Polinomios
Polinomios
Polinomios
e equações
algébricas 2
Fascículo 12
Unidade 38
Polinômios
e equações
algébricas 2
Para início de conversa...
vários métodos para a solução de diversos problemas que, hoje, são modelados por
equações algébricas.
Figura 1: Cyperius papyrus, planta a partir da qual se faz e cujo nome deu origem ao
termo papiro.
deira, mas 5 não é solução da mesma equação pois 2.5 – 6 = 0 é uma sentença falsa.
Na busca de um tratamento mais sistemático para o problema, os matemáticos se fizeram duas perguntas:
Foi apenas em 1799 que o astrônomo, matemático e físico alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855) respondeu
à primeira das perguntas. Em sua tese de doutorado, apresentou o famoso Teorema Fundamental da Álgebra, onde
demonstra que toda equação polinomial tem ao menos uma solução no campo dos números complexos.
Outros matemáticos antes de Gauss apresentaram demonstrações desse teorema, mas todas continham fa-
lhas. Entre esses matemáticos podemos citar: Jean Le Rond d’Alembert, Leonhard Euler e Joseph Louis Lagrange.
A demonstração feita por Gauss era perfeita e, no decorrer de sua vida, apresentou mais três demonstrações
do mesmo teorema.
40
Resta responder à 2ª pergunta. Como achar essas raízes?
Por volta de 1550, já se conheciam fórmulas gerais para resolver equações do 1º, 2º, 3º e 4º graus, mas nenhu-
ma fórmula havia sido obtida para resolver equações de grau maior que 4.
Em 1824, um jovem matemático norueguês, Niels Hendrich Abel (1802-1829), demonstrou que não existem
fórmulas gerais para resolver equações de grau maior que 4. Isso também foi demonstrado pelo matemático francês
Existem processos algébricos para determinar as soluções de equações dos 1º, 2º, 3º e 4º graus.
Não é possível encontrar soluções para equações de graus maior que 4 por processos algébricos, a não ser
em casos específicos.
Sugerimos ver, no endereço a seguir, mais informações históricas sobre o desenvolvimento e as desco-
bertas sobre polinômios. É um artigo que, além de apresentar os fatos históricos, também desenvolve
o conteúdo relativo ao tema que estamos estudando.
http://www.inf.unioeste.br/~rogerio/02d-Estudo-analitico-polinomios.pdf
Objetivos de Aprendizagem
Utilizar o teorema do resto para resolver problemas.
Estudaremos agora o resultado de uma divisão de um polinômio por um binômio do tipo (x – a), revendo a
divisão de polinômios já feita na aula anterior. Vamos dividir p(x) = 2x3 - 3x + x – 4 por d(x) = x 2
2x3 – 3x + x – 4 x–2
–2x3 + 4x2 2x2 + x + 3
x + x
2
–x2 + 2x
3x – 4
–3x + 6
2
Encontramos o quociente da divisão que é o polinômio de grau 2, q(x) = 2x2 + x + 3 e o resto que podemos
chamar de r(x) = 2.
Observe que o grau do quociente (no caso, 2) é a diferença entre os graus do dividendo (no caso, 3)
e o do divisor (no caso, 1).
Veja que o resto da divisão é um polinômio de grau zero, menor que o grau do binômio d(x) que tem grau 1.
Você já sabe que a divisão de um polinômio p(x) por um binômio (x – a) determina os polinômios q(x) e r(x) de tal for-
ma que p(x) = (x – a).q(x) + r(x). Lembre-se da analogia que fizemos na unidade anterior com os números. Da mesma
forma que dividendo = divisor.quociente + resto, p(x) = d(x).q(x) + r(x). No caso, nosso d(x) é justamente o x-a.
Como o grau polinômio divisor d(x) é 1 (porque estamos estudando a divisão por x-a), o grau de r(x) será sem-
pre zero. Noutras palavras, o polinômio r(x), resto da divisão, será sempre um número. Fazendo x = a na expressão p(x)
42
p(a) = (a – a). q(a) + r
p(a) = 0. q(a) + r = 0 + r
p(a) = r
Assim, dado um polinômio qualquer p(x), seu valor numérico para x=a é justamente igual ao resto da divisão des-
se polinômio por (x – a). O valor numérico de um polinômio para x=2, por exemplo, é justamente o resto da divisão desse
polinômio por x-2. Já o valor desse mesmo polinômio para x= - 10 é o resto da divisão dele por x + 10, e assim por diante.
O valor numérico do polinômio p(x) para x = a – ou seja, p(a) – é igual ao resto da divisão desse po-
linômio por (x – a).
Podemos pensar agora em uma importante consequência desse resultado. O que acontece se o valor numéri-
co de p(a) for igual a zero? O que podemos concluir em relação aos polinômios p(x) e x – a? Ora, se p(a) for igual a zero,
temos que o resto da divisão de p(x) por x – a é zero e, consequentemente, p(x) é divisível por x – a.
Se p(a) = 0, podemos concluir, pela definição de raiz, que o valor a, além de ser raiz do polinômio x – a, também
é raiz do polinômio p(x). Vejamos algumas aplicações desse resultado.
Vamos determinar o valor de m de modo que o polinômio p(x) = x3 – 2x2 + mx – 2 seja divisível por d(x) = x + 2.
Ora, se p(x) é divisível por d(x), o resto da divisão de um pelo outro é igual a zero. Esse resto também é igual ao
valor de p(a). Falta descobrir o valor de a, o que faremos comparando x+2 com x-a . Chegaremos à conclusão de que
2 = –a; a = –2.
Logo, p(–2) = r = 0
– 18 – 2m = 0
–2m = 18
m = –9
Logo, o valor de m que torna o polinômio p(x) divisível por d(x) é –9.
Outra maneira é pensar que se p(x) é divisível por d(x), a raiz de d(x) também é raiz de p(x). A raiz de d(x) é o
valor de x que faz com que d(x) seja zero, no caso, –2. Como esse valor também é raiz de p(x), teremos que p(–2) = 0 – e
caímos na mesma equação anterior.
Se p(x) = 3x3 –cx2 + 4x + 2c divisível por x + 1, quanto vale c? Explique sua resposta.
Você já conhece o algoritmo para a divisão de polinômios, que é análogo ao algoritmo usado para se dividir
números. No entanto, existe um dispositivo para se efetuar uma divisão de um polinômio por um binômio do tipo
x - a, de maneira mais simples e rápida. Este dispositivo é conhecido como dispositivo de Briot – Ruffini, em referência
aos matemáticos Charles Briot (1817-1882), francês e Paolo Ruffini (1765-1822), italiano.
Para dar um exemplo do uso deste dispositivo, repetiremos a primeira divisão de polinômios que fizemos nes-
ta aula, logo no início da seção “Divisão de polinômios e cálculo de resto”. Os polinômios são p(x) = 2x3 - 3x² + x – 4,
dividendo, e d(x) = x – 2, divisor. Neles, é possível identificar que:
44
a raiz de d(x) é x – 2 = 0; x = 2.
1ª etapa: Coloca-se a raiz na 1ª coluna com 2ª linha, os coeficientes de x na 1ª linha, separando o coeficiente
do termo independente de x.
2 –3 1 –4
2 –3 1 –4
2 2
3ª etapa: Multiplica-se o primeiro coeficiente (2) pela raiz do divisor e soma-se o produto obtido com o coe-
ficiente seguinte, ou seja, 2 x 2 + (–3) = 1. Este resultado é colocado abaixo do 2º coeficiente de p(x). Acompanhe o
2 = –3 1 –4
2 2 1 1
2 –3 = 1 = –4
2 2 1 3 1
X
X
Como dividimos um polinômio de grau 3 por um polinômio de grau 1, o polinômio que resultará dessa divisão
terá grau 2. Os coeficientes deste polinômio serão exatamente aqueles que encontramos na parte inferior central do
dispositivo, ordenados da maior para a menor potência. Assim, o resultado da divisão de p(x) = 2x3 – 3x² + x – 4 por
Compare esse processo de divisão com aquele que fizemos no início da aula e responda: foi mais
fácil fazer assim? Foi mais difícil? Qualquer que seja a sua resposta, o que precisa ficar muito claro
para você é que ela está 100% correta! Ambas as formas de fazer a divisão são válidas e a sensação de
facilidade de cada uma varia de pessoa para pessoa. Assim, no que diz respeito a estas duas maneiras,
não existe forma melhor ou pior e sim mais fácil ou mais trabalhosa para cada um de nós.
Vamos aplicar o dispositivo de Briot- Ruffini para efetuar a divisão de p(x) = x3 + x2 -10x + 8 por d(x) = x – 2e, em
1 1 –10 8
2 1 3 –4 0
Note que o resto da divisão é 0. Dessa forma, p(x) é divisível por x – 2, o que também implica dizer que 2 é raiz
de p(x). É possível escrever p(x) como um produto de dois fatores pois se p(x) = d(x) . q(x) + r(x) e r(x) é zero, p(x) = d(x)
. q(x). No caso dos polinômios em questão, isso quer dizer x3 + x2 – 10 x + 8 = (x – 2)(x2 + 3 x – 4).
46
Fatore o polinômio p(x) = x3 – 4x2 + x – 4, sabendo-se que h(x) = x – 4 é um dos
fatores de p(x).
Seção 2
Raízes de polinômios
Na aula anterior, foi feita uma revisão do conceito de raiz de um polinômio e recordamos que o valor da variá-
vel tal que o polinômio assume o valor zero é chamado de raiz do polinômio.
Para descobrir as raízes de um polinômio, podemos proceder de duas maneiras. A primeira delas é fazer uma
verificação, onde inserimos um determinado valor, que achamos ser a raiz, e vemos se ele de fato faz com que a ex-
pressão dê zero. A outra maneira é calcular a raiz diretamente. Vamos ver isso em quatro exemplos.
a. podemos fazer isso via verificação, substituindo a variável x da equação por 4, e teremos:
Como o valor x = 4 é tal que o polinômio 2x – 8 assume valor zero, concluímos que 4 é sua raiz.
b. Uma outra forma de determinar a raiz de um polinômio é resolver a equação p(x) = 0. No caso de p(x) =
2x – 8, temos:
2x – 8 = 0
2x = 8
x=4
12 + 2 . 1 – 3 = 1 + 2 – 3 = 0.
b. Podemos também verificar se x = 1 é raiz do polinômio resolvendo-se a equação p(x) = 0. No caso do poli-
nômio x2 + 2x – 3, temos que resolver a equação do 2º grau x2 + 2x – 3 = 0. Uma forma de resolvê-la é utilizar
a fórmula de Bhaskara.
−b ± b2 − 4 ac
x=
2a
−2 + 4
x= =1
2
−2 ± 22 − 4.1( −3) −2 ± 4 + 12 −2 ± 4
x= = =
2.1 2 2
−2 − 4
x= = −3
2
Vimos, então que o polinômio, além da raiz x = 1, tem também como raiz x = –3.
Bhaskara Acharya (1114-1185) foi um importante matemático da Índia medieval. Dentre seus livros,
destacam-se o Siddhanta-siromani, dedicado à Astronomia e o Bijaganita, sobre Álgebra, em que trata
da resolução de vários tipos de equações. No entanto, a fórmula para cálculo das raízes da equação do
segundo grau -e que, apenas no Brasil, leva seu nome - não é de sua autoria. Quer saber mais? Veja
“Esse tal de Bhaskara”, interessante vídeo da coleção matemática multimídia, da Unicamp. Eis o link:
http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1097
48
Terceiro exemplo: Queremos encontrar as raízes do polinômio x3 – 2x2 –x + 2. Apesar de existir uma fórmula para
a determinação de raízes de polinômios do 3º grau, vamos indicar outro caminho. É possível ter um palpite sobre uma
raiz? Verifique que 2 é uma raiz desse polinômio. De fato, 23 – 2 . 22 – 2 + 2 = 0. Pelo que estudamos nas seções anteriores,
o polinômio x3 – 2x2 – x + 2 pode ser escrito como o produto (x – 2) . p(x), sendo p(x) um polinômio de grau 2. É possível
determinar p(x) aplicando-se o dispositivo de Briot-Ruffini. Tente determinar p(x) e as outras raízes desse polinômio.
Aqui, recordamos o que já vimos anteriormente: um polinômio P(x) pode ser escrito como P(x) = d(x)
. q(x) + r(x) – onde d(x) é o divisor, q(x) é o quociente e r(x) é o resto. E, se a é raiz do polinômio, o resto
da divisão por x – a é zero. Nestes casos, como r(x) = 0, o polinômio pode ser escrito como escrito
produto de dois fatores: d(x) (o divisor, x – a) e q(x) (o quociente, resultado da divisão por x – a).
Vamos dividir o polinômio x3 – 2x2 – x + 2 por x – 2 usando o dispositivo prático, para encontrar outros fatores.
1 –2 –1 2
2 1 0 –1 0
x3 – 2x2 –x + 2 pode ser escrito como (x – 2) (x2 – 1). Vemos então que as outras raízes do polinômio do 3º grau
(além de x = 2) são as raízes do polinômio x2 – 1.Resolvendo-se a equação x2 – 1= 0, temos que x = 1 ou x = –1.
(x – 1) uma vez que (a2 – b2) = (a + b) . (a – b). Nosso polinômio x3 – 2x2 – x + 2 poderá ser escrito, então, da seguinte
maneira:
E aí, a gente pode pensar assim: a equação algébrica do primeiro grau tem uma raiz; a do segundo tem duas - e
o polinômio pode ser escrito como o produto de dois polinômios do primeiro grau; já a equação do terceiro grau tem
3 raízes – e o polinômio pode ser escrito como o produto de três polinômios do primeiro grau. Será que toda equação
algébrica do n-ésimo grau tem n raízes? Afinal, qual a relação entre o grau de uma equação algébrica e a quantidade
Como já vimos na seção “Para início de conversa”, a resposta a este problema foi perseguida por muitos anos, até
ser finalmente encontrada por Gauss, em 1799. A resposta é justamente o teorema fundamental da álgebra, que afirma
o seguinte: Toda equação algébrica p(x) = 0, de grau n maior ou igual a 1, possui n raízes não necessariamente distintas.
A demonstração do teorema Fundamental da Álgebra, devido a sua complexidade, está evidentemente fora
do escopo do nosso curso. Assim, para efeitos da nossa presente conversa, aceitaremos sem demonstração
o que foi provado por Gauss. No entanto, conhecer um pouco mais sobre a relação entre polinômios, raízes
e este teorema é bem importante. Vocês estão convidados a fazê-lo em http:// http://m3.ime.unicamp.br/
recursos/1051
50
Determine as raízes da equação x4 – 3x3 – 15 x2 + 19 x + 30 = 0, sabendo que –1 e 2
Seção 3
Relações de Girard
a ≠ 0, então:
b c
x1 + x2 = − e x1 . x2 =
a a
Vejamos um exemplo:
−3 3
A soma das raízes é 1 e o produto das raízes é =−
4 4
O interessante é que estas relações entre coeficientes e raízes de uma equação podem ser estabelecidas para
todas as equações algébricas. Vamos ver como isso ocorre na equação do 3º grau?
Suponha que x1, x2, x3 são as raízes, não necessariamente distintas, da função polinomial dada por p(x) = ax3 +
bx2 + cx + d. Como já vimos, podemos escrever a equação de forma fatorada, assim:
ax3 + bx2 + cx + d = ax3 – (x1 + x2 + x3) ax2 + (x1x2 + x1x3 + x2x3) ax – (x1x2x3) a
Fazendo- se uma analogia com as relações entre raízes e coeficientes da equação do 2º graus:
b
Como b = – (x1+x2+x3)a x1+x2+x3 = −
a
c
Como c = (x1x2 + x1x3 + x2x3) a x1x2 + x1x3 + x2x3 =
a
d
Como d = – (x1x2x3) a x1x2x3 = −
a
Estas são as chamadas relações de Girard para a equação do 3º grau.
De forma análoga, podemos estabelecer essas relações para outras equações de graus maiores que 3.
52
Caso você esteja se indagando da utilidade dos polinômios de grau
maior do que 3, eis uma aplicação interessante: em 2010, Caroline Viezel
e Gilcilene de Paulo se propuseram a determinar o tempo ideal de abate
de perus e, para isso, fizeram a modelagem...usando um polinômio do
quarto grau! O trabalho foi publicado nos anais do XXXIII Congresso de
Matemática Computacional e Aplicada. O link está aqui: http://www.sb-
mac.org.br/eventos/cnmac/xxxiii_cnmac/pdf/561.pdf
Primeiro exemplo - Escreva as relações de Girard para a equação x3 + 7x2 – 3x + 5 = 0, considerando como raízes
da equação x1, x2, e x3.
Segundo exemplo - Considerando a equação 2x3 + mx2 + nx + p = 0 e suas raízes sendo -1, 2 e 1, determine m,
n e p e escreva a equação.
m
x1 + x2 + x3 = -1 + 2 + 1 = 2 = − ;m=-4
2
n
x1x2 + x1x3 + x2x3 = –1 . 2 + –1 . 1 + 2 . 1 = – 1= ;n = – 2
2
p
x1x2x3 = -1.2.1 = –2 = − ;p=4
2
Logo a equação é 2x3 – 4x2 – 2x + 4 = 0
Para finalizar nosso conteúdo, convidamos vocês a fazerem mais duas atividades.
volume do paralelepípedo.
7
x3
Quais os valores de p e q para os quais a equação − 2 x 2 + px + q = 0 admite uma
3
raiz de multiplicidade 3. Chamamos de raiz de multiplicidade 3, quando a equação tem as
8 3 raízes iguais.
54
Conclusão
Os polinômios são utilizado para resolver situações-problema de diferentes áreas e são uma valiosa ferramenta
da Matemática. Conhecer um pouco da história do tema que estamos estudando é sempre interessante, pois pode
O dispositivo de Briot- Ruffini para resolução de uma divisão de polinômio por um binômio do tipo x – a é
bastante prático e simples, permitindo resolver problemas que exigem fatoração de polinômios e de determinação
de suas raízes.
Da mesma forma, as relações entre os coeficientes das equações e suas raízes, chamadas de Relações de Girard,
Resumo
O valor numérico do polinômio p(x) para x = a, ou seja, p(a), é igual ao resto da divisão desse polinômio
por (x – a).
Se p(a) for igual a zero, o resto da divisão do polinômio por x – a será zero, o que quer dizer que o polinômio
é divisível por x – a e a é uma raiz do polinômio.
Se p(a) for igual a zero, o polinômio p(x) pode ser escrito como um produto de dois fatores.
Raiz de um polinômio é o valor da variável que torna o polinômio nulo. Portanto, quando temos um polinô-
mio p(x) e fazemos p(x) = 0, queremos obter os valores de x que anulam a função.
As raízes de um polinômio podem ser encontradas via verificação (substituição) ou via cálculo direto.
O cálculo direto da raiz dos polinômios do primeiro grau é feito resolvendo diretamente a equação ax + b = 0
−b ± b2 − 4 ac
O cálculo direto da raiz dos polinômios de segundo grau é feita usando a fórmula x =
2a
As relações de Girard relacionam os coeficientes dos polinômios com suas raízes
As relações de Girard para equações do segundo grau são: se x1 e x2 são raízes da equação ax2 + bx + c = 0,
b c
com a ≠ 0, então: x1 + x2 = − e x1.x2 =
a a
As relações de Girard para equações do terceiro grau são: se x1, x2, x3 são as raízes, não necessariamente
b
distintas, da função polinomial dada por p(x) = ax3 + bx2 + cx + d, então: x1 + x2 + x3 = − ; x1x2 + x1x3 + x2x3
c d a
= ; x1x2x3 = −
a a
http://www.im.ufrj.br/dmm/projeto/projetoc/precalculo/sala/conteudo/capitulos/cap111s4.html
Neste site, você poderá estudar e conhecer um pouco mais sobre Polinômios, praticando mais o cálculo e
Referências
Livros
Dante, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações, 3ª edição, São Paulo, Editora Ática, 2010,736 páginas.
Bordeaux, Ana Lúcia. (et al.), coordenação de João Bosco Pitombeira. Matemática Ensino Médio, 3ª série, Rio
de Janeiro, Fundação Roberto Marinho, 2005, 440 páginas
Imagens
• http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=153960
• http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=1393676
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Friedrich_Gauss#mediaviewer/File:Carl_Friedrich_Gauss.jpg
• http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=475768
• http://fr.wikipedia.org/wiki/Albert_Girard#mediaviewer/File:Jodocus_Hondius.jpg
• http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=992677
• http://www.sxc.hu/photo/517386
Atividade 1
56
Atividade 2
Se p(x) é divisível por x + 1, o resto é zero. Para calcular o valor de c devemos cal-
–3 – c – 4 + 2c = 0 –7 + c = 0 c = 7
Atividade 3
1 –4 1 –4
4 1 0 1 0
x3 -4x2 + x – 4 = (x – 4)( x2 + 1)
Atividade 4
p(x) = x2 – x – 5
d(x) = x – 5
p(5) = 25 – 5 – 5 = 15
Sendo p(5) ≠ 0 o resto é igual a 15, logo p(x) não e divisível por d(x).
Outra solução:
Atividade 5
2 . 33 – 5 . 32 – 4 . 3 + 3 = 0
54 – 45 – 12 + 3 = 0
0=0
2 –5 –4 3
3 2 1 –1 0
2 1
x1 = =
4 2
−1± 9 −1± 3
x= = =
4 4
−4
x2 = = −1
4
O polinômio p(x), então, pode ser escrito de forma fatorada, da seguinte maneira:
1
2x3 – 5x2 –4x + 3 = (x – 3) (x – ) (x +1).
2
b.
1 –6 0 32
–2 1 –8 16 0
Atividade 6
1 3 –15 19 30
–1 1 4 –11 30 0
2 1 -2 –15 0
58
(x + 1) (x – 2) (x2 – 2x – 15) = 0
(x + 1) (x – 2) (x + 3) (x – 5)
Atividade 7
1
Volume do paralelepípedo: x1x2x3 =
3
7 14
Área total do paralelepípedo: 2 ( x1x2 + x1x3 + x2x3) = 2. =
3 3
14 1 14
Razão entre a área e o volume: : = × 3 = 14
3 3 3
Atividade 8
x3 – 6x2 +3px + 3q = 0
a + a + a = 6 a=2
8
a . a . a = –3q → – 3q = 8 → q = −
3
ab + ac+ bc = 3p
a2 + a2 + a2 = 3p → 3a2 = 3p → 12 = 3p → p = 4
Atividade 9
c/a = 3/8
3/(k+2) = 3/8
k=6
que np + mp + mn = 3/1 = 3
mnp = –4/1 = –4
e assim
60
O que perguntam por aí?
Comentário:
23 – 3 . 2 – 2 = 0
x = –1 é a raiz dupla
Resposta: a = 1, b = 3, c = 2 e d = 2
Sugestão: desenvolver os produtos, escrever na forma geral do polinômio e igualar os coeficientes de p1(x)
com os de p2(x). Lembrando que (a+b)³ = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3.
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 6
Quais são os valores de a e b, respectivamente, considerando o p(x) = –4x3 + ax2 + bx – 18, onde 2 e raiz de p(x)
e p(–1) = –18?
Exercício 7
Quais são os valores de a e b, respectivamente, considerando p(x) = x3 +ax2 +(b – 18) x + 1, e que 1 é raiz de
Exercício 8
Exercício 9
64
Exercício 10
Exercício 11
Exercício 12
Exercício 13
Exercício 14
Exercício 15
Exercício 1
A B C D
Exercício 2
A B C D
Exercício 3
A B C D
Exercício 4
A B C D
Exercício 5
A B C D
Exercício 6
A B C D
66
Exercício 7
A B C D
Exercício 8
A B C D
Exercício 9
A B C D
Exercício 10
A B C D
Exercício 11
–1.
Exercício 12
–20.
Exercício 13
5x – 9.
1, –1, 2 2 , – 2 2 .
Exercício 15
1 e 2.
68