Aula - Compet Ncia e Processo
Aula - Compet Ncia e Processo
Aula - Compet Ncia e Processo
a) Território;
b) Matéria;
c) Valor;
d) Função.
TERRITORIAL:
Baseia-se em aspecto de natureza geográfica, isto é, em determinada porção do
território, como, por exemplo, o domicílio do réu, fixada por critérios determinados
em lei, sobre a qual o juiz exerce jurisdição.
Pode ser
• Geral – obedece à regra actor sequitur forum rei, consoante a qual as ações
devem ser propostas no foro em que estiver domiciliado o réu no tocante a
ações pessoais e reais mobiliárias. Contudo, as ações reais imobiliárias são
ajuizadas no foro do local do imóvel (arts. 46 e 47 do CPC/2015);
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens
móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o
foro de situação da coisa.
• Especial – quando a competência for fixada em função da situação da coisa sobre
que versa a lide, ou das qualidades de pessoa envolvida na lide, ou ainda do local
em que ocorreram os fatos litigiosos (foro do interditando, do alimentando, das
ações de direito de família etc.) (arts. 49 a 53 do CPC/2015).
Ex:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união
estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade
jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do
ofício; (...)
MATÉRIA
Considera a natureza do direito material controvertido, a saber, se o litígio versa
sobre Direito Civil, Penal, Trabalhista, etc. Constitui meio de especializar a Justiça,
na medida em que leva à criação de varas exclusivas para a apreciação de
pedidos relacionados com determinado ramo do direito público ou privado.
Como sabemos, uma vez afastadas as hipóteses de competência das justiças
especializadas (militar, trabalhista e eleitoral), devemos avaliar a competência da
justiça comum, que se divide em estadual e federal. Nesse iter, primeiro devemos
avaliar se a matéria está reservada à competência da União. Em caso negativo, a
competência da Justiça Estadual será fixada em critério residual.
VALOR DA CAUSA
Originária: é onde o processo nasce aquela atribuída ao juízo que vai conhecer
a causa em primeiro lugar. Geralmente é o juiz singular, mas pode ser também
o Tribunal, nas situações previstas;
Derivada: atribuída ao órgão que irá rever a decisão proferida em Grau inferior
de Jurisdição.
Absoluta: para atender a interesse público
Relativa: amoldada segundo interesses particulares
Em se tratando de competência relativa, em regra ela é modificada mediante uma
acordo de vontade celebrado entre as partes. Há no entanto, disposições legais
que dizem respeito aos critérios que estabelecem a modificação de competência
(as competências absolutas não podem ser modificadas).
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o
pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta,
salvo se um deles já houver sido sentenciado.
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser
mais amplo, abrange o das demais.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença
sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo
prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de
membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de
dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla
pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice,
enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes,
escolherá um de seus integrantes para nomeação.
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO JUIZ
O incidente de arguição de impedimento ou suspeição é a forma estabelecida em lei para
afastar o juiz da causa, por lhe faltar imparcialidade, que é pressuposto processual
subjetivo referente ao juiz. Enquanto a alegação de incompetência se refere ao juízo, o
impedimento e a suspeição se referem à pessoa do juiz, que, neste incidente, é parte (ele
é réu do incidente).
Há dois graus de parcialidade: o impedimento e a suspeição. A parcialidade é vício que
não gera a extinção do processo: verificado o impedimento ou a suspeição do juiz, o
processo deve ser encaminhado ao seu substituto legal.
Os atos decisórios praticados devem ser invalidados, no caso de suspeição ou de
impedimento (art. 146, § 7º, CPC) .
As hipóteses de impedimento (art. 144 do CPC) dão ensejo à NULIDADE. Há uma
presunção legal absoluta de que o magistrado não tem condições subjetivas para atuar
com imparcialidade.
Pode ser a!egado a qualquer tempo e grau de jurisdição (à arguição de impedimento,
apesar de o art. 146 tratar de 15 dias. Por envolver ordem pública não preclui se não
arguida em tal prazo. Pode inclusive ser reconhecido ex officio pelo magistrado.
O vício é tão grave que admite, inclusive, futura ação rescisória (art. 966, II, do CPC), pois
se entende que a condução de todo o procedimento fica comprometida.
OS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Órgãos auxiliares são todos aqueles que, atuando ao lado do juiz (órgão principal
em que se concentra a função jurisdicional), contribuem para a realização das
funções do Juízo, dando sequência a atos de vital importância para o
desenvolvimento do processo e para a garantia da infraestrutura necessária ao
exercício da jurisdição. Arts. 149 a 175.
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de
secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o
intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o
distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
Os auxiliares que consta no art. 149 não é taxativa. O próprio dispositivo alerta
para o fato de que outras atribuições podem ser determinadas pelas normas de
organização judiciária, tanto da União como dos Estados. Como já mencionado,
cada Estado possui o seu código de organização e divisão judiciária.
Feita essa observação, o novo CPC elenca os seguintes auxiliares da justiça:
a) Escrivão; h) Tradutor;
b) Chefe de secretaria; i) Mediador;
c) Oficial de justiça; j) Conciliador;
d) Perito; k) Partidor;
e) Depositário; l) Distribuidor;
f ) Administrador; m) Contabilista; e
g) Intérprete; n) Regulador de avarias.
LITISCONSÓRCIO
2. CLASSIFICAÇÃO:
Posição das partes: ativo, passivo ou misto
Formação: inicial e ulterior
Obrigatoriedade: necessário e facultativo
Uniformidade: simples (ou comum) e unitário
2.1. Quanto a posição das partes:
Ativo, passivo e misto
O litisconsórcio pode ser ativo ou passivo, a depender do polo da relação
processual em que ele se formar. Será considerado misto, se a pluralidade de
pessoas ocorrer em ambos os polos da relação.
Necessário: quando a sua formação for obrigatória. Ex: Ação contra cônjuges
casados em Regime Comunhão Parcial, quando a Ação versar sobre o imóvel
adquirido na constância do casameento.
Art. 113.
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes
na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da
sentença.