Geologia Geomorfologia, Recursos Hídricos Eclimatologia
Geologia Geomorfologia, Recursos Hídricos Eclimatologia
Geologia Geomorfologia, Recursos Hídricos Eclimatologia
DE IPATINGA
1
Kessy Almeida Sillman da Cunha
1ª edição
Ipatinga – MG
2021
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
3
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Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com
uma função específica, mostradas a seguir:
4
SUMÁRIO
UNIDADE UMA BREVE HISTÓRIA DO PLANETA TERRA .............................................. 8
01
A FORMAÇÃO DO UNIVERSO E DO SISTEMA SOLAR ........................................... 8
FORMAÇÃO E ESTRUTURA DO PLANETA TERRA .................................................. 10
TEMPO GEOLÓGICO ............................................................................................ 13
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 18
02
TECTÔNICA GLOBAL ............................................................................................ 21
A TEORIA UNIFICADORA DAS PLACAS TECTÔNICAS ......................................... 22
UNI- OROGÊNESE E EPIROGÊNESE ............................................................................... 31
VULCANISMO E TERREMOTOS.............................................................................. 32
DADE FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 36
0
UNIDADE MINERALOGIA ........................................................................................ 39
03
FORMAÇÃO DOS MINERAIS ................................................................................ 39
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS MINERAIS. ....................... 41
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 48
1
UNIDADE PRINCIPAIS TIPOS DE ROCHAS E SEU CICLO ......................................... 50
04
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 50
ROCHAS ÍGNEAS. ................................................................................................. 51
ROCHAS METAMÓRFICAS.................................................................................... 55
ROCHAS SEDIMENTARES. ..................................................................................... 59
O CICLO DAS ROCHAS ........................................................................................ 62
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 65
05
FALHAS E DOBRAS ................................................................................................ 68
INTEMPERISMO E EROSÃO ................................................................................... 70
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS E RELEVOS ASSOCIADOS NO BRASIL..................... 74
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 80
06
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 83
RECURSOS MINERAIS ............................................................................................ 83
RECURSOS ENERGÉTICOS..................................................................................... 86
GEOLOGIA E VALORIZAÇÃO SOCIAL, CULTURAL E HISTÓRICA: EXEMPLO DO
GEOPARK ARARIPE – CE. ..................................................................................... 88
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 96
5
CONFIRA NO LIVRO
6
INTRODUÇÃO
A geologia é a ciência que estuda a Terra, desde o seu nascimento, sua
evolução e funcionamento. Assim como em outras ciências, a Geologia teve seu
conceito amplamente discutido ao longo dos anos, e suas teorias que serviram de
base para os estudos da Terra enfrentaram paradigmas e foram sendo retrabalhadas.
Atualmente o conceito da Geologia assume que a Terra é vista como um sistema de
componentes interativos, que fazem trocas de energia e matéria. A partir da década
de 1960, a teoria da tectônica de placas ganha força e atua com uma fonte
unificadora da Geologia, servindo de estrutura para discussão dos processos
geológicos.
A Ciência geológica nos fornece uma gama de conhecimentos que são
relevantes para a tomada de decisões políticas, industriais e sócio-espaciais. Logo,
no que tange a Geografia, essa disciplina busca entender os fenômenos físicos que
formam a estrutura da Terra, bem como suas implicações no meio sócio-ambiental.
Estima-se que a idade do nosso planeta seja de aproximadamente 4,6 bilhões
de anos. Tendo em vista que a intenção da apostila não é colocar todo o conteúdo
dessa história aqui, e sim que esta sirva de guia e também como um combustível para
irmos atrás de outras curiosidades e informações na tentativa de aprimorarmos nossos
conhecimentos sobre as ciências da Terra.
7
UMA BREVE HISTÓRIA DO UNIDADE
01
PLANETA TERRA
UNI-
Na história da humanidade, em diferentes partes do globo Terrestre, foram mui-
0
tos os que se aventuraram a explicar a formação do universo e da Terra. A busca por
explicações remota às mais antigas mitologias registradas. Atualmente, a explicação
científica mais aceita, é a teoria do Big Bang (Grande Explosão), o ponto de partida
DADE
para formação do universo que ocorreu a cerca de 14 bilhões de anos atrás, quando
toda matéria e energia estavam concentradas em um único ponto de densidade
1
inconcebível resultando em uma grande explosão.
Segundo os cientistas desde a Grande Explosão o universo se dilui e se expan-
diu. Nessa primeira fase de expansão houve o surgimento das quatro forças funda-
mentais da natureza, que são elas: força eletromagnética, as forças nucleares forte
e fraca e a força da gravidade. Conforme a temperatura e a densidade decresciam
ocorreu o processo chamado nucleogênese, a formação da matéria, dos chamados
prótons, nêutrons e elétrons.
As estrelas e as galáxias se formaram posteriormente quando o resfriamento
generalizado permitiu que a matéria se confinasse em nuvens de gás. Com a ação
da força gravitacional estas nuvens gasosas entraram em colapso, e o aquecimento
de seus núcleos levou a formação das primeiras estrelas e das galáxias.
Estima-se que as primeiras galáxias surgiram cerca de 13 bilhões de anos atrás.
A nossa conhecida Via Láctea tem aproximadamente 8 bilhões de anos e dentro
dela o nosso sistema solar originou-se a cerca de 4,6 bilhões de anos atrás.
A forma do nosso sistema solar se deve ao fato de que essa nuvem de gás,
difusa em rotação lenta se contraiu resultando em um formato de disco achatado,
que começou a girar mais rapidamente concentrando a matéria em seu centro, e
formando primeiramente um proto-sol. Logo esse disco envolvido por gás e poeira
formaram pequenos grãos que se colidiram e se agregaram em pequenos blocos,
também chamados de planetesimais. As diversas colisões e o aumento dos planete-
simais devido a força da gravidade formaram a estrutura dos planetas do Sistema
8
Solar. A massa do sistema (99,8%) se concentra no sol, com planetas girando ao seu
redor, e também diversos asteroides. Os planetas se diferenciam devido ao tipo de
evolução que sofreram. Os planetas que orbitam próximos ao sol são chamados de
interiores (internos ou terrários), e seu desenvolvimento foi notoriamente diferente dos
planetas que estão mais afastados do sol, chamados de exteriores. Entre os planetas
interiores e os planetas exteriores encontramos também o cinturão de asteroides,
como mostra a figura a seguir.
Logo nosso Sistema Solar é composto pelo Sol e todos os corpos celestes que
orbitam ao seu redor, que são os planetas interiores e exteriores e seus respectivos
satélites naturais (como nossa Lua), os planetas anãos (Plutão, Ceres, Makemake, Hu-
mea e Eris) e seus respectivos satélites, bem como os asteroides e outras partículas
espaciais.
Figura 1: O Sistema Solar
9
a do sol, possuem mais satélites e atmosferas mais espessas e embora tenham núcleos
rochosos sua composição é basicamente de Hidrogênio e Hélio, muito similares as
condições do sol e da nebulosa solar. Os materiais voláteis provindos dos planetas
interiores foram impelidos para a parte externa e fria da nebulosa, permitindo a for-
mação dos planetas exteriores gigantes.
O Cinturão de Asteroides, localizado entre Marte e Júpiter, é composto por
milhares de fragmentos rochosos de diferentes tamanhos, o maior deles chamado
Ceres, considerado um planeta anão. É provável que a maior parte dos meteoritos
que caem na Terra provenha desta área. A hipótese para que estes asteroides não
conseguiram se unir e formar um único planeta, é de que na época de acresção, às
perturbações de natureza gravitacional advindas de Júpiter impediram este pro-
cesso.
10
Além disso, o calor radioativo provindo de elementos como o urânio contribuiu
para o aquecimento e fusão dos materiais da Terra. Apesar da baixa disponibilidade
desses elementos, eles mantêm o calor interior da terra até hoje e foram considera-
velmente importantes para na evolução do planeta.
Contudo o processo inicial de formação da Terra foi a partir dos planetesimais
e remanescentes da nebulosa que sofreram alterações e se fundiram quando houve
este grande choque, o que gerou uma camada externa de centenas de quilômetros
de espessura de rocha derretida ou também chamado de “Oceano de lava”, onde
a parte interior foi aquecida um estado de menor densidade, que facilitava a loco-
moção dos materiais. O material mais pesado imergiu para o interior e formou o nú-
cleo, e o material mais leve ficou na superfície e formou a crosta, trazendo consigo o
calor interno e fazendo com que ele se dissipasse para o espaço. Desta maneira a
Terra se resfriou e grande parte se tornou sólida, passando a ser um planeta diferen-
ciado como explicitado na figura 3 mais abaixo, contendo três camadas principais:
Núcleo central, a crosta externa e o manto que separa os dois. Este é o modelo mais
aceito até hoje pelos cientistas, sobre a formação da Terra e da Lua.
A Terra é um sistema aberto que possui massa aproximada em 6x10²9g e den-
sidade de 5,52g/cm³. O raio equatorial é de 6,378,2 km e o seu volume 1,083x10¹²km³.
As três principais camadas da Terra são: O núcleo, que é composto de elementos
mais densos, como ferro e níquel, existindo uma diferença em seu interior, no cha-
mado núcleo central, que é sólido devido à alta pressão nesta região e na parte
exterior ele é liquido, no então chamado núcleo externo. A crosta terrestre que é
uma cama fina, de cerca de 40km de profundidade a qual se concentraram os ele-
mentos menos densos e fáceis de se fundirem, tais como silício, alumínio, cálcio, mag-
nésio, entre outros. E o manto localizado entre as duas camadas anteriores, que
forma a maior parte sólida da Terra, nele encontramos elementos de densidade mé-
dia composto na maioria das vezes de oxigênio com magnésio, ferro e silício. A figura
3 mostra um esquema de como estão situadas as camadas da Terra.
11
Os componentes que fazem parte da camada externa são:
12
Figura 3: Estrutura da Terra e seus principais componentes
Fonte: Adaptado pelo autor a partir da fonte CPRM. Estrutura Interna da Terra (2015)
TEMPO GEOLÓGICO
Até aqui vimos que a Terra está passando por constantes mudanças, que ape-
sar de hoje ela ser mais estável, o sistema continua a gerar transformações na paisa-
gem. O tempo geológico refere-se à escala de tempo cronológica das mudanças
que ocorreram nesses 4,5 bilhões de anos da Terra. É um desafio compreender tal
escala de tempo, pois no tempo humano estamos acostumados a relembrar fatos
de centenas de anos atrás ou até de milhares, mas imaginar uma escala de bilhão é
um exercício difícil que os geólogos fazem para entender a dinâmica da paisagem
tal como ela é hoje.
13
O tempo geológico foi dividido com a finalidade de estudar e entender a evo-
lução da Terra, chamado de unidades cronoestretigráficas, representadas pela ta-
bela geológica pelos éons, eras, períodos e épocas e idades, conforme a tabela a
seguir.
Os éons representam um intervalo de tempo muito grande, dividido em quatro:
Hadeano, Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico. Com exceção do Hadeano, os ou-
tros éons são divididos em eras.
Uma era geológica é definida pelo modo como os continentes e oceanos es-
tavam distribuídos e os seres vivos se encontravam nela. Com exceção do Arqueano
as eras também foram desmembradas em períodos.
Os períodos são unidades fundamentais na escala do tempo geológico e os
da Era Cenozóica são ainda divididos em épocas.
14
Figura 4: Tabela Geológica simplificada
15
glaciações, entre outros fatos. Atualmente existe um conceito que vem sendo am-
plamente debatido entre cientistas da Terra, que diz respeito a criação de um novo
período geológico, o Antropoceno ou Tecnógeno. Essa proposta surgiu com a con-
cepção de que o ser humano é um agente geológico, e suas ações estão interfe-
rindo, de forma direta e indireta, em mudanças permanentes na Terra. O artigo de
Ter-Stepanian G. de 1988, The beginnig of the Technogene, argumenta que as extin-
ções e outras mudanças na Terra foram decorrentes de processos naturais que mu-
daram bruscamente a situação física-geológica e fizeram gêneros inteiros, ou mesmo
ordens de plantas e animais desaparecerem, sendo incapazes de se adequarem as
novas condições. Atualmente vemos mudanças parecidas, como extinções de al-
guns animais, devido a interferência (direta ou indiretamente) da ação humana
acrescentando que:
16
17
FIXANDO O CONTEÚDO
a) a Teoria Geodésia
b) a Teoria de Gaia
c) a Teoria da Grande Explosão (Big Bang)
d) a Teoria da Universalidade
e) o Criacionismo
a) Grandes e Pequenos
b) Interiores e Exteriores
c) Quentes e Frios
d) Gasosos e terrários
e) Interiores e terrários
a) 10%
b) 6%
c) 3%
d) 1%
e) 0,1%
18
c) a força da gravidade.
d) um grande impacto de um corpo celeste que formou a lua.
e) o movimento de rotação e translação.
19
8. Pela classificação da divisão da tabela Geológica, o século XXI corresponde ao
respectivo período e época do:
a) Quaternário, Pleistoceno.
b) Neógeno, Plioceno.
c) Cenozóico, quaternário.
d) Quaternário, holoceno.
e) Cenozóico, Neógeno.
20
TECTÔNICA GLOBAL UNIDADE
TECTÔNICA GLOBAL
02
Como vimos anteriormente, o planeta Terra está em constante mutação, ape-
sar de hoje os processos serem mais estáveis, eles continuam ocorrendo. A configu-
ração dos continentes, por exemplo, se modificou ao longo de milhares de anos. Mui-
tas vezes esses processos são quase imperceptíveis para o tempo humano, como no
caso do afastamento do Brasil com o continente Africano (cerca de 2cm por ano),
já em outros casos, podemos sentir o efeito da movimentação quando geram terre-
motos, fraturas na crosta ou até a erupção de vulcões.
Muitos pesquisadores, já haviam percebido uma semelhança entre alguns
continentes, como peças de quebra cabeça desencaixadas. O conceito inicial de
que os continentes estavam se movimentando ao longo dos milhares de anos foi ini-
ciada com a teoria da Deriva continental. Os estudos de alguns geólogos aponta-
vam para um continente unificado no passado, o chamado tempo da Terra de
Gondwana.
Os vestígios que orientavam esta teoria foram muito bem incorporados, como
muitas similaridades geológicas das idades de rochas e as orientações estratigráficas
que apontavam nos dois continentes de lados opostos do Atlântico. Além de outras
evidências como dados climatológicos e fosseis da mesma espécie e idade, encon-
trados em diferentes continentes que se encaixavam.
Os resultados desses estudos remontam a configuração dos continentes em
diferentes períodos do tempo geológico, conforme a figura a seguir.
21
Figura 5: Organização dos continentes ao longo do tempo geológico
22
O sucesso da teoria das placas tectônicas não se deu apenas porque
ela explica as evidencias geofísicas, mas também porque apresenta
um modelo no qual dados geológicos, acumulados durantes os últi-
mos 200 anos se encaixam. Além disso conduziu as ciências da Terra
até um estágio onde ela não apenas explica o que aconteceu no
passado, o que está acontecendo no presente, as também o que
acontecerá no futuro. (CELINO; MARQUES; LEITE, 2003)
23
Figura 6: Mosaico das placas tectônicas e distribuição de vulcões e terremotos correlacionados.
Fonte: CEPA/USP
24
Figura 7: Esquema do mecanismo do processo geológico decorrente da separação de duas
placas tectônicas em assoalho oceânico.
Fonte: CEPA/USP
25
Figura 8: Esquema do mecanismo do processo geológico decorrente da separação de duas
placas tectônicas em meio ao continente.
26
Limites convergentes de placa oceânica com placa continental
Na colisão de uma placa oceânica com uma placa continental, a placa mais
densa (oceânica) irá mergulhar sob a placa menos densa (Continental), que irá pro-
duzir um arco magmático em sua borda, caracterizada por rochas ígneas tanto in-
trusivas e quanto extrusivas (veremos mais sobre essas rochas na unidade 4), con-
forme mostra o esquema da figura 10. Um exemplo desse tipo de colisão é entre a
placa Sul-americana e a placa Nazca, que formam a cordilheira dos Andes, no oeste
da América do Sul.
27
Figura 11: Esquema do mecanismo do processo geológico decorrente do choque de duas
placas continentais
Limites transformantes
São caracterizados em bordas onde as placas deslizam se uma em relação a
outra, também conhecida como zona de cisalhamento, e geram uma serie de fa-
lhamentos, conforme mostra o esquema da figura 12. A falha de San Andreas na
Califórnia é um exemplo de onde este tipo de limite ocorre, onde a placa Norte-
Americana desliza em relação à Placa Pacífica.
28
Além de terem densidades diferentes, por conta do tipo de material presente,
elas se movem em velocidades diferentes, devido à proporção de crosta continental
presente nas placas. Outro ponto é que as placas são convexas e movimentam se
sobre uma superfície esférica em torno de um eixo (de rotação de placa) e um polo
(de expansão), que não se referem nem ao eixo de rotação da Terra nem aos polos
geográficos. O polo de expansão é definido como um ponto em volta do qual a
placa tectônica gira. Para uma determinada velocidade angular de uma placa a
velocidade de diferentes pontos será diferente, logo a velocidade aumenta à me-
dida que os pontos se afastam do polo. A partir de estações que registram frequen-
temente os dados do Sistema de Posicionamento Global (GPS) é possível determinar
o movimento e velocidade em que as placas se movem. Em média elas se movi-
mento cerca de alguns centímetros por ano.
Acredita-se que a direção em que as placas se movem é resultado das cor-
rentes de convecção no manto, esses estudos ainda intrigam os cientistas e não
existe apenas uma única forma de explicação para a ocorrência deste processo. O
princípio de uma célula de convecção pode ser observado se colocarmos, por
exemplo, um material fluido e viscoso dentro de uma panela que será aquecida na
base inferior pelo fogo, e outros dois exemplares de outro tipo de material em estado
sólido por cima desse material viscoso, o que irá ocorrer ao aquecer o centro da base
da panela, é que o material viscoso irá esquentar mais rapidamente no centro do
que nas bordas da panela, diminuindo a densidade do mesmo, em consequência a
parte mais fria localizada na borda descerá para ocupar o lugar do material que
subiu, instalando uma circulação de fluidos, e afastará os dois exemplares sólidos
para a borda, seguindo o sentido das correntes. Com base nesse processo os pesqui-
sadores tentaram explicar o mecanismo motor da tectônica de placas. Como obser-
vamos na figura 13 abaixo, dois modelos de mecanismos de correntes de convecção
são sugeridos, o primeiro (a) mostram as correntes de convecção ocorrendo somente
na astenosfera, e o segundo (b) mostram correntes de convenção envolvendo todo
o manto.
29
Figura 13: Modelos de mecanismos de correntes de convecção
30
Figura 14: Esquema do mecanismo de funcionamento de pontos quentes (hot spots) no
magma.
Fonte: CEPA/USP
OROGÊNESE E EPIROGÊNESE
31
A reação isostática ocorre em busca do equilíbrio densiométrico de massas
litosféricas sobre a astenosfera. É a reação semelhante à de corpos flutuantes sobre
um líquido. Quando essa massa desce (negativa) ocorre o processo de subsidência
e quando a massa vai para cima é chamada de soerguimento, logo os processos
relacionados aos movimentos epirogênicos são mais estáveis, e também ocorrem
em bordas não mais ativas de placas tectônicas, diferente dos processos orogêni-
cos, que são mais dinâmicos.
VULCANISMO E TERREMOTOS
Como vimos anteriormente, o movimento das placas tectônicas gera uma sé-
rie de processos geológicos decorrente das suas movimentações, como as ativida-
des vulcânicas ou vulcanismo. Ao longo do tempo geológico também vimos que os
continentes sofreram modificações em sua organização, sendo assim, existem anti-
gas zonas de vulcanismo que atualmente estão desativadas, mas guardam marcas
de seu passado. Um vulcão se configura através de uma câmara magmática, que
carrega o magma a superfície e entra em erupção como lava formando montanhas
ou elevações através da acumulação de lavas e outros materiais eruptivos.
A composição da lava interfere na forma como é expelida, se for de forma
abrupta e explosiva, formam materiais piroclásticos. Quando um magma se prepara
para entrar em erupção, as rochas subjacentes não permitem que os materiais volá-
teis escapem, elevando a pressão até chegar num momento que ocorre uma explo-
são. Quanto maior a pressão acumulada, maior a explosão e os fragmentos piroclás-
ticos, que são classificados de acordo com seu tamanho. Os fragmentos menores,
com menos de 2 mm de diâmetro, são chamados de cinzas vulcânicas. E fragmentos
maiores são chamados de bombas vulcânicas. Os materiais menores e ainda quen-
tes se litificam-se e formam as rochas chamadas de tufos, e as rochas de sedimentos
maiores são chamadas brechas vulcânicas. Os fluxos piroclásticos são um tipo de
erupção muito explosiva e muitas vezes devastadora, ocorrem quando a cinza
quente e gases são ejetados como uma nuvem ardente que se projeta montanha
abaixo em alta velocidade.
A composição magmática varia de acordo com os elementos presentes, que
serão mais bem definidos na unidade 4, porém é possível adiantar que as lavas mais
ocorrentes são de caráter basáltico, ou seja, rico em ferro, magnésio e cálcio e com
32
baixa quantidade de sílica, logo são extremamente fluidas e podem escorrer rapida-
mente por grandes distancias, também são raramente explosivas. Geralmente é pro-
duzida em dorsais mesoceânicas e em pontos quentes do magma (hot spots).
Já as lavas de caráter andesítico, apresentam um nível intermediário de sílica,
e logo menor temperatura e fluidez. Geralmente são encontradas em cinturões de
montanhas, e também podem ocorrer a nível subterrâneo aquático, que geram
grandes explosões, pois produzem grande quantidade de vapor aquecido que en-
tram em contato com o duto vulcânico e são expelidos de forma abrupta.
As lavas de caráter riolítico, também são bastante observadas, com alto teor
de sílica, e por sua vez com menores temperaturas que as outras supracitadas, e con-
sequentemente mais viscosas e lentas. Por esta razão acumulam facilmente os gases
produzidos ao longo de grandes depósitos, gerando maiores explosões quando en-
tram em erupção. Os vulcões de composição riolítica são vulcões intensamente mo-
nitorados, é o caso do Yellow Stone nos Estados Unidos.
Os terremotos assim, como parte das atividades vulcânicas são resultados dos
movimentos das placas tectônicas. Quando as placas se movimentam, produzem
esforços para se ajustarem e a tensão liberada é sentida na crosta terrestre a quilô-
metros de distância, que chamamos de ondas sísmicas. Quanto maior a pressão exer-
cida pela placa para se ajustar, maior será o efeito do terremoto.
O local onde ocorre o abalo e gera o terremoto é chamado de epicentro, que
pode ocorrer em diferentes profundidades. Os sismógrafos são aparelhos que regis-
tram as ondas sísmicas, sendo uma ferramenta que serve para examinar locais ina-
cessíveis. Quando as ondas são captadas por esta ferramenta e entra em contato
com outras estações de medição é possível determinar o foco e a intensidade do
tremor. Para tanto, foram criadas algumas escalas que indicam a intensidade e ta-
manho dos terremotos, algumas são mais utilizadas e conhecidas, como a Escala de
Richter, criada em 1935 por Charles Richter, que determina o tamanho do terremoto.
Ele utilizou o logaritmo de maior amplitude de onda registrada pelo sismógrafo du-
rante um tremor e terra como sendo a medida do tamanho desse terremoto, defi-
nindo então uma escala de magnitude, que afere o total de energia liberada. Um
ponto na escala logarítmica significa 10 vezes mais amplitude no sismógrafo, assim
entre o ponto da escala 3 e 5 pode ter um aumento de 100 vezes na amplitude da
onda, e a cada 1 ponto na escala aproximadamente 3,2 de energia liberada, ou
seja, em uma escala 6 para 7 por exemplo, representa 30 vezes mais a quantidade
33
de energia liberada. Os terremotos mais intensos registrados ocorreram em escala 9.
Os terremotos que tem epicentro no mar geram ondas gigantescas, chama-
das de Tsunamis, que chegam a 700km/h e aturas de até 30m, quando se quebram
atingem extensas áreas litorâneas com alto poder destrutivo. Essas ondas também
podem ser efeito de erupções vulcânicas ou grandes deslizamentos de terres, mas
geralmente são resultados de movimentações das placas em assoalho oceânico.
34
35
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (CPRM/2006) O mecanismo que é geralmente apontado como causador da mo-
vimentação das Placas Tectônicas é:
a) a rotação da Terra.
b) vulcanismo.
c) compressão crustal generalizada.
d) expansão crustal generalizada.
e) correntes de convecção no Manto.
a) Convergentes e Discordantes.
b) Convergentes, divergentes e transformantes.
c) Divergentes e transformantes.
d) Convergentes e transformantes.
e) Transformantes e discordantes.
a) As placas continentais menos densas mergulham sob placas oceânicas mais densas.
b) As placas continentais mais densas mergulham sob placas oceânicas menos densas.
c) As placas oceânicas mais densas mergulham sob placas continentais menos densas
d) As placas oceânicas menos densas mergulham sob placas continentais mais densas
e) As placas oceânicas e continentais possuem densidade parecida e o movimento de
mergulho de uma sob a outra é aleatório.
36
4. Anomalias térmicas com superaquecimento do magma que ascende para a ca-
mada superior do manto até alcançar a litosfera são chamados de:
a) Canais mantélicos.
b) Hot spots.
c) Sills ou soleiras.
d) Diagênese.
e) material piroclástico.
6. (Enem 2012) De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lus-
tres balançam, objetos se movem sozinhos e somos invadidos pela estranha sen-
sação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos minutos são
uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo
sísmico.
(ASSAD, L., 2010)
37
a) Alívio de tensão geológica.
b) Desgaste da erosão superficial.
c) Atuação do intemperismo químico.
d) Formação de aquíferos profundos.
e) Acúmulo de depósitos sedimentares.
a) Epirogênese.
b) Orogênese.
c) Diagênese.
d) Terremotos.
e) Piroclásticos.
8. A placa tectônica sob a qual o Brasil se encontra, na sua borda leste e na sua
borda oeste, configuram se predominantemente os respectivos limites de placas:
a) Divergente e divergente.
b) Divergente e convergente
c) Convergente e divergente
d) Convergente e convergente
e) Convergente e transformante.
38
MINERALOGIA UNIDADE
39
sempre o mesmo em relação ao número de elétrons, portanto um átomo é eletrica-
mente neutro. Por exemplo, os átomos do carbono apresentam seis prótons, e é cir-
cundado por seis elétrons.
A quantidade de prótons presentes no núcleo, dirá o seu número atômico, e a
soma das massas de dos prótons e nêutrons, dirá a sua massa atômica. Como o nú-
mero de prótons é sempre o mesmo, o número atômico será sempre o mesmo, porém
o número de nêutrons pode variar, logo a massa de um mesmo elemento químico
também pode variar, formando diferentes tipos de átomos, que são chamados de
isótopos. Por exemplo, o carbono tem seis prótons, e pode ter 6, 7 ou 8 nêutrons, logo
sua massa irá variar em 12,13 ou 14 respectivamente. A massa atômica do carbono
na tabela periódica é 12,011, é próxima a 12 porque o carbono 12 é mais comum na
Terra, visto que é favorecido pelo processo de fotossíntese.
Os minerais são compostos químicos, originado de interações entre dois ou
mais elementos químicos, pela transferência ou compartilhamento de elétrons (rea-
ção química). Quando o átomo perde ou ganha elétrons através das reações quími-
cas ele é chamado de íon. Se ele for carregado positivamente é chamado de cátion,
e se for carregado negativamente é chamado de ânion. E os átomos que não rea-
gem, combinam-se quimicamente por compartilhamento de elétrons, é o caso de
alguns elementos mais abundantes na Terra, como o carbono e o silício.
Os compostos químicos formados são mantidos pela força da atração de pró-
tons e elétrons, que chamamos de ligações químicas, que por sua vez podem ser
fracas ou fortes. As ligações iônicas se formam pela atração elétrica entre íons de
cargas opostas, a força da reação diminui a medido em que a distância entre os íons
aumenta e é mais forte se a carga destes forem maiores. Aproximadamente 90% de
todos os minerais são compostos essencialmente iônicos. Já as ligações covalentes
são ligações onde os elétrons são compartilhados, sem haver perda ou ganho. E são
em geral mais fortes que as ligações iônicas, é caso das ligações de carbono que
formam o diamante.
Os minerais se formam a partir do crescimento de um sólido gasoso ou líquido,
cujos átomos constituintes agrupam-se em diferentes arranjos e composições quími-
cas, processo conhecido como cristalização. A origem dos minerais está relacionada
às condições de componentes químicos e físicos (temperaturas e pressão) no seu
ambiente de formação.
40
Os minerais se desenvolvem em diferentes formas geométricas que estão rela-
cionadas à sua composição química e seu sistema cristalino. O seu desenvolvimento
dependerá das condições físicas em que está submetido. Os principais sistemas cris-
talinos são:
Cúbicos (Isométricos) – Formado por três eixos de mesmo comprimento com
ângulos retos (90°) entre eles. Exemplos: pirita, halita, galena, entre outros;
Tetragonal – Formado por dois eixos de mesmo comprimento e um desigual,
formando um ângulo entre os três de 90°. Exemplos: Zircônio, rutílio, cassiterita, entre
outros;
Hexagonal – Formado por três eixos de 120° arranjados em um plano e um
quarto eixo, formando 90° com aqueles. Exemplos: quartzo, berílio, calcita, turmalina,
entre outros.
Silicatos
Os silicatos são o maior e mais importante grupo de minerais formadores de
rocha. Quimicamente são compostos por tetraedros de Sílica e Oxigênio, uma estru-
tura em pirâmides com quatro faces. Como a carga do íon silicato é negativa, geral-
mente se ligam a cátions, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, e ferro, para formar
elementos neutros. Os silicatos são divididos em isolados, quando ligados somente a
cátions, como o caso do mineral Olivina, que formam rochas com essa estrutura. E
silicatos com arranjos, que se liga com outros tetraedros de sílica, formando cadeias
simples, cadeias duplas, estruturas em folhas, estruturas tridimensionais.
Carbonatos
Os minerais do grupo dos Carbonatos possuem o íon carbonato ligado a me-
tais e semimetais, outros grupos aniônicos, ânions complementares e H 2O. Cerca de
210 minerais constituem este grupo, que podem ser classificados em subdivisões de
acordo com os elementos que se ligam. O mineral mais comum deste grupo é a cal-
cita (CaCO3).
41
Óxidos
Os minerais do grupo dos óxidos são minerais cujo o Oxigênio é ligado a áto-
mos ou cátions de outros elementos metálicos, como Ferro, alumínio, cobre, entre
outros do grupo. É formado por cerca de 354 minerais, que podem ser agrupados em
relação à suas ligações com outros elementos. É um grupo de importância econô-
mica, pois possui minérios da maioria dos metais, tais como titânio.
Alguns minerais mais comuns deste grupo são Anatásio, Crisoberilo, Tapiolita,
entre outros.
Sulfetos
Grupo composto de um átomo de enxofre que recebeu dois elétrons, cha-
mado de íon de Sulfeto, que é ligado a cátions metálicos. A maioria dos sulfetos pa-
recem metais, e quase todos são opacos. O sulfeto mais comum é a pirita, também
chamada de “ouro de tolo”, devido à sua aparência metálica amarelada.
Sulfatos
Grupo composto por um tetraedro, um átomo central de enxofre circundado
por quatro íons de oxigênio. Um mineral conhecido deste grupo é a gipsita, compo-
nente primário do gesso. A Gipsita é um sulfato de cálcio, formado a partir de ele-
mentos que evaporam da água do mar.
42
fratura, brilho, cor ou traço, gravidade específica e densidade e hábito cristalino, des-
critos a seguir.
Dureza
É a resistência que a superfície de um mineral tem ao ser riscado. O mineralo-
gista australiano Friedrich Mohs criou uma escala de dureza que varia de 1 a 10 ba-
seado na facilidade com que um mineral consegue riscar o outro. Para aferir a du-
reza de um mineral em campo podem ser utilizados objetos comuns, como por exem-
plo, uma lamina de aço, se esta riscar um mineral ele provavelmente apresenta du-
reza maior que 5, se for riscado com a unha, a dureza é baixa, até 2, alguns exemplos
na tabela 2. A dureza de um material depende da força de fatores como:
Ligações químicas – Quanto maior a força das ligações químicas, maior a du-
reza
Estrutura cristalina – Varia entre o grupo dos silicatos entre 5 e 7, porém em
estruturas folheadas, como o talco (dureza 1), são relativamente moles, variando de
1 a 3 na escala de Mohs. Quando as estruturas químicas dos minerais são parecidas,
o que aumenta a força das ligações químicas e influenciam a dureza são fatores
como:
Tamanho- Quanto menor o tamanho dos átomos ou íons, menor a distância
entre eles, mais forte a ligação. Importante fator para o grupo de sulfetos de metais
e óxidos metálicos, como cobre, prata, ouro, que apresentam dureza de baixa, pois
os cátions metálicos são grandes e refletem na força das ligações químicas.
Carga – Quanto maior a carga de íons, maior a atração entre os mesmos, logo,
a ligação química será mais forte;
Confinamento de átomos e íons - Quanto maior o confinamento dos átomos e
íons, mais próximos eles ficam, logo mais forte a ligação química.
43
Figura 15: Minerais e número de dureza na Escala Mohls com alguns objetos utilizados na
identificação
Clivagem
É a tendência de constituintes das rochas se romperem e produzirem superfí-
cies planas, lisas definidas e paralelas entre si e a planos reticulares. A clivagem pode
ser qualificada pelo padrão de clivagem, ou seja, o número de planos e os padrões
que os minerais produzem em uma determinada rocha. Ou pela a qualidade da cli-
vagem pode ser descrita como perfeita, regular ou imperfeita e é definida de acordo
com a força das ligações químicas. Fortes ligações produzem clivagens imperfeitas,
como o caso do quartzo, da granada e outros minerais formados por redes tridimen-
sionais de tetraedros e silicatos formados por tetraedros isolados. Já as ligações fracas
produzem clivagem perfeita, os minerais são facilmente quebrados ao longo de seus
planos de clivagem, produzindo superfícies lisas, como o caso da muscovita, e outros
silicatos de cadeias simples (piroxênio) e duplas (anfibólios). Entre esses dois grupos
estão os minerais que apresentam ligações não tão fortes e produz uma clivagem
regular, é o caso do berilo, um silicato com estrutura em anéis.
Fratura
É tendência do mineral se romper ao longo de superfícies irregulares, ou de
não clivagem, estando relacionadas com o modo como as forças de ligação distri-
buem-se em direções transversais aos planos cristalinos, a quebra das ligações resulta
em fraturas irregulares de diferentes tipos, sendo a mais comum à fratura conchoidal,
44
que formam curvas semelhantes à forma de concha, acontecem em minerais como
o quartzo. As fraturas também podem se apresentar nas formas fibrosa ou estilha-
çada, serrilhada, desigual, rugosa ou lisa.
Brilho
É a proporção de luz refletida pela superfície de um mineral, é controlado pe-
los tipos de átomos presentes e suas ligações. Os minerais que refletem mais de 75%
da luz incidente exibem brilho metálico, é o caso da maioria dos minerais opacos
(minerais que absorvem completamente a luz). Em outros casos podem ser definidos
de como vítreo, resinoso, graxo, nacarado, sedoso ou adamantino, fazendo alusão
ao tipo de material que refletem a luz de forma parecida.
Traço
É a cor do pó do mineral quando riscado em uma superfície mais dura. Pode
ser identificada quando se esfrega o mineral sobre um fragmento de porcelana ou
outro de cor branca de alta resistência, caso o mineral seja mais de dureza superior
à da porcelana a cor exibida será da porcelana e não do mineral, logo o pó do
mineral é obtido através do processo de moagem. O traço é útil na identificação de
minerais opacos e ferrosos que geralmente apresentam traços coloridos, diferente de
muitos minerais translúcidos ou transparentes que exibem traço branco.
Habito cristalino
É a forma externa dos cristais sejam individuais ou agregados, geralmente re-
lacionados a formas geométricas. E pode ser melhor observado quando os cristais
crescem em condições geológicas ideais. Alguns termos que definem o hábito cris-
talino de minerais são aciculares, capilar, laminado, cúbico, tabular, colunar, prismá-
tico, micáceo, granular entre outros.
Densidade relativa
A densidade refere-se a um número que indica à relação do peso do mineral
e o de um volume igual de água a 4°C. É necessária uma balança especial para
aferir este valor. A maioria dos minerais que formam as rochas apresenta um valor
entre 2,5 a 3,3 g/cm³, sendo alguns como o bário e o chumbo, superiores a 4,0g/cm³.
Existem diferentes manuais para identificação de minerais, desde métodos
mais simples até métodos mais complexos feitos com uma análise mais profunda. A
maior parte dos livros citados nesta unidade possuem tabelas indicativas para identi-
ficação dos minerais.
45
A mineralogia é objeto de grande importância às atividades humanas, é atra-
vés dela que entendemos as características físicas e químicas dos minerais, os locais
de ocorrência, e como estes podem nos beneficiar de alguma forma, seja para cons-
trução civil, gerar energia, ou criar novas tecnologias e etc.
46
47
FIXANDO O CONTEÚDO
48
5. (SAD/MT 2009) Dentre os minerais formadores de rocha, é correto afirmar.
a) Os minerais essenciais incluem normalmente ouro, prata e diamante.
b) Os minerais acessórios são responsáveis pela classificação das rochas
c) Os minerais acessórios compreendem mais de 50% da composição modal.
d) Os principais minerais essenciais das rochas magmáticas são carbonatos, fosfatos
e micas.
e) Os principais minerais formadores de rochas magmáticas são feldspatos, piroxê-
nios e micas.
49
PRINCIPAIS TIPOS DE ROCHAS E UNIDADE
04
SEU CICLO
INTRODUÇÃO
50
As rochas sedimentares constituem apenas 5% da crosta terrestre, sendo os
outros 95% constituída de rochas ígneas e metamórficas.
Figura 16: Diferentes processos geológicos que dão origem aos diferentes tipos de rochas.
ROCHAS ÍGNEAS.
O Nome Ígnea vem do latim ignis, que significa fogo, e remete ao tipo de for-
mação dessa rocha que se forma a partir da cristalização do magma. As rochas íg-
neas podem ser diferenciadas em dois tipos: intrusivas, que se formam no interior da
crosta terrestre e também conhecida como plutônicas, e extrusivas, quando é crista-
lizada fora da crosta quando a lava é expelida, ou também conhecida como rochas
vulcânicas.
Quando a rocha é derivada do resfriamento lento do magma, os cristais co-
meçam a crescer e se solidificar, quanto maior o tempo de resfriamento, maior o
tamanho e desenvolvimento do cristal. Quando o resfriamento do magma ocorre
rapidamente os minerais não conseguem se cristalizar resultando em uma rocha
composta de vidro. De acordo com o grau de cristalização (proporção cristal e vidro)
as rochas podem ser classificadas em: Holocristalinas, completamente cristalizadas;
Hipocristalina, composta por uma mistura de cristais e vidros; e Vítrea ou Hilohialina,
quando a rocha é composta quase inteiramente de vidro, ou seja, o resfriamento é
extremamente rápido.
51
As rochas ígneas intrusivas se formam a partir do magma que se resfria lenta-
mente, no interior na crosta terrestre, e por isso os cristais que se formam tem tempo
para crescerem milímetros e até centímetros antes que toda massa seja cristalizada.
Um exemplo muito conhecido de rocha ígnea intrusiva é o granito, formado pelos
minerais de quartzo, feldspato e micas (biotita e/ou muscovita).
As rochas ígneas extrusivas se formam a partir do magma expelido para su-
perfície terrestre e logo é rapidamente resfriado, não dando tempo para que os grãos
de minerais cresçam em nível de conseguirmos identificá-los a olho nu. Elas podem
pertencer a categoria rochas de lavas vulcânicas, tem aparecia variada e vai de-
pender das condições que se formaram ou da categoria de rochas piroclásticas, for-
madas por erupções vulcânicas explosivas, são fragmentos de lava lançados ao ar.
Um exemplo dessa rocha é a pedra-pome, que consiste em uma massa porosa de
vidro vulcânico.
Quando o material cristalino é identificado a olho nu, dizemos que esta rocha
é fanerítica, e quando não conseguimos identificar o material cristalino a olho nu,
essa rocha é conceituada como afanítica. Geralmente ocorre que as rochas ígneas
intrusivas são faneríticas e as rochas ígneas extrusivas são afaníticas. Alguns exemplos
na figura a seguir.
52
Figura 17: Exemplos de rochas ígneas intrusivas e extrusivas
53
basalto) e ultrabásicas (menos de 45% de sílica, exemplo: peridotito). As rochas áci-
das e intermediárias que apresentam maiores quantidade de sílica resultam na cris-
talização do quartzo, e tendem a ser mais claras, enquanto as básicas e ultrabásicas,
o baixo teor de sílica implica em um aumento no teor dos demais componentes como
Magnésio, Ferro e Cálcio, logo essas rochas tendem a ser mais escuras. Os minerais
de coloração mais claros são chamados de félsicos e os de minerais de coloração
mais escura, chamados de máficos.
Um parâmetro muito utilizado para caracterização composicional de rochas
ígneas é o índice de cor (M), como esquematiza a figura a seguir.
54
Lacólitos - São formados quando o magma invade camadas de rocha sedi-
mentar em níveis rasos da crosta, e se diferencia do sill devido ao arqueamento
das camadas de rocha suprajacentes para obter espaço para se alojar. Ge-
ralmente são formados por magmas mais viscosos, como os graníticos.
Necks vulcânicos - São formados pela consolidação do magma nos dutos vul-
cânicos. As rochas de material piroclásticos que formam os cones vulcânicos
são mais facilmente erodidas, e com a ação do tempo deixa exposto o neck
vulcânico no relevo.
Batólitos e stocks – São corpos ígneos intrusivos que ser formaram em profundi-
dade, de maneira discordante, cortando as rochas encaixantes, de composi-
ção granítica se diferem apenas pelo tamanho. Os batólitos têm extensão
superior a 100km² enquanto os stocks apresentam áreas inferiores a 100km².
Ambos podem vir acompanhados de xenólitos, que são fragmentos das ro-
chas encaixantes englobados pelo magma durante sua consolidação e resis-
tiram ao processo.
ROCHAS METAMÓRFICAS.
55
de todos os tipos ao mesmo tempo. Os principais agentes que atuam na metamorfi-
zação das rochas são citados a seguir:
Temperatura – O aumento da temperatura cria condições para que a
rocha sob stress se ajuste as novas condições, onde seus átomos e íons recris-
talizam-se, ligando-se a novos arranjos e criando novas assembleias minerais.
O aumento da temperatura em conjunto com o aumento da profundidade é
chamado de gradiente geotérmico (a cada 33m acrescido 1°C), esta medida
pode indicar a temperatura na qual determinada rocha se formou. O calor
também pode ser proveniente de intrusões ígneas próximas, desintegração
de substâncias radioativas, atritos de movimentos tectônicos e impactos de
corpos celestes.
Pressão – O aumento da pressão pode causar uma mudança na textura
e também na mineralogia da rocha sob stress. A pressão confinante ou litos-
táltica, é uma força que atua igualmente em todas as direções, como o pro-
cesso de soterramento de camadas de sedimentos, na medida em que as
rochas afundam são submetidas a uma pressão confinante progressivamente
maior. Já a pressão dirigida, é a força que atua em uma direção particular,
como ocorre, por exemplo, em zonas de placas convergentes. A pressão, as-
sim como a temperatura, aumenta conforme a profundidade Terrestre, e
pode ser medida em Kilobars (kbar) ou bars (1000 kbar) e registra 0,3 a 0,4 kbar
por km de profundidade. A partir de uma assembleia mineralógica especifica
é possível delimitar as variações de pressões e a qual profundidade a rocha
sob stress foi formada.
Fluidos - A partir de componentes químicos que se dissolvem em águas
termais e entram em contato com rochas nas partes rasas da crosta criam
uma reação em que alteram a composição química e mineralógica, sem mu-
dar a textura da rocha. Componentes tais como água, gás carbônico, oxigê-
nio, flúor, etc. desempenham a função de facilitar as reações e transforma-
ções mineralógicas.
As rochas das quais as rochas metamórficas se originaram, são chamadas de
protólitos, e sob o que é preservado depois do processo de transformação, é possível
fazer uma investigação para saber a trajetória de evolução de dessa rocha, por quais
56
mecanismos geológicos ela passou. O processo de metamorfismo pode ocorrer de
diferentes formas, classificados como metamorfismo regional, de contato, dinâmico,
cataclástico, de soterramento, hidrotermal, de fundo oceânico ou de impacto (des-
critos a seguir). Os mesmos são classificados a partir de parâmetros físicos, mecanismo
responsável pela transformação, localização e extensão na crosta terrestre e tam-
bém por tipos de rochas que se formaram.
Metamorfismo de regional ou dinamotermal – Ocorre em grandes extensões, e
atinge níveis profundos da crosta. Está relacionado a mecanismos de placas conver-
gentes, e devido a ação da temperatura e pressão (litostática e dirigida) durantes
milhões de anos formam estruturas como dobras e falhas. Resultam em rochas que
apresentam estrutura foliada, sendo o tipo de metamorfismo que forma a grande
maioria das rochas metamórficas.
Metamorfismo de contato ou termal – Ocorre ao redor de intrusões magmáti-
cas em rochas encaixantes e sua extensão varia de acordo com o volume e natureza
do magma invasor. A ação da temperatura emanada pelo magma intruso é o prin-
cipal agente do metamorfismo.
Metamorfismo dinâmico ou cataclástico – Ocorre em longas e estreitas faixas
próximas a zonas de cisalhamento, sendo a pressão o principal agente do metamor-
fismo. Provocando alterações na estrutura e na textura da rocha.
Metamorfismo de soterramento ou baixo grau– Ocorre em bacias sedimenta-
res, que são gradualmente soterradas. Nesse caso o aumento da pressão litostáltica
e consecutivo aumento da temperatura são os principais agentes do metamorfismo,
que causam a cristalização de novos minerais decorrente de fluidos dos sedimentos,
enquanto a textura e estrutura são preservadas.
Metamorfismo hidrotermal – Ocorre frequentemente em bordas de intrusões
graníticas de vulcanismo basáltico submarino e em campos geotermais. O aumento
da temperatura da água, fazem os minerais se recristalizarem em um novo sem-
blante.
Metamorfismo de fundo oceânico – Ocorre frequentemente em dorsais meso-
ceânicas, quando o aumento da temperatura na água causa a alteração química
das rochas basálticas. Esse tipo de metamorfismo resultante da percolação de fluidos
de alta temperatura, também pode ocorrer em continentes, quando os fluidos que
circulam próximos as intrusões ígneas transformam as rochas encaixantes.
57
Metamorfismo de impacto – Ocorre quando um meteorito (fragmentos de co-
metas e asteroides) atinge a Terra. No momento do impacto a energia é transfor-
mada em calor e ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas, formando
crateras de calor que vaporizam o meteorito e fundem as rochas em poucos segun-
dos, elevando a pressão e causando a reequilíbrio dos minerais quase que instanta-
neamente. No entanto esse tipo de metamorfismo é raro na Terra, sua camada at-
mosférica densa destrói a maioria dos meteoritos antes da colisão. É um processo que
parece ocorrer com maior frequência em outros corpos planetários como na Lua,
que é marcado por crateras. Aqui na Terra alguns exemplos são o Meteoro Crater,
no Arizona (EUA), que criou uma cratera com cerca de 1,2km de extensão e 200m
de profundidade. No Brasil podemos encontrar essas crateras no estado de Goiás,
conhecida como o Domo do Araguainha, e também no município de São Paulo,
conhecida como Colônia.
As rochas metamórficas guardam a história de seus protólitos e de seu passado
mais recente. Por exemplo, o quartizito, é um antigo arenito que sofreu metamorfismo,
e o arenito por sua vez, é rocha sedimentar que foi compactada e transformada em
rocha a partir de sedimentos. Ou seja, era sedimento, que se compactou e se trans-
formou em rocha sedimentar (Arenito), que sofreu metamorfização e virou quartizito.
Nesse caso, quando o protólito é uma rocha sedimentar é de costume usar o termo
metassedimentar (rocha metamorfizada de origem sedimentar). Por tanto quando
identificarmos um quartzito sabemos que aquele ambiente no seu passado já foi um
ambiente de deposição, que o tempo transformou seu sedimento em rocha e um
outro grande evento geológico alterou sua textura e transformou em rocha sedimen-
tar.
Alguns exemplos de rochas metamórficas e seus protólitos são explicitadas na
figura a seguir.
58
Figura 20: Exemplos de rochas Metamórficas e seus protólitos.
ROCHAS SEDIMENTARES.
59
rifts, cadeias de montanhas entre outros. Também contam hipóteses sobre o clima e
o regime de intemperismo que foram submetidos. As rochas sedimentares também
são fontes de importantes recursos econômicos, são nelas que encontramos o petró-
leo e o gás, importantes fontes de energia, além disso, outros minérios como urânio,
usados para gerar energia nuclear, o carvão, uma rocha particular que é formada a
partir do soterramento vegetal, e também rochas fosfáticas, utilizadas na produção
de fertilizantes, e muitas fontes de minério de ferro mundial.
O processo que levam os sedimentos a se transformarem em rocha se chama
Diagênese, onde ocorre na sua etapa final a litificação, que solidifica o sedimento e
o transforma em rocha. Esse processo pode ocorrer de diferentes maneiras, as princi-
pais são descritas a seguir:
• Compactação – É um processo físico que ocorre a partir da compressão exer-
cida pelo peso das camadas de sedimentos sobrepostas, que vai gradual-
mente reduzindo a porosidade (espaços vazios entre grãos);
• Cimentação – É um processo químico que ocorre a partir da precipitação de
minerais nos poros dos sedimentos atuando como um cimento, que transforma
o sedimento em rocha;
• Recristalização Diagenética – É um processo físico e químico que ocorre em
condições de soterramento dos sedimentos, quando componentes existentes
nos espaços entre grãos de sedimentos, modificam a mineralogia e textura
cristalina da rocha a ser formada, como por exemplo, a transformação do mi-
neral aragonita no mineral calcita, fenômeno conhecido como neomorfismo,
fazendo alusão a nova forma. Essa transformação também pode ocorrer no
carbonato (aragonita e/ou calcita) transformado em sílica, fenômeno conhe-
cido como substituição;
As rochas sedimentares podem ser classificadas em pelo menos dois grandes
grupos. As rochas derivadas de processos mecânicos a partir da litificação de
grãos de sedimentos rochosos, chamado de sedimentos clásticos, em algu-
mas bibliografias também conhecido como dentríticos ou terrígenos e são di-
vidas de acordo com a textura, ou tamanho da partícula do sedimento (Figura
21).
60
Figura 21: Principais classes de rochas sedimentares a partir de sedimentos clásticos
61
A imagem a seguir mostra a relação da origem dos sedimentos biológi-
cos e químicos e as principais rochas associadas.
62
tão continuamente sob a ação de um ou mais agentes que provocam as transfor-
mações, que por sua vez, tem o Sol como a fonte primária de energia dos processos
intempéricos e erosivos.
A figura a seguir representa um esquema de como funciona o ciclo das rochas.
Começando o ciclo com pelas rochas ígneas, que formam os relevos que por sua
vez sofrem com a ação do intemperismo e da erosão, dando origem a sedimentos
que se depositam e ao longo do tempo passam pela diagênese e geram rochas
sedimentares. Estas, que devido ao aumento da temperatura e/ou pressão também
geram rochas metamórficas. As metamórficas, por sua vez, podem sofrer fusão, for-
mando magma que logo vai originar nova rocha ígnea, fechando o ciclo.
As rochas metamórficas derivadas de ígneas também sofrem com ação do
intemperismo e da erosão e, portanto, também originam sedimentos, caindo na
etapa do ciclo em que um sedimento passa pela diagênese e se transforma em ro-
cha sedimentar. E as rochas ígneas, também podem sofrer metamorfismo, dando ori-
gem a uma rocha metamórfica. Portanto, qualquer um dos três tipos de rocha pode
originar qualquer um dos outros dois, todas passando pela etapa da fusão do
magma, que dará início novamente o ciclo das rochas.
63
64
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Assinale a opção que a rocha corresponde corretamente a sua classificação.
2. O Gabro é uma rocha com textura fanerítica. Este fato ocorre devido:
65
4. (UFRJ/2008) São formas de corpos intrusivos concordantes:
a) Sill e dique;
b) Lopólito e lacólito;
c) Neck e sill;
d) Batólito e neck;
e) Sill e batólito.
6. O arenito é uma rocha sedimentar que quando sofre metamorfismo, se transforma em:
a) Granito
b) Basalto
c) Calcita
d) Gnaisse
e) Quartzito
a) Intemperismo
b) Lixiviação
c) Deposição
d) Diagênese
e) Isostasia
66
8. Sobre o ciclo das rochas é correto afirmar que:
a) O ciclo das rochas se encerra quando uma rocha ígnea vira sedimento e é soterrado.
b) O ciclo das rochas se inicia sempre com a formação de uma rocha magmática ex-
trusiva.
c) O ciclo das rochas é uma sequência de fenômenos que se repetem ou se renovam,
sendo um processo contínuo de transformações, onde todos os tipos de rocha po-
dem fazer parte do processo.
d) Apenas as rochas ígneas e sedimentares fazem parte do ciclo das rochas.
e) O ciclo das rochas é um fenômeno que mostra a formação da rocha, sua evolução
até a sua etapa final, que é a deposição.
67
PROCESSOS E ESTRUTURAS UNIDADE
05
GEOLÓGICAS
FALHAS E DOBRAS
68
Figura 25: Tipos de falhas e forças associadas
69
dobra. Uma dobra horizontal simétrica tem um eixo horizontal e um plano axial verti-
cal com os flancos mergulhando simetricamente para longe do eixo. A figura a seguir
sintetiza os tipos dobras e mecanismos associados.
INTEMPERISMO E EROSÃO
70
Topografia – Além de ser um fator que influencia no clima, a topografia ajuda
a regular a velocidade do fluxo da água das chuvas (sendo a vegetação outro re-
gulador importante). Em declividades mais suaves onde a agua consegue ter uma
boa infiltração, e ficam em contato por mais tempo com as rochas, as reações quí-
micas são mais intensas, e logo também será a ação do intemperismo, e o contrário
ocorre com declividade mais elevadas, onde a ação da gravidade faz com que a
velocidade das aguas seja maior, ficando menos tempo em contato com as rochas.
Nas regiões de baixada a água fica por muito tempo em contato com as rochas,
porém não se renovam facilmente, de modo a saturar os componentes solúveis, per-
dendo a capacidade de reação dos minerais. Portanto podemos dizer que nas en-
costas mais suaves é que o intemperismo age de forma mais intensa.
Material parental – Os minerais constituintes das rochas irão responder de
forma diferente a ação do intemperismo, dependendo da sua composição, textura
e estrutura irão apresentar maior ou menor resistência. Os primeiros materiais que se
cristalizam com o resfriamento do magma também são os materiais que apresentam
menor resistência a intempere, por esta razão o quartzo é o último mineral a se de-
compor em uma rocha granítica por exemplo. Já os mármores que são formados por
carbonato de cálcio, mineral altamente solúvel em água, são mais frágeis e menos
resistentes, por isso o granito é muito mais indicado para tampos de pia do que o
mármore.
A figura a seguir mostra a taxa de alteração relativa dos minerais mais comuns
sob a ação do intemperismo.
71
Figura 27: Estabilidade relativa dos minerais mais comuns sob o intemperismo
Tempo – Quanto mais longo o tempo em que uma rocha está exposta, maior
o tempo em que ela está sofrendo com a ação do intemperismo. Por exemplo, os
sedimentos derivados de rochas, como os cascalhos, vão ficando cada vez mais
“polidos” e arredondados conforme a ação do intemperismo ao longo do tempo. O
clima é um fator muito aliado ao tempo, visto que em lugares mais úmidos, a ação
do intemperismo é mais intensa em relação à mesma duração de tempo em lugares
mais secos.
Fauna e Flora – Fornecem matéria orgânica para reações químicas e remobi-
lizam materiais. A concentração de CO2 no solo, proveniente da decomposição da
matéria orgânica morta, favorece a acidificação da água, que favorece a dissolu-
ção mais rápida de alguns minerais. As raízes de árvores criam frestas para a pene-
tração de água aumentando a atuação do intemperismo.
O intemperismo pode acontecer de três formas descritas a seguir:
O intemperismo físico causa o processo de desagregação das rochas, sepa-
rando os grãos minerais que as compõe e fragmentando a massa rochosa original.
Isso ocorre, por exemplo, quando a variação térmica dilata e contrai o maciço ro-
choso, ocasionando fissuras que com o tempo vão se alargando. Os minerais, por sua
72
vez, possuem diferentes coeficientes de dilatação e respondem de maneira diferente
a essas variações térmicas. Em ambientes com alta amplitude térmica essas mudan-
ças são mais notáveis. Também podem ocorrer com a variação de umidade,
quando a agua se infiltra em pequenas fraturas, ou nas porosidades da rocha e sofre
um resfriamento, se a agua congelar pode aumentar em 9% o seu volume, exer-
cendo uma grande pressão sobre a rocha, e quando partes mais profundas dos cor-
pos rochosos soerguem e com o alivio da pressão se expandem e causam fraturas
ao longo do trecho da qual a pressão foi aliviada, este processo especifico e conhe-
cido como justas de alivio.
O intemperismo químico ocorre quando minerais que formam a crosta terres-
tre, interagem com novos elementos em novas condições. Como sabemos, grande
parte das rochas que hoje afloram na crosta terrestre, se formaram em condições
muito diferentes das atuais, em decorrência disso ao entrarem em contato com a
superfície seus minerais buscam se equilibrar as novas condições e se tornarem mais
estáveis. Alguns minerais quando reagem com a água e o ar, podem se dissolver e
outros podem se combinar com demais elementos terrestres.
O principal agente do intemperismo químico é a agua, e de acordo com o
tipo de mineral e seus componentes presentes irão desencadear diferentes tipos de
reações químicas, sendo mais comuns as reações de hidratação, dissolução, hidro-
lise, acdólise e oxidação.
O Intemperismo biológico ocorre através da ação de organismos e bactérias
que ajudam na decomposição de outras matérias, e desencadeiam o desgaste dos
materiais terrestres. Também pode ser dito como biofísico ou bioquímico.
Atualmente, com a discussão de uma nova era geológica, chamada de An-
tropoceno ou Tecnogeno, que coloca o ser humano como parte integrante da na-
tureza, sendo um agente geológico, é possível discutir que determinadas ações hu-
manas são também parte de um processo de intemperismo de forma direta ou indi-
reta. Por exemplo, a intensificação de chuvas ácidas e por consequência do intem-
perismo, causadas pelo incremento de substancias químicas na atmosfera, intensifi-
cadas pelo processo de industrialização.
A erosão por sua vez, é o transporte do material fragmentado. Podendo ser de
grande, média ou alta magnitude, sendo sua maior aliada, a força da gravidade.
Grandes movimentos de massa (deslizamentos de materiais do solo) são mar-
cas erosivas na paisagem, que quando acontecem em áreas ocupadas causam
73
grandes transtornos para a população.
A ação do intemperismo e da erosão ao longo do tempo é o processo forma-
dor do solo.
74
As plataformas ou Crátons (1) são representadas por relevos muito antigos, que
foram rebaixados ao longo do tempo pela ação de forças exógenas. Apresentam se
como baixos planaltos ou como depressões posicionadas as margens de bacias se-
dimentares dos cinturões de cadeias orogênicas muito antigas.
As bacias sedimentares (2) são estruturas formadas por grandes pacotes de
rochas sedimentares ao longo do continente. Ocupam grande parte da superfície
emersa da Terra, embora em volume as rochas sedimentares sejam pouco represen-
tativas. As bacias sedimentares podem ser mencionadas com referência a sua idade.
Por exemplo, são chamadas de bacias Fanerozóicas, as bacias sedimentares que se
formaram ao longo do Éon Fanerozóico.
Cadeias orogênicas e cinturões orogênicos (3) são estruturas representadas
pelos terrenos mais elevados na superfície terrestre, associados aos limites de placas
tectônicas (atuais e antigos) que geram intensos falhamentos, dobramentos, ativida-
des vulcânicas, terremotos e etc.
A figura a seguir, mostra as grandes macroestruturas associadas ao continente
Sul-americano.
Figura 28: Mapa de estruturas da América do Sul
75
No território brasileiro as três macroestruturas marcam o embasamento geoló-
gico e dentro de cada uma podem ser dividas de acordo com a idade em que se
formaram, conforme o mapa da figura 29.
Os Crátons são estruturas muito antigas, com prevalecentes rochas metamór-
ficas do pré-cambriano, podem ser vistos principalmente na região Amazônica,
sendo a porção ao Norte, próximo a fronteira da Venezuela e Guianas, planaltos mais
elevados e perdem altimetria ao Sul. Algumas regiões das áreas cratônicas, foram
encobertas por sedimentos desde o início do Fanerozóico.
As áreas de cinturões orogênicos podem ser associadas até três diferentes fa-
ses de dobramentos, falhamentos, metamorfização, que remetem ao passado da
configuração continental situada em limites de placas tectônicas. O cinturão do
Atlântico é bem marcado pelas montanhas que ainda guardam o aspecto serrano
em grandes extensões, como a Serra do Espinhaço, que vai do centro-norte de Minas
Gerais até o interior da Bahia.
E as Bacias Sedimentares, são estruturas que preservam os sedimentos de pelo
menos três eras do Fanerozóico, que são as eras do Paleozoico, do Mesozoico e do
Cenozoico.
76
Baseado nas estruturas do território brasileiro, e em outros trabalhos pretéritos,
que já montavam a configuração do relevo do Brasil, Jurandyr L.S. Ross, em 1990 ela-
bora um mapa geral do relevo brasileiro com enfoque na altimetria, dividido em três
grandes grupos: os planaltos, as depressões, e as planícies, conforme o mapa da fi-
gura 30.
Pontual que os planaltos são áreas mais elevadas, onde o relevo apresenta
maior resistência às ações das forças exógenas. As depressões são áreas peculiares
no território brasileiro que, com exceção da depressão amazônica ocidental, foram
geradas por intensos processos erosivos diferenciados nas bordas das bacias sedi-
mentares, e evidenciam marcas paleoclimáticas. E as planícies são áreas planas bai-
xas de deposição de sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial.
77
Fonte: Ross (1990)
78
79
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (INEA/2008) Falhas normais e reversas correspondem, respectivamente, a regimes de:
a) Normal
b) Oblíqua
c) Direcional
d) Reversa
e) Paralela
3. (FUVEST/2017) A figura mostra corte transversal A-B em área serrana embasada por
rochas metamórficas entre os municípios de Apiaí e Iporanga, no Vale do Ribeira,
sul do estado de São Paulo.
80
As rochas representadas são de idade pré-cambriana e formam estruturas em
um sistema de:
a) Soleiras e diques.
b) Dobras anticlinais e sinclinais.
c) Plataformas e bacias sedimentares
d) Intrusões e extrusões
e) Falhas verticais e horizontais.
81
6. (UFRJ/2008) A agricultura praticada, sem a adoção de práticas conservacionistas,
causa uma série de danos ambientais nos locais onde ocorre. Entre esses danos, o
mais expressivo, que pode ser visto em diversos municípios brasileiros, é:
a) a lixiviação;
b) a erosão;
c) o intemperismo;
d) o assoreamento;
e) a poluição.
82
GEOLOGIA E SOCIEDADE UNIDADE
INTRODUÇÃO
06
Ao longo da apostila, foi possível perceber o quanto o conhecimento sobre
as Geociências, e neste caso específico da Geologia pode inferir na vida terrestre.
O objetivo de cada unidade foi mostrar o conhecimento geológico e partir daí po-
der refletir como ele pode se relacionar com as questões pertinentes aos estudos
espaciais, em particular a Geografia, que é a disciplina responsável por investigar as
relações (de caráter físico e social) que acontecem no espaço ao longo do tempo.
A busca por recursos que atendam às necessidades humanas, desde seus pri-
mórdios, como material para habitação, fontes energéticas, bens minerais, trans-
porte, entre outros, sempre estiverem presentes na sociedade. O conhecimento ge-
ológico sistêmico possibilita uma ampla visão ao longo do tempo, da compreensão
da dinâmica dos processos naturais que ocorrem na Terra, e nos fornecem respostas
e caminhos para nossa passagem por este planeta tão único no sistema solar. Por-
tanto é imprescindível que os profissionais das geociências tenham sempre em
mente a responsabilidade de se comunicar com a sociedade.
As relações da geologia com a sociedade estão muito atribuídas ao campo
econômico, tamanha a importância dos recursos minerais provenientes das rochas.
Ao longo do tempo histórico, as diferentes demandas e os diferentes usos dos recur-
sos minerais criaram marcas na paisagem, como por exemplo a “corrida do Ouro”
no Brasil colônia, até os dias atuais com a instalação de polos Petroquímicos, alaga-
mento de extensas áreas para criação de grandes usinas hidroelétricas, e barragens
para extração de minérios.
RECURSOS MINERAIS
83
a busca e mineração desse elemento químico natural, gerando grandes transforma-
ções no espaço social.
O ouro é um elemento químico que raramente se combina com outros ele-
mentos, por isso, muitas vezes é encontrado no estado nativo de formação. O ouro
costuma ocorrer em aluviões (depósitos de sedimentos clásticos formado por um sis-
tema fluvial) e em veios de quartzo associados a rochas intrusivas ácidas. Quanto
às características físicas do ouro, é comum encontra-lo na forma de escamas, mas-
sas irregulares (pepitas) ou fios irregulares. É opaco, seu brilho é metálico e sua dureza
está entre 2,5 e 3,0, sendo possível riscá-lo com um canivete ou um pedaço de vidro.
Na sociedade o ouro é usado principalmente como moeda financeira, e tam-
bém na fabricação de joias e ornamentos decorativos. Passou a ser usado na odon-
tologia, com próteses de dentes feitas de ouro, e mais recentemente, na fabricação
de muitos produtos da indústria eletrônica.
O Brasil foi o maior produtor de ouro do mundo entre 1700 e 1850, providos em
grande parte das aluviões na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Per-
dendo expressividade global na metade do século XIX, quando países, como os EUA,
fizeram descobertas de ouro aluviar em seus territórios. Atualmente a representativi-
dade da produção deste minério está associada a países como África do Sul, EUA,
Austrália, China e Peru.
A história do ouro no Brasil foi apenas o começo de tantos outros minerais que
vieram a ser explorados economicamente. Em 2016 no livro, Recursos Minerais no
Brasil: problema e desafios, organizado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC),
traz uma tabela da produção mineral brasileira, com base nos dados disponíveis
pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e do Instituto Brasileiro
de Mineração (IBRAM), que sintetiza a situação das reservas, da produção e do mer-
cado internacional, bem como elenca as principais minas de commodities do Brasil
para os anos de 2012 e 2013. Está disponível na figura a seguir.
84
Figura 31: Reservas, produção e situação no mercado das commodities minerais e principais
minas brasileiras em 2012/2013.
Fonte: Melfi, A.J. et al. (2016) apud (Lima, T.M et al., 2013)
85
RECURSOS ENERGÉTICOS
86
de 1.500 e 6.400 metros, respectivamente. Se a matéria orgânica for
levada a profundidades maiores, ou seja, submetida a temperaturas
superiores a 177º C, transforma-se em gás ou grafita. Esse processo de
formação é, como se viu, extremamente lento daí se considerar o pe-
tróleo um recurso não renovável. (Branco, P.M., 2014)
87
GEOLOGIA E VALORIZAÇÃO SOCIAL, CULTURAL E HISTÓRICA: EXEMPLO DO
GEOPARK ARARIPE – CE.
Apesar de esta ciência ser muito relacionada ao campo econômico, tal como
nossa relação com a natureza, ela também adentra as questões culturais e históricas.
Um bom exemplo disso no Brasil que imprime estes valores de forma categórica é o
exemplo do Geopark Araripe.
O Geopark Araripe está localizado na parte sul do Estado do Ceará, região
nordeste brasileira. Envolve os municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Mis-
são Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. Tem uma área de aproximadamente
3.790km², está inserida na porção cearense de estrutura de bacia sedimentar do Ara-
ripe. A região é caracterizada pela sua imensa importância geológica do período
Cretáceo, com destaque para seu tesouro paleontológico, com registros de 150 a 90
milhões de anos muito bem preservados e de enorme diversidade paleobiológica.
Em 2005, sabendo de sua riqueza geológica, a Universidade Regional do Cariri
(URCA) tomou a iniciativa, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação
Superior (SECITECE) do Governo do Estado do Ceará, de encaminhar à Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), uma proposta
de candidatura do Geopark do Araripe para a inserção deste na Rede Global de
88
Geoparques (GGN). Logo em setembro de 2006, o Geopark do Araripe foi reconhe-
cido pela GGN como o primeiro Geoparque das Américas, e ganhou apoio de dife-
rentes instituições nacionais.
O Geopark Araripe menciona em sua página da web que tem como alguns
objetivos:
• Proteger e conservar os sítios de maior relevância geológica/paleontológica,
territorialmente denominados geossítios;
• Proporcionar à população local e aos visitantes, oportunidades de conhecer
e compreender tanto os contextos científicos das várias eras geológicas (Pré-
Cambriano, Paleozoico e Mesozoico), bem como de outros enquadramentos
regionais importantes, como o complexo cultural do Cariri e o ecossistema am-
biental da região;
• Possibilitar o conhecimento e a divulgação dos registros arqueológicos de po-
voamento ancestral da região;
• Intensificar relações com todo um espectro de atividades (científicas, culturais,
turísticas e econômicas), com ênfase na história evolutiva da Terra e da Vida;
• Divulgar a história da ocupação do território, a cultura regional e suas manifes-
tações, e as formas de utilização sustentável dos recursos naturais na região;
• Promover a inclusão social para além da proteção e promoção dos registros
geológicos, paleontológicos, antropológicos, ambientais, paisagísticos e cul-
turais, considerando a participação da sociedade como um dos pilares do
desenvolvimento do Geopark Araripe enquanto território de ciência, educa-
ção e cultura;
• Incentivar um turismo de qualidade, baseado nas múltiplas valências do terri-
tório, através de uma estratégia de promoção e divulgação de nível interna-
cional;
• Cooperar em articulação estreita com os stakeholders e os poderes públicos
municipal, estadual e federal, de forma a garantir um contínuo desenvolvi-
mento do território.
A criação do Geopark assumiu um papel importante dentro das questões so-
ciais e culturais do espaço nesta região, relatando sua importância histórica humana
e geológica. Contanto o beneficiamento econômico não é ausente, ele vem como
consequência do desenvolvimento das práticas mencionadas anteriormente. Atual-
89
mente o Park além de ser muito visitado por turistas, também é espaço para ativida-
des escolares, e de lazer dos moradores, conforme a figura 32 que mostram as últimas
notícias do site do Geopark Araripe acessado em junho de 2020. Este foi um exemplo,
de muitos outros, que relacionam o conhecimento geológico com a sociedade, de
forma a desenvolver questões do espaço sociocultural.
Fonte: http://geoparkararipe.urca.br/
90
A falta de incentivo à pesquisa, ainda esbarra na elaboração e concretização
de geoparques no Brasil, este é um dos motivos pelos quais, um país tão diverso (tanto
na biologia, na geomorfologia, na geologia...), conta apenas o registro de apenas
um Geopark.
O conhecimento geológico, neste e em diversos outros exemplos pelo mundo,
são fundamentais para se criarem relações íntimas do ser humano com o espaço e
a sua própria natureza. É necessário o incentivo às pesquisas que buscam esta rela-
ção, que vai além da questão econômica, e integre a ciência em conjunto com a
sociedade, com os diferentes saberes e com os conhecimentos tradicionais.
As Geociências contribuem para uma visão integrada do ambiente, visando
à compreensão sistêmica dos processos que ocorrem na Terra em diferentes escalas
ao longo do tempo e do espaço, incluindo as diferentes formas de conhecimento.
Este parece um dos caminhos para que o ser humano se entenda como parte da
natureza e não algo que está fora dela. Cuidar da natureza é cuidar de si.
91
FIXANDO O CONTEÚDO
1. O termo minério é designado para:
2. Das opções a seguir, assinale a que representa uma fonte de energia renovável
a) Petróleo.
b) Gás natural.
c) Carvão.
d) Hidroelétrica.
e) Usina nuclear.
a) Carvão.
b) Zinco.
c) Estanho.
d) Fosfato
e) Nióbio.
92
5. Crimes ambientais são muitas vezes irreparáveis e ameaçam diferentes formas de
vida na Terra. O crime ambiental que se repetiu e marcou o ano de 2019, com a
morte e desaparecimento de 270 pessoas, e causou alta degradação ambiental
e posteriores problemas relacionados à saúde humana, no Brasil foi:
6. Uma das fontes mais importantes de energia no mundo são os combustíveis fosseis,
como o Petróleo. Sobre o processo de formação do Petróleo é possível afirmar que:
a) Na Chapada do Araripe
b) Na Chapada dos Guimarães
c) Na Chapada Diamantina
d) Na Chapada dos Parecis
e) Na Chapada do Apodi
93
8. O conceito de Geoparque está relacionado com:
94
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 B
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 C
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 B
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REFERÊNCIAS
GROTZINGER, J.; JORDAN, T. Para Entender a Terra. 6. ed. [S.l.]: Bookman, 2013.
96
PENA, R. F. A. Eras Geológicas. Alunos Online, s/d. Disponível em:
https://bit.ly/39DUpc2. Acesso em: 25 mar. 2020.
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