393 - Lei de Consorcio Imobiliario

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Prefeitura Municipal de Agudos do Sul

ESTADO DO PARANÁ
Av. Brasil, 277, Centro, Agudos do Sul – PR - Fone/Fax: 41-3624.1244

1 LEI DE CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

LEI N.º 393/2007

LEI DE CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

23 DE OUTUBRO DE 2007

Publicado no Jornal O Regional n.º 591 de 26/10/2007.

SUMÁRIO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES...............................................................................Art.1º


CAPÍTULO II PROCEDIMENTOS....................................................................................................Art.3º
CAPÍTULO III DA TRANSFERÊNCIA DO IMÓVEL E PAGAMENTO AO PROPRIETÁRIO............Art.8°

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LEI N.º 393/2007

23 DE OUTUBRO DE 2007

Súmula: Institui o Consórcio Imobiliário para


urbanização e edificação de unidades imobiliárias
e dá outras providências

A CÂMARA MUNICIPAL DE AGUDOS DO SUL, Estado do Paraná, aprovou, e eu,


PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte:

L E I

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o. Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização


ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao poder Público municipal seu imóvel e, após
a realização das obras, recebe como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou
edificadas.

§ 1º. O Consórcio Imobiliário deve viabilizar a utilização do imóvel, atendendo ao princípio da função
social da propriedade.

§ 2º. O pagamento mediante unidades imobiliárias ou edificadas dependerá da obrigação estabelecida


ao proprietário:

I - o proprietário deverá receber como pagamento os lotes urbanizados contendo infra-


estrutura, se a obrigação for de parcelar;
II - o proprietário deverá receber unidades edificadas, se a obrigação for de utilizar ou edificar.

§ 3º. O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário deverá corresponder ao valor
do imóvel antes da execução das obras, observado o disposto no § 2º do artigo 8º da Lei Federal 10.257/2001.

Art. 2o. O instrumento de Consórcio Imobiliário poderá aplicado em área dentro do perímetro
urbano em operações destinadas a:

I - Proporcionar lotes para realocação de população habitante de áreas de risco;


II - Proporcionar lotes para habitação social;
III - Proporcionar área para implantação de equipamentos comunitários ou área de lazer;
IV - Assegurar a preservação de áreas verdes significativas.

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CAPÍTULO II
PROCEDIMENTOS

Art. 3o. O proprietário, a seu requerimento ou dentro do prazo de um ano após receber a notificação
para aproveitamento compulsório, conforme faculta o Art. 8o da Lei da Compulsoriedade do Aproveitamento do
Solo Urbano, poderá notificar o Poder Público de sua intenção de consorciar-se para fins de viabilizar o
aproveitamento da área.

Art. 4o. Recebida a notificação, o Poder Público Municipal providenciará um estudo de viabilidade
financeira, no prazo de 15 dias corridos, abrangendo no mínimo:

I - uma avaliação do valor do imóvel;


II - uma estimativa de valor das obras de infra-estrutura básica e/ ou complementar, se for o
caso, conforme disposto na Lei do Parcelamento do Solo Urbano e Regularização Fundiária;
III - uma estimativa do custo da edificação possível ou pretendida no local, se for o caso,
permitindo-se a utilização de cálculo expedito baseado no custo unitário básico (CUB) da
construção, publicado pelo Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Paraná
(SINDUSCON), devidamente afetado de coeficiente aplicável ao tipo de edificação
pretendido;
IV - estimativa do percentual de unidades imobiliárias cabíveis ao Poder Público e ao
proprietário da área.

§ 2o. O estudo de que trata o artigo anterior será submetido do Prefeito Municipal e à parte interessada,
os quais terão 15 dias corridos para decidir pela formação ou não do Consórcio Imobiliário.

§ 3o. Tomada a decisão de que trata o § 2 o do presente artigo, fará o Município publicar, no jornal onde
são divulgados os atos oficiais, edital onde conste o recebimento da proposta, o resumo do estudo
preliminar de viabilidade, e a decisão proferida pelo Prefeito Municipal.

§ 5o. Até 30 dias após a publicação de que trata o § 3 o do presente artigo, poderá qualquer eleitor com
domicílio eleitoral no Município de Agudos do Sul apresentar objeções ao estudo preliminar de viabilidade,
cabendo manifestação do Conselho de Desenvolvimento Municipal, que se reunirá, extraordinariamente se
necessário, dentro de 15 dias corridos após o decurso do prazo para a apresentação das objeções.

Art. 5o. Sendo a decisão, de que trata o § 2 o do Art. 3o da presente Lei, favorável à formação do
consórcio imobiliário, providenciará o Poder Público, em 30 dias corridos, simultâneos ao período de que trata o
§ 4o do Art. 3o., o anteprojeto do empreendimento, o orçamento detalhado das obras necessárias e o recálculo
do percentual de unidades imobiliárias atribuído a cada participante.

Parágrafo Único. No caso do recálculo do percentual de unidades imobiliárias divergir após o


anteprojeto definitivo mais do que 2% da estimativa preliminar, esta deverá ser refeita e novamente publicada,
correndo novamente os prazos de que trata o § 4o do Art. 3o da presente Lei.

Art. 6o. Submetido o estudo definitivo à aprovação do Conselho de Desenvolvimento Urbano,


providenciará o Município a lavratura de escritura e matrícula imobiliária da transferência do imóvel ao Município
de Agudos do Sul, constando do documento as obrigações de cada parte, os valores envolvidos, os prazos para
o término das obras e entrega das unidades imobiliárias ao interessado.

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Art. 7o. Estabelecido o Consórcio Imobiliário, o Poder Público Municipal assume a responsabilidade de
promover a obrigação de parcelar, edificar ou dar utilização para um imóvel urbano que não cumpre com a
função social.

Parágrafo Único. Nos termos do artigo 51 da Lei Federal 10.257/2001, o não cumprimento desta
determinação implica em improbidade administrativa para os agentes públicos.

CAPÍTULO III
DA TRANSFERÊNCIA DO IMÓVEL E PAGAMENTO AO PROPRIETÁRIO

Art. 8o. A individualização das unidades imobiliárias cabíveis a cada parte consorciada será efetuada
através de sorteio público, devidamente notificado por edital no jornal onde se publicam os atos oficiais do
Município, com antecedência mínima de 7dias corridos.

Art. 9o. Sobre a transferência imobiliária de que trata o Art. 5o da presente Lei, por se tratar de dação em
pagamento, não incide Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

Art. 10. A qualquer tempo, recebida proposta de consórcio imobiliário, poderá o Executivo enviar à
apreciação da Câmara Municipal Projeto de Lei criando ou acrescentando dotação para a execução do
consórcio imobiliário, mencionando a fonte de recursos, projeto de lei esse que terá obrigatoriamente o regime
de urgência.

Art. 11. A presente Lei entra em vigor 90 dias após sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Agudos do Sul, 23 de outubro de 2007.

José Pires de Oliveira


PREFEITO MUNICIPAL

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