Quebrando Tabus

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12/01/2023 13:21 Quebrando tabus

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Silêncio, bocejos e orações:
quebrando tabus e preconceitos!

É chegada a hora de se
encerrar a crueldade na
Terra, tempo de todos os
filhos de Deus unirem-se
num mesmo afeto,
num mesmo caminho e É comum as Casa religiosas priorizarem um pouco de silêncio durante as giras.
de mãos maiores Há pessoas que não entendem, acham que não faz mal ficarem conversando
auxiliarem pequenas durante a sessão. Contudo, os nossos Guias Espirituais mexem com energias. E
mãos, pequenas patas, receber um Falangeiro, incorporar, não é um passe de mágica, nem é obsessão
pequenos pés.
(que priva a pessoa do que acontece do lado de fora), não! É preciso haver uma
São tempos de
interação entre o médium e o seu Guia Espiritual para que possa ocorrer a
esquecermos o corpo e incorporação, é preciso que o médium se concentre muito e que permaneça
vermos o espírito, concentrado durante todo o transe mediúnico.
esquecermos as
diferenças evolutivas e Para que o Falangeiro possa se manifestar em plenitude no médium é preciso duas
vivenciarmos o amor, coisas: que o médium não tenha preconceitos (porque ele vai atender a todo tipo
pois é esta a vontade de de gente, até mesmo os inimigos) e disciplina (o médium tem que focar o seu
Deus, uma vez que Deus
pensamento na energia do Orixá para que esta flua através dele). E, às vezes, o
é o amor puro,
em todas as suas formas zum zum zum é tão grande na assistência que faz o médium se desconcentrar sem
♥ querer e aí, vem o chefe do Terreiro e fala: "olha a concentração, firmem a
  corrente!"

Não é para ficarem mudos, podem conversar, nós sabemos que é difícil ficar
sentando todo o tempo, mudo, é um tanto cansativo, mas procurem conversar com
a pessoa ao seu lado, sem sair do seu lugar, sem aumentar a voz e mantendo o
celular desligado. Porque, mesmo sendo sem intenção, às vezes dá uma impressão
que estamos num mercado: as Entidades trabalhando aqui dentro e as pessoas na
assistência conversando normalmente, algumas até de costas, e isso é um pouco
desrespeitoso para os nossos queridos Guias Espirituais e também para todos os
que estão sendo atendidos.

Outra coisa que algumas pessoas tendem a dizer é que são sensitivas, então sentem
isso e aquilo. Tudo bem, pode ser sensitiva, isso não é tão incomum como muitos
pensam, há pessoas sensitivas tanta na consulência como entre os médiuns, mas é
preciso se ter muito cuidado com os pseudos sensitivos, ou seja, é necessário que
tenhamos mais humildade em aceitar aquilo que a Entidade ou que o Guia Chefe
do Terreiro está nos informando, pois eles possuem o verdadeiro conhecimento e
estão aqui para nos ensinar, desde que o nosso coração e a nossa mente se abra a
esse precioso aprendizado.

Muitas vezes, a pessoa da consulência diz que é sensitiva, porque sentiu isso e
aquilo, sonhou tal coisa e o sonho foi um sinal. O fato é que essa pessoa já vem
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com esse formato na cabeça e, mesmo que o Guia Espiritual verifique que não é
bem isso, que outra coisa está acontecendo, não vai adiantar porque o tabu é tão
grande que a pessoa não aceita e isso acaba prejudicando-a.

Da mesma forma, é perigoso o médium se dizer sensitivo, como se a sensibilidade


mediúnica fosse atribuição exclusiva de alguns.  Sensível ao estímulo espiritual
todos os médiuns são, apenas alguns possuem uma sensibilidade um pouco mais
apurada, até mesmo pelo tempo que exercem o seu mister religioso. Mas quando
um determinado médium coloca na cabeça que é sensitivo, às vezes está criando
um tabu que dificultará, atrasará ou até mesmo impedirá o seu desenvolvimento
mediúnico.

É comum o médium vir de outro Centro e lá eles dizerem algo, tipo: os seus Guias
Espirituais são de cura – e aí a pessoa fica feliz porque isso é bom, claro, mas na
verdade isso o impedirá de desenvolver plenamente a sua mediunidade, por que
Guias Espirituais de cura são todos os Falangeiros da Umbanda. Claro que cada
Linha tem a sua especificidade de trabalho. Então, por exemplo, para cura física
nada melhor do Marinheiro, Obaluaê, Omulu, Preto-Velho, mas, por exemplo,
Exu também cura. Apenas, assim como nós, para que haja uma ordem, a cada
Orixá foi dada uma especialidade de trabalho, mas todos possuem a mesma luz e a
mesma graça para poderem agir naquilo que o Criador lhes ordenar.

Outro erro muitíssimo comum é a velha máxima de que uma pessoa quando
boceja em um Templo religioso é porque é sensitiva e está descarregando o
ambiente – Gente, isso é uma lenda, não existe! Veja, nós viemos de uma semana
estafante de trabalho, está de noite, é óbvio que há dias em que vamos bocejar e
desde que o façamos de maneira discreta, sem barulho e em momentos isolados,
que não seja nas orações, por exemplo, tudo bem, isso é humano.

A sensibilidade não se manifesta pelo bocejo, vamos esquecer isso. Há muitos


tabus na nossa religião e por isso ela ainda é mal vista, é preciso que a gente vá
descortinando esses mitos. Quanto mais preconceitos e mais tabus nós colocarmos
na nossa vida, mais difícil será o desenvolvimento da nossa mediunidade. E eu,
particularmente, amo a Umbanda porque é uma religião que veio exatamente
para descortinar todos os véus de preconceitos e tabus que impedem que a gente
consiga amadurecer espiritual e fisicamente.

Outro ponto são as orações que fazemos: tem muita gente que diz que gosta das
orações e, em todos esses anos, muitas pessoas já me relataram que ficam até final
da gira pela oportunidade da oração. E poucas pessoas já me pediram para que
fosse abolida, que não houvesse mais a oração final.

Então, eu tive essa ideia de trazer o significado dessas orações porque com as
vicissitudes do cotidiano, às vezes não nos atemos ao real sentido das coisas,
mormente dos rituais religiosos.

A oração é o nosso elo maior com a espiritualidade, isto todos sabem. O Chico
Xavier, através de Emanuel, já dizia que não há oração que fique sem atendimento
– isso quer dizer que toda oração é ouvida e é atendida – mas na medida em que se
pode ser atendida.

É importante manter um hábito de realizar preces durante o dia: eu gosto muito


de rezar, rezo feliz, rezo quando estou triste, rezo quando estou magoada pedindo
forças que me acalmem o coração. Mas o fundamental da oração é manter o
coração aberto, a luz dentro de si. Se eu vou rezar pensando em besteiras, em
preconceitos, nos defeitos dos outros, aí não adianta, será apenas perda de tempo.

Em todas as verdadeiras Casas religiosas umbandistas, que possuem um sacerdote


de Umbanda (Pai/Mãe de Santo) devidamente credenciado para tal importante
mister há, ao menos, dois momentos em que as orações são realizadas: no início e
no final da gira.

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E, além da responsabilidade e dos benefícios da oração na corrente mediúnica, há


que se salientar, também, que para a grande maioria das pessoas, rezar é um ato
raro. Pedir é comum, em toda oração estamos pedindo, mas rezar é algo raro no
dia – e rezar duas vezes no dia, para alguns, é algo absolutamente anormal, ainda
mais com a correria dos nossos dias. Mas é preciso, então, que compreendamos
direito o real significado do ritual das duas orações numa gira de Umbanda: no
início e no final da gira.

 A oração que fazemos no início das giras serve para que a gente vá acalmando o
coração, o pensamento, que a gente vá se limpando das dores e chateações que
trouxemos em nossos pensamentos ao chegar ao Centro – é como um banho frio
para nos acordar e nos preparar para receber o Divino em nós (eu digo que é um
banho frio porque, através da oração, a gente vai, automaticamente, acordando
para a realidade dentro do Centro, que é se concentrar e se preparar para o
atendimento da consulência).

E no final da gira, depois dos Falangeiros subirem ao plano espiritual, rezar para
que? Na minha humilde opinião, como na de um enorme número de estudiosos e
praticantes da teologia da Umbanda Sagrada, a oração mais importante é a do
final da gira.

Atentem para a explicação: durante a gira, com a presença do Sagrado se


manifestando entre nós, nós vamos nos impregnando de boas energias, vamos
limpando os nossos corpos sutis – ao final da gira, mesmo que alguns não possuam
ainda capacidade para entender isso, ao final da gira, absolutamente todas as
pessoas com bondade no coração estão limpas, limpíssimas, prontas para um novo
recomeço na vida. A cada final da gira, estamos com os nossos corpos preparados
para uma nova vida, ou para uma nova oportunidade de vida.

Claro que ao final das giras estamos todos cansados, talvez esgotados fisicamente,
mas a nossa aura foi recarregada totalmente, todas as energias ao entorno do
nosso corpo estarão revitalizadas – desde que nós ajamos para que isso ocorra, ou
seja, se mantivermos um pensamento bondoso para conosco e também para todos
os presente, ou seja, se trocarmos a reclamação pelo agradecimento, então
sairemos da gira absolutamente “limpos”, com a nossa energia completamente
revigorada, reabastecidos pelas forças do Bem que atuaram na gira.

É preciso atentar para o fato de que estar fisicamente cansado não quer dizer que
o corpo esteja com alguma energia densa ou suja. Há um ditado que diz: “mente
vazia, oficina do diabo” – e isso é correto, pois se a pessoa passa o dia só
reclamando, só pensando no que tem pra fazer ou naquilo que as pessoas lhe
fizeram, se não usa o seu tempo para realizar algum trabalho físico, então
certamente ela ficará com o seu corpo astral impregnado por baixas vibrações
decorrente do seu modo de pensar – veja: como ela não trabalhou fisicamente, não
se sentirá fisicamente cansada, mas a sua aura estará muito prejudicada por
energias muito pesadas. De outro lado, a pessoa que cedinho está na labuta, seja
em casa ou em outro local de trabalho, ao final do dia estará com o corpo muito
cansado mas, se for uma pessoa equilibrada, o campo vibracional ao redor de si
estará fluindo boas energias. Portanto, é preciso retirar esse preconceito que existe
em algumas pessoas de acharem que, ao final da gira, por estarem com o corpo
cansado, isso significa que não estão puras ou limpas, isso é apenas mais um tabu.

A oração no final da gira é muito importante e apreciada por muitas pessoas, pois
ela é como um banho quente: é um veículo para agradecermos o trabalho
realizado, as boas energias recebidas e é maravilhoso para vibrarmos por todas as
intenções que precisarmos, pois ao final da gira estaremos com a nossa energia
sutil em 100%, é como se o nosso canal que nos liga ao telefone espiritual já
estivesse conectado e pronto, esperando para receber a nossa ligação.

Então, a oração no início da gira é um banho frio: no sentido de nos acordar para
os trabalhamos que iremos iniciar, de ir limpando o nosso pensamento, acalmando

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as nossas emoções, ajudando na concentração que é fundamental à incorporação.


E no final, a oração é um banho quente: é a melhor oportunidade para
agradecermos, mostrarmos que temos gratidão no coração e também para
fazermos as nossas intenções.

Há pessoas que dizem que, ao final da gira, a energia do médium está esgotada,
que não seria uma hora boa, tem até quem diga que os médiuns ainda estão
impregnados das más energias das pessoas. Bom, aí entra a nossa fé aliada a nossa
inteligência (razão): como eu posso afirmar que a Umbanda é uma religião boa se,
de outro lado, eu digo que os médiuns saem do Centro carregados? E, por isso, na
prece de Cáritas pedimos a Deus: "dai-nos a fé e a razão" - é preciso ir se
desvencilhando desses preconceitos que prejudicam a nossa evolução.

 Claro que as pessoas que recebem o chamamento da mediunidade não entram no


Lar espiritualista para receber uma vantagem especial, mas também não entram
para receber desvantagens: e voltar para casa com a aura impregnada de energias
de outras pessoas seria uma grande desvantagem e, se isso realmente ocorresse,
raros seriam os médiuns, pois se a vida já é muito dura com as nossas próprias
mazelas e tornaria insuportável se tivéssemos o encargo de carregar em nossa
aura, além das nossas mazelas, as dores alheias. Portanto, essa interpretação de
que, ao término da gira, os médiuns ainda estão impregnados pela energia densa
das pessoas que estiveram no Terreiro é um entendimento grosseiro e precisa ser
deletado.

O que temos que ter em mente é o seguinte: a Umbanda é uma religião que lida
com energias: dos encarnados e dos desencarnados – e é claro que isso não é algo
comum, corriqueiro – requer disciplina, humildade e principalmente bondade no
coração. O médium que segue tudo isso, sai do centro absolutamente limpo, muito
mais limpo do que quando adentrou o Terreiro. E, ainda no tocante à oração final,
é o nosso momento de exercer o tão necessário sentimento de gratidão, pois é a
nossa oportunidade de agradecer a Deus e a todas as Entidades pelo auxílio nos
trabalhos realizados no Terreiro.

Quando oramos, elevamos a nossa mente a um estágio consciencial de vibração


acima da usual, ou seja, os estudiosos nos ensinam que se a oração é fervorosa,
equivalerá a um estágio de sono conhecido como Alfa. Então, ao final da gira,
quando já estamos com a nossa aura limpa, a oração vem abrilhantar os trabalhos
realizados pelos Falangeiros: através dela nos é transmitida uma purificação
fluídica que nos previne da interferência de energias mais densas ao voltarmos ao
nosso cotidiano, ou seja, faz com que os nossos corpos fiquem fechados aos
combates espirituais até que venhamos, novamente, aqui para nos revigorar.

Assim, a oração ao final da gira funciona como um invólucro protetor sobre a


nossa aura, nossa casa, nosso trabalho, nossos familiares, animais, amigos
queridos, sobre os ambientes mais próximos a nós e também sobre os ambientes
mais distantes, mas que tenham uma ligação vibracional intensa conosco,
independentemente da intenção ou do pedido que esteja sendo invocado na
oração. Portanto, a oração ao final da gira é um ‘plus’, um acréscimo que nos
inunda o corpo físico, espiritual e perispiritual com as graças do nosso Criador,
desde que mantenhamos o nosso coração sem preconceitos ou tabus,
completamente aberto para receber tais dádivas.

Para ser um bom médium é preciso manter a mente aberta aos ensinamentos que
lhes são transmitidos na Casa em que está, pois é indispensável manter o respeito
no que lhe é ensinado e ter confiança na longa experiência do Sacerdote de
Umbanda e na Luz de seus Guias Espirituais.

Assim, antes da gira, o médium precisa ter tomado o seu banho de limpeza em sua
casa. Ele precisa chegar, ao menos, meia hora antes da gira começar para poder se
trocar, acender a sua vela de firmação com tranquilidade e ir acalmando os
pensamentos. Tendo chegado ao Terreiro, deve-se evitar as conversas sobre os

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amarguras, os problemas do cotidiano próprio ou de outrem, porque é preciso que


os médiuns procurem entrar em contato com a energia que existe aqui, a egrégora
que foi antecipadamente criada e preparada pela Mãe de Santo e por seus Guias
Espirituais, para recepcioná-los.

Então, para poder se conectar com essa egrégora, devemos preferir o silêncio aos
papos desnecessários, a introspecção (observação de seus próprios processos
mentais) ao invés de ficar observando o comportamento alheio, mesmo que seja
dos irmãos da corrente. Saber usar a egrégora do Terreiro com a finalidade de
melhorar seus dons é coisa que poucos fazem, por desconhecimento. Acontece que
essa egrégora, sendo uma energia forte, pura e vibrante, facilita esse intercâmbio
entre o médium e o Mundo Astral que circunda o Terreiro, facilitando o processo
de incorporação dos médiuns e também de contato para os nossos pedidos e
agradecimentos.

Durante a gira, o médium não deve ficar rindo ou reparando no que os outros
fazem, ele deve se abster de fazer qualquer julgamento, porque quando eu julgo o
outro, na verdade, eu estou demonstrando a minha falta de humildade, a escassez
de bondade em meu coração. É preciso que todos, médiuns e consulentes, se
apercebam que ninguém é perfeito, todos cometemos as nossas faltas. E se nos
achamos melhores ou mais capacitados em relação aos outros, então o correto não
é ridicularizar ou fazer chacotas da atitude alheia, mas sim, se realmente somos
mais capacitados, vamos exercer a humildade e demonstrar, em nossas atitudes, o
nosso bom exemplo para que aquele que está errando possa, com o tempo, se
espelhar em nossas atitudes e ir se corrigindo. Essa é a verdadeira caridade:
ensinar o que se sabe a quem ainda não tem o entendimento que possuímos. É
preciso que todos, médiuns e consulentes, comecem realmente a exercer a
verdadeira caridade, sem preconceitos, sem tabus, com humildade e amor no
coração.

Há um episódio que se tornou público que foi quando o Emanuel apareceu para
Chico Xavier no início da sua mediunidade – o Chico perguntou o que era preciso
para ele ser um bom médium – e Emanuel disse que era preciso ter três coisas:
disciplina, disciplina e disciplina – sim, disciplina é fundamental!

Disciplina para focar somente em si no sentido de se exigir o máximo de si,


independentemente do que se exige do outro. Disciplina para ter um coração
generoso para atender não somente aqueles a quem temos afinidade, mas também
aqueles a quem, a princípio, julgamos ser diferentes de nós. Disciplina para
termos humildade em saber que o mesmo cansaço, as mesmas dores, os mesmos
dissabores que eu passo na minha particular, os outros também passam, mesmo
que os outros não sejam habituados a reclamar tanto como algum de nós
costumam fazer.

Então, eu termino afirmando categoricamente que o médium que atende a todos


esses ordenamentos, sai do Terreiro com a sua aura limpa, a sua energia espiritual
recarregada em 100%.

Contudo, o médium que vem para a gira sem ter tomado o seu banho de preparo,
que na hora da oração, em vez de aproveitar para dissipar os seus pensamentos,
fica focando em coisas que tem a fazer, em problemas. Aí, durante a gira, fica
reparando nos outros, nas atitudes alheias, sem notar a sua própria falta de
humildade, e ao final, em vez de aproveitar a última oportunidade de se melhorar,
durante a oração se fecha em seu cansaço físico e sua pouca fé – esse médium,
certamente pode sair do Centro com alguma energia mais pesada – mas não
porque está saindo carregado com algo que pegou aqui, mas simplesmente porque
a sua atitude, o seu coração fechado, os seus preconceitos o impediram de acessar
as boas energias que o deixariam completamente limpo e renovado.

E, assim também é na consulência: as pessoas que estão sentadas, mesmo com o


corpo cansado pelo dia de trabalho, com a mente cheia de problemas, precisam

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aprender a absorver as boas energias da Casa, dos Guias Espirituais. Para isso, ao
recorrerem em qualquer Centro ou religião, venham com o coração aberto. Não
fiquem reparando na atitude alheia, se o outro está fazendo algo errado, o
problema é do outro não seu – o problema só será seu se você se deixar impregnar
pela energia do outro. É preciso que todos nós aprendamos a substituir cada
pensamento crítico por um pensamento de gratidão.

Então, durante a gira, aproveite para cantar, bater palmas, ou ficar quieto, pode
conversar um pouco com o do lado (baixinho não faz mal). E aproveitem, quando
os Falangeiros vierem saudar a consulência, saúdem a eles, peçam com o
pensamento aquilo que precisam, agradeçam, sempre há algo a agradecer. A
gratidão é a virtude das almas nobres, porque toda pessoa que aprendeu a ter
gratidão pelos mínimos gestos é dotada de muito, mas muito amor no coração.

Ser grato não significa ter dinheiro, ter felicidade, ter saúde, a gratidão independe
do que temos, o sentimento de gratidão não é um sentimento de ter algo, mas é um
sentimento de ser algo, ou seja, de ser uma pessoa que tem suficiente humildade e
bondade no coração para agradecer por algo na vida - porque por mais dores e
problemas que tenhamos na vida, sempre há algo a agradecer.

Em suma, como bem sabem os religiosos e também os seguidores da lei de atração,


quanto mais você briga ou se queixa de suas dores e de seus problemas, mais dores
e problemas você atrairá para a sua vida e, de outro lado, quanto mais você
agradece em sua vida, mais oportunidades você atrai para os seus caminhos.

E todos temos algo a agradecer na vida: pelos nossos olhos, pela nossa voz, por um
familiar amado, enfim, sempre há algo a se agradecer e quando, em nossa
ignorância, acharmos que não há nada a se agradecer, mesmo assim, devemos nos
concentrar em oração e, repetidas vezes, falar: meu Deus, eu Vos agradeço. Esses
simples atos de agradecimentos, se originados de dentro de seu coração, serão
fundamentais para destrancar os caminhos, trazendo uma nova oportunidade, um
novo recomeço.

Enfim, agradecer, ser grato é a arte de atrair coisas boas à nossa vida.
Vivamos bem para que a vida possa nos trazer o bem.
A todos: a paz e prosperidade em sentido amplo!

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