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Sistema reprodutor

masculino e feminino:
origem, organização
geral e histologia
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Sistema reprodutor
masculino: função,
anatomia e aspectos
fisiopatológicos
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Sistema reprodutor

▪ Graças à capacidade de reprodução, diferentes espécies,


dentre elas a dos seres humanos, continuam povoando a
Terra e dando sequência ao ciclo de vida em que um ser se
reproduz gerando um descendente fértil, que, por sua vez,
também se reproduz, perpetuando-se a sua espécie.
▪ Devemos entender que o sistema reprodutor humano, também
conhecido anatomicamente como sistema genital, é um
conjunto de órgãos do corpo que trabalha juntos com o
objetivo de obter reprodução.
▪ Ao contrário do que muitos pensamos, não somente órgãos
compõem o sistema reprodutor. Algumas substâncias, como
fluidos e hormônios, também se comportam como importantes
acessórios para que esse sistema funcione com sucesso.
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Sistema reprodutor

▪ Na maioria dos outros sistemas de órgãos não há diferenciação


morfofuncional entre os sexos, entretanto, no caso do sistema
reprodutor, as diferenças são significativas entre os seres
masculinos e femininos.
▪ Os principais órgãos do sistema reprodutor humano incluem o
pênis e vulva, no homem e na mulher, respectivamente, as
gônadas produtoras dos gametas, que são os testículos e os
ovários, além de uma série de órgãos diferentes entre os
sexos.
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Gônadas
▪ Chamamos de gônadas aqueles órgãos em que os seres vivos
produzem suas células sexuais (gametas) necessárias à
reprodução.
▪ No ser humano, as gônadas são o testículo, no homem, e o
ovário na mulher. Além da sua função reprodutiva, esses
órgãos funcionam também como glândulas do nosso sistema
endócrino, produzindo os hormônios sexuais.
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Sistema genital masculino

▪ Composto por pênis, bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canal


deferente e glândulas. O pênis é o órgão reprodutor e excretor do
organismo masculino. Em seu interior, ele abriga a uretra, que é
responsável pela eliminação da urina e também pela condução do
esperma, que contém os espermatozoides.
▪ A ereção desse órgão é proporcionada pelo fato de que ele é
formado por tecido cavernoso e esponjoso, que se intumescem em
virtude da grande vascularização que possui.
▪ A bolsa escrotal é a cavidade que tem por função alojar e proteger
os testículos, mantendo a temperatura adequada à sua fisiologia. Os
testículos, por sua vez, são glândulas que, além de serem
responsáveis por produzir os gametas masculinos, também
possuem células intersticiais, chamadas células de Leydig, que têm
por função produzir o hormônio sexual masculino.
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Sistema genital masculino

▪ É dentro dos tubos seminíferos que os espermatozoides são


produzidos. Dentro deles, encontra-se o epitélio germinativo,
que é constituído pelas células que irão se diferenciar para
formar os espermatozoides.
▪ Os túbulos seminíferos são revestidos por uma camada de
tecido conjuntivo. Seu interior é formado por um epitélio, que
contém basicamente dois tipos celulares: as células de Sertoli,
que possuem função de nutrição e sustentação dos
espermatozoides, e as células da linhagem germinativa, que
são especificamente aquelas produtoras dos espermatozoides.
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Sistema genital masculino

▪ Já o epidídimo, por sua vez, é o ducto responsável por coletar


e armazenar os espermatozoides. É nesse ducto também que
os gametas atingem a maturidade e mobilidade ficando aptos
para a fecundação.
▪ O canal deferente é o canal responsável por transportar os
espermatozoides do epidídimo até as glândulas anexas.
Essas glândulas são especificamente a próstata, as vesículas
seminais e as glândulas bulbouretrais, responsáveis por
produzir a secreção que compõe o esperma que irá nutrir e
proporcionar um meio de sobrevivência aos espermatozoides.
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Sistema genital feminino
▪ Composto pelo pudendo feminino, que, por sua
vez, é composto pelas estruturas que formam o
sistema reprodutor feminino externo sendo: os
lábios vaginais, os orifícios da uretra e da vagina e
o clitóris. Esse pudendo era antigamente chamado
de vulva. Seus lábios vaginais, grandes e
pequenos, são dobras externas da pele formadas
por tecido adiposo. São responsáveis pela
proteção dos órgãos internos desse sistema
reprodutor. Já o clitóris corresponde ao órgão
sensível que permite o prazer no organismo
feminino.
▪ Já no interior do corpo, os ovários, são as
glândulas responsáveis pela ovulação periódica da
mulher, no processo de liberação dos ovócitos.
Também é responsabilidade dos ovários a
produção dos hormônios sexuais estrógeno e
progesterona. Os folículos primordiais são
formados por ovócitos envolvidos por uma camada
de células foliculares achatadas.
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Sistema genital feminino

▪ As tubas uterinas, também conhecidas como trompas de


Falópio, são canais que desempenham a função de
transportar o ovócito secundário ou o zigoto (caso a
fecundação ocorra nesse local) do ovário até o útero.
▪ O epitélio que reveste as tubas uterinas é formado por
células ciliadas e por células secretoras. As células ciliadas
irão contribuir para o transporte do ovócito ou do zigoto até o
útero.

A ovulação é o processo do ciclo menstrual da


mulher, em que o folículo ovariano é rompido,
liberando o ovócito para que encontre o
espermatozoide e ocorra a fecundação.
Esse processo é controlado pela ação dos
hormônios folículo-estimulante (FSH) e
luteinizante (LH).
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Sistema genital feminino

▪ O útero, por sua vez, é o órgão responsável por recepcionar o


embrião que se formará após a fecundação, proporcionando o
seu desenvolvimento na gestação.
▪ Além de proteger esse embrião contra choques mecânicos, o
útero também impede a transposição de impurezas e
contaminação contra microganismos patogênicos, auxiliando
também na manutenção da nutrição, uma vez que atua
formando a placenta e o cordão umbilical.
▪ Por fim, a vagina é o canal que irá receber o pênis durante o
ato sexual. Além disso, ainda possui como funções a
eliminação do fluxo menstrual e a concepção no momento do
parto normal, dilatando-se para o nascimento do bebê.
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Sexo genético
▪ O sexo genético é estabelecido no momento da fecundação dos
gametas, entretanto as gônadas só começam desenvolver suas
características sexuais por volta da sétima ou oitava semanas de
gestação.
▪ Os órgãos reprodutores começam a se desenvolver desde o início da
gravidez, permanecendo idênticos em ambos os sexos até o
momento da sua diferenciação. Assim, durante esse estágio, um
embrião tem potencial para se desenvolver tanto como com o sexo
masculino quanto como o sexo feminino.
▪ O sexo do bebê será determinado pelo fator determinante do
testículo (FDT) do cromossomo Y; é ele que direciona a diferenciação
testicular no segundo mês da gestação
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Sistema reprodutor masculino:
função, anatomia e aspectos
fisiopatológicos
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Sistema reprodutor masculino: função,
anatomia e aspectos fisiopatológicos
▪ Vimos que os órgãos que compõem o sistema reprodutor
masculino internamente são os testículos, juntamente com os
epidídimos, os canais deferentes, as vesículas seminais, a
próstata, a uretra e externamente o pênis.
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Testículos

▪ Os testículos, anatomicamente, são duas glândulas de formato


oval que estão situadas na bolsa escrotal. Em sua estrutura
interna, encontram-se tubos finos e enovelados chamados
túbulos seminíferos, que você conheceu microscopicamente na
seção passada. É nos testículos que são produzidos os
espermatozoides e diversos hormônios masculinos, dentre eles
a testosterona, que é responsável por fornecer as características
sexuais secundárias do homem, como pelos e voz grossa, por
exemplo.
▪ Em se tratando de patologia importante relacionada ao testículo,
pode-se dizer que o testículo representa 1% dos cânceres em
homens.
▪ O aparecimento dos nódulos é indolor, motivo pelo qual pode
passar desapercebido muitas vezes.
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Espermatogênese

▪ O processo de formação e desenvolvimento dos


espermatozoides é chamado espermatogênese e, conforme
citado anteriormente, ocorre nos testículos.
▪ Nessa fase da vida do jovem, o número de espermatogônias
começa a aumentar e sofrer várias mitoses, crescendo e
sofrendo mutações, transformando-se em espermatócitos
primários. Esse desenvolvimento é estimulado pelo hormônio
folículoestimulante (FSH) e, como até o momento não
sofreram nenhuma meiose, tanto as espermatogônias como
os espermatócitos primários ainda são células diploides.
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Espermatogênese

▪ Passando para seu período de maturação, cada espermatócito


primário sofre uma divisão meiótica, formando dois
espermatócitos secundários, que agora passam a ser haploides
e com aproximadamente metade do tamanho da célula-mãe.
▪ Em sequência, os espermatócitos secundários sofrem outra
meiose, formando quatro células haploides chamadas
espermátides, também com metade do tamanho das células-
mãe.
▪ Após esse período de maturação, há o período de
espermiogênese, em que as espermátides finalmente se
diferenciam em espermatozoides em um processo que pode
levar até 64 dias.
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Espermatogênese

▪ Conhecendo o espermatozoide maduro, veremos na Figura que ele


é composto por três partes, sendo: cabeça, colo e a cauda.
▪ Na cabeça, encontramos o núcleo haploide e o acrossomo, que
também pode ser chamado de capuz acrossômico e contém as
enzimas que irão auxiliar na penetração do espermatozoide na
parede do óvulo na fecundação. O colo, por sua vez, é a junção
entre a cabeça e a cauda. A cauda apresenta muitas mitocôndrias,
uma vez que precisa de muita energia para permitir sua motilidade.
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Epidídimo e Canal deferente

▪ Continuando o estudo anatômico do sistema reprodutor


masculino, o epidídimo se apresenta como um canal alongado
e enovelado localizado na superfície de cada testículo. É nele
que os espermatozoides produzidos são armazenados.
▪ Em sequência, aparece o canal deferente, que é um tubo fino e
longo que se origina em cada epidídimo, passando pela virilha
e seguindo sua trajetória pela cavidade abdominal, em que se
alarga para receber o líquido seminal na vesícula seminal. Ao
passar pela próstata, recebe o líquido prostático, e finaliza-se
na uretra, em que irá expelir o sêmen.
▪ Esse é o líquido final de espermatozoides, juntamente com os
líquidos seminal e prostático.
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Vesícula seminal
▪ A vesícula seminal, por sua vez, apresenta-se em duas
unidades localizadas atrás da bexiga. Ela possui como
função produzir o líquido seminal, que é uma secreção
espessa e leitosa, que tem por função neutralizar a ação da
urina e proteger os espermatozoides, além de ajudar seu
deslocamento até a uretra.
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Próstata

▪ Também responsável pela produção dos líquidos que


compõem o esperma, a próstata é uma glândula localizada
entre a bexiga e o pavimento pélvico.
▪ Sua secreção é clara e fluida.

▪ Em relação à principal patologia relacionada à próstata, o


câncer de próstata, é uma das patologias mais
diagnosticadas em homens com idade a partir dos 40 anos.
Seus sintomas são parecidos com uma infecção urinária,
apresentando ardência ao urinar e aumento da frequência
de visitas ao banheiro, diminuição do jato urinário, sensação
prolongada de bexiga cheira, mesmo após urinar, presença
de sangue na urina etc.
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Uretra e Pênis

▪ A uretra, por sua vez, é o canal que serve tanto ao sistema urinário
quanto ao sistema reprodutor. Ela atravessa o pênis por seu interior indo
até a ponta da glande, em que há uma abertura pela qual a urina e o
sêmen são eliminados. Por fim, o pênis é um órgão localizado
externamente no corpo masculino em formato cilíndrico. Ele está dividido
em partes internas e externas.
▪ O pênis externo é dividido em três partes, sendo: cabeça, corpo e raiz. A
cabeça é também chamada de glande e é o ponto mais sensível do
órgão. Quando o pênis está em seu estado flácido, a glande permanece
envolvida por uma “pele” chamada prepúcio. Este possui uma função de
proteção da parte sensível do pênis ao ambiente externo. Quando ereto,
o prepúcio desloca-se para trás, deixando a glande exposta. O corpo do
pênis é o prolongamento entre a glande e a raiz, sendo esta última
inserida dentro do corpo do homem. Diferentes doenças podem afetar a
saúde do pênis, sendo elas inflamatórias, infecciosas, traumáticas,
tumorais, congênitas ou hereditárias.
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Fimose

▪ A fimose acontece quando o prepúcio não pode ser completamente


retraído para expor a glande. A dificuldade em se retrair e expor a
glande ocorre quando o prepúcio possui uma abertura muito
pequena em relação ao tamanho da glande e não permite que esta
seja exposta. No bebê, a aderência do prepúcio à glande é natural e
chamada de fimose fisiológica, entretanto essa desaparece até os
três anos de idade. Caso a fimose fisiológica não desapareça nessa
idade, a remoção cirúrgica é a prática indicada para correção.
▪ Outra doença relacionada ao pênis é a doença de Peyronie. É um
distúrbio em que há o desenvolvimento de placas fibrosas no tecido
conjuntivo do pênis, gerando uma curvatura anormal quando ele
está ereto. Inicialmente, essa doença poderá causar dor, entretanto,
à medida que a condição se torna crônica, a dor deixa de existir.
Caso a doença se encontre em estágio avançado, poderá haver
disfunção erétil. O tratamento cirúrgico é o indicado, sendo o único
existente para essa doença.
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Disfunção erétil

▪ Por fim, há a disfunção erétil, popularmente conhecida como


impotência sexual. Em razão dela, o homem não consegue
sustentar a ereção do pênis, impossibilitando uma relação
sexual normal. Essa disfunção pode possuir causas,
orgânicas ou psicológicas, podendo ser acentuada por
fatores como fumo, alcoolismo ou colesterol alterado, por
exemplo.
▪ O tratamento indicado deve depender da causa, e poderá
ser resolvido com terapia, medicamentos estimulantes ou até
mesmo prótese peniana.
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Hormônios Sexuais Masculinos
▪ Mudando o foco do assunto, os meninos na adolescência sofrem
muitas mudanças psicológicas e fisiológicas em seus corpos,
tornando-os homens adultos. Essas mudanças são controladas por
dois hormônios, produzidos pela adeno-hipófise: o hormônio
folículoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), também
chamados de gonadotrofinas. Eles são responsáveis por estimular
o desenvolvimento das gônadas.
▪ O principal hormônio sexual masculino é a testosterona, produzida
pelas células do testículo chamadas de células de Leydig.
▪ O responsável por estimular a produção da testosterona é o LH,
também chamado de hormônio estimulador das células intersticiais
(ICSH), devido a sua função.
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Hormônios Sexuais
Masculinos

▪ Ainda sobre a testosterona, é importante destacar que é


produzida ainda na fase embrionária e a sua presença
determinará o desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos
no embrião.
▪ No homem, o ICSH irá estimular as células de Leydig a produzir
a testosterona, que, por sua vez, reforçará a ação do hormônio
FSH durante a espermatogênese, determinando o aparecimento
das características sexuais masculinas, como barba, pelos,
engrossamento de voz e também maior desenvolvimento da
musculatura e dos ossos. Além disso, é a testosterona que será
responsável pelo desenvolvimento dos órgãos genitais, além de
promover o impulso sexual.
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Referências
▪ Netter Atlas de fisiologia dos sistemas.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011
▪ COSTANZO, Linda S. Fisiologia.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
▪ GUYTON, Arthur C. Fisiologia humana.
6. ed. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008.

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