ANEXO 01 - Caderno Pedagógico Anos Iniciais 2023 Estudante
ANEXO 01 - Caderno Pedagógico Anos Iniciais 2023 Estudante
ANEXO 01 - Caderno Pedagógico Anos Iniciais 2023 Estudante
DIAGRAMAÇÃO
Fabiel Lima
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Aula 1 - D11. Artigos de opinião (conceito, característica,
exemplos) .................................................................................... 9
1
fato
CONTEÚDO(S):
Artigos de opinião (conceito, característica,
exemplos)
ARTIGOS DE OPINIÃO
PRÉ-ADOLESCENTE É CRIANÇA?
Aproveite o finalzinho da infância, pois ela não volta nunca mais
9
outra depois. Isso é natural.
Já pensou se chamarmos os adultos de pré-velhos? Eles não vão gostar nem
um pouco, não é verdade? Mas eles nem pensam nisso quando chamam as crianças
de 11 e 12 anos de pré-adolescentes. Pois saibam que elas são crianças. Estão no final
da infância, mas ainda continuam crianças.
Vou contar uma coisa: quem usa essa expressão tem pressa que a infância
acabe logo. Não precisa ter esta pressa. Ser criança já dura bem pouco tempo, só 12
anos. Só! Depois disso, não dá mais para voltar atrás. (...) Por enquanto use seu tempo
livre e brinque, brinque muito ou fique sem fazer nada.
E quando um adulto disser que você é um pré-adolescente, faça cara feia e
afirme: sou criança e gosto de ser assim!
Disponível em: https://feeds.folha.uol.com.br/fsp/folhinha/215425-pre-adolescente-e-crianca.shtml.
Acesso em: 10 mar. 2023.
• Você concorda com a autora do texto? Explique.
• Geralmente, onde você encontra esse tipo de texto?
• Para que você acha que serve esse tipo de texto?
• Você concorda com a opinião do autor do texto? Explique.
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negros é sem dúvida maior. A grande questão é: até quando o racismo persistirá no
nosso país? Pois mesmo séculos depois, ainda é possível nos depararmos com um
racismo velado no Brasil.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/artigo-de-opiniao/. Acesso em: 10 mar. 2023.
VAMOS PRATICAR
01. Escolha um dos temas abaixo e escreva um artigo de opinião. Considere a es-
trutura do texto:
Introdução – Desenvolvimento – Conclusão
• A preservação do meio ambiente
• Desigualdades sociais no Brasil
• Prevenção do bullying nas escolas
11
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
2
fato
CONTEÚDO(S):
Distinção: fato x opinião
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• Qual foi a opinião do primeiro menino sobre o animal?
• O outro menino pesquisou sobre o animal e a qual conclusão ele chegou?
• Você sabe diferenciar um fato de uma opinião?
FIQUE ATENTO!
Em tempos de fake news, é muito importante reconhecer a distinção entre
FATO x OPINIÃO, para que sejam compreendidos os discursos e as afirmações, já que
os fatos poderão ser verificados ou comprovados. Já a opinião, que é um julgamento
pessoal, fundamenta-se somente em uma visão individual a respeito do fato.
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VAMOS PRATICAR
01. Leia as frases abaixo retiradas de textos e coloque (F) para FATO ou (O) para OPI-
NIÃO.
A) ( ) De um modo geral, as biografias contam sobre a vida de alguém.
B) ( ) O vírus pode se espalhar pela boca ou pelo nariz de uma pessoa infectada.
C) ( ) Eu considero a soneca ótima para quem vai trabalhar à tarde.
D) ( ) O primeiro dia do programa Mais Médicos foi marcado por faltas e desistências.
E) ( ) Para mim, a agricultura é mais importante do que a pecuária.
14
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
3
fato
CONTEÚDO(S):
O ADJETIVO na construção da opinião
FIQUE ATENTO!
O adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser
e concorda sempre com o substantivo que ele acompanha. Ao analisarmos a pala-
vra BONDOSO(A), por exemplo, observamos que, além de expressar uma qualidade,
ela pode ser “encaixada diretamente” ao lado de um substantivo: homem bondoso,
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moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra BONDADE não acontece o mes-
mo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bon-
dade, portanto, não é adjetivo, mas um substantivo.
Leia o texto abaixo.
A ROTINA DIGITAL
É impossível fugir de um mundo tão conectado neste século. Com frequência,
dividimos nossa atenção entre o celular, a televisão e o computador. Interagimos
através de chamada de vídeo com quem está a dezenas de quilômetros de distância,
fugimos das filas do supermercado, das lotéricas, ao fazermos compras no conforto
da nossa casa. E boa parte dessas ações são feitas diante de um simples dispositivo
telefônico.
Ao viver nesse mundo interligado, seja em computadores, seja em celulares
ou outros dispositivos digitais, esquecemos que nem todos possuem a mesma opor-
tunidade para acessar os meios tecnológicos. (...)
O incentivo a políticas públicas que visem ampliar o acesso deve ser priori-
dade dos governantes. Esse incentivo pode partir das escolas, com a ampliação das
mídias tecnológicas nos espaços educativos.
Portanto, é fundamental introduzir crianças e jovens no mundo digital, tanto
em relação à internet quanto a programas que incentivem o estudo.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/04/atividade-portugues-artigo-de-opiniao-5ano-
-6ano.html. Acesso em: 14 abr. 2023.
• De que trata o texto lido?
• Identifique, no texto, três adjetivos.
• Você conseguiu identificar a opinião do autor do texto? Caso tenha iden-
tificado, cite um trecho do texto em que conseguiu verificar a opinião do
autor.
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VAMOS PRATICAR
Complete as frases abaixo, como no exemplo:
Quem tem bondade é bondoso
a) Quem tem alegria é ____________________
b) Quem tem respeito é ___________________
c) Quem tem inteligência é _________________
d) Quem tem medo é ______________________
e) Quem tem carinho é ____________________
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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
4
fato
CONTEÚDO(S):
Resenha Crítica
RESENHA CRÍTICA
RESENHA CRÍTICA
A resenha crítica possui como objetivo avaliar uma obra (livros, artigos, filmes,
séries, documentários, exposições de artes, peças teatrais, apresentações de dan-
ça, shows) e informar o leitor sobre uma opinião, a do/a resenhista, que sintetiza as
ideias e expõe suas apreciações. É um gênero textual informativo, descritivo e opina-
tivo sobre uma obra.
A resenha possui um resumo acerca da obra e apresenta críticas pontuais a
respeito de diferentes elementos desta, sendo que as críticas poderão ser tanto po-
sitivas como negativas.
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capaz de enrolar o lobo. Ela é pega, mas ganha tempo. Trava um diálogo em que ela
dá as cartas e se torna dona do jogo, saindo de vítima com muito humor.
(...)
Moral da história: podemos sair de algumas enrascadas da vida apenas com
um pouco de bom humor e sacadas inteligentes e rápidas. Um bom aprendizado
para meninos e meninas.
Afinal, a vida é repleta de lobos maus e vencê-los também é possível, mesmo
sendo menor que eles e mais frágeis.
Fica uma sugestão “descolada”, com humor sutil e irreverente mostrando que
toda história pode ser contada de uma outra forma.
Texto de Luiz Guilherme Beaurepaire. Disponível em: https://ensinoereflexao.blogspot.com/2020/07/
sequencia-didatica-resenha-critica.html. Acesso em: 12 mar. 2023.
Questão 1
O texto acima é:
A) um trecho do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
B) uma resenha do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
C) um conto da Chapeuzinho Vermelho.
D) uma notícia do lançamento de um livro.
Questão 2
O primeiro parágrafo do texto é:
A) uma opinião sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
B) uma descrição do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
C) um trecho do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
D) uma comparação sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho” e a história original.
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informações a respeito e possui o intuito de situar o/a leitor/a, a fim de que
ele/a saiba o que vai encontrar no texto.
• Desenvolvimento: maior parte do texto, onde são apresentados os argu-
mentos e as apreciações do/a resenhista a respeito da obra analisada. Aqui
ele/a expõe as suas ideias e opiniões, fundamentando-as e tornando-as co-
erentes.
• Importante: As resenhas críticas possuem a intenção de influenciar os/as
leitores/as e, por esse motivo, é nesse espaço que o/a resenhista deverá apre-
sentar os seus argumentos, indicando suas percepções negativas ou posi-
tivas da obra, sempre explicando o motivo daquilo que constatou. Caso a
resenha crítica não tenha a apresentação de um posicionamento do/a rese-
nhista, ela poderá ser considerada uma síntese ou resumo.
• Conclusão: apresenta o fechamento das ideias e geralmente trata-se de um
parágrafo pequeno. É o momento de sintetizar e opinar sobre alguns aspec-
tos da obra, mesmo que a opinião tenha sido exposta no desenvolvimento,
dentre eles: relevância da obra e do tema na atualidade, pontos positivos e
negativos, principais contribuições para o público, comparações com outras
obras, etc.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/resenha-critica/. Acesso em:12 mar. 2023.
VAMOS PRATICAR
Escreva uma resenha crítica sobre algum filme que você já assistiu e achou interes-
sante. Se puder, assista-o novamente prestando atenção na história, nos personagens,
cenário, costumes, efeitos espaciais, tempo e etc.
IMPORTANTE: Não esqueça de estar atento às orientações estudadas para que você
elabore um bom texto.
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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
5
fato
CONTEÚDO(S):
Operadores e modalizadores discursivos.
• Você já escreveu ou escreve em diário? Sabe para que serve? Sobre o que
geralmente se escreve? Para quem?
• Na sua opinião, os diários precisam ser reais ou podem existir diários fic-
cionais (com personagens e histórias criadas por um autor)? Conhece
algum?
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de suas principais características e a indicação de data serve tanto para demarcar
o tempo dos acontecimentos, como para o registro deles, de modo que quem o es-
creveu possa se lembrar com mais facilidade de quando os fatos aconteceram. Vo-
cativo e assinatura ao final também podem ser outros aspectos. Os tempos verbais
predominantes são os que expressam o passado. Além disso, esse gênero também
apresenta várias marcas de subjetividade (como pronomes e formas verbais de 1ª
pessoa).
No diário ficcional o relato não é da vida do próprio autor. Ele escreve o livro,
cria uma história na qual uma personagem faz o relato. Além disso, diferentemente
do diário pessoal, o ficcional nem sempre apresenta a data de uma maneira precisa
(dia, mês e ano), assim como pode suprimir algum outro elemento.
Nos livros, Os diários de Amora e Diário de Aventuras da Ellie, Amora e Ellie,
respectivamente, são as narradoras e quem “escrevem” os diários, relatando o que
ocorre na história. O primeiro livro é de autoria de Joris Chamblain e Aurélie Neyret,
e o segundo é de Ruth Mcnally Barshaw.
CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.
22
Fragmento 2. Os diários de Amora
CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.
No fragmento 1, o assunto são as amigas da protagonista, Line e Érica, como se
conheceram e as características de Line. Já no fragmento 2, é falado sobre a senhora
Desjardins, uma escritora conhecida que inspirou a narradora da trama, Amora.
Fragmento 3. Diário de Aventuras da Ellie.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 26.
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Fragmento 4. Diário de Aventuras da Ellie.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 27
Fragmento 5. Diário de Aventuras da Ellie.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 31.
Nos fragmentos 3 e 4, há o relato sobre as audições que ocorreram para a peça
de “O mágico de Oz” que seria apresentada na escola. No fragmento 5, a narradora,
Ellie, fala sobre a angústia pela situação de sua amiga Mo não ter sido escolhida para
interpretar o papel de Dorothy e por ela não poder contar ou saber o que fazer para
aplacar o ocorrido com a amiga.
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Caro/a estudante, você observou a relação das ilustrações com a lin-
guagem verbal, bem como para outros recursos gráficos, os quais também
transmitem mensagens ao leitor e contribuem para o sentido do texto? Em
aulas anteriores, você já estudou a distinção fato-opinião. Aponte algumas
opiniões presentes nos textos. O que você verificou para chegar a essa con-
clusão.
FATO OPINIÃO
• Aquilo que aconteceu ou que está
• Uma interpretação; julgamento pes-
para acontecer;
soal;
• Pode ser comprovado (por números,
• É o que alguém pensa sobre um
documentos, registros...);
acontecimento;
• Realidade; verdade;
• Uma visão sobre alguma coisa;
• Pode ser verificado, fundamentado
• As opiniões refletem crenças, juízos,
ou negado por critérios e evidências
valores - subjetividade.
- objetividade.
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(Você tem que dialogar; você pode dialogar); emprego de adjetivos, revelando opi-
nião ou posicionamento (Que coisa certa!); e advérbios, traduzindo a avaliação do
falante frente ao enunciado (Lamentavelmente, ele veio).
26
Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência
6
entre partes e elementos do texto
CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.
27
Vale lembrar que as fontes precisam ser confiáveis, com informações cientifica-
mente comprovadas, pois isto é uma garantia de que as informações são verdadeiras,
evitando a disseminação das famosas fake news.
O texto expositivo deve ter título e apresenta a seguinte estrutura:
• Introdução: apresentação do tema (ideia principal).
• Desenvolvimento: amplia o tema. Um modo de organizar as informações é
apresentá-las em sequência, marcada por expressões, como: primeiro, de-
pois, em seguida, finalmente.
• Conclusão: retoma e encerra a ideia principal.
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Disponível em: https://www.maxieduca.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/11/Esquema.png. Acesso
em: 11 mar. 2023.
Caro/a estudante, você lerá o texto "Oceano ácido, alerta geral!", texto
de divulgação científica, e responderá aos questionamentos propostos.
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causa problemas graves para o planeta, como o efeito estufa e a acidificação dos oce-
anos. Pois é, graças às ações humanas, o gás carbônico se tornou um grande vilão.
No caso dos oceanos, o que causa a acidificação não é o gás carbônico sim-
plesmente, mas sua transformação quando entra em contato com a água. Esse en-
contro no ambiente marinho produz uma reação química que gera um ácido, o ácido
carbônico. E é o ácido carbônico que torna o oceano mais ácido!
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O artigo de divulgação científica é um texto expositivo cuja finalidade é trans-
mitir ao público em geral os conhecimentos científicos obtidos em estudos e pesqui-
sas realizadas por especialistas. Nele, divulgam-se dados, relatórios, procedimentos e
descobertas que podem contribuir para o avanço do conhecimento humano e me-
lhorar a qualidade de vida das pessoas.
Este texto é escrito em uma linguagem mais objetiva, formal, porém acessível
ao leitor e apresenta, geralmente, a seguinte estrutura:
• Introdução: apresentação da questão investigada.
• Corpo ou texto principal: hipóteses levantadas, explicações e descobertas
realizadas.
• Conclusão: afirmação final do que foi observado, fechamento do que foi ex-
posto e/ou outros aspectos.
Causa Consequências
ACIDIFICAÇÃO DOS
OCEANOS
31
Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência
7
entre partes e elementos do texto
CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.
Gênero textual: artigo de divulgação científica
O termo thread (“fio”) é visto com muita frequência no Twitter. Como a rede
social possui limite de 280 caracteres para cada postagem, usa-se o termo quando
os usuários postam tweets em uma mesma sequência, todos eles conectados pelo
mesmo tópico. A sequência é muito usada para contar histórias ou notícias cheias
de detalhes.
Storie é um recurso do Instagram usado para publicar um conteúdo tempo-
rário (visível por apenas 24 horas) de forma customizada. Para a personalização, ofe-
rece uma série de ferramentas: filtros, GIFs, textos coloridos, stickers, dentre outros.
Vale lembrar que o Instagram é uma rede social focada no aspecto visual, em que
vídeos e imagens têm destaque.
Caro/a estudante, você sabe o que é mito? Sabia que no Brasil tam-
bém temos uma mitologia? Conhece algum mito ou lenda? Sabe quem
conta esses mitos no nosso país? Os povos indígenas foram os que mais
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contribuíram com a mitologia brasileira e que, apesar de ser pouco falada
ou conhecida, é riquíssima e cheia de histórias e personagens interessan-
tíssimos. Por exemplo, mitos sobre a criação do universo, a lenda do boto
cor-de-rosa, seres como Curupira e divindades como Tupã. Vale lembrar a
diversidade étnica das populações indígenas, compreendendo suas carac-
terísticas socioculturais e suas territorialidades.
Você irá ouvir um mito da Amazônia “As estrelas nos olhos dos meni-
nos” que está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=CU-
TDVaMgt_4. Observe como a origem das estrelas é explicada.
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3. Segundo o texto, como surgiram as estrelas?
4. Por que os ovos de tartaruga que as mulheres haviam colhido estavam
desaparecendo?
5. Por que os meninos roubaram os ovos?
6. O que as mulheres fizeram?
7. “Os meninos pediram para o beija-flor amarrar um cipó no céu.” Por que
eles fizeram isso?
8. O que aconteceu depois que os meninos cortaram o cipó? Qual a conse-
quência dessa ação?
LENDA MITO
Sim, mas podem ser insubs-
Há evidências? Não
tanciais
34
Aula
HABILIDADE:
D01. Localizar informações explícitas em um texto
8
CONTEÚDO(S):
Gênero textual: Notícia
35
MAURÍCIO de Sousa candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Aventuras na História, 15 mar. 2023.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/mauricio-de-sousa-candi-
data-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso em: 17 mar. 2023. Fragmento.
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anos de sua personagem mais famosa, é se aproximar dos leitores clássicos por meio
dos formatos de gibis, além de contribuir com a missão da Academia de formar no-
vos leitores.
“Penso que nossa função, como autores, é criar novos leitores. A ABL é o cen-
tro de valorização, não apenas do autor brasileiro, mas do leitor. Sem leitor não há a
mágica da literatura. E para conquistar o leitor, a melhor época é a infância. E este o
será para sempre. ‘A Turma da Mônica’ hoje está em todas as plataformas de comu-
nicação, para não deixar escapar a conexão que o futuro cobrará de todos”, afirmou.
Carta
Em outro trecho da carta, Mauricio de Sousa reitera sobre a importância de
seus personagens para o desenvolvimento educacional e social de crianças e jovens:
“Nossos personagens, por esta razão, são emprestados às campanhas impor-
tantíssimas no Brasil e no mundo. Projeto com a ONU mulheres e o UNICEF. Em
parceria com a UNESCO, ressaltando o direito humano à alfabetização. No projeto
Donas da Rua, foram homenageadas diversas escritoras brasileiras, como Clarice Lis-
pector, Maria Firmina dos Reis e Lygia Fagundes Telles. Personagens criados para
melhor informar o que é a empatia e a inclusão, como Luca (um garoto que usa ca-
deira de rodas) e Dorinha (menina cega inspirada em Dorina Nowill), aproveitando
a turminha como fonte de credibilidade para gerar a solidariedade e disseminar en-
sinamentos sobre os muitos amiguinhos com alguma deficiência. Crianças e jovens
precisam não apenas serem informados como formados pela magia da literatura e
seus incríveis personagens”, finaliza.
MAURÍCIO de Sousa candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Aventuras na História, 15 mar. 2023.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/mauricio-de-sousa-candi-
data-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso em: 17 mar. 2023.
37
Quem está envolvido na ação?
Quais as consequências do fato noticiado?
Retorne à notícia e encontrem essas informações. Em que parte, pa-
rágrafo as encontraram? Essas informações, geralmente, encontram-se re-
sumidas no lead e fala sobre essa e outras partes da notícia, comentando
características do gênero.
PARTES DA NOTÍCIA
38
• Título ou Manchete: frase curta e objetiva que sintetiza a ideia central da
notícia e instiga o leitor a ler o texto. É possível usar elementos como cores
e letras diferentes para chamar mais atenção.
• Subtítulo ou Linha-fina: texto que acompanha o título da notícia e que vem
destacado do corpo da matéria, fornecendo mais informações sobre o que
será abordado, de forma a atrair/chamar a atenção do leitor para o conteú-
do da notícia. Funciona como subtítulo.
• Lide (ou lead): introdução, geralmente primeiro parágrafo; fornece, de ma-
neira resumida, as principais informações acerca do fato noticiado, tais
como: o que aconteceu? Quando? Onde? Com quem? Como? Por quê?
• Corpo do texto: conteúdo da notícia propriamente dito. Detalha os dados
introdutórios e acrescenta informações.
• Foto ou Recurso visual: fotografia, infográfico, gráfico, entre outros.
• Legenda: texto que acompanha uma imagem. Objetivo: complementar,
explicar ou, ainda, reafirmar uma informação visual.
Sugestões de textos:
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TEXTO II - NASA E MICROSOFT SE UNEM PARA LEVAR MISSÕES ESPACIAIS
A ‘MINECRAFT’
Os jogadores de ‘Minecraft’ poderão lançar os seus próprios foguetes para
a Lua por meio da parceria entre Nasa e Microsoft
40
Lembre-se de:
• Dar um título e subtítulo à notícia.
• Dizer: O que aconteceu/Qual é o fato?
• Onde aconteceu? Quando aconteceu? Com quem? Como? Por
quê?
• Colocar uma imagem para ilustrar a notícia.
• Escrever uma legenda para a imagem.
41
Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um
9
texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Pronomes Pessoais:
retos e oblíquos como recursos coesivos
Caro/a estudante, veja os textos abaixo. Esta atividade tem como ob-
jetivo revisar a função dos pronomes pessoais no contexto de produção co-
municativa, bem como retomar seu uso como recurso coesivo e recuperar
relações entre partes de um texto, identificando substituições pronominais
que contribuem para a continuidade do texto.
TEXTO I - RARIDADE
A arara
é uma ave rara
pois o homem não para
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode
voar pelo céu.
42
1. As palavras destacadas na 1ª estrofe do poema Raridade referem-se a quem?
2. As palavras -la, a e ela pertencem a que classe gramatical?
3. A classe gramatical da palavra arara é:
A) Artigo.
B) Numeral.
C) Pronome.
D) Substantivo.
ORIENTAÇÃO!
Essa atividade permite o trabalho com a coesão textual. A repetição
de termos é muitas vezes desnecessária e empobrece o texto. Porém, no po-
ema acima, propõe-se a análise de um recurso linguístico muito importante
para a compreensão de textos em geral: a substituição de substantivo por
pronome.
IMPORTANTE!
Coesão textual: trata-se da ligação, da conexão entre as palavras de
um texto, por meio de elementos formais que assinalam o vínculo entre os
seus componentes. A coesão textual pode se estabelecer por meio de diver-
sos elementos linguísticos. Dentre esses elementos, os pronomes assumem
grande relevância, principalmente, pelo fato de ser por meio deles que se faz
a retomada do referente, isto é, aquilo a que o texto se refere. Todos os tipos
de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou ex-
pressões anteriormente empregados. Enfatizaremos nesta aula, os prono-
mes pessoais retos e oblíquos.
TEXTO COMPLEMENTAR
O pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou
acompanha o substantivo, indicando o vínculo existente entre os seres e as pessoas
do discurso.
As pessoas do discurso são as que participam da situação comunicativa, ou
seja, todo ato comunicativo envolve a pessoa que fala (eu), a pessoa com quem se
fala (tu) e a pessoa de quem se fala ou o objeto de que se fala (ele).
A palavra “pessoa” não se refere a ser humano. Nesse caso, é um conceito gra-
matical, que indica os papéis que os seres humanos e as coisas desempenham em
uma situação de comunicação verbal.
RESUMINDO:
• 1ª pessoa – a que fala – o emissor.
• 2ª pessoa – com quem se fala – o receptor.
43
• 3ª pessoa – de quem se fala (ou objeto de que se fala) – o referente.
Na sintaxe, desempenha qualquer função de substantivo ou adjetivo.
BUENO, Francisco da Silveira. Gramática de Silveira Bueno. São Paulo: Global, 2014. p. 163.
Observe que para cada pronome pessoal reto há pronomes pessoais oblíquos
correspondentes.
Pronomes Pessoais
Pessoa Retos Oblíquos
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela se, si, o, a, lhe, consigo
1ª pessoa do plural nós nos, conosco
2ª pessoa do plural vós vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas se, si, os, as, lhes, consigo
ORIENTAÇÃO!
Alguns mecanismos de coesão são: a referência, a substituição, a elip-
se, a conjunção (conexão) e a coesão lexical.
44
• A referência diz respeito aos termos que se relacionam a outros
necessários à sua interpretação.
• A substituição é a colocação de um item lexical no lugar de ou-
tro(s) ou no lugar de uma oração.
• A elipse consiste na omissão de um termo recuperável pelo con-
texto.
• A coesão lexical é obtida por meio da reiteração de itens lexicais
idênticos ou com o mesmo referente. Destacam-se, então, os sinô-
nimos, os hiperônimos (termos de caráter genérico) e os hipôni-
mos (termos de caráter específico) - assunto que será abordado na
próxima aula.
• A conjunção é um recurso coesivo diferente dos anteriores porque
depende das relações significativas estabelecidas entre orações,
entre períodos ou entre parágrafos.
45
Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um
10
texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Sinônimos,
Hiperônimos (termos genéricos) e Hipônimos
(termos específicos) como mecanismos de coesão
46
Dica: Uma das funções dos dicionários é ajudar a encontrar sinôni-
mos e outras palavras que possam evitar a repetição desnecessária de pala-
vras nos textos.
SINONÍMIA
Diz respeito à identidade de significados.
São chamadas sinônimas as palavras que remetem a um mesmo referente
extralinguístico, como mexerica e tangerina; gordo e obeso; professor e mestre; xixi
e urina.
Por apontarem para o mesmo referente, muitas vezes é possível uma substi-
tuir a outra. É possível, por exemplo, retomar na sequência do texto a palavra profes-
sor por mestre. Observe:
• O professor era muito rigoroso. O mestre não admitia que alunos entras-
sem depois de iniciada a aula.
A retomada de uma palavra por um sinônimo, no entanto, nem sempre é pos-
sível; porque, embora uma mesma palavra aponte para um mesmo referente, o con-
texto de utilização é diferente.
É o caso de xixi e urina no trecho a seguir:
• O médico solicitou ao paciente que procedesse à realização de diversos exa-
mes, hemograma completo, glicose, colesterol total e frações, triglicérides e
urina. Ao olhar os resultados, o médico notou que o resultado do exame de
xixi acusava uma infecção urinária.
COESÃO LEXICAL
A coesão lexical também pode ser obtida pelo uso de hiperônimos e hipôni-
mos, palavras que mantém uma relação de sentido apoiada na categoria abrangente
versus específico.
• Hipônimo é a palavra que, em relação à outra, possui sentido mais específi-
co (urologista em relação a médico).
• Hiperônimo é aquela que tem relação à outra (o hipônimo) sentido mais
abrangente (médico em relação à urologista).
Nos textos, é comum que se apresente primeiro o hipônimo, sendo o hiperôni-
mo o termo usado para a retomada, em outras palavras, o hipônimo funciona como
termo antecedente e o hiperônimo, como anafórico.
Observe a seguir exemplos de coesão resultantes da retomada de um hipôni-
mo por um hiperônimo.
• Nina adorava violetas, por isso sempre tinha essas flores em sua casa.
(Flores, o hiperônimo, termo anafórico, retoma violetas, o hipônimo, o ante-
cedente)
• Suspeitava que pudesse estar com diabetes, por isso procurou um endo-
crinologista. O médico, no entanto, após alguns exames, garantiu que ele
não estava com a doença.
(Médico, o hiperônimo, termo anafórico, retoma endocrinologista, antece-
47
dente, o hipônimo)
(Doença, o hiperônimo, termo anafórico, retoma diabetes, antecedente, hi-
pônimo)
ATIVIDADE
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede:
Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados da África, pois sua espé-
cie é uma das preferidas pelo turismo de caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500
espécimes que ainda restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma
solução extrema: transportar os rinocerontes de helicóptero. A ação utilizou helicóp-
teros militares para remover 19 espécimes – com 1,4 toneladas cada um – de seu ha-
bitat original, na província de Cabo Oriental, no sudeste da África do Sul, e transferi-
-los para a província de Lampopo, no norte do país, a 1.500 quilômetros de distância,
onde viverão longe dos caçadores. Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro,
os rinocerontes tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos vendados
(para evitar sustos caso acordassem), os rinocerontes foram içados pelos tornozelos
e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece meio brutal? Os responsáveis pela operação
dizem que, além de mais eficiente para levar os paquidermes a locais de difícil aces-
so, o procedimento é mais gentil.
BADÔ, F. A fuga dos rinocerontes. Superinteressante, nº 229, 2011.
Na construção da coesão textual, a relação entre hiperônimos e hipônimos é funda-
mental, pois contribuem para a retomada de sentido no texto. Marque com 1 as pa-
lavras que no texto funcionam como hiperônimos e com 2 as que funcionam como
hipônimos.
( ) Espécie.
( ) Espécimes.
( ) Bichos.
( ) Rinocerontes-negros.
Assinale a sequência correta:
A) 2, 2, 1, 1
B) 1, 2, 1, 2
C) 1, 1, 2, 1
D) 2, 1, 1, 2
48
Aula
HABILIDADE:
D04. Inferir uma informação implícita em um
11
texto
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais variados;
Interpretação e Inferência textual
SUGESTÕES DE TEXTOS:
49
No colinho da mamãe...
Disponível em: http://maraisabb.blogspot.com/2010/11/poesias-para-ler-e-sonhar.html. Acesso em: 13
mar. 2023.
TEXTO II
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
É a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, a que conclusões chega-
mos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.
Assim, é imprescindível destacar que:
• A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a determinadas
conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, es-
crito, oral).
• Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor
para leitor. Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que foi
sendo adquirido ao longo da vida.
• Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande
parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor
interpretação dos textos e conexão das ideias.
50
Caro/a estudante, a partir dessa observação de elementos que se as-
sociam (linguagem verbal e não verbal), perceba que a informação trazida
pelo Texto II, está implícita, fazendo-nos “deduzir/inferir” que há uma crítica
em relação à violência nas escolas.
IMPORTANTE CONSIDERAR:
Quando estamos lendo, devemos ter atenção à forma como a linguagem é
apresentada, pois há algumas questões importantes que, se não forem bem enten-
didas pelo/a leitor/a, poderão comprometer a interpretação textual, entre elas, des-
tacamos:
a. Uso da linguagem conotativa – apresenta sentido figurado.
b. Polissemia – uma palavra ou expressão pode apresentar mais de um sen-
tido.
c. Informações implícitas – informações que não aparecem diretamente ex-
plícitas no texto, mas nas entrelinhas o leitor conseguirá captar as pistas e
decifrar essas informações implícitas.
O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras lin-
guagens, não só a escrita.
Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são pas-
sos que auxiliam nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece desta-
que: a inferência.
O ato de inferir é ir além daquilo que o texto apresenta. É interpretar de for-
ma lógica e objetiva. Buscando informações que complementam a leitura. Para se
compreender um texto, é preciso fazer inferências, ou seja, é preciso que o/a leitor/a
complete o texto com informações que não estão explícitas nele. Inferências vão
além de quando o/a leitor/a estabelece ligações entre as palavras e interpreta o texto.
Ocorrem, também, quando ele/a busca, fora do texto, informações e conhecimentos
adquiridos pela sua experiência de vida, com os quais preenche os “vazios” textuais.
Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo.
Leia a tirinha abaixo:
51
imagem que deve ser interpretada. O objetivo da interpretação não é simplesmente
descrever os fatos, mas acrescentar sentido a eles.
Muitos/as estudantes param na superfície do texto. Por exemplo, na tirinha
acima, muitos diriam: “Mafalda estava em sua casa, quando seu amigo chegou. Ela
pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém doente. O amigo pensou
que fosse um familiar, mas deparou-se com o mundo.” Qual sentido tem essa descri-
ção? Nenhum, não é verdade?
Então, para encontrar a essência do texto, é preciso partir dos fatos e procurar
o sentido que eles querem estabelecer.
O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, por isso precisa de
cuidados. Isso é possível? Literalmente, não. Entretanto, se usarmos a linguagem co-
notativa, é possível inferir, ou seja, interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era cha-
mar a atenção das pessoas para a “doença” do mundo. Em que aspectos? Os mais
diversos: desigualdade social, fome, guerras, violência, poluição, preconceito, falta de
amor etc. E agora, faz sentido? Então, só agora houve entendimento.
52
Aula
HABILIDADE:
D06. Identificar o tema de um texto
12
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos.
Distinção: tema x título
Caro/a estudante, nesta aula será abordado tema e título, dando ênfa-
se à diferença entre eles. Isto porque a habilidade esperada neste Descritor é
a de que você consiga, ao ler um texto, identificar o seu tema. Faça a leitura
e reflexão de uma crônica.
As crônicas são textos narrativos que relatam com leveza fatos do cotidiano,
situações do dia a dia.
53
Não era uma angústia dolorosa; era leve, quase suave. Como se eu tivesse de
repente o sentimento vivo de que aquele momento luminoso era precário e fugaz; a
grossa tristeza da vida, com seu gosto de solidão, subiu um instante dentro de mim,
para me lembrar de que eu devia ser feliz naquele momento, pois aquele momen-
to ia passar. Foi talvez para fixá-lo de algum modo que pedi a ajuda de uma pessoa
amiga; ou talvez eu quisesse dizer alguma coisa a essa pessoa e apenas lhe soubesse
dizer: “Veja aquelas duas meninas...”.
E as meninas riam, brincando no mar.
Rubem Braga. Duas meninas e o mar. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/12613/du-
as-meninas-e-o-mar. Acesso em: 14 mar. 2023.
VAMOS PRATICAR!
54
Entonce eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração.
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar, ah! Pro meu sertão.
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chove não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração.
Luis Gonzaga e Humberto Teixeira. Luiz Gonzaga. Vinil/CD, BMG. Brasil, 2001.
55
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
13
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Textos narrativos.
Elementos da narrativa – ação, espaço, tempo.
Gênero textual: conto.
Os textos narrativos contam uma história, que pode ser real ou imaginária, por
meio de uma sequência de ações. Essa sucessão de acontecimentos é contada por
um narrador, o qual pode ser um dos personagens da história ou não. Outros ele-
mentos importantes da narrativa são tempo, espaço, personagens e enredo. Enfatize
que temos contato com diversas narrativas em nosso cotidiano, desde as histórias
contadas em notícias e reportagens apresentadas nos noticiários – que têm como
objetivo informar – até os filmes, séries e novelas a que assistimos para entreter-nos.
São exemplos de gêneros narrativos: novela, romance, contos, lendas, fábulas, entre
outros.
Nesta aula, vamos estudar os elementos: ação, espaço e tempo.
A ação refere-se aos acontecimentos contados. Assim, uma narrativa estrutu-
ra-se em quatro momentos:
• Situação inicial: como a história começa, pode conter uma contextualiza-
ção apresentando o lugar, as personagens ou situando o tempo em que os
fatos se deram.
• Conflito: acontecimento que modifica a situação inicial. Enfatize: o conflito
é o que motiva, gera a história.
• Clímax: ápice do conflito, momento mais tenso da história.
• Desfecho: conclusão, resolução do conflito.
O espaço é o local em que a narrativa se desenvolve. Ele pode ser físico, quan-
do a história indica o local: como uma escola, por exemplo. Nesse caso, pode-se clas-
sificá-lo em espaço fechado (quarto, casa, hospital, escola) ou aberto (vila, rua, ci-
dade). Em narrativas que contam os pensamentos de uma personagem e nenhum
local físico é apresentado, tem-se o que chamamos de espaço psicológico, por se tra-
56
tar do ambiente mental da personagem. Pode ser também que o espaço seja inde-
terminado, como nos contos de fadas, que costumam apontar um “reino distante”.
O tempo pode referir-se tanto ao período histórico em que a trama é desen-
volvida, quanto à duração dos fatos narrados. O tempo da narrativa pode ser cro-
nológico, físico, ou seja, indicado por dias, horas, anos, etc. Em textos com esse tipo
de tempo, a distinção entre passado, presente e futuro é bem demarcada. O tempo
pode ainda ser apresentado de maneira psicológica, quando segue os pensamentos
de uma personagem, sua subjetividade, dessa forma, há uma indefinição entre pas-
sado, presente e futuro. Assim como o espaço, o tempo também pode ser indetermi-
nado, sem trechos no texto que o indiquem ou com expressões como “era uma vez”
ou “há muito tempo”, comuns nos contos de fadas.
Leia o texto abaixo:
A DISCIPLINA DO AMOR
Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachor-
ro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na
esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu
encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à
casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe fes-
tinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos.
Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu
dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a
presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava
sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente,
como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu
num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.
Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele
disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas fo-
ram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um pri-
mo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos.
Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo
na sua esquina.
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando… Uma tar-
de (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.
com/2019/02/conto-disciplina-do-amor-lygia-fagundes.html. Acesso em: 15 mar. 2023.
57
Conto: narrativa breve em prosa, cujo enredo é intenso e rápido, ocorrendo
uma ou poucas ações, vivenciadas num curto espaço de tempo por poucas persona-
gens, que são superficialmente caracterizadas.
NEVES, Flávia. Gênero épico ou gênero narrativo. Norma culta. Disponível em: https://www.normacul-
ta.com.br/genero-epico-ou-narrativo/. Acesso em: 15 mar. 2023.
Responda às perguntas abaixo:
1. Onde aconteceu a história?
2. Podemos considerar o espaço aberto ou fechado?
3. Que palavras ou expressões do texto indicam lugar?
4. Quando a história aconteceu?
5. O tempo é cronológico ou psicológico?
6. Que palavras ou expressões do texto indicam tempo?
7. Quem são os personagens?
8. Quais são os momentos da narrativa: situação inicial, conflito, clímax e
desfecho?
58
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
14
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – tipos de narrador.
Gênero textual: conto de humor
TEXTO I - A OFERTA
Recentemente cancelei o serviço de TV a cabo por estar insatisfeita com a em-
presa. Após o cancelamento, recebi dezenas de ligações deles tentando me conven-
cer a voltar a ser cliente. A última foi num sábado antes das oito da manhã e, claro,
eu estava dormindo.
— Senhora, podemos lhe dar seis meses de isenção de mensalidade!
— Realmente não tenho interesse.
— A senhora pode, então, oferecer a promoção a um amigo!
Respirei fundo e, já irritada, disse:
— Sinceramente, só recomendaria essa oferta a um inimigo.
— Sem problema! A senhora pode me passar o nome e o telefone de seu ini-
migo?
ZANKER, Daniela. A oferta. Blog LUANAPRI. Disponível em: http://luanapri.blogspot.com/2016/11/a-ofer-
tadaniela-zanker.html. Acesso em: 15 mar. 2023.
59
Caro/a estudante, você já presenciou alguma cena do tipo, se alguém
da família já se sentiu incomodado por ligações de telemarketing? Você
sabe o que gerou o humor do texto?
60
Caro/a estudante, observe o quadro abaixo para entender melhor as
explicações.
ALVES, Igor. Tipos de Narrador: onisciente, observador e personagem. Diferença. Disponível em: ht-
tps://www.diferenca.com/tipos-de-narrador/. Acesso em: 15 mar. 2023.
61
Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e
no outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal
mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu
que era areia, uai!
O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou
a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo
essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
contrabandista.
— Mas no saco só tem areia! insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quan-
do o fiscal propôs:
— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apre-
endo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando
que a senhora está passando por aqui todos os dias?
— O senhor promete que não “espáia”? - quis saber a velhinha.
— Juro,respondeu o fiscal.
— É lambreta.
Às vezes a verdade está debaixo do nosso nariz.
PRETA, Stanislaw Ponte. Dois amigos e um chato: manual do professor. 3 ed. São Paulo: Moderna,
2020, p.65.
62
Caro/a estudante, como tarefa para casa, você poderá reescrever um
dos textos estudados nesta aula. Faça uma mudança no foco narrativo, por
exemplo: contar o texto II do ponto de vista da velha ou contar o texto I,
usando um narrador onisciente que revele os pensamentos da atendente e
da cliente.
Você poderá fazer a leitura do texto produzido na próxima aula ou en-
tregá-lo a seu/sua professor/a para que seu texto seja reunido em um acervo,
para que todos os seus/suas colegas possam consultar e ler quando quise-
rem.
63
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
15
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – personagens
(protagonista, antagonista e secundário).
Gênero textual: conto popular
64
TEXTO I - DE COMO MALASARTE ENTROU NO CÉU
Quando Malasarte morreu e chegou ao céu, disse a São Pedro que queria en-
trar.
O santo respondeu:
— Estás louco? Pois ainda tens coragem de querer entrar no céu, depois que
tantas fizeste lá pelo mundo?
— Quero, São Pedro, pois o céu é dos arrependidos, e tudo quanto acontece é
por vontade de Deus.
— Mas o seu nome não está no livro dos justos e, portanto, não entras.
— Mas então eu desejava falar com o Pai Eterno.
São Pedro zangou-se só com aquela proposta. E disse:
— Não, para falar com Nosso Senhor, precisavas entrar no céu, e quem entra
no céu dele não pode sair.
Malasarte se pôs a lamentar e pediu que o santo ao menos deixasse espiar o
céu, só pela frestinha da porta para que tivesse uma ideia do que fosse o céu e la-
mentasse o que havia perdido por causa das más artes.
São Pedro, já amolado, abriu uma fresta da porta e Pedro Malasarte meteu por
ela a cabeça.
Mas, de repente gritou:
— Olha, São Pedro. Nosso Senhor, que vem falar comigo. Eu não te dizia!!
São Pedro voltou-se com todo respeito para dentro do céu, a fim de render as
suas homenagens ao Pai Eterno que supunha ali vir.
E Pedro Malasarte então pulou para dentro do céu.
O santo viu que tinha sido enganado. Quis pôr o Malasarte para fora, mas ele
disse:
— Agora é tarde, São Pedro! Lembra-te que me disseste que do céu, uma vez
entrando, ninguém pode sair? É a eternidade!
E São Pedro não teve outra saída senão deixar o Malasarte lá ficar.
GOMES, Lindolfo. Contos populares brasileiros. São Paulo: Melhoramentos, 1965. Disponível em: https://
www.culturagenial.com/contos-populares-brasileiros-comentados/. Acesso em: 15 mar. 2023.
65
TIPOS DE PERSONAGEM:
• Protagonista: é o personagem principal da obra, em torno do qual a his-
tória é desenvolvida. É um herói (ou anti-herói) e, em alguns casos, pode
existir um ou mais personagens desse tipo.
Exemplo: Nino, de Castelo Rá-Tim-Bum.
• Co-protagonista: é o segundo personagem mais importante da obra. Pos-
sui uma relação próxima com o protagonista e o auxilia na busca de seus
objetivos. Em alguns casos, também pode haver mais de um.
Exemplo: Quico, de Chaves.
• Antagonista: o antagonista se contrapõe ao protagonista, mas nem sem-
pre está presente nas narrativas. Geralmente é o vilão da história e pode não
ser uma pessoa, mas algo que dificulta os objetivos do protagonista, como
um objeto, monstro, espírito, instituição, dentre outras.
Exemplo: Scar, de Rei Leão.
• Oponente: o oponente é o parceiro do antagonista, em uma relação similar
à existente entre protagonista e co-protagonista. Pode ser um amigo, pa-
rente ou funcionário do antagonista principal.
Exemplo: Sagat, de Street Fighter.
• Coadjuvante: é um personagem que auxilia no desenvolvimento da trama,
exercendo uma função que pode, ou não, estar relacionada com a história
principal. A quantidade de sua aparição e sua importância pode variar con-
forme o enredo.
Exemplo: Professor Girafales, de Chaves.
• Figurante: o figurante não é fundamental para o enredo principal e tem o
objetivo de ilustrar o ambiente.
SILVA, Débora. Literatura: Conheça os tipos de personagens. Estudo Prático. Disponível em: https://
www.estudopratico.com.br/literatura-conheca-os-tipos-de-personagens/. Acesso em: 15 mar. 2023.
66
TEXTO II - O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE
Um estudante e um padre viajavam pelo sertão, tendo como bagageiro um
caboclo. Deram-lhes numa casa um pequeno queijo de cabra. Não sabendo dividi-lo,
mesmo porque chegaria um pequenino pedaço para cada um, o padre resolveu que
todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a noite, o sonho mais
bonito, pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios. Todos aceitaram e
foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.
Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve de con-
tar o seu sonho. O frade disse ter sonhado com a escada de Jacob e descreveu-a bri-
lhantemente. Por ela, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante, então, narrou
que sonhara já dentro do céu à espera do padre que subia. O caboclo sorriu e falou:
— Eu sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá dentro do céu,
rodeado de amigos. Eu ficava na terra e gritava:
— Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmincês esqueceram o queijo.
Então, Vosmincês respondiam de longe, do céu:
— Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos do céu, não
queremos queijo.
O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei-me enquanto
vosmincês dormiam e comi o queijo...
CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp.
1986. p. 213. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/08/textos-classicos-de-portu-
gues-para-o.html. Acesso em: 15 mar. 2023.
67
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
16
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – discurso direto e indireto.
Gênero textual: miniconto
Caro/a estudante, você sabe o que são minicontos? São textos nar-
rativos muito pequenos que têm se popularizado recentemente, especial-
mente em redes sociais. Algumas características comuns a esses textos são:
concisão (capacidade de contar uma história com uma quantidade mínima
de palavras); efeito (intenção de provocar uma reação no leitor, seja medo,
reflexão, compaixão); ausência de descrições ou descrições bem breves (so-
mente o essencial para a compreensão do texto).
68
Caro/a estudante, você entendeu a história? Quem seria o maquinis-
ta? Onde aconteceu?
Você foi surpreendido pelo desfecho do texto que revela não se tratar
de um trem de verdade? Percebeu que as palavras usadas para designar
os objetos e o garoto são as responsáveis por criar essa ilusão? Maquinista,
locomotiva, estação, precipício, abismo, passageiro, vagonetes, ajudantes,
todas essas palavras criam a atmosfera de uma cena “real” – gerando inclu-
sive o alívio com a revelação de que não há vítimas –, para a conclusão ter o
impacto da quebra de expectativa.
O enredo desse texto não é linear, ou seja, não segue a ordem cro-
nológica dos acontecimentos. Assim, o texto já inicia com o clímax da nar-
ração (houve um desastre), para, em seguida, apresentar a situação inicial
(“a locomotiva partiu da primeira estação em alta velocidade”), o conflito
(“Quando o maquinista percebeu o perigo, não havia mais tempo para frear
o trem.”), retomar o clímax (“os vagões resvalaram, despedaçando-se no fun-
do do abismo.”) e concluir com a revelação de que eram apenas brinquedos.
Você sabe dizer em que trecho do texto há uma fala do maquinista?
Como você conseguiu identificar essa fala?
Ao contar uma história, podemos indicar as falas dos personagens.
Chamamos a introdução dessas falas de discurso, o qual pode ser feito de
maneira direta ou indireta a depender da intenção do autor do texto.
DISCURSO DIRETO
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar
fielmente a fala do personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneida-
de. Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é
dito. [...]
69
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Acesso em: 16 mar. 2023.
Em alguns textos, após a fala do personagem, existe um comentário ou escla-
recimento feito pelo narrador. Nesses casos, este trecho de narração deve ser separa-
do por aspas ou travessão, conforme o exemplo 3.
Como no discurso direto vemos a fala do personagem com suas próprias pa-
lavras, algumas características podem ser reveladas pelo jeito específico de falar –
sotaque de determinada região e uso de gírias podem indicar, por exemplo, o grupo
social ao qual pertence o personagem. Além disso, esse discurso aproxima o leitor
dos personagens ao deixá-los falarem por si.
No discurso indireto, o narrador conta com suas palavras o que o personagem
teria dito.
DISCURSO INDIRETO
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem
preferindo suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.
70
a criatura mais feia que já existiu.
— Credo! Que cauda feia! Que boca horrorosa! – disse o mais velho e líder dos
irmãos — Ele nunca será um de nós.
Os pais advertiram o primogênito a nunca mais falar isso do irmão. Todavia,
nem sempre eles estavam por perto. E a zombaria era constante: era pena feia para
lá, boca horrorosa para cá, cauda anormal aqui ou jeito bizarro de se locomover ali.
O filhote desabafava com os pais ao anoitecer e era consolado pelos mesmos
com palavras gentis.
— Meu filho, um dia você vai crescer. E quando você ficar enorme, seus irmãos
vão te respeitar.
O tempo passou e o caçula cresceu à medida que os pais definhavam por con-
ta da idade. E sem eles para tomar as rédeas da família, os outros irmãos faziam coro
às palavras do mais velho, pois o mais novo só ganhava tamanho. Beleza, não.
Na noite em que o casal de patos faleceu, o caçula declarou aos irmãos:
— Eu nunca lhes fiz nada em respeito aos nossos pais, pois um pai nunca deve
enterrar o filho. Mas agora que eles se foram, eu posso me livrar de vocês.
E em poucos minutos, ele asfixiou e envenenou todos.
Depois saiu rastejando, como a orgulhosa serpente que era.
PAIVA, Davi. O patinho feio. Continho. Disponível em: https://www.continho.com.br/o-patinho-feio.
Acesso em: 16 mar. 2023.
71
ATIVIDADE COM NARRATIVA
Após ler a narrativa com atenção, e entender todo o contexto, preencha a ta-
bela abaixo com os elementos solicitados.
72
73
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do
1
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional
CONTEÚDO(S):
Sistema de Numeração Decimal, Valor Posicional
e Quadro de Ordens
Podemos observar que os números dos dois atletas têm os mesmos algaris-
mos.
a. Quais são os algarismos que aparecem nos dois números?
b. Os números 1 927 e 7 291 são iguais? Justifique.
c. Qual o significado do algarismo 1 nos dois números?
d. Qual o significado do algarismo 9 nos dois números?
e. Qual o significado do algarismo 2 nos dois números?
f. Qual o significado do algarismo 7 nos dois números?
Esses valores que cada numeral assume de acordo com a posição nos núme-
ros é uma característica especial do nosso sistema de numeração.
O sistema de numeração que utilizamos é chamado de Sistema Indo-arábico
ou Sistema de Numeração Decimal porque é composto de 10 algarismos:
74
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Com esses 10 algarismos podemos escrever qualquer número que possa exis-
tir e para qualquer situação que precisarmos. Vamos ver alguns exemplos e registrar
números que representem as seguintes situações:
a. Idade de uma pessoa:
b. Número da casa em um endereço:
c. Data de nascimento:
d. Número do celular:
e. Número da população de uma cidade:
Esta segunda parte da aula tem como objetivo compreender por que
o sistema decimal é chamado de posicional – um algarismo ocupa um valor
determinado de acordo com a posição (ou ordem) que ele ocupa na escrita
numérica.
VALOR POSICIONAL
Outra característica do nosso sistema de numeração é que ele é posicional, ou
seja, de acordo com a posição que o algarismo está localizado em um número, ele
assume um valor diferente.
Vamos entender isso nos exemplos dos números abaixo:
75
Observe as informações sobre casos de Zica e Chikungunya no ano de 2019,
publicados no site G1.
Fonte: G1.com.
De acordo com a publicação, em 2019, foram 10.708 casos de Zica e 132.205
casos de Chikungunya. Nesses dois números, responda:
a. Nos casos de Zica, qual o valor posicional dos algarismos 7 e 8?
b. Nos casos de Chikungunya, quais os valores posicionais dos numerais 2
e 5?
QUADRO DE ORDENS
Na representação de um número no sistema de numeração decimal, a posi-
ção de cada algarismo indica uma ordem. Observe o número que aparece no texto
abaixo representado no Quadro de Ordens ou Quadro Valor de Lugar (QVL).
As três primeiras ordens do Sistema de Numeração Decimal são: Unidade (U),
Dezena (D) e Centena (C), que são organizadas no Quadro de Ordens da seguinte
forma:
76
Veja o número 857 organizado no Quadro de Ordens:
77
• Ordem das unidades: 7 unidades
• Ordem das dezenas: 2 dezenas ou 20 unidades
• Ordem das centenas: 0 centena
• Ordem das unidades de milhar: 3 unidades de milhar ou 3.000 unidades
• Ordem das dezenas de milhar: 7 dezenas de milhar ou 70.000 unidades
• Ordem das centenas de milhar: 2 centenas de milhar ou 200.000 unidades
De acordo com a prévia do Censo Demográfico de 2022. O município de Impe-
ratriz possui uma população de 273.027 habitantes.
Agora vamos ver o que você aprendeu: Observe o cartaz informativo sobre a
vacinação contra Covid-19 no município de Altamira do Maranhão, publicado em
15/08/2022.
Fonte: https://altamira.ma.gov.br/informa.php?id=760
O cartaz informa que foram recebidas 17.072 doses e que foram aplicadas
13.499 doses de vacina contra Covid-19 até aquela data.
Responda.
1. Do número 17.072, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 7 e 2.
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
2. Do número 13.499, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 3 e 4.
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
3. Organize o número 17.072 no Quadro de Ordens e escreva o valor corres-
pondente de cada ordem.
78
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
4. Organize o número 13.499 no Quadro de Ordens e escreva o valor corres-
pondente de cada ordem.
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
79
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do
2
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional
CONTEÚDO(S):
Agrupamentos e trocas na base 10
80
Disponível: https://www.buenasdicas.com/paises-medalhas-olimpiadas-12470/ (Adaptado). Acesso em
11 de março de 2023.
Agora vamos representar o total de medalhas de algumas dessas nações em
agrupamentos.
Total de Medalhas dos Estados Unidos: 2.636.
81
Total de Medalhas da China: 634.
634 = 6 x 100 + 3 x 10 + 4
Ou seja, 634 = 600 + 30 + 4
764 = 7 x 100 + 6 x 10 + 4
Ou seja, 764 = 700 + 60 + 4
Agora vamos ver o que você aprendeu: Na tabela abaixo, são informadas as
distâncias entre São Luís e algumas cidades do Maranhão, obtidas pelo Google Maps.
82
Aula
HABILIDADE:
D16. Reconhecer a decomposição de números
3
naturais nas suas diversas ordens
CONTEÚDO(S):
Decomposição das ordens em unidades
83
Vamos registrar na nova linha a quantidade correspondente de unidades de
cada ordem.
• Na ordem das unidades: 2 unidades
• Na ordem das dezenas: 2 dezenas = 20 unidades
• Na ordem das centenas: 8 centenas = 800 unidades
Agora vamos colocar esses valores na segunda linha do quadro valor de lugar:
84
Para finalizar, anotar a quantidade de unidades que cada ordem representa:
• Ordem das unidades: 3 unidades
• Ordem das dezenas: 8 dezenas = 80 unidades
• Ordem das centenas: 2 centenas = 200 unidades
• Ordem das unidades de milhares: 1 milhar = 1.000 unidades
366 = 300 + 60 + 6
b. Altura do Pico da Neblina (ponto mais alto do Brasil): 2.965 metros. Esse nú-
mero tem quatro ordens, então a decomposição terá quatro parcelas.
85
ordens, então a decomposição terá 5 parcelas.
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
86
Aula
HABILIDADE:
D17. Reconhecer a composição e a decomposição
4
de números naturais em sua forma polinomial
CONTEÚDO(S):
Composição e a decomposição de números
naturais em sua forma polinomial
87
100
• A parcela referente a 60 corresponde a 6 dezenas. Podemos escrever: 6 x 10
• A parcela referente a 6 corresponde a 6 unidades. Podemos escrever: 6 x 1
A forma decomposta também pode ser escrita da seguinte forma:
366 = 3 x 100 + 6 x 10 + 6 x 1
Esta forma de representar a decomposição de um número natural é cha-
mada de Forma Polinomial.
Vamos escrever a forma polinomial dos outros números do quadro.
88
Vamos fazer a composição dessas três formas polinomiais:
a. a) Número na forma polinomial: 2 x 1.000 + 1 x 100 + 2 x 10 + 2 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 2.000 + 100 + 20 + 2
Número formado: 2.122
b. Número na forma polinomial: 5 x 100 + 7 x 10 + 5 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 500 + 70 + 5
Número formado: 575
c. Número na forma polinomial: 2 x 10.000 + 5 x 1.000 + 9 x 100 + 0 x 10 + 6 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 20.000 + 5.000 + 900 + 0 + 6
Número formado: 25.906
89
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou
5
subtração de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Adição
Operação D U
4 7
Disponível em: https://www.lojade199online.
+ 5 0 com.br/institucional/importador-bola-gude-
-na-25-marco.php.
Resultado
SINAL D U
4 7
+ 5 0
Resultado 9 7
90
Na rua que Marcos mora, tem 39 casas de um lado e 38 do outro lado. Quantas
casas tem na rua de Marcos?
Para calcular quantas casas tem na rua de Marcos, vamos juntar a quantidade
de casas dos dois lados, ou seja: 39 + 38.
No quadro de ordens, vamos deixar uma linha para o 39, uma linha para o 38
e outra para o total.
Operação D U
3 9
+ 3 8
Resultado
Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7
Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.
Então ficamos com 1 + 3 + 3, que totaliza 7.
Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7 7
Indo de casa para a escola, Mariana gosta de contar coisas que vê pelo cami-
nho. Ontem ela estava contando carros de suas cores preferidas: vermelho e preto.
Conferiu 58 carros vermelhos e 74 carros brancos. No total, quantos carros dessas
cores ela contou?
Para saber quantos carros ela contou, precisamos juntar essas duas quantida-
des: 58 + 74. Veja como fica representado no quadro de ordens:
91
Operação D U
5 8
+ 7 4
Resultado
Operação D U
+1
5 8
+ 7 4
Resultado 2
Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.
Então ficamos com 1 + 5 + 7, que totaliza 13 dezenas.
Mas 13 dezenas correspondem a 1 centena e 3 dezenas. Devemos colocar o
algarismo 3 na ordem das dezenas e “vai um” para a ordem das centenas.
Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 3 2
Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 1 3 2
92
• A soma começa pela ordem das unidades. Toda vez que a soma dos alga-
rismos das unidades formar uma dezena, essa dezena é transferida, claro,
para a ordem das dezenas. Costumamos dizer “vai um” toda vez que isso
ocorre.
• Depois fazemos a soma dos algarismos das dezenas e quando formar uma
centena, ela irá para a ordem das centenas, e assim por diante.
Operação D U
6 3
+ 3 2
Resultado 9 5
Operação D U
+1
6 6
+ 2 8
Resultado 9 4
Operação C D U
+1
1 2 5
+ 4 9
Resultado 1 7 4
93
d) Soma das unidades: 8 + 8 = 16 (vai 1)
Soma das dezenas: 1 + 6 + 6 = 13 (vai 1)
Soma das centenas: 1 + 5 + 3 = 9
Operação C D U
+1 +1
5 6 8
+ 3 6 8
Resultado 9 3 6
94
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou
6
subtração de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Subtração
Operação D U
Quantidade no iní-
6 8
cio (Minuendo)
Quantidade que
- 2 5 perdeu
(Subtraendo)
Resultado Resto ou diferença
95
• Na ordem das dezenas: tirar 2 dezenas de 6 dezenas
6−2=4
Operação D U
6 8
- 2 5
Resultado 4 3
Operação D U
9 2
- 7 8
Resultado
Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado
96
Agora, sim, dá pra tirar 8 de 12: 12 - 8 = 4.
Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 4
Pra finalizar, fazer a subtração na ordem das dezenas: eram 9 dezenas, em-
prestou 1 e ficou 8. Agora vamos tirar 7 dezenas de 8 dezenas: 8 - 7 = 1.
Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 1 4
Operação C D U
4 3 5
- 4 8
Resultado
Operação C D U
4 32 5 15
- 4 8
Resultado 7
97
para a ordem das dezenas. Agora, ficam 3 centenas e 12 dezenas. Veja:
Operação C D U
43 3 12 5 15
- 4 8
Resultado 3 8 7
Operação C D U
1 9 8
- 1 5 6
Resultado 0 4 2
98
Operação C D U
54 1 11 8
- 3 2 7
Resultado 1 9 1
Operação C D U
98 2 11 3 13
- 5 4 6
Resultado 3 7 7
d) 200 - 98 = 102
Unidades: 0 − 8. Não é possível.
Note que não é possível também desagrupar a ordem das dezenas porque ela tem
0 dezena.
A ordem que pode ser desagrupada é a ordem das centenas e emprestar uma cen-
tena para a ordem das dezenas. Ficará 1 centena, 10 dezenas e 0 unidade
Ainda não é possível fazer 0 − 8.
Mas já podemos desagrupar a ordem das dezenas para emprestar uma dezena para
a ordem das unidades.
Ficará 1 centena, 9 dezenas e 10 unidades.
Agora podemos fazer:
Unidades: 10 − 8 = 2
Dezenas: 9 − 9 = 0
Centenas: 1 − 0 = 1
Operação C D U
21 09 0 10
- 9 8
Resultado 1 0 2
99
Agora vamos ver o que você aprendeu:
01. Qual o resultado das seguintes operações?
a) 45 - 35
b) 593 - 375
c) 607 - 489
d) 523 - 195
e) 863 - 577
100
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,
7
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação
CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração
101
Operação D U
+1
3 9
+ 1 5
Resultado 5 4
02. Para a refeição da escola, a merendeira preparou 392 lanches. Por causa da
chuva, somente 278 estudantes vieram para a escola e lancharam cada um uma
única vez. Quantos lanches sobraram nesse dia?
Resolução:
Situação Inicial: preparou 392 lanches
Transformação: só vieram 278 estudantes
Situação final: quantos lanches sobraram (392 − 278)
Operação C D U
3 98 2 12
- 2 7 8
Resultado 1 1 4
03. Na cidade onde Marcos mora, tem dois bairros. No primeiro bairro vivem 2.582
pessoas e no segundo bairro, 4.739. Quantas pessoas vivem na cidade de Marcos?
Resolução:
Situação Inicial: no primeiro bairro vivem 2.582 pessoas
Transformação: no segundo bairro vivem 4.739 pessoas
Situação final: total de moradores (2.582 + 4.739)
Operação UM C D U
+1 +1 +1
2 5 8 2
+ 4 7 3 9
Resultado 7 3 2 1
04. (SPAECE). Gustavo sempre joga bolinha de gude com seus amigos. Na última
semana, ele tinha 2. 274 bolinhas de gude. Depois de perder algumas jogadas du-
102
rante a semana, ele ficou com 1.387 bolinhas de gude.
Quantas bolinhas de gude ele perdeu nessa semana?
A) 787
B) 887
C) 1 997
D) 4 661
Resolução:
Situação Inicial: preparou tinha 2.274 bolinhas
Transformação: perdeu bolinhas (2.274 - 1.387)
Situação final: ficou com 1.387 bolinhas
Operação UM C D U
21 2 11 7 16 4 14
- 1 3 8 7
Resultado 0 8 8 7
Operação C D U
7 54 4 14
- 3 4 8
Resultado 4 0 6
06. (SARESP). Flávio comprou um caderno de 200 folhas. Ele já usou 104 folhas
desse caderno.
Quantas folhas, sem uso, ainda restam no caderno de Flávio?
A) 96
103
B) 104
C) 106
D) 304
Resolução:
Situação Inicial: o caderno tem 200 folhas
Transformação: foram usadas 104
Situação final: quantas ainda restam (200 − 104)
Operação C D U
21 09 0 10
- 1 0 4
Resultado 0 9 6
07. (SARESP). Bete precisa pesar seu cachorrinho, mas ele não para quieto na ba-
lança. Então, Bete subiu na balança com ele. Observe quanto a balança marcou.
Como Bete pesa 29 kg então seu cachorrinho pesa:
A) 61 kg
B) 51 kg
C) 5 kg
D) 3 kg
Resolução:
Situação Inicial: peso total 32 kg
Transformação: peso de Bete 29 kg
Situação final: peso do cachorrinho de Bete (32 - 29)
Operação D U
32 2 12
- 2 9
Resultado 0 3
104
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,
8
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação
CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração
08. (SEAPE). Pedro e Fábio são fazendeiros e criam gado. Pedro possui 524 bois e
Fábio possui 218. Quantos bois Pedro tem a mais que Fábio?
A) 306
B) 314
C) 732
D) 742
Resolução:
Pedro: 524 bois
Fábio: 218 bois
Quantos a mais (524 - 218)
Operação C D U
5 21 4 14
- 2 1 8
Resultado 3 0 6
09. (SAEMI-PE). Marcele tem 47 figurinhas da Copa do Mundo e Rodrigo 92. Quan-
tas figurinhas Marcele precisa comprar para ficar com a mesma quantidade de
Rodrigo?
A) 45
B) 55
C) 92
D) 139
Resolução:
Marcele: 47 figurinhas
Rodrigo: 92 figurinhas
Quantos Rodrigo tem a mais (92 - 47)
105
Operação D U
98 2 12
- 4 7
Resultado 4 5
Resposta: Rodrigo tem 45 figurinhas a mais. Para Marcele ter a mesma quantidade,
ela precisa de mais 45.
10. (SAEMI). Em um jogo, Sílvio fez 52 pontos e Gilson fez 37. Quantos pontos Gilson
deverá fazer para empatar com Sílvio?
A) 15
B) 16
C) 25
D) 52
Resolução:
Sílvio: 52 pontos
Gilson: 37 figurinhas
Quantos pontos Sílvio tem a mais (52 - 37)
Operação D U
54 2 12
- 3 7
Resultado 1 5
Resposta: Sílvio tem 15 figurinhas a mais. Para Gilson empatar, precisa marcar mais
15 pontos.
11. Daniele tinha 584 figurinhas em sua coleção. Hoje, sua prima Juliana deu-lhe
64 figurinhas, mas ela perdeu 12 delas. Quantas figurinhas Daniele têm em sua
coleção agora?
A) 508
B) 520
C) 636
D) 648
Resolução:
Situação Inicial: 584 figurinhas
Transformação 1: ganhou 64 figurinhas
Transformação 2: perdeu 12 figurinhas
Situação final: (584 + 64) − 12
106
Operação C D U
+1
5 8 4
+ 6 4
Resultado 6 4 8
Operação C D U
6 4 8
- 1 2
Resultado 6 3 6
12. (SAEP). Na fazenda Boa Esperança, havia 1048 bois. Na feira de gado, o fazen-
deiro vendeu 366 de seus bois e comprou 532 bois. A fazenda agora tem:
(A) 1.204 bois
(B) 1.214 bois
(C) 882 bois
(D) 914 bois
Resolução:
Situação Inicial: 1.048 bois
Transformação 1: vendeu 366 bois
Transformação 2: comprou 532 bois
Situação final: (1.048 - 366) + 532
Operação UM C D U
1 09 4 14 8
- 3 6 6
Resultado 0 6 8 2
Operação UM C D U
+1 +1
6 8 2
+ 5 3 2
Resultado 1 2 1 4
107
13. Depositei em minha conta bancária 230 reais em dinheiro e recebi dois PIX, um
de 84 reais e outro de 38 reais.
Qual foi o valor total desse depósito?
A) 252
B) 342
C) 352
D) 398
Resolução:
Situação Inicial: 230 reais
Transformação 1: PIX de 84 reais
Transformação 2: PIX de 38 reais
Situação final: (230 + 84) + 38
Operação C D U
+1
2 3 0
+ 8 4
Resultado 3 1 4
Operação C D U
+ +1
3 1 4
+ 3 8
Resultado 3 5 2
108
Situação final: (325 + 785) − 465
Operação UM C D U
+1 +1 +1
3 2 5
+ 7 8 5
Resultado 1 1 1 0
Operação UM C D U
1 1 10 1 10 0 10
- 4 6 5
Resultado 0 6 4 5
15. Cláudio costuma jogar videogame com seu irmão Lucas. Lucas fez 6.410 pontos
e ele fez 1.880 pontos. Quantos pontos a mais Cláudio precisaria fazer para empa-
tar com seu irmão?
A) 6.410
B) 8.290
C) 4.530
D) 5.470
Resolução:
Lucas: 6.410 pontos
Cláudio: 1.880 pontos
Quantos pontos Lucas tem a mais (6.410 - 1.880)
Operação UM C D U
65 4 14 1 11 0
- 1 8 8 0
Resultado 4 6 3 0
Resposta: Lucas tem 4.530 pontos a mais. Para Cláudio empatar, precisa marcar mais
4.530 pontos.
109
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou
9
divisão de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Multiplicação
Operação D U
+1
1 2
x 8
Resultado 9 6
A mãe de Giselle tem uma banca que vende água de coco gelado na praia. Ela
venda diariamente 32 cocos. Quantos cocos d’água ela vende em uma semana?
Para calcular quantos cocos gelados a mãe de Giselle vende em uma semana,
ou seja, em sete dias, precisamos efetuar uma multiplicação. Vamos utilizar o algo-
ritmo de conta armada.
Para multiplicar 32 por 7, efetue a operação com a criança, mostrando que ao
multiplicarmos o 7 por 2 (7 x 2 = 14), escrevemos como resultado parcial apenas as 4
unidades, guardando mentalmente a 1 dezena do produto 15 (vai 1).
Ordem das Unidades: 7 x 2 = 14 unidades: anota 4 e vai 1 dezena
Ordem das dezenas: 7 x 3 = 21 dezenas + 1 dezena = 22 dezenas
110
Operação C D U
+2 +1
3 2
x 7
Resultado 2 2 4
Operação C D U
+1 +4
2 8
x 5
Resultado 1 4 0
Resposta: 28 x 5 = 140
Operação UM C D U
+1 +3 +2
2 4 3
x 8
Resultado 1 9 4 4
111
um deles representado no SDN por dois algarismos. Neste momento, as crianças já
devem ter uma base para aprender o algoritmo, o que inclui um mínimo de novas
técnicas.
Vamos calcular o produto de 43 por 27. Vamos fazer esse cálculo em duas eta-
pas:
• Primeira etapa: 43 x 7
7 x 3 = 21 unidades. Anota 1 vai 2 dezenas
7 x 4 = 28 dezenas + 2 dezenas = 30 dezenas
• Segunda etapa: 43 x 2
2 x 3 = 6 dezenas. Anota na ordem das dezenas
2 x 4 = 8 centenas. Anota na ordem das centenas
• Somar os algoritmos de acordo com as ordens
Operação UM C D U
+3 +2
4 3
x 7
Primeira
3 0 1
etapa
Operação UM C D U
4 3 xxx
x 2 xxx
Segunda
8 6 0
etapa
Operação UM C D U
+1
3 0 1
+ 8 6 0
Resultado 1 1 6 1
Resposta: 1.161
112
Resolução:
a) Primeira Etapa: 76 x 2
2 x 6 = 12 unidades. Anota 2 vai 1 dezena
2 x 7 = 14 dezenas + 1 dezena = 15 dezenas
Segunda etapa: 76 x 3
3 x 6 = 18 dezenas. Anota 8 na ordem das dezenas. Vai 1 centena
3 x 7 = 21 centenas + 1 centena = 22 centenas
Somar os algoritmos de acordo com as ordens
Operação UM C D U
+1 +1
7 6
x 2
Primeira
1 5 2
etapa
Operação UM C D U
+2 +1
7 6 xxx
x 3 xxx
Segunda
2 2 8 0
etapa
Operação UM C D U
+1
1 5 2
+ 2 2 8 0
Resultado 2 4 3 2
Resposta: 76 x 32 = 2.432.
113
1 x 5 = 5 centenas. Anota na ordem das centenas
1 x 1 = 1 unidade de milhar
Somar os algoritmos de acordo com as ordens
Operação UM C D U
+1 +5 +6
1 5 7
x 9
Primeira
1 4 1 3
etapa
Operação UM C D U
1 5 7 xxx
x 1 xxx
Segunda
1 5 7 0
etapa
Operação UM C D U
1 4 1 3
+ 1 5 7 0
Resultado 2 9 8 3
114
Operação DM UM C D U
+1
5 1 4
x 3
Primeira
1 5 4 2
etapa
Operação DM UM C D U
+1
5 1 4 xxx
x 2 xxx
Segunda
1 0 2 8 0
etapa
Operação DM UM C D U
+1
1 5 4 2
+ 1 0 2 8 0
Resultado 1 1 8 2 2
115
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou
10
divisão de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Divisão
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 1
- 3
Resto 1 0
116
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 Quociente 1 2
- 3
Resto 1 0 6
- 6
Resto 2 0 0
Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
4 8 Quociente 1 2
- 4
Resto 1 0 8
- 8
Resto 2 0 0
Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 48 por 4 é igual a 12, ou
seja, 48 / 4 = 12.
117
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
8 1 Quociente 2 7
- 6
Resto 1 2 1
- 2 1
Resto 2 0 0
Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 81 por 3 é igual a 27, ou
seja, 81 / 3 = 27.
Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
8 6 Quociente 1 7
- 5
Resto 1 3 6
- 3 5
Resto 2 0 1
Nesse caso, como não teremos uma divisão exata. Então podemos dizer que o
resultado da divisão de 86 por 5 é igual a 17, com resto de 1 unidade.
Para reforçar a compreensão, vamos fazer as seguintes divisões, sem uso do
quadro de ordens:
a) 96 / 5
b) 85 / 4
c) 972 / 4
Resolução:
a) Vamos começar pelas dezenas: 9 dividido por 5 é igual a 1, sobra 4
Veja: 1 x 5 = 5 e 9 - 5 = 4
As 4 dezenas de sobraram se agrupam com as 6 unidades. Ficam 46 unidades
46 dividido por 5 é igual a 9 e sobra 1 de resto, pois 9 x 5 = 45 e 46 - 45 = 1
Logo, 96 / 5 = 19 e resta 1
118
Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 1 9
- 5
Resto 1 4 6
- 4 5
Resto 2 0 1
Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
8 5 Quociente 2 1
- 8
Resto 1 0 5
- 4
Resto 2 0 1
c) Note que o dividendo é composto por três ordens. Começaremos pela maior que
é a ordem das centenas.
9 / 4 = 2 com resto 1, pois 2 x 4 = 8 e 9 - 8 = 1
A centena que sobra se agrupa com as dezenas, ficando 17 / 4 = 4 e resto 1, pois 4 x 4
= 16 e 17 - 16 = 1
A dezena que resta se agrupa com as unidades, ficando 12 / 4 = 3 sem resto, pois 3 x
4 = 12 e 12 - 10 = 0
Logo, 972 / 4 = 243
119
Dividendo Divisor 4
Operação /
C D U C D U
9 7 2 2 4 3
- 8
Resto 1 1 7
- 1 6
Resto 2 0 1 2
- 1 2
Resto 3 0 0 0
120
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números
11
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória
CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de multiplicação
Trataremos dos três significados mais importantes por meio de alguns pro-
blemas.
01. Os irmãos José e João resolveram juntar suas economias para comprar uma
coleção de figurinhas que tanto desejam. Eles decidiram economizar 13 reais por
semana durante 5 semanas para poder comprar a coleção. Qual o valor total que
eles devem economizar para comprar as figurinhas?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de parcelas iguais: eles devem economizar o
mesmo valor durante 5 semanas: 13 + 13 + 13 + 13 + 13 = 65.
Essa ideia pode ser traduzida na forma de multiplicação: 5 x 13 = 65.
Ou seja, eles precisam economizar 65 reais para comprar a coleção de figurinhas.
03. Em uma sala de aula, as carteiras dos estudantes estão organizadas em sete
fileiras, sendo que cada fileira tem seis carteiras. Quantas carteiras de estudantes
tem nessa sala de aula?
121
Resolução:
Este problema está associado à ideia de configuração retangular. Imagine se a sala
fosse uma malha quadriculada e cada quadrícula representasse uma certeira de es-
tudante. Assim:
Para calcular a área desse retângulo, não é necessário contar cada quadrículo e sim
multiplicar o número de linhas pelo número de colunas: 7 x 6 = 42.
No caso da sala de aula que tem 7 fileiras e cada fileira tem 6 carteiras, para calcular o
número de carteiras, também basta multiplicar o número de carteiras pelo número
de fileiras. Logo, a sala terá: 7 x 6 = 42 carteiras.
04. No dia de seu aniversário, Marcos ganhou um vale presente para comprar uma
calça e uma camisa na loja de dona Mariana. Dona Mariana dispõe de 5 modelos
de calças e 7 modelos de camisas. De quantas formas diferentes Marcos pode es-
colher uma calça e uma camisa para pagar com o vale presente?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de raciocínio combinatório. Nesse tipo de pro-
blema a solução é obtida multiplicando o número de possibilidades de modelos de
calças pelo número de possibilidades de modelos de camisas.
Assim, Marcos terá 7 x 5 = 35 formas diferentes de escolher uma calça e uma camisa
entre os modelos disponíveis.
05. Um copo descartável tem capacidade para 180 mililitros de líquido. Quantos
mililitros de líquido são necessários para encher 4 copos de mesma capacidade?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de proporcionalidade. Nesse tipo de problema
a solução é obtida pela multiplicação pelo fator de proporcionalidade. Se um copo
tem capacidade de 180 mL, quatro copos terão 4 x 180 = 720 mL de líquido. Assim
serão necessários 720 mL para encher quatro copos.
122
Operação UM C D U
3 2
x 0
Primeira
0 0
etapa
Operação UM C D U
3 2 xxx
x 1 xxx
Segunda
3 2 0
etapa
Operação UM C D U
0 0
+ 3 2 0
Resultado 3 2 0
02. A lanchonete da Gigi resolveu fazer uma promoção e divulgou o seguinte car-
taz:
De acordo com a promoção do dia, de quantas formas diferentes uma pessoa pode
fazer um pedido contendo um salgado, uma bebida e uma sobremesa?
Resolução:
Usando o raciocínio combinatório, a solução é o produto de todas as possibilidades:
Salgado 5 x Bebida 3 x Sobremesa 2
123
Então, terá 5 x 3 x 2 = 30 formas diferentes de fazer um pedido.
04. Um edifício tem 12 andares com 15 salas por andar. Quantas salas há nesse
edifício?
A) 27
B) 72
C) 170
D) 180
05. Em uma viagem, um caminhão transporta 2.250 tijolos. Quantos tijolos trans-
portará em 35 viagens, levando sempre essa quantidade?
A) 76.550
B) 77.750
C) 78.750
D) 78.785
124
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números
12
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória
CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de divisão
Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 2 4
- 8
Resto 1 1 6
- 1 6
Resto 2 0 0
02. Seu Pedro recebeu um carregamento de 741 tijolos para terminar de fazer 3
muros. Ele separou os tijolos em 3 pilhas com quantidade iguais de tijolos. Quan-
tos tijolos ele colocou em cada pilha?
Resolução:
Raciocínio semelhante ao usado na questão anterior. Precisamos dividir 741 tijolos
em 3 pilhas.
125
Dividendo Divisor 3
Operação /
C D U C D U
7 4 1 2 4 7
- 6
Resto 1 1 4
- 1 2
Resto 2 0 2 1
- 2 1
Resto 3 0 0 0
03. Dez amigos foram a uma pizzaria e a conta deu R$ 130,00. A conta foi dividida
igualmente entre eles. Quanto cada um deles pagou?
Resolução:
Neste caso, precisamos dividir a conta de 130 reais igualmente entre os 10 amigos.
Dividendo Divisor 10
Operação /
C D U C D U
1 3 0 0 1 3
- 1 0
Resto 1 0 3 0
- 3 0
Resto 2 0 0 0
04. 208 pessoas vão participar de uma gincana em que serão formados 16 grupos
com a mesma quantidade de pessoas. Quantas pessoas ficarão em cada grupo?
Resolução:
Esse problema está associado a ideia de medida. Poderíamos perguntar da seguinte
forma: quantas vezes 16 cabe em 208. A resposta é o quociente da divisão de 208 por
16.
126
Dividendo Divisor 16
Operação /
C D U C D U
2 0 8 0 1 3
- 1 6
Resto 1 0 4 8
- 4 8
Resto 2 0 0 0
05. Guardar 72 ovos em caixas iguais. Cada caixa pode conter 12 ovos. Quantas
caixas serão necessárias? Sobrarão ovos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 12 cabe em
72. A resposta é o quociente da divisão de 72 por 12.
Dividendo Divisor 12
Operação /
D U D U
7 2 Quociente 0 6
- 7 2
Resto 1 0 0
06. Para o aniversário de Gláucia, sua mãe mandou fazer 1.525 salgadinhos, que
devem ser colocados em bandejas. Em cada bandeja podem ser colocados 36 sal-
gadinhos. Quantas bandejas completas podem ser formadas? Vão sobrar salgadi-
nhos fora das bandejas? Quantos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 36 cabem
em 1.525
127
Divi-
Opera- Dividendo 36
/ sor
ção
UM C D U UM C D U
1 5 2 5 0 0 4 2
- 1 4 4
Resto 1 0 0 8 5
- 7 2
Resto 2 1 3
02. Ricardo tem 432 bombons para guardar em 18 caixas. Quantos bombons ele
deve colocar em cada caixa?
03. Uma empacotadora quer colocar 368 pacotes de biscoito em 15 caixas. To-
das as caixas devem ficar com o mesmo número de pacotes. Quantos pacotes de
biscoito devem ser colocados em cada caixa? Sobrarão pacotes fora das caixas?
Quantos?
05. Em uma fábrica de copos, os produtos são embalados em pacotes com 6 uni-
dades e colocados em caixas. Em determinado dia foram embalados 768 copos.
Quantos pacotes de 6 copos foram feitos nesse dia?
128
Aula
HABILIDADE:
D22. Identificar diferentes representações de um
13
mesmo número racional
CONTEÚDO(S):
Número racional e suas diferentes representações:
fracionária, decimal e percentual
129
Represente a quantidade de pizza que Rafael comeu usando números racio-
nais na forma de fração e na forma decimal.
A pizza foi dividida em 5 pedaços de mesmo tamanho. Rafael comeu um pe-
daço, ou seja, 15. A representação decimal dessa fração é 0,2 da pizza.
RELEMBRANDO UM POUCO...
Na indicação de um número na forma de fração, o número abaixo do traço
chama-se denominador e representa a quantidade de partes iguais em que o inteiro
foi dividido. Numerador é o nome dado ao número localizado acima do traço. Ele re-
presenta a quantidade de partes tomadas do inteiro.
02. Agora, leia o texto: uma pesquisa feita pelo CEMPRE (Compromisso Empresa-
rial para Reciclagem) revelou que em 2018 havia 1227 municípios brasileiros com
programas de coleta seletiva de lixo. Veja o gráfico abaixo da distribuição desses
municípios nas regiões brasileiras.
130
= 0,01). Usando essa ideia, complete as lacunas com os valores correspondentes:
a) 3% = _______ ou _______
b) 9% = _______ ou _______
c) 54% = _______ ou _______
d) 92% = _______ ou _______
131
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais
14
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração
CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais
FIQUE ATENTO!
Da direita para a esquerda:
• Soma-se os algarismos dos milésimos. Como temos apenas o algarismo 5,
a soma será igual a 5.
• Soma-se os algarismos dos centésimos: 5 + 2 = 7.
• Soma-se os algarismos dos décimos: 2 + 2 + 1 = 5.
132
• Soma-se os algarismos dos unidades: 0 + 0 + 0 = 0.
Sendo assim, a menina comeu uma quantidade equivalente a 0,575 (quinhen-
tos e setenta e cinco milésimos) de chocolate.
Vamos resolver esta situação através de outra maneira.
03. Um eletricista comprou um rolo de fio elétrico de 76,5 metros para fazer algu-
mas instalações. Na primeira instalação utilizou 14,03 metros de fio, depois usou
7,08 metros e finalmente 0,75 metros. Quantos metros de fio foram utilizados?
Veja como resolver, iniciando com a representação dos números correspondentes à
133
metragem utilizada no quadro de ordens.
1 4 0 3
7 0 8
+ 0 7 5
Resultado
Observe no quadro de ordens, que a parte inteira é composta por dezenas e unida-
des e a parte decimal, composta por décimos e centésimos.
Iniciando a adição pela menor ordem:
• Ordem dos centésimos: 3 + 8 + 5 = 16 (vai um décimo)
• Ordem dos décimos: 1 + 0 + 0 + 8 = 8
• Ordem das unidades: 4 + 7 + 0 = 11 (vai 1 dezena)
• Ordem das dezenas: 1 + 1 = 2
04. Para melhor compreender o algoritmo da adição com números decimais, va-
mos efetuar as seguintes contas:
a) 15,705 + 23,004 + 5,7
b) 2,15 + 3,1 + 7,923
Resolução:
Vamos calcular sem o quadro de ordens, mas tendo o cuidado de colocar vírgula
debaixo de vírgula e cada ordem debaixo da ordem correspondente e completar as
ordens menores com zero:
a) milésimos: 5 + 4 = 9
centésimo: 0 + 0 = 0
décimos: 7 + 0 + 7 = 14 (vai 1)
134
unidades: 1 + 1 + 3 + 5 = 10 (vai 1)
dezenas: 1 + 5 + 2 = 8
Operação D U d c m
+1 +1
1 5 7 0 5
2 3 0 0 4
+ 5 7 0 0
Resultado 4 4 4 0 9
b) milésimos: 0 + 0 + 3 = 3
centésimo: 5 + 0 + 2 = 7
décimos: 1 + 1 + 9 = 11 (vai 1)
unidades: 1 + 2 + 3 + 7 = 13
Operação D U d c m
+1 +1
2 1 5 0
3 1 0 0
+ 7 9 2 3
Resultado 1 3 1 7 3
05. Beatriz pesava 44,225 kg e engordou 2,65 kg. Qual o peso atual de Beatriz?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:
Operação D U d c m
4 4 2 2 5
+ 2 6 5 0
Resultado 4 6 8 7 5
135
06. Depois de percorrer 235,605 quilômetros com seu carro, o pai de André parou
em um posto de gasolina. Ele verificou, então, que ainda faltavam 166,497 quilô-
metros para chegar ao seu destino. Qual é a distância total a ser percorrida por
Neide?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:
Operação C D U d c m
+1 +1 +1 +1 +1
2 3 5 6 0 5
+ 1 6 6 4 9 7
Resultado 4 0 2 1 0 2
02. Para fazer um tapete, Maria usou 1,34 m de barbante preto, 8,5 m de barbante
vermelho e 1,55 m de barbante verde. Quantos metros de barbante ela usou ao
todo para fazer esse tapete?
A) 2,89 m
B) 9,84 m
C) 10,05 m
D) 11,39 m
03. Carolina media 1,25 m e cresceu 0,37 m. A sua altura passou a ser:
A) 0,88 m
B) 1,52 m
C) 1,62 m
D) 1,63 m
136
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais
15
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração
CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais
Operação D U d c m
8 5 6 0
- 5 1 5 0
Resultado 3 4 1 0
137
Assim, José possui R$ 3,41 (três reais e quarenta e um centavos) a mais que
Graça.
Deu para perceber como subtrair números decimais?
Então, tente resolver as situações a seguir.
02. Carlinhos percorreu uma distância 1.827 metros de bicicleta e seu irmão per-
correu 1.346,8 metros. Quantos metros Carlinhos percorreu a mais que seu irmão?
Para sabermos quantos metros Carlinhos percorreu a mais que o irmão, va-
mos realizar a subtração entre as unidades de medidas.
Igualamos as casas decimais, colocando o zero na casa dos décimos.
Operação UM C D U d
1 8 2 7 0
- 1 3 4 6 8
Resultado
Operação UM C D U d
1 87 2 12 76 0 10
- 1 3 4 6 8
Resultado 0 4 8 0 2
138
prestado. Fica 10 - 5 = 5
Na ordem dos centésimos, fica 4 - 2 = 2
Décimos: 7 - 0
Unidades: 6 - 0
Dezenas: 2 - 1 = 1
Operação D U d c m
2 6 7 54 1 11
- 1 0 0 2 5
Resultado 1 6 7 2 6
Operação D U d c m
98 09 0 10 0
- 3 7 5 0
Resultado 5 2 5 0
9 - 3,75 = 5,25
02. Joana comprou 7,5 m de tecido para fazer roupas. Deu para sua filha Mariana
2,55 m. Com quantos metros Joana ainda ficou?
03. (SPAECE). Para comprar um par de sapatos, Luiz pesquisou o preço em duas
lojas. Na loja “Só-botas”, o sapato custa R$ 178,30 e na loja “Só-sapatos”, o mesmo
sapato custa R$ 132,50. Qual é a diferença de preço desse sapato nessas duas lo-
jas?
A) R$ 46,80
B) R$ 46,20
C) R$ 45,80
D) R$ 45,20
139
04. Afonso mede 1,28 m e seu irmão, Adilson, mede 0,85 m. Qual é a diferença en-
tre a altura de Afonso e a de Adilson?
A) 0,09 m
B) 0,19 m
C) 0,24 m
D) 0,43 m
140
Aula
HABILIDADE:
D10. Num problema, estabelecer trocas entre
16
cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro,
em função de seus valores
CONTEÚDO(S):
Sistema Monetário do Brasil
141
b) 1,50 __________________________________
c) 1,500 _________________________________
d) 2,444 ________________________________
e) 24,3 __________________________________
Comentários:
a) um inteiro e cinco décimos.
b) um inteiro e cinquenta centésimos.
c) um inteiro e quinhentos milésimos.
d) dois inteiros e quatrocentos e quarenta e quatro milésimos.
e) vinte e quatro inteiros e três décimos.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/cedulasemitidas.
142
E moedas:
Fonte: https://www.casadamoeda.gov.br/
Com essas cédulas e moedas, podemos compor qualquer valor em dinheiro.
Veja alguns exemplos.
A loja Bom Esporte colocou as seguintes peças em promoção:
Fonte: https://www.edrawsoft.com/pt/
Vamos ler e escrever quanto valem essas quantias:
a) R$ 25,15: vinte cinco reais e quinze centavos
b) R$ 18,50: ________________________________
c) R$ 35,40: ________________________________
d) R$ 22,05: ________________________________
Veja algumas formas de representar essas quantias utilizando cédulas e moe-
das. Agora use as cédulas e as moedas e escreva a representação os valores a seguir.
a) R$ 25,15
143
b) R$18,50
c) R$ 35,40
144
d) R$ 22,05
Comentários: lê-se
a) R$ 25,15 (vinte e cinco reais e quinze centavos)
b) R$18,50 (dezoito reais e cinquenta centavos)
c) R$ 35,40 (trinta e cinco reais e quarenta centavos)
d) R$ 22,05 (vinte de dois reais e cinco centavos)
02. Flávia ganhou de seu pai R$ 5,00 em moedas diversas. Qual das respostas a
seguir representa esse valor?
03. (Provinha Brasil. Adaptada) Carol comprou uma caneta que custou três reais
e vinte e cinco centavos e pagou com moedas. Qual o conjunto de moedas que
Carol usou para o pagamento?
145
04. (Provinha Brasil. Adaptada) Kauan tem dez reais.
05. (Provinha. Adaptada) Veja as moedas. Elas representam a quantia que João
tem.
146
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
LÍNGUA PORTUGUESA
ARAÚJO, Ana Paula de. Mito ou lenda?. Info Escola. Disponível em: https://www.info-
escola.com/redacao/mito-ou-lenda/ . Acesso em: 12 mar. 2023.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2014.
CABRAL, Danilo Cezar. Quais são os principais deuses da mitologia indígena bra-
sileira?. Super Interessante, 23 mar. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/
mundo-estranho/quais-sao-os-principais-deuses-da-mitologia-indigena-brasileira/.
Acesso em: 11 mar. 2023.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível
147
em: https://www.todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Aces-
so em: 16 mar. 2023.
DUARTE, Vânia. Texto de divulgação científica. Escola Kids. Disponível em: https://
escolakids.uol.com.br/portugues/texto-de-divulgacao-cientifica.htm. Acesso em: 11
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