Texto 5 - Introdução À Política Económica
Texto 5 - Introdução À Política Económica
Texto 5 - Introdução À Política Económica
ECONOMIA
Licenciatura em Serviço Social
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Conteúdos:
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1. Breves Noções de Política Económica
A escolha dos objectivos é uma decisão política, mas deve fundamentar-se na ciência
económica.
• Escola Intervencionista – considera que o livre funcionamento dos mercados, só por si, não
garante a ausência de desequilíbrios no sistema económico. Por isso, não poderá dispensar-
se a intervenção das autoridades em termos de atuação de Política Económica.
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2. A Perspectiva de Monetaristas e Keynesianos
sobre a Política Económica de Estabilização
✓ Aumentar C; y=c+fbc(i)+x-m
✓ Aumentar G;
aumento do produto=aumento do procura interna ou
✓ Aumentar FBC (I); aumentar a procura externa líquida
✓ Aumentar X e/ou reduzir M
y=aumento do PI ou aumento PXL
Por sua vez, o recurso à política monetária - aumentando a quantidade de moeda em circulação
(oferta de moeda) - permitiria deslocar a LM para a direita.
Este tipo de respostas foi desenvolvido e apoiado por Keynes. Em 1936, na sequência da grande
depressão, J. M. Keynes lança as bases de uma autêntica “revolução” em termos de pensamento
económico com o seu livro “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” onde apresenta
várias e novas propostas. Entre elas:
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monetarista que apela ao regresso a anteriores conceções sobre a economia e sobre o papel do
estado que, após Keynes, se julgavam completamente ultrapassadas.
Para os monetaristas o aumento da oferta de moeda reflete-se sempre no aumento dos preços
uma vez que não tem efeitos reais no volume de produção (ΔY = 0) e a velocidade de circulação
da moeda (V) não se altera (ΔV = 0). Doutra forma, e como já afirmámos no ponto relativo às
causas da inflação, os monetaristas consideram que no longo prazo os preços aumentam
proporcionalmente ao stock de moeda em circulação. O desemprego, sendo considerado
voluntário, está longe do centro das suas preocupações, ocupado, isso sim, pelos níveis de
inflação.
Ainda na linha monetarista, os salários baixos e as políticas de redução dos salários reais são
essenciais para permitir taxas de lucro que estimulem o investimento privado, e esta é a via para
se conseguir um crescimento económico continuado, que aumentará o volume do emprego e,
consequentemente, beneficiará os trabalhadores. O essencial para eliminar os desequilíbrios
económicos é deixar funcionar as leis do mercado, reduzir a intervenção do estado na economia
(nomeadamente como Estado-Providência que, nas palavras de Friedman, é considerado uma
subversão) bem como o poder dos sindicatos, também eles responsáveis pelo desemprego, a
par do Estado-Providência.
Entretanto, a crise de 2008-2009 virá trazer nova roupagem – a deflação. Começa-se então a
falar na “ressurreição de Keynes” já que a sua teoria poderia de novo responder a este problema.
O próprio FMI chegou, então, a recomendar o uso dos instrumentos de política orçamental mais
potentes (leia-se gastos públicos) para afrontar a situação - embora aquando da intervenção da
troika em Portugal, onde a crise se fez sentir mais tarde, as medidas apontadas tivessem um
pendor contracionista.
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