Volume 12
Volume 12
Volume 12
NEUROANATÔMICAS
MORFO-FUNCIONAIS
VOLUME 12
TRONCO ENCEFÁLICO:
VIAS AFERENTES DAS SENSIBILIDADES
SOMÁTICA E VISCERAL GERAIS
COLEÇÃO MONOGRAFIAS
NEUROANATÔMICAS MORFO-FUNCIONAIS
Volume 12
TRONCO ENCEFÁLICO: VIAS AFERENTES DAS SENSIBILIDADES
SOMÁTICA E VISCERAL GERAIS
2017
FOA
FOA
Presidente
Dauro Peixoto Aragão
Vice-Presidente
Eduardo Guimarães Prado
Superintendente Executivo
Jairo Conde Jogaib
Superintendência Geral
José Ivo de Souza
UniFOA
Reitora
Claudia Yamada Utagawa
Pró-reitor Acadêmico
Carlos José Pacheco
Pró-reitor de Extensão
Otávio Barreiros Mithidieri
Editora FOA
Editor Chefe
Laert dos Santos Andrade
FICHA CATALOGRÁFICA
Bibliotecária: Alice Tacão Wagner - CRB 7/RJ 4316
ISBN: 978-85-5964-052-6
CDD – 611
Profº. Édisom de Souza Moreira
Professor Titular da Disciplina de Neuroanatomia Funcional do Centro Universitário de Volta Redonda
(UniFOA), da Fundação Oswaldo Aranha (FOA), Curso de Medicina.
Doutor em Cirurgia Geral pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais de Belo
Horizonte (U.F.M.G.).
Colaboradores:
Dra. Sônia Cardoso Moreira Garcia.
Dr. Bruno Moreira Garcia: Assessoria Computacional Gráfica
SUMÁRIO
PÁG.
Vias Aferentes da Sensibilidade Somática Geral ................................................................. 01
Vias Aferentes da sensibilidade visceral geral ..................................................................... 03
Classificação dos Neurorreceptores de Sherrington .................................................... 01 e 03
Neurorreceptores exteroceptivos...........................................................................................01
Neurorreceptores proprioceptivos ...................................................................................... . 03
Vias aferentes da sensibilidade visceral geral .................................................................... . 03
Neurorreceptores visceroceptivos ( interoceptivos ) .......................................................... . 03
Vis aferenciais periféricas ascendentes somatossensíveis .................................................... 03
Vias ascendentes medulares ................................................................................................. 06
Sistema cordão dorsal Lemnisco-medial .............................................................................. 06
Vias Alternativas do Cordão dorsal Lemnisco medial ......................................................... 11
Sistema Polissináptico ascendente da coluna dorsal ............................................................ 11
Vias alternativas para o fascículo grácil ............................................................................... 11
Via alternativa para o fascículo cuneiforme ......................................................................... 15
Trato espinocervicotalàmico dorsolateral ............................................................................. 17
Sistema Ântero-lateral .......................................................................................................... 17
Trato Espinotalâmico............................................................................................................ 17
Trato Espinorreticular ........................................................................................................... 21
Área reticular lateral da formação reticular .......................................................................... 22
Área reticular medial da formação reticular ......................................................................... 22
Trato Espinotectal ( espinomesencefálico ........................................................................... 29
Tratos ou vias Espinocerebelares ......................................................................................... 30
Trato espinocerebelar ventral ( cruzado .............................................................................. 30
Trato espinocerebelar direto ( dorsal ................................................................................... 33
Trato espinocerebelar rostral ................................................................................................ 34
Trato cuneocerebelar ............................................................................................................ 34
Vias descendentes do tronco encefálico de supressão da dor ............................................... 36
Sensações transmitidas pelo sistema Cordão dorsal- Lemnisco medial ............................... 35
Sensações transmitidas pelo sistema Antero-lateral ............................................................. 35
Formação Reticular e modulação de sinais nociceptivos ..................................................... 37
Via Analgésica serotoninérgica peptidérgica opióide .......................................................... 36
Via descendente analgésica adrenérgica............................................................................... 40
Nervos cranianos, cujos componentes aferentes somáticos gerais participam do
Sistema somático geral ......................................................................................................... 40
Vias Aferentes da sensibilidade Visceral Geral ................................................................... 47
Áreas corticais da sensibilidade somática primária ( S-1 e S-II ) ....................................... 59
ÍNDICE ICONOGRÁFICO
PÁG.
Esquema do Reflexo Miotático ( Alça Gama ...................................................................... 02
Sistema Cordão dorsal – Lemnisco Medial .......................................................................... 04
Origens dos Núcleos: Grácil, Cuneiforme e Cuneiforme Lateral .............................. 05 e 31
Fascículo Cuneocerebelar ..................................................................................................... 05
Tálamo:Conexões Aferentes e Eferentes .............................................................................. 07
Classificação de Brodmann na Superfície Lateral do Hemisfério cerebral .......................... 08
Sulco Central e as áreas: 3a, 3b, 1 e 2 .............................................................................. 08
Sistema Ascendente Polissináptico da Coluna dorsal da medula ......................................... 12
Lâminas de Rexed e principais núcleos da medula espinhal ................................................ 13
Via Alternativa para o Fascículo Grácil ............................................................................... 14
Via Alternativa para o Fascículo Cuneiforme ...................................................................... 16
Sistema Antero-lateral .......................................................................................................... 18
Sistema Cordão dorsal – Lemnisco Medial .......................................................................... 18
Somatotopia dos Sistemas Ascendentes da Medula espinhal ............................................... 19
Formação Reticular : Áreas Lateral e Medial e Conexões ................................................... 22
Vias Visuais e suas principais conexões............................................................................... 25
Trato Tectoespinhal Cruzado................................................................................................ 25
Fascículo Espinotectal Cruzado............................................................................................ 25
Colículo Superior e suas principais Conexões ..................................................................... 26
Reflexo de Piscar .................................................................................................................. 27
Vias Espinocerebelares: Direta e Cruzada............................................................................ 31
Via Descendente Analgésica Serotoninérgica Peptidérgica Opióide ................................... 38
Núcleos próprios do tronco encefálico ................................................................................. 32
Sistema Modulador Cortical Extratalâmico Serotoninérgico e núcleos da rafe ................... 39
Via Descendente Analgésica Adrenérgica ........................................................................... 41
Sistema Modulador Cortical Extratalâmico Noradrenérgico ............................................... 42
Origem Real do Nervo Trigêmeo ( Vº nervo craniano ........................................................ 43
Inervação da área de Hansay Hunt ....................................................................................... 44
Origens dos Nervoa: Vº,VII], IXº e Xº, suas conexões e distribuições .............................. 45
Reflexo Vasomotor e Variações da Pressão Arterial............................................................ 48
Mecanismo Morfo-Funcional do Reflexo Vasomotor e Tronco encefálico ......................... 50
Reflexos Respiratório e do Vômito e seus mecanismos morfo-funcionais .......................... 51
Reflexo Respiratório ............................................................................................................. 53
Origens dos nervos: Vº, VIº, VIIº, IXº, Xº, XIº e 12, suas conexões, distribuição do
Nervo facial e Vascularização do Tronco Encefálico .......................................................... 57
Fascículo Longitudinal Medial. Área e Vias Vestibulares ................................................... 58
Áreas Corticais Motoras na Superfície Lateral do Hemisfério Cerebral .............................. 60
Estruturas e conexões que regulam o funcionamento dos eventos motores ......................... 61
Trato Hipotálamo-espinhal ................................................................................................... 62
Complexo Amigdalóide e suas conexões ............................................................................. 64
Sistematização da Substância Cinzenta da medula espinhal ................................................ 65
Desenho esquemático dos Tratos Reticuloespinhal Medial e Lateral ................................. 67
APRESENTAÇÃO
2016
O Autor.
VIAS AFERENTES DAS SENSIBILIDADES:
SOMÁTICA E VISCERAL GERAIS
Neurorreceptores exteroceptivos:
2
Esquema do Reflexo Miotático ( Alça Gama )
1. Putame
2. Globo pálido lateral
3. Globo pálido medial
4. Córtex
5. Núcleo caudado
6. Tálamo
7. Hipotálamo
8. Núcleo rubro ( vermelho )
9. Núcleo sub-talâmico
10. Formação reticular
11. Substância negra
12. Sist. motores supraespinhais
13. Cavidade do IIIº ventrículo
14. Campos de Forel
cortico-estrio-rubro-espinhal
Neurônio Aferente
Terminação
Região polar Anulo-espiral
Intra-fusal
FIG. 01
3
Neurorreceptores Proprioceptivos:
4
Sistema Cordão Dorsal - Lemnisco Medial
Córtex sensitivo
somático primário :S-I
Tálamo
Núcleo grácil
Núcleo cuneiforme lateral
Núcleo cuneiforme
Núcleo gelatinoso (Vº Par)
Medula espinhal
FIG. 02
5
Tronco Encefálico, em visão dorsal, mostrando alguns de seus Núcleos
Próprios: Paleorrúbro, Neorrúbro, Interpedunculares, Pontinos, Complexo
Olivar Bulbar Inferior, Grácil, Cuneiforme e Núcleo Cuneiforme Lateral.
Neorrúbro
Paleorrúbro
Núcleos
Interpedunculares
Núcleos pontinos
FIG. 03
Núcleo grácil
Lemnisco medial
Fascículo cuneo-cerebelar
Núcleo cuneiforme
Núcleo do XIIº
lateral
Nervo craniano
Núcleo branquimotor Núcleo espinhal
XIº nervo craniano do N.trigêmeo ( Vº )
Fibras arciformes
6
1º) - Vias Ascendentes da Medula Espinhal :
7
Tálamo Funções
Núcleos, conexões aferentes e eferentes
• Motricidade
• Comportamento
Córtex do lobo frontal • Emocional
Área pré frontal • Funções viscerais
• Ativação cortical
• Sensibilidade geral
• Sensibilidade especial
Sistema
Núcleo límbico
Interposto no circuito
cíngulo amigdalino
Corpo
mamila
G.P.I F.M.T
S.N. Núcleos do
Córtex motor, giro pré-central,
Grupo hipotálamo
sistema - supra -espinhal.
nuclear
anterior
Fibras do Núcelo
paleo e
neocerebelo ventral
Núcleo dorso medial
F.G.C
Córtex Via Via
parietal óptica auditiva
temporal e Giro
occiptal Temporal
Transvers
8
o anterior FIG.05
Citoarquitetura de
Brodmann: Visão da
Superficie lateral do
hemisfério cerebral.
FIG. 06
FIG. 07
9
A partir, destes núcleos bulbares ( grácil e cuneiforme ), os neurônios
secundários, se organizam e encaminham seus axônios, inicialmente, em direção dorso-
ventral, em um trajeto, arqueado interno ( fibras arqueadas internas, figs.: 2 e 4).
Cruzam, em direção ao lado oposto, com destino ao hemi-bulbo contralateral, no qual,
tomam direção ascendente, no tronco encefálico, ocasião em que, constituem o
“lemnisco medial”. Este, cujos axônios, em sua ascensão, alcançam o tálamo
diencefálico ( fig.: 2 ) , no “núcleo ventral póstero-lateral,” estabelecendo sinapses,
com os neurônios terciários, cujos axônios, em direção ascendente e homolateral ao
tálamo, encaminham-se, através da cápsula interna do centro branco medular até seu
destino final, localizado no córtex somatossensorial primário, em sua camada IV (
camada granular interna ), ou seja: nas áreas corticais somáticas sensoriais primários
3b e 1 de Brodmann do giro pós-central do lobo parietal ( fig.: 2, 4, 6, 7, 8, 10, 11, 13 ).
Em eventuais lesões destas áreas, constataremos, ao realizarmos o exame
neuroclínico do paciente, em geral, modificações do tato epicrítico e da propriocepção
epicrítica, inclusive da percepção vibratória. As tres modalidades de sensibilidade,
citadas acima, são conduzidas pelo Sistema cordão dorsal-lemnisco medial, através de
seus dois fascículos iniciais medulares dorsais ( Grácil e Cuneato ou Cuneiforme ), de
situação anatômica, no funículo dorsal da medula espinhal, mais tarde, associados,
longitudinalmente, ao lemnisco medial, no tronco encefálico. Completa-se, assim, a
grande via ascendente “Cordão dorsal-Lemnisco Medial” ( fig.: 2 , 13 e 5l ).
Antes do advento de medicamentos específicos, utilizados no tratamento da
sífilis, era comum, o encontro de pacientes, portadores de sífilis crônica. Esta patologia
infecciosa crônica, conhecida por tabes dorsalis, é determinada, pela lesão dos núcleos,
que constituem o cordão dorsal-lemnisco medial e se caracteriza, pela destruição
sifilítica, dos neurônios ganglionares dorsais medulares, com o conseqüente,
desaparecimento da camada de mielina, o que levaria à perda das sensibilidades: tátil
epícrítica, de estereognosia e proprioceptiva epicrítica posicional. Atualmente, tais
casos, são raridade, estando a etiologia de tais lesões, mais ligada a traumatismos,
envolvendo o núcleo ventral póstero-lateral do tálamo.
Nesta grande Via ascendente, com sua origem, nos gânglios dorsais da medula
espinhal , o fascículo grácil e sua condição de “condutor de estímulos táteis epicríticos ,
de propriocepção” ( posicionais ), de vibração e estereognosia, relaciona-se às
informações sensoriais, oriundas dos membros inferiores ( a partir das regiões das
plantas dos pés ) e do tronco inferior ( abaixo de T6 ), enquanto, as mesmas
informações, relacionadas aos: membros superiores, pescoço, região occipital e do
tronco rostral ( acima de T6 ), relacionam-se ao “Fascículo Cuneato”. Todavia, no
funículo dorsal da medula, a localização, do fascículo grácil, por ser o primeiro a se
formar, é medial, sendo, neste caso, reservado ao fascículo cuneato, localização lateral
ao fascículo grácil ( figs;: 2, 13 e 51 )
As aferências sensitivas do cordão dorsal, obedecem sempre, a uma mesma
somatotopia, ou seja, as partes adjacentes do corpo, são representadas, em locais
adjacentes do sistema nervoso central, com o objetivo de preservar as relações
anatômicas de vizinhanças periféricas, por idêntico comportamento de relação de
vizinhança no sistema.
Os neurônios secundários desta Via, situam-se nos núcleos: grácil e cuneiforme
ou cuneato, dos tubérculos: grácil e cuneiforme do bulbo proximal ( medula oblonga ).
10
A posição do núcleo grácil, é mais medial, em relação ao plano sagital mediano
da medula oblonga, junto ao septo mediano posterior, da medula e o núcleo
cuneiforme, em posição lateral, em relação ao primeiro citado ( figs.: 2, 3, 4 e 13 ).
O “Sistema cordão dorsal-lemnisco medial”, responsável pela condução das
Sensibilidades: tátil epicrítica ( estereognosica ) e proprioceptiva consciente, é
responsável, também, pela identificação e localização, de um “toque”, na pele de
qualquer região ( tato epicrítico e estereognósico ).
11
Sistema Ascendente Polissináptico da Coluna Dorsal
Córtex Sensorial
Primário
Núcleo ventral
póstero-lateral do Lemnisco medial
tálamo
Núcleo grácil
Núcleo cuneiforme lateral
Núcleo cuneiforme
Neurônios secundários
da lâmina “IV” de Rexed
Bulbo: terço distal
Trato dorso-lateral
Cordão dorsal da
medula
Medula espinhal
FIG. 08
12
Lâminas de REXED
e
Principais Grupos Nucleares
LÂM. VI
LÂM. VII
LÂM. VIII
Colunas Motoras Laterais
LÂM. IX
FIG.09
13
Via Alternativa para o Fascículo Grácil
( Em relação aos membros inferiores e seus fusos musculares )
Núcleo ventral
Córtex sensorial posterosuperior do tálamo
primário
Tronco encefálico:
mesencéfalo, ponte e
terço proximal do bulbo Núcleo “Z”
Nùcleo grácil
Núcleo cuneiforme
Bulbo terço distal
Núcleo cuneiforme
Cordão dorsal da medula lateral
Neurônios secundários
da lâmina VII de Rexed
Medula espinhal
FIG. 10
14
lâmina de Rexed VII, da coluna sensorial da medula espinhal ( fig.: 9 ), na qual,
estabelecem sinapses, com os neurônios secundários da referida Via ( fig.: 10 ).
Os neurônios secundários, originados, a partir desta lâmina de Rexed, através de
seus axônios, ascendem, no fascículo grácil do funículo ou cordão dorsal da medula
espinhal, até atingir as proximidades do núcleo grácil homolateral, no terço inferior do
bulbo ( medula oblonga ). Nesta ocasião, abandonam o fascículo grácil, para se
dirigirem, a discreto grupamento de pequenos núcleos, localizados, pouco acima do
núcleo grácil, conhecido, coletivamente, por “Núcleo Z” ( fig.: 10 ).
A partir deste núcleo “Z”, os axônios, que daí emergem, em direção ascendente e
contralateral, associam-se às fibras do “Lemnisco Medial”e prosseguem, até o tálamo,
no qual, terminam, em novas sinapses, no núcleo ventral póstero-superior do tálamo.
A propósito, o núcleo ventral póstero-superior do tálamo, um dos componentes do
“Complexo Ventro-basal do Tálamo”, apenas recebe aferências sensoriais, oriundas
de proprioceptores fusos musculares e receptores articulares e outros receptores,
localizados, em tecidos profundos dos membros. Deste núcleo talãmico. os estímulos
são conduzidos às áreas somatossensoriais primárias: 3a e 2 do córtex
somatossensorial primário ( figs.: 6 e 7 ).
Este núcleo, também, apresenta somatotopia, bem organizada, com seu padrão de
representação do corpo, paralelo à somatotopia do núcleo ventral posterior- superior,
do tálamo. Assim, os movimentos dos membros ( realizados: ativa ou passivamente ),
comprimem os receptores fusos musculares e distendem ou contraem, tendões
musculares e órgãos tendíneos de Golgi. Geram, portanto, estímulos proprioceptivos,
que são levados ao núcleo ventral póstero-superior do tálamo, que, entretanto, jamais
responde a estímulos táteis.
O complexo Ventro-basal do tálamo, é formado pelos núcleos: ventral póstero-
lateral, ventral póstero-medial, ventral póstero-supeior e ventral póstero-inferior.
15
Via Alternativa para o Fascículo Cuneiforme
Em relação aos membros superiores e seus fusos musculares
Córtex sensorial
Núcleo ventral primário
posterosuperior do tálamo
Tronco encefálico:
Mesencéfalo, ponte e
terço proximal do bulbo
Núcleo grácil
Núcleo “Z”
Núcleo cuneiforme
Bulbo terço distal
Núcleo cuneiforme
Neurônios secundários da lateral
lâmina VII de Rexed
Fascículo posterior da
medula espinhal
Oriundo dos fusos
musculares
Funículo posterior da
medula espinhal
Medula espinhal
FIG.11
16
4ª ) – TRATO ESPINO-CERVICO-TALÂMICO ( DORSO-LATERAL )
Trata-se de fascículo ou trato, ainda pouco conhecido, nos seres humanos. Seu
estudo, mais significativo, foi realizado em gatos, e foi constatado, constituir uma via
especializada, na condução, de sinais de rápidas adaptações, oriundos,
perifericamente, dos corpúsculos de Meissner e terminações peritriqueais.
Os corpúsculos de Meissner são sensíveis ao tato protopático ( grosseiro ), sendo
necessária a deformação das papilas dérmicas ( localização destes corpúsculos ), para
que haja, a percepção do tato. Este tato é conduzido, pelas fibras ventrais do trato
espino-talâmico do sistema antero-lateral da medula espinhal, em discreto percentual.
Neste trato espino-cervico-talâmico, as fibras aferenciais sensoriais primárias
dos gânglios das raízes dorsais da medula espinhal, penetram na coluna dorsal
sensitiva da medula e prosseguem até a lâmina IV de Rexed, na qual, estabelecem
sinapses, com novos neurônios. Os axônios destes neurônios ascendem, pelo trato
dorso-lateral ou espino-cervico-talâmico homolateral, da medula e terminam no núcleo
cervical lateral, localizado no funículo lateral, em posição ventro-lateral, na ponta
sensorial da medula, nos níveis de C1 e C2.
Destes níveis sinápticos, os axônios se dirigem às fibras do lemnisco medial, de
origem contralateral e prosseguem, até o tálamo ventro-basal.
17
Sistema Cordão Dorsal-
Sistema Ântero-Lateral Sistema: Cordão
Lemnisco Dorsal-
Medial.
Sistema Ântero-lateral Lemnisco medial
Tálamo
N.V.P.L
Mesencéfalo
Lemnisco
Medial Ponte
Bulbo
Medula Esinhal
FIG.12 FIG.13
18
Lâminas transversais das vesículas do tronco encefálico mostrando a somatotopia dos
sistemas:
“Cordão dorsal-lemnisco medial e ântero-lateral.”
FIG.17
FIG.:17 FIG.18
FIG.16
FIG.15
FIG.14
19
SOMATOTOPIA DOS SISTEMAS ASCENDENTES DA
MEDULA: ÂNTERO-LATERAL E CORDÃO DORSAL
LEMNISCO MEDIAL.
A MEDULA CERVICAL
-
B BULBO INFERIOR
-
C BULBO SUPERIOR
-
N1VEIS DE SECÇÕES.
S.A.L. SISTEMA ÂNTERO-LATERAL
-
20
talâmico lateral ), dos mesmos autores citados, fibras estas, responsáveis pela condução
dos estímulos nóxicos e térmicos ( quente e frio ) e que ascende, no referido funículo
lateral, constituindo o conjunto destas fibras ascendentes ventrais e laterais o “ Trato
espino-talâmico”, Este, conduzirá o conjunto de seus axônios ao núcleo ventral
póstero-lateral do tálamo. Este “Trato espino-talâmico”, portanto, em companhia de
outros dois tratos “ Espinorreticular e Espinotectal” e dos “Tratos espino-cerebelares
Inconscientes” constituirão, o “Sistema Ântero-lateral”. ( figs.: 12 e 23 ).
Observa-se, portanto, que o “Sistema Ântero-lateral” distribui-se nos funículos
ventral e lateral da medula espinhal e constitui Vias ascendentes, que estabelecem
sinapses, nos “ Núcleos reticulares do bulbo e da ponte, nos núcleos mesencefálicos e
no núcleo ventral dorso-lateral do tálamo. Constituem, assim, respectivamente, os tratos
espinorreticular, espinomesencefálico e espino-talâmicos ( ventral e lateral ).
Conclui-se, portanto, que o “Trato espino-talâmico,” à medida que ascende
através da, medula espinhal do tronco encefálico e diencéfalo, vem acompanhado de
fibras, das quais, algumas são reservadas, às sinapses nos núcleos da formação reticular
do bulbo e da ponte, constituindo, o trato espinorreticular, enquanto, outras fibras,
também, com as mesmas origens ganglionares sensoriais espinhais, que se dirigem ao
colículo superior ( núcleo do técto ), constituindo, o trato espinotectal cruzado ou trato
espinomesencefálico e, finalmente, as últimas e derradeiras fibras axônicas ascendentes,
vão ao encontro, no diencéfalo, do núcleo ventral póstero-lateral do tálamo,
constituindo o trato espino-talâmico. ( Figs. 14, 15, 16, 17 e 18 ).
Como vimos, neste “Sistema Antero-lateral”, também, tomam parte, dois outros
tratos ascendentes:”Trato Espinorreticular” e “Trato Espinomesencefálico”, além dos
tratos espino-cerebelares inconscientes, a serem, também, estudados.
21
FORMAÇÃO RETICULAR
NÚCLEOS DA BASE,
SUBSTÂNCIA NEGRA E IMPULSOS DIENCÉFALO:
NÚCLEO VERMELHO RETINIANOS TÁLAMO E HIPOTÁLAMO
( RUBRO )
LATERAL
COLÍCULOS IMPULSOS
VIAS AUDITIVAS SUPERIORES OLFATÓRIOS
VIAS VESTIBULARES
CEREBELO
NÚCLEO PARABRAQUIAL.
MEDIAL, LATERAL, NÚCLEO ESPINHAL DO
LEMNISCO
CARDIO-
TRIGÊMEO E DOS NÚCLEOS DO TRATO
MESENCEFÁLICO
NÚCLEOS RETICULARES : MESENCEFÁLICO,
ÁREA RETICULAR LATERAL ( SENSORIAL ):
ESPINHAL
PONTINO ORAL, PONTINO CAUDAL,
DA FORMAÇÃO RETICULAR.
NÚCLEO PONTINO
ORAL
NÚCLEO
E
ESPINHAL
DO
GUSTATIVO
NERVO
TRIGÊMEO
NÚCLEO PONTINO
CAUDAL
NÚCLEO
PARA-
RESPIRATÓRIO.
BRAQUIAL NÚCLEO
CONDUZIDOS
MAGNOCELULAR
SOLITÁRIO:
NÚCLEO DO
TRATO NÚCLEO RETICULAR
SOLITÁRIO VENTRAL
FIBRAS ESPINORRETICULARES
FIG.: 19
22
núcleos da formação reticular do tronco encefálico e os núcleos intralaminares
talâmicos ( fig.: 5 ), são importantes, na manutenção do estado de alerta “Sistema
Reticular Ativador Ascendente” ( S.R.A.A. ) sobre o córtex cerebral no mecanismo
morfo-funcional do estado “Sono / Vigília”. ( fig. 19 ).
Portanto, este conjunto de fibras dos tratos: espino-talâmico, espino-reticular e
espino-tectal cruzado, ao atingirem, no tronco encefálico, os níveis de localização dos
núcleos da formação reticular, não apenas, encaminham, significativo número de fibras,
ao encontro de tais núcleos reticulares, como também, enviam longos axônios, em
direção ao tálamo ventral ( núcleo ventral posterolateral ), constituindo o trato “espino-
rreticulo-talâmico”.
Algumas fibras destes núcleos, todavia, dirigir-se-ão ao colículo superior
mesencefálico, constituindo o trato espinotectal cruzado ( fig.: 20 ).
Algumas destas fibras, que se dirigem aos núcleos reticulares, estabelecem
sinapses, com novos neurônios, cujos axônios, retornam, num mecanismo de “feed
back”, em direção à medula espinhal, estabelecendo novas sinapses, no nível da medula
espinhal, seja, através de interneurônios ou, diretamente, nos próprios motoneurônios
das pontas motoras medulares espinhais.
Conforme pode ser visto, nas figs. 19 e 52, este sistema da formação reticular do
tronco encefálico, é formado por núcleos, que constituem duas áreas: área reticular
lateral e área reticular medial ( fig.: 19 ).
A “área reticular lateral”, conhecida, também, como “zona sensorial” de
“associação” da formação reticular, é a área receptora, da maior parte dos sistemas
sensoriais, formada por nucleoso parvocelulares, localizados, no bulbo e na ponte.
Assim, recebe aferências: das vias auditivas centrais, das vias vestibulares, do lemnisco
espinhal ( formado, pelo conjunto das fibras formadoras dos antigos tratos:
espinotalâmico ventral e lateral ), fibras do núcleo espinhal do nervo trigêmeo e das
fibras dos núcleos do trato solitário ( núcleo gustativo e núcleo cardio-respiratório ).
Observamos, portanto, que, pelos esquemas apresentados às figs. 19 e 52, a formação
reticular, recebe aferências sensoriais, de todos os sistemas sensoriais, porém, não
recebe aferências do funículo dorsal da medular espinhal, responsável, pela
condução, da propriocepção epicrítica ( posição ), tato epicrítico, sensações de
pressão e de vibração .
Os receptores para dor , temperatura, pressão e impulsos viscerais, enviam seus
respectivos estímulos, às citadas vias ascendentes, as quais, por sua vez, transferem estes
impulsos somáticos sensoriais e viscerais, através dos axônios dos neurônios de seus
núcleos, à área reticular medial ( motora ). Finalmente, as projeções aos centros
superiores se completam, com os axônios ascendentes, da zona reticular medial. ( fig.:
19).
A “área reticular medial”, é formada, por inúmeros núcleos, dos quais se
destacam e são mais conhecidos, os núcleos: reticular ventral bulbar, magno-celular
ou giganto celular, bulbar, núcleos pontinos rostral e caudal e núcleo reticular
mesencefálico. Esta “área reticular medial”, esta relacionada às funções motoras (
figs.: 19 e 52 ).
Através de, seus núcleos bulbares ( núcleo reticular lateral e para-mediano ),
mantém conexões, com o cerebelo ( fig.: 19 ), funcionando o núcleo reticular lateral,
também, como receptor de aferências do núcleo rubro ( vermelho ) que, por sua vez, é
23
receptor de fibras espinorreticulares e de fibras colaterais do lemnisco espinhal,
enquanto, o núcleo paramediano, mantém conexões com o cerebelo, nos dois sentidos.
Este sistema reticular, não desempenha uma função específica ( única ). Não se
trata, de transmitir impulsos: sensoriais gerais ou específicos, impulsos motores ou
vegetativos. Na realidade, ele recebe impulsos sensoriais, os mais diversos, associa-os,
operacionaliza-os, e os transforma, em uma informação final genérica, difusa e
inespecífica, dirigida, em última análise, ao sistema nervoso central ( fig.: 19 ).
O “Trato espinorreticular, ” é de natureza cruzada, como comentado,
ascendendo, até a formação reticular do tronco encefálico. Sua principal função, é a
modulação de sinais aferentes primários nociceptivos ( para a dor ), através de
estímulos táteis.
Neste mecanismo modulatório, as fibras condutoras de estímulos da “dor
aguda”, são fibras mielinizadas, porém, de pequeno diâmetro, conhecidas como “ fibras
A “alfa” ), utilizadas para a condução da modalidade “rápida” da dor. Estas fibras A
“alfa”, se comparadas, às fibras “C”, das colunas dorsais da medula espinhal,
mostram-se, inúmeras vezes, mais rápidas, do que as fibras “C”, pois estas fibras “C”
são condutoras de “dor lenta”e estabelecem, suas sinapses, na substância gelatinosa
e nas lâminas II e III de REXED ( fig. 9 ).
Os neurônios sensoriais primários da dor crônica, utilizam em suas sinapses,
interneurônios que, por sua vez, encaminham seus axônios, à lâmina V de REXED, na
medula espinhal, da qual, novos neurônios ( trato espino-talâmico ), de natureza
cruzada, se originam e ascendem, em direção ao tálamo, sendo o número destas fibras
ascendentes, muito reduzido, o que, provavelmente, seria o fator responsável, pelo
caráter indefinido, da dor crônica. Além do mais, 80 a 90% das fibras da dor, enviam
colaterais, que terminam, em núcleos da formação reticular e em outros núcleos do
tronco encefálico. Este aspecto, é da maior importância clínica e funcional, pois, estas
colaterais de 80 a 90% das fibras do Sistema ântero-lateral ( trato espino-talâmico ),
também, se dirigem a outros núcleos do tronco encefálico, como por exemplo, a
substância cinzenta periaquedutal e núcleo magno celular da rafe mediana que, por sua
ação moduladora, sobre a dor, são conhecidos, como “centros moduladores extra-
talâmicos corticais,” que regulam, as respostas comportamentais do indivíduo à dor,
ou seja, despertando o indivíduo, de seu sono, através da, ativação do sistema reticular
ativador ascendente, mecanismos de defesa, ou mesmo, de aversão.
No “Sistema ântero-lateral da medula espinhal,” 20% das fibras condutoras dos
impulsos dolorosos, dirigem-se diretamente, ao tálamo, seja para seus núcleos
intralaminares ou para seus núcleos do complexo ventro-basal. Os outros 80% das
fibras condutoras dos impulsos dolorosos, do “Sistema Ântero-lateral da Medula
espinhal, terminam nos núcleos da formação reticular do tronco encefálico ( fig.: 52 ),
além de se dirigirem, à substância cinzenta periaquedutal ( núcleos da rafe mediana )
do tronco encefálico, que tomam parte, também, nos mecanismos de modulação dos
estímulos dolorosos ( figs.:26, 26.1, 27 e 27.1 )
Tais centros do tronco encefálico ( núcleos da rafe mediana do tronco encefálico
), fazem parte dos “Sistemas Moduladores Corticais Extra-talâmicos” ( figs.: 26.1 e
27.1 ), que regulam as referidas respostas comportamentais dos indivíduos, seu
despertar do sono, sua capacidade de defesa e de aversão, representados,
principalmente, no caso das “Vias Descendentes Analgésicas, pelas Vias: descendente
24
analgésica serotoninérgica Peptidérgica Opióide” e “Adrenérgica Descendente
Analgésica”( figs.: 26 e 27 ).
As fibras do “sistema ântero-lateral,” relacionadas à condução dos estímulos
térmicos, são, como já foi comentado, anteriormente, fibras delgadas amielínicas do
tipo “C”, sensíveis ao aquecimento térmico. Por outro lado, as fibras responsáveis, pela
condução dos estímulos térmicos de “resfriamento”, são fibras do tipo A”alfa”. Tais
fibras, penetram no fascículo dorsolateral da medula espinhal, estabelecendo sinapses
nas lâminas I, II e III Rexed ( fig.: 9 ) com interneurônios que, após pequenos trajetos
ascendentes ou descendentes, na medula espinhal, dirigem-se à lâmina V de Rexed.
posição em que, em novas sinapses, os neurônios secundários do trato ....
25
Nervo óptico esquerdo Nervo óptico direito
Quiasma
Corpo caloso
Colículo superior
Radiação Óptica
Fascículo espino-tectal, com informações
somatossensoriais ao colículo superior.
Córtex occipital visual primário
Representação esquemática das vias visuais e suas conexões com: 1º) Projeções Retinianas para o núcleo
geniculado lateral 2º) Para o colículo superior, 3º) para o lobo occipital visual primário, 4º) Projeções
coliculares para a medula espinhal ( Fascículo tecto-espinhal cruzado ), 5º) Projeções coliculares para o
córtex occipital visual primário contralateral , através da comissura do corpo caloso.
26
Desenho Esquematizado das Principais Conexões
Aferentes e Eferentes do Colículo Superior
FIG. 21
27
Reflexo de Piscar
( LEGENDA DA FIGURA : 22 )
1 – GLOBO OCULAR
2 – RETINA NASAL
3 – RETINA TEMPORAL
4 – NERVO ÓPTICO
5 – QUIASMA ÓPTICO
6 – RADIAÇÃO ÓPTICA
7 – FIBRAS RETINIANAS TEMPORAIS DO NÚCLEO GENICULADO LATERAL
8 – COLICULO SUPERIOR
9 – COLÍCULO INFERIOR
10 – COLATERAIS DAS FIBRAS RETINIANAS NASAIS E TEMPORAIS, DIRIGIDAS AO
COLÍCULO SUPERIOR.
11 – BRAÇO DO COLÍCULO SUPERIOR
12 – TRATO TETONUCLEAR
13 – RAIZ DO NERVO FACIAL
14 – NERVO FACIAL
15 – PÁLPEBRA SUPERIOR CERRADA BILATERALMENTE.
16 – TRATO TETOESPINHAL CRUZADO
17 – MESENCÉFALO
18 – NÚCLEO GENICULADO LATERAL ( OU CORPO GENICULADO )
19 – TRONCO ENCEFÁLICO
20 – LÂMINA DA MEDULA ESPINHAL
21 – FIBRAS GENÍCULO-CALCARINAS.
22 – RAIO DE LUZ PARA A RETINA
23 – AXÔNIO DA CÉLULA GANGLIONAR, PARA A FORMAÇÃO DO NERVO ÓPTICO
24 – CÉLILA GANGLIONAR (OU NEURÔNIO III )
25 – CÉLULA BIPOLAR (OU NEURÔNIO II OU INTERNEURÔNIO)
26 – CÉLULAS FOTOSSENSÍVEIS (OU NEURÔNIO I OU CONES BASTONETES)
27 – CAMADA PIGMENTAR
28 – DISCO ÓPTICO
29
Espino-talâmico, encaminharão seus axônios, através da comissura branca ventral da
medula, em direção contralateral que, nesta situação anatômica, se distribuem em feixes
de neurônios, mais concentrados, na região lateral da medula. Este conjunto de
neurônios, associado às fibras, responsáveis pela condução dos estímulos da dor (
nóxicos ) ascendem, através do tronco encefálico, com a seguinte distribuição: Uma
parte das fibras, se dirige aos núcleos da formação reticular do tronco encefálico,
enquanto, outro tanto de fibras, se dirige aos núcleos ventro-basais do tálamo.
Destes núcleos ventro-basais do tálamo, a informação é levada ao córtex
somato-sensorial, para a conscientização final, do estímulo térmico.
As fibras responsáveis pela condução do tato grosseiro ( protopático ), são fibras
do tipo “C” e se encontram associadas às terminações livres, que acusam a percepção
deste tipo de tato protopático e ocupam as regiões ventrais do trato espino-talâmico.
Todavia, a maior parte, dos estímulos táteis, é conduzida pelo Sistema Cordão dorsal-
lemnisco medial ( tato epicrítico ), ( fig.: 2 ).
30
plano geral, será utilizada, para orientar a cabeça e o corpo, em função deste estímulo (
figs.: 22 ), agora, especial.
O “Trato Espinomesencefálico”, como um dos constituintes do “Sistema
Antero-lateral” da medula, também, tem suas fibras, dirigidas, ao encontro do núcleo
ventral póstero-lateral do tálamo ( N.V.P.L. ) homolateral. Desta região, novos
neurônios dirigir-se-ão às áreas corticais visuais superiores, às áreas corticais de
associação dos lobos: parietal, temporal e occipital, bem como, às áreas
somatossenssoriais primárias: 3b e 1, principalmente, em função das percepções táteis (
figs.: 5, 6, 7 e 21 ).
As fibras do trato espinotectal ( espinomesencefálico ), de natureza cruzada, se
dirigem às camadas profundas do colículo superior ( camadas: 4, 5, 6 e 7 ), de forma
somatotópica e se relacionam às funções reflexas motoras da cabeça e da parte
superior do corpo ( figs. 20 e 21 ).
31
Tratos: (1) Espino-cerebelar direto, (2): Cruzado e
(3) Interpósito-Paleo-rúbrica-Tálamo-Cortical
Superfície lateral do hemisfério esquerdo
Núcleo Interpósito
Arquicerebelo
Núcleo emboliforme
Pedúnculo cerebelar
Neurônios aferenciais Paleocerebelo:
inferior
proprioceptivos ( 1 e 2 (tonsila, úvula, pirâmide)
, com suas origens
nos gânglios sensoriais Trato rubro-espinhal
da medula espinhal
Trato espino-cerebelar
região na qual se ventral ( 2 )
iniciam os tratos
( E.C.D. ) e ( E.C.C.
).: 1 e 2 ,
Trato espino-cerebelar direto ( 1 )
Medula espinhal
(Torácica)
32
Tronco Encefálico, em visão dorsal e a maior parte de seus Núcleos Próprios:Néo-
rúbro, Páleo-rubro, Interpedunculares, Pontinos, Complexo Olivar Bulbar inferior,
Grácil, Cuneiforme e Cuneiforme Lateral.
Neorrúbro
Paleorrúbro
Núcleos
Interpedunculares
Núcleos pontinos
FIG. 24
N. grácil
Lemnisco medial
Trato cuneo-cerebelar
Núcleo cuneiforme
Núcleo do XIIº
lateral
nervo craniano
Núcleo branquimotor Núcleo espinhal
do XIº nervo do trigêmeo ( V° )
Fibras arciformes
33
comissura branca ventral da medula, até alcançar o funículo lateral do lado oposto, se
bem que, grande quantidade destes axônios, permanecem, do mesmo lado, de sua
origem. Portanto, este trato espino-cerebelar ventral ou anterior é, em realidade,
cruzado ( maioria de suas fibras ) e direto ( significativo número de fibras ). Em
virtude desta dupla direção de suas fibras, alguns autores empregam a denominação de
“Trato Espino-cerebelar Ventrall Cruzado. ( Figs.: 23 ), nos quais, foram omitidas as
fibras homolateral ( em menor quantidade ).
As fibras cruzadas ( em maior quantidade ) deste trato, ao atingirem o funículo
lateral contra-lateral da medula espinhal, mudam de direção. Ascendem neste
funículo, até o nível de aparecimento do pedúnculo cerebelar superior, no tronco
encefálico ( fig.: 23 ). Nesta ocasião, novamente, retorna ao seu lado primitivo de
origem, através do pedúnculo cerebelar superior homolateral à sua origem e vai ao
encontro do córtex cerebelar, conduzindo as informações proprioceptivas inconscientes
dos membros e do tronco às células de Purkinje do cerebelo ( fig.: 23 ).
A partir do córtex paleocerebelar, novos neurônios ( células de Purkinje ),
encaminharão tais impulsos, aos núcleos:“emboliforme e globoso”(núcleo interpósito ),
A partir destes núcleos, novos neurônios ( fibras interposito-paleorrúbricas ),
através do pedúnculo cerebelar superior, dirigir-se-ão a dois grupos nucleares. O
primeiro núcleo é o paleorrúbro mesencefálico heterolateral, do qual, novos neurônios
originar-se-ão e, em conjunto, dirigir-se-ão, com trajeto descendente, à medula espinhal
contra-lateral, constituindo neste trajeto rubro-espinhal, o “fascículo rubroespinhal
cruzado,” que terminará, nas alças gama ( fig.: 01 ), coordenando, funcionalmente, o
tônus muscular. O segundo grupo nuclear, será alcançado, por um conjunto de fibras
interpósito-talâmicas que, ascendendo no tronco encefálico contra-lateral, atingirão o
núcleo- ventral -lateral do tálamo. Deste núcleo, as informações proprioceptivas, para
sua devida conscientização, serão encaminhadas ao córtex motor primário e córtex
pré-motor ( figs.: 23, 47 e 48 , bem como, a figura do detalhe de sua chegada ao córtex
cerebral ).
Significativo número de autores admite que, as sinapses, na base da coluna
sensitiva posterior, para este trato espinocerebelar anterior, apresentam maior
concentração, nos níveis cervical e sacral, com maior condução dos impulsos
proprioceptivos inconscientes relacionados, principalmente, aos membros e ao tronco,
devido à presença dos plexos: braquial e lombo-sacral, respectivamente.
34
medula espinhal e encaminham seus axônios, em direção à base da substância cinzenta da
coluna posterior da medula espinhal ( localização da coluna de Clarke [ lâmina VII
de Rexed ] ( fig.: 09 ).
Desta coluna de Clarke, neurônios secundários da lâmina VII mencionada,
direcionam-se homolateralmente, ao funículo lateral da medula espinhal, ascendendo,
na parte mais dorsal deste funículo. Ao encontrar o pedúnculo cerebelar inferior
homolateral, utilizam-no, para atingir o paleocerebelo ( núcleos emboliforme e globoso
), dos quais, neurônios interposito-paleorrúbricos conduzirão as informações
inconscientes, do tronco e dos membros inferiores ao paleorrúbro contralateral ( fig.
23 ), através do pedúnculo cerebelar superior.
35
SENSAÇÕES TRANSMITIDAS PELOS SISTEMAS:
36
VIAS DESCENDENTES DO TRONCO ENCEFÁLICO, DE
SUPRESSÃO DA DOR
37
FORMAÇÃO RETICULAR E MODULAÇÃO DE SINAIS
NOCICEPTIVOS ( NÓXICOS OU DOLOROSOS )
38
Via Descendente Analgésica
Serotoninérgica
N.V.P.L.
Com Substância cinzenta periaqueductal
estímulos contendo peptídeo opióide
tateis (endorfinas), da qual emergem...
Para o Tálamo:
FIG.: 26
39
Desenho Esquemático do Sistema Modulador Extratalâmico
da Atividade Cortical “Serotoninérgico”.
Córtex frontal
Fibras olfativas
FIG.26.1
40
A estimulação direta, das aferências primárias da dor, libera o transmissor “P
“. No entanto, caso haja, simultaneamente, estimulação da via serotoninérgica, esta
liberação de substância “P,” para a dor, será bloqueada ( fig.: 26 ).
41
Via descendente Analgésica Adrenergética
Formação reticular
pontina dorso - lateral (
núcleo giganto celular),
contendo neurônios
adrenérgicos
Em direção ao tálamo
Em direção
com ao tálamo
estímulos táteis.
( N.V.P.L. )
FIG. 27
42
Moduladores Extratalâmicos da Atividade Cortical
FIG. 27.1
43
Núcleos Sensitivos do Nervo Trigêmeo, Suas Conexões
e Núcleo Motor
Núcleo VentralN.V.P.M.
Póstero-Medial do Tálamo
Tálamo
Colículo superior
Núcleo mesencefálico
( proprioceptivo )
Raiz sensitiva
do trigêmeo: Vº
FIG.28
O trato trigêmino-talâmico ventral em geral é constituído por fibras ascendentes, cujos neurônios
se encontram nos núcleos do trato espinhal do trigêmeo e cujos axônios se dirigem ao tálamo do
lado oposto, enquanto o trato trigêmino-talâmico dorsal, em geral, é constituído por neurônios
localizados em ambos os lados, podendo portanto, ser: direto e cruzado.
44
Pele da orelha externa,
Meato acústico,
FIG.29 Parte externa da membrana timpânica.
Musculatura mímica,
Músculo estilo-faríngeo.
Desenho esquemático das origens reais dos nervos cranianos:facial (A), Glossofaríngeo
(B) e vago (C) de seus sub-núcleos: viscerossensitivos e branquiossensitivos, cujas
colunas, constituem o “trato solitário”
45
Nervos Trigêmeo, Facial, Glossofaríngeo e Vago:
Principais conexões e divisões periféricas
F. A.S.G.
F.A.V.E e F.A.V.G.
F.E.V.G.
F.E.V.E.
FIG.32
46
LEGENDA DA FIGURA: 32
47
2º) – VIAS AFERENTES DA SENSIBILIDADE
VISCERAL GERAL ( F.A.V.G. )
As “Vias Aferentes Sensitivas Viscerais,” constituídas pelo conjunto das fibras aferentes
Sensitivas viscerais gerais ( F.A.V.G. ) e das fibras aferentes viscerais especiais (
F.A.V.E. ), são responsáveis pelo fornecimento de ramos nervosos, que reunem os
axônios das fibras aferentes viscerais gerais ( F.A.V.G. ), que se dirigem ao “Núcleo
Cardio-respiratório”, localizado no terço distal do “Trato ou Fascículo Solitário”,
situado no bulbo dorsal, e os axônios das fibras aferentes viscerais especiais ( F.A.V.E.
), que se reúnem e se encaminham ao “Núcleo Gustatório”, localizado no terço
proximal do referido trato Solitário do Tronco encefálico ( fig.: 34 ).
O “Trato Solitário,” formado por Fibras Aferentes Viscerais Gerais e Especiais
( F.A.V.G. ) e ( F.A.V.E. ) dos nervos: facial, glossofaríngeo e vago, localiza-se no
bulbo dorsal. O conjunto de axônios do fascículo, é envolvido pelo “Núcleo do Trato
solitário”, cujo terço proximal, ( em situação rostral ), representa o “Núcleo
Gustatório”, ( F.A.V.E. ), enquanto, em posição caudal, no referido trato solitário,
encontra-se o “Núcleo Cardio-respiratório “ ( F.A.V.G. ) envolvido, funcionalmente, na
regulação de funções orgânicas, relacionadas às informações aferentes primárias de
receptores viscerais gerais. Por exemplo, estímulos, oriundos do corpo e seio carotídeos,
em relação ao controle do reflexo motor e das variações da pressão arterial, ( (fig.: 33,
34 e 35 ), controle das concentrações relativas, entre os teores de oxigênio e de gás
carbônico, no sangue circulante, controle do reflexo respiratório e do vômito ( figs.: 37,
38 e 39 ) e estímulos viscerais do tubo digestório, relacionados aos seus movimentos e
secreções.( fig.: 38 ). Portanto, em realidade, há duas vias aferentes viscerais, no
Sistema visceral. A primeira é a“Via Gustatória”,constituída por “Fibras Aferentes
Viscerais Especiais”(F.A.V.E.) a segunda, constituída por“Fibras Aferentes Viscerais
Gerais( F.A.V.G. ), ambas, relacionadas aos nervos cranianos: Facial,
Glossofaríngeo e Vago. A“via Aferente Visceral geral” com direção ascendente (
F.A.V.G. ), é responsável pela inervação de estruturas anatômicas, oriundas,
ontogeneticamente, do folheto endodérmico embrionário . São estruturas
representadas pela camada mucosa de revestimento, das cavidades da cabeça e do
pescoço, bem como, das vísceras torácicas, abdominais e pélvicas.Três nervos, são
responsáveis pela inervação das citadas estruturas. O nervo facial, é responsável pela
inervação das cavidades nasais, dos seios e palato mole, tem seus neurônios sensitivos
primários, localizados no gânglio geniculado do nervo facial ( fig.:29 ). O nervo
glossofaríngeo, é responsável pela inervação da mucosa faríngea, terço posterior da
face dorsal da língua, para a gustação e sensibilidade geral . Os neurônios somáticos
primários, encontram-se localizados, no gânglio petroso ( ou inferior ). (fig.: 30 ).
Finalmente, o nervo vago, tem, sob sua responsabilidade, a inervação da mucosa
laríngea, faringe, traquéia, das vísceras torácicas e a maioria das vísceras abdominais (
fig.: 31 ). Os neurônios sensitivos primários, encontram-se situados no gânglio nodoso (
ou gânglio inferior do vago, ( fig. 31 ). Os prolongamentos centrais, das fibras aferentes
viscerais gerais (F.A.V.G. ), chegam ao tronco encefálico, na espessura de seus
respectivos nervos ( facial, glossofaríngeo e vago ) e estabelecem conexões, na estrutura
do trato solitário, no núcleo cardio-respiratório do trato solitário ( fig. 34 e 38 ),
48
Reflexo Vasomotor
Reflexoe Vasomotor
as Variações da Pressãoda
e Variações Arterial,
Pressãona vigência de uma
Arterial
Queda da Pressão Arterial ou de uma Elevação da Pressão Arterial
B
REFLEXO CAROTÍDEO
REFLEXO CAROTÍDEO REFLEXO CAROTÍDEO
1
Elevação da pressão arterial
queda da Pressão Arterial Elevação da pressão arterial
QUEDA DA PRESSAO ARTERIAL
Estímulos aos Barorreceptores, localizados na estrutura do seio Estímulos aos barorreceptores, localizados na estruura do seio carotídeo (
carotídeo, ( inicio do braço aferente do reflexo vasomotor, for-
ESTÍMULOS AOS BARORRECEPTORES, LOCALIZADOS NA ESTRUTURA DO SEIO CAROTÍDEO
(INICIO DO BRALÇO AFERENTE DO REFLEXO VASOMOTOR, FORMADO POR FIBRAS
início do braço aferente, do reflexo vasomotor ), formado por fibras
mado AFERENTES
por fibras aferentes viscerais gerais do nervo glossofa-
VISCERAIS GERAIS DO NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IXº PAR CRANIANO) aferentes viscerais gerais ( FA.V.G. ), do nervo glossofaríngeo ( IXº nervo
ríngeo ( F.A.V.G. ) ( IXº nervo craniano ) craniano e dirigidas ao...
IMPULSOS EXCITATÓRIOS DA FORMAÇÃO RETICULAR PONTINA AOS....
Impulsos excitatórios da Formação Reticular Pontina, aos... Núcleo sensitivo do nervo glossofaríngeo, situado no terço distal do Trato
solitário ( Núcleo Cardiorrespiratório ).
CENTRO
CENTROS ESPLÂNCNICOS
CARDIO-ACELERADOR
ABDOMINAIS E PELVINOS CENTROS VASOMOTORES
SIMPÁTICO, NA COLUNA
NA COLUNA INTERMÉDIO
Centros esplâncni-
LATERAL DA MEDULA
DA COLUNA INTERMÉDIO
LATERAL DA MEDULA
INTERMÉDIO LATERAL Impulsos dirigidos à Formação Reticular, ( Centro vasodepressor bulbar
ESPINHAL (T6 - L2) Centros vasomoto- Centro cárdio-
DA MEDULA ESPINHAL:
inibitório ).
cos, abdominais e (C8 - T2 )
res da col.Intermé- acelerador sim-
pelvinos na coluna
dio lateral da me- pático, na col.
intermédio lateral
VASOCONSTRIÇÃO dula espinhal. Inermédio late-
VASOCONSTRIÇÃO
da COM
Med. Espinhal
ESPLÂNCNICA E PELVINA,
PERIFÉRICA COM DESVIO Impulsos dirigidos Impulsos dirigidos ao Discreta ação inibi-
DESVIO DO SANGUE
DO SANGUE PARA O ral da M .espi-
ACELERAÇÃO CARDÍACA
VISCERAL EM DIREÇÃO AO
CORAÇÃO E SISTEMA
( TAQUICARDIA)
ao Centrovasopres- Centro Cárdio-inibidor tória sobre o centro
CORAÇÃO E SISTEMA
NERVOSO CENTRAL nhal
NERVOSO CENTRAL
sor vagal ( Xº Nervo ) Cárdio-acelerador
Vasoconstrição es- simpático.
plâncnica e pelvi-
na, com desvio do Vosoconstrição
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Fig.: 33 Fig.: 35
TRATO SOLITÁRIO
50
CONTROLE REFLEXO VASOMOTOR
E TRONCO ENCEFÁLICO
FIG. 36
51
Mecanismo Morfo-Funcionais dos Reflexos: Respiratório e do Vômito
[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[
53
Centro Respiratório, Reflexo Respiratório, Controle da Respiração e o Tronco
Encefálico e o Mecanismo Morfo-Funcional do Reflexo do Vômito
Centro Respiratório, Reflexo Respiratório e Tronco Encefálico e o Mecanismo Morfo-funcional do
Controle da Respiração. Reflexo do Vômito.
FIG.40
Inspiração Máximo conduz à distensão dos Alvéolos FIG.42
Irritação da Mucosa Gástrica.
Pulmonares, provocando a estimulação dos Neurorre-
CENTRO localizados
ceptores, RESPIRATÓRIO,
na REFLEXO
Mucosa RESPIRATÓRIO
alveolar. E
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO Irritação
TRONCO dos Viscero-ceptores
ENCEFÁLICO Gástricos. DO
E MECANISMO MORFO-FUNCIONAL
REFLEXO DO VÔMITO
conduzido, ao núcloo Cardio-respiratório do Trato Soli- Respiratório do Trato Solitário, através das Fibras
tário, . A seguir, da-se a passagem dos impulsos do.... Aferentes Viscerais Gerais (F.A.V.G.) ), do Nervo Vago
IRRITAÇÃO DOS VISCEROCEPTORES GÁSTRICOS
PROVOCANDO ESTIMULAÇÃO DOS NEURORRECEPTORES LOCALIZADOS NA
MUCOSA ALVEOLAR
Núcleo Cárdio-respiratório do Trato Solitário ao Desse Núcleo do Trato Solitário, os impulsos são
Centro Respiratório, da Formação Reticular conduzidos ao Centro
IMPULSOS AFERENTES QUEdoSE DIRIGEM
Vômito, localizado,
AO NÚCLEO na Formação
CARDIORRESPIRATÓRIO
DO TRATO SOLITÁRIO, ATRAVÉS DAS FIBRAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS
Reticular Bulbar. ( F.A.V.G. ) DO NERVO VAGO
Bulbar, no qual, encontramos, dois sub-centros:
ATRAVÉS DAS FIBRAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS DO NERVO VAGO, O GRAU DE
DISTENSÃO DOS ALVÉOLOS É, CONTINUAMENTE, CONDUZIDO AO NÚCLEO
CARDIORRESPIRATÓRIO DO TRATO SOLITÁRIO. A SEGUIR DA-SE A
1º.Centro para inspiração máxima ( núcleo mág-
Do CentroDESSEdoNÚCLEO
Vômito,
DO TRATOoriginam-se os SÃO
SOLITÁRIO, OS IMPULSOS componen-
CONDUZIDOS AO tes
no celular e 2º. Centro para expiração máxima ( "CENTRO DO VÔMITO" LOCALIZADO NA FORMAÇÃO RETICULAR DO BULBO
funcionais , que desencadearão as respostas motoras do
Núcleo reticular ventral ). mecanismo reflexo do vômito.
PASSAGEM DOS IMPULSOS DO NÚCLEO CARDIORRESPIRATÓRIO DO TRATO
SOLITÁRIO AO CENTRO RESPIRATÓRIO DA FORMAÇÃO RETICULAR BULBAR, DO CENTRO DO VÔMITO ORIGINAM-SE OS COMPONENTES FUNCIONAIS QUE
NO QUAL ENCONTRAMOS DOIS SUB-CENTROS: DESENCADEARÃO AS RESPOSTAS MOTORAS DO MECANISMO REFLEXO DO
· CENTRO PARA INSPIRAÇÃO MAXIMA ( NÚCLEO MAGNOCELULAR ) VÔMITO
Desse Centro Respiratório Bulbar, dependendo
· CENTRO PARA EXPIRAÇÃO MÁXIMA ( NÚCLEO RETICULAR VENTRAL ) 1º. Fibras para o núcleo dorsal motor do nervo Vago, cujas
da fase do Reflexo ( Inspiratório ou Expiratório) fibras pré-ganglionares, vagais, se dirigem aos gânglios
periféricos parassimpáticos, localizados nas paredes gástricas,
originam-se fibras que, através do Trato Retícu- nas
1º - FIBRASquais estabelecem
PARA O NÚCLEO DORSAL MOTOR DO sinapses, com
NERVO VAGO, CUJAS osPRÉ-GANGLIONARES
FIBRAS neurônios pós-
lo espinhal, se dirigem: aos Neurônios motores VAGAIS SE DIRIGEM AOS GÂNGLIOS PERIFÉRICOS PARASSIMPÁTICOS LOCALIZADOS NAS
ganglionares
PAREDES GÁSTRICAS,parassimpáticos,
NAS QUAIS ESTABELECEM responsáveis
SINAPSES COM OS pela
NEURÔNIOS inervação da
PÓS-GANGLIO-
NARES PARASSIMPÁTICOS, RESPONSÁVEIS PELA INERVAÇÃO DA MUSCULATURA GÁSTRICA,
daINSPIRATÓRIA
região OU cervical, cujos axônios fazem sinapses
DESSE CENTRO RESPIRATÓRIO BULBAR, DEPENDENDO DA FASE DO REFLEXO (
EXPIRATÓRIA ), ORIGINAM-SE FIBRAS QUE, ATRAVÉS DO TRATO
musculatura gástrica,
DETERMINANDO A CONTRAÇÃO determinando
GÁSTRICA E SIMULTANEAMENTE
2º - FIBRAS DO TRATO RETICULOESPINHAL COM OS SEGUINTES DESTINOS:
a Acontração gástrica e,
ABERTURA DO CÁRDIA.
com osMOTORES
· NEURÕNIOS ramos anteriores
RETÍCULO-ESPINHAL, SE DIRIGEM À (os ):
DA REGIÃO CERVICAL, dosSINAPSES
CUJOS AXÔNIOS FAZER nervos simultâneaneamente a abertura
2.1 - COLUNA INTERMÉDIO LATERAL DA COLUNA LOMBAR COM IMPULSOS MOTORES VIS-
do cárdia.
COM OS RAMOS ANTERIORES DOS NERVOS CERVICAIS: C3, C4 E C5 ( ORIGENS DO
cervicais:C3, 2. FibrasCERAIS do Trato Retículo-espinhal com os destinos:
TRANSFERIDOS AOS NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES SIMPÁTICOS ( NERVOS
2.1 – Col.
NERVO FRÊNICO, RESPONSÁVEL PELA INERVAÇÃO DO MÚSCULO DIAFRÁGMA.Frêni-
C4 e C5 ( origens do nervo ESPLÂNCNICOS ), QUE SE DIRIGIRÃO AOS GÂNGLIOS CELIACOS, DOS QUAIS ORIGINAR-
· NEURÔNIOS MOTORES DA MEDULA TORÁCICA, QUE SE DIRIGIRÃO AOS Intermedio lateral da coluna lombar, com impulsos
SE-ÃO FIBRAS PÓS-GANGLIONARES QUE SE DIRIGEM À MUSCULATURA PILÓRICA,
motores
co, MÚSCULOS
responsável
INERCOSTAISpela inervação
ED ABDOMINAIS, INERVANDO-OSdoE OSM. diafragma.
CONTRAINDO.
viscerais
CONTRAINDO-A.
gerais, transferidos aos neurônios pré-ganglionares
2.2 - MEDULA ESPINHAL CERVICAL, NA QUAL SE LOCALIZAM AS ORIGENS DO NERV0 FRÊNI-
CO ( C3, C4 E C5 ), RESPONSÁVEL PELA INERVAÇÃO DO MÚSCULO DIAFRÁGMA, GERAN-
Neurônios motores da medula torácica, que se simpáticos ( nervos esplâncnicos
DO MAIOR PRESSÃO SOBRE O ESTÔMAGO.
2.3 - NEURÔNIOS MOTORES ESPINHAIS DESTINADOS À),INERVAÇÃO
que se DOS dirigirão
MÚSCULOS aos
TORÁ- gângli-
inervando-os e osSIMULTANEAMENTE,
contraindo.
NESTE MECANISMO MORFO-FUNCIONAL, Neste mecanismo,
OS NERVOS INTERCOSTAIS E FRÊNICO se dirigem à musculatura. Pilórica, contraindo-a. 2.2 – Medula.
TAMBÉM RECEBEM, IMPULSOS VOLUNTÁRIOS
ATRAVÉS DO TRATO CORTICOESPINHAL, O QUE PERMITE, TAMBÉM O CONTROLE Espinhal Cervical, na qual se localizam as origens do N.frênico
VOLUNTÁRIO DO MECANISMO REFLEXO RESPIRATÓRIO
( C3,C4,C5 ), responsáveis pela i nervação do M. diafragma,
Os, Nervos intrcostais e frênico, , também, recebem, Ge-rando maior pressão sobre o Estômago. 2.3 – Neurônios
simultâneamente, impulsos voluntários, através do Trato motores espinhais, para a inervação dos Mm. Torácicos e
córitco-espinhal, que permite o controle voluntário, do abdomina-is, com maior pressão sobre o estômago. 2.4 –
mecnismo reflexo Respiratório.
Fig.: 41 Estímulos ao Nervo Hipoglosso, com protrusão da língua.
Fig: 40 Fig.: 42
Origens aparentes dos nervos : Vº, VIº, VIIº, IX°, Xº, XIº e XIIº pares cranianos.
Conexões dos nervos: Trigêmeo, facial e glossofaríngeo. Distribuição periférica do
nervo facial . Vascularização do Tronco Encefálico.
Vista Ventral do
Tronco Encefálico
FIG.43
55
TRONCO ENCEFÁLICO
56
para a regulação das funções orgânicas viscerais gerais, ou então, são fibras aferentes
viscerais especiais,( F.A.V.E.), relacionadas à gustação, que se dirigem à região rostral
do trato solitário, na qual, encontrarão o núcleo gustatório do trato solitário. ( fig.: 34
e 38 ). A partir destes núcleos ( gustatório e cardio-respiratório ) e após as devidas
sinapses, com os neurônios secundários, teremos:
Primeiro: Do núcleo gustatório, localizado no terço proximal do trato solitário,
as fibras aferentes viscerais especiais ( F.A.V.E. ) e relacionadas aos nervos: facial,
glossofaríngeo e vago, após as devidas sinapses ascendem, em seu conjunto,
constituindo o Trato Tegmental Homolateral, no Tronco Encefálico, dirigidas ao núcleo
ventral postero-medial do tálamo. Daí novos neurônios, encaminharão os estímulos ao
córtex insular e ao opérculo frontal ( fig.: 34 ). Segundo: as fibras oriundas no núcleo
Cardio-respiratório, localizado, no terço distal do Trato Solitário, de natureza visceral
geral ( fibras aferentes viscerais gerais ) ( F.A.V.G. ) reunem-se, e ascendem, no
tronco encefálico, até alcançar o núcleo Parabraquial da ponte, homolateralmente. Um
terceiro neurônio, conduzirá os impulsos aferentes viscerais gerais, ao complexo
amigdalóide e hipotálamo e, finalmente, à área cortical sensorial visceral. ( figs.: 34 e
38 ). Portanto, o núcleo cardio-respiratório mantém conexões, com:
57
Citoarquitetura de
Brodmann
Superfície Lateral do
Hemisfério Cerebral
FIG. 44
FIG. 45
58
Área e Via Vestibulares
Córtex da área 3 a
( Brodmann )
Núcleo ventral póstero-inferior
do tálamo
Porção ascendente do
fascículo longitudinal medial Núcleo vestibular superior
Para o arquicerebelo
Núcleo vestibular inferior
FIG.46
59
como já ventilado, ( núcleo cardio-respiratório ), para a regulação da motricidade
gastro-intestinal e respectivas secreções .
60
Áreas Corticais Motoras
Córtex motor primário (área 4)
Área: M-Ia Área: M-Ip
Córtices somatos-
Área motora suplementar (6) sensoriais ( S-I e S-2 ) Sulco central
( no giro pós-central )
Área motora parietal
Campo ocular frontal (8) posterior ( 5, 7 )
FIG.47
61
Estruturas que Regulam o Funcionamento e
Comportamento dos Eventos Motores
Áreas visuais
secundárias:18 e 19
FIG.48
62
Trato Hipotalamo-espinhal
Tálamo
Hipotálamo
Hipotálamo
Corpo estriado
Fascículo tegmentar
dorso-lateral Mesencéfalo
Núcleo Pupilar
Anexo ao IIIº N.C. Formação reticular pontina
Bulbo intermédio
FIG.49
63
Sabe-se, também, que as vias ascendentes do fascículo longitudinal medial, do
qual, participam fibras ascendentes dos núcleos vestibulares, em sua passagem, através
do tronco encefálico, também, encaminham conexões aos núcleos somatomotores do
tronco encefálico ( nervos: oculomotor, troclear e abducente ) e influenciam nos
movimentos voluntários e reflexuais dos globos oculares, além de projetarem, também,
conexões, para núcleos representantes do parassimpático craniano, no tronco
encefálico ( núcleos visceromotores: púpilar, salivatório superior, salivatório inferior e
dorsal motor do vago ), inclusive, conexões, dirigidas ao cerebelo. ( fig.: 46 ).
Conexões, no nível do tronco encefálico, são também, dirigidas deste fascículo
longitudinal medial, aos núcleos da formação reticular e, nesta ocasião influenciam o
mecanismo morfo-funcional, de diversos reflexos integrados, em nível do tronco
encefálico, tais como: o reflexo do vômito ( fig.: 39 ), o reflexo respiratório ( fig.: 37,
38 e 39 ), o reflexo vasomotor ( fig.: 33. 34 35 e 36 ). Além, finalmente, da possibilidade
de influenciar, outros centros motores, principalmente, na medula espinhal, em virtude
das conexões, com o fascículo hipotálamo-espinhal (fig.: 49 ) e, logicamente, de
participação de centros parassimpáticos ( crânio-sacral )e simpáticos ( tóraco-
lombares ), como da medula espinhal ( fig.: 49 e 50 ).
Portanto, são também, importantes nos mecanismos de estereognosia ( área
cortical somatossensorial 2 ), influenciando, inclusive, o sistema visceral, graças às suas
conexões, com os núcleos hipotalâmicos, através do fascículo hipotálamo-espinhal.
( fig.: 49 e 50 ).
Em virtude, destas inúmeras e complexas conexões e interconexões, lesões das vias
vestibulares, bem como das áreas corticais somatossensoriais primárias 3 e 2, são
suficientes para precipitar distúrbios, tanto na esfera somática, como na esfera órgano-
vegetativa. ( fig.: 45 ) .
64
Complexo Nuclear Amigdalino e Hipocâmpo
Grupo central
Grupo córtico medial
1. NÚCLEO SOLITÁRIO
2. NÚCLEO CARDIORESPIRATÓRIO
Trato hipotálamo-espinhal
3. NÚCLEO PARABRAQUIAL
TRONCO ENCEFÁLICO:
1º. NÚCLEO PUPILAR
FIG.50
65
DIAGRAMA DA MEDULA ESPINHAL COM: SEUS CENTROS OPERACIONAIS
CINZENTOS E A SISTEMATIZAÇÃO DA SUBSTÂNCIA BRANCA ( FUNÍCULOS )
FIG.51
66
Desenho Esquemático da Sistematização da Medula Espinhal
67
Desenho esquemático da constituição dos tratos:
1º) Reticuloespinhal mediano
2º) Retículo espinhal lateral
Cruz do Cérebro
Fibras têmporo-pontinas. (1)
Secção do mesencéfalo no
Fibras cortico-bulbares... (2)
nível do colículo superior Fibras cortico-espinhais.. (3)
Fibras fronto-pontinas.... (4)
Fibras corticopontinas
(frontais) Núcleo reticular pontino
Lemnisco lateral
Origem real do facial
FIG. 52
68
Sugestões de leitura:
BURT, A.M. – Neuroanatomia. – Ed. Guanabara Koogan S.A., Rio de Jan., 1999
CROSSMAN, A.R. e NEARY, D. – Neuroanatomia. – Ed. Guanabara Koogan, S.A.,
Rio de Jan., 2002.
DELMAS, A. – Voies et Centres Nerveux. – Masson et Ed., Paris, 1970
GUYTON, A.C. – Neurociência Básica: Anatomia e Fisiologia. – 2a ed., Ed . Guanab.
Koogan, S.A., Rio de Jan., 1993.
MACHADO, A. – Neuroanatomia Funcional. – Ed. Livr. Atheneu S.A., 8a ed., Rio de
Jan., 1984.
MARTIN, J.H. – Neuroanatomia. Texto e Atlas. – 2a ed., Ed. Artes Médicas Sul Ltda.,
São Paulo, 1996.
MENESES, M.S. – Neuroanatomia Aplicada. – Ed. Guanabara Koogan S.A., Rio de
Jan., 1999.
MOORE, K.L. e AGUR, A.M.R. – Fundamentos de Anatomia Clínica. – Ed. Guanab.
Koogan S.A., Rio de Jan., 1998.
MOREIRA, E.S. – Atlas de Neuroanatomia Morfo-funcional, em C.D. Livro, com 26
Volumes – Ed. F.O.A. do Centro Universitário de Volta Redonda
( Uni F.O.A. ), Volta Redonda, Ria Jan., 2010.
MOREIRA, E.S. - Atlas Anatômico de Dissecações Segmentares: Nervos e Plexos
Medulares. – C.D.Lirro, em cinco volumes. Ed. F.O.A., do Centro
Universitário de Volta Redonda ( UniF.O.A. ), Volta Redonda, Rio de jan.
2011.
Referências:
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