2019 PabloHenriqueDeSouzaSantos TCC

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

PABLO HENRIQUE DE SOUZA SANTOS

O USO DAS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA


REVISÃO DE LITERATURA.

Brasília-DF
2019
Pablo Henrique de Souza Santos

O USO DAS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA


REVISÃO DE LITERATURA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina


de Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura
(código: FEF/107654) do curso de Licenciatura em
Educação Física da Faculdade de Educação Física – FEF
da Universidade de Brasília – UnB como requisito parcial
para a conclusão de curso e obtenção do diploma de
Licenciatura em Educação Física.

Orientador: Dr. Alfredo Feres Neto

Brasília-DF
2019
Pablo Henrique de Souza Santos

O USO DAS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA


REVISÃO DE LITERATURA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura em Educação Física


da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília como requisito parcial para a
conclusão de curso e obtenção do diploma de Licenciatura em Educação Física, avaliado por:

Orientador: Dr. Alfredo Feres Neto

Dr. Jitone Leônidas Soares (Membro Interno)

Avaliado em: _ de de 2019.


Nota:
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por me iluminar em momentos de dúvida e por me dar forças,


para persistir, quando imposto a desafios e situações difíceis.
Agradeço aos meus amigos, por sempre se disporem a me ajudar e pela
compreensão, do afastamento nesta etapa.
Aos meus pais por terem lutado para me dar toda a educação possível, pelo amor,
incentivo e apoio incondicional.
A esta Universidade, seu corpo docente, direção e administração que
proporcionaram um ambiente propício à evolução e crescimento.
Ao meu orientador, professor Dr. Alfredo Feres, pelo suporte, pelas suas correções
e incentivos.
E a todos que de alguma forma fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.”
Immanuel
LISTA DE SIGLAS

ANATEL- Agência Nacional de Telecomunicações

AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem

BNC - Base Nacional Comum Curricular

CNE - Conselho Nacional de Educação

CGI- Comitê Gestor da Internet no Brasil

EAD- Educação a Distância

FNDE- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

IES- Instituição de Ensino Superior

MEC- Ministério da Educação

AO- Objetos de aprendizagem

PBL- Problem Based Learning (Aprendizagem Baseada em Problemas)

PPG- Programa de Pós-Graduação

Proinfo- Programa Nacional de Tecnologia Educacional

PRONINFE- Programa Nacional de Informática na Educação

REA- Recursos Educacionais Abertos

TIC- Tecnologias da Informação e Comunicação

TDIC- Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação


LISTA DE FIGURAS

Gráfico 1 Frequência da utilização da informática nas aulas de Educação Física ............ 37

Gráfico 2 Aplicações midiáticas utilizadas nas aulas de Educação Física ........................ 37

Gráfico 3 Tecnologias nas aulas de Educação Física ....................................................... 38

Gráfico 4 A favor do uso das tecnologias nas aulas de educação física. ......................... 38

Gráfico 5 Uso de recursos multimídias pelos docentes .................................................... 38


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 8

1.1. PROBLEMA DA PESQUISA .............................................................................................. 11

1.2. OBJETIVO GERAL ............................................................................................................ 12

1.3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 12

REVISÃO TEÓRICA ..................................................................................................................... 14

2 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................... 14

3 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA ............................................................................................... 15

4 EDUCAÇÃO FÍSICA E TECNOLOGIA .................................................................................. 18

5 O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS ................. 24

6 O JOGO DIGITAL COMO POSSIBILIDADE PEDAGÓGICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA .......................................................................................................................................... 27

7 O USO DO CELULAR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................... 31

8 METODOLOGIA .................................................................................................................... 34

9 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA .................................................................... 36

10 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 39

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 42
RESUMO

A presente revisão de literatura tem como objetivo geral, contextualizar um estudo


qualitativo sobre a importância das novas tecnologias (TDICs) utilizada como
recurso didático e pedagógico nas aulas de Educação Física. O referencial teórico
tem por base os estudos realizados por Pires, Lazzarotti Filho e Lisboa (2012) a
partir de exemplos concretos. Os procedimentos metodológicos da pesquisa
consistiram em pesquisa de análise bibliográfica, a partir das leituras e
fichamentos dos textos. Como objetivo secundário o presente estudo pretende
discutir como as novas tecnologias e os recursos tecnológicos podem ser
inseridos nas aulas de Educação Física como a competição, o jogar, o competir e
o padrão de corpo, além da sobrevalorização de atividades que exploram o físico
que já não são práticas eficazes, pois ocasionam conflitos, e consequentemente
riscos. Para elucidar como a tecnologia e a educação podem caminhar juntas, a
pesquisa pretende apresentar atividades realizadas em sala de aula baseado em
estudos de autores da área, integrando assim a tecnologia e a disciplina de
Educação Física. Portanto, o estudo mostra-se relevante à medida que traz uma
reflexão sobre a importância da inclusão tecnológica em sala de aula
principalmente nas aulas de Educação Física escolar.

Palavras-chave: As novas Tecnologias; Motivação; Educação Física.


ABSTRACT

The present literature review aims to contextualize a qualitative study about the
importance of new technologies (TDIC) used as a didactic and pedagogical resource in
Physical Education classes. The theoretical framework is based on studies by Pires,
Lazzarotti Filho and Lisboa (2012) based on concrete examples. The methodological
procedures of the research and bibliographical analysis, based on the readings and texts
of the texts. As a secondary objective the present study intends to discuss how the new
technologies and the technological resources can be inserted in the classes of Physical
Education like the competition, the play, the competing and the standard of body, besides
the overvaluation of activities that explore the physical that already are not effective
practices because they cause conflicts and consequently risks. To elucidate how
technology and education can go hand in hand, the research presents activities carried out
in a classroom based on studies by authors of the area, thus integrating the technology
and discipline of Physical Education. Therefore, the study is relevant as it brings a
reflection on the importance of technological inclusion in the classroom, especially in the
School Physical Education classes.

Keywords: New Technologies; Motivation; Physical Education


8

1 INTRODUÇÃO

No campo educacional, as novas tecnologias estão se apresentando de inúmeras


formas: indicadores de luz para o quadro, lousas interativas, jogos digitais (JDs) ou
programas de ensino em plataformas online, sendo este o ponto referencial,
compreendermos como o uso de novas tecnologias podem ser um facilitador nas aulas de
Educação Física.
O Brasil sofreu várias revoluções que marcaram e de alguma forma contribuíram
para o desenvolvimento do país. Hoje, no século XXI, o país é marcado pela revolução
tecnológica com aparelhos digitais, mídias eletrônicas e tecnologias de informação que
alavancaram os processos educacionais tanto na prática pedagógica quanto no
planejamento, organização e estruturação dos cursos e seus conteúdos.
Camillo e Medeiros (2018, p. 2) acrescentam que,
A revolução da informática e da internet, trouxe consigo inúmeros impactos
que, por sua vez, atingiram diversas áreas da comunidade. A educação
não escapa desta mudança, cada vez mais a tecnologia se faz presente na
escola e no aprendizado do educando, seja pelo uso de equipamentos
tecnológicos ou recursos digitais que envolvam a educação e a tecnologia.

Como consequência, têm emergido novas perspectivas no âmbito das instituições


sociais, das relações humanas e na produção de conhecimentos que, de um modo
particular, apontam a necessidade de mudanças de paradigmas no cenário mundial, de
surgimento de um novo professor, atento às transformações da modernidade.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), as novas


tecnologias são compreendidas pelo os recursos e possibilidades
utilizados que mobilizam amplos sistemas tecnológicos dentro de um
campo educacional. (Bianchi, 2008).

Em um contexto onde os alunos já podem ser considerados 1“nativos digitais”, ou


seja, que já nasceram e estão acostumados a aplicar novas tecnologias no seu dia a dia,
colocar essas novas ferramentas em processos pedagógicos é quase uma obrigação, e
na Educação Física isso não é diferente.
A partir desta premissa, será construída a revisão de literatura que podem ser

1Nativos Digitais foi cunhado em 2001 por Marc Prensky. Naquela época, pertencia a essa geração
os nascidos a partir de 1980, para quem interagir com computadores era parte natural da vida. Para os
nativos digitais, o mundo sem internet não existe, e o online e o off-line não se separam.
9

encaminhadas por duas realidades dualistas: das TDIC para a Educação Física; da
Educação Física para as TDIC.
Atualmente o governo oferece como curso de formação continuada para os
professores o 2PROINFO integrado que consiste em um programa para formar os
professores no uso didático-pedagógico das TDIC no cotidiano escolar. Nessas
circunstâncias, os professores de EF precisam estar atentos a esses avanços para serem
capazes de acessar, compreender, discutir, avaliar e produzir com essas plataformas, o
que irá exigir uma série de competências.
Uma das articulações precursoras do estudo do uso da TICs nas aulas de
Educação Física foi do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal
de Santa Maria. O CBCE - Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, onde foi realizado
um congresso sobre o uso das TICs nas aulas de Educação Física. (PIRES, 2008 apud
PIRES, LAZZAROTTI FILHO e LISBOA, 2012).
A tecnologia que engloba grande parcela da mídia e de recursos audiovisuais
representa um conjunto dos variados meios de comunicação, em consequência o seu
objetivo é transmitir informações e conteúdo de todos os segmentos, e neste contexto,
que se fundamenta a busca que se alicerça com este conhecimento nos caminhos da
aprendizagem.
Neste sentido, cabe ao profissional de Educação Física estar atento a este novo
modelo educacional, reestruturando e ressignificando suas aulas e abordagens, ao novo
mundo de tecnologias e aplicativos como forma de desmistificar a imagem que as aulas
de Educação Física são apenas uma aula de recreação e de lazer.

Tais conhecimentos são imprescindíveis para que o estudante tenha a


compreensão da realidade e o contexto nos quais está posto,
possibilitando uma ação consciente e segura, que promova a ampliação de
sua identidade (BRASIL, 1997).

Para ter contato com práticas e reforçar esta discussão, foram pesquisados artigos
que utilizaram as tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, realizando assim
um levantamento bibliográfico em revistas avaliadas na área da educação e da Educação
Física.
O avanço das TICs pode ser útil na interação e na relação professor-aluno, fato de
grande importância, pois permite a organização de ambientes de aprendizagens mais

2 http://e-proinfo.mec.gov.br/
10

lúdicos auxiliando nas dificuldades escolares.


Nesse sentido, a percepção que os futuros professores de Educação Física têm a
respeito da tecnologia digital mostra-se de grande importância, para uma contribuição no
processo de formação, para uma nova prática docente.
“Nós, educadores, temos de nos preparar e preparar nossos alunos para
enfrentar exigências desta nova tecnologia, e de todas que estão a sua
volta – A TV, o vídeo, a telefonia celular. A informática aplicada à
educação tem dimensões mais profundas que não aparecem à primeira
vista”. (ALMEIDA, 2000, p. 78)

Melo e Branco (2011) afirmam que a escola não pode ficar alheia às mudanças
influenciadas pelas novas tecnologias e aplicativos, visto que um dos papéis dessa
instituição é desenvolver indivíduos preparados às novas inovações do mundo
globalizado e altamente compartilhado em rede.
O professor limita-se a apenas planejar e organizar suas aulas por meio de
computadores, internet e programas digitais, pois a utilização de forma direta das
tecnologias em suas aulas ainda é uma utopia em grande maioria das escolas brasileiras,
principalmente pelos professores de Educação Física, que são vistos como orientadores
de práticas corporais realizadas e desenvolvidas em locais específicos como quadra,
piscina, pátios, salas de ginásticas, entre outros locais de práticas de atividades físicas.
As novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o
cotidiano, independente do espaço físico, e criam necessidades de vida e
convivência que precisam ser analisadas no espaço escolar, fazendo parte
do mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo
um poder de onipresença, uma vez que criam formas de organização e
transformação de processos e procedimentos. (PCN’s, 2000, p.11-12)

Essas novas tecnologias educacionais agregam diversas funcionalidades e


possibilidades aos seus usuários, proporcionando uma busca rápida das informações
almejadas e um acesso rápido e prático ao software, na hora e local que o indivíduo
desejar.
A globalização, por meio da informática e da internet, faz com que o ensino se
torne cada vez mais fundamental e prazeroso, pautando, além das finalidades políticas,
econômicas e sociais de acesso aos recursos da rede e formando um ser crítico e atuante
frente aos desafios da modernidade.
Por isso, utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação TICs em sala de
aula deve ser uma estratégia pedagógica adicional no ensino de qualquer área do
conhecimento em especial, no ensino de Educação Física. Diante disso, a inclusão
11

tecnológica, hoje, no cenário educacional, vem com o propósito de modificar a prática


educativa, tornando-a inovadora, deixando-se de lado os lócus tradicionais de
aprendizagem comum na educação tradicionalista.

Desse modo, os professores devem sempre buscar meios de dialogar e


transitar pela cultura digital, a fim de conciliar os conteúdos obrigatórios da
Educação Física à tecnologia (BARACHO, GRIPP e LIMA, 2012).

Acrescendo, numa visão pedagógica construtivista, que essa inovação, poderá ser
uma ponte para se romper a uma visão arcaica e descontextualizada do ensino de
Educação Física em turmas regulares.
Para os estudantes é impossível conceber o mundo sem a existência desses
recursos: televisão, vídeo game, celular, computador, internet, redes sociais, e-mails,
blogs, os atrativos são tantos e tão fascinantes que fazem a sala de aula tradicional
parecer um contexto arcaico. Dessa forma, integrar a tecnologia no processo de ensino-
aprendizagem na Educação Física escolar mostra-se um novo caminho.
Portanto, é um desafio a repensar sobre o desenvolvimento pessoal e profissional,
utilizando as ferramentas de apoio ao crescimento intelectual dos seus alunos.

1.1. PROBLEMA DA PESQUISA

Tendo em vista a necessidade de comunicação que permeia qualquer relação


humana, principalmente as relações estabelecidas no campo da prestação de serviços, o
emprego de novas tecnologias, sobretudo as de acessibilidade simples tornaram-se base
para analisar a importância da necessidade de se investigar possíveis metodologias de
introdução de novas tecnologias de comunicação nas aulas de Educação Física.
O interesse por esse estudo surgiu mediante a necessidade de estar aprimorando
as metodologias usadas em sala de aula. Essa linha de pesquisa subsidiou a elaboração
do projeto intitulado: O uso das tecnologias nas aulas de educação física: uma revisão de
literatura.
No contexto educacional, essas transformações a luz das leituras destes autores
tornam o processo ensino-aprendizagem um desafio constante na busca de alternativas
profissional. Estes sugerem que as tecnologias digitais são um importante recurso
pedagógico para as aulas de Educação Física, uma vez que os estudantes julgaram as
aulas mais significativas para a aprendizagem (CAMILO; BETTI, 2010; BARACHO;
12

GRIPP; LIMA, 2012; DINIZ; RODRIGUES; DARIDO, 2012; FERREIRA, 2014).


Ao partir desses entendimentos, foi realizada uma revisão de literatura com o
objetivo de verificar como as novas tecnologias, estão buscando promover aprendizagem
e motivação nos alunos com essas mídias na disciplina de Educação Física.
O desenvolvimento desta proposta de estudo inclui o pensar de uma nova
formação do professor do século XXI, pois é importante que, na utilização dos recursos
tecnológicos, o professor compreenda o uso desses recursos no processo de construção
do conhecimento.

1.2. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral se resume a analisar a importância de maneira mais ampla das


Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) como recurso didático e
pedagógico para aulas de Educação Física.

Objetivos Específicos
⮚ Identificar a importância da tecnologia na Educação Física escolar.
⮚ Analisar o papel do professor de Educação Física no uso de Tecnologias
Digitais da Informação e Comunicação (TDIC)
⮚ Analisar as contribuições da tecnologia na Educação Física Escolar.

1.3. JUSTIFICATIVA

Em um contexto em que a tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano


inclusive educacional, se faz necessária a discussão acerca do quanto a tecnologia pode
beneficiar a Educação Física em sala de aula, assim como analisar as possibilidades e
alternativas disponíveis referente ao uso da tecnologia como recurso didático pedagógico
no ensino.
Atuando com base em preceitos educativos, as escolas podem contribuir para a
exploração mais consciente dos recursos tecnológicos, evitando assim, o seu mau uso e
contribuindo também para a motivação dos alunos nas aulas de Educação Física. Dessa
forma, as aulas podem ficar mais interessantes e em consequência atrair mais a atenção
dos alunos. Então, discutir as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação TDICs
na educação justifica-se, pela necessidade de analisar de maneira mais ampla as suas
13

possibilidades e dificuldades.
Para tanto, é necessário identificar a importância da tecnologia na Educação Física
escolar e discutir suas abordagens teóricas e apresentar como podem ser utilizadas de
maneira efetiva. Diante disso, escolas e alunos podem alcançar benefícios a partir da
mudança de postura das instituições, com base na implantação de modelos de ensino
digital e de responsabilidade social na formação do ser humano de forma integral.
Destarte, o presente trabalho partiu da necessidade de entender os diferentes
aspectos relacionados ao uso das tecnologias nas aulas de Educação Física para que a
escola, professores e alunos não só compreendam a necessidade de assumir uma
postura responsável nas suas relações com a tecnologia, como também possam avaliar
os processos de mudança necessários à manutenção em seu aprendizado diante de um
novo cenário de ascensão tecnológica.
De antemão, esse estudo visa buscar esclarecer pontos norteadores sobre a
importância da inclusão da tecnologia nas aulas de Educação Física, discutindo sobre o
desenvolvimento pedagógico e seu ganho com a aderência da tecnologia no contexto da
Educação Física escolar.
Quando se fala em tecnologia no ensino, um dos elos mais importante neste
processo são os professores, que precisam decidir como atuar na era Digital. Não se
pode pensar que a tecnologia vai substituir o professor e que o aluno vive à margem do
mundo digital não caindo no ostracismo acadêmico.
Como as tecnologias aplicadas ao ensino é um assunto atual, esta pesquisa visa
ampliar o conhecimento de como o professor pode usar essa ferramenta ao seu favor,
trazendo metodologias motivadoras na utilização dos recursos digitais na educação,
assim como avaliar de que forma as conexões e os recursos oferecidos em rede podem
colaborar como desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
A pesquisa possui abordagem metodológica de cunho qualitativo, já que as
pesquisas qualitativas se preocupam “com o significado dos fenômenos e processos
sociais, levando em consideração as motivações, crenças, valores, representações
sociais, que permitem a rede de relações sociais” dentro de um processo de
aprendizagem (PÁDUA, 1997, p. 31).
Este trabalho justifica-se por realizar uma revisão de literatura que promovam a
inclusão e aderência dos recursos tecnológicos nas aulas de Educação Física sendo esse
fator de grande relevância social
A pesquisa apresenta uma contribuição acadêmica sobre o tema sem a
14

preocupação de esgotar o tema, mas contribuir para a discussão teórica no meio


acadêmico.

REVISÃO TEÓRICA

2 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física é associada historicamente à movimentação corporal


necessária à sobrevivência do ser humano em um mundo no qual este dependia
basicamente de si para subsistir e viver.
O mais antigo relato sobre a Educação Física no Brasil foi em 1500. Que segundo
o relato de Pero Vaz de Caminha, relatam indígenas dançando, saltando, girando e se
alegrando ao som de uma gaita tocada por um português (RAMOS, 1982).
Pelos documentos oficiais, a Educação Física aparece no currículo escolar desde
meados do século XIX (com a Reforma Couto Ferraz, de 1851, e Leôncio de Carvalho, de
1882), apenas no século XX ela vai ser de fato efetivada nas escolas brasileiras. (SOUSA,
2010)
Os caminhos da Educação Física, como são delineados atualmente, pode ser
traçada historicamente desde a antiguidade, pois já na antiga Grécia, a criança era
educada com a finalidade de seu desenvolvimento físico e de sua formação motora.
(ALVES, 2013)
Assim, o nascimento da EF se deu, por um lado, para cumprir a função de
colaborar na construção de corpos saudáveis e dóceis, ou melhorar, como uma educação
que permitisse uma adequada adaptação ao processo produtivo.
A evolução das ações voltadas ao desenvolvimento humano transformou a
Educação Física escolar, dando-lhe dimensões sociais e culturais, a partir dos processos
de ensino e aprendizagem3 inseridos em todo contexto da escola e da nova escola.
Assim, a Educação Física ingressa no currículo da escola brasileira primeira como
ginástica em um discurso higienista (de promoção de hábitos saudáveis e moralmente
corretos) e eugenista (de melhoria da raça).

3O processo ensino-aprendizagem é um nome para um complexo sistema de interações


comportamentais entre professores e alunos.
15

Modernamente a Educação Física buscou a compreensão da corporeidade,


ludicidade, lazer e prazer, possibilitando à criança, ao adolescente e jovem a reflexão
sobre si, sobre seu contexto e as diferentes atuações nos espaços culturais da
modernidade.
O evento da tecnologia traz ao universo da escola um novo aluno imerso na mídia
tecnológica e social e neste desenrolar que cabe a uma nova visão das aulas de
Educação Física e de um novo profissional atento a estas transformações.
Esta realidade traça um novo paradigma para a educação, principalmente para a
Educação Física, influenciada pela presença da tecnologia que já se faz sentir na mais
diversa forma, é notório perceber sua presença abertamente na escola e na atualidade.
Sendo assim, o professor não pode mais ignorar a presença e a necessidade do
uso dos jogos eletrônicos e dos recursos midiáticos, sendo utilizado como diferencial na
aplicação da Educação Física escolar integrando a esta nova realidade.
A visão da Educação Física escolar aliada aos avanços tecnológicos assume a
categoria de formação do aluno como sujeito global, exigindo do professor uma reflexão
em suas ações pedagógicas, usufruindo da oportunidade do emprego das TDICs em suas
aulas como oportunidade para desenvolver o senso crítico de seus alunos.
Esta articulação leva à consciência crítica do jovem acerca da sociedade que o
cerca, comparando-a com a realidade, considerando os aspectos favoráveis e negativos
em todo contexto.

3 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

A tecnologia que engloba grande parcela da mídia e representa um conjunto de


variados meios de comunicação, tendo como objetivo transmitir informações e conteúdo
de todos os segmentos. Dessa forma, a sua tramitação na estrutura social vigente
funciona como uma plataforma de saber e informação.
As Tecnologias da Informação e comunicação podem ser definidas como um
conjunto de equipamentos reais e virtuais, cujo principal objetivo é proporcionar e facilitar
a comunicação e troca de informações entre as pessoas.
Se antes o ambiente escolar era um dos principais meios de aprendizagem, nos
dias atuais, a tecnologia é grande aliada no que tange ao aprendizado e também como
elemento motivador. Sendo assim, tem ganhado importância principalmente no âmbito da
educação como instrumento didático-pedagógico.
16

Conforme Araújo e Pilloto (2013), na sociedade contemporânea, tanto o ambiente


presencial quanto o virtual fazem parte da construção de novas identidades nos
processos de socialização e aprendizagem.
O smartphone, por exemplo, pode ser utilizado como ferramenta multidisciplinar,
desse modo, os aplicativos e programas, precisam atender há alguns pré-requisitos, para
que assim, essas ferramentas contribuam realmente no processo educativo.
Dessa forma,
As mudanças nas áreas da tecnologia, da informação e da comunicação,
desde a informatização de dados até atividades do cotidiano, como
compras, indústria do entretenimento, jogos virtuais, internet e ensino a
distância, é preciso também um olhar diferenciado frente a mudanças de
paradigmas. Ou seja, os processos de pensamento incluem a
comunicação virtual e novas possibilidades de interação humana.
(ARAÚJO; PILLOTO, 2013)

Segundo Carvalho Junior (2015),


A educação se modifica se renova e acompanha os anseios da sociedade,
lugar onde surgem novos hábitos, costumes e necessidades.
Independente se pela via informal/assistemática ou formal/sistemática, as
tecnologias da informação e comunicação deveriam integrar-se ao ensino,
promovendo a inclusão social através da informatização e a
democratização da cibercultura junto a internet.

O uso da tecnologia na educação de forma mais ampla ainda é algo que vem se
consolidando nos últimos anos. Então, cabe a gestão escolar, dialogar com as crianças,
adolescentes (alunos) sobre como melhor utilizar as Tecnologias de Informação e
Comunicação TICs em sala de aula.
Temos dificuldades e possibilidades, se utilizar as Tecnologias de Informação e
Comunicação TICs forem usadas como um instrumento pedagógico, elas podem auxiliar
em uma aprendizagem integrativa.
Segundo Araújo e Piloto (2013) as crianças e adolescentes dessa geração estão à
frente dos pais com relação à tecnologia, já que nasceram no momento de forte
aceleração no desenvolvimento tecnológico, por isso a escola já não se configura como a
única fonte de informação desses “nativos digitais” , já que estes possuem a internet
como fonte de pesquisa, entretenimento e informação.
De acordo com (JUNIOR, 2015) a utilização de computadores, tablets e áudio e
vídeo nas aulas ainda é limitada pela falta de recursos em quantidade ou qualidade
adequada em todo o Brasil. Ainda mais na disciplina de Educação Física que comumente
é vista como eminentemente prática corporal e seu professor um instrutor nesse sentido,
17

vedando sua aplicação às quadras, ginásios, piscinas e outros ambientes ligados ao


esporte.
Além disso, ocupa lugar significativo no processo de ensino como disciplina de
conhecimento corporal e de desenvolvimento do indivíduo de forma integral. Dessa
maneira, incorporar novos elementos durante sua vigência como as Tecnologias de
Informação e Comunicação TICs, agregaria no aprendizado de uma melhor maneira.
Segundo Kenski (2012)
As alterações sociais decorrentes da banalização do uso e do acesso das
tecnologias eletrônicas de comunicação e informação atingem todas as
instituições e todos os espaços sociais. Na era da informação,
comportamentos, práticas, informações e saberes se alteram com extrema
velocidade. Um saber ampliado e mutante caracteriza o atual estágio do
conhecimento na atualidade. Essa alteração reflete-se sobre as
tradicionais formas de pensar e fazer educação. Abrir-se para novas
educações – resultantes de mudanças estruturais nas formas de ensinar e
aprender possibilitadas pela atualidade tecnológica – é o desafio a ser
assumido por toda a sociedade.

Em linhas gerais, as pesquisas indicam que as TIC favorecem o processo de


ensino e aprendizagem e aprofundam os conteúdos de estudo. No entanto, é preciso
empregar novas metodologias e estratégias de ensino, extraindo as potencialidades que
as tecnologias apresentam.
A escola deve ser um contraponto real ao mundo virtual, promovendo aulas
participativas, projetos sociais, grupos teatrais, hortas coletivas e campeonatos
esportivos, além de manter seus laboratórios sempre abertos. Nem tudo é possível ao
mesmo tempo, mas em cada atividade as tecnologias estarão a serviço da vida escolar,
que, sem ser sua refém, se beneficia delas.
Em seus estudos, Belloni (2012), ainda aponta que a incorporação das Tecnologias
de Informação e Comunicação TICs no contexto escolar, deve ser considerada sob dois
aspectos: como um suporte pedagógico e como objeto de estudo.
Já no estudo de Bianchi (2007), ele relata que os professores que colaboraram
com o estudo, acreditam que os recursos didáticos não auxiliam na formação profissional
crítica, mas auxiliam, no geral, a busca de novas informações, de maneira mais rápida e
dinâmica.
Portanto, os estudos dos dois autores Belloni e Bianchi, complementam-se na
medida em que contextualizam a importância das TICs em aspectos diferentes tanto
como suporte quanto no processo geral da formação do profissional.
18

4 EDUCAÇÃO FÍSICA E TECNOLOGIA

Parte dos alunos que frequentam ou já passaram pela escola trazem consigo a
disciplina de Educação Física como uma disciplina prazerosa que lhes dar satisfação, ou
como um simples momento de socialização. Assim como a proposta Educacional versa
em instrumentalizar e capacitar o aluno para que ele possa agir eficazmente dentro da
sociedade em que está inserido, entende-se também como uma ferramenta de
capacitação a inserção do aluno no mundo digital.
O processo de globalização pelo qual vem passando o país abre portas para
diferentes mudanças quer seja social, política e econômica, quer seja cultural e
educacional. O incentivo da adoção de ferramentas digitais em sala de aula não se
restringe apenas à sala de aula. De acordo com Feres Neto (2003), a incorporação das
mídias nas aulas de Educação Física contribuirá para a construção da inteligência coletiva
e produção de novas subjetividades.
Já de acordo com Kenski (2012) a tecnologia engloba diversos elementos e
princípios que são importantes, na construção de um planejamento e ajudam na
construção e consolidação do saber, principalmente no manuseio de um determinado
equipamento ou atividade. A autora ainda respalda que tudo que se utiliza na vida
cotidiana são formas diferentes de ferramentas tecnológicas. Hoje em dia, viver sem as
Tecnologias de Informação e Comunicação TICs é quase impossível, pois dependemos
delas para praticamente tudo.
As TICs interferem diretamente na nossa forma de pensar, sentir, agir e de nos
relacionar com o aprendizado e aquisição de conhecimento. As tecnologias propiciam a
criação e utilização de novas metodologias bem como os meios para que estes avanços
ocorram (KENSKI, 2012).
Nas palavras de Cruz Junior e Silva (2010) “o progresso tecnológico e sua
constante modernização foi uma das principais responsáveis por mudanças no cenário
sócio-político, econômico e cultural”, o autor também salienta que, de uma forma ou de
outra o professor utiliza as Tecnologias de Informação e Comunicação, seja na sua
prática ou planejamento.
Então, é necessário que envolva os diferentes atores da escola, incluindo a gestão
escolar, que também têm o papel de auxiliar a empregá-las da melhor maneira possível.
Os nossos jovens nasceram neste novo tempo e estão familiarizados com as
programas e softwares disponíveis. Desse modo, é importante salientar que mesmo
19

assim, é necessário ter um planejamento com objetivos claros, permitindo o foco no


aprendizado e desmistificando o uso para fins de entretenimento e atividades que podem
ser realizadas fora da sala de aula.
É necessário desmistificar a ideia de que o uso intenso de tecnologia pelas
crianças e jovens é prejudicial, mesmo sendo bom uso e consciente.
Na educação moderna, contudo, ainda se caminha com pequenas evoluções
pontuais nos espaços educacionais, quer seja pelo estruturamento logístico de nossas
escolas ou pelos profissionais frente à inovação, a realidade mostra que a presença das
tecnologias é ainda pouco significativa.
O uso das TICs, quando bem conduzido, pode promover a interação entre
professores e alunos, levando a um intercâmbio de informações e
experiências, agindo como uma “janela para o mundo globalizado”, isto é,
permitindo que o educando conquiste outros espaços (BIANCHI e HATJE,
2007).

No uso da tecnologia como elemento central, uma das possibilidades é criar várias
estações na sala de aula com diferentes objetivos de aprendizagem, tendo em pelo
menos uma delas o suporte da tecnologia. Uma estação com atividades de avaliação,
outra que incentiva o estudo livre ou o desenvolvimento de projetos e uma terceira para a
realização de trabalhos colaborativos. Neste contexto, o professor se coloca no papel de
mediador, indicando caminhos para os estudos, tirando dúvidas e planejando
experiências que desafiem a turma a avançar cada vez mais.
Diante do cenário apresentado anteriormente, fica apontado como é importante à
utilização de métodos e técnicas diversificadas, como o uso de recursos tecnológicos, tais
como o computador, a internet, entre outros, a fim de facilitar a aprendizagem de jovens e
adultos nas salas de aula.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Fundação Victor Civita (FVC) em
400 escolas públicas de capitais brasileiras aponta que, apesar de 29% das escolas terem
participado da formação em TICs nos últimos 12 meses, a maioria considera o curso
pouco útil para o dia a dia em sala de aula.
Além disso, 56% dos entrevistados consideram que sua formação inicial não os
preparou para inserir recursos tecnológicos nas aulas. "O ideal é priorizar os conteúdos
específicos das disciplinas e incluir as novas tecnologias como ferramentas para facilitar a
aprendizagem", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA e da
FVC.
20

A tecnologia computacional atua no sentido de melhorar a qualidade de ensino, por


meio da rapidez de informação a qual temos acesso, sendo algo diferente e atraente para
o aluno mais jovem ou idoso e de extrema velocidade de produção. O uso da informática
traz uma abertura de oportunidades que possibilita hoje com que se façam cursos virtuais
à distância, via Internet, uso de blogs, com professores e alunos residentes em Estados
diferentes.
Relacionada à Educação Física, tem demonstrado uma linha crescente ao longo
das últimas décadas, principalmente no campo da pesquisa. Então, cabe ao trabalho
consciente do educador, o profissional de Educação Física, um novo olhar de viés crítico,
traduzindo em propostas pedagógicas concretas, efetivando a aplicação das tecnologias
de informação e comunicação na escola, após a constatação de sua importância e
necessidade.
Kenski (2012) defende que os ambientes digitais oferecem novos espaços e
tempos de interação com a informação, e de comunicação entre mestres e aprendizes.
Neste contexto, a mídia social, a pesquisa através da internet, a troca de experiências
virtuais pode conquistar um novo educando, o atual jovem do século XXI, dessa forma,
entende-se que a interação e troca de informações entre as pessoas é fundamental para
o aprendizado.
Os dados encontrados livremente na Internet transformam-se em informações pela
ótica, pelo interesse e pela necessidade com que o usuário os acessa e os considera. Os
recursos tecnológicos da era digital proporcionam uma mudança positiva na elaboração
de conteúdo, pois incentiva os educadores a utilizarem a web para formular ou reformular
as aulas, ao mesmo tempo em que transforma o modelo de ensino-aprendizagem, ou
seja, os alunos não são apenas receptores de conhecimento, mas, atores de um
processo. (KENSKI, 2012)
As novas tecnologias vêm construindo mudanças significativas para a dinâmica
social, cultural e tecnológica as quais possibilitaram o acesso à informação e a superação
das fronteiras de espaço e tempos também na esfera educacional, pois, o foco é a
construção do conhecimento e a interdisciplinaridade rompendo com as estruturas e
fórmulas prontas ou práticas padronizadas no processo de ensino-aprendizagem.
Sendo assim, o esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais, e as diversas
práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo e objetos de
conhecimento amplamente divulgados ao grande público.
21

Segundo Hoefling e Oliveira (2015) “A Educação Física como disciplina escolar


pode incorporar às mídias no currículo escolar, adequando-as as novas necessidades
sociais, atualizando suas tarefas pedagógicas sem abrir mão das tradicionais.” O
desenrolar da prática educacional na “Era Tecnológica” traz vários apontamentos tais
como: desenvolver uma metodologia pautada na aquisição de habilidades e
desenvolvimento de competências aos nossos alunos, sobretudo a modalidade
educacional.
A introdução das mídias digitais no campo educacional possibilita novas formas de
aprender e de ensinar, desde que os recursos tecnológicos sejam bem utilizados no
espaço escolar, ou seja, o estímulo advindo do conjunto fascinante do universo digital,
anexo ao prazer cultural, transforma-se em aliados da Educação Física escolar.
Em consequência disso, é preciso pensar, fazer, realizar e analisar o melhor
planejamento pedagógico. Portanto, utilizar essas ferramentas de forma responsável só
agregaria benefícios e facilidades no processo de aprendizagem.
Observa-se que as tarefas que o professor aplica, são em sua maioria do livro
didático que a escola adota isso ocorre mesmo diante de uma infinidade de ferramentas
pedagógicas e tecnológicas que a escola dispõe, e que poderiam ser utilizadas na sala de
aula com frequência.
Desse modo, compreende-se a tecnologia como algo que abrange não só as
tecnologias digitais como o computador e internet, mas todo o contexto que vai desde o
lápis que usamos na sala de aula, quadro “negro”, entre outros.
Tão importante quanto à inclusão dos recursos tecnológicos na esfera escolar é a
preparação dos professores para a utilização desses recursos. Sabe-se que o docente
representa dentro da escola a ponte entre o conhecimento e o aluno. Há muito tempo que
o professor deixou de ser um mero transmissor de informações, agora ele configura-se
num novo patamar, em que assume o papel de mediador do conhecimento, é neste intuito
que as ferramentas tecnológicas podem ser um importante suporte para a aprendizagem
da Educação Física como das demais disciplinas.
O professor enfrenta dois desafios: o primeiro resume-se em inserir o uso do
computador em sala de forma contextualizada, para que ele não se torne somente um
pretexto para, por exemplo, assistir a vídeos para passar o tempo; segundo, quebrar as
barreiras que poderão surgir nos alunos ao se depararem com um instrumento do qual
não está familiarizado, principalmente os mais idosos.
22

Dessa forma, todas as ações pedagógicas dos professores devem ser


devidamente elaboradas, argumentadas e planejadas. Assim, como deve haver uma
reflexão acerca das TIC’s e recursos pedagógicos levados para a sala de aula.
É importante que a informatização da educação seja vista como facilitadora do
aprendizado, promotora da autonomia e estimuladora do interesse dos educandos, como
afirmam Silva e Fernandes (2005) “ O uso de artifícios midiáticos e digitais pode tornar a
aula mais atrativa e dinâmica, estimula a participação dos alunos e beneficia o professor,
o qual passa a ser um mediador do conhecimento. “
Porém, é fundamental que o educador tenha consciência das ferramentas que lhe
estão disponíveis e de quais são as melhores formas de utilizá-las para atender às
diferentes necessidades dos alunos, já que o alunado é constituído de pessoas com
grande diferença de idade, e portanto, com diferentes conhecimentos de mundo e
diversas experiências (ou ausência delas) com a informática.
Segundo Hoefling e Oliveira (2015) as tecnologias são muito pouco utilizadas nas
salas de aula de Educação Física e o professor em seu planejamento não propicia que
estes recursos sejam incorporados em suas práticas diárias. A Educação Física,
enquanto componente curricular, ainda avança com passos lentos na direção de estudos
acerca do uso das TICs em situações de aula.
A escola do futuro não pode ignorar os avanços tecnológicos que ocorreram nas
últimas décadas. No entanto, precisa ter nas tecnologias digitais um apoio e não o
principal protagonista do processo de aprendizagem. O uso dessas ferramentas ainda
exige adaptações dos sistemas de ensino. A principal delas passa pelo investimento na
formação dos professores.
O uso das TICs na Educação Física, pode acarretar o falso mito de que implicará
na diminuição das experiências corporais inerentes ao componente curricular. Contudo, a
ideia não é inserir as TICs nas aulas e tentar encontrar razões que justifiquem sua
utilização, mas compreender o que elas podem oferecer à área, ou seja, aproveitar aquilo
que os recursos midiáticos e tecnológicos oferecem para desconstruir, reconstruir e
ampliar os conhecimentos sobre a cultura corporal dos estudantes.
Verificando a produção científica acerca das TIC e Educação Física é
possível perceber que alguns estudos estão centrados no uso destes
recursos enquanto material de apoio para o professor (GINCIENE, 2012;
DINIZ, 2014; FRANCO, 2014; FRAIHA, 2016).

Entre aqueles centrados no uso das tecnologias para apoio ao professor temos o
estudo de Ginciene (2012), que organizou um material didático virtual composto por jogos
23

virtuais, sites, blogs, vídeos e redes sociais, constituindo um banco de dados para auxiliar
o professor no ensino do atletismo, em especial a prova dos 100 metros rasos nas aulas
de Educação Física.
Acerca das pesquisas, temos o estudo de Baracho, Gripp e Lima (2012), que
relatam uma experiência que consistiu na utilização do videogame Nintendo Wii na aula
de Educação Física como ferramenta para o ensino do Beisebol para alunos de 13 e 14
anos numa escola pública de Minas Gerais.
Diante da maneira como a docente utiliza as TIC em suas aulas, podemos
interpretar que as mesmas contribuem de forma singular nesse ambiente de estudo para
reconhecimento da EF como uma disciplina que tem conteúdo para ensinar e um
planejamento a ser desenvolvido.
Em linhas gerais, um primeiro efeito da incorporação das TIC em sala de aula é a
necessidade de o professor revisar sua própria prática pedagógica para melhor
adequação e usos efetivos da tecnologia.
LELES (2004) considera a Educação Física é uma disciplina indispensável ao
cotidiano escolar, uma vez que proporciona desenvolvimentos que vão do cognitivo,
social, até a formação crítica e política dos alunos.
A partir daí pode-se aprofunda a discussão focando no professor desta área, que
possui sua estruturação relacionada ao momento em que esse profissional se encontra no
espaço escolar, nesta batalha constante com a construção de novos saberes, em um
local específico, feito para essa busca.
OLIVEIRA, 2007; DAL ROSSO, 2008; LEITE; RIBEIRO, 2012 apontam que,
“embora a incorporação das TIC possa por um lado facilitar o trabalho do professor, de
outro isso lhe custa horas a mais de trabalho.
Considerando que muitas vezes, em virtude dos baixos salários, o
professor é obrigado a assumir extensas jornadas de trabalho, lhe falta
tempo para pensar metodologias com o emprego das TIC (LEITE;
RIBEIRO, 2012).

Além disso, tal experiência promove a aproximação das famílias à vida escolar dos
alunos. Certamente essas são experiências de aprendizagem que não poderiam ser
propiciadas sem o auxílio das tecnologias.
Deste modo, limitar a Educação Física escolar ao mero aprendizado de
modalidades desportivas ou ainda a um caráter recreativo, é limitar a ação do corpo em
24

um só requisito, desconsiderando e formalizando todos os indivíduos como pertencentes


a uma só vontade.

5 O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS

A Educação Física torna-se uma importante disciplina no desenvolvimento


intelectual, social, cultural e físico das crianças e adolescentes que integram o público
frequente no Ensino Fundamental I e II.
Em 1996, foi aprovado como parte integrante da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB, Lei nº 9.394, no parágrafo 3º do seu artigo 26, texto que
reconhecia a Educação Física como componente curricular, mas que a facultava no turno
noturno de ensino.
Em 2001, a Lei nº 10.328, de 12 de dezembro, através do Projeto de Lei nº 2.758
de 1997, do então deputado Pedro Wilson, alterou o parágrafo 3º do artigo 26 da LDB
apenas fazendo incluir o termo “obrigatório” no texto original de 1996, diminuindo a
possibilidade de qualquer interpretação de que a Educação Física poderia não ser um
componente curricular obrigatório da educação básica.
A formação continuada e a reciclagem dos profissionais que estão atuando fazem
parte de um processo de formação essencial para que o professor continue a inspirar,
buscando estruturações através da pedagogia do esporte para atender às principais
demandas dos alunos (JUNIOR e SOUSA, 2008).
O profissional deve analisar e escolher uma metodologia que seja harmonizável
com as necessidades dos discentes, permitindo que o processo de ensino e
aprendizagem seja eficaz.
“Uma escolha equivocada das metodologias podem implicar em uma desmotivação
e consequentemente na evasão do esporte e especialização precoce (JUNIOR e SOUSA,
2008). ”
De acordo com Kunz (2012), na escola, “a Educação Física é a disciplina que
introduz o aluno naquilo que os especialistas da área chamam de “cultura corporal do
movimento”, ou seja, o conjunto de conhecimentos culturalmente produzidos que se
referem à movimentação do corpo”.
Quanto ao uso da internet como interferência nas aulas de Educação Física
Schwartz (2007) afirma que, nesse campo, crescem cada vez mais as vivências que
25

utilizam o ambiente virtual, surgindo novas opções a cada dia, assim como novos
significados e interesses, atendendo a heterogeneidade dos usuários.
A Educação Física mediada por tecnologia traz a oportunidade aos alunos de
estudar em uma metodologia diferenciada, mas que está sendo desenvolvida de acordo
com a sua realidade, voltada para o conhecimento tradicional e respeitando a pluralidade
cultural de cada indivíduo e de sua regionalidade.
Na visão de Hoefling e Oliveira (2015)
É tarefa dos educadores e principalmente da escola e nesse caso também
da disciplina de Educação Física respaldar o aluno em suas escolhas
sobre como usufruir das mídias, mas sempre sobre orientação do
professor, procurando sempre atuar como mediador, mas para isso elas
precisam ser reconhecidas como conteúdos de extrema relevância no
currículo escolar

Na Educação Física escolar, a utilização de projetores e computadores viabiliza a


apresentação de novos conceitos de esportes antes desconhecidos, além estimular e
favorecer a inserção dos alunos no aspecto social, com a promoção de debates sobre
atualidades e conhecimentos, oferecendo a oportunidade do reconhecimento do seu
papel na sociedade e efetiva apropriação de sua corporeidade.
Além de inovar nas aulas, o professor pode, por exemplo, desenvolver conteúdos
impossíveis de serem desenvolvidos na escola, pois necessitariam de recursos materiais
e estrutura física para praticá-los.
Finck (2012) ainda destaca que “a boa prática do professor está inserida nas
ações, que não estão predeterminadas; ele tem de tomar decisões que não constam no
seu planejamento.”
Enquanto outras disciplinas têm seus conteúdos programados e organizados, a EF
não possui uma identidade formada. Isso reflete na dificuldade que os professores
possuem em selecionar determinado conteúdo para certa faixa etária.
Para Carvalho Junior (2015) “trabalhar com tecnologias e ambientes virtuais exige
conhecimentos e metodologias específicas do professor, pois as tecnologias por si só não
mudam muita coisa.” Com isso, a importância da Educação Física como componente
curricular dentro do contexto sociocultural de oportunidades para conhecer e perceber, de
alguma maneira, o corpo e seus movimentos, sempre tentando ultrapassar expectativas e
melhorando o potencial.
Na realidade vivida por muitos e muitos anos no contexto escolar, a disciplina de
Educação Física, constata-se que é comum considerar que uma bola e alguns alunos,
26

fazem a aula acontecer na escola proporcionando a reafirmação de mitos, as aulas de


Educação Física vão muito além destes arcabouços pedagógicos, e neste intuito que se
justifica este trabalho buscar como as novas tecnologias possam recriar o olhar sobre o
ensino e o trabalho do profissional de Educação Física.
Prensky (2012) reconhece que “os jovens que estão nas nossas escolas mudaram
radicalmente os seus hábitos e comportamentos e o sistema educacional continua a usar
modelos tradicionais”. A chave para o sucesso na implementação de uma educação
inovadora, está na mudança do foco das pessoas e da criação de um ambiente que
permita a participação dos atores envolvidos, para que conheçam o processo e possam
contribuir com ele.
A internet, as tecnologias móveis e as mensagens instantâneas fazem parte
integral das vidas destes nativos digitais e pode-se acrescentar à sua fala, as redes
sociais. Além de estimular essa colaboração, eles adquirem a sensação pertencimento e
de autoria, que via tirá-los da passividade e os coloca no centro do processo de
aprendizagem – e as pessoas são o centro do processo da educação inovadora.
(Prensky, 2012)
Prensky (2012) aconselha os professores a “aproveitarem a evolução e avanço da
tecnologia móvel para utilizar o celular na escola como uma ferramenta de ensino”. É
importante ressaltar que o professor sempre deve levar para as aulas assuntos que
estejam dentro do componente curricular, mas também que esteja dentro da realidade e
da modernidade que o aluno está inserido, tentando sempre atender não só aos seus
propósitos, mas também aos dos alunos.
Nos últimos anos, a formação de professores de Educação Física tem sido
fortemente apoiada por meios audiovisuais, com destaque para o vídeo, no entanto, tem
faltado a sistematização e a integração das imagens, com os modelos teóricos e os
exemplos práticos.
O professor, ao lidar com as TDIC, precisa estar em constante aprendizagem,
porque, diariamente, novas tecnologias são criadas e atualizadas e cabe a estes inseri-la
ao seu cotidiano acadêmico. Então, pensar essas possibilidades de ações virtuais não
exclui a luta por escolas públicas com estrutura física, com quadra, espaços e locais
adequados para aulas de Educação Física de qualidade.
Segundo Hoefling e Oliveira (2015) “Os professores não podem ignorar as
tecnologias, pois hoje elas, são uma necessidade e interferem na relação com o mundo. ”
Portanto, os professores precisam adquirir as habilidades necessárias para o uso das
27

tecnologias tanto para acrescentar o seu próprio conhecimento e para buscar informações
quanto a transmitir essas informações aos seus discentes.

6 O JOGO DIGITAL COMO POSSIBILIDADE PEDAGÓGICA NAS AULAS DE


EDUCAÇÃO FÍSICA

Podemos compreender a cultura eletrônica como técnicas imaginadas, fabricadas


pelo homem e que participam na constituição da humanidade atual, à qual não se pode
atribuir apenas um sentido único, sempre instrumental, uma vez que diferentes ideias,
projetos sociais, interesses e estratégias de poder tencionam o seu uso (LEVY, 2001).
Para Carvalho Junior (2015) O jogo virtual e as TICs utilizadas devem ser
considerados como mais uma ferramenta didática e pedagógica, assim como a bola, os
bambolês, a corda, o elástico, o livro, entre outros. Diante disso, os jogos eletrônicos
podem ajudar na aprendizagem de crianças e adolescentes. Os jogos podem se constituir
espaço de aprendizagem não só aprendizagem escolar.
Talvez para alguns pensar em jogos virtuais nas aulas de EFE seja um
retrocesso, ou até mesmo, uma distorção do real objetivo da disciplina na
escola. O corpo em movimento (no sentido de fazer uma atividade
corporal) é considerado por muitos a essência da Educação Física no
contexto escolar, e uma visão contrária a esta pode ser considerada errada
e até mesmo condenável. (CARVALHO JUNIOR, 2015)

Então, os jogos eletrônicos podem ser responsáveis pela junção entre tecnologia e
ensino, ou seja, unir o útil ao agradável a favor da educação as crianças agregando valor
por tecnologia. Considerando o pensamento majoritário de que o excesso de vídeos,
jogos e internet atrapalham os estudos. Assim, por que não aproveitar todo esse interesse
que ele já tem na tecnologia exatamente para educar.
Um dos principais objetivos dos docentes não é só ensinar em sala mais também
fora dela, o professor tem a possibilidade de ver onde o aluno está errando podendo
assim reelaborar e mostrar onde errou. Se algumas ferramentas eletrônicas como os
jogos foram utilizadas de forma correta, as mesmas serão grandes aliadas na busca da
aprendizagem e consolidação dela.
Lima (2008) ressalta que,
A proposta de utilizar de forma complementar o jogo e as tarefas escolares
exige do professor, por meio do processo de formação e de estudo, uma
mudança de concepção, que o leve a aceitar a criança como um ser
interativo, imaginativo, ativo e lúdico e descubra o potencial de
28

desenvolvimento que está por trás das brincadeiras e dos jogos (LIMA,
2008, p. 28).

No início dessa modernização, houve quem acreditasse que sozinhas as


novidades seriam capazes de melhorar a qualidade do ensino. Atualmente, já se sabe
que isso é mito e a tecnologia é apenas um meio para alcançar processos educativos
mais eficazes. Ela aproxima a escola da realidade desta geração que praticamente
nasceu sabendo usar tudo o que é tecnológico e se transforma em um intermediário
atraente, que ajuda a motivar os alunos.
Vemos na nova ótica atual, nossos alunos inseridos no mundo das Tecnologias de
Informação e Comunicação – TDICs, todo tempo dentro da escola. Para isso é necessário
vencer algumas barreiras, como ausência de infraestrutura, conectividade e formação
docente. Muitos professores sentem dificuldade em lidar com programas e ferramentas,
pois só tiveram contato com tais tecnologias em sua fase adulta – bem diferente dos
nossos alunos, que nasceram na era tecnológica e estão familiarizados com elas.
Ou seja, é possível o acesso às experiências de diferentes sujeitos e grupos que
discutem no espaço virtual, sobre as aulas de Educação Física escolar e temas
relacionados à cultura corporal, sendo uma fonte de pesquisa a ser explorada por essa
área.
Para o professor Souza (2012), o uso das tecnologias pode mudar a concepção da
Educação Física Escolar (EFE) como elitista e individualista, uma vez que a produção
digital faz com que os alunos trabalhem em grupo, de forma colaborativa e com isso,
consigam disseminar para mais pessoas o seu aprendizado.
Eles se comunicam através das redes sociais, resolvem problemas dos conteúdos
aprendidos na sala de aula, pedem informações aos seus professores, batem papo,
assistem vídeos, faz selfies todo o tempo – porque adoram – pesquisa, leem, ouve e
assistem a seus vídeos favoritos.
Os jogos digitais e as TIC em geral são um aparato novo para a escola, com
projetos não eficazes e com poucos professores preparados para utilizarem tais
tecnologias, se constituindo como dificuldades para a inserção desta nas escolas. Os
jogos modernos podem ser uma importante ferramenta, tornando-o atrativo para manter o
usuário focado em sua aplicação, assim a atividade física sai do virtual para o real.
Exigindo da escola, uma reflexão sobre a implantação do jogo virtual no currículo, não
somente na Educação Física escolar, mas em todas as disciplinas nas quais é possível
ser empregado como ferramenta de ensino-aprendizagem.
29

Os aproveitamentos dos jogos digitais nas aulas de Educação Física são tão
relevantes que em uma escola da rede pública de Nova Iorque, criada pelo Institute of
Play, todos os conteúdos são ensinados por meio de games (virtuais e reais) aos 360
alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Na Educação Física foi defendida uma tese de doutorado em que foi construído um
jogo digital, inicialmente para o computador, com o objetivo de ensinar a história dos jogos
olímpicos para alunos [5], tornando a aula sobre está temática mais lúdica e pedagógica.
Este jogo digital apresenta conceitos e provas instigantes para os alunos avançarem de
fase e continuar a aprender sobre a história e as modalidades do atletismo.
A aprendizagem torna-se realmente um norteador de construção da real cidadania,
quando o aluno se torna agente, e os videogames proporcionam isto, ao manipular, tomar
decisões, pensar, refletir, colaborar, trocar informações e conhecimentos. Assim, os jogos
digitais são uma valiosa ferramenta que permite aos alunos a recriarem-se em novos
mundos, se divertirem e aprenderem ao mesmo tempo (GEE, 2003).
O problema é que deve ocorrer uma conscientização crítica sobre o uso dos jogos
digitais, sendo uma atividade desconexa com o conteúdo de ensino ou com o objetivo da
aula promovendo opiniões restritas e sem criticidade sobre a cultura corporal. Bem como
a falta de apresentação dos efeitos do uso exagerado e as consequências aos usuários
como, por exemplo, limitação nos movimentos motores, baixa motivação para prática de
atividades físicas e desenvolvimento de doenças hipocinéticas.
O professor deve auxiliar os alunos a desenvolver a criticidade e reflexão perante o
conteúdo e suas ações durante o jogo, bem como discutir sobre os limites, as facilidades,
os erros, as contradições, os valores, os assuntos que estão por traz da indústria dos
jogos digitais.
O jogo digital, por exemplo, Capoeira Fighter, permite discutir com os alunos as
diferenças entre a capoeira de Angola e a regional por meio dos golpes executados no
jogo e sobre os golpes inclusos que não são pertencem à capoeira, como o soco, e o som
dos instrumentos tocados no jogo que são acelerados e metalizados, levando a uma
aprendizagem da capoeira de forma lúdica e contextualizada.
Em seguida, na aula com o jogo digital, os alunos foram questionamos sobre o que
aprenderam na aula anterior para reforçar os conhecimentos abordados e houve grande
lembrança e participação dos mesmos. Após estes questionamentos os alunos jogaram o
jogo digital durante aproximadamente 20 minutos. O jogo digital teve um papel importante
no ensino, contribuindo para a discussão desta prática como jogo, dança, luta ou esporte.
30

É importante que durante o uso dos jogos digitais haja reflexões sobre a diferença
entre a experiência do jogo virtual com o real. Bianchi (2008) aponta também a
importância da Educação Física, de forma que os alunos possam compreender as
limitações, as consequências dos exageros e atribuir significado nas informações que elas
veiculam sobre a cultura corporal e a verdadeira importância da Educação Física.
Contudo, deve se considerar que os jogos digitais são apenas um aporte para o
ensino da Educação Física. Todos os jogos utilizados retrataram os conteúdos e
conhecimentos específicos da área, explorando as suas diferentes dimensões, não
dizendo e desmerecendo o papel do profissional de Educação Física.
Percebe-se que o professor de Educação Física, deve priorizar e resolver questões
anteriores à ausência de recursos tecnológicos como o baixo número de materiais de
Educação Física e a falta de interesse e reconhecimento da área por alunos e demais
professores.
Neste sentido a proposta de intervenção pedagógica com a utilização de um jogo
digital insere-se na realidade da Educação Física escolar pela sua contemporaneidade e
dinamismo, bem como a aceitação pelos alunos de hoje. Os jogos digitais não devem ser
somente uma ferramenta para motivação: estes devem ser associados à aula em uma ou
nas três dimensões dos conteúdos (conceitual, atitudinal, procedimental) e os alunos
devem participar da construção do conhecimento sobre o assunto tratado.
Na escola, segundo Sancho (2006), o uso do computador-Internet se dá mediante
utilização de softwares, jogos educativos e pesquisas na rede, recursos estes que
possibilitam novas formas de tematização dos conteúdos, ampliando o acesso à
informação e reestruturando o espaço escolar.
Entende-se que a Educação Física deve comportar diversas “modalidades
vivenciais” e para tal, deve fazer “oscilar” os processos de virtualização e atualização dos
jogos/esportes, e um dos caminhos para isso é “atualizar” em experiência corporal o que
é apenas vivência eletrônica. (FERES NETO, 2001)
Optamos, neste estudo, pelo jogo de estratégia desempenhado por
personagens do filme “Harry Potter”, denominado "Quadribol" do filme
"Harry Potter", disputado por duas equipes e suas "vassouras voadoras",
no qual os jogadores buscam marcar o maior número de "goles" (acertar a
bola em um dos três arcos suspensos rebatendo-o com a vassoura ou com
seus bastões). Além dos “jogadores”, há os “rebatedores”, que protegem
os jogadores (como uma defesa) dos "balaços" (outro tipo de bola), e o
“pegador” que tem a única função de pegar o "pomo de ouro" (terceiro tipo
de bola), uma bolinha com asas e muito rápida. O "pomo de ouro" dá a
vitória para a equipe no jogo do filme.(COSTA,2006)
31

De acordo com a pesquisa de Costa (2006) “Busca-se, em conjunto com os


professores, introduzir nas aulas de Educação Física, experiências corporais sob a forma
de jogos, que resultassem da transferência de “jogos virtuais, conhecidos ou não dos
alunos.”
Em uma primeira fase, após assistirem ao filme ou jogarem o videogame, foi
realizada uma análise e discussão dos mesmos, na qual se valorizou a opinião dos alunos
a respeito do meio utilizado, os aspectos positivos e negativos que podem trazer, bem
como a questão da utilização desses meios de forma sadia e equilibrada com outras
atividades. (COSTA, 2006)
A fase seguinte foi a parte “prática”, na qual o professor da turma propôs um jogo
baseado nas experiências vividas pelos alunos na primeira fase, quando assistiram aos
trechos do filme (EPA) e jogaram videogame (EPU), para que os mesmos
experimentassem corporalmente, por meio desse jogo proposto, aquilo que vivenciaram
assistindo ao filme ou jogando videogame. (COSTA, 2006)
Após as aulas práticas, a terceira e última fase retomou as discussões feitas
anteriormente, agora com a perspectiva de já se ter experimentado corporalmente o que
foi anteriormente “assistido” (filme) ou “jogado” (videogame), ou seja, atualizado aquilo
que foi vivenciado com a utilização de um meio virtual e, novamente, para verificação da
compreensão das novas discussões, foi sugerido a mesma forma de registro: texto e
desenho. O registro de todo o desenvolvimento da pesquisa-ação e suas fases foi feito
por meio de fotografias digitais e filmagens, que foram analisadas à luz dos objetivos
desta pesquisa: as aulas foram descritas e avaliadas pelo pesquisador e professores
envolvidos, considerando os objetivos e conteúdo para elas planejados anteriormente, e
comparando o envolvimento e manifestações dos alunos na primeira e na terceira fase.
(COSTA, 2006)

7 O USO DO CELULAR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Atualmente, o Brasil tem mais telefones celulares que habitantes. Dados da Anatel
indicam que o país terminou o mês de março de 2013 com 264,05 milhões de celulares.
(ANATEL, 2017)
Já de acordo com a pesquisa realizada pela empresa de segurança digital
FSecure, da Finlândia, o Brasil ocupa a quinta posição no ranking em relação a números
de celulares e acessos móveis e está em terceiro lugar no quesito acesso de crianças a
32

dispositivos móveis. A União Internacional de Telecomunicações considera que o celular


é a tecnologia mais rapidamente adotada na história da humanidade (CASTELLS, 2008),
(MERIJE, 2012).
Para Campos (2007) “a escola pode se beneficiar de várias formas com as
Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem”. Entre várias a escola tem o laboratório de informática, com computadores
conectados à internet e o telefone celular.
Segundo Sena e Burgos (2010),
O telefone celular vem atuando como participante assíduo em meio à
realidade pedagógica de escolas da rede pública, particular e universitária,
já que representa uma ferramenta que figura intimamente socializada às
diferentes práticas sociais, na qual seus usuários demonstram letramentos
para o seu uso, como adeptos a consumirem seus avanços e
convergências midiáticas.

Destarte, as novas tecnologias no âmbito escolar, mais precisamente nas aulas de


Educação Física, possam possibilitar uma maior socialização dos alunos principalmente
na consolidação e construção de novas ideias e pensamentos, proporcionados assim, que
os alunos compreendam melhor os assuntos da Educação Física e das demais matérias.
As aulas de Educação Física antes eram as mais esperadas, por ser o momento de
se movimentar, de se expressar corporalmente, hoje ele se tornaram aulas para passar o
tempo, para conversar com os amigos, usar os celulares para jogar.
Por se tratar de um conjunto de saberes diversificado e riquíssimo, deve-se
transmiti-lo na escola. Nesse estudo, apresentamos novos aliados no processo de ensino-
aprendizagem dessa disciplina: o computador e o telefone celular.
Dentre as TICs percebemos uma grande atração pelas tecnologias móveis
conectadas à internet (celulares, smartphones, notebooks, tablets, ipad e outros).
Os smartphones estão alterando as possibilidades de comunicação e informação
no dia a dia das pessoas. Isso tem mudado o modo como elas se comunicam, afetando
as relações e a subjetividade das mesmas, tornando a comunicação bem mais rápida.
(MOURA 2009).
Usando desses artifícios, o professor pode utilizar destas ferramentas para atrair
mais alunos, ficando cada vez mais perto da realidade do aluno, entrando cada vez mais
no mundo deles e incentivando cada vez mais a prática esportiva, dentro ou fora da
escola.
33

Nesse sentido, enfatizamos a importância da aderência das TIC nos currículos da


licenciatura com a necessidade de compreender as relações que se estabelecem entre a
Educação Física e as TIC na escola e principalmente, de esforços para evidenciar e
discutir possibilidades de utilização das TIC nas aulas de Educação Física.
O aparelho de celular na atualidade tornou-se um dispositivo que oferece vários
recursos e ferramentas tecnológicas convertendo-se em um aparelho multimídia.
Através dele é possível tirar fotos, filmar, ouvir música, gravar voz, enviar
mensagens, ouvir rádio, TV, jogar, tudo isso conectado à internet. As mídias, desse modo,
dão suporte às TICs realizando o acesso às informações e todas as demais formas de
articulação comunicativa em todo o lugar e a qualquer hora. As tecnologias de
comunicação e informação invadem o cotidiano das pessoas que se interagem com elas.
Evidencia-se assim, que o planejamento pautado com tecnologias atraem os
estudantes, pois se percebe que se podem divulgar descobertas, descobrir novas
maneiras de aprender e escolher o que lhes é mais significativo, tornando-se um cidadão
crítico e atuante na sociedade em que vive.
De acordo com o documento da Unesco em relação à aprendizagem utilizando
recursos móveis:
As pesquisas da UNESCO revelaram que os aparelhos móveis podem
auxiliar os instrutores a usar o tempo de aula de forma mais efetiva.
Quando os estudantes utilizam as tecnologias móveis para completar
tarefas passivas ou de memória, como ouvir uma aula expositiva ou
decorar informações em casa, eles têm mais tempo para discutir ideias,
compartilhar interpretações alternativas, trabalhar em grupo e participar de
atividades de laboratório, na escola ou em outros centros de aprendizagem
(UNESCO, 2014, p. 18).

A Educação Física é uma disciplina que possui um amplo conteúdo formado pelas
diversas manifestações corporais criadas pelo ser humano ao longo da história, para isto
o smartphone pode ser um importante aliado.
Assim, o professor de Educação Física pode trazer o movimento para sua aula,
tornando o aluno parte atuante do processo pedagógico, tornando a aula mais próxima da
realidade do alunado. No ato pedagógico as aulas podem ser transformadas pelo senso
de investigação e pesquisa, ampliando o conjunto de conhecimentos que não se esgotam
nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas corporais e nas reflexões (PARANÁ, 2008,
p. 72).
É importante discutir com os alunos como utilizar o smartphone fora da escola. Nos
tempos de hoje o smartphone é parte do cotidiano deles, dessa forma é importante que
34

professor os ensine a usar com sabedoria, pois a maioria desses alunos desconhece a
grande ferramenta de aprendizagem que tem em suas mãos.
O uso do smartphone de maneira responsável dentro dos limites éticos e morais da
escola pode até mesmo ajudar o educador a trabalhar com eles em sala de aula. É
necessário que a escola e os professores aceitem que o celular está incluído na cultura
do nosso país, fazendo parte da vida tanto dos alunos, quanto a de professores e pais,
para que assim seja possível o uso do smartphone em sala de aula. Pois a escola tem o
dever de inserir os alunos no contexto da sociedade atual.
Nas lojas virtuais de aplicativos para os sistemas operacionais dos dispositivos
móveis, são encontradas diversas aplicações na área da Educação Física, mais
especificamente relacionadas à atividade física e educação, saúde, sendo muitas delas
gratuitas.
Há, por exemplo, aplicativos que permitem verificar a frequência cardíaca com o
auxílio da lente e da luz da câmera, ou percursos e distâncias percorridas utilizando os
recursos do GPS, além de atlas de anatomia em 3D e aplicativos que trazem
demonstração de exercícios físicos.
Diante dos exemplos aqui mencionados, que trazem diferentes propostas de
utilização das TICs nas aulas de Educação Física, percebe-se a diversidade de espaços,
objetos e objetivos que permeiam as relações entre estas duas grandes e abrangentes
áreas.
Conclui-se que, o uso do computador e do telefone celular nas aulas de Educação
Física apresentaram-se proveitosas, dinâmicas e significativas, em relação à
aprendizagem dos alunos, ocasionando um processo de mudança na atuação pedagógica
dos professores, sendo esses caracterizados como responsáveis pela orientação e
mediação dos conteúdos.

8 METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho foi à abordagem


qualitativa realizada por meio de pesquisa bibliográfica com a qual se contou com a
preciosa colaboração de diversos autores e revistas especializadas. O grande recurso
tecnológico para as aulas da disciplina torna-se o centro metodológico deste trabalho,
entendendo como trabalhar as práticas corporais por meio da apreciação.
35

"Há esportes que são impraticáveis na escola, como canoagem e para glíder, mas
que podem ser estudados por causa das tecnologias", diz Marcos Garcia Neira, professor
de metodologia do ensino de Educação Física na Universidade de São Paulo (USP).
Preparar uma atividade em vídeo sobre o judô, por exemplo, pode servir para explicar as
regras que não ficam claras nas transmissões dos Jogos Olímpicos na TV.
A pesquisa qualitativa com o apoio teórico na fenomenologia é
essencialmente descritiva. E como as descrições dos fenômenos estão
impregnadas dos significados que o ambiente lhes outorga, e como
aquelas são produtos de uma visão subjetiva, rejeita toda a expressão
quantitativa, numérica, toda medida. Assim, os resultados são expressos,
por exemplo, em retratos (ou descrições), em narrativas, ilustradas com
declarações das pessoas para dar o fundamento concreto
necessário.(TRIVINOS, 1992, p. 128).

O presente trabalho foi realizado por meio de uma revisão de literatura. Os artigos
revisados foram de um período de 9 anos abrangendo os anos de 2010 a 2019. Tratou-se
de um estudo de revisão bibliográfica, utilizadas as bases de dados Scielo, CAPES,
Google Acadêmico e portais específicos de alguns periódicos.
Em seguida, foi pontuada a utilização da informática como ferramenta inovadora do
processo ensino-aprendizagem com vistas ao melhoramento não só da aprendizagem do
aluno, como também uma maneira de garantir a ele sua inclusão no mercado de trabalho
e sua importante posição como cidadão no meio em que vive e atuante dentro da
sociedade.
Para o presente estudo foi utilizada uma pesquisa bibliográfica, que segundo Gil,
Pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos” acerca de autores
colaboradores ao entendimento da aprendizagem e suas dificuldades na
aquisição. (GIL, 1999, p. 48)

De acordo, com a metodologia descrita de GIL 2002, foram realizadas da seguinte


maneira: escolha do tema, referencial teórico, elaboração do problema de pesquisa,
definição de objetivos gerais e específicos, busca em plataformas, leitura do referencial
teórico, fichamento, planejamento do assunto e desenvolvimento da fundamentação
teórica.
As pesquisas desenvolveram análises de plataformas, como o Facebook
para desenvolvimento do gênero nas aulas (MILANI, 2015) e o Youtube
para verificar o conteúdo dos vídeos armazenados sobre Educação Física
e cultura corporal (CARVALHO, 2013).
36

9 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA

Em concordância com Pontes (2016) investigou-se, uma análise de como a TICS


são utilizadas nas aulas de Educação Física, que se demonstra através de uma discussão
de como é verificado o uso das novas tecnologias nas aulas de Educação Física.
Integrar as tecnologias educacionais no contexto da revisão bibliográfica,
proporcionou contribuições para os participantes e reflexões sobre a temática da
educação física.
O propósito da pesquisa era investigar as potencialidades dos recursos para a
prática pedagógica, identificar as contribuições e dificuldades da integração entre a
tecnologia e o processo de ensino-aprendizagem.
O movimento proporcionou resultados que possibilitaram avaliar as possibilidades
de integrar tecnologias nas aulas de Educação Física dos fatores que interferiam no
desenvolvimento do trabalho.
De forma geral, demonstrar que a existência de um planejamento contribuiu para
que as tecnologias pudessem ser integradas nas aulas. Ao longo do trabalho discutimos o
quanto isso é importante para a Educação Física.
Em relação ao uso do computador e de recursos audiovisuais e midiáticos pelos os
professores de Educação Física formulou os seguintes gráficos abaixo que servirão de
aporte para ilustrar como as TICs podem contribuir nas aulas de Educação Física
segundo a opinião de professores que pode ser verificado no Gráfico 1 e 2 .
37

Gráfico 1 Frequência da utilização da informática nas aulas de Educação Física

Fonte: Dados da pesquisa

Gráfico 2 Aplicações midiáticas utilizadas nas aulas de Educação Física

Fonte: Dados da Pesquisa


38
Gráfico 4 A favor do uso das tecnologias nas aulas de
educação física.

Gráfico 3- Tecnologias nas aulas de Educação Física

Fonte: Dados do autor

Gráfico 5 Uso de recursos multimídias pelos docentes

Fonte: Dados do autor

Porém as TICs são apenas um importante recurso de aprendizagem, para tornar a


aula de Educação Física, mas dinâmica e proveitosa. É importante frisar que, antes de
tudo, é preciso ter claro os objetivos da inserção das TICs e qual a contribuição destas
para a aprendizagem dos conteúdos escolares.
Foi apontada ainda, a utilização de aulas com recursos audiovisuais (notebook,
Datashow, slides, músicas, etc.), podendo exibir aos alunos vídeos sobre as modalidades
esportivas e seus fundamentos, utilizar músicas para atividades de danças e brincadeiras,
e exibição de conteúdos com recursos para facilitar uma melhor assimilação pelos alunos.
39

É preciso considerar também que muitos professores ainda podem apresentar uma
visão reducionista da Educação Física levantada na discussão de Bianchi, Pires e Vanzin
(2008, p. 68), pelo fato de considerarem que “o lugar da disciplina seria a quadra ou o
campo de futebol da escola e seus conteúdos envolveriam movimentos físicos ou
práticas”, resistindo, assim, a buscarem formação para a implementação dos recursos
tecnológicos em suas aulas.
O que pode se perceber é a necessidade de um olhar mais aprofundado na
formação dos acadêmicos de Educação Física e também de apoio e incentivo a estes
docentes através de cursos ou aperfeiçoamentos para qualificar-se acerca das
tecnologias na educação, principalmente voltada para sua área de formação pedagógica,
a disciplina de Educação Física.

10 CONCLUSÃO

O uso de tecnologias nas aulas de Educação Física é um importante recurso que


pode ser utilizado pelo professor em suas ações pedagógicas, despertando no aluno um
aprendizado ativo e criativo no desenvolvimento de seus conhecimentos.
As tecnologias surgem possibilitando novas formas de aprendizado e construção
de conhecimentos. Em princípio, quando bem utilizadas e orientadas, as vantagens são
identificadas com as novas possibilidades que enriquecem o aprendizado e a prática
pedagógica.
Ao realizar os estudos para a revisão de literatura, no aporte teórico deste trabalho,
identifica- se da construção histórica da Educação Física a presença das civilizações que
contribuíram com a evolução da disciplina (CÉU, 2012).
A partir da construção deste trabalho, que tal perspectiva vincula-se em parte por
duas questões: pela própria identidade culturalmente construída que remete a prática das
vivências que englobam a motricidade corporal humana nas aulas de Educação Física
Escolar em um ambiente “exclusivo”, ou seja, na quadra de esportes da escola; e a
tendência de uma visão socialmente concebida que vinculam jogos eletrônicos ao
sedentarismo.
Para a efetivação concreta destes princípios que regem a disciplina de Educação
Física, se torna essencial o planejamento das aulas, avaliações dos conteúdos teóricos e
40

práticos, para assim garantir a formação deste aluno que posteriormente será um
cidadão.
A tecnologia não é só uma estratégia didática, mas também um fim, que pode e
deve ser desenvolvido transversalmente por todas as disciplinas, inclusive a Educação
Física.
O educador deve propiciar o desenvolvimento da autonomia do aluno na busca de
informações significativas para compreender o mundo e atuar no desenvolvimento crítico
verdadeiramente como cidadão democrático e participativo.
Proporcionar esta integração entre as TDICs e o currículo é trazer a formação do
ser humano dialógico, questionador, reflexivo e crítico, que pode transformar a si e ao
mundo.
A sociedade passa por um período de transição, em que adultos vivenciam a
chegada das tecnologias e as crianças já nascem inseridas no mundo virtual e digital.
Dessa maneira, se cria possibilidades para o aluno vivenciar e experimentar o
processo de ensino e aprendizagem, fazendo com que o mesmo se aproprie das ações e
ultrapasse o ambiente escolar.
Partindo deste foco, viu-se que a desmotivação dos alunos está relacionada à falta
de estratégias e conteúdo que façam relação com o seu cotidiano.
Constatou-se que a diversidade de conteúdos estratégias metodológicas facilitou e
ressignificou as práticas pedagógicas existentes, promovendo mais interesse e
participação por parte dos envolvidos no processo ensino e aprendizagem.
No entanto é preocupante a situação de professores que não estão preparados
para lidar com as tecnologias digitais, mas percebe-se que todos sabem da importância
das TICs no processo ensino e aprendizagem.
Quanto ao objetivo deste trabalho, entende-se que os objetivos foram
respondidos ao longo o trabalho e que a relação entre o ensino e a aprendizagem versus
tecnologia digital está presente no processo de ensino, e as mudanças estão
acontecendo, e, ao utilizar as ferramentas tecnológicas durante as aulas, os alunos se
sentem mais interessados e motivados, pois quando os professores levam para a sala de
aulas uma nova forma de ensinar os alunos demonstram maior interesse em aprender
dentro de um contexto interessante e motivador.
Com a busca pela integração das TDICs aos planejamentos, evidenciou-se uma
integração entre os discentes da área, planejando conteúdos que enfatizaram o esporte
como objeto de conhecimento.
41

Para que este processo se efetive, faz-se necessário a atuação do professor como
mediador das aulas, proporcionando caminhos motivadores e prazerosos para que os
alunos se relacionem com a cultura de movimento.
Somente com um professor consciente da necessidade de atualizar-se
constantemente e de repensar suas práticas com base nos resultados obtidos e nas
diferentes possibilidades de lecionamento poderá atingir os objetivos propostos neste
trabalho.
O governo deve propiciar aos educadores cursos de capacitação nas tecnologias
educacionais, facilitando a inclusão e permanência dos professores no contexto e no
mundo das novas tecnologias, transformando-os para que possam transformar.
Este texto é apenas uma reflexão sobre um tema que está longe de se esgotar:
reflexões de um processo de experiências e pesquisas no cotidiano das aulas de
Educação Física com o auxílio das novas tecnologias.
Muitos problemas encontrados pelos professores continuam os mesmos, e outros
surgem junto às transformações sociais. Hoje, vivemos na sociedade da informação,
digital e tecnológica. Grande parte dos cidadãos é adepta de aparelhos tecnológicos
diariamente.
A sociedade passa por um período de transição, em que adultos vivenciam a
chegada das tecnologias e as crianças já nascem inseridas no mundo virtual e digital.
Esse período de transição é passageiro, mas traz dificuldades características dessa
época, desse fenômeno. Professores que estão aprendendo a utilizar tecnologias se
deparam com alunos que vivem a tecnologia desde cedo. Cabe não só ao professor
buscar capacitação e atualização profissional como também às instituições de ensino dar
apoio e incentivo aos professores.
Esta visão de espetáculo produzida pelas TICs quanto ao esporte, produzem certa
desconfiança em seu próprio uso nas aulas de educação física, pois o que se tem
possibilidade de acesso a todos são imagens, enfoques, situações retratadas nestes
meios que não condizem com a realidade da maioria da população, por isso têm-se uma
visão limitada quanto ao esporte se nos detivermos a utilizar apenas o que é destaque na
mídia atualmente.
Em síntese, é possível concluir que as mídias colocam um problema pedagógico
para a Educação Física escolar, pois se as informações e imagens provenientes das
mídias são constituintes e constituidoras da cultura corporal de movimento, devem
42

também ser objeto e meio de educação, visando preparar alunos para estabelecerem
uma relação crítica e criativa com os discursos difundidos por esses meios.
Ensino com tecnologia deve ser sinônimo de ensino para reflexão e pensamento
crítico, aliado ao suprimento das necessidades reais dos educandos.

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