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AURICULOTERAPIA

AULA 2

Profª Carla Mayumi Matsue


CONVERSA INICIAL

Esperamos que, com as discussões que iniciamos em momento anterior


de nossos estudos, você tenha procurado mais informações sobre a história e
os princípios da Medicina Tradicional Chinesa, pois essa é a base para realizar
um diagnóstico e definir a linha de tratamento.
Nesta aula, vamos estudar alguns pontos básicos da auriculoterapia
chinesa, materiais necessários, diagnóstico, biossegurança e postura
profissional. Assim como já o fizemos anteriormente, sugerimos que você
procure mais informações sobre os temas que vamos abordar.
Bons estudos!

TEMA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

Os pontos auriculares podem ser classificados para uma melhor


compreensão de acordo com a sua localização, função ou atividade específica
e experiências.

1.1 Segundo as áreas anatômicas

Figura 1 – Pontos auriculares segundo as áreas anatômicas

Crédito: Smile Ilustras.

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O dorso auricular corresponde à mesma disposição da face da orelha que
reforçam o estímulo.

1.2. Segundo a localização dos órgãos e vísceras (Zang Fu)

Os pontos auriculares relacionados aos órgãos e vísceras (Zang Fu) que


constituem uma das teorias mais importantes da Medicina Tradicional Chinesa.
Os pontos auriculares dos órgãos e vísceras possuem um enorme valor
prático, diagnóstico e terapêutico, visto que, além de possuírem as
características de zonas correspondentes, apresentam todas as características
e relações de acordo com as teorias clássicas da Medicina Tradicional Chinesa.

• Orelha esquerda: coração, baço, intestino delgado e grosso, mais


eficiente nas enfermidades urinárias.
• Orelha direita: fígado, vesícula biliar, estômago, pâncreas, garganta,
apêndice.

Figura 2 – Pontos auriculares segundo a localização dos órgãos e vísceras

Crédito: Smile Ilustras.

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• Coração: situado no centro da concha cava. Indicado para doenças
cardíacas, circulatórias, do sistema nervoso central etc.
• Baço (orelha esquerda): na mesma posição do fígado. Indicado para
hepatites, doença de Chagas, anemias, dermatites, hipotermia etc.
• Pâncreas (orelha esquerda): situado na mesma posição do ponto da
vesícula biliar. Indicado para indigestão, diabetes, deficiência pancreática,
deficiência do metabolismo de proteínas etc.
• Intestino delgado: na borda superior da raiz do hélix. Indicado para
doenças gastrointestinais, diarreia, distensão abdominal, cólicas, paralisia
intestinal, flatulência, deficiência da flora intestinal, anorexia, dores
abdominais inespecíficas e parasitoses.
• Intestino grosso: na borda superior da raiz do hélix, 2 mm acima do
intestino delgado. As mesmas indicações do intestino delgado.
• Rins: está na concha cimba, próximo à junção com a raiz inferior do anti-
hélix, na mesma linha abaixo do ponto Shenmen. Indicado para doenças
urinárias, dores articulares, doenças cerebrais, doenças musculares,
doenças degenerativas etc.
• Bexiga: está na concha cimba, na mesma linha do intestino grosso.
Indicado para doenças urinárias (cálculo renal, incontinência urinária,
retenção urinária, enurese etc.).
• Fígado (orelha direita): está na concha cimba, a 1mm da junção com o
anti-hélix, no nível do prolongamento da borda inferior. Indicado para
hepatites, anemia, doenças oculares, parasitoses, náuseas, vômitos,
flatulências, hipertensão e hipotensão, doença de Chagas, recuperação
operatória etc.
• Vesícula biliar (orelha direita): ponto está a 1 mm da junção do anti-hélix
com a concha cimba, no prolongamento da borda superior da raiz do hélix.
Indicado para indigestão, parasitoses, azia, distúrbios de funcionamento
da vesícula biliar.
• Estômago: início da raiz do hélix, no limite entre a concha cava e concha
cimba. Indicado para doenças gástricas, náusea, vômitos, distensão
abdominal, fome compulsiva e sede excessiva.

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• Pulmão: são dois pontos, superior ao ponto do coração e inferior que está
abaixo do ponto do coração. A indicação de ambos os pontos é para
doenças respiratórias, alergias, doenças de pele etc.

1.3 Segundo a localização das zonas correspondentes

Os pontos auriculares relacionados com as zonas correspondentes são a


grande maioria dos pontos. Como o próprio nome indica, são indicados
principalmente para o tratamento de afecções locais, como síndromes dolorosas.
Os pontos auriculares de zonas correspondentes recebem os nomes das
estruturas anatômicas diretamente relacionadas com eles, sejam regiões como
punho e joelho, e partes de órgãos internos, como pulmão e bexiga.

• Sistema Nervoso: os pontos auriculares relacionados com o sistema


nervoso possuem as características das estruturas que dão nomes a eles.
São amplamente empregados no intuito de se obter estímulos
relaxamento (S. N. Simpático) e contração (S. N. Parassimpático).
• Sistema Endócrino: os pontos auriculares relacionados com o sistema
endócrino representam as diversas glândulas espalhadas pelo corpo,
sendo empregados para aumentar ou diminuir a produção e a liberação
dos hormônios destas. Além dos pontos relacionados com as glândulas,
temos um ponto específico que exerce um estímulo sobre todas elas,
possuindo um poder de regulação da atividade endócrina e metabólica do
organismo, o ponto endócrino.
• Pontos específicos: são pontos auriculares de ação específica. Recebem
esta denominação por suas características bem delimitadas, seja para
diagnóstico ou para tratamento, onde normalmente suas indicações dão
origem ao próprio nome do ponto, como ponto da asma, ponto hipotensor,
alergia.

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Figura 3 – Pontos auriculares segundo a localização das zonas correspondentes

Crédito: Smile Ilustras.

TEMA 2 – DIAGNÓSTICO AURICULAR

Os antigos acupunturistas utilizavam o pavilhão auricular como forma de


diagnóstico, principalmente em relação aos rins, mas é de longa data que os
chineses estudam os pontos auriculares.
Podemos observar na orelha o que chamamos de marcas fundamentais,
lembrando também que a auriculoterapia é conhecida como ponto dor, ou seja,
quanto maior a dor, maior o desequilíbrio. É possível analisar, observando a
reação dos pacientes, que ao apalparem o ponto, eles franzem os olhos. Isso
significa um nível de desequilíbrio. Ao se queixar de dor ou gritar, isso significa
um nível maior de desequilíbrio. Se o paciente tentar segurar a mão do terapeuta,
significa um nível alto de desequilíbrio. Também existem pessoas que têm
grandes desequilíbrios e não sentem dor alguma. Elas possuem uma deficiência
grande no meridiano do rim. Nesse caso, é preciso tonificar primeiro o ponto do
rim com moxa na agulha, aguardar cerca de 5 minutos e, então, palpar

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novamente os supostos pontos em desequilíbrios. Não se deve tonificar pontos
do rim se houver um problema grave no órgão, como nefrite ou grandes cálculos.
A melhor forma de localizar pontos é o apalpador de pressão. O apalpador
possui uma haste com mola que, ao pressionar o ponto, serve como referência.
Não se deve baixar muito para localizar um ponto com desequilíbrio, basta
encostar o apalpador. Não basta localizar o ponto, sendo também necessário
identificar a direção onde o ponto se encontra, movimentando o apalpador para
cima, para baixo e para os lados, até encontrar a direção exata e como se deve
aplicar. A direção exata é a posição em que o paciente sente mais dor. A forma
e o tamanho do apalpador não influenciam, mas a pressão que se usa, sim. A
pressão sempre deve ser leve. Lembre-se de proteger o ouvido do paciente com
um pequeno pedaço de algodão para evitar acidentes. Sendo assim, toda vez
que for aplicar qualquer tipo de material, agulha sistêmica, semipermanente,
ponto esfera e ponto semente, deve ser observada a direção da aplicação,
seguindo a mesma do apalpador.
A auriculoterapia pode utilizar outros diagnósticos clínicos para
estabelecer o tratamento e os melhores estímulos. A escolha deve ser feita de
acordo com os conhecimentos do profissional da saúde.
Quando um órgão ou víscera apresenta algum distúrbio, uma área do
pavilhão auricular apresenta algum tipo de alteração, seja na coloração,
escamação até um ponto de inflamação. Ou simplesmente ficam mais sensíveis
durante o toque ou a aplicação de agulhas.
Como a técnica tem uma ação reflexa direta sobre o cérebro, o uso deve
ser criterioso, pois qualquer interpretação ou comunicação confusa pode levar a
uma interpretação errada do paciente.

2.1 Alteração na coloração

Antes de iniciar o tratamento, observe se há alteração de cor em alguma


área ou ponto. Verifique se essas mudanças não foram causadas pelo próprio
paciente, ao coçar, ou por um brinco que pressionou determinada região, ou
ainda por alguma batida. Nesses casos, as mudanças na coloração não
possuem um valor diagnóstico importante.
Na experiência dos praticantes de acupuntura auricular, algumas cores
foram mais observadas e possuem um significado diagnóstico maior:

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• Vermelho brilhante: está presente em pacientes portadores de alterações
agudas, hiperatividade da função e pode ser vista em casos de síndromes
dolorosas. Além disso, a coloração avermelhada tende a indicar
síndromes de calor.
• Vermelho pálido, escuro ou sem brilho: normalmente, está presente em
pacientes portadores de alterações de média a longa duração, ou ainda
alterações de caráter repetitivo.
• Branco ou claro: indicativo de alterações ou patologias crônicas, sendo
observadas principalmente em pacientes que apresentam sinais de
deficiência. Além disso, a coloração esbranquiçada tende a indicar
síndromes de frio.
• Cinza-escuro: está relacionado com patologias mais graves e em estágios
mais avançados, estando vinculada com um mau prognóstico.
• Parda ou marrom-escuro: normalmente, está presente em pacientes com
alterações que evoluíram e adquiriram um caráter mais crônico, ou
pacientes que tiveram alguma alteração que já foi devidamente tratada.
• Manchas acastanhadas: pode significar doença degenerativa,
osteoporose ou osteopenia. Em alguns casos, manchas acastanhadas
podem ser causadas pelo Sol.
• Amarelada: desequilíbrio de baço, pâncreas e estômago.
• Verde azulada: pode ser desequilíbrio de fígado e vesícula biliar.
• Orelha com cordão (vasos sanguíneos edemaciados): pode significar
energia estagnada.
• Cinza: problemas de pulmão, se for craquelada como um isopor
problemas de pulmão causado por cigarro.

2.2 Alterações morfológicas

No que diz respeito às alterações morfológicas, as experiências permitem


que algumas alterações morfológicas sejam mais destacadas:

• Proeminências: são indicativas de alterações, normalmente de média e


longa duração, o suficiente para que as alterações sejam produzidas.
Podem ser basicamente de dois tipos: em forma de grãos ou em forma de
cordões alongados.

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• Depressões: podem variar tanto na profundidade como no tamanho,
sendo um indicativo de alteração local. Estão relacionadas com alguns
casos de sinais ou sintomas de falta ou perda.
• Porosidades e irregularidades como rugas e espessamentos
normalmente aparecem em pacientes portadores de patologias
dermatológicas.
• Descamações: geralmente, indicam uma enfermidade crônica, se for clara
e que se desprendem com facilidade, o praticante deve estar atento à
possibilidade de afecções dermatológicas, ginecológicas ou ainda
alterações no trato gastrintestinal. É preciso ter cuidado com pacientes
portadores de psoríase ou dermatite seborreica, que podem apresentar
descamação difusa pelo pavilhão auricular.
• Pápulas: podem indicar processos inflamatórios, síndrome de estagnação
e se apresentarem coloração devem ser avaliadas de acordo com as
alterações de cor.
• Telangiectasias (varicoses, ou microvarizes na pele): as reações
vasculares no pavilhão auricular podem se apresentar de diversas formas,
além do fato de apresentar diversas tonalidades, sendo que a combinação
dessas duas características é que permite a realização da avaliação do
paciente.
• Com cravos: pode significar energia estagnada.
• Orelha muito grande: deficiência de rim. É comum em pessoas de idade
avançada, demonstrando a deficiência.
• Orelha pequena, desproporcional ao rosto e com lóbulo curto: pessoa de
constituição física debilitada, fica doente facilmente, como gripe, alergias.
• Orelha torta, pontiaguda com qualquer tipo de deformação: pessoa muito
irritável.
• Orelha muito dura: pode significar pessoa rígida. Gosta das coisas de seu
jeito e pode ser rígida consigo mesma.
• Orelha roída na hélice: “roeu de raiva”. Em alguém que passou muita raiva
durante a vida, a orelha apresenta-se dessa forma.
• Todo e qualquer tipo de deformação pode significar algum tipo de
desequilíbrio referente à região afetada.

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2.3 Alteração da sensibilidade

A alteração de sensibilidade é uma característica pessoal. O acupuntor


deve realizar algumas perguntas abertas para que o paciente relate algumas
experiências dolorosas. Assim, será possível criar alguns parâmetros, que
podem ser:

• Hiperestesia: doenças subagudas ou agudas.


• Hipoestesia: doença crônica.

As melhores opções de verificação da sensibilidade são:

• Palpação manual: utilizar uma pinça de ponta redonda e fazer uma


pressão de mesma intensidade nos pontos a serem investigados.
• Palpação com um lápis explorador ou explorador elétrico:

o Grau 0 – não existe reação dolorosa;


o Grau I – existe reação dolorosa referida pelo paciente;
o Grau II – o paciente pisca ao sentir a dor;
o Grau III – o paciente enruga as sobrancelhas;
o Grau IV – o paciente tenta se esquivar devido à dor;
o Grau V – o paciente geme devido à dor, sendo quase insuportável.

• Exploração elétrica: está baseada na determinação da resistência elétrica


dos pontos auriculares. No ponto em que a resistência é baixa, a
condutividade é alta, pois ocorreu uma alteração em uma parte do
organismo que refletiu em um ponto auricular que teve a diminuição da
resistência elétrica da pele que gerou um aumento na resistência elétrica.
Os valores fisiológicos são entre 100 a 5.000 quilo-ohms. Se tiver uma
alteração, pode diminuir para 20 a 500 quilo-ohms, o que sugere um
aumento da condutividade elétrica do ponto reativo em comparação com
o ponto normal. Os pontos de maior resistência elétrica não guardam
relação com a enfermidade. Pontos “normais” não apresentam mudanças
sonoras. O som é mais débil e de baixa frequência, não apresentam dor
à pressão, nem mudanças morfológicas.

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TEMA 3 – MATERIAIS BÁSICOS

A sugestão de materiais para iniciar a prática da auriculoterapia é de baixo


custo em relação das outras técnicas. Entre elas, podemos citar:

• Agulha descartável de acupuntura esterilizada, no tamanho 20x15 ou


18x8: para realizar um forte estímulo sobre o ponto auricular.
• Estímulos: semente de mostarda, semente de colza, cristais radiônicos,
esferas de orgonite, esferas metálicas de ouro ou prata, Stipper etc.
• Lanceta descartável: para realizar a sangria.
• Agulhas semipermanentes: são na forma de tachinhas que são colocadas
no pavilhão auricular e fixadas com um pedaço de esparadrapo e ficam
por alguns dias. Não podem ser reaproveitadas.
• Agulhas de Akabane: são agulhas de 5 mm de comprimento que são
inseridas horizontalmente na orelha para estimular diversos pontos ao
mesmo tempo.
• Fita adesiva: para fixar os estímulos na placa de aurículo. Pode ser da cor
branca ou bege.
• Estilete: para cortar o esparadrapo.
• Placa de acrílico para auriculoterapia: um molde que vem com um ou dois
buracos para fixar o estímulo escolhido e cobrir com o esparadrapo.
• Algodão: para a antissepsia do pavilhão auricular.
• Pinça de aço inox com ponta arredondada: para ser usada durante o
diagnóstico e colocação dos estímulos.
• Apalpador com molas: para auxiliar no diagnóstico.
• Localizador de pontos manuais: semelhante a uma caneta com um ponta
flexível que produz a mesma pressão.
• Álcool 70%: para a antissepsia do pavilhão auricular e materiais e móveis.
• Lençol de papel descartável para a maca.
• Coletor para perfurocortante: caixa de papelão própria para o descarte de
material infecto contagiantes (agulhas, algodões, lancetas etc.).
• Lixo hospitalar.
• Equipamento de Proteção Individual: jaleco, touca, óculos, máscara, luvas
e propés.

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• Sabonete líquido neutro.
• Lixo comum.
• Papel toalha descartável.

TEMA 4 – BIOSSEGURANÇA

Como a auriculoterapia faz parte das práticas integrativas e


complementares em saúde, são necessários aplicar as normas de
biossegurança, que são um conjunto de ações funcionais e operacionais para
prevenir, controlar, reduzir ou eliminar os riscos inerentes às atividades que
possam comprometer a saúde do profissional, dos pacientes e o meio ambiente.
As medidas são desde o levantamento de documentos legais, a assepsia
correta das mãos até a conduta dentro do consultório. Lembrando que a
contaminação microbiana é controlada por procedimentos específicos de
pessoas, higiene, paramentação e ainda pela correta lavagem de utensílios.
Devem seguir alguns parâmetros relativos:

• Resoluções que regulamentam os requisitos mínimos relativos a


infraestrutura e documentos.
• Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Serviço de Saúde
(PGRSS): para definir o descarte de resíduos sólidos da saúde e a
prevenção de acidentes ocupacionais.
• Imunização do profissional de acordo com as características da região e
da população a ser atendida.
• Riscos: instrumentais (no manuseio da agulha), físicos (sendo necessário
ter uma boa iluminação, ventilação e isolamento térmico e acústico),
ergonômicos (com organização do ambiente de trabalho, altura das
cadeiras, mesas e maca) e mecânicos (com a aquisição de materiais
registrados, equipamentos de proteção individual e coletiva).
• Publicações e propagandas.
• Conhecer o seu trabalho e os materiais que utiliza.
• Saber onde estão localizados os extintores de incêndio, bem como saber
sua correta utilização.
• Utilizar os equipamentos de proteção individual: é sugerido o uso de um
uniforme ou um jaleco de mangas longas. Tem como objetivo a proteção

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do profissional, retirar anéis, pulseiras, brincos e colares, evitar o uso de
cosméticos fortes, trocar diariamente os EPIs (toucas, máscaras, jalecos
descartáveis, luvas e propés). O uniforme é de uso pessoal e
intransferível. Deve-se manter as unhas sempre cortadas e limpas. Se
não usado corretamente, passa a ser um fator contaminante.
• Seguir todas as regras de segurança referente ao seu trabalho.
• Não operar, desmontar ou reparar equipamentos, quando não estiver
qualificado para tal operação.
• Não comer, beber, mascar, fumar ou armazenar alimentos, fumo ou
medicação pessoal nas áreas do laboratório.
• Manter organizada a área de trabalho.
• Trabalhar com seriedade, evitando brincadeiras, mantendo a atenção e a
calma.
• Planejar as atividades, procurando conhecer os riscos envolvidos,
precauções a serem tomadas e como descartar corretamente os resíduos.
• Uso de equipamentos elétricos que nunca devem se ligados sem antes
verificar a voltagem correta (110/220 V). Ler com atenção as instruções
sobre a operação de um equipamento antes de iniciar os trabalhos com
ele. Usar o equipamento somente se os fios, tomadas e plugues estiverem
em perfeitas condições. Não instalar nem operar equipamentos elétricos
sobre superfícies úmidas. Remover frascos de inflamáveis das
proximidades do local onde irá utilizar equipamentos elétricos. Não confiar
completamente no controle automático de equipamentos elétricos. Não
deixar equipamentos elétricos ligados no consultório fora do horário de
expediente. Combater o fogo em equipamentos elétricos somente com
extintores de CO2.

TEMA 5 – POSTURA E POSICIONAMENTO

O praticante deve se posicionar de modo confortável e de uma forma que


a orelha do paciente fique em um nível bem adequado para ser inspecionada.
A inspeção deve ser realizada em um local com boa iluminação,
preferencialmente natural, para evitar que luzes muito fortes ou que incidam
diretamente na região possam produzir um brilho excessivo. Durante a

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realização da inspeção auricular, o praticante deve tomar o máximo de cuidado
para não tracionar excessivamente a orelha do paciente quando há necessidade
de inspecionar algumas regiões que ficam escondidas.
Além da postura física, é necessário reforçar alguns pontos sobre a
postura profissional que são um conjunto de características pessoais e condutas
adotadas pelo profissional no ambiente de trabalho.
São todas as escolhas, ações e atitudes realizadas diante das mais
variadas situações do dia a dia que compõem a postura de um profissional, tais
como: manter a apresentação pessoal, ser pontual com os horários dos
agendamentos, usar um uniforme ou vestimenta adequada, valorizar as opiniões
divergentes, cuidar com a escolha da linguagem, coloque o foco no universo do
seu paciente, utilize os conhecimentos que sente segurança, saiba dizer não,
entre outras.

NA PRÁTICA

O profissional que deseja exercer a ocupação de acupunturista deve


realizar a elaboração do plano de negócios para avaliar a viabilidade financeira,
levantar as necessidades estruturais, a escolha do espaço adequado, e o estudo
da precificação e do retorno financeiro. Também deve levantar as necessidades
dos documentos legais, planejar as ações de marketing etc. São ações que
levam tempo, mas que são de extrema importância.
Quanto à prática da seleção de pontos, isso dependerá da escolha do
aurículo que mais se adaptou. O diagnóstico é muita observação e prática. Todos
esses conhecimentos apresentados são apenas um estímulo para cada aula
possam buscar mais informações.

FINALIZANDO

A prática eficaz da auriculoterapia tem crescido muito, graças ao esforço


e comprometimento de alguns profissionais sérios e competentes. De forma
básica e didática, procuramos trazer algumas informações sobre o uso de um
microssistema tão rico em detalhes e com resultados surpreendentes.
Esperamos que cada vez mais outros profissionais da saúde aceitem as Práticas
Integrativas e Complementares, dentre elas a acupuntura e a auriculoterapia,

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que se interrelacionam com toda a fisiologia e influência na bioquímica do
organismo há milhares de anos sem sofrer alterações em sua base.

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REFERÊNCIAS

GARCIA, E. Auriculoterapia. São Paulo: Roca, 1999.

GUIMARÃES, R. Auriculoterapia: visão oriental, visão ocidental. Recife: Nossa


Livraria, 2001.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

KEN, C.; YONGQIANG, C. Manual de terapia auricular chinesa. São Paulo:


Organizações Andrei Editora Ltda, 2006.

SOUZA, M. P. Tratado de Auriculoterapia. Brasília: Instituto Yang, 1997.

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