Plano de Aula Tema1 Redes Industriais
Plano de Aula Tema1 Redes Industriais
Plano de Aula Tema1 Redes Industriais
1 – PRÉ-REQUISITOS
Sensores e Instrumentação Industrial;
2 – OBJETIVOS
Permitir, aos alunos, aprendizagem dos conceitos e conhecimentos de redes e
protocolos industriais Hart, Profibus, Foundation Fieldbus.
4 – AVALIAÇÃO
Prova dissertativa;
Seminário individual.
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, P.U.B.; ALEXANDRIA, A.R. Redes Industriais: aplicações
em sistemas digitais de controle distribuído. São Paulo: Ensino Profissional,
2009;
Site: GUEDES, L.A. Classificação das redes para automação industrial.
2005. Disponível em: <
http://www.dca.ufrn.br/~affonso/DCA0447/aulas/rai_cap3_part1.pdf >;
Site: Topologia de Rede. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Topologia_de_rede>.
NOGUEIRA, THIAGO AUGUSTO. Redes de Comunicação para Sistemas de
Automação Industrial. UFOP, Ouro Preto, 2009.
Conceitos Básicos
Quando João precisasse utilizar um arquivo que estava no computador de Maria por
exemplo, João deslocava-se até o computador de Maria interrompendo
momentaneamente o seu trabalho, copiava o arquivo em questão, voltava ao seu
computador e utilizava o arquivo que ele copiou para o disquete. Se João quisesse
imprimir o arquivo em que estivesse trabalhando, mas se a impressora estivesse ligada
no computador de Pedro, ele deveria salvar o arquivo em um disquete no seu
computador, ir até o computador de Pedro (novamente interromper momentaneamente
o trabalho de Pedro), abrir o referido arquivo e imprimi-lo. Se Maria quisesse imprimir,
deveria esperar João acabar de usar a impressora de Pedro. Não é difícil observar
quanto tempo se perde e como a produtividade é impactada com operações tão
simples.
Uma rede de computadores pode ser definido, como um grupo de computadores que
são conectados entre si, de forma a proporcionar o compartilhamento de arquivos e
periféricos de forma simultânea e que utilizam um meio de transmissão comum. Na sua
forma mais elementar a rede pode ser composta de no mínimo 2 computadores,
conforme ilustrado na figura.
O uso de redes traz uma economia na aquisição de hardware. No caso descrito acima,
se João, Maria e Pedro precisassem imprimir seus documentos sem estarem ligados
em rede, seria necessário a aquisição de 3 impressoras. Mas somente 1 impressora
será necessária se eles estiverem em uma rede.
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Redes Industriais
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Topologias de Redes
Topologia física
Topologia lógica
A topologia lógica refere-se à maneira como os sinais agem sobre os meios de rede, ou
a maneira como os dados são transmitidos através da rede a partir de um dispositivo
para o outro sem ter em conta a interligação física dos dispositivos. Topologias lógicas
são frequentemente associadas à métodos e protocolos. Topologias lógicas são
capazes de serem reconfiguradas dinamicamente por tipos especiais de equipamentos
como roteadorese switches.
Topologia Barramento
Essa topologia utiliza cabos coaxiais. Para cada barramento existe um único cabo, que
vai de uma ponta a outra. O cabo é seccionado em cada local onde um computador
será inserido Com o seccionamento do cabo formam-se duas pontas e cada uma delas
recebe um conector BNC. No computador é colocado um "Y" conectado à placa que
junta apenas uma ponta. Embora ainda existam algumas instalações de rede que
utilizam esse modelo, é uma tecnologia antiga.
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Na topologia de barramento apenas um dos computadores estão ligados a um cabo
contínuo que é terminado em ambas as extremidades por uma pequena ficha com uma
resistência ligada entre a malha e o fio central do cabo (terminadores). A função dos
“terminadores”, é de adaptarem a linha, isto é, fazerem com que a impedância vista
para interior e para o exterior do cabo seja a mesma, senão constata-se que há
reflexão do sinal e, consequentemente, perda da comunicação.
Topologia Anel
Topologia Estrela
Topologia Árvore
Cuidados adicionais devem ser tomados nas redes em árvores, pois cada ramificação
significa que o sinal deverá se propagar por dois caminhos diferentes. A menos que
estes caminhos estejam perfeitamente casados, os sinais terão velocidades de
propagação diferentes e refletirão os sinais de diferentes maneiras. Em geral, redes em
árvore, vão trabalhar com taxa de transmissão menores do que as redes em barra
comum, por estes motivos.
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Topologia Hibrida
Protocolo HART
O protocolo Hart foi introduzido pela Fisher Rosemount em 1980. Hart é um acrônimo
de “Highway Addressable Remote Transducer”. Em 1990 o protocolo foi aberto à
comunidade e um grupo de usuários foi fundado.
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Este protocolo permite que além do valor da PV outros valores significativos sejam
transmitidos como parâmetros para o instrumento, dados de configuração do
dispositivo, dados de calibração e diagnóstico.
Quando usando uma topologia do tipo Multidrop, a rede HART suporta até 15
instrumentos de campo. Apenas o modo mestre escravo pode ser utilizado. Neste caso
o valor da corrente é mantido no seu nível mínimo de 4 mA e o valor da PV deve ser
lido através de uma mensagem explícita.
Protocolo Profibus
Acrônimo de Process Field Bus, foi concebida a partir de 1987 em uma iniciativa
conjunta de fabricantes, usuários e do governo alemão. A rede está padronizada
através da norma DIN 19245 incorporada na norma europeia Cenelec EN 50170 e
também IEC61158 e IEC61784.
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É um padrão aberto de barramento de campo para uma larga faixa de aplicações em
automação de fabricação e processos. Ele destaca-se por atuar nos diversos níveis do
processo industrial: ambiente de fábrica, processo e gerência. Oferece características
diversas de protocolos de comunicações, tais como:
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Foundation Fieldbus
Foundation Fieldbus (FF) é um padrão aberto que engloba diversas tecnologias
aplicadas no controle de processos e automação industrial, tais como: processamento
distribuído, diagnóstico avançado e redundância. É um sistema heterogêneo
distribuído, composto por softwares de configuração e supervisão, equipamentos de
campo, interfaces de comunicação e supervisão, fontes de alimentação pela própria
rede que os interconecta. Uma das funções dos equipamentos de campo é executar a
aplicação de controle e supervisão do usuário que foi distribuída pela rede. Essa é a
grande diferença entre FF e outras tecnologias como Hart ou Profibus, que dependem
de um controlador central para executar os algoritmos Foundation Fieldbus.
O Foundation Fieldbus mantém muitas das características operacionais do sistema
analógico 4-20 mA, tais como uma interface física padronizada da fiação, os
dispositivos alimentados por um único par de fios e as opções de segurança intrínseca,
mas oferece uma série de benefícios adicionais aos usuários.
Este protocolo, que segue o padrão IEC 61158, apresenta dois tipos de aplicação: H1 e
HSE.
O FF H1 é uma rede de transmissão de dados em tempo real para comunicação com
equipamentos de instrumentação e controle de plantas industriais, tais como
transmissores atuadores e controladores, podendo, inclusive, ser utilizado em
aplicações que requeiram especificações quanto aos requisitos de segurança
intrínseca. Possui taxa de transmissão de 31,25 Kbits/s e interconecta dispositivos de
campo.
A rede FF HSE (High Speed Ethernet) é uma rede de transmissão que trabalha a
100Mbits/s e fornece integração de controladores de alta velocidade (CLPs),
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servidores, subsistemas FF H1 (via dispositivos de acoplamento) e estações de
trabalho.
São características marcantes:
- Segurança intrínseca para uso em áreas perigosas, com alimentação e
comunicação pelo mesmo par de fios;
- Topologia em barramento ou em árvore, com suporte a múltiplos mestres no
barramento de comunicação;
- Comportamento previsível (determinístico), mesmo com redundância em
vários níveis;
- Interfaces padronizadas entre os equipamentos, o que facilita a
interoperabilidade;
- Modelamento de aplicações usando linguagem de blocos funcionais;
- Recomendado o uso de cabos STP desenvolvidos especialmente para o
protocolo.
A figura abaixo mostra da topologia típica de instalação do protocolo Fieldbus
Foundation.
Conclusão
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Existem hoje no mercado, vários protocolos de redes industriais, cada um voltado para
determinadas aplicações e com suas vantagens e desvantagens, por isso antes de
implementar uma rede ou atualizar uma rede existente, é preciso fazer um minucioso
estudo com várias variáveis, como, investimento, objetivo, produto, geografia, entre
outras.
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