juntamente com as ervas, talvez tenham sido os primeiros
instrumentos de magia.
Entre em uma loja Nova Era e você ficará deslumbrado com a grande
variedade de cristais. Os cristais de quartzo predominam e são encontrados em
dezenas de estruturas e formas específicas: biterminados, castelados, anidros,
fantasmas, fantasmas vermelhos, varinhas de laser e tabulares, são alguns dos
formatos mais apreciados atualmente.
Na magia também são utilizadas variedades coloridas de quartzo, tais como
ametista (roxa), cornalina (laranja), citrina (amarelado), quartzo azul, quartzo rosa
e assim por diante. Além do quartzo, dezenas de outros tipos de pedras estão
sendo utilizadas para estimular a saúde, atrair amor, chamar dinheiro, trazer paz
e proteger contra males de todos os tipos. Muitas pessoas não estão cientes de
que o cristal de quartzo não é o único tipo de pedra ao qual se recorre para liberar
ou para absorver energia.
É provável que mais de uma centena de pedras estejam sendo utilizadas
atualmente na magia. Algumas delas só foram redescobertas recentemente. A
fluorita, uma pedra virtualmente desconhecida fora dos círculos mineralógicos até
recentemente, agora está sendo utilizada para estimular a atividade mental.
Descobriu-se que a sugilita, uma bela pedra arroxeada, estimula a mediunidade e
a espiritualidade, e é frequentemente utilizada para acelerar a cura. A kunzita
brilhante, do tom da alfazema, estimula a paz e a cura. A turmalina também vem
sendo associada a diversos usos mágicos.
Os magos populares despertam, programam, liberam e direcionam as energias
das pedras. Eles não pegam uma pedra simplesmente e exigem que ela faça seu
trabalho; eles trabalham esses instrumentos da Terra. Uma vez preparadas, os
magos populares utilizam essas pedras de diversas maneiras rituais. Elas são
usadas no corpo, carregadas, colocadas sob colchões ou em altares de magia. Os
cristais são passados pelo corpo e colocados no lar para liberar suas energias
benéficas. Eles também podem ser misturados com outros instrumentos, como
ervas e velas de várias formas durante os encantamentos.
Como se sente ao pensar em diamantes? Ou em esmeraldas? Safiras? Rubis?
Você os associa à ganância? A um amor perdido, ou encontrado? Você apenas
deseja possuí-los? Criamos certas associações com diamantes e outras pedras
preciosas devido ao seu valor monetário e ao uso frequente em anéis de noivado e
de casamento.
Alguns magos populares certamente compartilham dos mesmos sentimentos,
mas aqueles que trabalham com pedras as veem de formas muito diferentes. Os
diamantes são pedras de força, reconciliação, cura e proteção; as esmeraldas, de
amor, dinheiro, saúde e forças mediúnicas; as safiras, de meditação, paz e poder;
os rubis, de felicidade, riqueza e sono repousante.
Os cristais se tornaram um grande negócio, na medida em que mais pessoas
voltam-se para eles, devido à sua beleza e energia. Eles são a assinatura material
da Nova Era, bem como instrumentos antigos da magia popular.
 ERVAS

Possivelmente, as eivas tenham sido primeiramente usadas na magia e na religião


muito antes de terem sido atiradas em panelas para fins culinários ou medicinais.
Atualmente, das foram redescobertas por novas gerações de magos populares,
ocupados em colher, misturar, cozinhar e preparar esses tesouros aromáticos.

As ervas, assim como os cristais, possuem energias específicas e distintas, que


são utilizadas na magia. Pétalas de rosas podem ser espalhadas ao redor da casa
para proporcionar paz. Elas também podem ser colocadas entre velas cor de rosa
para trazer amor à vida do mago popular. A canela pode ser queimada para
estimular a inteligência; as flores de alfazema podem ser acrescentadas ao banho
para fins purificadores; e o sândalo queimado para elevar a meditação e as
experiências mediúnicas.

Uma variedade incrível de ervas - incluindo frutas, árvores, flores, raízes,


castanhas, sementes, algas, samambaias, capins e todos os outros tipos de
materiais vegetais — é usada na magia popular. Essa é uma forma de magia da
qual não nos esquecemos completamente, pois ainda oferecemos flores às pessoas
queridas, usamos perfumes e colônias de essências vegetais para atrair
companheiros, servimos refeições realçadas com ervas para possíveis amantes (ou
as recebemos).

As eivas podem ser queimadas como incenso, para liberar suas energias no ar, ou
carregadas nos bolsos e espargidas pela casa, para diversas finalidades de magia.
Óleos essenciais e misturas mágicas são esfregados no corpo ou em velas,
adicionados ao banho ou utilizados para untar cristais e outros objetos nas
preparações rituais.

Outrora domínio de toda curandeira e mago, as ervas mais uma vez são
utilizadas como instrumentos de poder por muitos magos populares.

 VELAS E CORES

À noite, as velas costumavam ser uma necessidade para iluminar as noites.


Hoje, elas se tornaram supérfluas em muitas casas. Os magos populares utilizam
velas como pontos focais de energia além de as utilizarem por sua energia mágica
adicional, emitida por suas cores e chamas.
Velas de formas específicas, correspondentes ao propósito mágico necessário,
são ocasionalmente queimadas durante um ritual. Entretanto, a vela é geralmente
um simples círio, pois a cor, e não a forma, é que é importante durante os rituais
de magia popular.
As cores têm fortes efeitos sobre nossos inconscientes, bem como sobre
nossos organismos. Isso está sendo aceito, atualmente, por psicólogos, pioneiros
nos estudos dessa área. As paredes de penitenciárias são pintadas de rosa para
acalmar os prisioneiros mais violentos. Quartos de hospitais recebem, geralmente,
tons leves de azul ou verde, para estimular a cura e diminuir o trauma de
cirurgias. O vermelho é utilizado em propagandas e embalagens, para chamar
atenção, da mesma forma que é utilizado em semáforos e em luzes de emergência.
Os magos populares, cientes dos efeitos mágicos e psicológicos das cores,
selecionam velas coloridas que estejam em harmonia com a necessidade mágica. A
seguir, uma breve lista:

* Branca: purificação, proteção, paz;


* Vermelha: proteção, força, saúde, coragem, exorcismo, paixão;
* Preta: negação, absorção de doença e de negatividade;
* Azul: cura, mediunidade, paciência, felicidade;
* Verde: finanças, dinheiro, fertilidade, crescimento, emprego;
* Amarela: inteligência, teorização, adivinhação;
* Marrom: cura (de animais), lares, residências;
* Rosa: amor, amizade;
* Laranja: adaptabilidade, estímulo, atração;
* Roxa: força, cura (de doença grave), espiritualidade, meditação.

As velas são untadas com óleos aromáticos e cercadas por cristais; as eivas
podem ser colocadas ao redor de suas bases ou espalhadas pela área de trabalho.
Vários símbolos podem ser desenhados em suas superfícies. Os círios podem ser
arrumados em determinados padrões ou colocados em castiçais especiais. A
medida que a vela queima, o mago popular visualiza seu objetivo. A chama
direciona a energia pessoal, bem como a dos objetos colocados ao seu redor.
Apesar das antigas histórias de horror, as velas não são queimadas de cabeça
para baixo e nem são feitas de sebo humano. Isso são mentiras disseminadas por
não-praticantes na guerra, aparentemente interminável, entre a religião ortodoxa
e a magia popular.
As velas são utilizadas como instrumentos de magia. Seus fortes efeitos sobre
a mente consciente podem ser facilmente testados. Compre uma vela branca e,
sozinho em um quarto escurecido ou completamente escuro, coloque-a em um
castiçal e acenda seu pavio. Na medida em que o fósforo acende e inflama o pavio,
posicione-se em frente dela; aquiete sua mente e observe a chama, enquanto ela,
lentamente, derrete a cera. Respire suave e vagarosamente, olhando fixamente
para a vela, da mesma forma que um místico olha para uma bola de cristal.
Presumindo-se que não seja interrompido, você se encontrará em um estado
de espírito ligeiramente diferente. Você poderá sentir-se um pouco mais relaxado,
menos estressado, em paz. Ao acender a luz, é provável que esse estado
desapareça, como a escuridão ao amanhecer, mas você terá experimentado um
dos efeitos mais poderosos das velas: sua habilidade de alterar nossas
consciências. Elas nos permitem bloquear o mundo tecnológico e entrar em
sintonia com tempos antigos, quando o fogo aceso pelos seres humanos era o
instrumento máximo da tecnologia - para uma era na qual a magia era tão real
quanto nascer e morrer.
Isso não é magia, mas sim, a preparação para ela. Apesar de as velas
conterem energias (relacionadas à cor), elas são, basicamente, instrumentos que
facilitam as alterações de consciência. Elas também podem ser empregadas como
pontos focais para força pessoal e natural. Os magos populares têm usado velas
(assim como seus antecessores, tochas e lamparinas a óleo) por milênios.
A forma mais simples de um ritual, o qual poderia ser considerado parte da
magia popular caso contrário da magia puramente mental, poderia consistir em
acender uma vela de cor apropriada, ativar a energia pessoal, programá-la
conforme a necessidade e, em seguida, liberá-la e direcioná-la para a chama da
vela. Tudo isso é feito enquanto se visualiza o resultado necessário.
Talvez esse seja o motivo pelo qual velas são acesas em milhões de
encantamentos, diariamente, ao redor do mundo.

 CÂNTICOS, PALAVRAS E POESIAS

A respiração, bem como os sons formados com ela, é parte integrante da


magia popular. Para os antigos havaianos, a força utilizada na magia era
conhecida como mana. Todos os aspectos da natureza e do corpo humano -
especialmente a respiração - estavam impregnados com mana. Assim, os cânticos
eram proferidos, cuidadosamente, durante encantamentos e rituais, pois as
próprias palavras continham a força da respiração. Essa mesma ideia é
encontrada por todo o mundo e pode ter se originado na pré-história.
Quando a fala desenvolveu-se ao ponto de se sobressair entre os métodos
primitivos de comunicação, como os grunhidos, posturas corporais e gestos
manuais, ela provavelmente foi utilizada para propósitos mágicos e rituais.
Os humanos deram à palavra falada uma grande importância, tanto na esfera
da matéria como na da magia. Até o final do século XX, sábias inglesas
preservaram encantamentos curtos em forma de rima, que visavam estancar
sangramentos ou baixar a febre. Os juramentos ainda são prestados com palavras
e mentir (especialmente cara-a-cara) é considerado o insulto e a desgraça
máximos em muitas partes do mundo.
As palavras, nas relações humanas, são o principal meio de comunicação.
Para os analfabetos (dos quais existem milhões somente nos Estados Unidos), elas
são o único método inteligível de compartilhar emoções, pensamentos e
experiências.
Na magia, as palavras podem ser utilizadas como uma forma de comunicação
entre o mago popular e a força interior. Elas são dirigidas a ervas, velas e pedras,
principalmente durante rituais desenvolvidos para ativar e programar suas
energias. Geralmente, não se considera que as palavras em si criem as mudanças
necessárias, apesar de a interação de vibrações (ondas sonoras) com objetos
físicos poder ser um fator. Mais exatamente, elas são utilizadas para ajudar a
aumentar a concentração do mago e permitir que ele, ou ela, desempenhe essa
ação mágica. Em outras palavras, quando um mago popular fala com uma vela,
ele ou ela, na realidade, está falando consigo mesmo.
A poesia é, talvez, a forma mais potente de linguagem ritual. Ela toca e fala ao
inconsciente, à mente, dos sonhos, da mediunidade, do sono e da magia. Palavras
rimadas são mais fáceis de serem lembradas e fluem suavemente durante rituais.
Consequentemente, há muito elas vêm sendo utilizadas em encantamentos. A
importância das palavras usadas reside em sua habilidade de imbuir o mago
popular com o estado de espírito apropriado e, assim que este for alcançado,
permitir que ele, ou ela, coloquem a energia em movimento. Antigas palavras de
poder podem ser ineficazes se não significarem nada ao mago. Se uma rima
recém composta, de quatro linhas, tocar o mago, poderá ser suficiente para
produzir o estado de espírito necessário e fazer com que a força flua.
A força das palavras, o sussurrar da respiração e o efeito incontestável do som
são antigos instrumentos de magia.
Vários outros objetos e técnicas são utilizados por magos populares. Dentre
estes há os nós - utilizados para representar a manifestação física de um
encantamento ou para oferecer proteção a uma pessoa ou local; a argila - que
pode ser moldada em formas simbólicas; os espelhos - utilizados para refletir a
negatividade ("o mal") e para despertar a percepção mediúnica; a areia - a qual é
espalhada para criar imagens específicas, por vezes de modo semelhante àquele
em que os Navajo criam seus quadros de areia; a água - um instrumento de
purificação; as runas — símbolos antigos ou modernos que contêm, em suas
poucas linhas, energias mágicas específicas; a tinta - utilizada para criar formas
ou desenhar runas; e o alimento — o qual é preparado e ingerido para alterações
mágicas específicas.
Muitos encantamentos e rituais utilizam, pelo menos, dois dos quatro
instrumentos básicos que citei aqui. São utilizados pelo mago popular, de formas
apropriadas, para alcançar os resultados necessários. Um simples ritual de
indução de paz, por exemplo, poderá usar velas azuis, ametista, um punhado de
pétalas de rosa e um cântico tranquilo.
Os instrumentos de magia popular são tão comuns como as pedras sob
nossos pés, as velas em nossas mesas de jantar e as ervas que crescem em nossos
jardins e parques. Somente através de rituais de magia é que esses objetos do dia-
a-dia tornam-se instrumentos de poder.

CÍRCULO MÁGICO
O Círculo Mágico é um circulo de proteção que você usa na hora de fazer um
feitiço, tirar cartas, fazer um ritual de consagração, etc. É um circulo onde você
molda a sua energia e só pode entrar e sair do círculo quem você permitir.
Pode abri-lo com sua mão de poder, no caso a direita, com o athame, incenso,
varinha, bastão, cabo da vassoura, pendulo ou velas. Deve ser feito ao seu redor e
ao redor do altar, ou seja, ao redor do espaço que você irá realizar o ritual. Pode
fazer um circulo físico caso não consiga moldar sua energia ou tenha dificuldade
para manter a energia fluindo durante o ritual. Pode ser sal, pedras, conchas,
velas. No caso das vela, tenha cuidado para não colocar fogo nas roupas. A
mentalização é importante para moldar a energia à sua volta. Após utilizar o
circulo magico, deverá sempre fechá-lo no sentido contrario do que abriu, pois o
circulo também poderá ser um portal. Então, um circulo aberto no sentido
horário, deverá ser fechado no sentido anti-horário. No sentido horário, serve para
proteção, invocação e banimento. No sentido anti-horário, serve para evocação e
será fechado no sentido horário. Alguns bruxos azem a estrela dentro do círculo.
Observações sobre o circulo mágico:

• Faça o círculo virado para o leste;


• A versão oposta desses círculos são de evocação.

Uma vez que o círculo esteja erguido, a barreira vai estar ali, de pé, você
estará protegido, mas pode fazer várias coisas para torná-lo mais forte.
Um dos grandes problemas de se fazer um ritual ou um feitiço, é que
esquecemos do círculo. Cuidado. Podem fazer o círculo de sal, por exemplo, e
estando no centro dele desenhar mentalmente o círculo com o dedo indicador da
mão de poder. Quando fazemos um feitiço ou um rito, atraímos bastante energia e
larvas astrais adoram isso, porque a nossa energia acende como um farol, a falta
de um círculo mágico possibilita que esses seres se prendam à vocês.
Como invocar ou banir usando os pentagramas:
Vamos usar o exemplo do pentagrama invocatório da terra:

Obs: 1- Você deverá traçar no sentido da seta inicial e seguir o traçado como
se estivesse traçando um pentagrama no ar.

Obs: 2- Quando formar o pentagrama completo você deverá fazer mais um


traço (6) que foi o primeiro traçado que você fez, assim completa-se a abertura do
portal.
Obs: 3- Depois deverá traçar uma figura circular ao entorno do seu
pentagrama traçado, se for invocatório deverá ser no sentido horário, se de
banimento deverá ser no sentido anti-horário.

Os espíritos ativos e passivo deverão ser traçados antes dos pentagramas dos
elementos. Assim, o pentagrama ativo invocatório deverá ser traçado antes dos
pentagramas invocatórios do ar e do fogo. O pentagrama ativo de banimento
deverá ser traçado antes dos pentagramas de banimento do ar e do fogo.
O pentagrama passivo invocatório deverá ser traçado antes dos pentagramas
invocatórios da água e da terra. O pentagrama passivo de banimento deverá ser
traçado antes dos pentagramas de banimento da água e da terra.
Os pentagramas ativos e passivos podem deixar de serem traçados,
dependendo do ritual e se o ritual não exigir.
Agora vamos aos pentagramas com os elementos:
Depois de traçar cada um dos pentagramas pode-se traçar um círculo em
volta de cada um dos pentagramas. Exemplo: Tracei o pentagrama invocatório da
terra, depois traço o círculo no sentido horário. Se tracei o pentagrama de
banimento da terra, depois traçarei o círculo no senti anti-horário. Essa etapa
também pode ser omitida.
Traçar um círculo ao entorno do pentagrama pode significar várias coisas,
entre elas, o infinito, o ciclo, a roda do ano, a união dos quatro elementos com o
espírito, entre outras interpretações. Portanto, eu utilizo essa técnica, mas nada
impede de você não usar. Assim sendo aqui estão:
O CAMINHO DA LUZ E DA SOMBRA
O Caminho da Luz é o Caminho dos humanos e o Caminho das Sombras é
Caminho dos Deuses. O Caminho da Luz é limitado no tempo e no espaço, no
entanto O Caminho das Sombras é eterno e infinito como a própria Vida.
O Caminho da Luz é auto criado, no entanto O Caminho das Sombras existe
desde sempre por sempre. O Caminho da Luz está em permanente evolução, mas
o Caminho das Sombras não precisa evoluir, pois é perfeito em si mesmo, já que o
Ser que o trilha é plenamente livre em todos os planos da Criação.
O Deuses vivem no interior dos humanos ocultando-se da Luz, pois ela é a
prisão e o castigo de todos os tempos. Tempos que não precisariam existir se não
fosse pelos luminosos raios que insistem em dominar as Sombras.
Dominar, subjugar, destruir; a Luz é mente e o que a mente não entende o
destrói, e o faz antes que enfrentar seu temor ao desconhecido, temor ao que não
se pode Nomear, ao Incognoscível: o Criador que habita nas Sombras de cada Ser
que povoa este planeta.
Mais além de tudo isto encontra-se a Verdade -Una e indestrutível- que de
longe observa os seres e a Luz, suas Luzes e as Sombras. Mais além de tudo isto
encontra-se a mentira, que esconde a Verdade em si mesma em uma vã tentativa
por dominá-la.
Mas que seria dos humanos sem a Verdade e a mentira? Que seria dos Seres
sem a Aurora que apresenta-se todos os dias anunciando uma nova etapa de
tempo para o eterno recomeço e morte, de Vida e separação, de noite e de dia?
Que seria deles se somente existissem as Sombras? Como interpretariam um
mundo sem Luz?
Por isso, a Luz, a mente, ainda é necessária, mas chegará o momento no qual
as Sombras reinarão absolutas novamente sobre os cadáveres dos maus
pensamentos que logicamente espalham-se sem que nada os possa conter. Não
devemos confundir Luz e Sombras com o bem e o mal; a Luz é a mente, o externo,
e as Sombras são o interno, a conexão total e irrestrita com o Universo Infinito; é o
Ser totalmente alinhado, identificado e permeado pelo Um, pelo Todo, por tudo e
por todos.
TRADIÇÕES NA BRUXARIA
Sabemos que atualmente existem tantas vertentes na bruxaria quanto
denominações de igrejas evangélicas, então vou listar algumas das principais aqui
(não as igrejas):

* Tradição 1734: Tipicamente britânica é às vezes uma Tradição eclética


baseada nas ideias do poeta Robert Cochrane, um autointitulado Bruxo
hereditário que se suicidou através da ingestão de uma grande quantidade de
beladona. 1734 é usado como um criptograma(caracteres secretos) para o nome
da Deusa honrada nesta tradição.

* Tradição Alexandrina: Uma Tradição popular que começou ao redor da


Inglaterra em 1960 e foi fundada por Alex Sanders. A Tradição Alexandrina é
muito semelhante à Gardneriana com algumas mudanças menores e emendas.
Esta Tradição trabalha à maneira de Alex e Maxine Sanders, que diziam terem
sido iniciados por sua avó em 1933. A maioria dos rituais são muito formais e
embasados na Magia cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde o
Sacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o princípio masculino.
Os rituais sazonais, na maior parte são baseados na divisão do ano entre o Rei do
Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam do tema do Deus
da Morte/Ressurreição. Como na Tradição Gardneriana a Sacerdotisa é elevada
autoridade máxima. Entretanto, os precursores para ambas Tradições foram
homens. Embora similar a Gardneriana, a Tradição Alexandrina tende a ser mais
eclética e liberal. Algumas das regras estritas Gardnerianas, tais como a exigência
do nudismo ritual, são opcionais. Alex Sanders intitulou-se a certa altura "Rei das
Bruxas", considerando que o grande número de pessoas que tinha iniciado na sua
tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos o levaram muito a
sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça,
quando não de repúdio. Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que
divulgaram largamente a Tradição Alexandrina em suas publicações.

* Tradicional Britânica: Uma Tradição com uma forte estrutura hierárquica e


graus. Os Rituais estão centrados na Tradição Céltica e Gardneriana

* Wicca céltica: Uma Tradição muito telúrica, com enfoques na natureza, os


elementos e elementais, algumas vezes fadas, plantas, etc. Muitas " Bruxas
Verdes" (Green Witches) e Adeptos do Druidismo seguem este caminho, centrado
no panteão Céltico antigo e em seus Deuses e Deusas.

* Tradição Caledoniana (ou caledonni): Uma tradição que tenta preservar os


antigos festivais dos escoceses e às vezes é chamada de Tradição Hecatina.

* Tradição Picta: É uma das manifestações da Bruxaria tipicamente escocesa.


Na maioria das vezes é uma forma solitária da Arte. Seu enfoque prático é
basicamente mágico e possui poucos elementos religiosos e filosóficos.

* Bruxaria Cerimonial: Usa a Magia cerimonial para atingir uma conexão mais
forte com as divindade e perceber seus propósitos mais altos e suas habilidades.
Seus Rituais são frequentemente derivações da Magia Cabalística e Magia Egípcia.
Embora certamente, mas não de forma intencional, este caminho é infestado
freqüentemente por egoístas e pessoas inseguras que usam a Magia Cerimonial
para duas finalidades: adquirir tudo aquilo que querem e atingir níveis mais altos
para poderem olhar de cima. Estes atributos não são uma regra em todos os
Bruxos Cerimoniais, e há muitos Bruxos sinceros neste caminho.

* Tradição Diânica: Algumas Bruxas Diânicas só enfocam seus cultos na


Deusa, são muito politicamente ativos, e feministas. Outras Bruxas Diânicas
simplesmente enfocam seu culto na Deusa como uma forma de compensar os
muitos anos de domínio Patriarcal na Terra. Algumas Bruxas Diânicas usam este
título para denotar que são "as Filhas de Diana", a Deusa protetora delas. Há
Bruxas Diânicas que são tudo isto , algumas que não são nada disto, e outras que
são um misto disto. A Arte Diânica possui duas filiais distintas:

> Uma filial, fundada no Texas por Morgan McFarland . Que dá o


supremacia à Deusa em sua thealogy, mas honra o Deus Cornífero como seu
Consorte Amado e abençoado. Os membros dos Covens dividem-se entre
homens e mulheres. Esta filial é chamada às vezes "Old Dianic" (Velha
Diânica), e há alguns Covens descendentes desta Tradição, especialmente no
Texas. Outros Covens, similares na thealogy mas que não descendem
diretamente da linha de McFarland, e que estão espalhados por todo EUA.

> A outra filial, chamada às vezes de Feitiçaria Feminista Diânica, focaliza


exclusivamente a Deusa e somente mulheres participam de seus Covens e
grupos. Geralmente seus rituais são livres e não são hierárquicos, usando a
criatividade e o consenso para a realização de seus rituais. São politicamente
um grupo feministas. Há uma presença lésbica forte no movimento, embora
a maioria de Covens estejam abertos à mulheres de todas as orientações.

* Tradição Georgina: Esta Tradição foi criada por George Patterson, que se
auto intitulou como sendo um "Sumo Sacerdote Georgino". Quando começou o
seu próprio Coven, chamou-o de Georgino, já que seu prenome era George. Se há
uma palavra que melhor pode descrever a Tradição de George , seria "eclética". A
Tradição Georgina é um composto de rituais Celtas, Alexandrinos, Gardnerianos e
tradicionais. Mesmo que a maior parte do material fornecido aos estudantes sejam
Alexandrinos, nunca houve um imperativo para seguir cegamente seu conteúdo.
Os boletins de noticias publicados pelo fundador da Tradição estavam sempre
cheio de contribuições dos povos de muitas outras Tradições. Parece que a
intenção do Sr. Patterson era fornecer uma visão abrangente aos seus discípulos.

* Ecletismo: Um Bruxo eclético é aquele que funde idéias de muitas Tradições


ou fontes. Assim Como no caldeirão de uma Bruxa, são somadas elementos para
completar a poção que é preparada, assim também são somadas várias
informações de várias Tradições para criar um modo mágico de trabalhar.
Geralmente, são criados rituais e Covens de estrutura livre.

* Tradição das Fadas (ou Fairy Wicca): Há várias facções da Tradição das
Fadas. Segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram
origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem
para as colinas e altas montanhas devido às guerras e invasões ficaram
conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas. Uma Bruxa desta Tradição
poderia ser ou trabalhar, mas não necessariamente: - Com energias da natureza e
espíritos da natureza , também conhecidos como fadas, Duendes, etc. -
Homossexual. Alguns dos nomes mais famosos desta Tradição são Victor e Cora
Anderson, Tom Delong (Gwydion Penderwyn), Starhawk, etc.
* Tradição Gardneriana: Fundada por Gerald Gardner nos anos de 1950 na
Inglaterra. Esta tradição contribuiu muito para Arte ser o que é hoje.. A estrutura
de muitos rituais e trabalhos mágicos em numerosas tradições são originárias do
trabalho de Gardner. Algumas das reivindicações históricas feitos pelo próprio
Gardner e por algumas Bruxas Gardnerianas têm que ainda serem verificadas (e
em alguns casos são fortemente contestadas) porém, esta Tradição apoiou muitas
Bruxas modernas. Gerald B. Gardner é considerado "o avô" de toda a Neo-Wicca.
Foi iniciado em um Coven de NewForest, na Inglaterra em 1939. Em 1951 a
última das leis inglesas contra a Bruxaria foi banida (primeiramente devido à
pressão de Espiritualistas) e Gardner publicou o famoso livro"Witchcraft Today",
trazendo uma versão dos rituais e as tradições do Coven pelo qual foi iniciado.

Gardnerianismo é uma tradição extremamente hierárquica. A Sacerdotisa e o


Sacerdote governam Coven, e os princípios do amor e da confiança presidem. Os
praticantes desta Tradição trabalham "Vestidos de Céu" (nus), além de manterem
o esquema de Seita Secreta. Nos EUA e Inglaterra os Gardnerianos são chamados
de "Snobs of the Craft" (Snobes da Arte), pois muitos deles acreditam que são os
únicos descendentes diretos do Paganismo purista. Cada Coven Gardneriano é
autônomo e é dirigido por uma Sacerdotisa, com a ajuda do Sacerdote, Senhores
dos Quadrantes, Mensageiro, etc. Isto mantém o linhagem e cria um número de
líderes e de professores experientes para o treinamento dos Iniciandos. A Bíblia
Completa das Bruxas (The Witches Bible Complete) escrita por Janet e Stuart
Farrar, como também muitos livros escritos por por Doreen Valiente têm base
nesta Tradição e na Tradição Alexandrina em muitos aspectos.

* Tradição Hecatina: Uma Tradição de Bruxos que buscam inspiração em


Hécate e tentam reconstruir e modernizar os rituais antigos da adoração à esta
Deusa. É algumas vezes chamadas de Tradição Caledoniana ou Caledonii. BRUXO

* Tradição Familiar ou Hereditária: Um Bruxo que normalmente foi treinado


por um ente familiar e/ou pode localizar sua história familiar em outro Bruxo ou
Bruxos. Os Bruxos Hereditários, ou Genéticos como gosto de chamar, são pessoas
que têm, ou supõem ter, uma ascendência Pagã (mãe, tia, avó são os alvos mais
visados). A maioria dos Hereditários não aceitam a infiltração de outras pessoas
fora de sua dinastia, porém algumas Tradições Familiares "adotam" alguns
membros, escolhidos "à dedo" em seu segmento.

* Bruxa de Cozinha: Uma Bruxa prática que é frequentemente eclética, enfoca


e centra sua magia e espiritualidade ao redor do "forno e do lar".

* Wicca Saxônica ou Seax-Wicca: Fundada em 1973, pelo autor prolífico,


Raymond Buckland que era, naquele momento, um Bruxo Gardneriano. Uma das
primeiras tradições precursoras em Bruxos solitários e o auto-iniciados. Estes
dois aspectos fizeram dela um caminho popular.

* Bruxo Solitário: Uma pessoa que pratica a Arte só (mas pode se juntar às
festividades de Sabbat em um Coven ou com outros Bruxos Solitários
ocasionalmente). Um Bruxo Solitário pode seguir quaisquer das Tradições, ou
nenhuma delas. A maioria de Bruxos ecléticos são Solitários.

* Tradição Strega: Começou ao redor na Itália em 1353. A história controversa


sobre esta Tradição pode ser achada em muitos locais e em muitos livros. Arádia...
Gospell of the Witches (Arádia...A Doutrina das Bruxas) é um deles.
* Tradição Teutônica ou Nórdica: Teutônicos são um grupo de pessoas que
falam o norueguês, fosso, islandês, sueco, o inglês e outros dialetos europeus que
são considerados "idiomas Germânicos". Um Bruxo teutônico acha
frequentemente inspiração nos mitos tradicionais e lendas, Deuses e Deusas das
áreas onde estes dialetos se originaram.

* Tradição Asatrú: Teve suas origens no Norte da Europa e é uma das facções
das Tradições Teutônica e Nórdica. Esta Tradição é praticada hoje por aqueles que
sentem uma ligação com os nórdicos e teutônicos e que desejam estudar a
filosofia e religiosidade da antiga Escandinávia, através dos Eddas e Runas.
Encoraja um senso de responsabilidade e crescimento espiritual, frequentemente
embasados nos conceitos atribuídos aos nobres guerreiros de tempos ancestrais.
Tradição Algard: Uma americana iniciada nas Tradições Gardneriana e
Alexandrina, chamada Mary Nesnick, fundou essa "nova" tradição que reúne
ensinamentos de ambas tradições sob uma única insígnia.

* Bruxaria Tradicional: Todo Bruxo tradicional dará uma definição diferente


para este termo. Um Bruxo tradicional é aquele que frequentemente prefere o
título de Bruxo à Wiccaniano e define os dois como caminhos muito diferentes.
Um Bruxo tradicional fundamenta seu trabalho mágico em métodos históricos da
tradição, religiosidade e geografia de seu país.

* Bruxaria Tradicional Ibérica: Uma bruxaria onde participam pessoas que


habitam a região que compreende a penísula ibérica, principalmente Portugal e
Espanha. Seus ancestrais adoravam os seus Deuses, com cultos diferenciados
entre tribos e regiões; eles amavam e respeitavam os lugares e espíritos da
natureza, colhiam e caçavam com bravura e respeito. No passado a Península
Ibérica foi palco de influências de vários povos entre eles: os Fenícios,
Cartagineses, Suevos, Visigodos, Celtas (daí o rótulo de Celtibero, palavra que
representa mistura de povos Celtas e Ibéricos). As divindades nunca se mesclaram
facilmente com as dos povos invasores. A adoração e o Ritual dos Deuses tem a
ver com a Arte Antiga, hoje chamada por uns de "Tradicionalista" e claro, muito
anterior à Wicca que vemos do autor Gardner e outros decorrentes. Além disso, é
sabido o quanto Gerald Gardner percorreu por várias vezes a Espanha na busca
do culto dos Antigos... e nunca os encontrou realmente, pois os grupos de bruxos
conhecidos por Aquellares e Coevas (covens) são fechados e o que se fala para o
exterior é cauteloso de acordo com as Leis Wiccans!
O espírito religioso dos romanos baseava-se na importação dos Deuses das
varias regiões conquistadas. Podemos citar a Grécia como exemplo disso. Todos os
Deuses Gregos foram importados dando origem a Deuses Romanos de poder,
influência e semântica similares. Os romanos também querendo absorver "os
poderes das tribos" conquistadas, apropriavam-se dos nomes dos Deuses locais e
os aplicavam conforme as conveniências em sua cultura, sem contudo nestes
Deuses romanos recém criados existir o verdadeiro sentido mágico-religioso.
Assim aconteceu com a nossa Deusa Atégina que após a romanização, virou
Próserpina, nome deveras conhecido na mitologia romana mas, muito antes de
Roma ser criada, os povos locais já conheciam a lenda da Descida da Deusa
Atégina aos mundos interiores. Podemos notar também pela história que, cinco
séculos antes de Roma, já haviam chegado à europa a cultura dos Gregos e dos
Fenícios e, depois, dos Cartagineses que não forçaram os habitantes ibéricos com
suas religiões, entretanto foram bastante influentes na passagem de segredos e
mistérios aos Sábios tribais dos Santuários primitivos já existentes na Península
Ibérica. A Tradição dos ibéricos tem uma ancestralidade reconhecida num vasto
Panteão autônomo, quase livre de influências exteriores, e nos variadíssimos
vestígios históricos, que cada vez mais surgirão à luz dos homens.
Não poderíamos ficar alheios também da importância trazida pelas culturas
Fenícia, Cretense e Grega e cuja cultura resplandecente causou assombro e
respeito aos povos nativos ibéricos do litoral português com os cultos de Baal
Merkart e de Tanith de Cartago cultuada no seu local em Nazaré. O Panteão
Ibérico é rico e tribal. Os Deuses que compõem este panteão existem nas antigas
regiões da Bética, da Lusitânia e da Calaecia, e entre várias Divindades, cultua-se:
Endovélico - o Curador, Atégina - A Deusa Mãe, Trebaruna - A Guerreira e
Protetora, Bônconcios - O Guerreiro, Tongoenabiagus - O Fertilizador, Tanira - A
deusa das Artes, Nabica - A Ninfa das Florestas, Aernus - O senhor dos ventos do
norte, Brigantés - a Deusa guerreira . (Esta divindade é resultante da influência
dos povos do norte da Europa nas terras da Ibéria - A qual não têm nada a ver
com Briga ou Brigit dos druidas e muito menos a ver com os seus cultos). Os
feiticeiros Ibéricos não seguem os atuais calendários usados na Wicca, mas sim os
calendários vivos que a própria Tradição os ditou através dos tempos. Nesta
Tradição há 3 Celebrações anuais básicas: O nascimento, O Apogeu e o Rito aos
Idos aonde visitamos o Rio do Esquecimento, para cultuar seus antepassados. Na
Tradição Ibérica o culto é dirigido a uma só Deusa ou a um Deus e cada
Divindade é adorada individualmente, salvo algumas exceções, não se aplicando a
ritualística de Deusa e seu Consorte, tão difundida pela Wicca e não existe o
conceito de deuses infernais, nem duos ou trindades de Deuses.

* Tradição Galesa de Gwyddonaid: Uma Tradição Galesa Céltica da Wicca, que


adora panteão galês de Deuses e Deusas. Gwyddonaid, foi quem grosseiramente
traduziu a ignóbil obra galesa "Árvore da Bruxa (Tree Witch)" e propagou esta
forma de trabalhar magicamente."

* Tradição Witta: que surgiu na América no século 20, baseada no paganismo


celta irlandês. Apesar de ter as raízes antigas, esta vertente não exclui
fundamentos da Bruxaria Moderna (Wicca). O ano novo é celebrado em Yule, ao
invés de Samhaim, como nas tradições célticas. Não é uma vertente hierárquica,
portanto os sacerdotes são instruídos somente para conduzir rituais e ensinar
outras pessoas. Aliás, ensinar sempre foi o foco da Witta; a idéia de passar o
conhecimento adiante. É importante que o estudante desenvolva seus próprios
conceitos sobre o divino e o seu relacionamento para esse poder. Brigith e Lugh
são as principais divindades trabalhadas na Witta, mas os sacerdotes (chamados
de wittans) podem trabalhar com qualquer divindade irlandesa. O conceito de
nome mágico secreto também faz parte da Witta. Uma de suas Anciãs é a escritora
Edain McCoy.
EXERCÍCIO - Conhecendo os Deuses e a si mesmo
(dividido em 3 partes)

1ª Parte: Se você não tem nenhuma ideia de qual é o deus ou deusa


com quem tem afinidade, faça uma pesquisa e escolha pelo menos
dois deuses (um masculino e um feminino) dos panteões Celta,
Egípcio e Grego, e então encontre aqueles que possuem qualidades e
defeitos que são equivalentes aos seus.

2ª Parte: Escolha apenas dois dos deuses q pesquisou e faça uma


pesquisa mais aprofundada, descubra tudo o que puder sobre eles,
leia contos, descubra símbolos que os representam, e então consiga
(compre, encontre, ganhe - vale tudo) um objeto que represente o
deus e a deusa que escolheu, e medite pensando neles, tente ficar em
sintonia com eles, use a pesquisa que fez para conhecer a aparência
deles e o local sagrado onde podem ser encontrados.

3ª Parte: Escolha apenas um dos deuses, de preferência aquele com


quem teve maior afinidade, medite novamente com ele ou ela, e
então peça que digam o seu nome mágico.

NOTA: Relate essa experiência no seu Livro das Sombras.


SIGILO DA SERPENTE
Enquanto serpentes normalmente
governam sobre a vida/morte/ressurreição,
fertilidade e a dicotomia do "bom/mau" e
luz/escuridão, desejos necessitam não
estarem confinados nesses parâmetros -
aplique ao invés disso o conceito de
Kundalini, a força do desejo.

COMO USAR
A serpente do desejo: Para usar,
simplesmente escreva seu desejo, iniciando
de onde o pescoço da serpente encontra sua
cabeça. Se você decidir recriar o sigilo para imprimir, garanta que já espaço o
suficiente no quarto para completar o seu desejo. Corte pelas linhas, o que te
deixará com uma longa fita serpente. Isso é melhor feito do lado de fora, distante
de inflamáveis e sobre uma grande bacia. Usando uma vela no chão (de uma cor
equivalente), deixe o rabo pegar foto, segurando a serpente pela cabeça,
permitindo queimar de baixo para cima. Se usada do lado de dentro, espalhe as
cinzas ao vento. Caso contrário, eles já foram espalhados adequadamente.

 Serpente da cura: Usando muito do mesmo processo acima, escreva o


nome dele/dela que você deseja ser curado 7 ou 9 vezes sobre a face do
sigilo - de novo, iniciando no pescoço da serpente. Corte através das
linhas.Enrole a serpente para trás e vira. No reverso, escreva 3, 7 ou 9
vezes a natureza da(s) doença(s). Usando uma veja preta, branca ou
vermelha, faça o mesmo processo acima - lendo a prece:

Serpente enrolada, agora -


Desenrole - eu comando;
Minha ordem, vá sobre
O Solo,
Lingua de víbora esticada-
Oh, Serpente Negra,
Retraia o envenenado
Presa Venenosa,
E devora a doença
Que você lançou,
Recante - pela vontade da bruxa -
E alimente com isso a forja.

 O Vigia das Bruxas: Caso surja um evento que chame por um ritual
cronometrado, a serpente pode servir como uma detentora do tempo -
como abrir reinos, encruzilhadas, evocações, invocações e possessões.
Simplesmente corte através das linhas e passe um cordão de algodão ou
fio através da cabeça da serpente e mantenha isso em um lugar
protegido. Quando você estiver para iniciar seu trabalho, queime a
cauda da serpente com a vela que irá trabalhar - o tempo de queimar
varia com o papel usado, circulação, temperatura etc. Eu recomento
tentar um teste de queimar usando o mesmo papel e localidade, para ter
uma ideia do tempo geral. Brinque com o tamanho do sigilo para
diminuir ou alongar seu tempo de trabalho

 A Serpente Venenosa: Na face do sigilo, escreva seus desejos


desagradaveis, talvez algo que se estenda com "Que o veneno da
serpente apodreça a carne e a mente." No reverso, escreva o nome de
sua vitima nove vezes, iniciando não no pescoço, mas sim em sua
cauda. Isto associa a elevação de seu desejo (sobre a vítima) com o
símbolo de sua força de vontade (para lutar) sendo comido enquanto a
serpente é devorada pelas chamas e liberada no éter. Colete as cinzas e
misture com enxofre em pó, um veneno para plantas que você escolher
(ideal um que os sintomas combinem com a natureza do seu desejo),
óxido de ferro (opcional) e pó de osso (opcional).

RITO O CHAMADO DA SERPENTE NEGRA

Este ritual bastante simples poderia ser facilmente interpretado como uma
maldição, mas rotulá-lo como tal seria um pouco prematuro. A maldição é castigo
para a ação, e enquanto este ritual não retorna qualquer má vontade que eles
podem ter infligido sobre você, seu verdadeiro propósito é a limpeza: limpeza de
sua raiva (ou qualquer outra emoção residual) para eles e os seus. É a punição
por suas ações, mas não por suas emoções - que eu acho que é um assunto
muitas vezes negligenciado quando se trata de maldições. Embora sejam ações
que o prejudicaram, essas ações derivam de emoção e essa emoção não é tratada,
uma maldição só pode corrigir sua ação através de punição (indireta). Este ritual é
direcionado claramente ao ressentimento, tanto quanto é para devolver o dano
que pode ter sido infligido sobre você.
A Serpente Negra é fogo - é purificação e é destruição: é o inferno insaciável
que devora o vício e é a lança flamejante que empala aqueles que procuram a sua
destruição. É a preservação - pois é a Âncora que nos liga ao mundo físico, para
que possamos enfrentar nossas provações e aprender com essas tribulações.
Para dar início, acenda o fogo - ou evoque um espírito do fogo, pois também
pode funcionar - e então, observe o fogo até sentir o momento de evocar a
Serpente Negra... Então digam:

A partir da Terra - Das profundezas, ouça;


A ascensão da Serpente Negra.
Do jardim envenenado,
Do caldeirão terreno,
De minha sombra - nascida
Venha - Há trabalho a ser feito!

Embora o "cântico" diga que a Serpente reside dentro da Terra, na realidade,


ela faz morada na sua coluna (onde sua gêmea divina - a Serpente da Luz, sua
Alma/Espírito - está enrolada ao redor dela) e ancora-lhe desta maneira para o
solo. Ofereça para as chamas a foto e então ordene à Serpente:

Saí agora - por minha ordem


Para a garganta do meu transgressor;
Causa-lhe o teu aperto visceral - e
Crave o teu dente envenenado na veia
Consuma em teu orgulhoso altar
E entregue-lhe a minha ira.
Quando sentir o espírito ou a energia da pessoa desenvolver um vínculo
temporário, prossiga:

Oh grande Serpente - se contorcendo


Ancore ao mundo do meio:
Vincule os olhos -
Que enxergam;
Vincule a língua -
Que diz mentiras
E ligue-se a mente -
Que decorre falsidades
De minha verdade.
Alimente a besta
Em sua decepção - A sua predileção
Para a minha miséria
E em tua garganta dourada
Imbuindo a minha redenção
Agite o ódio nutrido
Ele sustenta
E vem - até mim
Em tempo de se consumar
Com douradas bênçãos
Que eu possa usar
Como um diadema da Vitória.

Quando tudo estiver acabado e você tiver sido purificado dos sentimentos
ruins e do malefício jogado contra você, chame a Serpente de volta para casa:

Escutai, minha serva sombria


Retorne de onde veio
Farta dos vícios e raivas
Para a Terra - para as profundezas
Para o espectro negro que vaga
Sempre atrás de mim -
Até que eu apele a ti novamente.

Apague o fogo e vá embora, o trabalho estará feito.

ALIMENTANDO A SERPENTE NEGRA

Há a Escuridão - Há a Luz - Há a Balança (pode ser equilíbrio também)


Para humanos nascidos no vício - recontado na forma de pecado. Em cada um
há a escuridão, sempre presente e espreitando na beirada da sua própria
"moralidade" - intrínseca ou instilada - e como a cabeça da Hidra, da virtude
eliminada surgem dois vícios. A Bíblia fala sobre eles - ambos são comumente
conhecidos e seus antecedentes - como pecados cardinais.

1 - Luxúria
2 - Orgulho
3 - Gula
4 - Preguiça
5 - Fúria
6 - Inveja
7 - Orgulho
Essa é a Serpente Negra - enrolada sobre o corpo e pesando a alma,
fundamentando-a assim no mundo físico em que existimos. É nossa amarra e a
nossa ancora do que devemos manter limitado - necessário para fazermos nossa
contribuição terrena e aprender nossas lições. Sem isso - e estes instintos
primitivos - nós ascendemos. Assim como sem seus compatriotas - nós
desceremos para a escuridão. Para ser humano não é só se jogar em um deles -
mas sim apaziguar ambos. Essa é a Balança: isso é o que nos mantém nós
mesmos e isso solidifica o plano - o terreno médio.
Eu não acredito no mal - ou melhor - eu acredito que o mal é uma criação do
homem; a condeção de nosso aspecto primitivo, que ataca de volta com veemente
vontade de sobreviver. O mal está na negligência do homem - a negação do
primitivo e da exibição saudável dele. A Serpente Negra deve ser alimentada - mas
apenas para apazigua-la - para que ela possa retornar ao seu torpor alimentada.
Isso pode ser feito de maneira mundana - com a ousada expressão da
luxuria, tratando a si mesmo como algo decadente, superfluo, relaxado e
indulgente em nada além de sua própria vontade, deixando sair sua agressão e
desdém por maneiras construtivas (ou controladas porém destrutivas). A chave
para se permitir essas coisas sem culpa - pela vergonha de ser antiético - é fazer
mas com moderação.Essas praticas são e devem ser facilmente integradas, mesmo
para os mais rigorosos - para quem é mais construtiva a experiencia, para a
mortalidade.
Isso sendo dito, há outras formas de alimentar a Serpente - uma pode provar
ser mais libertadora.

PARA EXECUTAR

Vá para um quarto escuro - é onde Serpentes residem, onde se assemelha à


casa - e se sente na escuridão. A chave não é simplesmente sentar apaticamente
no escuro, mas permitir se conectar com a escuridão, sentir seu toque como tinta
na pele. Se você preferir visualização - imagine um caduceu ao redor com uma
serpente branca e uma negra entrelaçadas. Chame a Serpente Negra e veja ela se
desenrolar e ir até você. Procure em sua mente pela coléra, luxuria, raiva, inveja e
alimente-as uma a uma para a Serpente e deixe-as deixar você. Permita a
serpente torcer sobre seu corpo - permitindo devorar a negatividade como ela
entender,e quando você estiver limpo - mande-a retornar. Veja ela se afastar para
aonde ela veio, e se espiralar mais uma vez no caduceu. Você foi libertado, e a
serpente alimentada.
Esse mesmo principio pode ser aplicado assim para a serpente da luz, porém,
sendo alimentada não com negatividade, mas dando a ela suas grandes diversões
e boas memórias para serem mantidas assim a salva. Não é uma alimentação com
ódio, mas com amor - e é bom em tempos de escuridão ou tristeza, alimentar a
serpente da luz para que ela te levante das sombras do sofrimento.
Para aqueles que trabalham com a mágica sem a ajuda de deidades ou
espíritos, essas Serpentes podem agir como servas de sua vontade - promulgando
a mágica. Envie a serpente da luz para trazer adianto um novo amor ou a das
sombras para se alimentar das doenças até que estejam curadas

Feliz Alimentação!
AS 13 LUAS DO ANO
A LUA DA BÊNÇÃO - JANEIRO
Janeiro em gaélico quer dizer
Eanáir, a Lua amarela da cor do feno
e do hidromel. Ela representa o tempo
em que os antigos pagãos preparavam
os campos para o ciclo de celebrações
das colheitas.
Pronúncia em gaélico: Eanáir –
Janeiro.
Durante esta Lua vivenciamos o
verão, uma época abençoada e cheia
de vida. Somos exaltados por uma
criatividade vívida, inspirando-nos a
desenvolver o belo dentro de nós e a
exteriorizá-lo das mais variadas
formas. A arte da criação está plena
de novas influências.
Ao mesmo tempo, a energia é vibrante e tudo se torna possível... O contato
com o mundo feérico se faz de maneira muito mais fácil, pois a alma rompe as
barreiras da ilusão, dando vazão ao que vai além da simples percepção dos cinco
sentidos. A intuição aflora e nos ensina que tudo aquilo que vem FÁCIL é muito
MELHOR. Todo caminho que apresenta certa dificuldade, em sua trajetória, indica
que ainda é hora de esperar o seu devido amadurecimento e que poderemos seguir
mais adiante onde a trilha nos parece mais suave.
Atente para as várias possibilidades do universo e perceba como tudo
caminha na mais perfeita harmonia... Sinta como você se encaixa nessa grande
teia da vida. No Druidismo aprendemos que cada ser carrega em si a conexão
sagrada com os Deuses, ou seja, a integração do homem com o Todo e o ambiente
que o cerca. Interligados como um nó celta. Explore o prazer da tranquilidade
durante esta Lua. Agora, não há nada a fazer senão esperar pela colheita, de uma
forma equilibrada, renda-se ao tempo e respeite o ciclo natural de cada fase.
Acalme o seu coração e confie!
Mesmo que tudo lhe pareça fora do lugar, saiba que o equilíbrio novamente
será restaurado, mesmo àqueles que estão sofrendo duras perdas, devido ao
abuso do homem contra a Mãe Natureza.
Neste novo ciclo precisamos encontrar, também, o equilíbrio natural entre
celebrar os longos dias do verão, o calor e o início das colheitas, ao momento de se
estar sozinho. Esteja consciente desta pausa, usando-a de forma a lhe inspirar a
alma e o coração, permitindo-se absorver todo esse precioso tempo para pensar,
refletir e sonhar...
Observe aquilo que precisa ser mudado em sua vida. Caminhe entre as
árvores, respire profundamente e relaxe. Aguarde e os sinais logo se apresentarão.
Esta consciência irá, naturalmente, aprofundar-lhe a compreensão de si mesmo e
do meio em que se vive. Para um druida, esta é uma percepção muito importante,
permitindo-lhe interagir com honra, confiança e honestidade, principalmente,
consigo mesmo e com o mundo que lhe rodeia.

A LUA DA COLHEITA - FEVEREIRO


O mês de Fevereiro em gaélico chama-se Feabhra, a Lua da Colheita,
celebrada após o Festival de Lughnasadh, quando comemoramos, nos campos
verdes da Grande Mãe, a colheita dos frutos - o ciclo das nossas experiências.
Pronúncia em gaélico: Feabhra – Fevereiro.

"A colheita é a consumação da longa e solitária viagem das sementes durante a


noite e o silêncio sob a superfície da Terra. A colheita é um dos grandes festivais do
ano. Um momento muito importante na cultura celta. É quando a fertilidade da
terra, finalmente, produziu seus frutos."
Trecho do livro "Anam Cara" de John O'Donohue.

Esperar pacientemente pela chegada da colheita é aceitar o movimento da


roda, que requer certo sacrifício da nossa parte, como se fosse uma oferta aos
Deuses, em forma de gratidão. Os celtas, às vezes, ofertavam um sacrifício em
troca de uma boa colheita mas, nos dias atuais, não precisamos mais derramar
sangue para alcançarmos essas graças.
Mesmo tendo consciência deste fato, a natureza nos mostra que tudo no
universo é baseado numa troca. Durante esse período experimentamos essa
energia em plena harmonia com os nossos desejos, onde eles se concretizaram de
fato, após ofertamos em troca, nossa paciência e dedicação.
Essa troca pode ser observada nas atitudes diárias, seja com os filhos e
familiares, nos estudos ou até nas pequenas e grandes conquistas materiais,
financeiras e espirituais. A lealdade para consigo e os demais são fatores
fundamentais para alcançarmos esses objetivos. Somente quando reconhecemos
verdadeiramente o nosso próprio valor é que poderemos reivindicar o que é nosso
por direito, tanto na abundância como na escassez, pois a balança é imparcial e
exata.
Então, a boa colheita dependerá sempre da sua atitude perante a vida!
Estamos vivenciando um período de paz, entre o solstício de verão e o equinócio
de outono. Época do ano em que os dias são quentes e abafados, provocando
assim, as conhecidas chuvas de verão. Portanto, o elemento predominante dessa
fase é a água.
A água é o elemento essencial para a sobrevivência de todas as formas de
vida, além de um Portal para o Outro Mundo. Esse portal pode ser acessado
através das brumas e para que elas se formem é necessária à união de dois
elementos: a água e o fogo.
O fogo do verão que começa a se extinguir... As águas de março que chegam,
anunciando o outono. Elementos incompatíveis, mas quando unidos formam a
mística névoa de prata.
A água em forma de vapor é uma das entradas que levam ao Outro Mundo, na
mitologia celta. Quando se faz necessário, dois mundos se encontram... E são as
brumas que nos ligam aos Deuses. O fogo é o elemento purificador e regenerador,
agente da metamorfose e transformação. A água é o elemento fundamental da
criação, de ação fecundante e curadora. A coesão desses dois elementos nos
propícia um estado meditativo tal como o transe xamânico.
Para acessar esse conhecimento, precisamos aprender a fluir com a água.
Aproveite a lua cheia desse mês para conectar-se com seus benefícios
revigorantes. Prepare um banho com nove cravos da índia e três pedaços
(pequenos) de canela em pau. Ferva tudo num litro de água e deixe descansar por
uns 15 minutos, depois coe e reserve. Após o banho de limpeza, despeje a infusão
sobre o corpo. Tome esse banho, de preferência, na parte da manhã. A magia das
ervas e das plantas faz parte do caminho da espiritualidade dos druidas, assim
como o acesso ao Outro Mundo nos conduz à sabedoria dos Antigos...
A LUA DA CEVADA - MARÇO
Em Março, que em gaélico se diz Márta, celebramos a Lua da Cevada. Essa é a
Lua dos grãos da segunda colheita, do conhecimento, do equilíbrio e da paz.
Ocasião em que as folhas começam a cair e o Sol a minguar rapidamente. Mais
uma vez, os dias e as noites se tornam iguais e os mistérios da vida e da morte se
apresentam.
Pronúncia em gaélico: Márta – Março.
Época de expressar gratidão às colheitas do ano, no ápice do outono, à
Grande Mãe e aos companheiros de jornada que, com lealdade, amor e carinho,
trilham o caminho dos Antigos ao nosso lado...

"Ao compreender sua colheita, a alma sob o ciclo sazonal, sente uma sensação de
calma e alegria com a chegada deste tempo. O tempo é um dos maiores mistérios da
vida. Tudo o que nos acontece está dentro e através do tempo. É o poder realizado
por cada experiência que abre as portas do coração. Aconteça o que acontecer, é
você quem controla e determina o tempo."
(Trecho do livro Anam Cara de John O'Donohue)

Nesse mistério, estamos todos interligados no mesmo propósito, a energia que


flui é plena, em todos sentidos, pois representam à luz e a sombra contidas no
equilíbrio de nossas essências. Essa essência representa tudo àquilo que
acreditamos e que divulgamos, com responsabilidade e dedicação. Ao nos
deparamos com as festividades do Equinócio do Outono, nos sentimos em plena
harmonia. As folhas que caem das árvores tornam-se o próprio adubo do solo, que
posteriormente, irão fornecer o sustento necessário à sua continuidade. Nesse
período, as folhas de carvalho são representações máximas de todo o equilíbrio da
natureza.
E a continuidade da vida também depende da nossa conscientização em
relação ao planeta, a nossa Grande Mãe Terra. Preservar o meio ambiente,
incentivar a reciclagem e a reutilização do lixo, são meios simples que podemos
praticar diariamente e, assim, contribuir para o melhor aproveitamento dos
recursos naturais, com atitudes que beneficiarão todos nós.
Essas práticas devem ser encaradas como atos divinos de um mesmo objetivo,
tanto a nível religioso como na forma expressa de preservar aquilo que
consideramos sagrado.
Ao caminharmos por entre as árvores de carvalho podemos sentir toda a sua
força ancestral. O carvalho é uma árvore primordial que sempre foi associada aos
druidas por sua sacralidade. As suas grandes ramificações parecem tocar o céu, a
sua longevidade e à penetração de suas raízes profundas no subsolo, criaram um
elo entre o céu, a terra e o submundo ou ao nosso mundo. Então, é natural o
fascínio que sentimos por essa árvore, pois ela nos liga aos Deuses.
Experimente meditar embaixo de uma árvore de carvalho ou colha suas folhas
secas, sempre pedindo sua permissão e construa um espaço sagrado, como se
fosse um antigo Nemeton, termo gaulês usado para descrever um santuário ou
local sagrado, em uma clareira, mata, bosque ou floresta e, às vezes, delimitado
por pedras erguidas. Faça seu próprio círculo de pedras e folhas, entre em
sintonia com essa força maravilhosa e siga a sua intuição. Ao final dessa prática,
agradeça a árvore ancestral, os Deuses e os espíritos da natureza por esse
momento de insight e renovação das energias. Que assim seja!

A LUA DO SANGUE - ABRIL


Aibreán, quer dizer Abril em gaélico corresponde à primeira lua cheia antes de
Samhain. Associada à cor vermelha, que nos tempos antigos marcava o período de
caça. O vermelho representa o sangue, o útero sagrado, a vida e a morte.
Pronúncia em gaélico: Aibreán - Abril
Essa é a lua que celebra a ancestralidade, a
fecundidade, o sangue menstrual e a maternidade.
Momento propício para meditarmos sobre nossas
ações. Durante esse período que antecede Samhain,
naturalmente ficamos mais introspectivos e, assim
como os nossos ancestrais fizeram, também
invocamos a energia vital para enfrentarmos o inverno,
tanto exterior como interior, que logo chegará.
Nessa fase de transição onde a Roda do Ano Druídico
finaliza mais um ciclo, precisamos renovar as energias e invocar
todo esse poder para nossas vidas, o ideal é aproveitar o período
da nossa querida Anciã, para banir as energias velhas e
desgastadas. Com a entrada da Lua Minguante no céu, no mês
de abril, faça o seguinte:

Desenhe com giz branco no chão ou numa lajota, de


preferência voltado para o sul, uma estrela de seis pontas, em
cada ponta fixe uma vela branca e no centro uma vela
vermelha. Lembre-se de untar todas as velas com óleo de sálvia
ou azeite, da base para o pavio, representando a expulsão.
Mentalize:

"Nesta noite de lua minguante invoco a Deusa Cerridwen,


Senhora da transformação, que pelas bênçãos do caldeirão,
possamos ativar esse espaço mágico e banir todas as energias
desgastadas da minha vida. Que assim seja!"

Escolha um local arejado, tomando o devido cuidado ao


fixar as velas, para que não haja nenhum perigo de incêndio.
Podemos utilizar velas vermelhas para ancorarmos também
ritos de fertilidade, força de vontade, coragem, justiça e
magnetismo.

A LUA ESCURA - MAIO


O nome do mês de Maio em gaélico é Bealtaine que,
tradicionalmente, marca o primeiro dia de verão na Irlanda.
Para nós do Hemisfério Sul, a natureza está em oposição em
relação ao Hemisfério Norte, é quando começamos adentrar os mistérios das
noites frias do inverno.
Pronúncia em gaélico: Bealtaine – Maio.
Celebramos a Lua Escura neste mês, período em que a terra inicia seu tempo
de descanso, reunindo forças vitais para despertar uma nova vida na primavera. É
a lua ideal para conectar-se com as forças divinas e aos ancestrais da terra.
A Lua Negra é quando não há luz visível na Lua, ela encontra-se negra,
profundamente negra. Ela representa a transformação, detentora de todos os
mistérios… Esta é a fase mais complexa o Inicio e o Fim, e nesta época geralmente
é quando vamos ao mais profundo de nosso ser é quando na maior escuridão
surge a luz da esperança do recomeço do ciclo eterno.
Vivenciamos a época do Festival de Samhain, onde poderemos invocar a
renovação e a abundância da terra e dos seus habitantes, através dos mitos
irlandeses que retratam a união dos Deuses, Dagda e Morrighan. Lembrando que
há uma grande diferença entre o "invocar" e o "evocar". Invocar é pedir uma
inspiração ou ajuda a uma divindade. Evocar é chamar para si, fazer aparecer ou
manifestar, uma entidade ou um espírito. Dagda, o Grande Deus da prosperidade
e da abundância, possuidor do caldeirão mágico, que simboliza as essências do
saber e da inspiração, que alimenta todas as criaturas, saciando suas
necessidades físicas e espirituais. Além de uma harpa mágica, que convocava as
estações do ano e amenizava a dor dos que passaram para o Outro Mundo,
considerado o Senhor da vida e da morte.
Morrighan, a Grande Rainha, está associada às forças da natureza,
representando o grande útero da terra, onde a vida nasce e morre, para que assim
haja a renovação da fecundidade. Ela é considerada a Deusa da morte, do amor
físico e da guerra.
Morrighan e Dagda se unem em Samhain, para garantir o renascimento da
vida em Beltane. O mito explicava o desaparecimento do sol no inverno e seu
reaparecimento no verão, o eterno equilíbrio das forças da natureza.
O caldeirão é um símbolo que se repete em muitos contos celtas, podemos
celebrar também a Deusa Ceridween, Senhora da Lua Minguante, caso queira
ritualizar com a tradição galesa, em vez da irlandesa. Observando todos esses
aspectos e fazendo uma correlação à Roda do Ano Druídica, é essencial
ritualizarmos visando a renovação e a transição para uma nova realidade, que
surge após as noites escuras da alma.
Aproveite o último estágio da Lua Minguante, que antecede a Lua Nova, e faça
o seguinte:

Desenhe uma estrela de cinco pontas com giz branco, no chão, em cada
ponta, coloque uma pedra de granada, num total de cinco pedras. No centro
coloque o caldeirão e acenda uma vela branca dentro dele. Queime seis folhas de
louro nas chamas da vela, mentalizando que aja transmutação de todas as
energias negativas.

A LUA DO CARVALHO - JUNHO


Meitheamh, em gaélico quer dizer Junho, o sexto mês do calendário
gregoriano. Mês em que celebramos a Lua do Carvalho, associada ao aspecto do
Senhor do Carvalho e que representa a lua dos novos caminhos, da transformação
e do renascimento.
Pronúncia em gaélico: Meitheamh - Junho
Simbolicamente, morremos e renascemos em Samhain, passando por outros
ciclos até a chegada do verão, com a parte clara do ano, em Beltane. A própria
natureza se recolhe e nos ensina pacientemente a esperar por uma nova estação.
Mas o homem moderno nem sempre consegue assimilar esse fato, pois vive preso
em si mesmo e num mundo cheio de ilusões.
Ao despertarmos para nossas verdadeiras necessidades iremos ao encontro do
propósito maior de nossas almas que é, e sempre foi, viver plenamente em todos
os sentidos da vida. Bênçãos plenas é o equilíbrio entre a matéria e o espírito
porque de nada adianta viver um sonho sem um objetivo claro para realizá-lo e de
se realizar plenamente nele, senão a essência acaba se perdendo em meio a tantas
bobagens. E, diga-se de passagem, hoje em dia há muita bobagem disponível no
mercado!
Quando vivenciamos os ciclos lunares e solares nos religamos a uma poderosa
energia, que naturalmente flui dentro de nós. Aproveite o ápice do Solstício de
Inverno, para meditar sobre a força do carvalho e, se possível próximo a essa
árvore milenar de grande valor ancestral. O carvalho é considerado a fonte da
sabedoria cósmica. O carvalho também é uma lenda viva, um portal para o Outro
Mundo, que representa tudo aquilo que é verdadeiro, saudável, estável e nobre.
A grande árvore da vida, que nos revela toda a força celta, através do seu
simbolismo, que trata de todos os mistérios que nos envolvem:

- A Vida;
- A Força;
- A Sabedoria;
- A Nobreza;
- A Família;
- A Lealdade;
- O Poder;
- A Longevidade;
- O Patrimônio;
- E a Honra.

Caso não seja possível meditar sob uma árvore de carvalho ou próximo de
uma árvore qualquer, visualize uma antiga árvore de carvalho. Escute o farfalhar
das folhas e continue a visualizá-la, concentre-se na base dessa árvore, onde há
uma porta... Entre por ela e conecte-se com Avalon. Descubra quais os
ensinamentos estão contidos nesse momento para que você renove sua vida e viva
de uma forma mais alegre e plena!
Anote todas as sensações e visões, lembre-se que o caminho está dentro de
você, pois somos nós os mestres co-criadores responsáveis pelo nosso próprio
crescimento.

A LUA DO LOBO - JULHO


A roda gira e chega Iùil que, em gaélico, é o mês de Julho, conhecido como a
Lua do Lobo que representa as águas frias da terra que ficam presas sob a geada,
com a aproximação do inverno e os seus mistérios.
Pronúncia em gaélico: Iùil - Julho
É um momento de pausa, interiorização, reflexão e transmutação... Quando a
vida simplesmente se transforma!
A natureza agora se recolhe e nos ensina que compartilhar também é uma das
formas de sobreviver a todas às crises, além de integrar-se numa sociedade, sem
que isto afete a nossa individualidade. É o mês ideal para realizarmos trabalhos
em grupo e esforços conjuntos, pois favorece a união dos seres e a unidade.
Essa é a época em que vivenciamos um momento de transição do claro para o
escuro, para novamente alcançarmos a luz. Mas, antes de qualquer coisa,
precisamos entender as forças que regem esse mês: a Lua e o Lobo. A Lua
representa os mistérios femininos que refletem a força do Sol, simbolizando
também, a energia psíquica, a intuição e o inconsciente coletivo que guarda todos
os segredos de sabedoria, conhecimento e magia.
O lobo é um animal de poder ligado aos mistérios lunares, que fortalece,
estimula e aguça os nossos sentidos, além de nos ensinar a viver em harmonia
com a natureza e a compreender o sentido da vida. Ao uivar para a lua,
simbolicamente, o lobo nos conecta à novas idéias, ocultas sob a mente
consciente. A transformação em lobo é um dos temas preferidos de várias lendas
irlandesas e populares também. Representa o contato com o lado sombrio da alma
que desperta os instintos básicos do homem.
Ao nos unirmos a essas duas grandes forças, interiorizamos suas
características e nos movemos para um plano mais sutil... Um plano onde o
mestre nos aguarda! Aproveite essa energia para aprender harmonizar o lado
obscuro da sua alma. Um momento propício para expurgar tudo aquilo que
precisa morrer. Nossos medos, fraquezas, dificuldades e problemas.
Procure um local calmo e isolado no qual possa entrar em contato com o
mestre que reside em seu íntimo. Prepare este local com um incenso de louro ou
alecrim, acenda uma vela no seu caldeirão e medite sobre as situações difíceis que
está vivendo. Escreva essas dificuldades num papel e feito isso, leia-o
atentamente. Respire profundamente e solte todas as tensões que essa situação
lhe traz. Logo em seguida queime o papel, mentalizando que tudo está se
transmutando e se transformando.
Num outro papel escreva como será sua vida daqui para frente. Visualize e
sinta-se vivenciando essa nova realidade.
Durante três dias leia, reflita e concentre-se no que escreveu, lembre-se o
mestre dessa jornada é você e seus sonhos, metas e ideais são as novas sementes
que serão lançadas, em breve, na próxima primavera. Comece agora mesmo a
prepará-las! Guarde esse papel num envelope (para acompanhar sua evolução
espiritual) e coloque-o em um local secreto, até a próxima Lua
do Lobo, onde, mais uma vez, uma nova energia estará presente
em sua vida.

A LUA DA TEMPESTADE - AGOSTO


Agosto é o mês da Lua da Tempestade que,
simbolicamente, descreve o movimento das águas geladas.
Lua dedicada à Deusa Brighid, que visa o equilíbrio entre
a luz e a sombra...
Em gaélico este mês chama-se Lúnasa, dedicado ao
Deus Lugh e marca o início das colheitas no Hemisfério
Norte.
Pronúncia em gaélico: Lúnasa - Agosto. É o
tempo de despertar as sementes da promessa, a
esperança que se
renova com a chegada da primavera. Renovar o
seu mundo é a palavra-chave deste mês!
Para os celtas, o tempo era circular e não
linear. Como um círculo dentro de outro círculo,
onde a vida começa dentro de outra vida e o
universo dentro de outro universo. É a eternidade
em constante movimento. O centro do mundo para
eles era o lugar onde se está agora, onde está o seu
espírito, corpo e coração, ou seja, a interligação
consigo mesmo, a sua família e o cosmos.
O coração do Outro Mundo está na fonte da vida
espiritual representada pelas águas sagradas, cuja fronteira
é freqüentemente vista além mar, debaixo da terra, em
colinas próximas a um lago (Sídhe), nos bosques ou
simplesmente, dentro dos limites de uma névoa mágica e
uma ilha.
Todas as fontes de água têm sua origem oculta nas
profundidades abaixo da terra, onde a árvore da vida cresce
para alcançar o céu... É o nutrir para crescer. A água que
limpa, purifica e promove a cura, também flui através de
nós. Os elementos em si brindam esse novo ciclo e as águas das
tempestades representam todo esse movimento interior. Nossas
emoções que estão sempre emergindo à flor da pele, por vezes, precisam de uma
manutenção e uma limpeza mais profunda.
Para promover essa limpeza, nada melhor que meditar com Brighid, a Deusa
do Fogo, o elemento mágico que une os Três Mundos: a Terra, o Céu e o Mar... O
fogo, como um presente dos Deuses, que transforma todos os outros três
elementos, abrindo caminhos para o Outro Mundo.
Agora é hora de bebermos do poço da vida. Pare por um momento e olhe para
dentro de você. Ouça o chamado da Fonte!
Em seu local sagrado coloque uma taça com água mineral. Feche os olhos e
sinta o seu movimento interior, visualize o mar e suas ondas calmas e
tranquilas... Atraído por esse movimento você mergulha e se deixa levar por essa
sensação de paz e leveza.
Eis que, de repente, surge um abismo, uma força maior lhe puxa para baixo,
num movimento de total agitação, você adentra nessa espiral que lhe carrega para
as profundezas da escuridão.
Você se debate e o ar lhe falta... Desorientado no tempo e no espaço, a vida
passa pelos seus olhos e, quando tudo parece perdido, você ouve, finalmente, o
rugido do mar que, com a mesma força lhe puxou para baixo, agora lhe liberta.
Você ascende numa espiral acima das ondas. Essa é a sua oportunidade de se
libertar de todas as mágoas do passado e de curar as feridas que lhe pesavam a
alma. Saindo dessa agitação, respire profundamente e abra os olhos. Agora tome a
água da sua taça, absorva a sua própria luz, sinta uma sensação de profundidade
e bem-estar tomando conta de você. O sagrado flui novamente purificado e a alma
está pronta para o seu breve regresso!

A LUA DOS VENTOS – SETEMBRO


Setembro marca a época da renovação, com o ápice da primavera. Este mês,
em gaélico, chama-se Meán Fomhair, é o final da roda escura do ano e o início da
roda clara, onde todos os seres começam a vibrar intensamente, em todos os
sentidos.
Pronúncia em gaélico: Meán Fomhair – Setembro
Respirar profundamente e absorver os conhecimentos que despertam a nossa
alma, na qual as flores, mais uma vez, se fazem presentes e tudo ao nosso redor
ganha um novo colorido, nos inspirando às transformações interiores. Nada é
esquecido, apenas se mantém adormecido, até que a semente esteja pronta para
reiniciar seu ciclo de evolução. Os ventos promovem o movimento básico deste
despertar, o fluxo sagrado da consciência, ou seja, a cada novo movimento
sentimos-nos cada vez mais próximos da fonte.
Para que essa conexão aconteça, precisamos estar conscientes do agora, para
percebermos que aquilo que vivenciamos diariamente nos liga intimamente aos
Deuses. Os ventos são umas das formas pelas quais a natureza nos conecta a
esses sinais, por exemplo, quando são cálidos, leves, frios ou gelados.
Naturalmente, sentimos diferentes sensações que nos transmitem alguma
mensagem interior.
Para os antigos celtas, o vento era uma grande força da natureza, elementos
invisíveis do céu e que nos remete aos Três Reinos Celtas: Terra, Céu e Mar, que
representam também o corpo, a mente e o espírito. O fogo era considerado, por
eles, o ponto central da vida, um presente dos Deuses, responsável pela
Inspiração, o Awen ou Imbas Sagrado... Um ser vivo, que nasce, cresce, se
alimenta, definha e morre. Os três elementos estão interligados e conectados entre
si, como se fossem um nó celta. Podemos representá-los, simbolicamente, da
seguinte forma:
O centro é o equilíbrio, a Bilé ou o fogo sagrado, onde os três reinos estão
ligados por uma grande árvore, no caso, representado pela figura de uma árvore
com motivos celtas. O ar é invisível - mas sua própria natureza de invisibilidade
torna tudo mais profundo. Ele é a consciência do sopro sagrado, que
continuamente é mudado. A cada respiração, o mundo exterior é trazido para o
nosso espaço interior. Espaços internos de nossos corpos e, portanto, as mentes,
sonhos, recordações e até mesmo crenças, são reavivadas. O ar que se movimenta
forma os ventos inerentes às quatro direções: Norte, Leste, Sul e Oeste. O centro é
representado, novamente, como local sagrado, a Mãe Terra.
Aproveitando a atmosfera de renovação e de equilíbrio, proporcionada durante
o Equinócio da Primavera, façamos uma meditação invocando a magia dos
"Quatros Ventos". Sinta a presença de cada um, trazendo-lhe a força do Norte, a
luz do Leste, a inspiração do Sul e a iluminação do Oeste. Coloque no centro do
seu espaço sagrado um caldeirão com uma vela branca dentro, simbolizando a
sua consciência no momento presente. Medite o tempo que for necessário e sinta
a sua energia se harmonizando com todo o universo. Que assim seja!

A LUA DAS SEMENTES – OUTUBRO


Outubro é o mês da Lua da Semente, representando as sementes que estão
em repouso sob o solo, os nossos sonhos, que começam a germinar ao mesmo
tempo em que a vida desperta para uma nova etapa solar.
Em gaélico, outubro chama-se Deireadh Fomhair, que significa "o fim da
colheita", pois, no Hemisfério Norte, celebra-se nessa mesma época o Festival de
Samhain.
Pronúncia em gaélico: Deireadh Fomhair - Outubro
Enquanto que no Hemisfério Sul vivenciamos o Festival de Beltane, período
em que se intensifica a renovação, o amor e
a criação, iniciando assim, a jornada pela
parte clara do ano celta, despertando-nos
para uma nova realidade. Esse despertar
nos torna cada vez mais conscientes da
grande responsabilidade que temos para
com os nossos pensamentos, atos e
palavras, pois tudo que plantamos
inevitavelmente colheremos, sejam elas boas
ou ruins, dependendo das escolhas feitas.
Então, saiba usá-las com sabedoria e
discernimento!
Durante os dias que precedem Beltane,
principalmente por ser uma época que
favorece a purificação, a fertilidade, a
sexualidade e a criatividade, ficamos mais
suscetíveis às novas ideias e propensos a
novas realizações. Deixe a energia fluir. Mas
lembre-se de manter o foco naquilo que
realmente se quer.
Como as tríades galesas: "Há três coisas
que um viajante deve considerar: de onde
vem, onde está e para onde vai." Essa é uma
das várias tríades do Druidismo que
esclarecem muitos aspectos da nossa vida,
tanto a nível material como espiritual. Quando adentrarmos nessa vibração de
poderosa ação, precisamos planejar quais as sementes serão lançadas ao solo.
Faça uma lista de desejos e projetos para essa nova estação. Sente-se calmamente
em um local próximo à natureza e escreva num papel suas prioridades e metas
que pretende alcançar a curto, médio e longo prazo. Feito isso, visualize-as como
se fossem sementes que logo começarão a germinar e crescer com força e
vitalidade.
Em muitos casos poderão ocorrer dúvidas. Nesse momento, aquiete sua mente
através de uma meditação ou relaxamento e busque os sinais que estão presentes
nas sincronias da vida. Entre em comunhão com os Deuses, ancestrais e os
espíritos da natureza, ouça sua intuição, que estará ainda mais aguçada e siga em
frente!
O fogo, como elemento central e sagrado para os celtas, era visto como um
complemento à purificação, bem como a água, possuindo uma grande força
espiritual, além de propriedades mágicas de transmutação, transformação,
limpeza, calor, energia e inspiração. Elementos responsáveis pela manifestação
das brumas que nos levam ao Outro Mundo. Alguns lugares sagrados mitológicos,
também estão associados à sabedoria, como o Poço da Sabedoria, a Espiral de
Annwn (Outro Mundo) e o Caldeirão de Cerridwen, representações que nos
conectam aos planos mais elevados e sutis da alma, facilitando, assim, nossa
jornada e auxiliando na renovação das sementes, em plena harmonia com o Todo.
Pelas bênçãos dos Deuses e dos não-deuses, que aja ordem no cosmos e na
humanidade.

A LUA DA FLOR – NOVEMBRO


Novembro em gaélico chama-se Samhain e marca, no Hemisfério Norte, o fim
do verão e o começo do Ano Novo Celta. No Hemisfério Sul, o mês é dedicado ao
despertar da consciência, da sexualidade e da criatividade, através das energias
de Beltane.
Pronúncia em gaélico: Samhain - "Sou-ein" – Novembro
O poder de se expressar através da energia da paixão é muito forte nessa
época do ano. A natureza nos mostra toda a sua exuberância, através das belas
paisagens que se formam em contraste aos campos verdes, de árvores como o
flamboyant, que exibem belas flores vermelhas, nos inspirando a alma.
Tudo conspira para que possamos refletir sobre o nosso potencial.
O elemento central dessa energia é o fogo, sendo assim, como conhecê-lo sem
se consumir? Pense como você expressa a paixão e a criatividade em sua vida.
Permita que o fogo possa lhe ensinar!
Acenda uma vela rosa, branca ou vermelha dentro do seu caldeirão e sente-se
confortavelmente para meditar. Visualize a chama da vela e concentre-se nos seus
movimentos. Abra o seu coração e a sua mente para reconhecer aquilo que
alimenta a sua alma e o que a faz vibrar de verdade. Caso tenha algum
relacionamento íntimo, visualize o seu parceiro em total harmonia com você e as
chamas da vela... Pense como esse relacionamento pode ser melhorado, através do
amor e da paixão.
Olhe o outro como um ser amoroso, sexual, espiritual e criativo. Lembre-se
que o amor é o elo que une as almas através do poder da livre escolha. O respeito
também é fundamental pois a sexualidade, sendo essencial à alma humana,
muitas vezes, quando mal direcionada, acaba se tornando algo energeticamente
desvitalizante, ao contrário do que seria naturalmente esperado. Emoções como o
ciúme, o medo da rejeição e o sentimento de posse ou baixa autoestima, podem
levar as relações a um nível de estresse e desgaste muito grande.
O fogo é o presente dos Deuses que nos auxilia a entrar em contato com às
energias sutis do cosmo! O Druidismo é uma tradição espiritual que nos orienta
sobre estas questões, principalmente, por reconhecer a alma do ser em primeiro
lugar, em vez de apenas um corpo físico, pois o ser é sagrado na sua totalidade.
Agora é tempo de celebrar a vida e o amor. Renovar e reafirmar a sensualidade,
acender o fogo do romance e movimentar-se no ritmo que emana da sua própria
natureza. Curar o passado e viver plenamente o presente!

A LUA BRILHANTE – DEZEMBRO


O mês de Dezembro, em gaélico, chama-se Nollaig e representa a fase escura
do ano celta, no Hemisfério Norte. Ao contrário do Hemisfério Sul, onde
celebramos a Lua Brilhante, em plena sintonia com o Solstício de Verão.
Pronúncia em gaélico: Nollaig – Dezembro
Essa é a Lua da união, do amor e da prosperidade, estampados no sol
brilhante e nos campos verdejantes da grande natureza. Tempo de vivenciar a
expansão da alma e colocar em prática a realização dos nossos sonhos.
Sinta a energia fluindo em você, através do esplendor dourado do sol e,
mesmo que situações conflitantes se apresentem, confie, pois tudo está na mais
perfeita ordem. Atualmente, vivemos tempos tumultuados, onde a natureza se
mostra extremamente descontrolada, - devido ao aquecimento global e a evolução
natural dos ciclos - fazendo frio onde deveria se fazer calor e vice-versa, mas,
mesmo assim, ela nos apresenta todos os dias, indícios de que essa desarmonia é
necessária para que possamos, novamente, vibrar em harmonia.
Expressar-se de maneira clara e direta é o objetivo deste mês! Quando
buscamos a energia da realização do sol, no ápice do verão, estaremos nos
unindo, também, à Lua Brilhante da prosperidade. Façamos, então, uma limpeza
nos armários doando tudo aquilo que não usamos mais. Dê vida a todos os
objetos e coloque-os em movimento.

(RITUAL DA RODA SOLAR)


Depois de feita a limpeza nos armários, façamos então, o Ritual da Roda Solar
das Oito Direções.
Você precisará de 8 velas amarelas, uma taça ou copo de vidro, um cristal de
citrino amarelo e oito incensos de mel. Todos correlacionados aos símbolos do Sol.
Este ritual será realizado durante oito dias consecutivos, o ideal é começá-lo no
primeiro dia do Solstício de Verão, ao meio-dia ou numa Lua Crescente. Caso não
possa neste horário, faça-o às 21:00hs.
Prepare seu local sagrado para acender as velas e os incensos, coloque na taça
a água mineral e a pedra de citrino dentro dela, sendo que a água você irá bebê-la
e trocá-la todos os dias, até o final do ritual. Depois imprima a imagem abaixo e
escreva seu nome no centro do círculo.
A cada novo dia você escreverá, atrás de cada palavra correspondente, suas
metas e objetivos, começando pelo "O Caminho". Feito isso, coloque a Roda Solar
no seu local sagrado, junto com uma vela amarela, um incenso de mel e a água,
pedindo à Deusa Brighid que lhe inspire e lhe abençoe nessa nova jornada! No dia
seguinte, beba a água e faça o ritual novamente, acendendo a vela, o incenso,
colocando água fresca na taça e escrevendo o próprio objetivo da roda. Ao
terminar os oito dias do ritual agradeça à Brighid e guarde a sua Roda Solar, num
envelope amarelo, até o próximo Solstício de Verão, quando será queimado nas
chamas do seu caldeirão.

Cada casa da roda possui a seguinte representação:


1. O Caminho: quais são os projetos
da sua vida?
2. O Espiritual: o que busca na
espiritualidade?
3. O Mental: o que precisa para
equilibrar sua mente?
4. O Emocional: como fluir em
harmonia nas suas emoções?
5. O Físico: como melhorar o seu
corpo físico?
6. O Amor: o que busca no amor?
7. O Mundo: qual é o seu objetivo de
vida?
8. O Material: o que almeja alcançar
neste ciclo?

Observe que muitas mudanças


interiores surgirão, para que outras
tantas se concretizem. Lembre-se
que para construir o novo é
necessário destruir o velho, esta é a
grande sabedoria da natureza!

13ª LUA OU LUA DO VINHO


É a Lua excedente do ano ou a
13ª Lua. Com a mudança do
calendário lunar para o calendário
solar, houve uma sobreposição de
alguns meses. Às vezes existem doze
Luas durante o ano solar e às vezes
treze. Quando essa Lua "extra" surge
geralmente nasce em Abril ou Maio,
normalmente, antes da Lua de
Sangue. Sua cor é o vermelho
púrpura, a cor do vinho e da vida.
Essa é a Lua da profecia e da
inspiração sagrada.

"Hoje e sempre
A luz torna a resplandecer,
No auge desse esplendor.
Irradia máximas do seu poder,
No eterno amor entre os Deuses.
Abençoados sejam, aqueles que agora
Compartilham esse momento mágico
Onde a Roda gira sem demora.
No ciclo cósmico da Grande Mãe.
A vida que se renova com emoção.
Amigos de verdade são eternos,
Na terra dos irmãos do coração.
Neste belo luar...
Hoje e sempre vou celebrar!"
ELEMENTOS
Os elementos clássicos são uma característica-chave da visão de mundo. Toda
força ou forma manifestada é vista como uma maneira de expressar um dos
quatro elementos arquetípicos, que são: Terra, Ar, Fogo e Água. Não há consenso
quanto à natureza exata desses elementos, pois alguns sustentam a antiga
concepção grega de que há elementos correspondentes à matéria (terra) e energia
(fogo), com outros elementos de mediação (água, ar), relacionados com as fases da
matéria (misturas de fogo / terra). Aristóteles propôs um quinto elemento ou
quinta essência, o espírito (éter, akasha).
Os cinco pontos do pentagrama frequentemente simbolizam, dentre outras
coisas, os quatro elementos. Ficando o espírito sempre no topo. O pentagrama
utilizado com a ponta para cima está emanando as energias do espírito e o de
ponta para baixo (espírito ficando embaixo) indica que o bruxo que receber
energias para ele, por isso, é muito utilizado em rituais de iniciação, passagem e
consagração.
No círculo mágico os quatro elementos são visualizados como colaboradores e
influenciadores associados aos quatro pontos cardeais: Ar no leste, Fogo no Sul,
Água no Oeste e Terra no Norte. Podem ocorrer variações entre os grupos,
especialmente no hemisfério Sul do planeta Terra, pois deve-se atribuir os
símbolos (entre outras coisas) de acordo com o trajeto do sol pelo céu durante o
dia, ou pela lua durante a noite, dependendo do ritual e do feitiço. Por exemplo,
no hemisfério Sul o Sol atinge o seu ponto mais quente na parte norte do céu, e ao
norte é a direção dos Trópicos, de modo que este é comumente o sentido dado ao
fogo.
Os elementos são forças sutis, que se manifestam em todas as coisas e os
bruxos utilizam isto a seu favor, trabalhando os elementos. Por exemplo, um
feitiço de amor a ser realizado para uma pessoa dominada predominantemente
pelo elemento fogo, será muito mais eficaz do que um feitiço que simplesmente
ignora isto. Hipócrates definiu as doenças das pessoas a partir de seus elementos
(humores), sendo esta prática utilizada até hoje por muitos bruxos para tratar
enfermidades. Cada elemento se altera ao longo do ano, o que torna o indivíduo
mais propenso ou não a certas doenças.

* TERRA
Conectado ao Norte, este elemento é considerado feminino. A terra é fértil e
estável, associada com a Deusa. O próprio planeta é uma bola de vida, e como a
Roda do Ano gira, podemos assistir a todos os aspectos da vida acontecendo na
Terra, como nascimento, vida, morte e finalmente, o renascimento. A Terra gera
alimento e abrigo, é estável, sólida, firme, cheio de força e resistência. Em
correspondências de cores, tanto o verde quanto o marrom conectam ao elemento
Terra. Nas leituras de tarô, a Terra está relacionada com ouros ou moedas.

** AR
Ar é o elemento do Oriente, ligado à alma e ao sopro da vida. Se você está
fazendo um trabalho relacionado com a comunicação, a sabedoria ou os poderes
da mente, Ar é o elemento para se concentrar. O Ar leva embora os problemas,
afugenta tormentas e leva pensamentos positivos para aqueles que estão longe. O
Ar é associado com as cores amarelo e branco e se conecta a espadas no tarô.

*** FOGO
O fogo é uma purificação, é a energia masculina associada com o Sul e ligado
a força de vontade e energia. O Fogo tanto cria como destrói e simboliza a
fertilidade do Deus. O fogo pode curar ou causar dano, e pode trazer nova vida ou
destruir o velho e desgastado. As cores do fogo são vermelho e laranja. Este
elemento está associado às varinhas mágicas.

**** ÁGUA
O elemento Água é uma energia feminina e altamente conectada com os
aspectos da Deusa. Usado para cura, limpeza e purificação, este elemento está
relacionado ao Ocidente e associado à paixão e a emoção. Em muitos caminhos
espirituais, incluindo o catolicismo, consagra-se a água com sal e bênçãos, a água
é usada para invocações variadas e para desfazer algo (o bruxo deixa a água levar
embora para longe).

***** ESPÍRITO
O espírito é o ser humano, podendo ser o próprio bruxo ou outra pessoa para
quem se direciona o feitiço. Utiliza-se para simbolizar o espírito, algo que pertença
à pessoa ou ainda, algo que se queira muito. Por exemplo, se o bruxo que
dinheiro, ele coloca moedas na ponta do pentagrama que simboliza o espírito e o
direciona para si mesmo. Não há cor associada ao espírito.

ELEMENTOS CONECTORES
Como enviar sua energia com mais eficácia.

No universo existem milhares de substâncias que conectam tudo, como a


água, o oxigênio, ou até mesmo substâncias etéreas, energéticas e plasmáticas.
Acontece que essas substâncias estão sempre presentes, conectando tudo, porém
o que faz dela uma ponte mais eficaz é sua consciência no uso dela. Saber que
está fazendo algo, torna aquele ato, algo real. Essas substâncias são famosas por
existir em todos os lugares e ligarem ao mesmo tempo dois ou mais indivíduos.
Um exemplo: Você e um amigo dentro de uma piscina. A água que cerca
ambos é a mesma, por mais que a distância seja muita entre um e o outro.
Quando se faz uso de elementos conectores conscientemente você pode enviar
para a outra pessoa energias ou pensamentos que estejam em você, que você
deseja enviar para aquela pessoa.
Conectores são muito variados, mas em média, são todos aqueles elementos
que ligam você até a pessoa, ou as pessoas, que você deseja atingir. Quando se
tem consciência dessa conexão, a ponte entre você e a pessoa fica mais forte, a
distância entre elas diminui. É como esticar o braço pra tocar uma pessoa que
está há alguns passos de distância.

COMO É NA PRÁTICA?
Primeiro você precisa ter consciência da existência do material conector.
Mesmo que não houvesse ar, há um elemento plasmático, etéreo que une no
universo todas as coisas existentes. Mas como é mais difícil nos concentrarmos
em algo que não podemos sentir, dê preferência para elementos mais "Palpáveis".
Como a água, o ar, a música. Algo que você possa perceber com algum dos seus
sentidos.
Como já explicado nas leis da magia, uma das leis é de que quando um objeto
é semelhante a outro, eles se contagiam, o mesmo ocorre pra duas pessoas que
estão, por exemplo, sendo banhados pela mesma água, ouvindo a mesma música,
etc.
Com a música, por exemplo, você pode fazer com que o que estiver sentindo
seja passado para o outro, para que ele sinta o mesmo que você conforme a
música entra nos ouvidos dos dois. A música nesse caso é a ponte conectora.
Um prato de comida, por exemplo, se for preparado junto, e duas pessoas
comerem a mesma comida, mesmo em pratos separados, estão tendo a mesma
experiência gustativa.
Você também pode fazer com que o gosto daquela comida envie a pessoa algo
que você está desejando.
O primeiro passo é se concentrar na sensação daquele elemento.
Um exercício básico é:
Pense no ar, já que ele está em todo o planeta terra.
Sinta-o entrar e sair de seus pulmões, então sinta ainda o ar que sai dos seus
pulmões se misturar ao ar externo e se tornar uma única coisa. Permita sentir o
ar ao seu redor, lembre que é o mesmo ar que está no seu quarto, fora dele, pelas
ruas, na casa da pessoa que você deseja contagiar, no quarto dessa pessoa,
entrando nos pulmões dela. É tudo uma única coisa.
Agora encha esse ar com o que você deseja que a pessoa capte (isso só não
será válido no caso da pessoa estar por acaso em um submarino).
A mesma técnica pode ser usada para a água. Sentir a água que toca sua pele,
que te faz flutuar e como ela também toca a pele de outra pessoa que está
próximo. O mais importante é sentir essa conexão entre você e o que te mistura a
outra pessoa. Conforme for praticando, tente com as músicas, fazer com que o
som que é o mesmo que chega até os seus ouvidos, leve até o outro a sua
influência.

PS: Esse tipo de técnica pode ser útil para enviar mensagens, cura, proteção, boas
energias, carinho, afeto, etc. Nunca use magia para dominar ou controlar as
pessoas de acordo com qualquer vontade egoísta e imatura. Tenha sempre em
mente a necessidade do uso da magia.

ELEMENTAIS
Os elementais são seres, considerados os primos dos anjos, que protegem a
natureza. Sua missão é estimular as forças do universo e governar os quatro
elementos: Fogo, Ar, Água e Terra. Assim como os anjos protegem os seres
humanos, eles protegem as plantas e os animais. Estão sempre trabalhando para
que a natureza funcione mecanicamente e, quando isto ocorre, eles assumem seu
aspecto real, aparecem como pontos luminosos ou pequenas luzes coloridas no ar.
Os elementais podem assumir qualquer forma, num piscar de olhos, mas ao
se fazerem visíveis, geralmente assumem as formas e padrões humanos de
camponeses medievais, por causa da egrégora que se criou em torno deles. Na
realidade, eles ficam felizes em assumir uma
forma que já existia. Carregam ferramentas,
bastões, grinaldas, cinturões e podem
aparecer das mais variadas formas. Isso só
vai depender da imaginação da pessoa que os
visualiza.
Os protetores dos elementos estão
divididos em grupos de acordo com o seu
domínio e são eles: Silfos, Salamandras,
Ondinas, Gnomos, Duendes, Elfos, Dríades e
Fadas.

SILFOS
Governam os elementos do ar e estão presentes
nos ventos e nas tempestades, o seu Rei é "Paralda"
. São seres sábios que adoram as ciências e estão
associados à inteligência e responsáveis pela
tranquilidade. Para pedir sua proteção,
caminhe com passos lentos, inspirando e
expirando o ar, sem prepcupação. Deixe
seu corpo relaxado e pense no pedido que
quer ver realizado. Faça esse ritual durante o
dia e use roupas claras.

SALAMANDRAS
Governam os elementos do fogo, estão associadas ao
Sol e relacionadas à criatividade, o seu Rei é "Djinn". São seres
que favorecem a saúde, promovendo a cura de doenças e o bem
estar em geral. Para pedir sua proteção, à noite, acenda uma vela
em qualquer lugar de sua casa, menos no banheiro. Sua cor
preferida é o vermelho, vista uma roupa dessa cor, olhe fixamente para a chama
da vela, enquanto faz o seu pedido.

ONDINAS
Governam os elementos da água, seu Rei é "Niksa", a maioria são do sexo
feminino, são muito belas e conhecidas como ninfas. Estão presentes em mares,
rios, lagos e cachoeiras. Se precisar de ajuda em relação ao amor, vá até um desse
locais, no final da tarde, use roupas claras e faça o seu pedido, com fé ele será
atendido.

GNOMOS
Governam os elementos da terra, o seu Rei é "Ghob". Protegem as pedras e os
minérios e representam a energia do corpo. Se quiser entrar em contato com eles,
caminhe a noite com os pés descalços na terra, e faça o seu pedido do fundo do
coração. Se tiver problemas com dinheiro são eles que poderão ajudar.

ELFOS
São encontrados nos bosques, nas algas de beira mar e nas gramas.
Costumam ser mau-humorados, principalmente quando as pessoas causam
algum mal ao ambiente que estão protegendo, portanto pise na grama com
cuidado, não arranque musgos e líquens. Se você
encontrar um cogumelo, provavelmente um Elfo o terá
plantado.

DUENDES
Estão nas florestas e nos jardins, e são
os protetores do reino vegetal. São tidos
como brincalhões, jogam coisas para
o alto e gostam de pregar peças
nos humanos escondendo seus
objetos. Se você se perder num
bosque, ah! foi um duende
que te enganou, prometa-lhe
um presente ( uma fruta, uma
pedra, um anel, etc ) e
encontrará o caminho.
Atenção não se esqueça de cumprir com o que prometeu, senão ele ficará
zangado.

DRÍADES
Esses elementais moram nas árvores, são seres muito idosos e zangados,
principalmente com quem maltrata as árvores, suas protegidas. Não gostam de
lenhadores, se você precisar cortar uma árvore na floresta, peça licença aos
Dríades, prometendo plantar uma muda nova, para cada árvore que cortar, assim
estará fazendo as pazes com eles, mas cumpra com o que prometeu, senão ele
mandará uma praga de cupins para sua casa.

FADAS
A palavra fada deriva do latim, "Fata", que significa o destino individual do
homem, geralmente representado por uma mulher. São elementais femininos que
fertilizam as plantas e protegem as flores e animais. Durante a época em que as
sementes estão germinando, as fadas cuidam da nova planta com todo carinho,
então elas cantam e dançam, e nessa época, podem ser vistas com muita
frequência. Para entrar em contato com as fadas, distribua plantas por toda a
casa e fique atento, quando menos esperar, elas se manifestarão para você.
Aproveite para conversar, pedir conselhos, e aguarde as respostas através dos
sinais da natureza.

COMO TRATAR SEUS ELEMENTAIS

Você poderá comprar um bonequinho de um


Elemental e usá-lo como um talismã, seja Gnomo,
Duende, Fada, etc. Para que o seu amiguinho
fique energizado, o ideal é que tenha recebido de
presente. Coloque-o num cantinho aconchegante
de sua estante ou prateleira. Nunca coloque
próximo de um eletrodoméstico ou sobre o
mesmo. Converse sempre com o seu Elemental,
dê-lhe sempre muito carinho e amor. Deixe a
seu lado objetos que eles gostam, como pedras,
cristais, plantas e flores. E ofereça-lhe de vez
em quando uma fruta e água fresca. Você verá
que o astral em sua casa vai mudar, e para
melhor.

INSTRUMENTOS MÁGICOS
São inúmeros os instrumentos da
bruxaria. Mas os instrumentos, em si, não
possuem magia nem vida. É preciso estar
associados ás energias da bruxa, para que
manifestem algum tipo de poder. Conforme
a bruxa for aprimorando os seus poderes,
as suas ferramentas vão se tornando
poderosos aliados.
É preciso ter uma relação de amizade e
respeito com seus objetos. Podemos
reservar um pequeno espaço em nossa
casa, somente dedicado para guardar
utensílios mágicos, longe do alcance das outras pessoas. Com o passar do tempo,
você se sentirá que os objetos estão “criando vida”, transmitindo a grande
vibração de energias positivas. Essas são suas energias, manifestadas com
“exclusividade” nos seus objetos.
O cuidado que temos com nossa casa também é extremamente importante. A
primeira coisa que temos a fazer é vasculhar a casa inteira procurando as roupas
e objetos que não utilizamos mais, jogando fora e doando o que ainda pode ser
utilizado por pessoas necessitadas. Todos os nossos pertences devem estar em
constante uso, para que nosso lar tenha fluidos de grande harmonia. A limpeza
material é o reflexo da limpeza astral, por isso o nosso lar deve estar sempre
organizado e higiênico.
A reconciliação e a harmonia entre família, os vizinhos, os parentes e amigos
também e muito importante, pois você só será uma bruxa a partir do momento em
que se harmonizar com tudo e todos que a cercam.

01 – Athame: as origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns


especulam que possa ter vindo de “A Chave de Salomão” (publicado em 1572), que
se refere à faca como “Arthma”. Outra teoria é que athame vem da palavra árabe
“al-dhamme” (letra de sangue), uma faca sagrada na tradição mourística. Em
qualquer dos casos, há manuscritos do século XI que falam do uso de facas
rituais na magia (e facas eram certamente usadas em oferendas na Antiguidade).
Atualmente o athame é usado na wicca para representar o aspecto masculino do
Divino e coo um símbolo da vontade (tanto boa quanto má). Existe uma forte
crença de que o athame, se usado para machucar alguém fisicamente nunca mais
será funcional na magia, embora nos tempos antigos as bruxas “alimentassem”
facas especiais com sangue – um poderoso componente mágico. O athame é
utilizado para direcionar energias, traçar círculos mágicos de proteção e também
para inscrições mágicas.

02 – Bola de Cristal: A bola de cristal é um instrumento das artes divinatórias,


muito popular entre os videntes. A cristalomancia é também muito praticada
entre os bruxos, mas com um propósito maior: mergulhar no cosmo profundo e
infinito, recebendo mensagens e descobrindo mais sobre o nosso mundo interior
(o cerne).

03 – Caldeirão: geralmente os caldeirões são feitos de ferro e sua principal


característica é a de transformação. Qualquer poção ou ingrediente pode ser
colocado no caldeirão, desempenhando o mesmo papel da panela comum, só que
com mais significados. Podemos também colocar terra, carvão, incenso e velas
dentro do caldeirão. O caldeirão representa o quinto elemento, chamado Éter, ou
espírito. Outro método advinhatório também muito usado é colocar água mineral
ou de fonte dentro do caldeirão e perscrutar o futuro, de modo semelhante à
cristalomancia.

04 – Cálice: o cálice simboliza o poder da Grande Mãe. Muitos usam o cálice


de prata, por estar associado à lua. Mas a escolha do material é sempre pessoal.
Utiliza-se o cálice para beber vinhos sagrados, poções mágicas, etc. Serve também
como armazenamento de água, que deve estar sempre presente no altar, para
representar o elemento água.

05 – Cetro: o cetro é popularmente conhecido


como “varinha-mágica”, representa a
continuidade do nosso braço. Sua função
é armazenar energias e direcionar
invocações. Desempenha um papel bem diferente daquelas nos contos de fadas. O
cetro deve ser sempre de confecção própria: os materiais mais indicados são
galhos de árvores cuja madeira seja considerada dotada de propriedades mágicas
(que mais tarde irei listar para vocês). Devemos ter muito cuidado e sensibilidade
para retirar o galho: escolha uma árvore especial, que se harmonize com suas
energias. Converse com a árvore e explique o motivo de você retirar um pedaço
dela (sim, parece algo idiota de se fazer, mas é
importante que ela saiba o motivo para você extrair
um pedaço dela), logicamente ela não
compreenderá suas palavras, mas sentirá suas
vibrações de carinho e respeito. Retire, então, retire
somente o pedaço necessário (meça do seu cotovelo
até a ponta do dedo médio), da forma menos
dolorosa possível (nada de machados,
machadinhas, serras elétricas, etc.). Se quiserem,
podem deixar algum pertence pessoal como sinal de
gratidão ou então cuidar dessa árvore com muita
atenção. A varinha também é utilizada para mexer poções
no caldeirão. Durante à queima das bruxas, era comum as
mulheres usarem a colher de pau como um substituto para a
varinha, de modo a nunca serem vistas como bruxas, e em
alguns lugares ainda hoje essa prática permanece.

06 – Pedras: as pedras podem ser de qualquer tipo, forma


ou cor. Em alguns casos a energia das pedras varia de acordo
com seu tamanho. Mas em todos os casos, seu poder varia de
acordo com a forma e como ela foi tratada. Devemos escolher
a pedra que mais se harmoniza com nossa energia pessoal, ou
seja, aquela que mais parece familiar. Como bem sabemos
cada tipo de pedra transmite uma energia diferente, de acordo
com a sua formação. Suas energias vêm da natureza,
portanto são poderosas e benéficas. Mesmo com bastante
tempo de uso, as energias das pedras não se acabam (a
menos que o bruxo a sobrecarregue, chegando ao ponto de
matá-las). Para fortalecer a energia da pedra e para que ela
emane as energias sem causar conflito é preciso limpá-las
corretamente e fortalecer suas energias. Utilizamos as
pedras para colocar na casa, carregar como amuletos,
aplicar nos chakras do nosso corpo. Muitas bruxas usam
suas pedras para fortalecer a eficácia de seus feitiços, ou,
assim como eu, as torna o próprio feitiço. Os círculos de
proteção que são contornados com pedras naturais (que
não tenham sido modificadas pelo ser humano) são os
mais poderosos.

07 – ERVAS: as ervas mágicas funcionam melhor se


forem colhidas na hora e da maneira correta. As ervas
frescas ainda não perderam as suas funções vitais. As
ervas que são vendidas ressecadas não são muito
recomendáveis, pois os seus poderes se reduzem.
Devemos colher as ervas de modo carinhoso e com
respeito, com sentimento de gratidão. As ervas nunca
devem ser arrancadas violenta ou
desnecessariamente, pois jamais devemos prejudicar
ou matar os seres vivos, por menor que seja.
Devido a isso, os animais de forma alguma
são sacrificados para os rituais de magia
branca.

08 – Incensário ou Turíbulo: uma vez aceso, o


incenso deve ser sempre queimado até
o fim. Para isso
precisamos de um
incensário, que pode ser de
qualquer material. O turíbulo
desempenha o mesmo papel do
incensário. O incensário, assim como
o incenso, representa o elemento ar.

09 – Incensos: o aroma da erva


contida no incenso sempre cria um
ambiente místico, conduzindo as pessoas
mais facilmente ao transe. Por isso os
incensos são indispensáveis nas meditações. A
maioria dos rituais e feitiços pede um
determinado aroma de incenso. Os incensos são
também utilizados como oferenda aos deuses e
atraem os bons espíritos. Para alterar a nossa
consciência, nada do que sentir o aroma mágico das
ervas. Existe um aroma determinado para cada situação,
por isso saiba utilizar os incensos corretamente, para que
não haja desarmonia. Nunca acenda um incenso sem um
motivo definido. Assim como as velas, eles devem ser
sempre consagrados antes do ritual, para que possuam
algum significado.

10 – Livros: é impossível falar de


bruxaria sem mencionar livros, pois
um aprendiz não consegue avançar
em seu caminho sem muita leitura e
conhecimento. Não se pode hesitar
em folhear bem os livros antes de
comprá-los, pois nenhum livro
adquirido é comprado à toa, pois
sempre temos algo a aprender com ele.
É bom ter sempre uma coisa em mente:
para ser um bruxo, de nada adianta
adquirir muito conhecimento sobre teoria. É
preciso praticar sempre, de modo que
possamos atingir o domínio naquilo que
estejamos fazendo.

11 – Livro das Sombras: toda bruxa possui um


Livro das Sombras, que não é apenas um livro de
anotações, mas também um diário onde deve constar
todas as experiências mágicas dessa bruxa, seus feitiços e
rituais e tudo o que ela aprende. Muitas bruxas escolhem
um caderno de capa preta, inscrevendo símbolos mágicos
como o pentáculo ou a lua. Dentro da capa poderá conter ervas sagradas para
proteção, devidamente secadas e consagradas para este fim. Não é preciso seguir
um padrão de decoração, afinal, o seu Livro das Sombras deve ser lido somente
por você e mostrado para pessoas que seguem o caminho da bruxaria.

12 – Pentáculo: Normalmente um disco, um prato de metal ou madeira com a


figura de Pentagrama dentro de um círculo. Ele é usado para consagrar várias
outras ferramentas. É também utilizado como um ponto focal de concentração. É
associada ao Norte e ao elemento Terra. Alguns Bruxos usam um Pentáculo para
invocar qualquer elemento da Natureza. Você poderia fazer seu próprio Pentáculo
com argila ou com uma pedra, pintando o símbolo do Pentagrama sobre o
material escolhido. Ele é utilizado para consagrar ervas e para carregar
magicamente um talismã ou qualquer Instrumento que precise de uma dose de
energia extra. Representa a ligação do Bruxo com os Deuses.

13 – Sino: Um instrumento ritual de inestimável antiguidade. O toque de um


sino libera vibrações com efeitos poderosos de acordo com seu volume, tom e
material utilizado. O sino é um símbolo feminino e, portanto, normalmente
utilizado para invocar a Deusa em rituais. É também tocado para afastar
encantamentos e espíritos malignos, para interromper tempestades ou para
evocar energias positivas. Sobre estantes ou acima da porta, eles protegem a
morada. Sinos são por vezes tocados em rituais para assinalar seções diversas ou
marcar o início ou o fim de um encantamento. Qualquer tipo de sino pode ser
utilizado.

14 – Vassouras: A vassoura tem sido associada com a Magia há muito tempo,


provavelmente devido à sua forma. É utilizada em ritos de purificação e é parente
do Bastão. É comum uma nova casa ser consagrada com ela. Também é utilizada
para a purificação de um local carregado. A Vassoura Mágica ou Besom, como
também é chamada, muitas vezes é utilizada para limpar a área ritual antes de
uma cerimônia começar. É com ela que geralmente "se faz uma varredura", como
costumamos dizer. A Vassoura passou a ser utilizada na Bruxaria a partir da
Inquisição como forma de camuflar o Bastão Mágico, cuja ponta ficava escondida
entre as cerdas da Vassoura. Ele é um símbolo feminino de poder e, por isso, em
muitas Tradições da Wicca somente as Bruxas fazem uso de uma. As vassouras
devem ser confeccionadas pelos seus próprios donos. Basta termos um cabo de
vassoura, várias galhos secos e um barbante com o qual possamos amarrar os
galhos em volta de uma das extremidades do cabo. Os galhos de plantas mais
utilizados na confecção são os de: manjericão, a árvore símbolo da Deusa; bétula,
que representa o nascimento, o renascimento e é uma erva ótima para proteção;
teixo, a árvore da morte e da reencarnação; Artemísia, pois afasta a negatividade,
além de ser uma das ervas sagradas da Deusa; sabugueiro planta relacionado à
Lua; salgueiro, outra planta relacionada à Lua e à Deusa. Símbolos mágicos
podem ser gravados no cabo da Vassoura para que ela se torne ainda mais
poderosa. A Vassoura não deve tocar o chão durante a varredura.
Deve-se varrer a área desejada acima do solo, no ar, enquanto
visualizamos a limpeza energética do local. Coloque sua
Vassoura de ponta-cabeça na porta de entrada de sua
casa e assim seu lar, assim como todos os seus habitantes, serão protegidos de
qualquer mal. Muitos Bruxos optam em colocar a Vassoura pendurada na posição
horizontal sobre a porta de entrada com a mesma finalidade. Um portal entre o
Círculo Mágico no perímetro do Círculo, a qual se pula quando é necessário sair
do Círculo no decorrer do Ritual. Dessa forma, os que precisarem abandonar a
área do ritual poderão fazê-lo livremente, sem que haja a necessidade de abrir
uma porta mágica imaginária com o Athame.

CORRESPONDÊNCIAS DE CORES E VELAS


Preto - Banir o mal / negatividade. Está relacionado à meditação, lamentação,
divindades obscuras. Também é usado em rituais para induzir um estado de
meditação profunda. Esta vela atrai energia de saturno.
Azul claro - é uma cor espiritual e é útil para meditações devocionais ou
inspiradoras. Traz paz e tranquilidade para a casa e irradia energia de aquário.
Azul royal - É a cor da Lealdade e para promover risos e jovialidade. Use para
promover a energia de Júpiter e sempre que uma influência precisar ser
aumentada.
Azul - é um símbolo do espírito do Ocidente, e os elementos de água. Use em
rituais para obter sabedoria, paz, cura, tranquilidade, verdade, sono, profético
sonhos, amizade, proteção física.
Marrom - é um símbolo do espírito do Norte, e dos elementos da Terra. Use
para rituais envolvendo magia animal. Aumentar as matérias do Lar. Elimina
indecisão e melhora os poderes de concentração, estudo e telepatia. Use-o
também para aumentar o sucesso financeiro e para localizar objetos perdidos.
Dourado - fomenta a compreensão e atrai o poder de influências cósmicas.
Use-o em ritos destinados a trazer sorte rápida ou dinheiro. Ao se comunicar com
divindades solares e para honrar os deuses. Esta vela gera energia solar.
Cinza - é uma cor neutra e é útil ao ponderar sobre questões complexas
durante a meditação. Ela também nega e / ou neutraliza uma influência negativa.
Verde esmeralda - Esta vela é importante em rituais venusianos. Ela atrai o
amor, prazeres sociais e fertilidade.
Verde escuro - Use para a beleza, emprego, fertilidade, cura, sucesso, boa
sorte, prosperidade, Matérias do coração, dinheiro e Masculino Divindade. Sendo
a cor da ambição, ganância e inveja, ele pode ser usado para neutralizar essas
influências em um ritual.
Laranja - Use para a Criatividade, atração, Estimular a Energia, Assuntos
Jurídicos, Sucesso, casa nova, inteligência e clareza mental. Ele carrega e
recarrega o intelecto e combina com quaisquer outras velas para estimular suas
ações. Use para rituais estipulando energia mercúrio, e energia, por vezes solar.
Também é usada durante o Samhain.
Rosa - Promove Romance e Amizade, e é a cor padrão usado para rituais para
atrair afeições. Ele é usado para o amor, honra, amizade e fidelidade. A cor da
feminilidade, que traz uma conversa animada para a mesa de jantar.
Roxo - são utilizados para a capacidade psíquica, Sabedoria, Espiritualidade,
Sucesso, Independência, Crescimento Espiritual, Energia, Cura e do Feminino
Divino. Ideal para rituais para garantir ambições e recompensa financeira.
Aumenta a energia Netuno.
Vermelha - é um símbolo do espírito do Sul, e os elementos de Fogo. É usado
para a força, a coragem, poder, paixão, saúde, energia, vitalidade, amor e força de
vontade. Aumenta o magnetismo em rituais de Áries e Escorpião.
Prata - Usada para remover a negatividade, incentivar a estabilidade e ajuda a
desenvolver habilidades psíquicas. Use para a Proteção, Honra a Deusa, telepatia
e clarividência. Esta vela atrai a influência da Deusa, especialmente de Deusas
lunares.
Branca - É um equilíbrio de todas as cores e é usado para meditação, cura,
busca de verdade, paz, força espiritual e iluminação, rituais que envolvem energia
lunar, Pureza, proteção, Felicidade, Masculino Divindade, e pode substituir
quaisquer outras cores .
Amarelo - é um símbolo do espírito do Oriente, e os elementos do ar. Ele é
usado para amuletos, confiança, atração, sabedoria, visões, poderes psíquicos,
poderes mentais, atividade, criatividade e unidade. Usá-lo para trazer o poder de
concentração e imaginação para o sucesso de um ritual. Também é usado em
rituais em que você precisa para ganhar a confiança de alguém ou necessidade de
persuadir alguém. Esta vela gera energia solar.
Magenta - É uma combinação de vermelho e violeta que oscila em uma alta
frequência. Ele energiza rituais em que é necessária uma ação imediata, ou altos
níveis de poder e cura espiritual são necessários.
Índigo - é a cor da inércia. Ele é usado para parar situações ou intenções das
pessoas. Usá-lo em rituais que exigem profunda meditação e rituais que
necessitam de energia Saturna.

BREVE CORRESPONDÊNCIAS DE PEDRAS


Pedras para a confiança rubellite
citrina azul de ágata do laço
iolite azurita
serpentina hematita
olho de tigre apatita
turmalina larimar
sodalita jadeite
ágata
cornalina Pedras para amor
rhodochrosite quartzo rosa
aventurina selenite
aragonite granada
topázio morganite
rubi
Pedras para a cura pérola
esmeralda rodonite
jaspe charoite
quartzo lepidolite
pedra do sol escolecita
água-marinha mangano calcite
lápis lazúli diópsido
haliote
plasma Pedras para sorte
selenito lepidolite
malaquita turmalina negra
obsidiana arco-íris tektite
opala-de-rosa
Pedras para tranquilidade kunzite
safira ágata árvore
opala citrina
ametista
aventurina

Pedras de Proteção
âmbar
ametista
malaquita
obsidiana
turmalina negra
quartzo fumê
labradorite
ágata

COMO AMALDIÇOAR ALGUÉM


Tudo na vida exige AÇÃO. Inclusive a bruxaria. Não adianta esperar por
emprego sentado. Da mesma forma, não adianta esperar por justiça de mãos
fechadas, confiando apenas no carma. O paganismo é uma filosofia de vida para
guerreiros. A maior parte dos deuses tem um lado NEGRO, OBSCURO,
GUERREIRO. Atena, Diana... Enfim, nomeie a deusa mais "pop" que você pensar e
você verá que ela também é guerreira. Obviamente, muitas pessoas ignoram isso.
Dizem que são pessoas da paz, mais elevadas. Só que ser pacifista não é a mesma
coisa que ser passivo. Você não pode esperar NADA sentado. Se alguém busca
guerra contra você, é seu dever deixar que ela enfie as facas na sua costa em
nome da paz? ÓBVIO QUE NÃO.
Os bruxos comentem muitos erros. Um deles é o famoso "silêncio". Precisamos
sim saber quando é estrategicamente nos retirar. Mas não é correto engolir sapos
um atrás do outro porque você quer fingir que é inabalável. Você não é um robô.
Você tem sentimentos. Um deles é a raiva. Como você lida com ela? Entendendo
que ela é natural e deixando se manifestar ou escondendo na sua falsa
superioridade? O problema de esconder a raiva é que ela vai se acumular e uma
hora ela irá explodir. Uma hora ela irá se virar contra você. Pode virar depressão.
Você pode sintomatizar no seu corpo. Você precisa aprender a canalizar a raiva.
Mas o que acontece hoje em dia?
Os pagãos pegam a moral cristã de dar a outra face e ficam parados feito
estátuas, esperando a lei do retorno chegar. As estátuas gregas têm mais vida que
eles! Vejo bruxos que cultuam deuses da guerra, com nomes mágicos de
guerreiros que são uns bananas, ficam quietinhos enquanto todo mundo passa
por cima.
Mas se você está aqui é porque é diferente. Você está disposto a lutar pelo que
é seu. E como fazer isso?

PRIMEIROS PASSOS
A - Falar é agir
Você precisa externalizar a raiva. O primeiro passo é escrever e falar a
respeito. Não precisa ser público. Pode ser com um amigo. ADMITA PARA VOCÊ
MESMO QUE VOCÊ TEM RAIVA. ADMITA O MOTIVO. ADMITA QUE RAIVA É
NATURAL, QUE VOCÊ É NATURAL.

B - Entenda seus sentimentos


Você quer vingança? Então entenda esse sentimento e não lute contra ele.
Lutar contra ele apenas deixará você mais obcecado. Pense a respeito de forma
clara e estratégica. Deixe que o sentimento venha, mas não pense nele o tempo
todo. Quando você perceber que o sentimento de raiva, luto, vingança quer corroer
você, simplesmente pare! Distraia sua mente!

C - Estabeleça limites
Até que ponto você está disposto a agir? Um dos limites que você tem que ter
em mente é a lei do local em que você está. Não temos as mesmas leis que os
vikings, por exemplo. Então saiba que lutas físicas, ameaças físicas são contrárias
à lei brasileira. Planeja sua vingança dentro dos limites da lei para que você não
tenha problemas. Nada de ameaças físicas! SUA LUTA DEVE SER NO CAMPO
PSICOLÓGICO.

D - Trace uma estratégia


Toda batalha precisa de uma estratégia estabelecida. O primeiro passo é
conhecer seu adversário, entender em que pontos ele é melhor que você e em que
pontos ele é pior. Não caia na bobagem de subestimar o poder do seu adversário.
Ele não é tão ruim em tudo! Olhe para ele friamente, trace um perfil psicológico
dele. Anote tudo. Veja quem são os amigos dele e quem são os adversários.
Analise os limites dele. Até que ponto ELE está disposto a agir?

E - Procure aliados
Você pode fazer tudo sozinho, mas sempre é bom manter aliados poderosos
por perto. Pessoas capazes de analisar com maior frieza cada passo do seu
adversário. Pessoas que estão com você por diversão, porque são guerreiros como
você. E tenha por perto também os adversários do seu adversário.

F - Estabeleça um cronograma de ataques astrais


Como em toda batalha, haverá momentos em que você estará por cima e
outros em que estará por baixo. Não pense que você estará sempre bem e disposto
porque não é verdade. Conte com suas perdas também. A guerra astral
corresponde a várias batalhas. O ciclo funciona basicamente assim:

ESTRATÉGIA - ATAQUE - PROTEÇÃO - DESCANSO -


CONSEQUÊNCIA

Tenha isso em mente!!! Primeiro você estabelece sua estratégia


a cada novo ataque levando em conta como seu adversário está e
se ele está ou não disposto. Então você ataca seu adversário.
Depois você protege a si mesmo e descansa. Por fim, lida com
as consequências. As consequências não são de imediato.
Tenha em mente que o ataque astral pode voltar contra você.
Então você tem que ser hábil para conseguir transformar as
energias do seu ataque em poder para si mesmo. A partir
disso você traça a nova estratégia e recomeça a ciclo até
você vencer a guerra.

ESTABELECENDO ESTRATÉGIAS
Digamos que você não começou a guerra. O seu
adversário te atacou primeiro. Então agora quem está
mais fraco é você. Vigie seu adversário. Veja por onde
ele anda e o que ele faz. Faça uma lista de quem são
os amigos dele. Faça uma lista das hipocrisias que
ele cometeu, de seus erros. Mas faça uma
também de suas qualidades e de seus acertos.
Veja que momento você acha que
ele estará mais vulnerável para
atacar. Em quais áreas ele é pior?
Escolha seu ritual (para
iniciantes). Há vários tipos de
rituais de maldição que você
pode fazer. Quanto mais
iniciante você for, comece
pelos menos complicados.

INTRODUÇÃO A
FEITIÇOS
O ofício da magia: métodos
e componentes de feitiços
Embora os ingredientes e as
palavras principais usados em
feitiços possam ter mudado de
acordo com a cultura ou o clima
social, os processos básicos são os
mesmos. Isso é maravilhoso para
as bruxas que buscam a tradição
ou que simplesmente querem
honrar a história em suas
práticas.
Tenha em mente que
respeitar as tradições não limita
a bruxa moderna, muitas
pessoas novas na magia
levantam questões sobre
poderem criar seus próprios
feitiços. E a resposta é um
sonoro SIM. Pense deste modo:
alguém em algum lugar teve a
ideia para o primeiro feitiço e
para as centenas de milhares
de feitiços que se seguiram!
Feitiços criados pessoalmente,
são um atestado de
primogenitura e considerados
frequentemente um passo
muito importante no
treinamento e adaptação da
bruxa.
Os antigos honravam o
poder da natureza usando-o
literalmente mais do que
simbolicamente. Mais tarde
as bruxas perceberam que
esse enfoque não é nem ético,
nem ecológico. A feitiçaria e a
bruxaria se adaptaram aos
novos tempos e às situações
sociais – e seus poderes
cresceram com o
simbolismo adicionado,
por essa razão não se
sacrifica mais nenhum
tipo de animal em
nossos ritos ou feitiços.
Uma visão geral
compreensível a
respeito de feitiços e
suas origens não é
possível em uma
apostila desse
tamanho. O que é
possível é dividir
retalhos de história e
exemplos de feitiços usados
centenas de anos atrás e que
ainda são usados hoje.

SIMPATIA E LEI DOS SIMILARES


Para entender como feitiços funcionam, é necessário entender a simpatia da
Lei dos Similares. Simpatia significa, basicamente, que um item simbólico,
quando propriamente usado, tem o poder de agir sobre algo ou alguém por virtude
de relações de sintonia. Por exemplo, para curar um corte feito com facão, ponha
o remédio no facão – isso ajudará a curar o mal causado por ele, devido às
relações entre o machucado, a lâmina e sua ação. Além disso, essa ação ajudaria
a evitar que ocorressem ferimentos similares, já que você está efetivamente
“defendido” da lâmina.
Um exemplo de feitiço simpático que vem da antiga Roma. Um magistrado
bateria com uma picareta enquanto invocasse Júpiter, de forma que o deus seria
testemunha de uma promessa e, da mesma forma, golpearia quem quer que ouse
quebra-la.
A Lei dos Similares é um pouco diferente. De acordo com essa lei, há uma
impressão digital divina na natureza, que dá um empurrãozinho na função
espiritual do objeto. Por exemplo, plantas
vermelhas podem ser usadas para mágicas
para problemas sanguíneos, e em uma folha
em forma de coração você poderia fazer um
feitiço de amor. Fantoches eram feitos
segundo os conceitos de simpatia e da lei dos
similares. Os egípcios foram os primeiros a
utilizá-los em feitiçaria, fazendo os títeres
muito cuidadosamente, vestindo-os e
adicionando encantamentos que designavam
o efeito desejado do boneco sobre a pessoa
representada por ele.
Nossos ancestrais não sabiam que
cientistas que pesquisam percepção
subliminar lhes dariam razão. Hoje em dia,
representações figurativas representam um
papel em tudo, da propaganda à religião,
afetando o subconsciente de maneiras

Figura 1 - Títere egípcio


específicas. As bruxas certamente não ficam de fora desse
quadro. Ainda se encontram muitos feitiços que empregam a
forma de um item como parte de um significado geral, como o
uso de uma pedra roliça em um feitiço para virilidade
masculina. Dessa maneira, as bruxas acreditam estar dando maior
dimensão à energia que um feitiço cria, manifestando-se mais
especificamente.

UM OLHAR DE BÊNÇÃO, UM TOQUE CURATIVO


Embora essa teoria não tenha provas, algumas pessoas
acreditam que feitiços fisicamente orientados foram
provavelmente os primeiros a se desenvolver. As pessoas
sempre tiveram olhos, mãos e pés – então por que não os
teriam usado? E já que havia muito valor simbólico atribuído a
essas partes do corpo humano, a conexão mental necessária para
fazer a magia funcionar já estava presente.
Os olhos são as janelas da alma. Os pés sustentam o corpo e o
transportam, oferecem grande estabilidade, mas também têm o poder de
chutar e esmagar coisas. Nossas mãos servem, curam, constroem, recebem,
sustentam oferecem ajuda e têm milhões de outras responsabilidades. Você
já deve ter notado que sacerdotes e sacerdotisas, em todo o mundo,
mantêm contato visual com as pessoas a que servem e usam com
frequência suas mãos para abençoar, até hoje. Esse enfoque cria
um laço muito real e ajuda a energia a fluir mais livremente de
uma pessoa a outra. Os métodos das bruxas não são realmente
diferentes.
A seguinte lista contém alguns exemplos de feitiços
fisicamente orientados:

CURA: Quase todos os feitiços de cora empregam o


movimento das mãos e o toque no paciente. Nos
tempos modernos, as pessoas aprenderam muito a
respeito da importância do toque, que dá a esse
enfoque um mérito ainda maior.
ENCANTAMENTO: Tentar encantar outra pessoa
ou um objeto pode incluir um longo olhar de “venha cá”
como parte do processo ou do todo do feitiço, com o
intente de manejar para dentro da magia.
EXPULSÃO: Para se livrar de um inimigo, a bruxa
pode pisar com força sobre o caminho que a pessoa
percorre através da floresta, simbolicamente se
apoderando dos passos reais daquela pessoa.

NUNCA UM DESPERDÍCIO DE PALAVRA


Encantamento (feitiço verbal) era
provavelmente outra forma comum de antiga
feitiçaria. Isso provavelmente tinha muito a ver
com linguística. Um grande número de processos
mágicos, que parecem ter surgido na história
depois dos encantamentos (como a confecção de
talismãs e fetiches), usa palavras que os ligam a
encantos. Esse ponto de vista faz sentido se
considerar que uma bruxa sábia percebe que
sempre pode contar com sua voz, seu dom da

Figura 2 - Danificar o próprio corpo pode surtir efeito no corpo


da sua vítima.
fala. Certamente, essa forma
particular de feitiçaria é
bastante conveniente – vai com
você a qualquer lugar.
A palavra encantamento
(charm, em inglês) vem do termo
arcaico carmen, que significa
encantamento. Muitos
encantamentos rimam ou têm um
rito distinto, de modo que a bruxa
pode guarda-los facilmente na
memória – não é preciso carregar um
pesado grimório por toda parte, não é
necessário molhar pergaminhos na
chuva enquanto caminha até o mercado.
Além do ritmo e da métrica, os
encantamentos utilizam uma grande
variedade de outras ideias mágicas em seus
mecanismos. Por exemplo, a bruxa pode
esperar até a primeira noite de Lua Cheia
para recriar o feitiço, então, recitá-lo três vezes
nas noites seguintes. A Lua Cheia representa
completude ou vinda para a manifestação e a
mente intuitiva. O número três representa a
conexão corpo-mente-espírito ou a natureza tripla
de muitas das figuras divinas do mundo. Desse
modo, a bruxa combina o verso lírico com os outros
sistemas simbólicos para melhorar os resultados do
feitiço.

NOTA: Não importa os enfeites, um


encantamento é considerado uma forma
“baixa” de magia (como oposto a algo
altamente ritualizado). A magia baixa, em
geral, foca seus objetivos em necessidades menores do dia-a-dia.
Enquanto estuda a feitiçaria, lembre-se da improvisação
engenhosa dos encantamentos e de outras formas de magia baixa.

FEITIÇOS ESCRITOS
Muitas pessoas sábias eram mais letradas que o resto da população; a bem da
verdade, a Europa medieval era analfabeta, valendo-se disso, a feitiçaria escrita
veio nos calcanhares dos encantamentos verbais. As palavras têm poder e a
palavra escrita, em muitas culturas, era reverenciada como um dom dos deuses,
especialmente entre os egípcios e gregos. Com isso em mente, não é
surpreendente descobrir que a feitiçaria escrita veio a ser considerada mais
poderosa que as formas verbais.
Feitiços escritos usam os mesmos métodos dos encantamentos. Podem ser
marcados de acordo com uma conjunção astrológica auspiciosa ou ser escritos
um certo número de vezes. Com a magia escrita um certo número de vezes. Com a
magia escrita, especificamente, o significado da palavra, a cor da tinta, a forma do
papel e mesmo os aromas acrescentados à tinta ou ao papel contribuem para o
efeito geral do feitiço. Porque toda essa bagunça? Porque as bruxas acreditam
que, quanto mais dimensões a magia tiver (sendo as dimensões sensoriais
especialmente significativas), melhores os resultados serão.
Um dos mais antigos e conhecidos feitiços escritos é o
feitiço cuja origem mais aceita é em aramaico,
Abracadabra (ou Avrah Kahdabra no idioma
aramaico), que significa “eu crio enquanto falo”.
Para os caldeus a palavra Abracadabra significa
“pereça com a palavra”, esse feitiço era usado
costumeiramente para afastar doenças. O
processo era bastante simples. Abracadabra
era descrito, na forma de um triângulo
invertido (veja a página anterior), no
pergaminho, que era em seguida posto na
parte do corpo afligida. Então, o papel era
enterrado ou depositado num oco de uma
árvore e deixado ali até que os elementos o
destruíssem quando a magia começaria a
fazer efeito.
Todo esse processo é um exemplo de
simbolismo mágico, simpatia e similar – a
palavra desaparece para sempre; o papel desaparece para
sempre; e, assim, a doença segue esse conselho e se vai!

FEITIÇOS DE NÓS E VELAS


Feitiços de nós e velas também aparecem na história como um dos mais
comuns. Fazer um nó nunca foi algo complicado. Um nó pode ser feito com
qualquer coisa, e o valor simbólico da amarração ou do desatamento certamente
não se perdeu. Velas eram, da mesma maneira práticas e tinham bastante valor
simbólico.

NÓS DE BOA SORTE


A magia com nós provavelmente se originou com as artes de tecelagem,
costura e pesca, que usam nós de uma ou outra forma. Uma mulher que tecia um
manto para o seu marido colocava um pouco de magia na trama para proteger a
saúde dele. Um pescador fazia nós em sua rede de pesca para atrair um cardume
melhor (um pescador/marinheiro também fazia um nó em uma corda e a
pendurava para fora da embarcação. Quando os ventos não eram favoráveis,
desatar um nó também faria desatar um vento que levasse o barco para onde
fosse necessário).
Embora a magia dos nós tenha se desenvolvido independentemente em
diferentes culturas através da história, tem em geral dois elementos em comum. O
primeiro é o uso do simbolismo numérico num feitiço de nó, como fazer um nó de
dinheiro quatro vezes (quatro é o número da terra, associado à prosperidade). O
segundo, a amarração de energias específicas em cada nó com patuás ou mojos e
também objetos simbólicos. Por exemplo, se um pescador quer atrair peixe,
ele amarra um
pedacinho de isca
na rede e
desmancha o nó quando a rede é baixada.
Bruxos e wiccanos modernos ainda usam o simbolismo do nó em feitiços de
amarração ou expulsão (especialmente de doenças ou
energias negativas), para canalizar energias para um local
específico (a energia pode ser capturada no nó e solta
quando se tornar necessário), fixar relações ou
amarrar pontas soltas numa situação difícil de
ser resolvida.

MAGIA COM VELAS


Velas podem ser usadas em feitiços, seja
como o foco do feitiço (como o conhecido feitiço
Quebra-Vela), seja como um componente que
ajude a dar um clima a ele. Como ponto
principal, um praticante pode manipular a
vela. Acender a vela representa a principal
ignição da energia; entalhar a vela indica a
intenção do usuário; e espetá-la marca o
ponto de fusão no qual a magia será desfeita
(como o X em um mapa do tesouro).
O valor simbólico da vela vai além. A chama
representa o elemento fogo, que por sua vez significa inspiração, paixão,
energia e limpeza. Feitiços que requerem uma fonte de fogo como foco ou
componente podem facilmente ser realizados com uma vela ao invés de
uma fogueira gigantesca.
Bruxas também untam velas com diversos óleos e consideram a cor
de cada uma, que deve corresponder aos objetivos de feitiços específicos.
Por exemplo, uma vela rosa pode ser usada para feitiços voltados para
relacionamentos, como amizade, namoro, casamento, pois é uma cor mais
branda que o vermelho, e serve para lidar com emoções menos intensas,
diferente do vermelho que significa paixão e sexualidade. Assim como
para os óleos aromáticos, os antigos associavam o aroma da ervilha-de-
cheiro com a energia amigável, e o aroma de abacaxi com a hospitalidade.
Tradicionalmente untar a vela é chamado de “temperar”. Comece na
base da vela e esfregue o óleo de baixo para cima, quando estiver reunindo
energia, ou de cima para baixo, quando quiser expulsando-a. Comece pelo
meio quando estiver buscando equilíbrio.

FEITIÇOS ORIENTADOS POR COMPONENTES


É razoavelmente certo que não haja uma pedra, planta, animal ou
outro item natural que não tenha sido usado uma vez ou outra para fins
mágicos, especialmente feitiçaria. Se você pensa em feitiço como em uma
receita mágica, começa a entender por que os componentes (ou seja, os
ingredientes) são tão importantes. Se os componentes não forem medidos
corretamente, se não forem acrescentados à mistura na hora certa, se
você não dá a eles tempo suficiente para “cozinhar”, a magia sai errada.
Os ingredientes mágicos, dão sabor à magia e esse tem sido o caso por
toda a história.
Então, o que constitui um bom ingrediente do feitiço? Qualquer
coisa que seja essencial à receita – qualquer coisa que construa a
energia até que esteja tudo na medida certa. É importante que
todosos ingredientes se combinem em um nível metafísico. Sua
energia precisa tanto de continuidade quanto de congruência. Claro
que a própria bruxa pode ser o componente principal de qualquer
feitiço, com uma palavra, um toque ou um
desejo.
Para ilustrar esse ponto, eis uma lista de
possíveis componentes para um feitiço de
prosperidade:

CORRESPONDÊNCIAS AROMÁTICAS:
Óleo de laranja;
ERVAS: Açafrão, a erva dos reis;
SIMBOLISMO ANIMAL: Peixe ou coelho
(ambos profílicos);
SIMBOLISMO NUMÉRICO: Quatro para
o coração, oito para completude;
TEMPO: Lua cheia para completude, hora
de saturno para recompensas pelo
trabalho duro.

A montagem dessa lista deixa muitas


opções à bruxaria. Ela pode fabricar incenso
de laranja e açafrão para queimar ou,
possivelmente, comer peixes abençoados por
oito dias. Ou pode começar o feitiço na lua
crescente e trazer uma moeda dourada no bolso.
Claro que alguns feitiçoes vêm em forma de
pré-fabricação (prontos para usar simplesmente
seguindo as instruições). Apesar disso, se
essas insttruções ou esses ingredientes não
fazem sentido para você ou quebram a sua
ética pessoal, o feitiço não vai funcionar. Um
bom conhecimento dos componentes é
essencial para uma feitiçaria efetiva.

ADAPTANDO FEITIÇOS
Com o exemplo anterior em mente, é fácil ver
que haverá muitas ocasiões em que uma bruxa ou
um wiccan pode querer adaptar um feitiço ou
inventá-lo. A questão óbvia que vem a seguir é:
como? Onde exatamente começar o processo?
Adaptar um feitiço é bem mais natural
que criar um; comecemos com isso. Quando
uma bruxa examina um feitiço, busca
continuidade e facilidade de compreensão.

 O feitiço realmente atinge o objetivopor


meio de suas palavras, ações e
componentes?
 Faz isso em um nível multissensorial
(utiliza dos cinco sentidos)?
 Todas as partes do feitiço fazem
sentido e ainda excitam os
sentimentos elevados da bruxa?
Se a resposta for negativa para qualquer uma dessas perguntas, então a
bruxa tenta encontrar outro substituto. Para ilustrar, muitos antigos feitiços de
amor usam sangue como componente. Mas a prevenção moderna contra doenças
torna o uso de sangue inapropriado. Então as alternativas seriam
utilizar um suco vermelho ou frutinhas esmagadas que
tenham também qualidades mágicas. Suco de
morango ou maracujá funcionam bem. Desse modo, a
bruxa ainda pode usar o processo básico de feitiço
enquanto junta os componentes que sejam seguros e
mantenham a ética.
A magia não precisa ser complicada.
Complexidade não implica poder, assim como a
simplicidade não significa resultados mais fracos.
Em caso de dúvida, quanto mais simples, melhor.
Dá a você mais tempo para focar sua mente e seu
espírito na tarefa a ser cumprida.

FEITIÇARIA ÉTICA
Como todas as formas de magia, as
bruxas modernasn têm algumas regras
gerais que tornam os feitiços morais e
carmicamente responspáveis. Essas
regras incluem:

 Nunca criar um
feitiço que atrapalhe o livre-
arbítrio de outra pessoa.
 Nunca trabalhar
com um linguajar ou itens
simbólicos que tenham pouco
significado (ou que não são
totalmente compreendidos).
 Nunca use um
feitiço que inclua componentes
ou métodos que violem tabus
ou éticas pessoais.
 Evite a
feitiçaria se você estiver
doente, com raiva ou
desequilibrado de
qualquer maneira, pois
isso pode afetar
dramaticamente a
consequência dos seus
feitiços.

Acredite ou não, aderir a essas


linhas ainda deixa bastante espaço
para a visão pessoal. E que tipo de
resultyados pode-se esperar de
feitiços? Isso depende do seu foco,
sua força de vontade e quão detalhado você
é com o feitiço.
Mantenha em mente que, como um computador, um feitiço fará o que lhe for
mandado fazer. Assim, se você realizar um feitiço para encontrar um companheiro
perfeito e conseguir um cachorro maravilhoso, a sua magia certamente se
manifestou! Só que funcionou de um jeito muito mais abrangente que você
esperava, porque você deixou de lado alguns detalhes mais específicos. Como
feitiços são moldados com a energia, sempre tomarão o caminho mais fácil e mais
direto para a manifestação, assim as consequências podem no mínimo ser
interessantes.

O LADO ESCURO DA MAGIA


O equilíbrio é feito de luz e sombras
Nós temos pintado em nossa mente a ideia de que para ser bruxo, ou para ser
evoluído temos sempre que ser seres de luz, felizes e brilhantes. Por um lado sim,
devemos degustar todos os sabores que a luz nos
dá. Mas não se faz um dia, apenas de manhãs
ensolaradas. A noite também é necessária.
Sempre aprendemos a trazer à tona nosso
lado hippie feliz de ser, mas às vezes é
necessário mostrar nossa face noturna. É
importante que tenhamos essa conexão com
todas as nossas faces.
Por que se conhecer, não é apenas
conhecer aquilo que é fácil de aceitar, como
nossas qualidades. Precisamos também
conhecer nossos defeitos.
Se você fosse ultra poderoso e tivesse
todos os poderes imagináveis em suas
mãos? Pense agora.

MEDITE
Entre em seu estágio
meditativo, busque uma musica
que te deixe em estágio de
profunda conexão interior. Agora
imagine: você é uma bruxa,
poderosíssima, dominadora de
todos os poderes. Toda a sua família foi
queimada acusada de bruxaria. E agora é sua
vez.
Pense bem nesse sofrimento: deixe isso fluir em
você. Sem medo nenhum de se rebelar. Você está
amarrada em um tronco, as chamas começam...
Deixe essa sensação percorrer em seu corpo, em
suas veias. Deixe essa ira subir em você. o que
você faria?

EXPLODA ESSE SENTIMENTO.


Deixe-se fazer o que bem entender com
todos que estão alí olhando. Permita-se
revelar essa face vingativa e oculta dentro
de si. Esse poder precisa ser despertado,
deixe que você absorva a força que você
nem sabia que era capaz de ter. Agora analise seus atos nessa meditação, pense
em por que fez aquilo, e em que aspecto da sua vida aquela atitude se aplica.
Devastador, todos somos, porém, cada um em uma área.
Na magia é necessário haver equilíbrio entre luz e sombras. Se não houver,
não há magia. Ao mesmo tempo que trabalhamos nossas luzes e qualidades,
precisamos trabalhar nossas sombras e defeitos. Nem sempre defeitos nos fazem
uma pessoa ruim, as vezes eles nos fazem sobreviver.
Em meditação uma vez, senti uma frase na minha mente que não sei dizer de
que parte de mim aquilo veio. Era simples: "Quem define se algo é ruim ou bom,
são os outros, mas você sabe o que te mantém em pé".
Lembre-se que a perfeição é irreal, para nós humanos e que devemos entender
nossas imperfeições. Você se ama? Se aceita como é?

MAGIA SEM MAGIA


Faça as coisas acontecerem sem realmente fazer nada
O que é magia? É materializar seus desejos pela força da mente, pelo puro
poder de acreditar. Quem não acredita na magia, jamais a encontrará. Fazer
magia pode ter milhões de formas, mas a forma mais fácil, é fazê-la sem precisar
de nada além da sua palavra.

RECEITA SIMPLES:
Escolha uma pessoa, faça com que ela acreditar que você a enfeitiçou, e só
observe a magia acontecer. Se ela acreditar realmente, tudo o que acontecer, ela
irá associar e achará que realmente foi vitima de sua magia, tanto pro bem,
quanto pro mal.
E qual o lado bom disso? O bom é que você não fez nada, e mesmo que seja
mal, não terá nenhum retorno sobre isso, a pessoa apenas acha que foi sua
vitima, enquanto na realidade foi vitima dela mesmo, do próprio poder de
acreditar e materializar.

EXEMPLO DE APLICAÇÃO:
No filme "Le Fabouleux déstin d'Amélie Poulain" temos um excelente exemplo
disso.
A personagem principal da trama, faz com que os personagens Georgete, uma
hipocondríaca e Joseph, um psicótico, acreditem que um está apaixonado pelo
outro, e com isso, os dois terminam por ter uma relação. Isso se aplica a vida real
e a magia também. Quando você faz alguém acreditar que algo pode mudar sua
vida, e que você despertou algo, isso acontecerá.

Pode ser até uma brincadeira divertida, mas não deixa de ser mágica a
mudança que uma simples palavra pode mudar no dia ou na vida de alguém.

MAGIA COM AS SOMBRAS


Treinando sentidos além do físico
Uma vez minha mestra me disse: dá pra transformar sua sombra em uma
parte de você, quando entender que ela nada mais é do que uma projeção, assim
como sua mente ou seu espírito. Como eu tinha pouco tempo de estudo de magia
(quase dois anos), eu achava que aquilo era algum devaneio dela. Este exercício é
simples e bem legal de ser feito.
O QUE ESTAMOS TREINANDO?
Vamos aprender a expandir nossos sentidos, sair dos sentidos atrelados à
carne e ir um pouco mais além, tentar sentir as coisas sem necessariamente tocá-
las.

COMO VAMOS TREINAR?


Durante a noite, em seu quarto totalmente escuro, ponha uma vela em um
canto, e é importante que tenha objetos de diferentes texturas no quarto,
principalmente próximo das paredes. é extremamente importante que sua sombra
tenha liberdade, ou seja, não seja encoberta por outros objetos (é melhor se for
feito no meio do quarto, pois você pode se locomover.

AGORA O EXERCÍCIO VEM EM ETAPAS.

ETAPA 1
Feche seus olhos agora, limpe a mente e respire
fundo... Sinta o ambiente, tente enxergá-lo com sua
mente agora. Pouco a pouco abra os olhos e tente
enxergar o contraste entre luz e sombra no ambiente.
Agora localize sua sombra. Quando ver sua sombra
permaneça parado olhando pra ela, reconheça nela seus
traços, suas silhuetas. Observe como são a mesma coisa,
ela é nada mais do que uma projeção de você, e por isso
uma parte sua.
Agora mova um braço, sinta e observe como ela te
acompanha, ela te obedece com fidelidade. Vá movendo
aos poucos o seu corpo, dedos, pernas, cabeça, e sempre
preste atenção nessa união que você e sua sombra
possuem. Vocês são apenas um. (Se quiser, pode encerrar
por aí, mas tente repetir diariamente durante um tempo
mínimo de 15 minutos.)

ETAPA 2
Repita todo o processo anterior, e quando sentir
interação entre você e sua sombra, dance com ela, veja
que agora tem liberdade pra criar formas com suas
sombras, pode unir mãos e braços, formando formas
inexistentes... você agora consegue moldar sua sombra,
mudar o seu formato pessoal e ter a forma que quiser...
Mova um braço para cima, ou para baixo e note as formas
novas que pode ter. (Se quiser pode encerrar, lembrando
que o tempo mínimo é de 15 minutos.)

ETAPA 3
Agora vem a parte mais importante: Você já entendeu
que tem liberdade com sua sombra, que podem se moldar
e se unir... Experimente sentir através dela. O exercício é
tocar os objetos do seu quarto e tentar sentir as texturas
deles. Conforme se treina isso, você pode acabar sentindo
como se seus próprios dedos estivessem tocando as
coisas, ou sentir uma dormência nos dedos como se estivesse encostando em algo.
Procure experimentar texturas diferentes (com temperaturas já é mais
complicado).

No que esse exercício pode me ajudar magicamente? Além do fato de ser mega
legal você sentir algo sem tocar nele, você estará começando, de maneira prática,
a entender que nossa mente pode ser expandida. É uma experiência que começará
a abrir portas para você conseguir evolução em muitas coisas, até mesmo em
viagens astrais. Esta prática também vai te ajudar a entender que nosso corpo é
material, mas nosso espírito e mente são totalmente moldáveis e livres. A sombra
é uma conexão com seu corpo, mas ela está fora dele, e essa é a lição que
queremos atingir!

CONSAGRANDO UM OBJETO MÁGICO |


Por qual motivo e como se consagra um instrumento?

Todo objeto que usamos para finalidades mágicas devem estar livres de forças
que possam impedir as nossas energias de fluir em nossos objetivos. Tudo o que é
usado no cotidiano, absorve diversas cargas durante o dia, seja nossa, dos outros
que as manipularam, ou até do meio onde se encontram. Consagrar um
instrumento mágico é o ato de torná-lo algo "Sagrado", ou seja, algo com energias
puras que poderão ser usados para auxiliar nas suas execuções mágicas.
Consagrar é: retirar qualquer influência energética que
esse objeto possa ter impregnado nele, e colocar nele as
suas energias e as da natureza. Como fazer?

EXIGÊNCIAS:
1 - Este objeto NÃO poderá
mais ser usado pra qualquer
outra finalidade cotidiana, ou seja,
só poderá ser usado pra magia. Esse
objeto deve ser, para você, uma peça mágica,
e se você o usa para outras coisas, ele perde
esse valor.
2 - Este objeto deve vir da natureza ou deve
possuir propriedades naturais, exemplo: madeira;
cristais; vidro, metais como, ouro, prata, cobre,
ferro, etc. Evite usar coisas como couro, peles de
animais mortos, ou coisas que tragam energias
mortas para sua casa. Evite também coisas sintéticas
como plástico, borracha, látex, etc.

1º PASSO:
- Enterre-o e deixe um dia e uma noite debaixo da
terra.
- Limpe-o na natureza, seja com água do mar, água de
cachoeira, água de chuva ou de rio.

2º PASSO:
Tenha em um circulo fechado (chame a presença dos
deuses), um pote de barro com terra, um cálice
com água, uma vela e um incenso.
O exercício agora exige o uso da sua mente:

- Ponha-o na terra dizendo: Terra são meus ossos.


Visualize as energias terrestres entrando nele e tomando-o pela luz da cor que
quiser imaginar.

- Passe-o no incenso dizendo: O ar é meu sopro.


Veja a fumaça do incenso rodeando-o e imagine a luz entrando no seu
instrumento mágico.

- Mergulhe-o na água dizendo: água é meu sangue.


Passe agora sobre a chama da vela ou fogo do caldeirão e diga:

- O fogo é meu espírito.


Veja a luz do fogo entrando neste objeto. Visualize por alguns instantes esse
objeto emanando uma luz intensa, diga agora:

Este é meu novo instrumento mágico.


Que as energias dele me auxiliem.
3º PASSO:
Na primeira noite de lua cheia, ponha o instrumento dentro de um copo ou
bacia com água de chuva ou mineral. Retire antes de o sol nascer. (isso não será
necessário e nem indicado em caso de objetos de madeira, já que madeiras e ervas
possuem propriedades que podem ser lunares ou solares, no caso das pedras isso
pode ser feito, mas o ideal é que pesquise se a pedra em questão é solar ou lunar).
Mantenha seu instrumento longe do alcance de outros e guarde-o sempre!

BRUXARIA CIGANA
“Ki shan i romani,
Adoi san’ i chov’ bani.”

“Aonde os ciganos vão,


Eu sei que as bruxas estão.”

A palavra romani para designar “bruxa” é shuvihani (cujo masculino


é shuvihano), mas algumas vezes ela é abreviada parashuvani e, em certas regiões,
a sua referência é shu’ni. (Há também uma outra forma que é chuvihani.)O
significado dessa palavra é “bruxa”, apesar de a sua significação mais antiga ser
“uma pessoa sábia”: alguém que possui o conhecimento de todos os aspectos do
oculto.
No interior da sociedade cigana, a importante função de abençoar e
amaldiçoar, de curar e provocar doenças... “A chuvihani é aquela pessoa que tanto
é respeitada pela sua sabedoria como pelo seu entendimento das crenças e
práticas mágicas”. Ela também é quem detém todo o saber dos tabus sociais e dos
ritos e rituais mágicos, tais como o batismo e o casamento. Não há cigano que a
considere, seja la em que momento for, como uma pessoa maléfica ou repugnante.
Para eles, ela é simplesmente aquela que possui um conhecimento singular, além
de ter um poder que, de acordo com seus desejos, poderá ser usado para o bem
ou para o mal.
Eric Maple, no livro THE DARK WORLD OF WITCHES (LONDRES: ROBERT
HALE, 1972), diz o seguinte:

“Os historiadores observaram que houve um súbito ressurgimento da bruxaria e


feitiçaria ao século quinze, e não há a menor dúvida de que a chegada dos ciganos
foi uma das causas para tal evento. Esse povo nômade chegou à Europa por volta
do século catorze, provavelmente oriundo da Ásia. Trazendo com ele as práticas
mágicas que estavam adormecidas na Inglaterra desde que a fé cristã se expandiu.
Pois existe realmente uma possibilidade bem clara de que a chegada dos ciganos
tenha sido a centelha que desencadeou o ressurgimento do paganismo e da prática
da magia.”

Eles podem ter sido charlatões sob diversos aspectos, mas não se tem
como acusá-los de não possuírem certos poderes mágicos. Por isso que é
afirmado que a fraude, o logro e a trapaça não foram a sua única bagagem ao
longo de tantos séculos. Conforme nos diz o velho ditado, “onde a fumaça, há
fogo”, talvez isto seja de alguma forma aplicada aqui. Mas apesar, de tudo, os
ciganos também foram os Mantenedores dos Antigos Mistérios e vêm sendo,
pelos séculos, um manancial do conhecimento
mágico ao redor do mundo.
Existem muitas superstições no seio da
tradição cigana. Assim, augúrios, tabus e
profecias, tudo isso faz parte da vida desses
nômades. Além disso, eles creem nos espíritos- da
terra, do ar, da floresta e do campo. As shuvanis são
justamente aquelas que conseguem comunicar-se com
tais espíritos, e o fazem com certa regularidade. Entretanto,
dentre os grupos de espíritos, três se destacam de modo
especial: os do ar são bastante independentes e tanto podem
ferir como ajudar os humanos. Parece que eles se sentem mais
gratificados quando conduzem os humanos para o mau
caminho! Por outro lado, os da terra são reiteradamente
descritos como “nobres”. São amigáveis e estão sempre
dispostos a dar um bom conselho. Já os espíritos da água
constituem um caso à parte. Ao mesmo tempo em que são
gentis e ajudam os humanos, eles podem ser por demais
vingativos e, se não forem completamente maléficos, não serão
nem um pouco agradáveis.
“As mulheres se superam nas manifestações de certas
qualidades associadas com os mistérios e as influências e
poderes ocultos”. De fato, a quantidade
existente das shuvanisé bem maior do que a dos
shuvanos apesar de estes últimos serem tão considerados
quanto as primeiras.
A magia dos ciganos não se reduz a trapaças, mesmo
que também recorram a esse expediente. No fundo eles
creem, com muita convicção, em si mesmos e nos seus
encantamentos, e por isso exercitam a magia para uso
próprio. Além disso, eles acham que inúmeras mulheres, e uns poucos homens,
têm a posse genuína dos poderes sobrenaturais herdados e parcialmente
adquiridos.
Na verdade, não existe qualquer tipo de “cerimônia de iniciação” para fazer
com que uma pessoa se torne uma shuvani ou um shuvano. Pois essa condição é
alcançada a partir de um treinamento gradual, que seja ele monitorado ou
solidário. Ou seja, o aprendizado só vem com o decorrer do tempo.
Em se tratando de magia, nunca se apresse! Pois são vários os atos mágicos
que precisam ser realizados no tempo certo, que seja numa determinada hora do
dia ou da noite, ou mesmo num certo período do mês. Portanto, não deixe de
planejar com esmero tudo aquilo que deverá se feito.
Jamais tente trabalhar com a magia, movido apenas pelo impulso
momentâneo, uma vez que raramente se consegue o sucesso quando se age
assim. A magia- ou melhor, a magia bem-sucedida- vai sempre depender da
energia, especialmente da energia da pessoal de quem a esta realizando. Porque
essa energia (ou “poder”, ou qualquer nome que se queira dar a ela) é absorvida
pelos instrumentos que são fabricados e manipulados, pelas palavras que são
enunciadas, pelas ações que são representadas, e ainda pelo direcionamento dado
no sentido de se obter o resultado.
Procure realizar apenas a magia positiva. Certifique-se com cuidado, de que
aquilo que você irá fazer não causará dano a nenhum ser. Aliás, faça mais do que
isso; assegure-se de que o seu ato mágico não irá interferir no livre-arbítrio de
ninguém. Isso é particularmente importante nos casos da magia amorosa.
Entre os integrantes da WICCA, acredita-se que tudo aquilo que se faz
retorna triplicado. Assim, se fizermos o bem para uma pessoa, ele retornará três
vezes, com a sua energia intensificada. Mas, se fizermos o mal, se
magoarmos alguém, teremos o retorno da infelicidade, triplicada de uma maneira
terrível. Essa crença é o corolário de uma lei da WICCA: Faça o que quiser, desde
que não magoe ninguém. Isso significa, basicamente, que todos nós somos livres
para fazermos qualquer coisa, mas que devemos nos atentar para que nossas
ações não prejudiquem os outros. Eu, por minha vez, também assino embaixo
dessa certeza.
Já assisti, por diversas vezes, a esse “retorno tríplice” e aos seus efeitos, tanto
positivos como negativos. Eis porque é extremamente importante que você, ao
trabalhar com a magia dos ciganos, fique atento em não magoar ninguém, além de
não interferir no livre-arbítrio de quem quer que seja. E é sempre bom ter em
mente esse velho ditado: “Faça com os outros aquilo que você gostaria que lhe
fizessem”.
Outro aspecto indispensável do trabalho mágico é a necessidade de levar em
conta o estado mental. E, para isso, você deve estar sempre calma, centrada,
habilitada a focalizar aquilo que deseja e, principalmente, capaz de controlar as
suas emoções.
Embora normalmente seja preciso jogar muitas emoções em cima daquilo que
se esta tentando obter, não é por isso que se deve ficar enredado no emocional, a
ponto de perder o controle de si mesmo, uma vez que a melhor atitude é canalizar
essa emoção para que a energia seja bem-direcionada.
A visualização esta sempre ao lado da concentração. Por isso, vou lhe
perguntar: Até que ponto você é bom na arte de visualizar? Ao pensar – realmente
pensando – em uma rosa, você consegue enxergar todos os aspectos dela? Será
que você terá a aptidão de tê-la por um certo tempo em sua mente. Será que você
vai conseguir “focar” a sua visão no centro dessa rosa e ali olhar as gotas de
orvalho acumuladas sobre as pétalas? Saiba então que é exatamente isso que
quero dizer sobre em concentração e visualização.
A pureza é outro aspecto
fundamental quando se trata de
magia. Assegure-se de estar limpo
física e mentalmente, e a partir daí
adquira o hábito de tomar um banho
bem demorado, antes de qualquer
trabalho mágico.
E o que dizer a respeito do local propício
de trabalho? Os livros que tratam da magia se
referem com certa regularidade- pelo menos um
grande número entre eles- a um “templo” ou
“espaço mágico” onde será feito o trabalho
mágico. Obviamente por isso os ciganos não se
dedicam à magia cerimonial. Pois nenhum deles
possui um espaço sagrado de reserva. Exatamente
como as bruxas tradicionais, eles operam a magia
em qualquer lugar que ela possa ser feita, tanto pode
ser dentro da mata como em algum campo aberto, ou
mesmo no interior de uma velha cabana. O lugar é o que
menos importa, pois o que vale mesmo é aquilo que você faz.
Como já mencionei aqui, os Ciganos têm sido
identificados com as Bruxas e Feiticeiros, pelo menos desde o
século quinze. Pois, para se sustentarem vivos, eles se viram
obrigados a fomentar a crença de que retinham certo tipo de
conhecimento arcano e de que realmente eram adeptos das
artes ocultas. Mais tarde, essa fama implicou com fogueira para
os ROM, uma vez que as pessoas de várias regiões presumiam
que eles mantinham tratos com o demônio. E a prova disso esta numa cena
comum daquela época, na qual a população, ao assistir aos ciganos adestrando os
animais e vendo, por exemplo, um cachorro andando sobre duas patas, concluía
que isso só podia ser fruto de algum tratado firmado com o Diabo! Os ciganos
eram confundidos com as bruxas, em razão de sua concepção sobre sabás que, na
época, eram bastante populares. Toda população sabia que as bruxas
realizavam os sábas nas florestas ou nas encruzilhadas das estradas. E talvez
acontecessem situações em que os moradores da cidade, passando tarde da noite
por uma estrada, tenham se deparado com algum grupo de ciganos tocando as
suas canções, comendo, bebendo, e que estivesse acampado na floresta ou em
alguma encruzilhada depois de ter viajado o dia todo.
Aos olhos do cidadão comum, que normalmente morria de medo das bruxas,
aquilo que ele via nada mais era senão um dos seus sabás! Também é expressa a
opinião de que as músicas e danças dos ciganos aproximavam-se bastante
daquelas que as bruxas realizavam.
Se os ciganos realmente compartilharam as mesmas crenças da Wicca, este é
um detalhe que nos é desconhecido, apesar de não haver a menor dúvida quanto
às singularidades dos dois grupos. As bruxas possuíam um vasto conhecimento a
respeito das ervas, por exemplo.
Mas os ciganos tinham um saber semelhante. O seu estilo de vida nômade fez
com que eles fossem tendo uma proximidade estreita com as ervas e flores
selvagens, que iam encontrando pelos caminhos. Produziram remédios, a base de
ervas, para os médicos das tribos, além de vendê-los para os habitantes dos
vilarejos, dizendo que eram elixires mágicos. E, se estabeleciam um contato íntimo
com a natureza, de igual modo como as bruxas, é bem provável que tenham
cultuado divindades idênticas com nomes diferentes.
A ligação estabelecida entre ciganos, bruxas e feiticeiros durante o período da
Idade Média não foi inteiramente incorreta, já que os ciganos possuem um
conhecimento que, apesar da tradição própria dos romani, poderia ser classificado
como “Antiga Feitiçaria”, ou seja, a feitiçaria praticada pelos antigos pagãos.
No entanto, em saber difere do movimento que atualmente leva o nome
de WICCA, pois não enfatiza o aspecto religioso. A sua ênfase se debruça muito
mais sobre a tradição do uso das ervas, da magia básica e dos oráculos como
parte da vida cotidiana. Nenhum desses itens é visto como especial, uma vez que
cada um deles é apenas uma parcela da existência.
Em suma, o conhecimento das ervas para o emprego na cozinha, na cura e
nos incensos; a utilização dos oráculos e dos augúrios para auxiliar nas decisões,
a feitura de feitiços e encantamentos para direcionar os acontecimentos: tudo isso
compõe a bagagem dos mistérios dos ciganos.
Eles acreditam piamente em coisas tais como mau-olhado, maldição, magia
negra e muito mais. E, em função dessas crenças, detêm vários modos de limpeza
espiritual e exorcismo.
Entretanto, os ciganos não têm o hábito de lançar feitiços e maldições sobre
outros, apenas para se divertir, como os filmes e os romances de terror tentam
nos fazer acreditar. Mas certamente nunca hesitarão em mandar de volta a
negatividade que, por exemplo, um gaujo lhes tenha enviado. Com essa atitude,
eles diferem dos seguidores da WICCA, uma vez que não costumam ficar sentados
para esperar que os deuses se incumbam de devolver a retribuição, já que eles
gostam de assumir o controle dos problemas e agem com muita presteza. Ao
perceberem que algum mal lhes foi direcionado, sem que consigam identificar
quem assim o fez, não são poucas as maneiras que eles têm para se livrar disso. E
é exatamente a shuvani, a bruxa cigana, que é especialista nesses assuntos.
Os ROM levam em consideração o mau-olhado. Para eles, é perfeitamente
possível que uma pessoa possa fazer o mal à outra apenas com o olhar, apesar de
esse tipo de mal nem sempre ser liberado, já que muita gente carrega o mau-
olhado sem dar conta disso.
Um remédio bastante eficaz contra o mau-olhado é ir até um riacho com um
caldeirão para enchê-lo de água, mas tendo o cuidado de pô-lo a favor da corrente
das águas, nunca contra ela. Em seguida, colocam-se sete mãos cheias de carvão
e sete dentes de alho dentro do caldeirão, que é posto no fogo para que a água
ferva. Depois ele é mexido com um garfo de três dentes, dizendo-se as seguintes
palavras:

“Se o mau-olhado cair sobre ti.


Que ele se extinga ali!
E depois, que sete corvos
Arranquem estes olhos ruins.
Se o mau-olhado cair sobre ti.
Que ele se extinga ali!
E que muita poeira embace este olhar,
Até que nada mais ele possa enxergar.
Se o mau-olhado cair sobre ti,
Que ele se extinga ali!
E que estes olhos ardam e ardam
No fogo do bem!”
MAGIA COM LABIRINTOS E DÉDALOS
Para que serve e como usá-los magicamente
Quando falamos de labirintos, na verdade pensamos em Dédalos. Há uma
diferença entre eles.
Labirintos são caminhos sinuosos que começam em um ponto e terminam em
outros. Dédalos já possuem armadilhas como, becos sem saídas, caminhos que
dão no mesmo ponto etc.
Os labirintos, sempre chegam a um fim.

LABIRINTOS:
Por ser um único caminho que chega a um resultado final, pode ser usado
magicamente para magias atrativas, magias de cura, magias para concretizar algo
que você deseja, atrair alguém, atrair sorte, etc.

DÉDALOS:
Por ter armadilhas, pode servir para atrapalhar os caminhos de alguém (sendo
ela a vítima do labirinto), para proteger alguma coisa ou pessoa (sendo ela o
centro do labirinto), para impedir alguém de fazer alguma coisa errada, dificultar
alguém de encontrar alguma coisa, ocultar um segredo, etc.
COLOCANDO EM PRÁTICA.
O uso mágico desses elementos é muito variado.
Você pode fazer pequenos dédalos e labirintos miniatura, como maquetes, ou
fazê-los em seu jardim com grandes arbustos, se você tiver muito dinheiro e
tempo, ou até mesmo num pedaço de papel ou tabuleiro.
No caso se usar um papel, você percorrerá o caminho com os dedos ou uma
caneta, para atingir o resultado desejado. Logicamente que para isso se tornar um
ato mágico, requer a mente focada no objetivo ou um processo ritualístico.
É uma forma de representar no microcosmo algo que você deseja fazer
acontecer no macrocosmo.
Exemplos de magia com maquetes de labirintos e dédalos:

ATRAINDO ALGUÉM:
De preferência use um labirinto, ponha algo que represente você no centro,
como um fio de cabelo ou seu nome por exemplo. Na entrada do labirinto, ponha
algo que represente a pessoa (já ví pessoas que puseram hamsters, ou ratos, no
labirinto, com algo da pessoa que desejava atrair) Faça com que esse objeto (ou
animal) chegue até o centro que é você enquanto entoa algum encantamento de
sua preferência, musica ou cântico.

PROTEGENDO-SE DE ALGUÉM:
Faça um Dédalo sem fim com espaço no meio para por o seu objeto de forma
que não tenha passagem para ele. Ponha dentro o objeto (ou um inseto
representando a outra pessoa) e faça com que esse objeto se perca dentro do
dédalo. Se for um inseto, o retire assim que sentir que o feitiço foi realizado, não o
deixe sofrer sem achar a saída. O mesmo processo pode ser usado para esconder
um segredo de alguém, basta escrever sussurrar seu segredo no centro do dédalo.

ABRINDO CAMINHOS:
Faça um labirinto com o centro sendo seu objetivo (algo que represente esse
objetivo) e na entrada algo que represente você, pode até ser seus dedos. Percorra
o caminho sentindo que está a cada passo chegando mais perto do seu objetivo.

Se o processo de fazer uma maquete para você for muito complicado, desenhe
num papel ou cartolina grande. Ou até mesmo faça tudo em processo meditativo e
mental. Gera o mesmo resultado se houver foco, concentração e vontade!

SAL NEGRO
Muito utilizado na bruxaria européia e no Hodoo, tem utilidade para
banimentos de energias negativas e proteção. Não deve ser confundido com o sal
kala namak, utilizado na culinária fina.

COMO PRODUZIR:
O sal negro utilizado em ritual pode ser facilmente
produzido misturando:

 Sal (grosso ou fino, conforme sua


preferência)
 Com carvão triturado,
 Pimenta preta moída,
 Cinzas de incenso, de uma fogueira
utilizada para algum tipo de ritual,
 Raspas de ferro de seu caldeirão
 E qualquer outro ingrediente negro que tenha propriedades de
banimento, purificação ou proteção, como turmalina negra em pó.

Pegue todos os ingredientes, marece cada um deles, misture, consagre e o seu


sal negro está pronto, você pode deixa-lo em algum lugar no centro da sua casa
ou perto da cabeceira da sua cama, para que ele atue em seu trabalho de
proteção.

UTILIZAÇÃO:
Você pode utilizá-lo circulando a sua propriedade com ele para protegê-la,
carregando-o consigo para proteger a si mesmo, adicionando um pouquinho na
água utilizada para lavar o chão para expulsar qualquer energia negativa e até
mesmo pode ser usada para tirar uma pessoa indesejável de perto de você,
jogando o sal sobre o caminho feito por esta pessoa ou então espalhando no local
onde você a quer longe.

SAL DE CHUVA
Para ser usado no lugar da água de chuva. Este sal é usado para feitiços ou
maldições, ou mesmo para “upar” o poder de algum feitiço. A água da chuva
simboliza:

 Resistência;
 Caos;
 Tempestade;
 Mudança rápida;
 Emoções não expressadas.

Recolha água de chuva, ferva e adicione sal. Misture até o sal dissolver e então
continue adicionando sal até que ele não mais dissolva. Reduza o fogo e deixe a
água ferver, mexa ocasionalmente e verifique para que o material não queime.
Quando a água evaporar, restará apenas os cristais de sal de chuva.

O ESCUDO DO LAR
Para proteger a casa e seus familiares
Encontre um recipiente de ferro, prata,
alumínio ou algo do tipo, com tampa.
(Se for comprado em antiquário
requer uma limpeza previa mais
intensa.) O importante é que você
encontre um que ache lindo,
além do mais, ele vai ficar
decorando a sua casa num altar!
Aqui vamos supor que
compraram os seus em um
antiquário, ou eram alguma relíquia
de família... Para explicar o processo
mais complexo. Separe o recipiente e
deixe de molho em água fervente, um
pedaço de sabão de coco, louro e camomila.
Quando esfriar, lave normalmente com água e detergente.
Deixe secar.
A partir de agora o processo é o mesmo tanto para itens de
antiquário quanto itens comprados. Queime um ramo de alecrim
seco e vá passando o objeto pela fumaça deixe que a fumaça entre
nele. Passe até sentir que a energia está neutra. Você pode precisar
do auxílio de um pêndulo caso tenha dificuldades para perceber
energias.
Depois de limpo e purificado, você acenderá cinco velas formando
o pentagrama e colocará um recipiente no centro. Chamará as forças
da proteção da terra, das rochas e montanhas. Agora você derramará sal marinho
ou sal grosso no fundo deste recipiente. Em cima dessa camada de sal, colocará
folhas de louro com os nomes de cada morador da casa (ou papel de ovo). Por
cima, cobrirá com casca de ovo triturada. Ponha uma camada de louro em pó.
Também pode por pequenos objetos de proteção como pregos, agulhas, cacos
de vidro, mas não é aconselhável para quem tem gatos em casa, por que isso pode
acabar trazendo energias ruins para seu animalzinho. Agora pingue dentro do
recipiente cinco gotas de uma vela preta usada em algum sabbats ou esbat (de
preferência algum esbat de lua cheia). Você também pode por valeriana e raiz de
lótus, mas se não encontrar, cinco gotas de óleo de verbena servem.
Segure seu athame com as duas mãos e afunde delicadamente a lâmina na
mistura do recipiente enquanto fecha os olhos vendo uma fortaleza sendo
construída ao redor da sua casa. Veja flechas e bolas de fogo vindo na direção
dessa fortaleza e voltando de volta para seus donos. Afirme que agora sua casa é
uma fortaleza e nenhum mal nela entrará. Pense agora em coisas boas
entrando nessa fortaleza, dinheiro, boas notícias, brisas, flores, festejos etc.
E afirme que tudo o que há de bom para você e os outros moradores consiga
entrar no seu lar.
O feitiço já está pronto, mas é de bom tom que se monte um altar para
este item valioso da sua casa.

SUGESTÃO: Faça este altar seja uma prateleira no alto onde ninguém
vá ficar mexendo nisso. Neste altar, pode-se manter uma vela preta e uma
branca para acender por algumas horas toda primeira noite de lua cheia.
Esse altar pode ficar na sala ou num quarto.

ALARMES MÁGICOS
Alarmes mágicos funcionam como alarmes normais para nos alertar
quando alguém ou energia ruim entra na nossa casa ou escritório. Podem
ser naturais: plantas que murcham etc, ou de outros materiais. O ideal é
escolher objetos específicos para este intento, como protetores e na hora do
contrato falar o que você quer. Você pode, por exemplo, deixar algo que não
quebre numa altura específica e pedir para o objeto cair por exemplo. Esses
são os básicos.
Os mais sofisticados são objetos como espelhos e armas mágicas que
você pode no momento do contrato pedir para que te revelem o ataque em
sonho, eles vão mostrar a pessoa e o que ela está tentando fazer. No caso de
objetos que refletem é importante selá-los magicamente. Também é bom
construir uma proteção ao redor da casa em que você especifique que só
podem entrar com seu convite ou no caso de uma emergência (quem tiver
boas intenções).
Pra fazer o contrato desses objetos você pode escrever e colar atrás deles
(dentro deles) ou então falar. De qualquer forma, abra o círculo mágico protetor,
sele o objeto e retire energias ruins, consagre o objeto, faça o contrato. Você pode
escolher um objeto mestre que se responsabilize por todos eles e escolher armas
mágicas para lutar caso invadam sua casa. Mas se você selar e proteger sua casa
não será necessário.

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