Apostila de Geografia PDF

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1|P á g i n a

AULA 1:
Visão Geral do Curso

Área da ciência:
A geografia é uma área do conhecimento científico. Por isso, utiliza muitos dos procedimentos
metodológicos a seguir:
 Hipóteses;
 Observações;
 Experimentos;
 Leis gerais;
 Teorias.

Domínios da geografia:
 Relações entre o ser humano e o meio natural;
 Observação e análise dos fenômenos físicos da Terra;
 Relações entre fenômenos físicos, bióticos e as consequências sobre as sociedades.

O três meios de estudo:


 Meio físico;
 Meio biótico;
 Meio socioeconômico e cultural.

AULA 2:
Astronomia: Origens do Universo
Concepções sobre a origem:
 Criacionista → poderes sobrenaturais, quase sempre atribuídos às entidades divinas,
deram origem ao cosmos;
 Científica → ciência utiliza observações, hipóteses e experimentos para formular teorias
para explicar a origem, evolução e funcionamento do Universo.

Teorias sobre a origem:

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- As teorias a seguir são baseadas no método científico, já que a Geografia é uma ciência, e usa
esse método:
 Universo em expansão:
A Via Láctea não é a única: existem bilhões de galáxias, que se movem e se afastam
umas das outras, em diferentes velocidades, direções e sentidos.

Edwin Hubble foi o pioneiro dessas descobertas.

Analisando os estudos de Hubble, Georges Lemaître propôs a hipótese do átomo


primordial;

 Universo estacionário:
O Universo expande-se e, nos espaços crescentes entre as galáxias, mais matéria
se forma para dar origem a nova matéria, mantendo a densidade do cosmos.

Teoria questionada por boa parte da comunidade científica;

 Universo pulsante:
Expansão e contração contínua do Universo, que aconteceriam infinitamente no
tempo.

Para isso, deve haver um limite de crescimento para que haja uma implosão (“Big
Crunch”,ou “Grande Implosão”);

 Big Bang:
George Gamow estudou os modelos de um Universo primordial desenvolvidos por
Lemaître e Alexander Friedmann para propor que, em algum momento do Tempo,
um Universo infinitamente pequeno e quente, entrou em colapso e se expandiu,
dando origem à matéria e à energia como conhecemos.

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AULA 3:
Astronomia: Universo = Escalas e Magnitudes
O que é o Universo?

→ A ideia de Universo envolve tudo o que existe no espaço e no tempo, ou seja, a matéria e a
energia, que estão sustentadas por leis físicas e constantes universais comuns. Por ser uma
visão científica, os modelos de Universo têm sofrido constates transformações, que nos levam a
ampliar o horizonte de tudo o que conhecemos a cada dia.
Do micro ao macro (e vice-versa):

- O tamanho das coisas no Universo envolve diferentes grandezas → são 42 ordens de magnitude
conhecidas (usando a unidade de medida metro como referência) – ainda sim sem considerar
teorias como a da existência de multiversos ou a espuma quântica, por exemplo.

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OBS: Para analisar fenômenos e dados que envolvam escalas de grandeza, é importante saber
lidar com análise dimensional e notação científica, pois são conceitos matemáticos utilizados não
apenas nas geociências, mas em diferentes áreas do conhecimento (física, química e biologia, por
exemplo).

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AULA 4:
Astronomia: O Sistema Solar

No Braço de Órion

→ Nós e todos os outros corpos celestes que fazem parte do Sistema Solar estamos no chamado
Braço de Órion, um conjunto de aglomerados de estrelas e nebulosas na borda externa da Via
Láctea.

Esfera de plasma:

→ O sol é a única estrela e o corpo mais massivo de nosso sistema planetário. Formada por gases
(92,1% de hidrogênio e 7,8% de hélio) e traços de outros elementos químicos (O, NI, Fe, Si, S, Mg, Ca,
Cr, Ne), libera energia através da fusão nuclear do hidrogênio no núcleo solar.
- A estrela possui um diâmetro de mais de 100 mil km (mais de 100 vezes o terrestre) e volume
mais de um milhão de vezes maior que o da Terra. É a principal fonte de energia, fundamental
para a vida do planeta: em um segundo, a Terra recebe cerca de 50 PW (petawatts, ou 5 x 1016 W),
mais de vinte mil vezes toda a energia produzida pelos seres humanos em um ano.

Planetas rochosos e gasosos:


Exemplos:
 Planetas telúricos ou rochosos → Formados por superfície rochosa e interior com material
magmático, são mais densos e, por isso, ficam mais próximos do Sol. Em comparação com
os planetas gasosos, são menores e a força gravitacional é menor (na Terra, a força
gravitacional é de 9,8m/s², maior que nos outros planetas rochosos);

 Planetas gasosos → São planetas formados por gases e partículas de materiais sólidos em
suspensão, não possuindo uma superfície sólida como os planetas telúricos. Em
profundidades maiores, os gases tornam-se cada vez mais densos e podem tornar-se
líquidos, metais e até rochosos nos núcleos. Estão mais distantes do Sol e possuem
maiores dimensões do que os planetas telúricos;

 Outros elementos do Solar → Devido à força gravitacional exercida pelo Sol, outros
corpos executam diferentes órbitas e estão sob a influência da estrela:

Asteroides meteoroides = são corpos rochosos, fragmentos da formação do Sistema


Solar. O cinturão de asteroides concentra a maior parte dos asteroides. Os

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meteoroides também são fragmentos da formação do Sistema Solar, mas são
menores que os asteroides;

Meteoros e meteoritos = meteoros que, em contato com a alta atmosfera da Terra, se


aquecem pelo atrito com o ar. Quando atingem o solo, são chamados meteoritos;

Cinturão de Kuiper = inúmeros corpos rochosos que contêm água congelada, amônia
e metano, de tamanhos variados. Estão distantes do Sol (além da órbita de Netuno, a
4,5 bilhões de quilômetros do centro solar);

Nuvem de Oort = região mais externa do Sistema Solar, a cerca de um ano-luz de


distância (9,46 trilhões de quilômetros). Ainda não foi observada diretamente, mas
acredita-se que seja formada por um número infinitesimal de corpos como os do
Cinturão de Kuiper.

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AULA 5:
Astronomia: Movimentos da Terra
No entanto, ela se move!

→ A frase que, segundo a lenda, teria sido dita por Galileo Galilei porque não aceitava a visão da
Igreja Católica de que a Terra era o centro do Universo, serve para entendermos que não apenas o
planeta, mas toda a matéria e a energia do Universo não são estáticas, mesmo que não possamos
perceber.

Rotação, translação e outros movimentos:

- O planeta Terra realiza vários movimentos, muitos deles pouco conhecidos por não provocarem
interferências diretas de curto prazo. Os mais conhecidos:
 Rotação → em torno de um eixo imaginário do próprio planeta, com duração aproximada de
23h56min04s;

 Translação → movimento da Terra em torno do Sol, através de uma órbita


aproximadamente elíptica. Tem duração de 365d 05h 48min 46s.

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 Outros movimentos:

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AULA 6:
Astronomia: Estações do Ano
Por que existem?

→ A ocorrência de diferentes estações é resultado do movimento de translação da Terra em


torno do Sol e das mudanças na inclinação do planeta em relação a essa estrela.

Solstícios e equinócios:
→ São momentos de máxima, mínima e similar distribuição da luz solar sobre a Terra, em épocas
específicas do ano.
 Solstício → maior desigualdade de luz solar, entre dias e noites e entre norte e sul. Ocorre
nos meses de junho e dezembro, variando de dia conforme o ano;

 Equinócio → maior igualdade de luz solar, entre dias e noites e entre norte e sul. Ocorre nos
meses de março e setembro, variando de dia conforme o ano;

 Afélio → época do ano na qual a Terra está mais afastada do Sol (cerca de 152 milhões de
km);

 Periélio → época do ano na qual a Terra está mais próxima do Sol (cerca de 152 milhões de
km);

Afélio e periélio, com afastamento e aproximação extrapolados para fins didáticos.

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AULA 7:
Astronomia: A Lua, Nosso Satélite Natural
Ao nosso lado:

→ A Lua é um satélite natural e o corpo celeste, em órbita frequente e de grandes dimensões, mais
próximo da Terra.

 Distância = 384.000km da Terra;

 Raio = 1737 km (cerca de 1/4 menor que o da Terra);

 Temperaturas = 125 ºC (máxima); -235 ºC (mínima).

Origem:
- A teoria mais aceita é a da origem a partir de uma colisão de outro objeto planetesimal com
nosso planeta.

As fases da Lua:
→ Cada fase dura cerca de sete dias, até completar um ciclo (aproximadamente 28 dias).

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AULA 8:
Astronomia: Influências Lunares = Eclipses e
Marés
Interações:

→ Influências mútuas que podemos observar ou perceber.


 Campo gravitacional → corpos massivos, que exercem interferências derivadas da
interação gravitacional, além de possuírem campos magnéticos distintos;

 História geológica → a Lua e Terra podem ter se formado há aproximadamente 4,1 bilhões
de anos. (o choque entre o protoplaneta Theia e a Terra, dando origem à Lua, por exemplo),
embora com resultados diferentes;

 Distância Lua-Terra-Sol → a distância entre a Terra e a Lua (~385.000km), bem como entre
a Terra e o Sol (~1,5x108 km), é capaz de influenciar fenômenos decorrentes dessas
interações.

Resultados:

→ Os resultados incorrem em eclipses solares e lunares.

 Eclipse lunar → quando a Terra encobre a incidência de luz solar sobre a Lua;

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 Eclipse solar → quando a Lua se coloca em uma posição entre o Sol e a Terra, projetando
uma sobra (total ou parcial) sobre nosso planeta.

Umbra e penumbra:
- Os eclipses nem sempre são totais, pois o bloqueio da passagem de luz solar pode ser variável,
gerando áreas de maior (umbra) ou menor escuridão (penumbra).

Marés:
→ Alguns efeitos percebidos na Terra, como as variações no nível das águas, por exemplo,
ocorrem por conta das interações (a gravitacional sendo a mais importante) entre o nosso
planeta, o Sol e a Lua, outros dois corpos massivos de nossa vizinhança cósmica.

- Influências de fenômenos externos (gravitação, por exemplo).

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AULA 9:
Astronomia: Influências Solares
Corpo de plasma:
→ O Sol, assim como as inúmeras estrelas no Universo, realiza reações de fusão nuclear que
liberam grandes quantidades de energia e reações atômicas que contribuem, inclusive, para a
formação de novos elementos químicos na natureza.
O Sol, assim como as inúmeras estrelas no Universo, realiza reações de fusão nuclear que
liberam grandes quantidades de energia e reações atômicas que contribuem, inclusive, para a
formação de novos elementos químicos na natureza.
 Distância =cerca de 150 milhões de km da Terra;

 Raio = 695.500 km (cerca de 109 vezes a da Terra);

 Massa = 1,98 x 10^30 kg;

 Temperatura = cerca de 5.500 ºC na superfície e 1,56 x 10^7 ºC no núcleo.

Fenômenos solares:
 Campo magnético;

 Vento solar.
Fontes de energia:
- Em 1s, a energia emitida através das reações solares (50 milhões de GW, ou 1.300 W/m²)
poderiam cobrir a demanda energética humana por cerca de um milhão de anos.

Eclipses lunares:

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Eclipses solares:

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AULA 10:
Astronomia: Eclipses
Quando a luz não passa:
→ Os eclipses solares, de forma similar aos lunares, estão relacionados ao recobrimento total ou
parcial da luz solar que chega à Terra.

Tipos de eclipses:
- Os eclipses solares podem ser classificados em:

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AULA 11:
Astronomia: O Ser Humano Fora da Terra

Olhando para o céu:

→ O ser humano sempre observou o céu pensando em respostas sobre sua origem, o porquê de
sua existência e qual o nosso lugar em tudo o que existe. A possibilidade de sair da Terra e
entender o que nos cerca tem movimentado o imaginário humano de diferentes formas:
 Pinturas rupestres, geoglifos, monumentos megalíticos;

 Artes plásticas, literatura, música, cinema;

 Religião, pensamento científico.

Contribuições científicas:
→ Diversas civilizações contribuíram para ampliar os horizontes de nosso conhecimento sobre o
Universo:
 Observações → curvatura da Terra, eclipses solares e lunares, medidas de distâncias entre
astros, mapas celestes;

 Teorias sobre os movimentos da Terra, dos planetas do Sistema Solar (Kepler) e o sistema
heliocêntrico (Copérnico);

 Telescópio (século XVII) → permitiu observar inúmeros corpos celestes invisíveis a olho
nu;

 Desenvolvimento de mecanismos para propulsão e voo.

A corrida espacial:
→ Durante a Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética buscaram a superioridade na
exploração espacial.

 1957 → lançamento do satélite Sputnik, pela URSS;

 1961 → Yuri Gagarin, cosmonauta soviético, primeiro ser humano no espaço;

 1966 → alunissagem da sonda estadunidense Surveyor 1;

 1969 → missão Apollo 11, com a chegada dos primeiros astronautas à Lua;

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 1972 → última missão tripulada até à Lua (Apollo 17).

Ampliando os horizontes:
- A exploração espacial criou uma série de tecnologias que permitiram ampliar nosso
conhecimento sobre a Terra e o Universo:
 Sondas → veículos espaciais não tripulados, que carregam instrumentos científicos para
analisar informações sobre o Universo. (Exemplos: as sondas das missões Voyager,
Pioneer, New Horizons, Venera e Chang’e);

 Telescópios espaciais → fora da atmosfera terrestre, podem realizar observações de


corpos celestes e fenômenos invisíveis na superfície. Exemplos: o telescópio espacial
Hubble;

 Estações espaciais → permitem realizar experimentos científicos e testar a sobrevivência


humana em longos períodos, preparando-nos para a exploração distante. Exemplos: ISS
(International Space Station, ou Estação Espacial Internacional) e a estação soviética MIR.

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AULA 12:
Cartografia: Mapas e Cartas = Um Histórico

O mundo e a sua representação:


→ Os mapas e cartas são formas de representar o espaço real de forma reduzida e fazer o
registro das diferentes feições e fenômenos espaciais que se deseja representar. As
representações do espaço são o resultado da necessidade de se orientar e reconhecer caminhos.
O ser humano já fazia representações e criava referências nas paisagens antes de existirem
mapas e cartas (pinturas rupestres e elementos da natureza, por exemplo).

Contribuições (algumas):
 Erastóstenes → calcula da circunferência da Terra;

 Anaximandro → mapa-múndi talhado em uma rocha;

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 Ptolomeu → coleção de mapas e referências cartográficas (atlas).

Navegações e mudança:
- As navegações europeias por todos os mares do planeta permitiram a expansão da cartografia
e das tecnologias necessárias para o mapeamento cada vez mais preciso do espaço.
 Bússola;

 Astrolábio;

 Cartas-portulano.

Cartografia:
- A incorporação de métodos e inovações típicas do conhecimento científico, a cartografia torna-
se fundamental para as geociências.
 Projeções;

 Coordenadas geográficas;

 Escala;

 Precisão geodésica.

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AULA 13:
Cartografia: Representação Cartográfica

Fenômenos espaciais:

- Para as geociências, a cartografia é uma das áreas do conhecimento mais importantes, pois
permite a representação de diferentes fenômenos que possuam dimensão espacial em mapas e
cartas.
 Mapa → representação de fenômenos físicos, bióticos ou socioeconômicos, sem uma
finalidade específica. (Exemplos =mapa dos Estados do Brasil, mapa de relevo, mapa de
municípios;)

 Carta → representação de fenômenos espaciais com uma finalidade prática. Exemplos =


cartas topográficas (para avaliar altitudes), cartas de navegação, cartas geotécnicas (para
o planejamento urbano).

Elementos de mapas e cartas:

- Mapas e cartas projetados de maneira adequada possuem as seguintes características:


 Tema;

 Legenda;

 Orientação;

 Projeção;

 Escala.

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AULA 14:
Cartografia: Sistemas de Projeção
Terra irregular:

→ Visto do espaço, o planeta Terra parece redondo, mas é, na verdade, um geoide e possui feições
irregulares.

Tipos de projeção:

→ Para representar feições como a da Terra, irregulares e tridimensionais, em um papel ou em


objetos bidimensionais, é necessário utilizar sistemas de projeção.
 Cilíndricas;

 Cônicas;

 Polares ou planas;

 Peters;

 Mercator;

 Ortográfica;

 Polar/azimutal.

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AULA 15:
Cartografia: Coordenadas Geográficas
Orientação espacial:

→ A orientação espacial de mapas e cartas permite identificar a direção e o sentido corretos,


servindo de referência para a análise dos fenômenos representados. A rosa-dos-ventos é a
forma mais conhecida de representação.

Sistema de coordenadas:

→ Em um plano bidimensional cartesiano, a adoção de sistemas de coordenadas permite


identificar qualquer ponto representado em um determinado espaço através do cruzamento de
eixos.
 Meridianos = a partir de Greenwich, as linhas verticais dividem o planeta entre Hemisfério
Ocidental (Ocidente) e Hemisfério Oriental (Oriente);

Longitude → de 0º até 180º, a partir do Meridiano de Greenwich (L ou O);

 Paralelos = a partir do Equador, as linhas horizontais dividem o planeta entre Hemisfério


Norte e Hemisfério Sul;

Latitude → de 0º até 90º, a partir do Equador (N ou S).

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AULA 16:
Cartografia: Fusos Horários
Rotação:

→ O ciclo de rotação da Terra ocorre de Oeste para Leste, a cada 23h56min04s,


aproximadamente.

Fusos horários:
→ Dividem a Terra em 24 zonas horárias, cada uma com uma faixa longitudinal de 15º,
correspondente a um fuso. A Linha Internacional de Data é o faixa que determina o fim ou o início
do dia terrestre.

AULA 17:
Cartografia: A Linha Internacional de Data
Rotação:

→ A Linha Internacional de Data é um limite que marca a mudança de datas, respeitando a


sequência das 24 zonas horárias representadas pelos fusos, de leste para oeste.

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AULA 18:
Cartografia: Fusos Horários do Brasil

Do lado oeste:

→ O território brasileiro está a oeste do Meridiano de Greenwich, em quatro faixas horárias de


abrangência (GMT -2h, GMT -3h, GMT -4h, e GMT -5h). É importante lembrar que as linhas de
limites entre fusos horários não são simétricas, pois a definição de fusos no mundo também
passa por decisões políticas de cada território (por exemplo, quais Estados estarão no fuso de
Brasília ou não).

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AULA 19:
Cartografia: Escalas
Representar dados reais:

- A adoção de escalas é útil para representar objetos e fenômenos muito grandes no papel ou em
outras formas que tornem os fenômenos espaciais acessíveis ao nosso campo de visão.
 Ampliação e redução → mecanismos que permitem aumentar ou diminuir a
representação de determinado objeto ou fenômeno espacial. Para isso, usa-se um
sistema de coordenadas de referência;

 Escala numérica → relação entre comprimento no mapa e a distância no terreno;

 Escala gráfica → segmento de reta graduada.

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AULA 20:
Cartografia: Trabalhando com Escalas e Mapas
(Parte 1)

- Os exemplos apresentados utilizam vários conceitos e técnicas úteis em situações que


envolvam elementos de cartografia, como a identificação, o reconhecimento, a interpretação e a
manipulação de escalas.
Situação 1 → mapa original

1) Identificar as escalas gráfica e numérica.

2) Calcular as distâncias entre pontos.

3) Descobrir o trajeto mais curto.

Etapa 1 – Leitura do enunciado.

Em uma folha de papel quadrada, de dimensões 50cm x 50cm, foram indicados quatro locais,
através de letras diferentes (A, B, C e D), e linhas pontilhadas que indicam possibilidades de
trajeto que podem ser percorridos entre esses pontos.

Determine:

a) A escala numérica do mapa.

b) A distância, em cm e em km, entre os trajetos: A-D, A-C e D-C.

c) O trajeto mais curto, em km.

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Etapa 2 – identificar a escala

Portanto, 1 cm equivale a 50 km ou, em escala numérica, 1:5000000.

Etapa 3 – medir as distâncias.

Etapa 4 – calcular as distâncias.

A regra de três pode ser usada para todos os casos.

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Etapa 5 – resultado.

Portanto, a distância mais curta está no trajeto A-C, de 2000 km.

→ Em outras situações, nas quais pode haver a ampliação ou redução de um mapa original,
outras técnicas precisam ser adotadas.

Situação 2 → ampliação do mapa original


Nesse caso, o mapa foi ampliado para 80 cm x 80 cm, ou seja, em mais de 50% do tamanho
original.

O mapa ampliado perde as referências de 1 cm equivalente a 50 km, pois os dados do mapa


e da escala foram ampliados.

Etapa 1 – medir a nova escala gráfica e determinar a nova escala numérica.

Pelas novas dimensões do mapa ampliado, 1,6 cm equivale a 50 km, ou 1 cm equivale a 31,25
km.

Nesse caso, a nova escala numérica seria 1:3125000.

Etapa 2 – medir as novas distâncias.

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Etapa 3 – calcular as novas distâncias

Etapa 4 – resultado.

Os resultados são os mesmos do mapa original (sem ampliação). Nos cálculos, também
poderia ser utilizada como referência 1 cm = 31,25 km.

Para os casos de redução, as etapas seriam semelhantes.

Situação 3 → mapa sem informações de escalas (gráfica e numérica), com informações sobre
distâncias.

Objetivo = determinar as escalas.

Etapa 1 – descobrir as distâncias.

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Etapa 2 – medir a área do mapa. Nesse caso, é de 50cm x 50cm.

Etapa 3 – medir a distância no mapa, em cm, do segmento AB, para calcular a escala do mapa.

→ Nesse caso, fazemos essa medição para saber a extensão máxima, em km, que o mapa pode
representar em termos de distância real.

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Etapa 4 – calcular a escala numérica.

Portanto, 1 cm no mapa equivale a 2,143 km no terreno, e a escala numérica é 1:214.300.

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AULA 21:
Cartografia: Trabalhando com Escalas e Mapas
(Parte 2)

O que são escalas?

- As escalas são relacionadas à representação de um objeto real em alguma superfície, de forma


reduzida.

Cartas topográficas:

→ As cartas topográficas são, basicamente, construídas a partir das diferenças de altimetria, que
produzem as linhas de altitude para as curvas de nível.
 As cartas topográficas podem servir para diferentes propósitos, como a construção de
perfis topográficos ou o uso no planejamento territorial e ambiental, por exemplo.

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AULA 22:
Cartografia: Cartografia Temática

Símbolos:

→ A utilização de símbolos, cores ou outros elementos ajudam a representar fenômenos


espaciais ou temas.

Alguns tipos de mapas temáticos:

 Altimétrico/hipsométrico → altitudes;

 Isoípsas → curvas de nível;

 Isoietas → quantidades de chuva;

 Isotermas → temperaturas;

 Isotalantes → amplitude térmica;

 Isoígras → umidade do ar;

 Isóbatas → profundidade marítima;

 Anamorfoses.

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AULA 23:
Geosfera: Origem e Estrutura da Terra

Como surgiu?

- Há várias teorias que relacionam o surgimento da Terra com o do Sistema Solar. As mais
importantes e estudadas atualmente:

 Acreção → é a mais aceita atualmente. A partir da nebulosa solar, nuvens moleculares,


através da atração gravitacional exercida pelo Sol, pelos corpos maiores e em função das
altas temperaturas começam a se aglutinar e formar planetesimais;

 Colisão estelar → choque entre o Sol, ainda em formação, com outro corpo estelar,
liberando grande quantidade de energia e nuvens moleculares que deram origem à
nebulosa solar. Há, ainda, indícios de que a formação do Sistema Solar seria resultado da
explosão de uma supernova (explosão de uma estrela) nas redondezas;

 Captura pela gravidade solar → corpos atraídos pela interação gravitacional solar ou de
outros objetos maiores.

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Estrutura atual:

- Com cerca de 6 sextilhões de quilogramas (~6x1024 kg), a Terra tem superfície de 510 milhões de
km².
 Áreas submersas → 361 milhões de km² cobertas por água;

 Áreas emersas → 148 milhões de km² acima da água;

 Modelo estático → baseado na composição geoquímica dos materiais;

 Modelo dinâmico → baseado no comportamento geofísico dos materiais;

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AULA 24:
Geosfera: A Terra e as Diferentes Esferas

A Terra como um sistema:

- 'Como o planeta atual é o resultado de muitas interações, mudanças e trocas de matéria e


energia ao longo de sua história geológica e cósmica, é necessário compreender a Terra como
um sistema dinâmico.
→ Costuma-se atribuir os termos Ciência do Sistema Terra ou Ciências da Terra à(s) área(s) de
estudo do comportamento da Terra, sua origem, evolução e estruturas.

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AULA 25:
Geosfera: Origem dos Movimentos Internos da
Terra
Geodinâmica:

- A geodinâmica trata das constantes transformações derivadas das trocas de matéria e energia
na Terra, entendida como um sistema dinâmico.
 Geodinâmica externa → chuvas, Sol, formas de vida, alterações nas rochas (intemperismo
físico e intemperismo químico);

 Geodinâmica interna → vulcões, abalos sísmicos, movimentos nas placas tectônicas.

A geodinâmica interna:

- O planeta possui processos internos derivados da alta pressão, das altas temperaturas, da
interação gravitacional e do decaimento de partículas, que liberam energia (geotérmica).
 Magma → material pastoso, formado por rocha fundida em altas temperaturas (pode
chegar a mais de 1500 ºC. Quando extravasado para a superfície, é chamado de lava;

 Convecção → movimento de correntes que transportam calor do interior da Terra para a


superfície. Podem ser ascendentes ou descendentes.

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AULA 26:
Geosfera: Movimentos Internos = Deriva do
Continentes
Formação

→ A teoria do movimento de deriva continental foi proposta por Alfred Wegener (1880-1930), ao
perceber o afastamento da Groenlândia em à Europa (1,5 km em poucos anos). Além disso,
também estudou outros processos de afastamento e aproximação.

Evidências:

→ Utilizando cartas náuticas, topográficas e outros métodos de pesquisa, Wegener observou


algumas pistas:
 Silhuetas dos continentes;

 Formações geológicas e materiais semelhantes;

 Paleoclimas (climas do passado);

 Movimento de deriva dos polos.

42 | P á g i n a
AULA 27:
Geosfera: Movimentos Internos = Placas
Tectônicas (Parte 1)
Quebra-cabeça:

- A partir da teoria da tectônica de placas, foi possível chegar à hipótese de que as formas dos
continentes e oceanos do planeta modificam-se ao longo do tempo.
 Espessura → entre 70 e 150 km na litosfera;

 Deslocamento médio → entre 1 e 20 cm/ano.

Evidências:

 Magnetismo;

 Deriva polar;

 Fundo oceânico.

Estrutura:

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AULA 28:
Geosfera: Movimentos Internos = Placas
Tectônicas (Parte 2)
O que as movimenta?

- O interior da Terra possui camadas de materiais com composição geoquímica e propriedades


geofísicas (pressão, temperatura, volume) muito diferentes.
 Correntes de convecção → em função das diferenças de temperatura, pressão e volume,
faz o magma movimentar-se de forma ascendente ou descendente;

 Arrasto das placas → faz com que as áreas de subducção arrastem materiais para baixo
nas fossas oceânicas;

 Empuxo das placas → através da interação gravitacional.

Expansão ou retração oceânica:

 Expansão/abertura

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 Subducção/afundamento

Limites entre placas tectônicas:

Consequências:
 Abalos sísmicos;

 Vulcanismo;

 Formação de relevo.

45 | P á g i n a
AULA 29:
Geosfera: Movimentos Internos = Formação do
Relevo
Como se forma?
→ As formas de relevo, estudadas pela geomorfologia, são o resultado de fatores externos
(geodinâmica externa) e fatores internos (geodinâmica interna).

Agentes modeladores internos:


 Compressão;

 Distensão;

 Fricção.

Oceanos que abrem e fecham:


- Os movimentos de abertura e fechamento de bacias oceânicas obedece ao chamado Ciclo de
Wilson.

Formação de montanhas:
- Além de fatores da geodinâmica externa, também há fatores geodinâmicos internos.
 Orogênese → a partir da tectônica de placas;

 Epirogênese → vertical, a partir de movimentos de choque entre massas continentais.

Forças da dinâmica terrestre:


 Hipótese convectiva;

 Forças nos limites entre placas.

46 | P á g i n a
AULA 30:
Geosfera: Formação do Relevo = Agentes Externos
1

Geodinâmica externa:
→ A geodinâmica externa e as formas de relevo resultantes são o resultado de alguns fatores.
 Fatores litológicos;

 Fatores estruturais;

 Fatores climáticos;

 Fatores dinâmicos (seres humanos, por exemplo).

Intemperismo e processos modeladores:


 Intemperismo físico → agentes mecânicos, como os ventos, a radiação solar, a interação
gravitacional;

 Intemperismo químico → água, ligações químicas, interações químicas entre elementos


da biosfera e a litosfera;

 Processos modeladores → erosão, sedimentação e transporte.

47 | P á g i n a
AULA 31:
Geosfera: Tipos de Rochas

O que são rochas?


- A formação dos diferentes tipos de rochas que compõem a geosfera terrestre possui alguns
princípios que permitem classifica-las.

- Os tipos de rocha também estão associados à características estruturais:


 Mineralogia → estrutura (arranjo molecular) e proporção dos minerais que existem em
uma rocha;

 Textura → as formas e os tamanhos dos cristais que compõem os minerais;

 Ciclo das rochas → processos de transformação dos diferentes tipos de rocha ao longo da
história geológica terrestre.

Ciclo das rochas:


→ Os efeitos da geodinâmica e as interações entre a geosfera e as outras esferas do sistema
Terra contribuem para produzir modificações constantes nas rochas. Essas mudanças podem
ocorrer tanto a partir de elementos externos (intemperismo e erosão, por exemplo), quanto por
contatos com as camadas internas de rochas (compressão, transformações químicas e contato
com o magma, por exemplo).

48 | P á g i n a
Os tipos de rocha:

49 | P á g i n a
AULA 32:
Geosfera: Intemperismo e Erosão

Nada será como antes:


- Os efeitos da geodinâmica e das interações do sistema Terra ao longo do tempo transformam as
rochas constantemente, mudando suas características.
 Intemperismo → o processo de desagregação ou destruição das rochas;

 Erosão → processos que levam à destruição ou desagregação das rochas.

 Interferências → alguns fenômenos interferem na desagregação e transformação das


rochas.

 Propriedades da rocha-matriz → diferentes graus de dureza ou suscetibilidade, por


exemplo;

 Clima → variações de chuva, temperatura, pressão do ar e ventos, por exemplo;

 Solos → são formados como resultado do retrabalho das rochas ao longo do tempo;

 Geodinâmica interna → vulcanismo e tectonismo, por exemplo;

 Tempo.

Tipos de intemperismo:

50 | P á g i n a
Tipos de erosão:

51 | P á g i n a
OBS: A velocidade e o grau de transformações do intemperismo e da erosão dependem da
interferência de alguns fenômenos, como a duração, a composição da rocha-matriz, a
temperatura, a quantidade de chuvas e a topografia.

Alguns resultados:
- As transformações das rochas contribuem para alguns efeitos:
 Movimentos de massa → escorregamentos, corridas de material, deslizamentos, entre
outros. Ocorrem naturalmente, mas ações antrópicas têm contribuído para frequentes
episódios desse tipo, formando áreas de risco para muitas pessoas que vivem próximas;

 Formação de solos → o intemperismo e a erosão são fundamentais para formar diferentes


tipos de solo;

 Transporte/sedimentação → a água, o vento ou mesmo a gravidade podem contribuir para


que materiais intemperizados sejam transportados e depositados em locais diferentes da
origem dos mesmos.

52 | P á g i n a
AULA 33:
Geosfera: Formação dos Solos

Os pisos da superfície:
→ Os solos são o resultado de interações entre as diferentes esferas do sistema Terra que
desgastam e alteram as rochas. Por isso, possuem diferentes composições químicas e
estruturas moleculares.
- Em função da estrutura dos grãos que formam o solo, ele pode ser classificado em função das
concentrações de areia, argila e silte em um dado volume.

Horizontes do solo:

53 | P á g i n a
AULA 34:
Geosfera: Grupos de Solos
Porque classificar os solos?
- A classificação de solos proporciona, além do conhecimento de suas características e das
origens, um planejamento adequado para o planejamento do uso, da ocupação ou mesmo dos
potenciais socioeconômicos que podem beneficiar a sociedade.
 Comportamento dos materiais → as características de cada tipo de solo (permeabilidade,
textura, tamanho dos grãos) dão pistas sobre as potencialidades e restrições de uma área
em função desses solos;

 Obras de engenharia → importância relacionada ao fato de o solo ser o grande suporte


para obras civis;

 Recursos naturais → o solo como recurso natural, que oferece potenciais para atividades
como a agropecuária, silvicultura, entre outras;

 Estudos ambientais → para determinar potencialidades e limitações no uso dos solos.

Como fazer?
- O estudo e a classificação dos solos variam conforme as necessidades e os objetivos e, por isso,
pode ter diferentes abordagens:
 Geotecnia e engenharia → destinadas a entender o solo como suporte para intervenções
ou para o aproveitamento econômico (obras civis, mineração etc.);

 Pedologia → ciência dos solos, que pode usar diferentes classificações e grupos;

 Características e horizontes de solo → a classificação da Embrapa (Empresa Brasileira de


Pesquisa Agropecuária) é a mais comum, chamada de SiBCS (Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos).

 Existem outros sistemas também consagrados, entre os quais:

Classificação internacional da FAO (órgão da ONU);

Classificação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA Soil


Taxonomy).

Principais grupos no Brasil:

54 | P á g i n a
Uso e ocupação do solo:
 Perfis de alteração e intemperismo → cada perfil tem diferentes tipos de processos
erosivos, de acordos com as características dos solos;

55 | P á g i n a
 Aptidões e modos de ocupação → cada região possui potencialidades e restrições em
função dos tipos de solos. O planejamento é fundamental para essas definições;

 Processos erosivos → impactos associados a cada tipo de solo.

Impactos ambientais sobre os solos:


 Podzólicos, cambissolos, litólicos → processos erosivos, escorregamentos, mineração.

 Hidromórficos → inundações, solapamento de margens.

 Latossolos → compactação, processos erosivos.

56 | P á g i n a
AULA 35:
Geosfera: A Terra e o Tempo Geológico

O tempo além do tempo:


- Embora, do ponto de vista científico, o tempo seja uma medida de frequência, possui variadas
definições, por ser intrínseco à consciência humana, com sua diversidade e complexidade. Nesse
sentido, comparações entre o tempo da vida humana, da história da Terra e do Universo podem se
tornar também bastante complexas.
 Tempo cosmológico → decorrente da origem do horizonte cósmico que deu origem ao
Universo;

 Tempo geológico → a partir da formação do planeta Terra;

 Escalas e magnitudes → lidar com diferentes ordens de grandeza para compreender e


comparar as diferentes noções de tempo;

 Comparações → criação de classificações e escalas para comparar o tempo atual e os


eventos ou mudanças no tempo geológico e cósmico;

 Evidências e técnicas → contribuições e descobertas científicas sobre a história da Terra e


do Universo.

57 | P á g i n a
Elaborado a partir de: KENTUCKY GEOLOGICAL SURVEY. The geologic time scale. Lexington: University of
Kentucky, 2011.

Investigando pistas:
→ Os estudos que se debruçam sobre o que pode ter ocorrido estão apoiados por um conjunto de
métodos para decifrar as pistas deixadas pelas transformações na história da Terra e do
Universo. A estratigrafia (estudo das sequências de rochas) e o decaimento isotópico (a meia-
vida dos elementos químicos, com taxas de decaimento de tempos diferentes) estão entre os
mais comuns, embora haja outras técnicas.

58 | P á g i n a
Grandes eventos na história da Terra>
→ De maneira geral e resumida, a história do planeta Terra pode ser dividida nos seguintes
grandes eventos:
 Acreção e resfriamento do planeta;

 Origem e presença de água;

 Origem e desenvolvimento da vida;

 Ocorrência de eventos extremos (eras de gelo e Terra bola de neve, por exemplo);

 Extinções em massa.
59 | P á g i n a
AULA 36:
Geosfera: Paleontologia = a história da vida na
Terra
- Como um campo de estudos das geociências, a paleontologia destina-se a pesquisar e buscar
explicações científicas a respeito da vida no passado terrestre, em termos de origem,
desenvolvimento e evolução. Para isso, a busca por registros está orientada por alguns métodos,
também usados em outros estudos sobre o Sistema Terra:
 Estratigrafia → estudo das camadas, ou estratos, e sequências de rochas, para
compreender a estrutura e o comportamento ao longo do tempo (como surgiram, quais
sequências são mais antigas, quanto tempo entre uma e outra etc.). A comparação entre
sequências também é importante para essa compreensão.

 Fósseis → os restos de seres vivos que conseguiram resistir às ações do tempo e


permaneceram relativamente coesos são as bases da paleontologia.

 Datações isotópicas → as concentrações e o decaimento radioativo de alguns elementos


químicos também podem indicar a idade de fósseis e sequências estratigráficas (os
elementos químicos possuem uma meia-vida, que pode variar).

Rochas sedimentares = testemunhos:


- As dificuldades em encontrar fósseis em rochas metamórficas ou ígneas (por conta de
condições como temperaturas e pressões elevadas nas camadas mais profundas da geosfera,
por exemplo) tornam as rochas sedimentares os grandes recipientes que conservaram os
registos de fósseis no planeta.
→ Os testemunhos estudados pela paleontologia respeitam alguns princípios.

60 | P á g i n a
Como os paleontólogos trabalham?

61 | P á g i n a
AULA 37:
Geosfera: A Escala de Tempo Geológico (Parte 1)

Divisões na Escala:
 Superéon

 Éon

 Era

 Período

 Época ou Série
A tabela da Escala de Tempo Geológico:

62 | P á g i n a
 Além das Eras, há os Períodos e Séries ou Épocas, outras subdivisões desse tipo de
escala.

63 | P á g i n a
AULA 38:
Geosfera: A Escala de Tempo Geológico (Parte 2)

 Superéon → a Comissão Estratigráfica Internacional não definiu outro superéon após o


Pré-Cambriano;

 Todas as eras e períodos a seguir pertencem ao Éon Fanerozoico.

64 | P á g i n a
65 | P á g i n a
66 | P á g i n a
AULA 39:
Geosfera: Geomorfologia = as Formas de Relevo
Princípios:
- A formação das feições de relevo sofre influência de fenômenos geodinâmicos, como os
processos de erosão e sedimentação, o controle estrutural provocado pela geodinâmica interna
(orogênese e epirogênese, por exemplo), além dos próprios processos geodinâmicos. Por isso, a
análise e a classificação das formas de relevo estão associadas a alguns princípios:
 Gênese → origem do relevo, em termos de processos geodinâmicos internos e externos;

 Cronologia → como o relevo evoluiu ou se modificou no tempo;

 Dinâmica → elementos como o intemperismo, os processos erosivos, entre outros


fenômenos que contribuem para modificações do relevo no tempo;

 Morfometria → altura, amplitude, altitude etc;

 Morfografia → a classificação do relevo.

As formas de relevo:
 Planicies → predominam processos de acumulação (sedimentação);

 Planaltos → altos, planos a ondulados; predominam processos erosivos;

 Depressões → podem estar abaixo do nível do mar ou abaixo de outras formações


regionais (por exemplo, a Depressão Periférica, abaixo dos níveis altimétricos da Serra do
Mar e dos planaltos interiores);

 Montanhas → feições altas e onduladas; dobramentos/vulcânicas/domos;

 Chapadas;

 Tabuleiros;

 Colinas;

 Serrras;

 Morros;

 Morrotes;
67 | P á g i n a
 Escarpas;

 Terraços.

68 | P á g i n a
69 | P á g i n a
AULA 40:
Geosfera: Estrutura Geológica do Brasil

No interior de uma placa:


- O Brasil encontra-se no interior da placa tectônica sul-americana. Esse fator tem garantido
uma estabilidade à processos geodinâmicos internos, pois o país está relativamente distante de
grandes falhamentos ou de áreas de contato tectônico.

Estruturas principais:
- O Brasil está sob um conjunto de embasamentos considerados antigos do ponto de vista da
história geológica terrestre.
 Maciços cristalinos/escudos antigos → desgastes de longa duração;

Rochas magmáticas;

Rochas metamórficas;

 Bacias sedimentares → depressões e áreas de sedimentação.

70 | P á g i n a
AULA 41:
Geosfera: Classificações do Relevo Brasileiro

Formas de estudo do relevo:


 Pesquisas de campo;

 Aerofotogrametria;

 Radares;

 Imagens de satélite.

Classificações mais importantes:


 Aroldo de Azevedo (década de 1940).

 Aziz Ab’Sáber (década de 1960).

 Jurandyr Ross (década de 1980).

Compartimentos:
 Planaltos → predomínio de processos erosivos.

 Planícies →predomínio de processos de sedimentação.

 Depressões → entre planícies e planaltos, onde predominam erosão.

71 | P á g i n a
AULA 42:
Geosfera: Questões Ambientais - Solos

Suporte para a vida:


→ Os diferentes horizontes dos solos estão diretamente relacionados à biosfera.
 Nutrientes;

 Abrigo;

 Suporte para as plantas, animais e outros seres vivos terrestres.


Impactos:
 Efluentes líquidos;

 Resíduos sólidos.

72 | P á g i n a
AULA 43:
Atmosfera: A Atmosfera

A esfera dos gases:


→ A atmosfera é a camada do sistema Terra que concentra a maior parte dos gases existentes no
planeta.

Por que os gases não escapam?


- Os gases presentes no planeta praticamente não conseguem se dissipar para o espaço exterior
por conta de alguns fatores, dentre os quais:
 Interação gravitacional entre os gases e o planeta;

 Campo geomagnético terrestre;

 Condições de temperatura e pressão planetárias.

Nosso planeta azul:

- A aparência azulada da Terra pode ser atribuída a fatores como:


 Dispersão da radiação solar → ao interagirem com os gases da atmosfera, os fótons da
radiação solar difundem comprimentos de onda nas bandas do azul e do violeta (dispersão
de luz);

73 | P á g i n a
 Presença de ozônio (O3) → a interação dos fótons com as moléculas de ozônio interfere na
deflexão da luz nos comprimentos de onda na faixa do azul.

Camadas da atmosfera:

74 | P á g i n a
AULA 44:
Atmosfera: Elementos do Tempo
Tempo atmosférico:
- Para a meteorologia, o tempo é o estado das condições momentâneas e da ocorrência de
fenômenos em um curto período. Por isso, tempo e clima são termos com significados diferentes.

Os principais elementos:
 Temperatura → estado de agitação molecular na atmosfera. Por padrão, são medidas em
graus Celsius (º C);

 Precipitação → quantidade total de chuvas ou a queda de outros meteoros similares


formados por água (neve, granizo) ao longo de um período (diário, mensal, anual, etc). É
medido em mm;

 Amplitude térmica → diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima ao


longo de um período, geralmente diário;

 Umidade relativa → porcentagem do vapor de água em suspensão na baixa troposfera;

 Pressão atmosférica → volume da coluna de ar sobre uma região, medido em hPa


(hectopascal). A pressão atmosférica no nível do mar é de 1.013,25 hPa ou 1 atm.

Fenômenos do tempo:
 Precipitações;

 Geadas;

 Ventos;

 Nevoeiros.

AULA 45:
Atmosfera: Fatores do Clima
75 | P á g i n a
O que é clima?
- É a sucessão habitual do tempo meteorológico. Para definir as características e classificações
de tipos climáticos, é necessário coletar dados meteorológicos para observar padrões comuns
de comportamento da atmosfera.
 Séries históricas → conjuntos de dados meteorológicos organizados em tabelas. São
úteis para construção de gráficos (climogramas/pluviogramas, por exemplo) e os tipos
climáticos;

 Tipos climáticos → são as características do clima em uma região. Os tipos de clima são
definidos a partir da análise de séries históricas de, pelo menos, 30 anos, utilizando,
principalmente, as seguintes informações:

Temperatura → variações das temperaturas. As médias são construídas a partir de


dados de temperatura máxima, média e mínima;

Precipitação → variações na quantidade de chuvas ao longo do ano, em mm/mês;

Os dados podem ser organizados na forma de gráficos específicos, que combinam


temperatura e pluviosidade, os climogramas ou pluviogramas.

Principais fatores:
 Latitudinal → relacionado à inclinação terrestre e à incidência da radiação solar em
diferentes latitudes. Esse fator também tem relação com as estações do ano, e, portanto,
com a translação;

 Maritimidade e continentalidade → influência das distâncias entre as áreas terrestres e


marítimas

Regiões mais próximas aos oceanos e mares recebem mais influência da


maritimidade;

Regiões mais distantes de oceanos e mares, e que também estejam em


extensas áreas terrestres são mais influenciadas pela continentalidade;

 Circulação atmosférica → diferenças de pressão, volume e temperatura das massas de


ar, correntes marinhas e outros fenômenos de circulação;

 Altitude → distância entre o nível do mar e as camadas mais elevadas da troposfera. A


cada 100m de altitude, a temperatura diminui 0,65º C;

 Biótico → influências da evapotranspiração e de outros processos responsáveis pela


emissão de gases e vapor d’água por seres vivos;

 Antrópico/antropogênico → influência das atividades humanas.


76 | P á g i n a
AULA 46:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – Nuvens e
Precipitações
Ciclo da água e precipitação:
As constantes mudanças de estado da matéria e as influências de outras esferas do sistema
Terra sobre a hidrosfera influenciam a formação de nuvens e precipitações através do ciclo da
água.
 Saturação → capacidade máxima de retenção do vapor d’água pelo ar. Gelo, neve e chuvas
são decorrentes do limite excedente de saturação da água.

 Interações → ciclo da água, radiação solar, gravidade, processos biológicos

 Meteoros → granizo, neve, chuvas ou outros fenômenos atmosféricos como relâmpagos


são considerados meteoros. Nuvens e precipitações: como se formam?

 Núcleos de condensação → agem como “superfícies” suspensas na atmosfera, que


possibilitam a acumulação de água.

 Temperatura → favorece, sob certas condições, a formação desses núcle

77 | P á g i n a
Tipos de Nuvens:

78 | P á g i n a
79 | P á g i n a
Precipitações mais comuns no Brasil:
 Chuvas convectivas/de convecção → associadas à rápida ascensão do ar quente e úmido,
comum no verão em parte do país.

 Chuvas frontais → associadas ao contato entre massas de ar com temperaturas e


pressões diferentes.

80 | P á g i n a
AULA 47:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – Ventos
Circulação do ar:
- Os ventos são analisados através do deslocamento horizontal do ar, embora o movimento
vertical também seja importante.

Diferentes interações:
 Peso → derivada da interação gravitacional entre a Terra e as moléculas de ar.

 Força de Coriolis → desvios dos padrões de circulação em larga escala (deflexão dos
ventos).

 Força centrífuga → relacionada a movimentos da Terra, como a rotação terrestre.

 Pressão → força exercida pelo volume do ar em uma área.

 Atrito → resistência para a circulação do ar.

 Gravidade.

 Temperatura → estado de agitação das moléculas de ar.

 Brisas → o exemplo da brisa marinha

Brisas: o exemplo da brisa marinha:

81 | P á g i n a
Influências:
 Gradientes de pressão → diferenças entre altas e baixas pressões.

 Escala Beaufort → utilizada para mensurar a magnitude dos ventos a partir da velocidade.

82 | P á g i n a
AULA 48:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – Frentes

Fronteiras:
→ As frentes são regiões de contato ou transição entre massas de ar com propriedades
diferentes (temperaturas, pressão, volume etc.). A formação das frentes ocorre quando há uma
convergência entre essas massas de ar.

O que interfere?
- A formação dessas fronteiras entre frentes pode ser percebida através de algumas pistas:
 Mudanças repentinas das temperaturas → em situações como a da aproximação de uma
frente fria em uma área que está com temperaturas mais elevadas, ocasionando chuvas
frontais e as temperaturas podem cair rapidamente, por exemplo.
 Movimento → deslocamento das massas de ar com propriedades diferentes, como ocorre,
por exemplo, com o ar mais frio e denso se deslocando em direção e sentido contrário a
uma massa de ar quente e mais leve.

 Inclinação → o deslocamento vertical, que pode variar de acordo com as propriedades de


pressão, temperatura e volume de cada massa no período de choque.

83 | P á g i n a
84 | P á g i n a
Cartas sinóticas:
- As cartas sinóticas são utilizadas para auxiliar na previsão do tempo. Nessas cartas, além de
haver dados a respeito das diferenças (gradiente) de pressão em diferentes linhas (isóbaras), é
possível verificar, pela disposição dos símbolos, as condições atmosféricas.

85 | P á g i n a
AULA 49:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – Massas de Ar
As massas da atmosfera:
→ As massas de ar são porções da atmosfera terrestre que possuem propriedades de pressão,
volume e temperatura distintas. Em função dos elementos do tempo e de fatores do clima, as
massas de ar podem variar no comportamento.

Os principais tipos são:


 De ar quente;

 De ar frio;

 De ar úmido;

 De ar seco.

Massas de ar no Brasil:
 mEc → massa Equatorial continental;

 mEa → massa Equatorial atlântica;

 mTc → massa Tropical continental;

 mTa → massa Tropical atlântica;

 mPa → massa Polar atlântica.

86 | P á g i n a
AULA 50:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – Células de
Circulação
Ocorrência regional, consequências globais:
- Para compreender a dinâmica atmosférica do tempo e do clima, é importante conhecer alguns
fenômenos que interferem na circulação global.
 Inclinação da Terra → interfere na distribuição desigual da radiação solar.

 Rotação/translação → além da radiação desigual, também interfere na ocorrência de


fenômenos climáticos como as estações do ano.

 Resistências → pressão, gravidade, atrito gerado pelas formas de relevo.

 Estrutura → a composição gasosa varia ligeiramente dependendo da latitude. Além disso,


é importante ressaltar a existência de mais terras emersas no hemisfério norte do que no
hemisfério sul, pois o calor especifico da água e o calor especifico das rochas, assim como
o albedo (coeficiente de reflexão de um material), são diferentes.

 Dinâmica dos gases → as propriedades dos gases e seus comportamentos variam em


função das diferenças de pressão, volume e temperatura.

Circulação global – modelos:


 Circulação idealizada → proposta por George Hadley (1685-1768) em 1735. A diferença de
temperatura entre o Equador e os polos, ao criar um gradiente de intensidade da radiação
solar, contribui para a circulação do ar entre as áreas com pressões, volumes e
temperaturas do ar diferentes.

87 | P á g i n a
 Células de Circulação → na década de 1920, a evolução dos estudos atmosféricos
contribuiu para o modelo de três células. Isso ocorreu pela necessidade de se entender o
porquê de o ar deslocar-se em trajetórias diferentes, dependendo da faixa de latitude e
das direções desses deslocamentos.

 O modelo de células também pode ser representado como um perfil entre o Equador e o
Polo Sul.

88 | P á g i n a
 As variações na espessura da troposfera (área azulada) ocorrem em função das
diferenças de temperatura, pressão e volume que o ar ocupa em diferentes regiões

Outros elementos:
 Força Inercial de Coriolis → relaciona-se aos desvios nas trajetórias do ar provocados
pelos movimentos da Terra.

 Ventos Alísios → associados aos padrões de circulação da Célula de Hadley, das áreas
subtropicais para a região equatorial.

 Ventos de Oeste.

 Correntes de jato → formadas entre as células, são rajadas de vento que podem atingir
velocidades superiores a 100 km/h.

89 | P á g i n a
AULA 51:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – Zonas de
Convergência
Fatores de convergência:
- As variações no deslocamento das grandes células de circulação do ar também podem ser
classificadas em:
 Zonais → de Leste para Oeste (e vice-versa).

 Meridionais → de Norte para Sul (e vice-versa).

 Altitude → em função do deslocamento do ar da superfície para a alta troposfera.

90 | P á g i n a
AULA 52:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – El Niño e La
Niña
Ocorrência regional, consequências globais:
- Os fenômenos cíclicos El Niño e La Niña, gerados em algumas áreas do Oceano Pacífico,
contribuem para influenciar periodicamente o clima terrestre.
 El Niño → aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, na região equatorial
entre a Oceania e a América do Sul. As médias em cada evento podem variar entre 0,5ºC e
10ºC de aumento nas temperaturas;

 La Niña → período de redução na temperatura das águas no Oceano Pacífico Equatorial,


entre a Oceania e a América do Sul, podendo durar, em média, até 2 anos, em intervalos de
El Niño.

91 | P á g i n a
Possíveis causas:
 Alterações na atividade solar;

 Movimentos terrestres;

 Influências da geodinâmica interna sobre os oceanos.

92 | P á g i n a
AULA 53:
Atmosfera: Fenômenos Climáticos – Zonas
Climáticas
Referências:
- As contribuições de Wladimir Köppen (1846-1940) e Rudolf Geiger (1894-1981) para o campo das
ciências atmosféricas ajudaram a criar a consagrada e difundida Classificação de Köppen-
Geiger, um sistema de letras que pode descrever características mais precisas dos diferentes
tipos climáticos do planeta.

93 | P á g i n a
AULA 54:
Atmosfera: Classificações do Clima

Diferentes classificações:
- Como o comportamento climático pode variar bastante, é necessário criar uma regionalização
das condições atmosféricas ao longo dos anos.

Classificações consagradas:
 Lysia Bernardes → cinco tipos

Equatorial;

Semiárido;

Tropical;

Tropical de Altitude;

Subtropical.

 Regime de chuvas → de verão, de inverno, de outono ou distribuídas ao longo


do ano.

 Köppen-Geiger → relaciona temperaturas e pluviosidade com o objetivo de padronizar as


classificações em todo o planeta, através de um sistema de letras.

94 | P á g i n a
 Strahler → cinco climas.

95 | P á g i n a
AULA 55:
Atmosfera: Climogramas
Gráficos de clima:
→ Os climogramas ou pluviogramas possuem o objetivo de representar o comportamento
climático da atmosfera através de dados sobre temperaturas e pluviosidade (quantidade de
chuvas) durante o ano. Os dados são representados através das médias mensais medidas ao
longo de um ano.
- Através da análise de climogramas, é possível interpretar o comportamento climático e o tipo
de clima em cada região.

96 | P á g i n a
AULA 56:
Hidrosfera: O Ciclo da Água

Planeta água:
→ O planeta Terra possui, em sua superfície, quantidade significativa de água: aproximadamente
¾ das áreas na parte mais externa da geosfera. De toda a água existente, a maior parte está nos
oceanos e mares (97,5%).

Elevada atividade:
- O ciclo da água é o conjunto de fenômenos mais ativos na superfície terrestre:
 Clima → comportamento geral das temperaturas e da pluviosidade;

 Água → disponibilidade, através das chuvas, corpos d’água ou águas subterrâneas, por
exemplo;

 Formações geológicas → características das rochas, que interferem na formação dos


solos;

 Relevo → declividades e feições dos terrenos;

 Interações biológicas → formas de organização da biosfera em uma região, as trocas de


matéria e energia entre seres vivos e as interações destes com outros elementos do
sistema Terra;

 Fatores astronômicos → luminosidade solar e ciclos relacionados à translação (estações


do ano);

 Antropismo → interferências humanas nos ambientes.


97 | P á g i n a
O que influencia?
 Energia solar;

 Gravidade → comportamento geral das temperaturas e da pluvios;

 Movimentos da Terra → através das variações na incidência de luz solar ao longo do ano
(como na translação, por exemplo);

 Processos físico-químicos → ligados, principalmente, ao intemperismo físico e ao


intemperismo químico;

 Processos biológicos → trocas de matéria e energia entre os seres vivos (biosfera) e as


outras esferas do sistema Terra.

98 | P á g i n a
AULA 57:
Hidrosfera: Escoamento, Transporte e
Sedimentação
O escoamento no ciclo hidrológico:
- O escoamento da água pelos diferentes ambientes terrestres está relacionado às formas pelas
quais ocorre a distribuição hídrica, em diferentes estados físicos e momentos.
 Na atmosfera → a água que evapora ou precipita, e se distribui como vapor, nuvens, gelo
ou neve, por exemplo.

 Na hidrosfera → as interações entre as águas continentais e os oceanos e mares.

 Nas paisagens → a distribuição da vida e na geosfera, ao receber uma parte das águas que
participam dos processos de escoamento.

Ciclo hidrológico e escoamento – processos comuns:


No ciclo da água, os processos mais comuns podem envolver o transporte para outros ambientes
(perdas ou defluxos) ou acumulação de águas por saturação (ganhos ou influxos).

99 | P á g i n a
O escoamento superficial:
→ Na superfície, o escoamento ocorre quando a capacidade de saturação do solo é menor do que
o volume de água e as superfícies retentoras forem preenchidas.

- As variações do escoamento superficial e da capacidade de saturação dos solos em diferentes


ambientes podem ser analisadas em hidrogramas. O coeficiente de deflúvio (razão entre
escoamento e precipitação) também dá pistas sobre a saturação.

Hidrograma:

100 | P á g i n a
As águas interferem no ciclo hidrossedimentológico, que está associado ao transporte e à
deposição de partículas sólidas na superfície da bacia pela ação dos fluxos hídricos. As áreas
tropicais merecem maior atenção nesse ciclo, dada a elevada intensidade do intemperismo e da
erosão.

101 | P á g i n a
AULA 58:
Hidrosfera: Escoamento e as Formas dos Cursos
D’Água
Escoamento da água:
Para que um curso d’água seja formado, são necessários vários fatores, em um processo difícil
de se estimar e que pode levar de milhares a milhões de anos. Mesmo assim, os cursos têm
algumas características comuns, como padrões de escoamento.
As correntes em um padrão de escoamento formam fluxos que refletem as características das
superfícies por onde as águas fluem.

 Em um fluxo laminar, o deslocamento de água não possui muitas perturbações, como


partículas em suspensão, que possam alterar a fluidez.

 Em um fluxo turbulento, alguns fatores interferem na fluidez: a viscosidade (presença de


mais partículas, que tornem o fluido mais resistente ao escoamento); a forma do canal por
onde a água flui; e a velocidade de escoamento (mais rápida ou mais lenta).

 A maior parte dos cursos d’água são consideradas de fluxo turbulento.

Formas dos cursos – fatores de interferência:


→ A variação nas formas dos cursos d’água ocorre conforme a capacidade de interferir e
promover processos erosivos, assim como de transportar sedimentos no entorno.

102 | P á g i n a
103 | P á g i n a
Perfil – resultado do escoamento:
- Embora os cursos d’água variem bastante em termos de dimensões, formato e extensão, por
exemplo, os cursos d’água possuem alguns elementos comuns:
 Talvegue → é a parte mais baixa de um vale, para onde as águas se deslocam por ação da
gravidade (como um fundo de rio, por exemplo), e na qual muitos sedimentos se
depositam.

 Leito ou calha → porção que pode ser ocupada por um fluxo ou corpo d’água, e que
apresenta variações em função de cheias ou vazantes (de um leito inferior a um leito
superior, por exemplo).

 Diques fluviais ou marginais → ondulações próximas aos cursos d’água, marcando a


presença de sedimentos.

 Margens → áreas onde se encerra o fluxo ou a disposição de um corpo d’água e se inicia o


solo.

 Terraços → diferenças de nível altimétrico marcadas pelos processos erosivos.

 Vertentes → áreas de mais altas declividades antes do interflúvio.

 Interflúvio → região mais elevada que separa as bacias hidrográficas.

104 | P á g i n a
AULA 59:
Hidrosfera: Escoamento e Regime Hídrico

Regime hidrológico:
- A origem e o desenvolvimento de cursos d’água estão associadas ao regime hidrológico ou
hídrico, que representa as variações periódicas do comportamento da água, em função de alguns
fatores:
 Pluviosidade → quantidade de chuvas que incidem ao longo do tempo em uma região.

 Relevo → associado com a compartimentação geológica regional e com a gravidade.

 Cobertura vegetal → em processos como a evapotranspiração das plantas, por exemplo.

 Solos → capacidade de permitir a infiltração da água para abastecer ou recarregar


sistemas aquíferos e nascentes.

- A variação do comportamento dos cursos d’água obedece a alguns padrões relacionados com
as maneiras pelas quais as nascentes de um curso surgem.

105 | P á g i n a
106 | P á g i n a
AULA 60:
Hidrosfera: Redes de Drenagem
A rede de drenagem e os formatos:
→ Os formatos, a disposição e a distância percorrida pelos cursos d’água, assim como a
configuração das bacias hidrográficas, estão relacionadas com o processo de formação de
sistemas de drenagem, ou seja, do conjunto de caminhos pelos quais esses cursos passam e
drenam diferentes regiões.

Formatos – padrões regionais:

107 | P á g i n a
Formatos – padrões locais:

108 | P á g i n a
AULA 61:
Hidrosfera: Águas Subterrâneas e Sistemas
Aquíferos
Onde as águas da superfície surgem?
→ Pouco mais de um quarto de todas as fontes de água doce do planeta está confinada em
reservatórios, sistemas aquíferos e outras estruturas semelhantes. É delas que surgem
elementos como nascentes de rios, o que contribui para formar lagos, lagoas e outros corpos
hídricos que compõem bacias hidrográficas.

- As propriedades ajudam a determinar a estrutura da superfície freática.

109 | P á g i n a
O que são aquíferos?
- Os aquíferos são estruturas subterrâneas relacionadas com a maior ou menor facilidade para
liberar ou armazenar água no subsolo.

Aquiclude → estrutura rochosa que não possui permeabilidade estável, embora possa
armazenar água. Em algumas situações, funciona como uma camada impermeável de água.
Algumas variações são importantes nas águas subterrâneas, dentre as quais:
 Infiltração

 Chuvas

 Secas

110 | P á g i n a
Formações cársticas:

→ As estruturas rochosas que possuem maior capacidade para a infiltração e armazenamento de


água podem formar sistemas cársticos que contribuam para a recarga de aquíferos e nascentes
de cursos d’água.

- A estrutura de um carste possui uma zona insaturada, acima do freático, na qual existe um
preenchimento com ar, e uma zona saturada, abaixo do freático, na qual os espaços com ar e
estruturas como cavernas estão preenchidas com água.

Sistemas aquíferos:
- Um sistema aquífero é composto por um ou vários tipos de rocha contidos em formações
geológicas que podem ser distintas. Por isso, podem abranger grandes áreas. No Brasil,
podemos considerar dois grandes sistemas:
 Sistema Aquífero Guarani → abrange grande parte do Centro-Sul do Brasil e países
vizinhos (Paraguai, Argentina e Uruguai). Tem volume de água estimado em 39 mil km³ e 1,2
milhão de km² de área. Atualmente, é considerado como o segundo maior sistema aquífero
do mundo.

 Sistema Aquífero Grande Amazônia → abrange áreas da Bacia Amazônica, que está
presente no Brasil e em países vizinhos. Tem volume de água estimado em 162 mil km³ e 1,3
milhão de km² de área. É considerado o maior sistema aquífero do planeta.

111 | P á g i n a
112 | P á g i n a
AULA 62:
Hidrosfera: Cursos d’Água - Características

Águas em movimento:
→ Os cursos d’água representam corpos d’água que possuem movimento e estão na superfície
de continentes e ilhas, sendo de água doce.
- Movimento que corresponde a fluidez da água de um ponto a outro, principalmente pela ação da
gravidade e a dinâmica do ciclo hidrológico.
 As águas que fluem por cursos superficiais representam menos de 1/3 do total de águas
doces do planeta.

 Os cursos d’água são um sistema aberto e dinâmico, porque recebem as águas das
nascentes, transformam ambientes pelas ações de intemperismo, transporte e
sedimentação; e entregam sedimentos em áreas distantes das nascentes, conforme
desgastam as rochas e moldam o relevo.

 Os cursos d’água se formam dependendo da pluviosidade, do nível atingido pelo freático e


do volume ou tipos de sedimentos que são transportados.

 Regime hídrico → variações no ciclo de cheia e vazante, de acordo com a quantidade de


chuvas, geleiras, misto.

 Padrões de drenagem por interferência das condições geológicas, do relevo, atmosfera.

Seções transversais:
- As feições geomorfológicas dos cursos d’água e de áreas próximas, como as planícies de
inundação, podem ser representadas por meio de seções transversais.

113 | P á g i n a
Perfil longitudinal:
→ O caminho percorrido e drenado por um curso d’água também é representado por meio de um
esquema parecido com a seção transversal: o perfil longitudinal.

Classificação de uma bacia hidrográfica:


 Nascentes.

 Alto curso → área na qual os cursos d’água estão mais à jusante, ou seja, mais próximo
das nascentes.

 Médio curso → região da bacia hidrográfica na qual há a formação do rio principal por
cursos secundários ou de outras ordens.

 Baixo curso → área mais à jusante da bacia hidrográfica, ou seja, mais na direção da
descarga ou foz.

 Foz → área de descarga de uma bacia hidrográfica

Em delta

Em estuário

 Divisores de águas → delimitam a estrutura das bacias hidrográficas segundo mapas de


curvas de nível (hipsometria).

114 | P á g i n a
AULA 63:
Hidrosfera: Bacias Hidrográficas I

Padrões de drenagem:
- A distribuição dos padrões de drenagem por uma região é estudada pela modelagem de bacias
hidrográficas. Essas bacias possuem algumas características comuns.
 Topografia e sentido do escoamento, por conta da gravidade, que contribui para o
transporte de águas das áreas mais elevadas para as mais rebaixadas.

 Ciclo hidrológico → como as chuvas, a evaporação, a evapotranspiração, a infiltração e


outros processos interferem no sistema de drenagem.

 Movimentos e drenagem à montante (no sentido da nascente) ou “a jusante (no sentido da


foz ou exutório).

 Transporte de sedimentos.

Quanta água está presente no território brasileiro?


- A região Norte do Brasil presenta a maior disponibilidade de recurso hídricos do Brasil, com
quase 70% do total. Por outro lado, a região Nordeste possui apenas 3% do total.

Regiões hidrográficas do Brasil:


→ Com o intuito de melhorar a gestão de recursos hídricos no Brasil e aumentar o conhecimento
técnico dos corpos d’água presentes no país, a Agência Nacional de Águas delimitou doze
Regiões Hidrográficas.
- De forma diferente da delimitação por bacias hidrográficas, nessas Regiões os limites não
consideram que as bacias podem, porventura, drenar os países vizinhos. Por isso, as Regiões
Hidrográficas mostram apenas a configuração dentro do Brasil.

115 | P á g i n a
Região Hidrográfica Amazônica. Fonte: Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil: regiões
hidrográficas brasileiras. Brasília: Agência Nacional de Águas, 2015.

116 | P á g i n a
117 | P á g i n a
AULA 64:
Hidrosfera: Bacias Hidrográficas II

118 | P á g i n a
119 | P á g i n a
Região Hidrográfica Parnaíba. Fonte: Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil: regiões
hidrográficas brasileiras. Brasília: Agência Nacional de Águas, 2015.

120 | P á g i n a
AULA 65:
Hidrosfera: Bacias Hidrográficas III

121 | P á g i n a
Região Hidrográfica São Francisco. Fonte: Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil: regiões
hidrográficas brasileiras. Brasília: Agência Nacional de Águas, 2015.

122 | P á g i n a
123 | P á g i n a
AULA 66:
Hidrosfera: Bacias Hidrográficas IV

124 | P á g i n a
125 | P á g i n a
126 | P á g i n a
127 | P á g i n a
AULA 67:
Hidrosfera: Geomorfologia Marinha

Relevo dos Oceanos:


- O relevo marinho é o resultado de várias influências que contribuem para modificar o assoalho
oceânico. Ou
 Variações periódicas das marés.

 Processos erosivos que ocorrem no continente e transportam sedimentos para os


oceanos.

 Processos próprios de sedimentação existentes nos oceanos.

 Movimento das correntes marinhas.

 Variações no nível médio dos mares.

 Processos endógenos de tectonismo e vulcanismo.

Batimetria:
→ As estruturas rochosas e o relevo no fundo dos oceanos se tornaram conhecidos com os
estudos batimétricos, que medem as profundidades diferenciais dos cursos d’água para
determinar a topografia marinha ou fluvial.

128 | P á g i n a
Oceano Atlântico – perfil topográfico:

129 | P á g i n a
130 | P á g i n a
AULA 68:
Hidrosfera: A Criosfera

Extremo austral e boreal:


→ Os círculos polares são considerados limites para as faixas de latitude mais altas do planeta,
nas quais se encontram as porções mais importantes da criosfera.

 Inclinação terrestre → além da rotação, influencia as variações na incidência de radiação


solar ao longo do ano.

 Mais próxima às regiões polares, há grandes variações na luz solar → no verão, incidência
de quase 24 horas por dia, e no inverno, períodos de mínima incidência diária.

 Polo geográfico e polo magnético → os movimentos terrestres e o geomagnetismo


influenciam a diferença de inclinação entre esses dois tipos de polos.

Principais características:
 Permafrost → gelo presente nas camadas mais superficiais do solo, que mudam de
espessura ao longo do ano.

 Processos erosivos pela ação do gelo (solifluxão, por exemplo).

 Banquisa → congelamento da água do mar. Pode desprender-se para formar uma


plataforma flutuante de gelo.

 Icebergs → grandes blocos de gelo que se deslocam em alto mar por ventos fortes ou
nevascas (blizzards).

 Mantos de gelo → geleiras continentais. Na Antártica, a área de gelo sobre o continente é


estimada em 12,5 milhões de km²; na Groenlândia, em 2,8 milhões de km²

 Desertos frios → as características das áreas polares também podem ser consideradas
como desérticas.

131 | P á g i n a
 Baixos índices pluviométricos → em geral, iguais ou menores a 250mm/ano.

 Temperaturas negativas → entre as menores já registradas, estão a de Oymyakon


(Federação Russa), com -67,7º C, e da base antártica russa de Vostok, com -89,2º C.

 Formação de massas de ar e correntes marinhas (cAA, cA, por exemplo).

 Criosfera → regulação de processos hídricos e climáticos.

 Questões ambientais → os efeitos antrópicos sobre as áreas polares e os impactos


negativos das mudanças climáticas podem comprometer a existência de porções
significativas da criosfera.

Desafios para o povoamento:


- As condições naturais adversas para a ocupação humana permanente têm restringido as
intervenções antrópicas e as mudanças nas paisagens polares.
 Criosfera → temperaturas negativas e baixa umidade do ar, dificultando a sobrevivência.

 Alimentos → falta de terras cultiváveis.

 Condições naturais → solos de tipo permafrost, relevo coberto por gelo etc.

 Adaptações → algumas sociedades conseguiram se estabelecer nas áreas polares


(sociedades esquimós, por exemplo).

Reconhecimento e expedições:
- As condições adversas para a ocupação humana reforçam a presença humana recente na
Antártica, pois não se encontram registros de sociedades anteriores às incursões europeias no
continente.
 Sociedades pré-colombianas e polinésias → primeiras referências culturais sobre a
existência de terras geladas ao sul.

 Navegações europeias → missões de circunavegação antártica e reconhecimento do polo


sul.

 Expedições → durante os séculos XIX e XX, várias expedições tentam atingir a porção
central do continente, considerado o pólo sul geográfico do planeta (como as expedições
de Amundsen e Scottt, em 1911).

 Bases de pesquisa → cerca de 30 países mantêm estações de pesquisa em várias áreas do


conhecimento (meteorologia, geofísica, astronomia, glaciologia, etc.).

132 | P á g i n a
 Estação Antártica Comandante Ferraz → base de pesquisas do Brasil, implantada em
1984, realizou importantes estudos sobre a Antártica e o clima terrestre. Após um
incêndio, em 2012, está em fase de modernização.

 Tratado da Antártica (1959) → compromisso em tornar o continente uma área


internacional (não pertence a nenhum país) e desenvolver apenas atividades de pesquisa,
com fins pacíficos e de preservação.

AULA 69:
Biosfera: Formações Vegetais - Introdução

A esfera dos gases:


→ As características das formações vegetais encontradas em todo o planeta são o resultado das
influências de diferentes elementos e fenômenos do sistema Terra (atmosfera, hidrosfera,
litosfera e biosfera).

Fatores de influência
- Alguns dos principais fatores que influenciam nas características dos domínios de vegetação:
 Clima → comportamento geral das temperaturas e da pluviosidade;

 Água → disponibilidade, através das chuvas, corpos d’água ou águas subterrâneas, por
exemplo;

 Formações geológicas → características das rochas, que interferem na formação dos


solos;

 Relevo → declividades e feições dos terrenos;

 Interações biológicas → formas de organização da biosfera em uma região, as trocas de


matéria e energia entre seres vivos e as interações destes com outros elementos do
sistema Terra;

 Fatores astronômicos → luminosidade solar e ciclos relacionados à translação (estações


do ano);

 Antropismo → interferências humanas nos ambientes.

133 | P á g i n a
AULA 70:
Biosfera: Biomas e Formações Vegetais
Terrestres
Campo da biogeografia:
- A biogeografia é um campo das geociências destinado a estudar e interpretar a distribuição
espacial e as interações entre as diferentes formas de vida no planeta. Como a vegetação
(elemento da biosfera) é influenciada por essas interações entre as esferas do sistema Terra, o
estudo das formações vegetais nos dá pistas importantes para compreender aspectos como o
clima, o relevo, a hidrografia, os solos e outros fenômenos dos meios natural, biótico ou mesmo
as repercussões para os seres humanos.

A Biosfera:
 Biomas → relações entre clima, vegetação, relevo e luminosidade solar.

 Estudos da biogeografia → fitogeografia, zoogeografia.

Principais biomas terrestres:


 Florestas equatoriais e tropicais.

 Savanas.

 Pradarias e estepes.

 Florestas temperadas.

 Taiga.

 Florestas mediterrâneas.

 Desertos quentes.

 Desertos frios.

 Semiáridos.

 Tundra.

134 | P á g i n a
Fisionomias de vegetação – critérios para classificação:

Regiões biogeográficas e zonas climáticas:

 Polar/glacial → ao norte da região do Círculo Polar Ártico (Hemisfério Norte) ou ao sul da


região do Círculo Polar Antártico (Hemisfério Sul).

 Temperada e Subtropical → entre a região do Círculo Polar Ártico e o Trópico de Câncer


(Hemisfério Norte) ou entre a região do Círculo Polar Antártico e o Trópico de Capricórnio
(Hemisfério Sul).

 Intertropical e Equatorial → entre as regiões dos trópicos de Câncer e de Capricórnio e o


Equador.

135 | P á g i n a
AULA 71:
Biosfera: Formação Arbórea (Parte 1)

Formações vegetais no Brasil:


 Florestais/arbóreas

 Arbustivas/herbáceas

 Complexas

Formações arbóreas:

136 | P á g i n a
AULA 72:
Biosfera: Formação Arbórea (Parte 2)

137 | P á g i n a
AULA 73:
Biosfera: Formações Arbustivas e Herbáceas

Pluviosidade e porte arbóreo:


- As formações arbustivas e herbáceas estão associadas, além de outros fatores, à menores
taxas de pluviosidade e menor porte arbóreo.

138 | P á g i n a
AULA 74:
Biosfera: Formações Complexas e Ecótonos

Ecótonos:

→ As formações complexas possuem faixas de transição entre diferentes biomas, pois podem
conter espécies de diferentes formações vegetais.

139 | P á g i n a
AULA 75:
Biosfera: Domínios Morfoclimáticos

Ocorrência regional, consequências globais:


- O conceito de domínios morfoclimáticos consideram as características e as interações no
quadro natural (geologia, relevo, clima, solos, vegetação, etc.), além das influências antrópicas
sobre essas áreas. O geógrafo Aziz Ab’Sáber, um dos cientistas mais importantes da história
brasileira, é um dos pioneiros nesse tipo de classificação e análise da paisagem.

Domínios morfoclimáticos:

140 | P á g i n a
AULA 76:
Biosfera: Questões Ambientais - Desmatamento

Destruição de ecossistemas:
- Grandes áreas naturais do planeta acabaram por ser destruídas para dar lugar à atividades do
cotidiano moderno das sociedades humanas.
 Rápida interiorização e expansão dos eixos populacionais;

 Características dos diferentes modos de ocupação.

Principais causas e consequências:


 Extinções em massa e perda de biodiversidade;

 Queimadas e derrubadas de áreas florestais

Agropecuária;

Mineração;

Silvicultura;

 Processos erosivos;

 Poluição do ar, hídrica e dos solos;

 Grandes projetos

Hidroelétricas;

Mineração;

 Especulação imobiliária;

 Turismo predatório.

141 | P á g i n a
AULA 77:
Recursos Minerais: Classificação e Importância

Elementos químicos da geosfera:


- A geosfera terrestre é composta, basicamente, por agregados de rochas com as mais variadas
composições químicas. A estrutura atual é o resultado dos processos de formação do planeta ao
longo de sua história geológica e das interações com as outras esferas do sistema Terra.
 Mineral → corpo sólido, com características cristalinas em sua estrutura (geometria
molecular), sendo composto por um ou mais elementos;

 Mineraloide → mineral com composição heterogênea;

 Minério → minerais com viabilidade de aproveitamento econômico;

 Rocha → composta por um agregado de materiais (um ou mais elementos químicos, com
diferentes estruturas de arranjos moleculares).

Tipos de rochas:
 Ígneas ou magmáticas → originadas a partir do magma existente no interior da geosfera:

Extrusivas = conhecidas como vulcânicas, resultam do extravasamento do magma;

Intrusivas = surgidas do resfriamento do magma no interior da geosfera, sem


terem tido contato direto com a superfície;

 Sedimentares → resultantes das constantes transformações e interações da geosfera


com os outros elementos da Terra (hidrosfera, atmosfera e biosfera) e afetadas pelos
processos de intemperismo (físico e químico):

Clásticas;

Mecânicas;

Bioquímicas;

Biomecânicas;

 Metamórficas → formadas por processos físicos e químicos decorrentes do confinamento


no interior da crosta terrestre, submetidas às pressões e temperaturas mais elevadas.

142 | P á g i n a
Minerais e dureza:
Os minerais podem ser classificados em metálicos e não-metálicos. Além disso, podem ser
considerados a partir de sua dureza, em um sistema conhecido como Escala de Mohs. Essa
escala leva em consideração o aspecto cristalino e os diferentes arranjos da geometria
molecular dos elementos químicos constituintes de cada mineral.

143 | P á g i n a
AULA 78:
Recursos Minerais: Principais Minérios e Produção
Mineral
Minério → mineral que possui aproveitamento socioeconômico.
 Ferro

Redução de óxidos;

Derivações = magnetita, hematita, siderita, limonita;

Brasil = segundo maior produtor mundial;

Usos = siderurgia, fundição, beneficiamento;

 Manganês

Óxidos, silicatos, carbonatos;

Extraído, especialmente, da pirolusita;

Usado na produção de aço;

Brasil = segundo maior produtor mundial;

Usos = siderurgia, ligas metálicas, pilhas;

 Alumínio

Produzido através da bauxita, por eletrólise;

Brasil = terceiro maior produtor mundial;

Processo de transformação em alumínio requer muita energia;

Usos= siderurgia, bens de consumo;

 Estanho

144 | P á g i n a
Obtido através da cassiterita;

Brasil = 11% das reservas mundiais (5º lugar);

Sexto maior produtor mundial;

Usos = ligas metálicas (reforço, anticorrosivo);

 Chumbo

Obtido a partir da galena;

Brasil = importador desse minério;

Usos = isolantes, blindagem, baterias;

 Cobre

Obtido através da calcopirita ou cuprita;

Brasil = importador desse minério;

Usos = fios e cabos, ligas, eletrônica;

 Outros minérios → Ouro, Césio, Tálio, Sal, terras raras.

145 | P á g i n a
AULA 79:
Recursos Minerais: Principais Províncias e
Grandes Projetos
Províncias minerais:
 Quadrilátero Ferrífero → em Minas Gerais (áreas ao redor da Região Metropolitana de
Belo Horizonte). Principal produtora do país;

 Vale do Rio Doce e Vale do Paraopeba → escoamento da produção via Estrada de Ferro
Vitória-Minas, até o porto de Tubarão (ES);

 Maciço do Urucum → região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Possui jazidas de ferro e
manganês;

 Serra dos Carajás → no Pará. Possui jazidas de ferro, manganês e cobre. A produção é
escoada via Estrada de Ferro Carajás até o Porto de Itaqui, em São Luís (Maranhão);

 Serra do Navio (Amapá).

Alguns projetos de extração mineral:


 Alunorte;

 Albrás;

 Carajás

146 | P á g i n a
AULA 80:
Energia: Energia Renováveis e Não-Renováveis

O que é energia?
→ O conceito de energia é um dos mais abstratos e de difícil definição na natureza. De modo muito
simples, é a relação entre elementos em um sistema que realizam trabalho, capaz de provocar
transformações nesse sistema.

Fontes diferentes:
→ O ser humano tem buscado, ao longo de sua existência, diferentes maneiras de realizar
trabalho buscando fontes de energia mais eficientes para facilitar sua vida (fogo, água, vento,
tração mecânica, etc).
- A Revolução Industrial impulsionou a busca por novas tecnologias na geração de energia mais
barata e provocou mudanças na matriz energética mundial. As descobertas da ciência foram
fundamentais para a utilização de várias fontes de energia.

Fontes renováveis e não-renováveis:


 Energias renováveis → podem ser geradas utilizando recursos naturais que não
apresentam risco iminente de esgotamento ou com reservas limitadas;

147 | P á g i n a
 Energias não renováveis → utilizam recursos naturais que não podem ser reutilizados,
cultivados ou extraídos, se forem extintos.

148 | P á g i n a
AULA 81:
Energia: Petróleo – Origens e Jazidas

Depósitos biogênicos:
→ A decomposição de seres vivos marinhos (plâncton, por exemplo) ao longo de milhões de anos
em camadas porosas das bacias sedimentares deu origem às jazidas de petróleo.
- O material orgânico confinado nessas bacias, submetido à alta pressão e às altas temperaturas
no interior da geosfera, contribuiu para a formação dos hidrocarbonetos aproveitados
atualmente para inúmeros usos.
 Combustíveis orgânicos → os seres vivos possuem, em sua composição química,
moléculas orgânicas (C, H, O e N, principalmente).

Craqueamento:
- Após a extração nas reservas, o petróleo é aquecido em altas temperaturas, para o
fracionamento (transformação) em outros produtos. Nesse processo também se utiliza um
método químico chamado catálise.

 Exploração onshore → a extração de petróleo é realizada em reservas no continente;

 Exploração offshore → a extração é realizada no mar, em reservas na plataforma


continental.

Produto estratégico:
- O petróleo é uma das bases da economia e da sociedade contemporânea, por ser utilizado em
vários setores:
149 | P á g i n a
 Indústria → parafina, asfalto, polímeros (plásticos, borrachas, isopor, pneus, tubos e
conexões, PET, etc.), solventes, óleos combustíveis, lubrificantes, nafta;

 Transporte → combustíveis (gasolina, óleo diesel, GNV), lubrificantes;

 Energia → combustíveis para as usinas térmicas, GLP (o famoso gás de cozinha, também
adaptado para aquecimento de casas em períodos frios).

150 | P á g i n a
AULA 82:
Energia: Petróleo no Brasil – Histórico e Monopólio

Primeiras experiências:
→ A demanda por petróleo no Brasil acompanhou, além da evolução tecnológica no mundo, as
necessidades do país pelo uso de fontes de energia e recursos naturais em função do
crescimento econômico e populacional.
- A entrada do Brasil no universo das nações industrializadas, a urbanização e o contexto político
dos anos 1930 e 1940 estimularam a formação de uma cadeia produtiva de petróleo e gás.
 Século XIX → pesquisas geológicas durante o II Reinado e licenças concedidas pelo
Império para explorar “óleo betuminoso”;

 1892 → sondagens no interior de São Paulo (Bofete). Encontrada apenas água sulfurosa;

 1919 → pesquisas mineralógicas conduzidas pelo governo (Serviço Geológico e


Mineralógico do Brasil);

 1938 → Conselho Nacional de Petróleo (CNP);

 1939 → poço de Lobato (BA);

 1953 → Criação da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).

“O petróleo é nosso” – produção nacional:


- A criação da Petrobras consolidou os mecanismos de extração, transporte, refino e distribuição
de petróleo e derivados no Brasil.
 Monopólio estatal → controle sobre a pesquisa e exploração de petróleo e derivados;

 Década de 1990 → quebra do monopólio estatal (1997) e entrada de empresas estrangeiras


para a exploração de petróleo e gás;

 Década de 2000 → a Petrobras tornou-se a 4ª maior companhia da Terra, e a 2ª maior no


setor de energia. Em 2010, em um processo de venda de ações, captou US$ 72 bilhões, a
maior já realizada na história do capitalismo.

- Atualmente, a empresa é uma multinacional brasileira que opera em várias partes do mundo
nas diferentes etapas da cadeia produtiva petrolífera e na geração de energia a partir de outras
fontes.

151 | P á g i n a
AULA 83:
Energia: Petróleo no Brasil – Principais Províncias e
Importância para a Economia

Bacias petrolíferas:
 Amazônica;

 Litorânea paranaense;

 Recôncavo baiano.

Estruturas envolvidas na exploração:


 Plataformas de petróleo → estruturas construídas no mar para auxiliar na extração e
transporte de petróleo até o continente;

 Refinarias → transformam petróleo e derivados;

 Gasodutos e oleodutos → estruturas responsáveis pelo transporte;

 Distribuição → para o uso em diferentes setores da economia;

 Pesquisa.

152 | P á g i n a
AULA 84:
Energia: A Camada Pré-Sal
Águas profundas:
→ O pré-sal constitui-se em várias camadas
de rochas sedimentares abaixo do assoalho marinho da plataforma continental, e que se estende
por cerca de 800 quilômetros, entre as zonas litorâneas de Santa Catarina e do Espírito Santo.
- Além da lâmina d’água, com cerca de 2 km, a exploração ainda precisa perfurar as rochas no
fundo do oceano, ou seja, mais 7 ou 8 km (média) para chegar às reservas.

Formação:
- A matéria orgânica em decomposição, especialmente o fitoplâncton e o zooplâncton, formaram
verdadeiros depósitos coberto por várias camadas de rochas superiores (inclusive a camada de
sal acima), submetida à elevadas pressões e temperaturas.
 Abertura do Atlântico → a separação do Gondwana, dando origem à América do Sul e à
África (ca. 140 m.a.a.p.) provocou mudanças no leito marinho;

 Efeitos da abertura → formação de lagos, pântanos e mangues próximos aos mares rasos,
que contribuíram para deposição de matéria orgânica e sedimentos

Estrutura do pré-sal:
Observe a imagem abaixo:

153 | P á g i n a
 Reservas estimadas = 80 bilhões de barris.

154 | P á g i n a
AULA 85:
Energia: Gás Natural
Combustível derivado:
- O gás natural pode ser obtido a partir do petróleo (fração leve) no processo de craqueamento ou
ser explorado, através de reservas em rochas associadas a campos petrolíferos ou isolado, não
associado a essas áreas.
 Hidrocarbonetos → as reservas de gás natural podem estar associadas com outros
hidrocarbonetos (petróleo, por exemplo) ou em acumulações dissociadas.
Origens:
- Considerada uma fonte mais limpa e barata que outros combustíveis fósseis, o gás natural pode
ter duas origens.
 Biogênese → microrganismos em áreas pantanosas ou com acúmulo de matéria orgânica
(aterros sanitários, por exemplo);

 Termogênese → material orgânico coberto pelas camadas sedimentares e submetido à


elevadas pressões e temperaturas, dando origem à reservas de gás natural.

Gasodutos e infraestrutura:
- Os gasodutos são redes de encanamentos que facilitam o transporte de gás natural por grandes
distâncias.
 Gasoduto Brasil-Bolívia → principal sistema de gasodutos instalado no país. O gás natural
transportado tem origem nas reservas da Bolívia. Além de ser uma fonte importante de
energia para o Brasil, faz parte dos projetos para a integração regional da América do Sul.

155 | P á g i n a
156 | P á g i n a
AULA 86:
Energia: Carvão Mineral

Produto do Carbonífero:

→ As jazidas de carvão encontradas atualmente são formadas por restos vegetais de áreas do
planeta que formavam ambientes tropicais e subtropicais.

- Nessas regiões, os restos das samambaias e outras árvores gigantes, formadas entre os
períodos Carbonífero e Permiano (300 m.a.a.p. e 250 m.a.a.p), contribuíram, juntamente com
restos acumulado de pântanos, para as reservas encontradas atualmente.

Estágios de formação:
- O carvão mineral é resultante das transformações da matéria orgânica confinada em longos
períodos. A concentração de carbono modifica-se durante o tempo.

OBS: O carvão, em seus diferentes estágios, é apenas um grupo de formas do Carbono. Outras
formas, como o grafite e o diamante, também são formas carbônicas, mas possuem estrutura e
orbitais moleculares diferentes.

Carvão no Brasil:

- Embora as reservas mais antigas tenham sido exploradas desde o século XIX, somente ao longo
do século XX, quando as necessidades da indústria e dos transportes aumentam no Brasil, as
jazidas de carvão passam a ser exploradas em maior volume.

157 | P á g i n a
 Década de 1940 → crescimento da extração em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, para
atender às necessidades da siderurgia nacional;
 Principais jazidas → nos estados do Sul (SC, RS, PR), exploradas economicamente. Em
outros Estados, existem reservas, mas em quantidade irrelevante para a operação
comercial de jazidas;

 Campos de turfa → existem campos de turfa em vários Estados do país, que também são
explorados comercialmente. Além de aquecimento, a turfa é utilizada para algumas
aplicações agrícolas e para despoluição de áreas com metais pesados ou derramamento
de petróleo;

 Aplicações → siderurgia (aquecimento dos fornos), transporte, geração de energia.

158 | P á g i n a
AULA 87:
Energia: Lenha/ Carvão Vegetal
Madeiras energéticas:

→ As madeiras utilizadas para aquecimento e a produção de carvão vegetal são fontes mais
baratas e disponíveis para gerar calor.

- O carvão vegetal é produzido através da queima lenta e controlada de madeira por vários dias.
Esse processo visa fazer com que a capacidade calorífica não seja perdida com a queima das
madeiras.

 Década de 1940 → cerca de 80% do consumo de energia no Brasil utilizava lenha ou carvão
vegetal;

 Usos → siderurgia (envolve processos em temperaturas elevadas, p. ex. fundição),


aquecimento, transporte, medicina.

Silvicultura:

→ As práticas de florestamento comercial que utilizam os conhecimentos da silvicultura para


cultivar árvores de rápido crescimento e valor comercial mais rentável têm se espalhado por todo
o Brasil.

- Além do uso de madeira para celulose, papel e móveis, a madeira para o carvão vegetal é
importante em vários setores da economia.

 Aquecimento de fornos industriais → cozimento de argilas e areias para fabricar


cerâmicas, vidros, tijolos; na fusão de metais para a siderurgia (o carvão mineral, nesses
casos, é mais utilizado);

 Medicina → remédios para adsorção de substâncias tóxicas no organismo;

 Indústria química → filtros e produtos para despoluição, descontaminação e limpeza.

- O florestamento comercial utiliza espécies exóticas no Brasil, como espécies de pinus e


eucaliptos. Além de substituir a vegetação original, as áreas cobertas podem ter vários problemas
ambientais quando não se adotam medidas de mitigação de impactos: erosão dos solos, redução
de biodiversidade, etc.

159 | P á g i n a
AULA 88:
Energia: Biocombustíveis

Fontes renováveis:

- Os biocombustíveis utilizam recursos naturais de origem orgânica para a geração de energia.


Por isso, a energia gerada é considerada renovável, pois as matérias-primas podem ser
cultivadas, reaproveitadas ou ter os seus ciclos biogeoquímicos aproveitados na produção, sem
um horizonte de esgotamento evidente.

 Madeiras → carvão vegetal, lenha, serragem;

 Flores, folhas, caules de vegetais e óleos essenciais de plantas → fabricação de óleos e


álcoois, inclusive combustíveis (de soja, mamona, milho, beterraba, mandioca, babaçu,
dendê, etc.);

 Dejetos/lixo orgânico → pela queima, aproveitamento do chorume ou dos gases liberados;

 Estufas → o calor gerado pela radiação solar e o confinamento é convertido em energia;

 Biodigestores → esgoto, restos animais, vegetais e resíduos pode ser confinado em


tanques fechados e fermentado. O gás liberado na fermentação pode ser convertido em
energia.

Etanol:

- O álcool etanol produzido da cana-de-açúcar é o biocombustível mais utilizado no Brasil. A


implantação do Proálcool pelo governo brasileiro nos anos 1970 foi responsável pelo impulso no
uso desse tipo de etanol e pela liderança mundial brasileira nas tecnologias de produção e geração
de álcool combustível, especialmente no setor automotivo.

→ Outros vegetais também têm sido utilizados para geração de biocombustíveis no Brasil, com
semelhante sucesso e tecnologia: mamona, soja, sementes de girassol, entre outros.

160 | P á g i n a
AULA 89:
Energia: A Cana-de-Açúcar e o Etanol Brasileiro

Açúcar de base:

→ A cana-de-açúcar foi uma das bases da economia brasileira desde a primeira experiência bem-
sucedida no Brasil, em 1532 (São Vicente, SP, a primeira ocupação portuguesa permanente no
país).

Cultivos:

No Brasil, as fazendas produtoras de cana-de-açúcar possuem a seguinte estrutura:


 Grandes propriedades (extensivas);

 Mão-de-obra abundante (manual);

 Monocultura.

Liderança mundial:

Mesmo após cinco séculos de experiências, os ciclos de expansão, declínio e da concorrência de


outros países, o Brasil manteve-se como líder mundial no cultivo de cana-de-açúcar e das
tecnologias para o processamento industrial dessa matéria-prima. Isso ocorreu porque o país
desenvolveu uma cadeia produtiva complexa.
 Usinas de açúcar e álcool → fermentação de açúcares, para transformação em
combustíveis e produtos derivados de açúcar e álcool;

 Processos industriais de destilação e fracionamento.

Proálcool:

Com o objetivo de minimizar os efeitos negativos dos choques do petróleo dos anos 1970, o
governo brasileiro criou o Programa Nacional do Álcool em 1975. As medidas adotadas visaram
substituir gradualmente a gasolina pelo etanol derivado de cana-de-açúcar.
Os estímulos governamentais, as contribuições de universidades, centros de pesquisa,
agricultores e da indústria criaram tecnologias e processos responsáveis pela liderança do país
na produção de biocombustíveis.

161 | P á g i n a
Vantagens:

 Menor poluição atmosférica → os gases liberados pela queima do etanol, assim como de
outros biocombustíveis, são menos poluentes que combustíveis fósseis;

 Recurso renovável → a cana-de-açúcar pode ser cultivada em várias regiões do país, por
conta das condições climáticas e de solo favoráveis. Além disso, o ciclo de crescimento é
rápido, o que facilita a obtenção de matéria-prima com frequência;

 Menor dependência de petróleo.

Desvantagens:

 Grandes áreas → necessita de vastas áreas para cultivo. O desmatamento, o uso


inadequado dos solos e o emprego de grandes quantidades da água para irrigação podem
causar graves danos ambientais;

 Risco de poluição e contaminação → o vinhoto, resíduo da destilação do caldo da cana-de-


açúcar (garapa), acaba sendo jogado em cursos d’água;

 Substituição de cultivos → algumas regiões do país têm sofrido com a substituição de


cultivos alimentares (feijão, arroz, frutas, etc) pela cana-de-açúcar.

162 | P á g i n a
AULA 90:
Energia: Hidroeletricidade

Água e pás:

A hidroeletricidade utiliza o movimento das águas, confinadas em represas, para gerar energia
através da queda em declives acentuados, as barragens.
- O movimento das águas faz várias turbinas girarem, convertendo energia mecânica em energia
elétrica.

Potencial Brasileiro:

O Brasil possui boa parte de seu território formado por áreas planálticas, por onde correm muitos
de nossos cursos d’água. Essa característica contribui para a produção de energia em
hidroelétricas.
 Declives → as diferenças de declividade em áreas planálticas, forma rios encachoeirados,
que podem ser aproveitados para a construção de barragens e represas;

 A energia das águas convertida em eletricidade é uma das principais fontes da matriz
energética do país.

163 | P á g i n a
Tipos de Usinas:

 Usinas de médio e grande porte → produzem cerca de 90% da oferta total da energia
convertida nas hidroelétricas;

 Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs) → usinas de pequeno porte, mais baratas e com
menores impactos ambientais (não precisam desapropriar ou desmatar grandes áreas
para armazenar água em reservatórios). Porém, como são construídos em cursos d’água
de menor tamanho e volume, estão sujeitas a períodos de estiagem.

Vantagens:

 Renovável → utiliza apenas o movimento das águas para converter energia hidráulica em
elétrica;

 Diversos usos das represas → podem ser utilizadas para navegação, transporte e
abastecimento de água;

 Experiência em implantação → a engenharia brasileira é mundialmente reconhecida pelas


tecnologias e métodos criados na construção e operação de usinas hidroelétricas.

Desvantagens:

 Alagamento de grandes áreas → a construção de represas e barragens necessita


desapropriar e desmatar grandes áreas, o que pode provocar gravas impactos ambientais.
Além disso, algumas experiências de vegetações originais que foram submersas, sem
retirada, lançam gases poluentes na atmosfera ao se decompor em ambiente aquático;

 Remoção de populações → as desapropriações obrigam os moradores a serem removidos.


Esse processo pode provocar a destruição de valores culturais e históricos das populações
com seus lugares tradicionais;

 Dificuldades na transmissão → para chegar a lugares distantes, a energia elétrica precisa


ser transmitida com potência muito elevada. Esse processo acaba gerando perdas no
caminho, o que exige investimentos e tecnologias para minimizar esse efeito de perda.

164 | P á g i n a
AULA 91:
Energia: Projetos Hidroelétricos no Brasil

Fonte abundante e disponível:

As condições naturais, a disponibilidade hídrica e a necessidade de fontes de energia mais


baratas tornaram a hidroeletricidade uma fonte de energia essencial para o Brasil.

Demanda energética:

O desenvolvimento urbano e industrial do Brasil ao longo do século XX elevou a demanda


energética do país. As políticas de Estado foram necessárias para ampliar a matriz e a
capacidade energética.
 Principais usos → consumo doméstico, indústrias, comércio, agropecuária.

Principais projetos:

165 | P á g i n a
166 | P á g i n a
AULA 92:
Energia: Energia Nuclear
Colisões energéticas:

→ A energia nuclear aproveita-se da colisão de átomos, que liberam energia nesse processo,
para convertê-la em eletricidade.
- As pesquisas desenvolvidas nos séculos XIX e XX, especialmente no campo da Física Nuclear
(Rutherford, Fermi, etc.), contribuíram para o aproveitamento dessa fonte energética.

Fissão e fusão nuclear:


As reações nucleares para conversão de energia podem ocorrer, dada a tecnologia atual, em dois
processos:
 Fissão nuclear → colisão de átomos;

 Fusão nuclear → partículas subatômicas em processo de fusão liberam quantidades de


energia muito superiores que na fissão. Esse processo ocorre na liberação de energia
pelo Sol;

 A tecnologia atual não consegue converter energia em reações de fusão nuclear


controlada em grande escala, embora existam testes em alguns países, incluindo o Brasil;

 As usinas atuais convertem energia através da fissão nuclear.

Programa nuclear brasileiro:

A energia nuclear pode ser considerada como uma solução moderna e estratégica para o país,
em função dos seguintes aspectos:
 Fornecer mais energia, para contribuir com a matriz energética;

 Desenvolvimento tecnológico;

 Importância geopolítica, pois poucos países dominam as tecnologias nucleares;

 1975 → acordos de cooperação com a Alemanha para o fornecimento de tecnologia e


conhecimentos na produção de energia nuclear;

 Usinas existentes → Angra I e Angra II (em operação), Angra III (em construção, prevista
para operação em 2018).

167 | P á g i n a
AULA 93:
Energia: Fontes Alternativas para o Brasil
Energias alternativas:

A busca por fontes de energias alternativas tem como objetivos utilizar recursos naturais
renováveis e abundantes, buscar meios de produção com menor impacto ambiental e custos mais
competitivos. Por isso, assim como outros países, o Brasil precisa desenvolver meios de
conversão de energia nesses princípios.

 Brasil → utiliza fontes renováveis de energia (cerca de 80% da matriz energética).

Vantagens do Brasil:

 Dimensões continentais e várias opções de fontes energéticas;

 Elevada incidência de radiação solar;

 Litoral extenso;

 Diversidade de solos e climas;

 Recursos minerais diversos;

 Algumas fontes renováveis.

168 | P á g i n a
169 | P á g i n a
AULA 94:
Energia: Questões Ambientais - Radiação

Propagação:

A propagação de elementos radioativos está associada à diferentes comprimentos de onda e à


matéria que está dispersa pelo espaço.
 Elementos químicos → podem emitir radiação (alfa, beta ou gama, por exemplo);

 Aplicação de técnicas nucleares

Medicina (tratamentos, geração de imagens);

Geração de energia;

Eletrônica;

Processos industriais.

Riscos:

 Contaminação;

 Doenças/mortes;

 Poluição e necessidade de remoções em massa (exemplo: acidente nuclear de Chernobyl,


Ucrânia, em 1986);

 Necessidade de destinação correta dos resíduos nucleares.

170 | P á g i n a
AULA 95:
Indústria: Fases da Industrialização
Evolução:

O processo de industrialização é resultante de mudanças nas técnicas e no conhecimento para


transformar matérias-primas em bens e objetos, bem como na estrutura social em diferentes
momentos da história humana.

Artesanato:

O artesanato, ou a arte de criar objetos de forma manual ou com o emprego de técnicas que
dependem fundamentalmente do conhecimento e da manipulação humana é a forma mais antiga
de produção.

 Sem divisão do trabalho → o artesão é o maior responsável pela realização do trabalho. Por
isso, a divisão do trabalho é quase inexistente. Em alguns casos, há a presença de familiares
e poucas pessoas que podem auxiliar no trabalho ou estarem na condição de aprendizes do
ofício;

 Ferramentas → as pessoas são donas dos meios de produção (ferramentas, matérias-


primas, espaço de produção);

 Personalização → por ser uma atividade predominantemente manual, sem padrões


definidos de maneira precisa e em um ritmo natural, os objetos do artesanato, ainda que de
mesmo tipo, dificilmente apresentam características exatas.

Manufatura:

Com a evolução do comércio e das atividades ligadas às sociedades urbanas, a necessidade de


fabricar mais produtos em menor tempo para atender a demanda crescente exigiu algumas
modificações no modo de produzir.
 Divisão primária do trabalho → ainda que de forma simples, começa a haver a divisão social
do trabalho, ainda que nas manufaturas seja possível encontrar pessoas donas de seus
meios de produção;

 Mecanismos simples → a mecanização e a automação de tarefas passam a ser introduzidas


com as primeiras máquinas.

Indústria:

A evolução da ciência, da tecnologia e o crescimento populacional, especialmente das sociedades


urbanas, foram alguns fatores responsáveis pelo desenvolvimento da Revolução Industrial.

171 | P á g i n a
 Divisão do trabalho → para que o trabalho seja executado com maior rapidez e qualidade, o
trabalho passa a ser dividido. O trabalhador deixa de conhecer todo o processo de produção
e fica destituído dos meios para produzir;

 Especialização → cada trabalhador fica responsável por uma etapa específica da produção;

 Máquinas → mecanização e automação;

 Fontes de energia → novas fontes como o carvão, o petróleo e a energia elétrica gerada por
essas e outras fontes;

 Escala → a produção precisa ser grande o suficiente para atender ao crescente mercado
consumidor.

Fases da Industrialização:

Em meados do século XVIII, a transição entre a manufatura e a indústria modifica completamente


os padrões e a escala de produção.

 Primeira Revolução Industrial → entre o século XVIII até meados do século XIX;

 Segunda Revolução Industrial → de meados do século XIX até a época da II Guerra Mundial.

Taylorismo: conjunto de princípios de administração, organização e planejamento


científico aplicado à indústria sob a influência de Frederick Taylor nos EUA;

Fordismo:criado nos EUA, nas indústrias de Henry Ford, a técnica é marcada pela
produção em série, voltada para o consumo de massa;

 Terceira Revolução Industrial → no pós-II Guerra Mundial.

 Expansão industrial;

 Ampliação global de mercados;

 Sistema financeiro global;

 Aplicação intensiva de tecnologia;

 Novos métodos de produção → toyotismo (redução de desperdícios, just in time, produção


flexível), volvismo.

172 | P á g i n a
AULA 96:
Indústria: Tipos de Indústria
Industrialização:

A industrialização está relacionada às transformações sociais, econômicas e culturais


verificadas a partir do século XVIII.
- Alguns fatores permitiram a diversificação das atividades industriais:
 Ciência e tecnologia → inovações para criar novas técnicas de produção, produtos e meios
de distribuição;

 Capitais (fluxo);

 Transportes;

 Comunicações;

 Hábitos/cultura.

Tipos:

 Tradicionais;  Duráveis;

 Transformação;  De capital;

 Não-Duráveis;  Intermediários.

DIT:

Organização produtiva e fluxos econômicos.


 Truste → uma empresa e vários setores;

 Holding → várias empresas em uma organização;

 Cartel → controle de preços e mercados;

 Joint-venture → associação de empresas;

 Monopólio → controle de um setor;

 Estrutura empresarial.
173 | P á g i n a
AULA 97:
Indústria: Brasil – Evolução Industrial
Formação:

Associada ao aumento populacional e à estrutura socioeconômica.


 Primeiras tentativas: séc. XVI;

 Fatores impeditivos:

Pacto Colonial;

Escravidão;

Dependência externa.

Até a II Guerra:

 Atividades pontuais;

 Surtos industriais.

No pós-II Guerra:

 Industrialização:

Tardia;

Sociedade urbano-industrial.

Polo industrial:

- Reúne indústrias de diferentes tipos.

 Concentração no Sudeste;

 Sociedade urbano-industrial;

 Interiorização;

 Grandes projetos;

174 | P á g i n a
 Substituição de importações;

 Capitais externos;

 Formação do parque industrial.

Século XX:

- Mudanças no perfil do país.

 Desconcentração;

 Tecnopolos / tecnópoles;

 Novos setores;

 Concorrência.

175 | P á g i n a
AULA 98:
Indústria: Brasil – Principais Setores Industriais

Parque industrial:

Diversificado, dinâmico, moderno.


 Setores de base:

Siderurgia/metalurgia;

Química/petroquímica;

Alimentos/bebidas;

Transformação → papel, carvão, couros, têxteis;

 Setores intermediários:

Farmacêutica/fertilizantes/plásticos;

Ferramentas;

Material elétrico;

Borrachas;

 Setores avançados:

Automóveis/transporte;

Mecânica;

Máquinas;

Eletrônica.

176 | P á g i n a
AULA 99:
Indústria: Principais Regiões Industriais

Concentração:

Maior parte das indústrias está no Sudeste (cerca de 70% do total, cerca de 70% da produção e dos
lucros).
 Mercado;

 Capitais;

 Mão de obra;

 Infraestrutura.

Sudeste:

 SP
Cerca de 50% das indústrias;

Diversidade;

Eixos industriais;

 RJ
Commodities/química/petróleo;

Grande Rio/Volta Redonda;

 MG
Siderurgia;

Quadrilátero Ferrífero;

RMBH: diversidade.

177 | P á g i n a
Sul:

 Cerca de 20% do total;

 Influências da colonização europeia;

 Bens de consumo;

 Expansão de atividades com maior tecnologia.

Norte:

 Projetos de desenvolvimento;

 Potenciais da biodiversidade (ex: biotecnologia);

 Articulação com eixos de expansão agropecuária (agroindústria).

Nordeste:

 Centros industriais tradicionais;

 Expansão e diversificação recente (ex. Camaçari, Suape).

Centro-Oeste:

 Ligado às agroindústrias;

 Expansão da infraestrutura;

 Concorrência.

178 | P á g i n a
AULA 100:
Indústria: Desconcentração Industrial

Fases da industrialização:

 Colonial;

 Surtos industriais (até década de 1940);

 Industrialização (pós-II Guerra);

 Desconcentração industrial.

Desconcentração:

De um modelo centrado nas metrópoles para a mudança para outras regiões (interior, cidades
médias/outros estados).
 Mudanças na dinâmica da rede urbana;

 Projetos governamentais;

 Infraestrutura;

 Papel do país na DIT;

 Grande SP: elevada concentração (cerca de 75% nos anos 1970);

 Migração:

Interior de SP;

Outras áreas metropolitanas;

Cidades médias (outros estados)

179 | P á g i n a
AULA 101:
Indústria: Indústria e Questões Ambientais

Indústria como setor da economia:

Entre os principais fatores que contribuíram para a evolução da importância da indústria como
um setor da economia, podem ser incluídos elementos como as mudanças tecnológicas e as
mudanças nos padrões de consumo.
 Sociedades urbanas → um número maior de pessoas passa a viver em cidades, atraídas,
também, pelas necessidades de mão-de-obra das indústrias.

 Introdução de tecnologias → a eletricidade, o petróleo, o aço e avanços em transportes e


comunicações ajudaram a desenvolver e ampliar a complexidade das atividades
industriais.

 Hábitos de consumo → a formação de sociedades urbano-industriais modificou


necessidades e estimulou o consumo de massa.

 Produção em larga escala → a formação de grandes mercados consumidores e o aumento


dos padrões de consumo elevaram o volume e a velocidade de produção das indústrias.

- Observe a imagem abaixo:

180 | P á g i n a
Indústria e consumo de recursos:

O crescimento da atividade industrial passou a demandar um volume cada vez maior de recursos
naturais e fontes de energia disponíveis. Essa demanda contribuiu para transformações
significativas nas paisagens e impactos ambientais significativos, que passaram a suscitar
preocupações crescentes com a integridade do planeta e da existência humana. Os grandes
desastres ambientais expuseram a fragilidade do consumo excessivo de recursos e os riscos
para a manutenção da vida na Terra.

181 | P á g i n a
Preocupações:

 Poluição atmosférica

 Contaminação das águas, dos solos, do ar

 Mudanças climáticas

 Consumo elevado de recursos naturais

 Esgotamento de recursos naturais

 Doenças

Mudanças de visão:

 Eco-92 → os resultados da conferência no Rio trouxeram documentos e compromissos


como a Agenda 21, lidando com conservação e recursos para o desenvolvimento.

 Protocolo de Kyoto/Acordo de Paris → definição de metas para reduzir as emissões de


gases.

 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) → para reduzir/mitigar impactos ambientais.

 Políticas ambientais → legislação que contribua para mitigar impactos.

 Consumo consciente → repensar e mudar os padrões de consumo para garantir um


desenvolvimento mais limpo e condições socioeconômicas mais equilibradas.

182 | P á g i n a
AULA 102:
Políticas e Desafios Ambientais: A ONU e as
Conferências sobre Meio Ambiente
Recursos escassos para uma demanda crescente:

As consequências negativas do modo de vida da humanidade nos últimos séculos, associadas ao


consumo crescente de recursos naturais, ao crescimento populacional e às intervenções cada
vez mais intensas na paisagem elevaram a preocupação com as questões ambientais.

 Visão ecossistêmica.

 Visão geossistêmica.

Meio ambiente –questão global:

As contribuições da comunidade científica, das conferências da ONU e dos Estados nacionais


foram importantes para tornar os assuntos ligados ao meio ambiente como questões de ordem
global, que precisam de políticas públicas comuns.
 Efeitos do pós-II Guerra.

 Guerra Fria.

 Crescimento econômico acelerado.

I Conferência da ONU sobre Meio Ambiente:


 Estocolmo, Suécia (1972).

 Relação ser humano-ambiente.

 Percepção de impactos ambientais.

183 | P á g i n a
 Inversão térmica.

 Seca de rios, lagos e outros corpos d’água.

 Ilhas de calor.

 Poluição do ar.

Debate:

Criação do PNUMA (1972):


 Programa da ONU para o meio ambiente.

 1983 → criação da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento.

 1987 → noção de Desenvolvimento Sustentável aperfeiçoada, com a publicação do


Relatório Brundtland.

Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 1998):

 Relações entre mudanças climáticas e impactos ambientais.

 Ação antropogênica

 Mudanças nas temperaturas (atmosfera, TSM).

Conferência do Rio (Rio-92):

 1992: II Conferência sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (Rio-92).

 Cúpula da Terra.

 Carta da Terra.

 Convenções

 Biodiversidade.

 Mudanças climáticas.
184 | P á g i n a
 Desertificação.

 Agenda 21.

Protocolo de Kyoto (1997):

Rio +10 (Johannesburgo, 2002):

 Desenvolvimento humano e meio ambiente.

Rio +20 (Rio de Janeiro, 2012):

 Desenvolvimento sustentável → como conciliar economia, indicadores sociais e


conservação/preservação dos ciclos naturais do planeta?

 Economia verde.

Acordo de Paris (2015):

185 | P á g i n a
AULA 103:
Políticas e Desafios Ambientais: Políticas
Ambientais no Mundo
Recursos naturais – patrimônio:

Até o início do século XX, os elementos naturais do planeta (como os solos, as águas, o ar, a
vegetação e os minerais, por exemplo), eram vistos como partes de um patrimônio estratégico,
que poderia definir as riquezas existentes em uma região e os potenciais de exploração
econômica desses recursos naturais.
 1872 → criação do primeiro Parque Nacional de Yellowstone, a primeira reserva natural do
mundo, no noroeste dos EUA.

Meio ambiente – novas percepções:

O crescimento populacional, o uso cada vez mais acelerado de recursos naturais e os crescentes
impactos das atividades humanas sobre o planeta provocaram a necessidade de se repensar o
desenvolvimento socioeconômico e uma mudança de visão
 1952 → poluição atmosférica na região de Londres, Inglaterra. O lançamento de quantidades
crescentes de gases poluentes devido à queima de combustíveis escureceu os céus com
um nevoeiro tóxico (smog) durante alguns dias no inverno daquele ano.

 1956 → as águas da baía de Minamata, Japão, recebe quantidades de mercúrio significativas


despejadas por uma fábrica durante o processamento de polímeros. Milhares de pessoas
acabam sendo contaminadas com o consumo de peixes pescados nessa região, levando a
envenenamentos, anomalias cerebrais em fetos e mortes.

 1962 → publicação do livro Primavera Silenciosa, da estadunidense Rachel Carson. O livro


denuncia os impactos ambientais do uso de pesticidas na agricultura.

Políticas ambientais – eventos importantes:

As pressões da sociedade civil e a evolução das pesquisas na área ambiental permitiram


embasar a implantação de diversas políticas públicas visando melhorar as condições do
desenvolvimento sustentável, da preservação e conservação dos elementos naturais do planeta.

186 | P á g i n a
187 | P á g i n a
188 | P á g i n a
AULA 104:
Políticas e Desafios Ambientais: Políticas
Ambientais no Brasil
Patrimônio nacional:

Os elementos do meio físico e biótico eram encarados pelo Estado brasileiro, até meados do
século XX, como parte do patrimônio natural. Por isso, as preocupações estavam mais
relacionadas em políticas setoriais destinadas à proteção estratégica das riquezas nacionais (as
águas, o subsolo, os minerais etc.).
 Código de Águas(1934).

 Primeiro Código Florestal(1937) → entre os principais pontos, formaram-se os conceitos de


Reserva Legal (a quarta parte (25%) de qualquer terreno com vegetação nativa deve ser de
proteção integral) e de Parques Nacionais (com o Parque Nacional do Itatiaia, RJ).

 Segundo Código Florestal → (1965): reflete preocupações com alguns impactos


decorrentes do avanço de atividades como a mineração, a extração de madeira e de
atividades agropecuárias sem controle ou regulamentação. Entretanto, não representou
mudanças significativas para a redução desses impactos.

Aperfeiçoamento do conceito de Reserva Legal, por exemplo, aumentando os


percentuais na Amazônia Legal;

Áreas de Preservação Permanente(APPs) → devem ter proteção integral. Incluem


topos de morro, serras e montanhas; nascentes e margens de cursos d’água;
encostas, restingas e mangues.

Criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF).

 1972 → na Conferência de Estocolmo, o Brasil afirmava a necessidade de, primeiro,


desenvolver, para depois pensar em consequências negativas para o ambiente.

 1973 → criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente, mais voltada para as


preocupações com o crescimento da poluição industrial.

Meio Ambiente – política de Estado:

Durante a década de 1980, as preocupações com os crescentes problemas ambientais no Brasil


levaram o governo federal a adotar mecanismos mais complexos de fiscalização e poder para
punir atividades humanas potencialmente danosas para o meio ambiente.
189 | P á g i n a
 1981 → Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6938/81), define o funcionamento e as
responsabilidades de órgãos federais e as orientações para Estados e municípios.

 Criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente(Sisnama), uma rede articulada de


instituições ambientais, entre elas o Conselho Nacional do Meio Ambiente(Conama).

 Instituição de parâmetros para definir a qualidade ambiental.

 Zoneamento Ambiental.

 Necessidade de Licenciamento Ambiental para atividades econômicas de alto impacto.

Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA).

 A Constituição de 1988 contribuiu para descentralizar a política ambiental.

1989 → criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais


Renováveis(IBAMA).

Eco – 92:

A Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1992, despertou
a atenção do mundo para problemas importantes no Brasil, como o avanço do desmatamento, os
conflitos por terras na Amazônia. As discussões da Eco-92 trouxeram efeitos importantes sobre
as políticas ambientais do país.

 Criação do Ministério do Meio Ambiente, desmembrado do Ministério do Desenvolvimento


Urbano e do Meio Ambiente (criado em 1985).

 1997 → Agenda 21 brasileira, considerada um instrumento de planejamento participativo.

 1998 → Lei de Crimes Ambientais.

Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC):

Em 2000, esse sistema foi criado para planejar, organizar e administrar todas as Unidades de
Conservação existentes no Brasil, bem como os projetos futuros.
 Unidades de Proteção Integral → Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional,
Refúgio de Vida Silvestre, Monumento Natural.

190 | P á g i n a
 Unidades de Uso Sustentável → Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse
Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de
Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Novo Código Florestal:

Fonte: Instituto Socioambiental.

191 | P á g i n a
AULA 105:
Políticas e Desafios Ambientais: Questões
Ambientais - Atmosfera
Atmosfera e mudanças ambientais:

Os impactos ambientais crescentes sobre os ambientes terrestres e as consequências das ações


humanas provocaram mudanças de visão decorrentes da necessidade de repensar o
desenvolvimento socioeconômico. Uma das maiores preocupações ambientais está centrada
nos impactos sobre a atmosfera.

Impactos ambientais e consequências econômicas:

Poluição – Fonte:

Poluição atmosférica:

 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9 em cada 10 pessoas no planeta respira


ar poluído. Esse fenômeno acarreta 7 milhões de mortes ao ano, sendo 90% do total em
países de baixa ou média renda.

192 | P á g i n a
 A OMS estima, também, que 40% da população mundial não possui acesso a combustíveis
mais limpos.

Impactos ambientais – chuva ácida:

 Compostos naturalmente presentes na atmosfera → monóxido de carbono (CO), dióxido de


carbono (CO2), ozônio (O3), dióxido de enxofre (SO2), compostos nitrogenados (NOx),
metano (CH4).

 Em condições naturais, o enxofre na atmosfera está associado a fenômenos como a


decomposição, incêndios florestais, gases vulcânicos e liberação pelos oceanos.

 O petróleo e o carvão possuem, em suas composições, teores de enxofre, liberados com a


queima.

 O petróleo e o carvão possuem, em suas composições, teores de enxofre, liberados com a


queima.

 Além do enxofre, outros elementos químicos podem formar ácidos na atmosfera, como o
carbono e o nitrogênio, por exemplo.

 Consequências

pH<4 → danos potenciais para seres vivos.

Lixiviação em solos com baixa concentração de substâncias, como CaCO e CaO, por
exemplo.

Ácidos no corpo humano → respiração.

Corrosão em edifícios e monumentos.

193 | P á g i n a
Invasão térmica:

 É um fenômeno natural, que costuma ocorrer em períodos mais frios do ano, especialmente
no Centro-Sul do Brasil.

 Condições → baixa umidade do ar, poucas nuvens ou céu limpo, pouco ou nenhum vento, ar
mais frio (com maior pressão atmosférica).

- Noite

- Manhã

Ilhas de calor:

A densidade das estruturas urbanas, como o asfalto, os edifícios e a falta de áreas verdes e
permeáveis tornam os solos das cidades suscetíveis ao aumento das temperaturas em relação
ao entorno menos urbanizado, principalmente por conta da absorção da radiação solar
infravermelha.
Eventos extremos:

 Maior frequência de chuvas com alta intensidade.

 Descargas elétricas.

 Anomalias climáticas.
194 | P á g i n a
AULA 106:
Políticas e Desafios Ambientais: Questões
Ambientais – A Camada de Ozônio

 Sol → emissão de radiações em diferentes comprimentos de onda.

 Fotodissociação e fotoionização → absorção de parte da radiação, quebra de ligações


químicas e liberação de calor.

 Os gases da atmosfera absorvem grande parte da radiação cósmica.

O ozônio, um dos gases mais presentes na atmosfera, absorve comprimentos de


onda entre cerca de 200 e 310 nm.

O ciclo de formação do ozônio inicia-se na baixa estratosfera (entre 10 km e 20 km de


altitude), até, aproximadamente, 30 km de altitude.

Absorção de comprimentos de onda de radiação potencialmente danosos a seres


vivos (raios UV, por exemplo).

195 | P á g i n a
AULA 107:
Políticas e Desafios Ambientais: Questões
Ambientais – O Efeito –Estufa
Gases atmosféricos e vapor:

 Absorção de comprimentos de onda: parte da radiação é refletida para o espaço, e parte é


absorvida pela Terra na forma de radiação infravermelha (calor).

 CO2 e vapor → importância para manter as temperaturas de superfície.

 A temperatura média global tem se mantido em aproximadamente 14 ºC nos últimos


séculos.

Gases de Efeito Estufa (GEEs):

 Entre 1750 e a época atual, estima-se que as concentrações de GEEs tenham aumentado de
aproximadamente 280 ppm para cerca de 400 ppm.

 Principais GEEs → CH4, CO2, N2O, SF6.

 Em 1958, pesquisadores iniciam medições para verificar as concentrações de O2 na


atmosfera e comparar com outros períodos.

O gelo acumulado sobre as calotas polares, há milhares de anos, possui


concentrações de gases confinados que oferecem pistas sobre as concentrações no
passado climático.

Consequências:

 Elevação do nível médio dos oceanos → projeções estimadas pelo Painel


Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), em conjunto com outros órgãos de
pesquisa, indicam variações entre 26 e 98 cm até 2100. Modelos mais pessimistas indicam
variações que podem atingir vários metros a mais, caso ocorra o derretimento de toda a
criosfera.

 Chuvas de alta intensidade, secas prolongadas, mudanças na circulação de correntes


marinhas e massas de ar.

 Redução da salinidade dos oceanos, afetando a circulação de correntes marinhas e


provocando grandes desequilíbrios ecológicos.
196 | P á g i n a
 Redução das emissões de O2 pelos organismos marinhos.

 Desertificação e arenização de extensas áreas.

 O efeito-estufa, o buraco na camada de ozônio e a poluição atmosférica estão entre os


fenômenos responsáveis por mudanças ambientais globais.

197 | P á g i n a
AULA 108:
Políticas e Desafios Ambientais: O IPCC

 Criação → 1988, sob a influência das discussões na Conferência de Toronto.

 Principais órgãos responsáveis → Organização Meteorológica Mundial (OMM) e Programa


das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

 Painel com 195 membros.

 Sessões plenárias → são partes do processo de discussão entre os membros, para se


chegar a consensos sobre decisões e relatórios.

 Contribuições científicas de pesquisadores, organizações governamentais e instituições


de pesquisa, de forma voluntária.

 Observação e monitoramento do clima → cada Grupo de Trabalho é responsável por avaliar


algum aspecto ligado às mudanças climáticas: sobre o ambiente, a sociedade, a economia
etc.

 Ajuda para países em desenvolvimento e em condições ambientais vulneráveis.

 Limite do aumento da temperatura média global em até 2 ºC, em comparação com a


temperatura média global estimada antes da Revolução Industrial.

 O Brasil ratifica o Acordo em 2016, com metas relacionadas com as emissões realizadas em
2005 como referência.

Até 2025 → reduzir as emissões totais de GEEs em até 37%.

Até 2030 → redução total de até 43%.

198 | P á g i n a
AULA 109:
Políticas e Desafios Ambientais: Protocolo de Kyoto e
Acordo de Paris

 1997 → criação do Protocolo.

 Objetivo → reduzir as emissões de gases nocivos ao equilíbrio natural da atmosfera, ou


Gases de Efeito Estufa (GEEs).

 Estabelecimento de metas para a redução das emissões de GEEs.

 2005 → entrada em vigor dos termos principais do Protocolo.

 Participação de 37 países industrializados (incluindo a União Europeia).

 Critérios para a entrada em vigor:

Serem 55% dos membros do protocolo.

Os países que assinaram deveriam ser responsáveis por 55% das emissões de GEEs,
nos níveis do início dos anos 1990.

Protocolo – Evolução:

 2008-2012 → metas para reduzir as emissões de GEEs em 5%.

 2013-2020 → metas para reduzir as emissões em até 18%.

 2002 → ratificação brasileira ao Protocolo.

 Mecanismos de Desenvolvimento Limpo → conjunto de ações que contribuem para a


redução das emissões de GEEs.

 Créditos de Carbono → os países ou instituições que emitirem quantidades mais elevadas


de GEEs poderão adquirir certificados de controle de emissões para que consigam
cumprir as metas definidas no Protocolo ou para garantir a imagem de instituição com
responsabilidade socioambiental.

199 | P á g i n a
Acordo de Paris:

- A partir de 2007, as indefinições a respeito das metas do Protocolo de Kyoto e a resistência dos
Estados Unidos para a adesão tornou necessária a revisão de compromissos.
 Preocupações crescentes com os indícios de mudanças climáticas globais, como o
aumento da temperatura média do planeta.

 2015 → sob os efeitos da COP-21, 196 países assinam a adesão ao Acordo. Desse total, 147
ratificam os termos desse acordo.

 Critérios → 55% dos países devem ratificar o acordo e, ao mesmo tempo, devem ser
responsáveis por 55% ou mais das emissões globais totais de GEEs.

Pontos:

 Compromissos de revisão dos termos do Acordo a cada 5 anos.

200 | P á g i n a
AULA 110:
Agropecuária: Sistemas Agropecuários

Uso da terra:

A agricultura, a pecuária, a criação de animais e as atividades agroflorestais são atividades


econômicas que utilizam técnicas e conhecimento acumulados para a produção, criação e
ocupação do campo.

Características de sistemas:

 Extensivo → ligado a técnicas tradicionais de produção.

Subsistência → algumas propriedades fazem cultivos voltados para o sustento das


famílias de proprietários ou a venda de pequenos excedentes;

Grandes propriedades → algumas propriedades extensivas podem ter maiores


áreas de plantio. Esse fator pode compensar a baixa eficiência na quantidade
produzida por área em um sistema extensivo, embora não seja determinante.

Técnicas tradicionais → emprego de métodos de cultivo e criação considerados


rudimentares e baixa mecanização;

Mão-de-obra humana → a baixa mecanização e as condições técnicas inferiores


necessitam de mais mão-de-obra (em alguns casos torna-se insuficiente para dar
conta da produção e pode sobrecarregar os trabalhadores);

 Intensivo → ligado ao uso mais intenso da terra e dos meios de produção, visando maior
produtividade.

Comercial → preferência por produtos agropecuários de maior valor e lucratividade


no mercado;

Uso intenso do solo → técnicas de fertilização do solo permitem aumentar a


produtividade;

Rotação de culturas → rodízio de cultivos, para a recuperação do solo. Em alguns


casos, o solo é submetido a uma espécie de descanso (pousio) para crescer
vegetação natural e recuperar nutrientes;

201 | P á g i n a
Tecnologia → emprego de técnicas modernas para elevar a produtividade
(sementes selecionadas, irrigação, melhoramento genético, fertilizantes,
máquinas, remédios e vacinas para o gado, etc.);

Pequenas e médias propriedades → a falta de mais espaço para atividades


agropecuárias;

 Plantation → sistema herdado da tradição colonial escravista nas grandes propriedades


rurais, especialmente as canavieiras.

Monocultura tropical → a preferência é por produtos tropicais e subtropicais de


maior valor no mercado internacional;

Agroindústria de exportação → o mercado externo é o principal alvo, por render


maiores lucros e pelo fato de serem úteis a países compradores que não possuam
as mesmas condições naturais (clima, solos, etc.) para produzi-los;

Grandes propriedades → embora não tenha valor elevado quando comparada com
gêneros industrializados, para que haja maior ganho, a produção ocorre em grandes
propriedades para que o volume produzido seja economicamente rentável;

 Rendimento elevado → nas propriedades melhor dotadas de recursos (mecanização,


seleção genética, técnicas de criação ou cultivo), o rendimento acaba sendo muito maior do
que em outros tipos de propriedades rurais;

 Tecnologia → a seleção de sementes, a irrigação, a mecanização, o armazenamento


adequado, o uso de fertilizantes, pesticidas e a assistência técnica profissional nas
fazendas são responsáveis pela elevada produtividade nas fazendas mais bem-sucedidas
no Brasil.

Tipos de lavouras:

 Permanente → não exige um novo plantio para o cultivo, pois os produtos necessários
podem ser retirados sem a remoção completa das plantas. Exemplos: laranja, café, uva,
cacau.

Arbóreo → similar às árvores; em geral espécies que desenvolvem sementes e


frutos que podem ser coletados sem arrancar a planta por inteiro;

Várias safras →vários cultivos podem ser realizados desde que novas sementes e
frutos sejam gerados;

Exemplos → café, laranja, uva, cacau, etc;

202 | P á g i n a
 Temporário → exige um novo plantio cada vez que a colheita é realizada, pois as plantas
são arrancadas do solo. A retirada é necessária porque, diferentemente das espécies
arbóreas, novos produtos não germinam após o cultivo.

Herbáceo → similares às ervas, porque não desenvolvem caule lenhoso (madeira)


e são arrancadas do solo para que possam ser cultivadas;

Uma safra/plantio → por serem retiradas completamente, é necessário plantar


novas mudas para que os cultivos se desenvolvam;

Exemplos → soja, cana-de-açúcar, milho, trigo, feijão, arroz, etc.

Meios de exploração:

 Direta → executada pelo proprietário ou a sua família;

 Indireta → produção em parceria com proprietários das terras, por arrendamento (uma
espécie de aluguel do terreno) ou grilagem (falsificação de documentos para obter a posse
ilegal das terras);

 Agronegócio → envolve os processos da agropecuária, desde o cultivo até a


comercialização. É principalmente formado por grandes empreendimentos empresariais
destinados a atividades agropecuárias de alto rendimento comercial e que aplicam
técnicas modernas.

203 | P á g i n a
AULA 111:
Agropecuária: Tipos de Uso da Terra

Exploração:

Em relação ao aproveitamento no uso da terra, as atividades agrícolas são classificadas como de


exploração direta, indireta e agronegócio.

Agricultura:

A maior parte da produção agrícola pode ser caracterizada através dos seguintes parâmetros:
 Gêneros vegetais → na agricultura, a produção está voltada para o cultivo de plantas, que
podem servir de alimento ou como matéria-prima para outras utilidades;

 Extensiva/intensiva → as propriedades podem ter técnicas mais rudimentares de


produção ou meios mais eficientes de cultivo;

 Permanente/temporária → os cultivos podem ter vários ciclos sem a necessidade de


corte ou apenas um ciclo que exige o plantio de novas mudas.

Pecuária/ criação:

 Gêneros animais → a atividade pecuarista e de criação utiliza seres domesticados para os


diversos usos (carne, leite, couro, etc.). Existem casos específicos nos quais seres não-
domesticados possam ser criados, com técnicas especiais;

 Extensiva/intensiva → a pecuária e a criação também ser realizadas com os animais


soltos, sem muitos cuidados, ou com o confinamento e adoção de técnicas mais modernas;

 Principais tipos → bovinos (bois e vacas), suínos (porcos), ovinos (ovelhas), caprinos
(cabras), bubalinos (búfalos), granjeiros (galinhas, por exemplo).

Silvicultura:

 Diferentes cultivos → o aproveitamento econômico de árvores pode ser obtido com os


seguintes métodos:

Florestamento → espécies de crescimento rápido e comercialmente lucrativas são


plantadas em grandes áreas. No Brasil, são utilizadas espécies exóticas (que não
fazem parte dos ecossistemas brasileiros) como o eucalipto, por exemplo;

204 | P á g i n a
Associado ao reflorestamento →o reflorestamento tem como intenção a
recomposição das formações florestais originais. Em alguns casos, pode haver o
aproveitamento econômico parcial de algumas árvores e setores das propriedades
florestais, sem a perda total das características do reflorestamento;

 Espécies arbóreas → o caule lenhoso para a extração de madeira é o principal motivo no


cultivo de árvores;

 Espécies utilizadas no Brasil → eucalipto, pinus, seringueiras.

205 | P á g i n a
AULA 112:
Agropecuária: Fatores Naturais

No ritmo natural:

Por serem atividades relacionadas ao aproveitamento de seres vivos, a agropecuária depende de


condições naturais para maior êxito.

206 | P á g i n a
207 | P á g i n a
AULA 113:
Agropecuária: Estrutura Agropecuária do Brasil

Organização fundiária:

No Brasil e em outros países, a estrutura agropecuária está relacionada às formas pelas quais as
propriedades estão organizadas e distribuídas.
 Heranças da organização colonial → o modo de produção escravista baseado no sistema
de plantation influenciou de forma relevante o espaço agrário brasileiro.

A maior parte das terras do Brasil ficou concentrada nas mãos de poucas pessoas;

As porções de terras disponíveis restantes não são suficientes para a grande


quantidade de pessoas que dependem das atividades do campo para sobreviver;

Esse processo (muitas terras nas mãos de poucas pessoas) é conhecido como
concentração fundiária.

Incra:

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é o órgão federal responsável por
organizar a estrutura rural e promover um processo de reforma agrária no Brasil.
 Cadastro agrário → mecanismos de mapeamento e documentação de todas as terras
existentes, tendo objetivo da correta cobrança de impostos e redistribuição de terras
improdutivas para evitar a excessiva concentração de terras e fraudes no campo;

 Estatuto da terra → lei criada nos anos 1960 para definir a política agrícola e estabelecer
prioridades para a reforma agrária no Brasil;

 Módulo rural → mínimo necessário para a subsistência familiar (área variável de região
para região);

 Latifúndio → propriedade maior do que o módulo rural.

Por dimensão;

Por exploração;

 Minifúndio → propriedade menor do que o módulo rural.

208 | P á g i n a
Problemas atuais:

 Concentração fundiária persistente;

 Conflitos por posse de terras;

 Terras sem utilização que podem servir, por exemplo, para a especulação imobiliária,
apenas aguardando o aumento no valor do terreno.

209 | P á g i n a
AULA 114:
Agropecuária: Principais Produtos e Regiões
Produtoras

Lavouras temporárias:

 Soja:

Expansão: anos 1960-1970;

Do Sul para o Centro-Oeste e Norte;

Contribuições de pesquisa (ex: Embrapa);

Uma das principais commodities;

 Cana-de-açúcar:

Ligado à histórica produção agrícola;

Expansão: do Nordeste para o Centro-Sul;

Produção de biocombustíveis;

 Algodão:

Arbóreo (NE, permanente);

Herbáceo (Centro-Oeste, temporário);

 Milho, trigo, arroz:

Maior concentração no Sul.

Lavouras permanentes:

 Café:

Principal produto de exportação (séculos XIX/XX);

Centro-Sul: SP, MG, PR, ES;

210 | P á g i n a
Ligado às transformações socioeconômicas do Brasil (migrações e entrada de
capitais de café, por exemplo);

 Cacau:

Concentrada em partes do Nordeste (Bahia) e Amazônia;

Sombreamento, aproveitando a menor luminosidade das florestas tropicais abaixo


das copas das árvores;

 Laranja:

Maior produtor mundial;

Maiores estados produtores: SP, BA, SE, MG;

 Banana;

 Fruticultura irrigada:

Ex. vale do São Francisco.

Pecuária:

 Maior rebanho bovino comercial do mundo (cerca de 200 milhões de cabeças);

 Gado de corte;

 Gado de criação;

 Gado leiteiro.

211 | P á g i n a
AULA 115:
Agropecuária: Políticas Agropecuárias no Brasil

Base econômica:

As atividades agropecuárias e de extrativismo vegetal são fundamentais para a estrutura


socioeconômica do Brasil, pois fazem parte de uma parcela significativa do PIB, das exportações
e emprega uma parte da População Economicamente Ativa.
 Modernização → necessária para a inserção da agropecuária brasileira na dinâmica
capitalista contemporânea.

Tecnologias:

 Mecanização;

 Conservação/melhoramento de solos;

 Genética;

 Processos agroindustriais;

 Vacinas, remédios, pesticidas.

Complexo agroindustrial:

 Ligação entre agropecuária e indústria.

Estrutura:
 Commodities → valorização da agropecuária no mercado financeiro (cotações em bolsas
de valores);

 Agronegócio → volume de produção e ganhos que se tornam estratégicos;

 Agricluster → cadeia produtiva no campo.

Importância para o Estado:


 Financiamento de atividades agrícolas por instituições do governo (Banco do Brasil e
BNDES, por exemplo);

212 | P á g i n a
 Força política → por exemplo, através da bancada ruralista;

 Pesquisa → a Embrapa, as universidades e institutos de pesquisa contribuíram para


tornar o Brasil um dos maiores produtores e exportadores agropecuários do mundo;

 Programas de reforma agrária → (por exemplo, pela atuação do Pronaf – Programa


Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar);

 Balança comercial → políticas econômicas favoráveis às atividades agropecuárias.

213 | P á g i n a
AULA 116:
Agropecuária: Questões Socioambientais da Terra
No Brasil:

→ Posse de terra possui aspectos conflituosos.

- Concentração de terras.

 Disparidades socioeconômicas;

 Ineficiência de políticas públicas.

Problemas da atividade agropecuária:

 Estrutura fundiária;

 Preferência por commodities/agroindústria;

 Infraestrutura;

 Espaço agrícola subaproveitado (cerca de 70% sem ocupação efetiva).

Fatores ambientais:
 Ocupação de extensas áreas;

 Redução de ecossistemas (desmatamento, queimadas);

 Redução da diversidade alimentar;

 Redução/deslocamento de populações tradicionais.

Movimentos sociais:
 Reivindicam melhorias na estrutura fundiária e maior justiça social no campo.

214 | P á g i n a
AULA 117:
Comércio: Comércio Interno e Externo

Negócios em diferentes escalas:


As atividades comerciais envolvem negócios que envolvem tanto o dia-a-dia, nas atividades
cotidianas, quanto as grandes transações internacionais.
 Comércio interno → circulação financeira nacional;

 Comércio exterior → gera entradas/saídas internacionais.

Balança comercial:
A balança comercial é composta pela diferença entre o comércio externo e o comércio interno.

Exportações – importações:
 Superávit → quando o saldo resultante na balança comercial é positivo (exporta mais do
que importa);

 Déficit → quando o saldo resultante na balança comercial é negativo (importa mais do que
exporta).

Contribuições da balança comercial:


 Para o Produto Interno Bruto (PIB);

 Para o Produto Nacional Bruto (PNB);

 Para a Balança de pagamentos;

 O padrão monetário mais comum para as transações comerciais é o dólar estadunidense


(US$).

215 | P á g i n a
AULA 118:
Comércio: Divisão Internacional do Trabalho e
Divisão Territorial do Trabalho
Divisão Internacional do Trabalho (DIT):
Segundo esse conceito, cada país possui uma espécie de papel, ou conjunto de funções, na
dinâmica do capitalismo internacional. De forma geral, envolve as diferenças entre países
desenvolvidos e em desenvolvimento.

Fases da economia:
 Mercantil → relações entre metrópoles e colônias;

 Industrial → Revolução Industrial;

 Financeira → pós-II Guerra.

Divisão Territorial do Trabalho:


Por esse conceito, de forma similar à DIT, cada região possui um conjunto de funções no
capitalismo internacional. Nesse caso, a divisão territorial não envolve especificamente relações
entre diferentes países, pois pode representar, por exemplo, diferenças regionais (por exemplo,
entre o Centro-Sul, mais industrializado, e o Norte ou Nordeste).

216 | P á g i n a
AULA 119:
Comércio: Etapas do Comércio - Histórico

Comércio e fases do capitalismo:


 Capitalismo comercial → mercantilismo;

 Capitalismo industrial → Revolução Industrial (século XVIII);

 Capitalismo financeiro → meados do século XX.

No Brasil:
 Colonial → atrelada ao Pacto Colonial;

 Abertura dos portos (1808) → início do comércio externo oficial para além da metrópole
portuguesa;

 Império → economia cafeeira;

 República (até 1945) → pequenos surtos industriais;

 Pós-II Guerra → acordos comerciais e multilateralismo.

217 | P á g i n a
AULA 120:
Comércio: Importações Brasileiras
País comprador:
O Brasil adquire grandes volumes de produtos importados de várias partes do mundo.
 Produtos de alto valor agregado;

 Crescimento nos últimos anos

Consumo interno (demanda elevada).

218 | P á g i n a
AULA 121:
Comércio: Exportações Brasileiras

País vendedor:
Nas últimas décadas, o Brasil tem aumentado o volume e diversificado os tipos de produtos
exportados para vários países, algo essencial para a balança comercial do país e para o PIB.
 Commodities ainda são importantes para as exportações;

 Peso do multilateralismo comercial, dos acordos e dos blocos econômicos entre o Brasil e
outros países.

219 | P á g i n a
AULA 122:
Comércio: Corredores de Exportação

Vias de escoamento:
Os corredores de exportação viabilizam o comércio exterior entre o Brasil e o resto do mundo.
São fatores fundamentais para o aumento da competitividade dos produtos brasileiros:
 Eficiência;

 Redução de custos.

Principais áreas dos corredores de exportação:


 Santos (SP);

 Paranaguá (PR);

 Rio Grande (RS);

 Tubarão (ES);

 Diferentes modais de transporte → rodoviário, ferroviário, hidroviário.

Principais destinos das exportações:


 China;

 Estados Unidos;

 União Europeia;

 Mercosul;

 Outros BRICS.

220 | P á g i n a
AULA 123:
Comércio: Associação com Blocos Econômicos

Comércio multilateral:
As possibilidades do comércio múltiplo tornam o Brasil mais competitivo e ajudam a criar
preferências mais amistosas nas relações com outros países.
 Maior poder de negociação;

 Maior integração econômica.

Principais associações:
 Mercosul/Unasul: integração econômica regional;

 União Europeia;

 NAFTA;

 Caricom;

 BRICS;

 APEC;

 União Africana;

 G8 e G20.

221 | P á g i n a
AULA 124:
Comércio: Balança Comercial Brasileira

Balança comercial:
A balança comercial entre o Brasil e outros países é a relação entre exportações e importações.
 Positiva → superavitária, quando as exportações são maiores do que as importações;

 Negativa → deficitária, quando as importações são maiores do que as exportações.

Exportador:
Historicamente, o Brasil é um país que consegue manter uma condição superavitária,
especialmente por conta da elevada capacidade de produzir commodities.
 Agropecuária;

 Minérios;

 Extrativismo vegetal;

 Políticas de Estado para reduzir a dependência externa

Diversificação econômica;

Formação de um parque industrial.

222 | P á g i n a
AULA 125:
Comércio: Endividamento Externo Brasileiro

Histórica de endividamento:
Para completar o processo de independência, o Brasil precisou contrair dívidas com a Inglaterra
a por conta de indenizações que deveriam ser pagas a Portugal. Desse modo, o jovem país entrou
cedo no endividamento externo.
- Entre os principais motivos para a contração de dívidas, temos:
 Investimentos;

 Estabilidade econômica;

 Pagamento de juros sobre as dívidas;

 Dívida pública.

Situação crônica:
Boa parte da história do país é marcada por ciclos de endividamento por conta de alguns motivos:
 Crises econômicas;

 Insolvência fiscal;

 Reservas insuficientes.

Situação recente:
Em 2008, as reservas existentes no país foram suficientes para quitar a dívida externa, situação
inédita desde a independência. Além disso, o Brasil tornou-se credor de órgãos internacionais
como o FMI (ofereceu US$ 10 bilhões para compor as reservas do órgão, por exemplo) e do banco
dos BRICS, ou Novo Banco de Desenvolvimento (US$ 50 bilhões).
 Reservas → o Brasil possui reservas (espécie de poupança) estimadas em
aproximadamente US$ 380 bilhões, entre as maiores do mundo;

 Metas fiscais → para cumprir suas obrigações financeiras e garantir os pagamentos, o


país adotou metas que precisam ser seguidas para o controle dos gastos, modificadas
anualmente.

223 | P á g i n a
AULA 126:
Transporte: Características no Brasil

Eixos de desenvolvimento:
A evolução dos transportes no país acompanhou o desenvolvimento dos ciclos econômicos e a
formação da rede urbana brasileira.

Fatores de formação:
 Grande extensão territorial → a densidade e a qualidade das opções de transporte têm
variações no país em função do histórico de ocupação e ao desenvolvimento econômico;

 Dinâmica da ocupação → associada ao processo de interiorização do país;

 Interiorização do povoamento.

Principais características:
 Elevada dependência do transporte rodoviária;

 Falta de integração entre diferentes meios (modais) de transporte;

 Custos de frete elevados;

 Regiões deficientes de opções de transportes.

224 | P á g i n a
AULA 127:
Transporte: Características no Mundo

A formação da matriz de transportes, envolvendo o conjunto dos modais de transporte, recebe a


influência de alguns fatores:
 Infraestrutura → considera a presença de modais mais modernos, eficientes, com maior
ou menor densidade.

 Custos → de acordo com o valor do frete, ou seja, dos valores necessários para pagar pelo
transporte de mercadorias ou pessoas.

 Distância.

 Tempo.

Matriz mundial – modais:


Rodoviário:
 Mais de 35 milhões de km.

Ferroviário:
 2,946 bilhões de passageiros (2013)

 4,4 bilhões de toneladas (2013).

 1,052 milhão de km de extensão (2016).

Hidroviário:
 Tráfego de contêineres: 752 milhões de TEU (Unidade Equivalente a Vinte Pés) (2017).

225 | P á g i n a
Aéreo:
 3,98 bilhões de passageiros (2017).

 213,6 bilhões de toneladas (2017).

226 | P á g i n a
AULA 128:
Transporte: Rodoviário

Características gerais:
 Rede de estradas → cerca de 1 milhão de quilômetros, incluindo caminhos asfaltados, de
terra e outros tipos, em ambientes urbanos e rurais;

 Movimento de cargas → 95% das cargas passam pelas estradas;

 Pessoas → 60% do movimento das estradas é destinado ao trânsito de pessoas em


diferentes modais;

 Desequilíbrios regionais;

 Deficiências nas articulações (falta de opções intermodais, por exemplo).

Tipos de rodovias:
 Estaduais;

 Federais:

Radiais;

Longitudinais;

Transversais;

Diagonais;

De ligação;

De integração.

227 | P á g i n a
AULA 129:
Transporte: Ferroviário

Brasil nos trilhos:


As ferrovias foram importantes para a integração nacional e o desenvolvimento econômico.
 1854 → início do modal ferroviário no Brasil;

 Ligações com o ciclo econômico do café.

Malha ferroviária:
 Ápice → chegou a possuir mais de 35 mil km de ferrovias;

 Sucateamento → mudanças nas políticas do sistema de transportes;

 Privatizações → tentativas para aumentar os investimentos no setor ferroviário.

Prioridades para o transporte de cargas.

228 | P á g i n a
AULA 130:
Transporte: Aéreo

Deslocamentos rápidos:

 Muitas pistas → mais de 4 mil aeródromos e campos de pouso (2º do mundo).

Usos mais comuns:


 Cargas comuns;

 Cargas especiais;

 Passageiros;

 Serviços de entrega/logística.

Operação no Brasil:
 Infraero → operação de aeródromos;

 Aeronáutica → monitoramento;

 Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) → regulação de serviços da aviação civil;

 Cindacta → sistemas de controle regionais para o monitoramento de aeronaves.

229 | P á g i n a
AULA 131:
Transporte: Marítimo

Em águas agitadas:
- Embarcações que cruzam mares, oceanos e até alguns cursos de água doce.
 Cabotagem → pela costa;

 Longo curso → entre o Brasil e outros países.

Vantagens:
 Grande capacidade;

 Transporta grandes quantidades de cargas;

 Custo mais baixo que outros modais;

 Pode transportar diferentes tipos de cargas.

No Brasil:
 Necessidade de infraestrutura portuária:

Portos intermodais;

Operação moderna e eficiente.

230 | P á g i n a
AULA 132:
Transporte: Hidrovias

Em águas doces:
- Aproveita os cursos d’água do continente.
 Hidrovias/rios → cerca de 15% do fluxo;

 Para portos fluviais ou marítimos.

Potencial:
Vários rios navegáveis.
 Eclusas → permitem transpor diferentes altitudes.

Principais hidrovias:
 Tietê-Paraná;

 Madeira;

 São Francisco;

 Tocantins-Araguaia.

231 | P á g i n a
AULA 133:
Transporte: Intermodalidade e Corredores de
Exportação
Transporte intermodal:
Diferentes meios de transporte (tráfego misto).
Diferentes pontos de conexão.

Facilidade:
Integração de diferentes áreas.
Complementação → terminais de cargas, portos secos.

Corredores:
Zonas portuárias;

Rodovias;

Ferrovias;

Hidrovias.

232 | P á g i n a
AULA 134:
Urbanização: Habitat Rural e Habitat Urbano

Ambientes ecúmenos:
Como seres vivos capazes de produzir grandes alterações no ambiente terrestre, os humanos
constituíram ambientes rurais e urbanos.

O que é rural ou urbano?


Conceitos de definição mais difícil atualmente.

No espaço rural:
 Disperso:

Ordenado;

Desordenado;

 Aglomerado:

Colônias;

Povoados;

Núcleos.

No espaço urbano:
 Cidades planejadas;

 Cidades espontâneas.

233 | P á g i n a
AULA 135:
Urbanização: Classificação Urbana

Um ambiente, muitas feições:


Os ambientes urbanos possuem características e funções diversas.

- As cidades possuem apenas uma função, feição ou posição?

234 | P á g i n a
AULA 136:
Urbanização: Hierarquia Urbana

Polos:
As cidades podem polarizar para si várias funções e também serem polarizadas por outras
cidades.
 Rede urbana → fluxos, fixos e próteses.

Hierarquia:
 Metrópole global;

 Metrópole nacional;

 Metrópole regional;

 Centro regional;

 Centro sub-regional 1;

 Centro sub-regional 2.

Alguns termos:
 Malha urbana;

 Rede urbana;

 Conurbação;

 Macrocefalia;

 Região polarizada;

 Metrópole;

 Megacidade;

 Megalópole.

235 | P á g i n a
AULA 137:
Urbanização: Regiões Metropolitanas

Espaços de articulação:
As regiões metropolitanas formam verdadeiras redes de articulação, com intensos fluxos entre
os municípios.
Conurbação;

Infraestrutura;

Fluxos;

Gestão integrada.

Autonomia:
Os Estados e municípios, em conjunto, possuem condições para definir se são áreas
metropolitanas, através de leis específicas, ainda que observem se possuem alguns dos critérios
anteriores.
Brasil → cerca de 70 regiões metropolitanas;

Aglomerações urbanas → há aglomerados entre cidades que, porém, não são


considerados metropolitanos.

236 | P á g i n a
AULA 138:
Urbanização: Megacidades e Megalópoles

Altas densidades:
As megacidades e megalópoles correspondem às maiores e mais densas aglomerações urbanas
do planeta.
 Grandes fluxos → pessoas, dinheiro, serviços, infraestrutura, comunicações;

 Influência;

 Maioria nos países em desenvolvimento.

Megacidade ≠ Megalópole
 Megacidade → cidades com população igual ou maior a 10 milhões de habitantes;

 Megalópole → aglomeração /encontro/conurbação entre regiões metropolitanas.

Cidade global ≠ Megacidade

237 | P á g i n a
AULA 139:
Urbanização: Urbanização Brasileira

País rural:
A maior parte da população brasileira vivia em ambientes rurais até por volta da década de 1940,
quando há mudanças na estrutura socioeconômica em função da entrada do país no universo da
industrialização e das sociedades predominantemente urbanas.

Efeitos:
 Crescimento acelerado;

 Expansão da malha urbana;

 Suburbanização;

 Especulação imobiliária;

 Segregação espacial;

 Segregação urbana.

Tendências recentes:
 Deflação metropolitana;

 Cidades médias.

238 | P á g i n a
AULA 140:
Urbanização: Desafios da Urbanização

Urbanização brasileira:
Comparada com outros países, a urbanização brasileira pode ser considerada como um
processo veloz, recente, e não ordenado, especialmente porque se torna mais evidente apenas
na segunda metade do século XX.
 Percentual → aproximadamente 85% dos brasileiros vivem atualmente em cidades.

Falta de planejamento e consequências socioeconômicas:


 Periferização;

 Especulação imobiliária;

 Deficiência de serviços públicos;

 Falta de empregos;

 Valor da terra.

Discussões recentes:
 Função social da terra;

 Estatuto das cidades.

239 | P á g i n a
AULA 141:
Urbanização: Planejamento Urbano e Estatuto das
Cidades
Urbanização recente:
- Uma das características mais marcantes da urbanização do Brasil é o fato de ser um fenômeno
considerado relativamente recente, quando comparado com outros países do mundo. Somente
em meados dos anos 1960, passamos a ter mais pessoas em cidades.

Problemas do crescimento urbano:

Adensamento.

Verticalização.

Especulação imobiliária.

Gentrificação.

Periferização.

Problemas ambientais.

Moradias e áreas precárias.

240 | P á g i n a
Áreas de risco.

Disparidades socioeconômicas.

Estatuto das cidades.

Constituição Federal – política urbana:


 Artigo 182 → a política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade.

 Artigo 183 → institui o usucapião urbano, possibilitando a regularização de extensas áreas


ocupadas por favelas, vilas, alagados, invasões ou loteamentos clandestinos.

Estatuto da Cidade:

 Lei 10.257, de 10 de julho de 2001 → Ajuda a construir subsídios para o planejamento urbano
no Brasil.

Estatuto da Cidade – valores e objetivos:


 Função social da propriedade

 Gestão democrática da cidade

 Plano Diretor

 Cidades sustentáveis

 Regularização fundiária

 Desenvolvimento urbano: criar ou usar instrumentos para isso.

 Autonomia.

 Sustentabilidade.

Políticas urbanas – instrumentos e aplicações:


 Plano Diretor.

 Incentivos fiscais.

241 | P á g i n a
 Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).

 Outorga onerosa.

 Orçamento Participativo.

 Cartas Geotécnicas.

 Unidades de Conservação.

 Estudos de Impacto.

242 | P á g i n a
AULA 142:
Urbanização: Urbanização no Mundo

Mundo urbano:
Embora a urbanização seja um fenômeno que acompanha o desenvolvimento de diferentes
sociedades humanas há milhares de anos, a configuração moderna torna-se mais acelerada a
partir da Primeira Revolução Industrial, na Inglaterra.
 A urbanização se dá, de forma mais intensa e inicialmente, nos países da Primeira e
Segunda Revolução Industrial.

 O crescimento da urbanização implica na formação de sociedades urbano-industriais,


algo que acompanha o fortalecimento da industrialização a partir do século XIX.

Algumas características:
55% da população mundial vive atualmente em áreas urbanas.

243 | P á g i n a
Redução da população rural nas últimas décadas, com tendência de diminuição para o
futuro.

Quase 50% da população mundial vive em cidades com, no máximo, 500 mil habitantes.

Em cada 8 pessoas do mundo, uma vive em megacidades, áreas urbanas com mais de dez
milhões de habitantes.

A maior parte das maiores aglomerações urbanas do planeta está no continente asiático.

244 | P á g i n a
245 | P á g i n a
AULA 143:
Urbanização: Questões Ambientais – Problemas
Urbanos
Descaracterização:
Os ambientes urbanos estão, de forma geral, associados à grande descaracterização das
condições naturais e à elevada densidade técnica de elementos artificiais.
 Modo de vida;

 Economia;

 Planejamento de configuração e usos do solo.

Consequências da descaracterização:
 Crescimento desordenado;

 Destruição de ecossistemas;

 Poluição do ar;

 Poluição das águas;

 Poluição dos solos e processos erosivos;

 Resíduos urbanos;

 Ilhas de calor e inversão térmica;

 Doenças nos seres humanos.

246 | P á g i n a
AULA 144:
População: Teorias Demográficas

Demografia:
A demografia é um dos ramos da geografia destinados às análises da dinâmica populacional.
 Temas

Crescimento;

Estrutura etária;

Orientação;

Condições socioeconômicas.

Algumas teorias:
 Malthusiana → no século XVIII, influenciada pelas mudanças na Revolução Industrial

Alimentos → crescente em progressão aritmética;

População → crescente em progressão geométrica;

 Neomalthusiana → desenvolvida no contexto do pós-II Guerra, em que se observava o


elevado crescimento demográfico em vários países

Crescimento da pobreza → associado ao crescimento da população;

Maior número de jovens → necessidade de investimentos considerados não-


produtivos (educação e saúde, por exemplo);

 Reformista/marxista → o crescimento populacional elevado é associado à pobreza

Necessidade de políticas públicas;

 Transição demográfica →relacionada às diferentes etapas do crescimento populacional

Fase inicial, transição demográfica e fase madura.

247 | P á g i n a
AULA 145:
População: População Absoluta e População
Relativa
População em crescimento:
O número de seres humanos ultrapassou a marca de 7 bilhões de indivíduos em 2011, segundo
dados da ONU.
 Ásia → maior concentração;

 América → 900 milhões de habitantes;

 Evolução → levamos cerca de 200 mil anos para atingir um bilhão de pessoas (cerca de
1800), e apenas 200 anos para chegar a sete bilhões;

 Movimento de cargas → 95% das cargas passam pelas estradas;

 Pessoas → 60% do movimento das estradas é destinado ao trânsito de pessoas em


diferentes modais.

População e distribuição:
 Absoluta → total de habitantes em um território;

 Relativa → densidade demográfica de um território (média do número de habitantes por


km²);

 Brasil → 203 milhões de habitantes (população absoluta) e23,84 habitantes/km²


(população relativa)

203.000.000 (população absoluta) ÷ 8.515.767 km² (área) = 23,84 hab./km²


(densidade demográfica).

248 | P á g i n a
AULA 146:
População: Tipos de Estrutura de População

Analise de grupos;
Como as pessoas possuem vários aspectos singulares que marcam a diversidade humana, as
análises populacionais são feitas, especialmente, através da classificação em grupos,
considerando alguns fatores.
 Condições socioeconômicas;

 Crescimento, evolução, distribuição;

 Políticas públicas.

Alguns tipos de classificação:


 Faixa etária: idades e fases da vida;

 Sexo: homens e mulheres;

 Condições socioeconômicas/classes sociais:

Renda;

IDH/Coeficiente de Gini.

Meios de análises populacionais:


 Tabelas;

 Gráficos.

249 | P á g i n a
AULA 147:
População: Estrutura da População – Crescimento
Vegetativo
Como saber se a população cresce ou diminui?

 Crescimento vegetativo natural:

Taxa de natalidade – taxa de mortalidade

 Saldo migratório:

Taxa de imigração – taxa de emigração

Interferências sob o crescimento:

 Queda/aumento da natalidade;

 Queda/aumento da mortalidade;

 Êxodo rural/êxodo urbano;

 Padrões socioeconômicos;

 Distribuição de renda;

 Conflitos.

250 | P á g i n a
AULA 148:
População: Estrutura da População –Taxa de
Natalidade e Taxa de Mortalidade
Crescimento e redução:
Ao longo do tempo, a população pode passar por modificações em sua estrutura e na quantidade
de indivíduos, em função de interferências.

Natalidade:

Mortalidade:

Mortalidade infantil:
- Número de crianças que morrem na faixa etária de menos de um ano de idade completo.

251 | P á g i n a
AULA 149:
População: Estrutura da População – Pirâmides
Etárias
Gráficos:
A análise de gráficos é um dos métodos mais úteis para analisar e comparar diferentes
estruturas e comportamentos nos ritmos de crescimento da população. Os dados dos gráficos de
pirâmides etárias possuem:
 Sexo → masculino e feminino;

 Idade → dividida em grupos de faixas etárias.

Pirâmides e situação demográfica:


 Fase inicial → base larga e topo estreito

Grande número de crianças;

Baixo percentual de pessoas em idade mais avançada;

 Transição demográfica → região intermediária mais alargada

Grande número de jovens adultos;

Aumento no número de pessoas em idade mais avançada;

 Fase madura/avançada → base mais estreita e topo mais largo

Maior número de adultos em idade mais madura;

Maior número de pessoas em idade mais avançada.

252 | P á g i n a
AULA 150:
População: População Economicamente Ativa
(PEA)
Habilitadas para o trabalho:
A População Economicamente Ativa (PEA) é composta por pessoas que podem executar funções
remuneradas.
 Empregadas ou desempregadas;

 A partir dos 15 anos de idade (pode haver variações, que dependem dos critérios de cada
órgão ou instituição de pesquisa);

 No Brasil → estimada em mais de 100 milhões de pessoas.

Onde podem trabalhar?


 Setor primário;

 Setor secundário;

 Setor terciário

Obs = setor terciário é diferente de terceiro setor.

Desemprego:
 Estrutural → falta de políticas de emprego e excesso de pessoas no setor primário;

 Tecnológico → substituição de trabalhadores e mecanização;

 Conjuntural → cíclico (situação econômica);

 Temporário →trabalho sazonal;

 Friccional → mudança de emprego.

Fenômenos do desemprego:
 Informalidade;

 Terceirização.
253 | P á g i n a
AULA 151:
População: Indicadores Sociais (IDH)

Desenvolvimento humano:
Os indicadores de desenvolvimento humano têm o objetivo de medir e avaliar o bem-estar e a
qualidade de vida das populações, utilizando como critérios, principalmente:
 Educação;

 Saúde;

 Renda;

 Mais próximo de zero (0,000) → menos desenvolvido;

 Mais próximo de um (1,000) → mais desenvolvido.

Mudanças em alguns critérios:


 Educação → anos de estudo e expectativa de anos de estudo;

 Renda → a partir da Renda Nacional Bruta (RNB);

 Brasil → 79º IDH mundial (2014), com IDH de 0,744

Noruega = 0,944 (1º);

Níger = 0,337 (187º).

254 | P á g i n a
AULA 152:
População: Indicadores Sociais (Coeficiente de
Gini)
Inverso ao IDH:
 Mais próximo de zero (0,000) → melhor distribuição de renda (distribuição igualitária de
renda);

 Mais próximo de um (1,000) → pior distribuição de renda (renda muito concentrada).

Diferenças entre IDH e Coeficiente de Gini:


 IDH → desenvolvimento socioeconômico;

 Gini → equidade baseada especialmente na distribuição de renda.

255 | P á g i n a
AULA 153:
População: População Mundial

Crescimento populacional – ritmos diferentes:


Estudos estimam que os primeiros seres humanos derivados de outros hominídeos apareceram
há cerca de 300 mil anos. O ritmo de crescimento foi relativamente constante, intercalando
momentos de aumento com decréscimos significativos.
 Desde o início da existência humana, é possível que até cem bilhões de pessoas já tenham
vivido na Terra.

 No primeiro ano da Era Cristã, estimativas indicam que algo entre 180 e 300 milhões de
pessoas vivam no mundo.

 Por volta de 1800, atingimos a marca de um bilhão de habitantes.

A Primeira Revolução Industrial impulsionou a formação de uma sociedade urbano-industrial,


que cresceu aceleradamente a partir de 1750.

Fenômenos demográficos:
 Projeções para 2050 indicam que a população mundial poderá ter cerca de 10 bilhões de
habitantes.

256 | P á g i n a
 A Ásia e a África, nesse momento, serão os continentes mais populosos.

 A mortalidade mundial tem apresentado tendência de queda, devido às mudanças na


medicina, na tecnologia e nos padrões de vida.

 A população mundial, em consequência do aumento da expectativa de vida, da redução da


mortalidade e do menor crescimento vegetativo, terá uma pirâmide etária que indica o
envelhecimento populacional e tendências de redução do número de habitantes em várias
partes do mundo.

257 | P á g i n a
 O crescimento da população é mais intenso em algumas partes do mundo nas quais o
crescimento vegetativo continua mais elevado.

 Processos intensos de urbanização, como a formação de metrópoles e megalópoles, têm


contribuído para esse crescimento. Nas próximas décadas, teremos mais áreas urbanas
com milhões de habitantes.

258 | P á g i n a
AULA 154:
População: População Brasileira

Povoamento e colonização:
Muito tempo antes da colonização europeia de base portuguesa no Brasil, um contingente
significativo de pessoas já vivia pelas terras que correspondem ao atual território.
 Estudos indicam que entre um e cinco milhões de pessoas, em diferentes sociedades,
nações ou povos indígenas, viviam no Brasil quando da chegada dos primeiros colonos
europeus.

 O processo de invasão, por diferentes grupos e em diferentes momentos, das terras


indígenas acarretou em extermínio de sociedades inteiras e no decréscimo significativo de
populações nativas. Esse processo começou a ter uma reversão apenas no final do século
XX.
- A ocupação portuguesa e de outros povos, tendo como base a colonização brasileira, pode ser
considerada como um processo lento, ocorrido a partir do litoral.
 Os ciclos econômicos (da cana-de-açúcar, do ouro, do café, da borracha, por exemplo)
estimularam a ocupação de certas áreas do Brasil, mas com interiorização tímida.

Fluxos migratórios:
Fluxos de portugueses, espanhóis, holandeses, franceses, italianos e, posteriormente,
outros grupos.

Migrações forçadas, com fluxo constante de pessoas para serem escravizadas no Brasil.

Até cinco milhões de pessoas de várias partes do continente africano (Guiné, Angola,
Moçambique, Benin etc.) teriam vindo ao Brasil de forma forçada.

Retrato do Brasil:
 O crescimento populacional brasileiro é relativamente constante até os anos 1950. A
formação da sociedade urbano-industrial brasileira dá um impulso para as taxas de
incremento da população serem mais altas.

259 | P á g i n a
 A urbanização brasileira é considerada como sendo recente, acompanhando a
industrialização tardia do Brasil e o massivo êxodo rural, que motivou milhões de pessoas
a deixarem o campo para tentar a vida nas cidades. Aglomerações urbanas, como as de
São Paulo e Rio de Janeiro tornaram-se grandes metrópoles, estimuladas pela formação
do parque industrial que se concentrou nessas áreas.

 Atualmente, mais de 85% dos brasileiros vivem em áreas urbanas.

 A pirâmide etária do Brasil está, atualmente, em uma fase de transição demográfica, com
indicação de mudança para uma fase madura a partir de 2040. Estima-se que a população
do país passe a não ter crescimento positivo por volta de 2047.

260 | P á g i n a
 Composição étnica → a maior parte da população brasileira é formada por pretos e
pardos, segundo os dados censitários do IBGE.

261 | P á g i n a
 A População Economicamente Ativa do Brasil, formada por pessoas a partir de 14 anos de
idade, trabalhando ou em condições para trabalhar e/ou procurando trabalho, é formada
por 170 milhões de pessoas.

Na força de trabalho → 105 milhões.


Ocupada → 92 milhões.
Desocupada → 12 milhões.

A População Economicamente Inativa do Brasil, formada por pessoas que não estão nas
condições acima (por serem, por exemplo, menores de idade, incapacitadas para o
trabalho por doenças crônicas ou aposentadas que não possuem uma ocupação
profissional remunerada), representam 65 milhões de pessoas.

A maior parte da população brasileira ainda está concentrada mais próxima à região
litorânea, na qual existem muitas das maiores aglomerações urbanas.

O Centro-Sul ainda é a região com maiores densidades demográficas (população relativa)


e também a mais populosa. O Sudeste, por exemplo, possui cerca de 80 milhões de
pessoas.

As densidades demográficas podem variar bastante: áreas do interior do Brasil,


especialmente no Centro-Oeste e no Norte, possuem valores muito inferiores aos
encontrados no Sul e no Sudeste.

262 | P á g i n a
A interiorização recente do povoamento em função de novas centralidades (cidades
médias, por exemplo), bem como as disparidades socioeconômicas a partir do IDH,
marcam as características da população brasileira.

263 | P á g i n a
AULA 155:
Migrações; Tipos de Migrações

Mudança de endereço:
No movimento de pessoas entre lugares diferentes, o processo migratório pode ocorrer por
motivos espontâneos ou forçados.

O que atrai imigrantes?


 Políticas de Estado;

 Emprego;

 Condições de vida.

O que repele imigrantes?


 Conflitos/violência;

 Desemprego;

 Más condições de vida;

 Questões étnicas/xenofobia.

264 | P á g i n a
Fluxos migratórios no Brasil:
A constituição atual da população brasileira recebeu a contribuição de grandes e variados fluxos
migratórios ao longo de sua história.
 África → ligada, principalmente, à questão do sistema escravista no Brasil colonial;

 Europa →portugueses, italianos, espanhóis, alemães;

 Japoneses;

 Recentes → América Latina, Ásia.

Políticas de Estado:
As políticas adotadas pelo Estado brasileiro também contribuíram para a entrada de imigrantes.
 Projetos de colonização;

 Mão-de-obra (ex: economia cafeeira).

Emigração ≠ Imigração:

265 | P á g i n a
AULA 156:
Migrações: Correntes Migratórias

País de imigrantes:
O Brasil recebeu pessoas de várias partes do mundo durante sua história, que contribuíram para
a estrutura atual da população.

Alguns grupos migratórios:


 Portugueses

Acompanha o histórico de colonização;

Grande fluxo, contínuo (exceto período 1970-2000);

Dispersos por todo o Brasil;

 Italianos

Segundo maior grupo;

Ligados à projetos de colonização, especialmente na região Sul;

Economia do café (mão-de-obra), principalmente no século XIX;

Indústria e comércio (em SP, principalmente);

 Espanhóis

Fluxo antigo (ex: Período Colonial, durante a União Ibérica);

Grande concentração em SP;

Atividades urbanas;

 Alemães

Incentivados por projetos de colonização de povoamento;

Com início no RJ, expande-se para outras regiões (Sul, ES, SP);

266 | P á g i n a
 Japoneses

Fluxos no século XX;

Ligados à economia cafeeira;

Grande concentração em SP, PR e MS;

 Turcos e árabes

Mais ligados à economia urbana;

Grande contingente no final do século XIX;

 Eslavos

Maior concentração no Sul;

Atividades rurais;

 Outros grupos

Ásia → chineses, coreanos;

Europa → franceses, ingleses, holandeses, gregos;

América;

África.

267 | P á g i n a
AULA 157:
Migrações: Movimentos Internos/ Regionais

Movimentos internos/regionais:
 Êxodo rural → do campo para a cidade;

 Êxodo urbano → da cidade para o campo;

 Migrações pendulares → em um período definido

Subúrbio-centro;

Boias-frias;

 Transumância → sazonalidade

Exemplos = trabalho temporário no corte de cana (Sudeste) e lavouras temporárias


com o fim da seca (Nordeste);

 Diferentes fluxos migratórios.

268 | P á g i n a
AULA 158:
Migrações: Movimentos no Mundo

Deslocamentos contínuos:
Os movimentos de pessoas pelo mundo são processo contínuos e dinâmicos, algo que
acompanha toda a história humana. Essa movimentação periódica pode ocorrer de forma interna
ou externa.
 Movimentos internos → deslocamentos que ocorrem dentro de uma mesma região. Por
exemplo, os movimentos migratórios entre Estados brasileiros.

 Movimentos internacionais → pessoas que se deslocam de um país para outro. Por


exemplo, brasileiros que migram para os Estados Unidos ou o Japão.

- Os motivos para os deslocamentos internos/regionais ou internacionais incluem:


 Busca por trabalho.

 Melhores condições de vida.

 Sobrevivência, quando a vida é colocada em risco.

 Problemas ambientais, como secas prolongadas, desertificação, submersão de ilhas e


atóis etc.

Dados sobre a migração no mundo:


 258 milhões de pessoas são consideradas imigrantes, ou seja, pessoas que saíram de
seus países de origem para serem estrangeiras em outro país.
 150 milhões de pessoas nesse grupo são formadas por trabalhadores.

 466 bilhões de dólares é o valor estimado de remessas enviadas pelos imigrantes para
ajudar as pessoas nos seus países de origem, contribuindo, também para ajudar na
economia.

 Estima-se que 50 milhões de pessoas sejam consideradas como imigrantes irregulares.

 Países mais desenvolvidos em geral possuem maior quantidade de imigrantes, em função


das oportunidades de trabalho ou condições de vida que podem oferecer.

269 | P á g i n a
270 | P á g i n a
Migrações forçadas – refugiados:
Por conta de ameaças que comprometem a integridade física ou a vida, muitas pessoas precisam
fugir de suas áreas de origem, buscando refúgio em outras regiões ou países. O Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima, em 2017, que 68 milhões
de pessoas estejam nessa situação em todo o mundo, por diferentes motivos.
 Situação de refúgio → pessoas que buscam reconhecimento, nos países para os quais se
dirigem, da condição jurídica de refugiado.

 Pedidos de asilo político → pessoas que solicitam o status de asilado por causa de
ameaças feitas por questões políticas, em seus países de origem.

 Deslocados internos → pessoas que se deslocam dentro de um mesmo país, de regiões


menos seguras para outras mais seguras.

 Apátridas → pessoas que não possuem uma nacionalidade e que, por isso, têm
dificuldades para comprovar sua existência.

Dos quase 70 milhões de refugiados, 22 milhões cruzaram fronteiras internacionais, e 10 milhões


de pessoas estão na condição de apátridas.

271 | P á g i n a
AULA 159:
Capitalismo e Globalização: Mercantilismo/
Liberalismo
Economia de mercado:
As características do capitalismo como conhecemos são resultantes de vários séculos de
construção de processos associados ao lucro e à ideia de economia de mercado, especialmente
através da formação de redes de comércio.

Formação do mercantilismo:
- As trocas comerciais e as necessidades crescentes de busca por matérias-primas ou novos
mercados ajudaram a estimular as relações mercantilistas.
 Rotas comerciais → redes de comércio entre a Europa, o Oriente Médio e a Ásia que já
existiam antes das navegações europeias a partir do século XV;

 Áreas urbanas → cidades que formavam entrepostos comerciais importantes e


estimularam a negociação e as trocas comerciais;

 Navegações → as incursões europeias expandiram a formação de novas áreas comerciais


e as trocas mercantis;

 Metalismo → a acumulação de metais preciosos (ouro, prata, diamante, etc.), vista como
fundamental para a riqueza de nações;

 Matérias-primas → com a necessidade de acumular riqueza, a busca por matérias-


primas em diferentes partes do mundo tornou-se fundamental.

Características:

272 | P á g i n a
Contribuições para o Liberalismo:
 Industrialização → a mudança de um sistema de manufaturas para o modelo industrial,
associado à formação de complexas sociedades urbanas;

 Iluminismo → corrente de pensamento que estimula a ciência e as inovações;

 Revoluções →a Revolução Americana e a Revolução Francesa foram, também,


necessidades de mudanças políticas e econômicas;

 Crescimento urbano → mais pessoas começam a viver em cidades;

 Mercado consumidor → as sociedades urbanas e industriais, com novas necessidades de


consumo.

Liberalismo – Características:

273 | P á g i n a
Consequências:
 Mudanças políticas e nas relações internacionais;

 Expansão do capital → o capitalismo liberal expandiu sua influência sobre o comércio


mundial, estimulando a formação de novos mercados consumidores e o fim do sistema
colonial mercantilista.

274 | P á g i n a
AULA 160:
Capitalismo e Globalização: Do Keynesianismo ao
Neoliberalismo
Liberalismo:
A experiência da Revolução Industrial e a expansão econômica derivada do surgimento de novos
mercados consumidores e do fim do antigo sistema colonial contribuíram para a ampliação do
capitalismo industrial.
 Segunda Revolução Industrial → novos países passam a industrializar-se (Estados
Unidos, França, Japão, Itália, Alemanha), principalmente na segunda metade do século XIX;

 Novas economias → o fim do Pacto Colonial e da escravidão estimulou o surgimento de


novos mercados consumidores;

 “Partilha” da África → o continente passa a ser uma fonte estratégica de recursos naturais
para sustentar o crescimento econômico das potências europeias;

 Taylorismo → modelo de produção baseado na eficiência, na aplicação científica e no


controle da produção;

 Fordismo → influenciada pelo taylorismo, com a produção em massa;

 Primeira Guerra Mundial → após o final do conflito, supremacia dos EUA na economia
mundial.

Superprodução e crise de 1929 = colapso e necessidade de novas políticas


econômicas.

Keynesianismo:
- O colapso de 1929 e a necessidade de mudanças na condução de políticas socioeconômicas
permitiram que o modelo de Keynes ganhasse terreno.
 Espírito animal → para Keynes, a ideia de lucro a qualquer preço dotava a classe
empresarial de aspectos negativos que punham o sistema econômico e o bem-estar
social em risco;

 Intervenção do Estado → é necessária para conter os aspectos negativos do capitalismo;

 Bem-estar social → estímulos do Estado para promover equidade social e a ampliação do


acesso ao mercado de consumo;

275 | P á g i n a
 Pós-Segunda Guerra → a supremacia dos EUA gerou grande crescimento econômico,
embora com o surgimento da URSS como uma nova força e a Guerra Fria;

 Crise dos anos 1970 → mudanças nas políticas econômicas influenciadas pelas ideias
keynesianas.

Neoliberalismo – elementos:
 Globalização;

 Mercados de capitais → com a venda de ações de empresas, por exemplo;

 Virtualização → relações e fluxos econômicos cada vez menos dependentes de meios


materiais;

 Consenso de Washington → orientações para que países com problemas econômicos


(como o Brasil nos anos 1980 e 1990) adotassem medidas neoliberais.

276 | P á g i n a
AULA 161:
Capitalismo e Globalização: Neoliberalismo –
Características e Consequências
Raízes liberais:
Os choques do petróleo nos anos 1970 e a dificuldade de manutenção das políticas de bem-estar
social orientaram as mudanças nas ações dos Estados nacionais.
 Personagens

Escola de Chicago → corrente de pensamento que disseminou as ideias


neoliberais;

Pinochet → em seu governo, o ditador chileno contou com economistas que


pusessem em prática as ideias neoliberais;

Margaret Thatcher → a primeira-ministra inglesa adotou medidas neoliberais para


conter os gastos públicos e reduzir o tamanho do Estado;

Ronald Reagan → o presidente dos EUA também adotou políticas neoliberais e


orientou outras nações a fazer o mesmo;

 Políticas neoliberais → para diminuir o tamanho das estruturas do Estado, reduzindo


gastos, e aumentando o grau de liberdade econômica com a mínima intervenção estatal;

 Consenso de Washington → orientações que reforçaram a necessidade de práticas


neoliberais para o crescimento econômico.

Benefícios e prejuízos:
 Papel da globalização → as disparidades socioeconômicas derivadas dos diferentes níveis
de integração global, ou mundialização;

 Situação diante do fim da bipolaridade → incertezas sobre a supremacia total dos EUA
diante de novos atores (a União Europeia ou os BRICS, por exemplo).

277 | P á g i n a
AULA 162:
Capitalismo e Globalização: Guerra Fria

Superpotências do pós-II Guerra:


O pós-Segunda Guerra trouxe à tona duas novas superpotências que saíram fortalecidas do
conflito, representando, por um lado, o espaço capitalista dos EUA e, por outro, o espaço
socialista representado pela URSS.

Fatores:
 Surgimento de dois complexos industriais-militares → a ameaça de novos confrontos
sustentou o crescimento de parques industriais.

EUA = 60% da capacidade industrial do planeta e 50% do PIB mundial;

URSS = maior território do mundo;

 Armas nucleares → tecnologia e testes nucleares constantes que punham em ameaça as


relações de paz em escala internacional;

 Centros políticos e ideológicos → as duas nações buscaram influenciar os benefícios de


seus sistemas e tornaram-se os centros do mundo bipolar.

Por que não foi uma “Guerra Quente”:


 MDA (Mútua Destruição Assegurada) → jogo de soma zero, ou seja, não haveria
vencedores diante de um confronto total;

 Cortina de Ferro → elemento de separação entre mundo capitalista e socialista,


representado principalmente pelo Muro de Berlim;

 Corrida armamentista → o complexo industrial-militar e as ameaças estimularam uma


busca por armas cada vez mais sofisticadas e tecnologias capazes de superar qualquer
possível inimigo;

 Propaganda → meio de persuasão para divulgar os benefícios de cada sistema

 Auxílio Financeiro → estímulos para atrair política e ideologicamente aliados;

 1991 → fim da Guerra Fria, com a queda da União Soviética e o hasteamento da bandeira da
Federação Russa, na noite de 25 de dezembro.

278 | P á g i n a
AULA 163:
Capitalismo e Globalização: O que é globalização?

Um fenômeno, várias evidências:


A globalização não é um fenômeno de fácil identificação. Porém, algumas evidências permitem
identificar pistas sobre como ocorre, e alguns autores trabalharam nesse sentido.
 Marshall McLuhan → indicava, no início dos anos 1960, a formação de uma espécie de
aldeia global, formada por um mundo com distâncias relativas cada vez mais curtas e no
qual todas as pessoas estariam interligadas por tecnologias.

 Joseph Stiglitz → analisou o processo de globalização, relacionando-o com a queda de


barreiras ao comércio internacional, à redução de custos e à uma conjuntura econômica
baseada no uso constante de informação.

 Milton Santos → analisou a globalização como um fenômeno heterogêneo, ou seja, que


não ocorre com a mesma densidade e no mesmo ritmo em todos os lugares, e que fatores
socioeconômicos e políticos influenciam no processo de mundialização.

Algumas evidências:
Capitalismo informacional → etapa marcada pela presença constante das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs).

Neoliberalismo → associado à abertura do comércio multilateral e à formação de acordos


ou blocos econômicos.

Nova Ordem Mundial e Divisão Internacional do Trabalho → mesmo com o fim da Guerra
Fria e a configuração geopolítica de um mundo multipolar, as relações econômicas
internacionais são marcadas por diferenças entre países desenvolvidos e países em
desenvolvimento.

Sociedade da informação → marcada pela presença da informática e das redes no


cotidiano.

Sistema financeiro e grandes corporações → fortalecimento do mercado financeiro,


processos de fusão e aquisição de empresas, formando grandes conglomerados.

Inovações tecnológicas → investimentos em ciência e tecnologia, como parte dos


sistemas de produção e geração de riqueza.

Fluxos mais intensos → associados à velocidade de transformações no espaço


econômico.
279 | P á g i n a
Capacidade de remobilização → fluxos de capital, produção e consumo conseguem se
deslocar rapidamente, de acordo com circunstâncias consideradas mais vantajosas.

280 | P á g i n a
AULA 164:
Capitalismo e Globalização: Nova Ordem Mundial

Mundo unipolar, bipolar ou multipolar?


O colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria trouxeram a perspectiva de que os Estados
Unidos seriam uma única superpotência. Entretanto, o surgimento de novos atores e as
mudanças decorrentes da globalização mais recente colocaram incertezas sobre a
unipolaridade.

Elementos:
 Globalização → a Divisão Internacional do Trabalho e a Divisão Territorial do Trabalho não
respeitam mais de forma unilateral o centralismo entre países centrais e países
periféricos;

 Blocos econômicos → tentativas de fortalecimento através da ação em bloco e da


integração regional.

Alguns blocos → União Europeia, NAFTA, Mercosul, ASEAN, APEC, ALCA;

Acordos bilaterais;

 Conflitos regionais → encaradas como ameaças à hegemonia de alguns países;

 Ascensão de novos polos (p. ex., os BRICS).

281 | P á g i n a
AULA 165:
Órgãos Internacionais: ONU

Diálogo e cooperação:
A criação da Organização das Nações Unidas foi o resultado de tentativas para estabelecer a
cooperação entre as nações e abrir canais internacionais de diálogo desde o século XIX,
especialmente em situações de conflito.
 Liga das nações → iniciada com a assinatura do Tratado de Versalhes (1919) no pós-
Primeira Guerra Mundial, até 1946.

Criação da ONU (1945):


- As perdas humanas e materiais da Segunda Guerra Mundial aliadas às ameaças de novos
conflitos que pusessem em risco a humanidade estimularam o surgimento da ONU, com alguns
objetivos:
 Direito → fomentar o direito internacional e julgar crimes contra a humanidade;

 Segurança → formar forças de paz e intervir em situações de conflito;

 Desenvolvimento social → promover a melhoria das condições socioeconômicas e do IDH;

 Desenvolvimento econômico → desenvolver mecanismos de auxílio, cooperação e


financiamento, especialmente para os países em desenvolvimento;

 Direitos Humanos → incentivar e garantir o respeito às premissas da Declaração


Universal;

 Paz → promover relações pacíficas e solucionar conflitos sem a necessidade de uso da


força quando possível.

Características:
A ONU reúne quase todos os Estados nacionais, em uma estrutura composta por órgãos
principais e outras instituições especializadas.
 Assembleia Geral → uma espécie de parlamento, formada por representantes de todos os
países-membros;

 Conselho de Segurança → manutenção da segurança e da paz mundial. Cinco nações têm


poder de veto atualmente (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido);

282 | P á g i n a
 Conselho Econômico e Social → coordena as políticas socioeconômicas, incluindo órgãos
especializados (UNESCO, FAO, OIT, etc.);

 Direitos Humanos → acompanhar e aconselhar recomendações em casos de violação


desses direitos;

 Secretariado → auxiliar o funcionamento da estrutura do sistema das Nações Unidas;

 Tribunal Internacional de Justiça → localizado em Haia, onde também funciona o Tribunal


Penal Internacional, que julga pessoas acusadas de crimes contra a humanidade;

 Sistema ONU → formado pelos órgãos principais e outras instituições especializadas.

Brasil e ONU:
- O país é um dos membros fundadores das Nações Unidas, em 1945. Desde então, vem
contribuindo em várias entidades da organização, inclusive em missões de paz (Haiti, Timor
Leste, Moçambique, Angola, etc.).

283 | P á g i n a
AULA 166:
Órgãos Internacionais: OTAN/ Pacto de Varsóvia

Aliança militar:
No contexto do fim da Segunda Guerra Mundial e das tensões que marcaram a Guerra Fria, vários
países do hemisfério norte aderiram a acordos militares.
 Europa Ocidental, EUA e Canadá → países-membros da OTAN, a partir de 1949;

 Guerra Fria → OTAN e Pacto de Varsóvia têm seus objetivos ligados aos pesos
geopolíticos de, respectivamente, Estados Unidos e União Soviética;

 Estrutura militar → conjunta, formada pelos países-membros;

 Contraponto → o Pacto de Varsóvia, entre 1955 e 1991, tornou-se a aliança militar dos
países sob a influência da União Soviética, até a sua desintegração em 1991.

284 | P á g i n a
AULA 167:
Órgãos Internacionais: BID

Cooperação regional:
- A existência da Organização dos Estados Americanos (OEA) desde 1948 deu impulso para a
formação de um organismo de financiamento voltado para a América Latina.
 Influência dos EUA → em 1959, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é criado,
com sede em Washington;

 Guerra Fria → a necessidade de afastar a influência socialista sobre a região estimulou o


incentivo dos EUA para a criação do banco.

Características:
 Principal fonte de financiamento → os países latino-americanos passaram a recorrer ao
BID;

 48 membros → apenas Cuba ainda não está entre os Estados-membros.

Mutuários → países que contraem empréstimos. De maneira geral, os países


latino-americanos estão nesse grupo;

Não-mutuários → países doadores. Israel e a União Europeia não estão no


continente, mas contribuem financeiramente;

 Diferenças no poder de voto e financiamento → cada país, em função do seu peso


econômico, tem direito a percentual de participação.

Ex = EUA (30%), Brasil (10%);

Cotas diferentes = 60%, 70%, 80%, 90%;

 Novos agentes → instituições como o BNDES (Brasil) e investimentos de outros países


têm sido cada vez mais importantes para a América Latina do que o BID.

285 | P á g i n a
AULA 168:
Órgãos Internacionais: Banco Mundial

Reconstrução e desenvolvimento:
A retração derivada do pós-Segunda Guerra Mundial necessitava de uma estratégia para a
reestruturação econômica, especialmente por parte dos países mais ricos (como os Estados
Unidos, por exemplo).
 Acordos de Bretton-Woods (1944) → criaram o Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento (Bird), que deu origem ao FMI e ao BM;

 Financiamento/cooperação econômica →destinado, em grande parte, para países em


desenvolvimento;

 Diferentes graus de poder decisório → ex. EUA, 15%; Índia: 3%; Brasil: 2%;

 Vários órgãos → BIRD, AID, IFC.

AULA 169:
Órgãos Internacionais: FMI

Efeitos de Bretton-Woods:
A formação do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 1945, teve como preocupação contribuir
para a melhoria do sistema financeiro internacional através de um mecanismo de diálogo
econômico entre os países e da regulamentação internacional das atividades do sistema
financeiro.

Elementos:
 Taxas de câmbio → padrão dólar;

 Reservas e empréstimos → as reservas, resultado da contribuição de cada país para o


montante, podem ser usadas através de empréstimos;

 Contribuições de países-membros;

 Políticas econômicas → o organismo pode aconselhar e orientar políticas econômicas


voltadas para a saúde financeira e orçamentária de vários países

286 | P á g i n a
AULA 170:
Blocos Supranacionais: ALCA

Cúpula das Américas:


- A Cúpula das Américas foi organizada em 1994 para que os chefes de Estado de 34 países do
continente discutissem a criação de uma área de livre comércio, eliminado as barreiras
alfandegárias e mecanismos de para isentar tarifas de importação entre os membros.
 Maior zona de livre comércio do mundo → em funcionamento, poderia reunir, atualmente,
quase um mercado com cerca de um bilhão de pessoas e mais de US$20 trilhões em PIB;

Fim de barreiras → proposta para eliminar progressivamente as barreiras


comerciais e tarifas de importação, ou adotar uma TEC (Tarifa Externa Comum)
reduzida;

Livre comércio e investimentos → estímulo em setores, como infraestrutura, eram


apontados como necessários para o sucesso do acordo.

Fases de implantação:
 Fase preparatória (1994-1998) → grupos de trabalho para planejar e organizar o
funcionamento da ALCA;

 Fase de implantação (1998-2005) → para preparar o início do acordo entre os países-


membros;

 Parâmetros da OMC e de outros órgãos internacionais, utilizados como referência para o


funcionamento da ALCA;

 Divergências → houve forte oposição à ALCA em alguns países, que culminaram com o
engavetamento da proposta;

Desequilíbrios entre as economias, que poderiam tornar alguns países ainda mais
frágeis com o peso dos EUA;

Receio de uma avalanche de produtos e serviços dos países mais ricos, afetando os
mercados locais das nações mais empobrecidas;

Divergências entre Washington e Brasília.

287 | P á g i n a
AULA 171:
Blocos Supranacionais: Mercosul

Espelho passado:
A ideia de criação do Mercosul não é nova: as experiências de outros acordos, organismos de
cooperação e alianças econômicas (CEPAL, MCE, ALALC, ALADI) contribuíram para fortalecer a
perspectiva de um mercado comum.
 CEPAL → organização formada por vários países latino-americanos, com o objetivo de
discutir novas vias de desenvolvimento e autonomia para a América Latina e o Caribe, no
final dos anos 1940.

Fases de implantação:

Questões atuais:
 Membros → Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela;

 Iniciativa para a Integração Regional Sul Americana (IIRSA) → projetos de infraestrutura


para facilitar a integração socioeconômica da América do Sul. O BNDES tornou-se um
importante financiador desses projetos;

 Desequilíbrios → diferenças socioeconômicas entre o Brasil e outros membros de menor


dimensão econômica;

 UNASUL → perspectivas de substituição por este bloco, pois une as nações do Mercosul e
da Comunidade Andina de Nações (CAN).

288 | P á g i n a
AULA 172:
Blocos Supranacionais: ALADI

A partir da ALALC:
Em 1980, o Tratado de Montevidéu, que deu início à Associação Latino-Americana de Integração,
buscou criar um organismo para dar continuidade às discussões da ALALC (Associação Latino-
Americana de Livre Comércio, criada em 1960) e desenvolver meios de integrar as economias
regionais.
 Composição → um conselho de ministros de Relações Exteriores, conselho de
avaliação/convergência e um canal de representantes.

Objetivos:
 Mercado Comum → nos moldes de outros blocos, como o Mercado Comum Europeu (que,
à época, ainda não era a União Europeia).

 Preferências tarifárias/TEC → adoção de tarifas comuns para os membros do bloco ou de


isenções tarifárias.

 Desenvolvimento integrado → correção das disparidades socioeconômicas regionais


através de investimentos em áreas mais vulneráveis e países menos desenvolvidos.

 Redução de disparidades.

289 | P á g i n a
AULA 173:
Blocos Supranacionais: ALBA

Bolivarianismo – influências:
O surgimento da Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em 2004,
consiste em um mecanismo que, além da cooperação econômica, também contempla formas de
integração política e social para a transformação do bem-estar social nesses países.
 Venezuela/Cuba → os dois primeiros países a fazerem parte do acordo;

 Bolívia (2006) → expansão do bloco;

 Novos integrantes → atualmente, onze países fazem parte do bloco (2015).

290 | P á g i n a
AULA 174:
Blocos Supranacionais: UE (União Europeia)

Reconstrução:
A necessidade de ações conjuntas para a reconstrução socioeconômica da Europa no pós-
Segunda Guerra Mundial reforçou o desejo de vários países por criar mecanismos comuns de
cooperação.
 Fortalecer, integrar e crescer → os impactos das guerras, o contexto da Guerra Fria e a
perda de protagonismo para os Estados Unidos estavam entre os fatores que contribuíam
para a ideia de uma Europa forte através de maior união.

Etapas de formação:
 Benelux (1944) → Bélgica, Holanda e Luxemburgo, como um dos primeiros sinais de
integração pré-UE;

Moeda, mercado e alfândega, com uma Área de Livre Comércio entre esses países;

 Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) → em 1952, uniu os membros do Benelux


com Itália, Alemanha e França;

 Associação Europeia de Livre Comércio (AELC) → em 1959, formada por membros que,
inicialmente, estavam excluídos do MCE;

 Mercado Comum Europeu (MCE) → em 1957, com a expansão da CECA, através do Tratado
de Roma.

Evolução:
 Tratado de Roma (1957) → formalização da Comunidade Econômica Europeia/Mercado
Comum Europeu;

 Tratado de Maastricht (1991) → formalizou as bases da União Europeia nos moldes atuais;

Moeda única (1999-2001);

Parlamento;

Outros tipos de integração: políticas nas áreas de agricultura, meio ambiente,


desenvolvimento, educação, segurança, etc;

291 | P á g i n a
 Fortalecimento:

Projetos locais de desenvolvimento → através de fundos destinados aos países


menos desenvolvidos do bloco, por exemplo;

Espaço econômico;

Zona do Euro;

 OTAN (1949) → Europa Ocidental e EUA;

 Pacto de Varsóvia (1955) → bloco socialista.

292 | P á g i n a
AULA 175:
Blocos Supranacionais: NAFTA
Livre comércio:
- Reunião entre EUA, Canadá e México (1994).

Ideias:
 Fim das barreiras/livre circulação comercial;

 Investimentos;

 Flexibilização.

Consequências:
 Disparidades;

 Maquiladoras.

293 | P á g i n a
AULA 176:
Blocos Supranacionais: União Africana

Integração para a autonomia:


→ Inspirada por outros blocos e acordos econômicos, a formação da União Africana, em 2002, é
um conjunto de ações para a cooperação, o fortalecimento socioeconômico e maior influência do
continente africano no mundo através da atuação conjunta.
 Reúne atualmente todos os 54 Estados nacionais como membros;

 Cerca de um bilhão de pessoas;

 Crescimento econômico de várias nações nos últimos anos, derivado de processos de


estabilização política e melhorias nos indicadores sociais.

Objetivos:
 Superação colonialista;

 Integração econômica;

 Cooperação.

294 | P á g i n a
AULA 177:
Blocos Supranacionais: OPEP

Conferência de Bagdá:
Em 1961, a organização, formada inicialmente por 5 membros, tinha o objetivo de controlar os
preços e fortalecer a posição dessas nações fornecedoras de petróleo e gás natural, em uma
situação na qual algumas multinacionais dos Estados Unidos e da Europa controlavam os preços
e a demanda, pressionando a redução de lucros dos países com reservas.
 Cartel → por controlar preços e influenciar a economia mundial, a OPEP é considerada
como uma forma de cartel;

 Reflexos da Guerra do Yom Kippur → “choques” de 1973 e 1979, com subida de preços;

Reflexos mundiais → por exemplo, em 1973, cerca de 400% de subida de preço.


AULA 178:
Blocos Supranacionais: BRICS

Futuras forças:
O termo “BRIC” aparece em 2001, a partir de um estudo do banco de investimentos Goldman
Sachs, que aponta a influência econômica crescente de Brasil, Rússia, Índia, China como
economias de grande impacto no futuro, a ponto de representarem quase a metade do PIB
mundial, nas previsões para 2050 (a África do Sul foi incorporada como parte do grupo depois).
 Fórum de discussões e cooperação;

 Aproximadamente US$19 trilhões;

 Possui quatro das dez maiores economias do mundo;

 Quase três bilhões de pessoas.

295 | P á g i n a
AULA 179:
Blocos Supranacionais: APEC

Associação:
Com 21 membros, para tornar-se com potencial de maior do mundo.
 Fórum de cooperação;

 PIB de aproximadamente US$35 trilhões;

 Mais de 50% do comércio mundial;

 Aproximadamente 45% do comércio.

296 | P á g i n a
AULA 180:
Brasil no Mundo: Relações Internacionais

O papel da geopolítica:
A geopolítica, enquanto uma das áreas de estudo da geografia, é essencial para o diálogo entre o
Brasil e outros países, pois envolve as relações entre Estado e poder, na sua dimensão
geográfica.
 Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) → representa as relações internacionais
do Brasil;

 Comércio exterior → gera entradas/saídas internacionais.

Como nos relacionamos?


 Acordos bilaterais;

 Acordos multilaterais;

 Organismos internacionais.

Principais organismo nas relações internacionais:


 Organização das Nações Unidas (ONU);

 Organização Mundial do Comércio (OMC);

 Banco Mundial (BM) e Fundo Monetário Internacional (FMI);

 Grupo dos 8 (G-8) e Grupo dos 20 (G-20);

 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

297 | P á g i n a
AULA 181:
Brasil no Mundo: Participação em Organismos,
Blocos e Acordos
Multilateralismo:
- O multilateralismo tem sido uma postura adotada pelo Brasil, porque permite estabelecer um
grande número de relações internacionais.
 Diplomacia → o Itamaraty é mundialmente respeitado pela postura de solução pacífica de
conflitos e não interferência nos assuntos internos dos países;

 Agenda independente → o Brasil tem buscado por uma postura menos alinhada às
estruturas políticas tradicionais (por exemplo, subordinada aos países mais ricos);

 Pós-II Guerra → nova mediação nas relações internacionais.

Organização das Nações Unidas (ONU):


 O Brasil foi um dos membros fundadores, em 1945;

 Estabelecer a paz mundial, através de diversos canais de diálogo;

298 | P á g i n a
 Missões de paz;

 Conselho de Segurança;

 OMC → promover a organização do comércio multilateral:

GATT;

FMI, BIRD, rodadas econômicas.

 FMI, BM → financiamento, políticas econômicas.

Estrutura da ONU:
 Mercantil → relações entre metrópoles e colônias;

 Industrial → Revolução Industrial;

 Financeira → pós-II Guerra.

Principais acordos e participações:


 Grupo dos 20 (G-20);

 BRICS;

 Mercosul/Unasul;

 Organização dos Estados Americanos (OEA);

 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

299 | P á g i n a
AULA 182:
EUA (GUERRA AO TERROR): Doutrina Bush

Repercussões do 11/09/2001:
- Os atentados às torres gêmeas do World Trade Center, ao Pentágono e outros eventos nesta
data colocaram os Estados Unidos, maior superpotência da história, diante de uma grande
fragilidade pela qual não estavam totalmente preparados. O país nunca havia sido atingido dentro
de seu território em tal magnitude, mesmo diante de eventos como as duas grandes guerras
mundiais ou a Guerra Fria, por exemplo.
 Guerra ao terror → o governo de George W. Bush decide empreender uma grande ofensiva
contra o terrorismo, visto como responsável pelos ataques.

Eixo do Mal → países com potencial para práticas consideradas terroristas (por
exemplo, células/grupos terroristas) ou países considerados inimigos pelas
posições políticas opostas aos Estados Unidos (Coreia do Norte, Irã, Síria, etc.);

Guerra preventiva → qualquer país ou movimento considerado contrário ou


ameaça aos interesses dos EUA podia ser atacado, de forma unilateral;

Relações internacionais → ação unilateral dos EUA ao intervir em conflitos (por


exemplo, sem consultas à ONU ou ao Conselho de Segurança).

300 | P á g i n a
AULA 183:
EUA (GUERRA AO TERROR): Guerra do Golfo

Conflito Irã-Iraque - consequências:


A Guerra do Golfo tem origem nas tensões entre o Irã, Estado que se tornou aliado da URSS após
a Revolução Islâmica de 1979, e o Iraque de Saddam Hussein (pró-EUA, apesar de ter sido
anteriormente aliado da URSS).
 Tentativa de invasão do Iraque e conflito (1980-1988) → desestabilização econômica e
perdas, que enfraquecem os dois lados envolvidos;

 Apoio financeiro → envolvimento dos EUA e interesse em situação política favorável por
conta do petróleo, financiando operações militares para o governo de Saddam;

 De aliado a inimigo dos EUA → com as perdas, Saddam vê na invasão do Kuwait o acesso a
novas fontes de petróleo e outra saída para o oceano;

Solução econômica;

 Reação internacional → forças de coalizão, lideradas pelos EUA, para conter as ofensivas
iraquianas no Kuwait;

Retomada do Kuwait → em cerca de 15 dias de operações militares.

301 | P á g i n a
AULA 184:
EUA (GUERRA AO TERROR): Afeganistão e
Paquistão (Talebã)
Ascensão:
- O surgimento do Talebã está relacionado à formação de milícias destinadas a derrubar a
influência soviética durante os anos 1970 e 1980 no Paquistão e no Afeganistão, com o apoio dos
Estados Unidos.
 Nacionalismo islâmico → grupos que desejavam criar um Estado teocrático para acabar
com as tensões internas e a influência ocidental;

Estado teocrático → alternativa ao cenário conflituoso, com base na aplicação da lei


islâmica;

Apoio paquistanês → com o fim da ocupação soviética, há o apoio ao Talebã, com


interesses em garantir estabilidade política e um aliado na região;

 Influências → controle político do Afeganistão e aplicação dos preceitos islâmicos,


opondo-se às ações do Ocidente sobre a região;

 Repercussões do 11/09/2001 → invasão estadunidense do Afeganistão, que era acusado de


abrigar Osama Bin Laden.

302 | P á g i n a
AULA 185:
EUA (GUERRA AO TERROR): Invasão do Iraque

Política do pós-11/09:
Com o advento da Doutrina Bush, a nova política externa dos Estados Unidos passa a adotar uma
postura unilateral, com os argumentos de combate ao Eixo do Mal e ao terrorismo.
 Arsenal nuclear → o Iraque é acusado de possuir materiais com potencial destrutivo
(incluindo, também, armas químicas);

 Invasão do Iraque, em 2003 → a operação, embora tenha durado oficialmente até por volta
de 2011, não foi suficiente para conter problemas internos de estabilidade política;

 Prisão de Saddam Hussein → capturado e executado em 2006.

303 | P á g i n a
AULA 186:
Israel x Palestina: Formação Territorial

Histórico:
- Por ser o berço de três das maiores religiões do mundo em número de seguidores
(cristianismo, islamismo e judaísmo) e em função de questões étnicas, a região que atualmente
compreende os territórios de Israel e das áreas em litígio com a Palestina teve suas fronteiras
redefinidas por várias vezes.
 Oscilações políticas → a região intercalou períodos nos quais houve controle de maioria
judaica com outros nos quais houve maioria islâmica;

 Diásporas judaicas → deslocamentos em massa em função de aspectos políticos ou


culturais (por exemplo, a diáspora de Moisés do Egito até Israel);

 Sionismo → necessidade de um Estado está associada à perda da soberania sobre os


territórios e tradições judaicas.

Pogroms (século XIX/XX) → perseguições a judeus, como os ocorridos durante o


Império Russo;

Tentativas → para a criação de áreas com autonomia política de maioria judaica,


como a de Birobidjan, na União Soviética, em 1934;

 Império Otomano →controle da região (1517-1917).

Mandato Britânico da Palestina → com a derrota do Império Otomano após a I


Guerra Mundial, o Reino Unido (com intermédio da Liga da Nações) assume o
controle da região;

 1947 → resolução da ONU para definir a criação do Estado de Israel e guerra de


independência;

 1948 → criação do Estado de Israel.

304 | P á g i n a
AULA 187:
Israel x Palestina: Conflitos (Parte 1)

Redefinição de 1948:
A constituição do Estado de Israel, o reconhecimento por parte da ONU e de várias nações não
soluciona as tensões entre judeus e árabes palestinos.

305 | P á g i n a
AULA 188:
Israel x Palestina: Conflitos (Parte 2)

306 | P á g i n a
AULA 189:
Israel x Palestina: Questões Atuais

Impasses no pós-1994:
A criação da Autoridade Nacional Palestina, as expectativas de redefinição pacífica dos
territórios e de convivência pacífica entre árabes e judeus esbarraram em alguns pontos
importantes.
 Controle de Jerusalém → considerada sagrada, tanto para judeus quanto para
muçulmanos;

 Mananciais → controle das fontes de recursos hídricos, especialmente nas regiões das
Colinas de Golã e da Cisjordânia;

 Terrorismo → grupos que não aceitavam negociar nos termos dos acordos;

 Refugiados → palestinos sem um Estado juridicamente reconhecido;

 Colônias judaicas → compra de terras para a formação de maiorias israelenses, em


territórios reivindicados pela ANP;

 Segunda Intifada (2000) → novo movimento em função dos impasses nos acordos, com
atuação de grupos políticos (Fatah, Hamas);

 Muro → construção, de 635 km na fronteira c/ Cisjordânia (2004), provocando o


isolamento de territórios com ocupação palestina;

 2005 → acordo para devolver a Faixa de Gaza para Palestinos;

 Estado não membro reconhecido pela ONU (2012), embora sem reconhecimento por
alguns países;

 Terrorismo → com os reflexos da atuação de grupos terroristas no Afeganistão, há a


influência em práticas terroristas na área.

307 | P á g i n a
AULA 190:
Índia x Paquistão; Caxemira

Entre três fronteiras:


A região da Caxemira, foco de importantes tensões políticas no continente asiático, está entre a
Índia, o Paquistão e a China, países populosos, de economia forte e detentores de tecnologia
nuclear.
 Independência → até 1947, Índia e Paquistão eram partes do Império Britânico. Após os
conflitos por autonomia (1947-1948), são criados os dois Estados;

 Jammu-Caxemira → anexação indiana da região para incorporá-la aos seus domínios.


Uma parte da população não se sente representada no Parlamento indiano;

 2002 → tensões Índia e Paquistão, por conta do potencial para uso de armas nucleares
pelos dois países.

Fatores de tensão:
 Questões étnicas → aproximadamente 75% da população segue os princípios do
islamismo;

 Questões militares →presença de tecnologia para enriquecimento de urânio e produção


de arsenal nuclear. A região foi alvo de testes nos anos 1990;

 Separatismo → movimentos pela independência;

 Terrorismo → com os reflexos da atuação de grupos terroristas no Afeganistão, há a


influência em práticas terroristas na área.

308 | P á g i n a
AULA 191:
Primavera Árabe: O Islamismo

Culturas escritas:
- Livros sagrados e origens comuns:
 Bíblia;

 Torá;

 Alcorão:

Passagens do antigo testamento.

Século VII:
 Ascensão de Maomé (Mohammad):

Revelação;

Hégira e expansão (622) → de Meca para Medina;

 Expansão do Islã.

Vertentes:
 Sunitas (75% - 90%)

Suna;

Transformações do mundo e atualização.

 Xiitas (10%-25%)

Sucessores de Ali;

Conservação das interpretações.

309 | P á g i n a
AULA 192:
Primavera Árabe: Sunitas x Xiitas

Islamismo:
→ Diferentes correntes e interpretações do Alcorão.

Questões culturais e étnicas:


 Árabes;

 Persas;

 Pashtuns;

 Tadjiques;

 Usbeques;

 Sírios;

 Libaneses.

Questões históricas:
 Expansão política;

 Contatos culturais

Ex: Ocidente.

Algumas vertentes:
 Sunitas;

 Xiitas;

 Carijistas;

 Sufis.

310 | P á g i n a
Sunismo:
 75% a 90% dos mulçumanos;

 Suna → povos da tradição de Maomé;

 Califas sucessores;

 Escolas de pensamento;

 Califas eleitos (podem ser) pela comunidade;

 Transformações do mundo.

Xiismo:
 10% a 20% dos mulçumanos;

 Herdeiros legítimos (fator de sucessão, desentendes de Maomé);

 Antigas interpretações do Alcorão (tradições);

 Pureza de princípios / conduta;

 Sharia (lei islâmica).

311 | P á g i n a
AULA 193:
Primavera Árabe: Nacionalismo Árabe

Cultura e História:
 Língua;

 Literatura;

 Ciência e tecnologia;

 Política;

 Religião.

Fortalecimento político:
 Pan-arabismo:

Cooperação econômica, política e cultural;

União política;

 Influência ocidental Negativa.

Secularismo, nacionalismo, estativismo:


 Visões;

 Influências da Liga árabe (1945);

 Nasserismo (anos 50/60).

Influências do Islã:
Ex: formação do Estado Islâmico.

312 | P á g i n a
AULA 194:
Primavera Árabe: Jihadistas

Jihad:
 Contra instintos para construir uma sociedade justa OU contra os infiéis;

 Jihad é diferente de Guerra Santa.

Sharia:
 Lei islâmica:

Práticas políticas derivadas do islamismo;

 Islã em vários aspectos da vida.

Visões mais ortodoxas:


 Reino do Islã (Dar Al-Islam);

 Reino da guerra (Dar Al-Harb).

Grupos políticos defensores:


 Boko Haram (NIG);

 Movimento islâmico (UZB);

 Al-Qaeda:

Objetivo: um Estado Islâmico imenso;

Califado;

 Estado Islâmico:

Do Leste da Síria ao Oeste do Iraque.

313 | P á g i n a
AULA 195:
Primavera Árabe: Grupos Políticos

Atuação política:
- Grupos que desejam assumir o poder.

Diferentes campos de atuação:


 Grupos armados/paramilitares;

 Serviços sociais;

 Instrução religiosa;

 Partidos políticos.

Orientação religiosa:
 Islã: vertentes do Alcorão.

Hamas (Movimento de resistência islâmico):


 Organização sunita;

 Início → projetos sociais e religiosos

Financiamento (síria, Arábia Saudita, Israel);

 Objetivo → restaurar a Palestina histórica

Não reconhece Israel;

 Ações terroristas

Anos 90 (até 2005);

 Divergências entre Hamas (assentos no parlamento palestino) e Fatah;

 Inicialmente pregando discurso conciliados (judeus, cristãos, mulçumanos).

314 | P á g i n a
Fatah (Movimento de libertação nacional da Palestina):
 Nacionalismo laico (orientação de esquerda);

 Yasser Arafat (fundador);

 Atual oposição na ANP.

Hizbollah (Partido de Deus):


 Líbano;

 Orientação xiita;

 Opera serviços sociais;

 Criada como resistência à invasão de Israel (1982);

 Objetivo → Regime islâmico (influência de Khomeini);

 Estrutura complexa;

 Envolvimento na Síria (guerra civil).

Irmandade Muçulmana (Sociedade de irmãos mulçumanos):


 Fundação → Egito (1928);

 Restaurar os ensinamentos do Alcorão:

Sem influências ocidentais;

 Atuação em vários países;

 Sharia;

 Unir países de maioria mulçumana;

 Estrutura ampla.

Al-Qaeda:
 Organização invoca a Jihad;

 Bin Laden (líder);

315 | P á g i n a
 Revolução Islâmica armada;

 Restabelecimento do califado;

 Envolvimento em vários ataques

Ex: ataque de 11 de setembro.

316 | P á g i n a
AULA 196:
Primavera Árabe: Estado Islâmico

Movimento Jihadista:
Formado no Iraque.
- Califado islâmico (Síria/Iraque).
 Adoção da Sharia (Lei islâmica);

 Reivindicam território de maiorias islâmicas e/ou com ligações históricas (expansão do I


milênio d.C.);

 Califa → sucessor de Mohammad.

Estrutura complexa:
 Divisões administrativas;

 Estrutura militar;

 Comunicações.

Formação:
 Grupos insurgentes

Ex = Al-Qaeda.

Algumas ações:
 Proselitismo religioso;

 Jihad (invocação);

 Sharia.

317 | P á g i n a
AULA 197:
Primavera Árabe: Panorama Geral

Protesto de Fogo:
- Dez/2010
 Mohamed Bouazizi (Tunísia) - Imolação;

 Protestos contra a corrupção e as más condições de vida dos jovens

Desemprego;

Ausência de liberdade.

Reinvindicações:
- Fim dos governos/ditaduras (Tunísia, Líbia, Egito).
- Outros protestos → Argélia, Jordânia, Egito, Iêmen.
 Bahrain

Maioria xiitas e repressão do Exército;

 Síria

Bashar Assad:

 Repressão;

 Guerra civil;

 Líbia

Muammar Al-Gaddafi → captura e morte por civis;

 Egito

Hosni Mubarak → renunciou;


Protestos da praça Tahir.

Papel das redes sociais e da internet nos protestos.

318 | P á g i n a
AULA 198:
Primavera Árabe: Egito (Parte 1)

Inspiração Tunisiana:
 Protesto derivados da revolta da Tunísia.

Situação socioeconômica/ política:


 Hosni Mubarak → no poder desde 1981;

 Regime de partido único;

 Apoio dos EUA e aliado de Israel;

 Repressão à militantes islâmicos;

 Questões sucessórias

Gamal Mubarak.

Estado político:
 Assassinato do presidente Sadat;

 Estado em emergência desde 1981;

 Ditadura;

 Eleição de 2010 conturbada;

 Corrupção e problemas estruturais.

319 | P á g i n a
AULA 199:
Primavera Árabe: Egito (Parte 2)

 Ecos da Tunísia

Insatisfação com situação econômica e política;

 Ditadura

Hosni Mubarak no poder desde 1981;

Estado de emergência;

 Problemas políticos e socioeconômicos

Desemprego;

Inflação;

Violência de Estado;

Falta de liberdade (censura);

Corrupção;

Demografia;

 País populoso → 83 milhões de habitantes;

 Poucas áreas férteis

Ex: Vale do Nilo.

25/01/11:
 “Dia da Revolta”

Cairo, Suez, Alexandria.

28/01/11:
 “Sexta feira da ira”

320 | P á g i n a
Tomada das ruas no país;

Bloqueio de internet e serviços de telefonia.

29/01/11:
 Toque de recolher e desobediência civil.

Fevereiro de 2011:
 Praça Tahir;

 Pressão popular;

 Forças de oposição.

11/02/11:
 Renúncia de Hosni Mubarak.

Repercussões:
 Concessões à população em outros países da região.

321 | P á g i n a
AULA 200:
Primavera Árabe: Líbia (Parte 1)

Problemas políticos:
 Centralização

Muamar Al-Gaddaf → mais de 4 décadas no poder (1969-2011).

Questões Socioeconômicas:
 Elevado desemprego

Entre jovens e mulheres;

 Disparidades sociais;

 Controle econômico familiar;

 Repressão política e ideológica;

 Corrupção;

 Violência e violação dos direitos humanos.

Crescimento de oposição:
 Tentativas de assassinato.

Influências tunisianas:
 Acúmulo de bens

U$70 bilhões (estimados);

 Protestos pelo país

Apoio da oposição.

322 | P á g i n a
AULA 201:
Primavera Árabe: Líbia (Parte 2)

Jamahiriya árabe:
“Estado de massas”
 Comitês populares e congresso geral do povo.

Divergências:
 Estado autocrático;

 Corrupção;

 Nepotismo.

Reflexos:
 Manifestações (Trípoli, Benghazi);

 Tentativas de amenizar as insatisfações;

 Medidas econômicas sociais;

 Repressão às manifestações, censura (internet, TV);

 Grupos de oposição

Conferência nacional para oposição da Líbia (CNOL);

Frente nacional para salvação da Líbia (FNSL).

Fevereiro de 2011:
 Primeiras manifestações;

 Sanções econômicas.

Tribunal Penal Internacional:


 Mandato de captura e prisão.

323 | P á g i n a
- Atuação das forças rebeldes para capturar cidades e chegar à Trípoli.

20/10/11:
 Morte de Gaddafi.

Novo governo:
 Não consegue estabilidade.

324 | P á g i n a
AULA 202:
Primavera Árabe: Síria (Parte 1)

Estado de emergência:
 Maior liberdade para decisões do executivo

Autoritarismo;

 Partido Baath

Hafez Al-Assad (por 30 anos);

Unipartidarismo.

2000:
 Bashar Al-Assad (filho).

Reflexos da Tunísia:
 Insatisfação com regime.

Motivações:
 Desemprego

Especialmente jovens;

 Disparidades sociais;

 Autoritarismo / repressão;

 Situação política.

Ascensão de grupos de oposição e manifestações:


 Oposição;

 Curdos;

 Estado islâmico.

325 | P á g i n a
Janeiro à Março de 2011:
 Elevado número de mortos;

 Conflito civil.

326 | P á g i n a
AULA 203:
Primavera Árabe: Síria (Parte 2)

Insatisfação Síria:
 Centralização (Bashar Al-Assad);

 Problemas socioeconômicos;

 Reflexos da Tunísia.

Janeiro à Março de 2011:


 Onda de manifestações;

 Forte repressão policial.

Tentativas de estabilização:
 Nova Constituição (2012);

 Eleições para 2014

Contestação internacional;

88,7% dos votos para o Assad.

Atuação de grupos contrários:


 Ex → Estado Islâmico;

 Apoio ocidental recente a Bashar Al-Assad.

327 | P á g i n a
AULA 204:
Conflitos na África: África do Sul
Disputas étnicas:
- Processo de colonização:
 Holandeses (séc XVII);

 Ingleses (séc XIX);

 Bôeres (Africanêres)

Franceses, holandeses, alemães e flamengos;

 Grupos autóctones

Xhosa, Zulu, bosquímanos.


→ Redefinições a partir do controle britânico.

Guerra dos Boêres (1899-1902):


- Predomínio britânico e questões racialistas.

Independência e segregação (institucional):


 Brancos;

 Negros;

 Mestiços;

 Indianos.

APARTHEID:
 Bantustões → Território para negros

 Townships → Periferia das cidades, vilas e centros econômicos.

Separação racial (apartheid):


Brancos (alto padrão de vida) - Mestiços indianos e negros (baixo padrão de vida)

328 | P á g i n a
 Boicote internacional;

 Resistências.

Racismo e privilégios:
→ União sul-africana e predomínio branco.
- Subjugou grupos:
 Negros;

 Mestiços;

 De outras colônias.

1948 – Políticas de Estado:


 Classificação racial (1950);

 Perda de cidadania (não-brancos);

 Bantistões e tonwships

Anos 1970 – Acirramento do apartheid:


 Bantistões:

Segregação política e social;

Territórios para não-cidadãos;

 Tentativas de enfraquecer grupos étnicos (zulus, bantos, xhosa, etc).

Pressão internacional, resistências e fim do apartheid (1994):


Figuras proeminentes → Nelson Mandela, Desmond Tutu, Steve Biko.

Pós-apartheid:
 Disparidades sociais (negros/brancos/outros grupos étnicos);

 Questões étnicas;

 Violência.
329 | P á g i n a
AULA 205:
Conflitos na África: Ruanda/ Burundi
Pós- Primeira Guerra:
 Unificação Burundi/ Ruanda.

Grupos étnicos:
 Hutus

Grupo majoritário;

 Tutsis

Grupo minoritário;

Líderes em Ruanda depois da independência da Bélgica.

Questões socioeconômicas:
 Escassez de terras férteis;

 Dependência agrícola;

 Crise humanitária (alimentos).

Tentativa de coalizão e impasse:


 Governo com membros hutus e tutsis;

 Apoio militar aos hutus:

Treinamento;

Fornecimento de armas.

Genocídio (1994):
 Morte do presidente (Hutus);  Refugiados;

 Milícias hutus:  Violência e resultados:

Genocídio generalizado; 1 milhão de mortes.


330 | P á g i n a
AULA 206:
Conflitos na África: Serra Leoa

Ex-colônia britânica:
→ Independência e instabilidade:
 Politica;

 Econômica;

 Social.

Formação de grupos extremistas:


 Ex → RUF (Frente Revolucionária Unida)

Promessas de melhorias na distribuição de renda;

 Controle no interior

Milícias (especialmente onde havia diamantes);

 Diamantes de sangue

Financiamento de milícias / armas.

Golpe de Estado (1992):


Conflitos (1991-2002):
 Várias ofensivas entre RUF e governos;

 Estimadas 80 mil mortes;

 Estimados 2 milhões de refugiados.

331 | P á g i n a
AULA 207:
Conflitos na África: Nigéria

Diversidade Étnica:
 Estimadas 500 etnias conhecidas

Iorubás;

Hauçás;

Igbos;

 Contato pré-coloniais

Islâmicos;

Povos do norte;

Rotas comerciais.

Incursões europeias:
 Tráfico de escravos;

 Colonização britânica (1886):

Unificação de territórios: desconsideração de fronteiras étnicas.

Período republicano (pós-1960):


- Golpes militares e ditaduras
 Golpes de 1966

Federalização;

 República de Biafra (1967)

Guerra civil:

 Apoio por causa dos campos petrolíferos;

332 | P á g i n a
 Catástrofe humanitária;

 Golpe de 1983 (até 1999).

Outras motivações (instabilidade):


 Questões étnicas;

 Corrupção;

 Movimentos radicais

Ex → Boko Haram;

 Conflitos no delta do rio Níger:

Petróleo / multinacionais;

Etnias;

Grupos políticos e paramilitares.

Questões étnicas:
Instabilidade política, econômica e social.

Eventos contemporâneos:
- Conflitos no Delta do rio Níger
 Estados do Sul;

 Interesses do setor petrolífero;

 Grupos étnicos e movimentos organizados

Grupos paramilitares;

 Estado nigeriano;

 Violações dos Direitos Humanos.

Movimentos islâmicos:
 Especialmente no norte do país;

333 | P á g i n a
 Estabelecimento de um estado islâmico

Sharia;

 Boko Haram - principal grupo.

Direitos Humanos:
Violência derivada dos conflitos envolvendo Estado, grupos étnicos e paramilitares radicais.

334 | P á g i n a
AULA 208:
Conflitos na África: Sudão e Sudão do Sul

 Nação jovem → criada em 2011.

Separatismo:
 Insatisfações do pós- independência do Sudão;

 Ex-colônia britânica.

Guerra civil sudanesa (1955-1972):


 Aproximadamente 500 mil baixas.

Segunda guerra civil sudanesa (1983-2005):


 Governo mulçumano (norte) e tentativa de imposição da sharia no sul (de maioria cristã);

 Aproximadamente 2 milhões de baixas;

 Aproximadamente 4 milhões de refugiados

Acordo de paz (2005) e Referendo de 2011:


- Interesses pretrolíferos
 75% do petróleo (antigo Sudão);

 98% das receitas.

335 | P á g i n a
AULA 209:
Conflitos na África: Darfur

Entre fronteiras:
 Sudão:

Foco de maior tensão;

 Líbia;

 Chade;

 República Centro – Africana.

Entre etnias:
 Populações árabes

Apoio de Cartum;

 Populações não-árabes.

Apoio sudanês às milícias:


 Estado pró-sharia;

 Ex → Janjawid.

2003 – Início do conflito:


 Maioria da população é mulçumana

Motivos étnicos mais evidentes;

 Ações violentas;

 Sequestros.

2006 – Tentativas de envios de força de paz:


 Não-genocídio (segundo ONU);

336 | P á g i n a
 Possível lobby chinês;

 Aproximadamente 500 mil mortes;

 Aproximadamente 3 milhões de desabrigados.

AULA 210:
Tensão nas Coreias: Histórico

Território unificado e ocupado:


 Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895).

Anexação em 1910;

Rivalidades entre Japão e China pelo controle da Coreia;

 Guerra Russo-Japonesa;

 Domínio japonês e protetorado (1910-1945);

 Invasão soviética (1945), na região do paralelo 38º: zonas de ocupação entre URSS e EUA.

Norte (socialista): setembro de 1948;

Sul (capitalista): agosto de 1948;

 Tensões entre norte e sul: Guerra da Coreia (1950-1953).

Permanência da separação entre Norte e Sul.

337 | P á g i n a
AULA 211:
Tensão nas Coreias: Contexto Contemporâneo

Fim da Guerra Fria:


 Coreia do Norte → maior isolamento político e econômico e decréscimo dos indicadores
socioeconômicos;

 Coreia do Sul → crescimento econômico e melhorias nos indicadores sociais;

 Reaproximação (anos 1990) → tentativas de diálogo para o fim das tensões, reestabelecer
relações diplomáticas e uma possível reunificação.

338 | P á g i n a
AULA 212:
China: Aspectos Naturais

Entre o Himalaia e o deltas do Leste:


Por ser um dos países com maior área territorial do planeta, a China apresenta grande
diversidade de paisagens e domínios naturais.

Principais características:
 Cordilheira do Himalaia → associada a dobramentos modernos do Cretáceo superior
(cerca de 70 m.a.a.p.), no contato entre a Placa Eurasiática e a Placa Indiana;

 Glaciares nas altas montanhas, formando parte da criosfera;

 Recarga de bacias → rios formados nas áreas planálticas do oeste (Tibete, por exemplo),
como o Yang-Tsé-Kiang (Azul) e o Hoang-Ho(Amarelo);

 Planaltos desérticos e semidesérticos → Tibete (noroeste), Takla Makan (noroeste) e


Deserto de Gobi (nordeste);

 Planícies temperadas;

 Planícies do Leste e Sudeste;

 Atuação das monções;

 Atuação de massas de ar, como da Sibéria, por exemplo.

Domínios subtropicais (sudeste/leste);

Domínios temperados (oeste/norte);

Estepes, áreas desérticas e semidesérticas (oeste/norte).

339 | P á g i n a
AULA 213:
China: Aspectos Socioeconômicos

Formigueiro humano:
Com aproximadamente 1 bilhão e 350 milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do
mundo, com quase um quinto da população mundial, embora as densidades demográficas
apresentem grandes diferenças regionais.
 Densidade demográfica nacional → cerca de 140 hab/km²;

 Controle de natalidade → necessidade de planejamento familiar, que enfrenta questões


culturais, como a preferência por filhos homens;

 Evidências de civilizações antigas → associadas a algumas das mais antigas formas de


civilização humana;

 China do Leste e Manchúria → maiores densidades demográficas, que costumam ser


denominadas de formigueiros humanos.

Ocupação ao longo dos rios;

Evolução política, econômica e cultural, fomentando a expansão populacional.

China pós-revolucionária:
Em 1949, o país se transforma em uma república socialista.
 Grande Salto Adiante;

 Revolução Cultural;

 Reformas (pós-1976): economia e criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs).

Um país, dois sistemas:


- Apesar da orientação socialista, comandada pelo Partido Comunista Chinês (PCC), a China
adota uma postura econômica pragmática capitalista para o crescimento.
 Planejamento estatal → economia planificada, orientada pelo Estado, mas com vistas à
entrada no universo capitalista.

Principais características:

340 | P á g i n a
 Maior produção agrícola do mundo;

 Poucas terras aráveis, com elevado aproveitamento;

 Grande população rural;

 Plataforma de exportação → produzir de tudo, a custo baixo e preços competitivos.

Vantagens → mão de obra barata e abundante, infraestrutura favorável e baixo


custo de produção;

 Segunda economia do planeta, com aproximadamente US$9,24 trilhões.

Crescimento econômico → cerca de 10% ano;

Reservas em moeda estrangeira;

 Mercado consumidor, que ainda tem grande potencial de crescimento, pois muitos
chineses ainda não têm um padrão de consumo semelhante ao da classe média;

Desafios → distribuição de renda, liberdades políticas e manutenção do


crescimento econômico.

341 | P á g i n a
AULA 214:
China: Relações Internacionais e Geopolítica de
Pequim
Negócio da China:
Embora o sucesso econômico chinês seja recente, em outros momentos a região possuiu uma
dinâmica comercial bastante complexa e que atraiu as atenções de outras partes do mundo.
 Fases da história contemporânea chinesa → Colonialismo, Primeira República e
República Popular Socialista.

Perfil geopolítico e econômico:


 Era Xiaoping → mudanças na estrutura econômica (um país, dois sistemas);

 Internacionalização econômica e política:

 Peso econômico → formação de multinacionais chinesas e acúmulo de reservas


internacionais em moedas estrangeiras;

 Peso militar → maior exército do mundo, em número de reservistas, arsenal nuclear e


participação como membro do Conselho de Segurança da ONU (com poder de veto);

 Conflitos internos, que põem em xeque a estabilidade política do país.

342 | P á g i n a
AULA 215:
Conflito no Bálcãs: Histórico

Redivisões:
A região que formava a Iugoslávia, no leste europeu, passou por diversas mudanças políticas e
configurações de divisas durante o século XX e início do século XXI, devido a diferenças étnicas,
culturais, de idioma e econômicas.
 Península Balcânica → concentra diferentes etnias, entre sérvios, croatas e eslovenos,
por exemplo.

Antecedentes:
A unificação da Iugoslávia esteve ligada às repercussões da I Guerra Mundial e o fim do Império
Austro-Húngaro e Otomano.
 Estado monárquico (1918-1941) → forma-se o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que
posteriormente (1929) torna-se Reino da Iugoslávia;

 Reino da Iugoslávia (1929) → Croácia, Eslovênia, Bósnia, Herzegovina, Montenegro, Reino


da Sérvia;

Alguns territórios em litígio → Dalmácia, Piemonte italiano, áreas austríacas e


húngaras;

Tensões entre sérvios e croatas → governo com orientação e composição de


maioria sérvia, além de questões culturais;

 Alexandre I (1929-1934) → funda formalmente o Reino da Iugoslávia;

 Regência (1934-1941) → período de instabilidade política e alinhamento com os países do


Eixo. O enfraquecimento da Iugoslávia durante a II Guerra contribui para o fim do período
monárquico.

343 | P á g i n a
AULA 216:
Conflito no Bálcãs: Formação (Período Socialista)

Enfraquecimento monárquico:
O enfraquecimento da monarquia e o alinhamento com os países do Eixo durante a II Guerra
contribuíram para a instabilidade política iugoslava. Com a aproximação do país ao bloco
soviético e a ascensão do regime de Tito, houve uma nova fase de unificação.

Efeitos da II Guerra:
 1945-1992 → república;

 Alinhamento com os países do Eixo → a derrota do bloco na Segunda Guerra também


provoca instabilidade política e econômica na Iugoslávia;

 Breve fragmentação do território;

 Marechal Tito (1945-1980) → líder político que surge com a função de reunificar e
fortalecer a Iugoslávia;

 Alinhamento inicial com o bloco soviético, até o fim dos anos 1940;

 Rompimento → caminho independente, após a dissociação com o bloco soviético.

Derrocada socialista:
O enfraquecimento do sistema socialista nos anos 1980 também provocou efeitos negativos para
a Iugoslávia.
 Nacionalismos;

 Conflitos étnicos.

344 | P á g i n a
AULA 217:
Conflito no Bálcãs: Dissolução nos Balcãs

Tensões étnicas:
- O fim da força centralista de Marechal Tito (1980), a derrocada do socialismo soviético e o
surgimento de sentimentos nacionalistas contribuíram para os processos de dissolução.
 Conflitos étnicos → por exemplo, entre Voivodina (maioria de etnia sérvia) e Kosovo
(maioria de etnia albanesa);

 Ascensão de Slobodan Milošević (1989) → tentativa de centralização política em favor dos


territórios para a etnia sérvia;

 Independências → Eslovênia, Croácia, Bósnia, no início dos anos 1990;

 Guerra da Bósnia (1992-1995) → desejo por um processo de independência;

Confronto com as ideias de Milošević, que desejava estabelecer a Bósnia como


parte da Sérvia;

Necessidade de intervenção da OTAN e das Nações Unidas para o fim do conflito;

 Separatismo no Kosovo (a partir de 1999):

Fazia parte da Iugoslávia a partir da ascensão de Milošević;

Região de maioria étnica albanesa;

Declaração de independência por parte dos kosovares, em 2008;

A independência não é reconhecida por muitos países, incluindo o Brasil.

345 | P á g i n a
AULA 218:
Conflitos na Espanha: Questões Regionais e
Conflitos
Diferentes correntes:
A formação da Espanha possui as contribuições de diferentes heranças culturais, idiomas,
costumes, bem como de inúmeras correntes migratórias que se dirigiram para a Península
Ibérica.
 Principais correntes migratórias: celtas, fenícios, cartagineses, gregos, romanos,
visigodos, vândalos, bizantinos, mouros;

 Embora seja um país com território politicamente definido, a relativa autonomia de


algumas comunidades (similares aos Estados brasileiros) ocorre por conta de questões
étnicas e históricas, anteriores à unificação (da Reconquista, em 1492):

Antes da formação → redefinições de território, unificações e guerras;

Catalunha → origem no Reino de Aragão, com ocupação a partir de correntes


migratórias visigóticas;

Galícia → Galiza, região de origem do galego-português, e correntes migratórias


celtas e de suevos;

Navarra/País Basco → correntes migratórias de visigodos, francos e germânicos;

Andaluzia → reinos de Sevilha, Córdoba, Reino de Granada.

346 | P á g i n a
AULA 219:
Conflitos na Espanha: Movimentos Nacionalistas

347 | P á g i n a
AULA 220:
Conflitos na Irlanda: Contexto Histórico

Parte da ilhas britânicas:


A construção da nação irlandesa tem ligações com a chegada dos primeiros povos às ilhas
britânicas, por volta de 8.000 a.C, além das correntes migratórias celtas, vikings e de outros
grupos que formaram a cultura inglesa e de outros grupos.
 Domínio inglês → por mais de sete séculos (século XII ao século XX), espalhando a cultura
inglesa e o protestantismo;

 1801-1922 → parte do Reino Unido, da Grã-Bretanha e Irlanda;

 Colonização → ingleses e escoceses ocuparam terras, para aumentar a presença na


região e afirmar a soberania;

 Religião → Reforma inglesa, com a expulsão dos católicos e deslocamento de colonos


para para áreas cada vez menores;

 Questões religiosas → conflitos entre católicos irlandeses e protestantes britânicos:

Colônias inglesas;

Supressão parlamentar (século XVIII/XIX): banimento da ala católica e aumento do


desejo de separação;

 Secessionismo e independência → Defesa da autonomia republicana. Nacionalistas


(católicos), no norte, e unionistas (protestantes), no sul;

 1922 → independência (em 1937, formalização da República da Irlanda).

348 | P á g i n a
AULA 221:
Conflitos na Irlanda: IRA

Grupo paramilitar:
Formado em função do processo de independência em 1922, para acabar com o domínio inglês na
região e da influência do protestantismo britânico. Separatismo e integração Norte/Sul.
 Orientação católica;

 Ligações políticas com o partido Sinn Féin (“nós próprios”, em gaélico);

 Reintegração → separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e união das duas Irlandas:

Maior igualdade religiosa → 75% da população da Irlanda do Norte (protestante);

Domingo Sangrento (1972);

Terrorismo (ação) → aprox. 3500 mortes.

349 | P á g i n a
AULA 222:
Conflitos na Rússia: Questões Históricas

Origens:
As tensões étnicas presentes atualmente têm relações com o processo histórico de expansão
política do território russo por diferentes povos e culturas.
 Império Russo → formado no século XVIII, chegou a ser a maior e mais populosa unidade
política do mundo, abrangendo territórios da Europa do Leste, da Ásia até a América
(Alasca, depois vendida para os Estados Unidos em 1867);

 Formação da União Soviética (1917-1991) → centralização política e supressão das


questões étnicas em favor da unidade do Estado;

 Formação da Federação Russa → a dissolução da URSS não conseguiu atenuar as


divergências de origem étnica, mesmo concedendo maior autonomia para algumas
regiões;

 Diferentes etnias → vários povos com tradições culturais, religiosas e valores diferentes,
convivendo sob a unidade do Estado russo;

 Divisões políticas → fazer com que interesses conflitantes e o desejo de separatismo


sejam reduzidos com a concessão de maior autonomia administrativa.

Existência de repúblicas, óblasts, krais, cidades federais;

 Separatismos → sentimentos nacionalistas e de questões étnico-culturais que


contribuem para movimentos de autonomia.

Ossétia do Sul, Daguestão, Chechênia, Cáucaso, Ucrânia: áreas de tensão.

350 | P á g i n a
AULA 223:
Conflitos na Rússia: Cáucaso do Norte/ Chechênia

Entre Europa e Ásia:


A região próxima à cadeia montanhosa do Cáucaso é uma área considerada estratégica por estar
entre a Ásia, o Oriente Médio e a Europa, bem como às regiões do Mar Negro e do Mar Cáspio,
importantes para as atividades marítimas.
 Ciscaucásia → a expansão do Império Russo para a “russificação” de toda a área, no século
XVIII;

 Região estratégica → existência de jazidas petrolíferas, de gás natural, manganês e


outros minerais metálicos. Além disso, importantes dutos (oleodutos e gasodutos) que
passam pela região abastecem boa parte da demanda da Europa por energia;

 Várias repúblicas na região do Cáucaso → Chechênia, Inguchétia, Daguestão, Calmúquia,


etc.

Inguchétia:
Nesta república, há um conflito entre ativistas que evocam a supressão de direitos humanos e
desejo por maior liberdade, e o governo russo, que considera essas manifestações como uma
guerra civil.
 Grupos islâmicos → Ingush Jammat (na Inguchétia) e Yarmuk Jammat (em Rabardino-
Balkaria), que desejam influência maior na política e autonomia, com uma lei islâmica;

 Frente do Cáucaso (2005) → grupos paramilitares, tentativa de ascendo o poder para


montar um emirado.
Chechênia:
Após a dissolução da União Soviética, a Chechênia chegou a se autodeclarar independente, em
1991.
 Tentativa de consolidação (1994-2003) → cerca de 150 mil baixas durante as lutas por
autonomia;

 Dutos → alguns dos dutos russos mais importantes para a Europa passam por essa
região;

 Guerra civil (1994-1995) → cerca de 40 mil soldados russos para conter o conflito na
região;

 1999-2000 → nova guerra civil;


351 | P á g i n a
 2003 → referendo local, no qual vence o reconhecimento da Chechênia como integrante
da Federação Russa, sob forte;

 2004 → atentado em Beslan. Uma escola alvo de atentado terrorista, assumido por grupos
pró-independência da Chechênia.

352 | P á g i n a
AULA 224:
Conflitos na Rússia: Ossétia do Sul

Territórios na Geórgia e na Rússia:


As tensões entre Ossétia do Norte, Ossétia do Sul e a Abecásia envolvem territórios russos e da
Geórgia.
 Ossétia do Norte → é parte do território russo;

 Ossétia do Sul → a formação desse Estado não é reconhecida pela maior parte da
comunidade internacional (especialmente pela ONU e a OTAN), sendo considerada parte
da Geórgia;

 Questões étnicas → heranças da cultura dos ossetas trazem laços comuns entre norte e
sul;

 Declaração de independência → ocorrida durante a dissolução do bloco soviético;

 2006 → referendo para perguntar à população sobre o desejo de independência da Ossétia


do Sul;

 Intervenção georgiana → a Ossétia do Sul recebe tropas para conter os favoráveis à


independência.

Apoio dos EUA e da OTAN para as tropas da Geórgia, em conflito com tropas
formadas pela Ossétia do Sul favoráveis à independência, apoiadas pelo exército
russo;

 Reconhecimento russo da independência (2008) → críticas da ONU e da OTAN, por


acreditarem que são pressões de grupos separatistas atuantes na região, como grupos
chechenos. A Rússia também reconheceu a autonomia da Abecásia, outra região que não
deseja ser parte da Geórgia;

 Tentativa de unificação norte-sul → movimentos por setores da população que defendem


a ideia de uma Ossétia unida.

353 | P á g i n a
AULA 225:
Conflitos na Rússia: Daguestão

Região autônoma:
Em 1999, a República do Daguestão se autodeclarou independente, criando tensões com o
governo de Moscou.
 Área mais populosa do Cáucaso → importantes cidades na região (Makhachkala e
Derbent, por exemplo);

 Estratégica → jazidas de petróleo e gás natural, além de zonas portuárias no Mar Cáspio.

Resistências → associadas a grupos islâmicos (a maior parte da população é


adepta do islamismo sunita) que desejam um Estado baseado na lei islâmica, há
movimentos de guerrilha para resistir às pressões russas;

Conflitos com a Chechênia → para tentar controlar o transporte e os preços dos


recursos petrolíferos que passam pela região.

354 | P á g i n a
AULA 226:
Conflitos na Rússia: Crise da Criméia

Área estratégica:
- A região da Crimeia está em uma península entre o Mar Negro e o Mar de Azov, alvo histórico de
disputas (gregos, godos, hunos, no Principado de Kiev, Império Otomano) em função de ser uma
passagem estratégica entre a Rússia e a Europa.
 Considerada província autônoma (Oblast) do território ucraniano;

 Fatores estratégicos → baías e portos, base militar russa na região, gasodutos e


oleodutos, ligação c/ o Mar Negro, Mediterrâneo e Bálcãs.

Fatores estratégicos e étnicos:


 Fatores estratégicos → frota russa no Mar Negro, importante estrategicamente para a
influência militar e comercial na região, controlando a passagem de embarcações e a
cobrança de frete;

 Fatores étnicos → a ocupação soviética contribuiu para a migração de muitos russos, que
acabaram por formar a maior parte da população favorável a anexação da Crimeia à
Rússia;

 Integração com a União Europeia → os favoráveis à manutenção da Crimeia como parte da


Ucrânia alegam que a manutenção da unidade traz os benefícios socioeconômicos da UE
para a região;

 Fragilidade econômica;

 Questões separatistas → movimentos em cidades como Donetsk e Lugansk, em 2014;

 Referendo (03/2014) → não-reconhecimento da anexação (ONU), por cerca de cem países,


e confrontos nas ruas. Mesmo com a anexação oficial em março de 2014, a Ucrânia
considera a região como uma zona ocupada.

355 | P á g i n a
AULA 227:
Conflitos na China: Contexto Geral

País atual:
A formação da China é resultante de um longo processo de encontros, separações e unificações.
 1949 → socialismo e República Popular da China:

Centralização política;

Supressão de aspectos culturais e étnicos (ex.: Revolução Cultural);

 Grupos étnicos → embora a etnia Han seja predominante (90%), há diversos grupos:

Em um país populoso, “apenas 10%” representam dezenas de milhões de pessoas;

Regiões autônomas.

356 | P á g i n a
AULA 228:
Conflitos na China: Regiões de Tensão

Principais áreas:

357 | P á g i n a
AULA 229:
Divisões Regionais Mundiais

Região - conceito chave:

O conceito de região é considerado essencial para a geografia, pois a regionalização mobiliza,


entre outras coisas, conhecimentos científicos, decisões políticas e questões culturais.

 Herança francesa → influências da geografia regional e de contribuições científicas


trazidas para o Brasil:

Vidal de La Blache (um dos principais geógrafos a conceituar a temática regional);

Primeiros cursos universitários de geografia no Brasil, com forte presença de


professores franceses (Universidade de São Paulo, 1934 e Universidade Federal do
Rio de Janeiro, 1935);

 Outras contribuições → Hettner, Hartshorne;

 Críticas à abordagem regional.

Diferentes visões regionais:

 Norte x Sul;

 Primeiro Mundo, Segundo Mundo, Terceiro Mundo;

 Países desenvolvidos x países em desenvolvimento.

358 | P á g i n a
AULA 230:
Países Andinos

Domínio da cordilheira:
A região da Cordilheira dos Andes, que cobre boa parte do oeste sul-americano, é formada por
cadeias montanhosas nas quais os processos de soerguimento são iniciados no Cenozoico (≈ 65
m.a.a.p).
 Dobramentos modernos → processos tectônicos;

 Altiplanos.

Características naturais:

 Maiores altitudes do continente;

 Transporte sedimentar;

 Influências sobre o clima:

Frio de montanha em áreas de maior altitude;

Latitude;

Altitude;

Maritimidade (ex.: Corrente de Humboldt – fria) / continentalidade;

Relevo;

Massas de ar;

 Algumas nascentes das principais bacias hidrográficas do continente → Amazônica, do


Orenoco, Platina;

 Domínios de vegetação:

Árido e semiárido;

Mediterrânea;

359 | P á g i n a
Florestas tropicais;

Altiplana.

População andina:

 Área de influência →Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela;

 Baixa densidade demográfica no interior.

Povoamento:

 Pré-colombiano → complexa rede de cidades, áreas rurais e infraestrutura;

 Colonização europeia → influência espanhola;

 Migrações africanas;

 Grupos recentes.

Características socioeconômicas:

 Commodities → participação do petróleo, de outros minerais e produtos do setor primário:

Petróleo → bacia do rio Orenoco, Equador;

Gás natural → Bolívia;

Cobre, Estanho → Chile;

Fruticultura → Equador;

Café → Colômbia;

Algodão → Peru;

Ferro, Zinco, Prata, Chumbo → Peru;

 Atividades industriais complementares:

Centros industriais;

Multinacionais;

360 | P á g i n a
Petróleo e gás natural;

 Diferentes níveis de IDH;

 Comunidade Andina de Nações e UNASUL.

361 | P á g i n a
AULA 231:
Países Platinos

Domínios das planícies e depressões:

Os países platinos possuem em seus domínios extensas áreas sedimentares de planícies e


depressões, formadas ao longo do Paleógeno e Neógeno (≤ 65 m.a.a.p.) e planaltos sedimentares
mais antigos.

Características naturais:

 Influências climáticas

Corrente das Malvinas (fria);

Massa Polar atlântica (mPa);

Massa Tropical continental (mTc);

Tipos climáticos → subtropical, temperado, árido/semiárido;

 Bacia Platina → drena grande parte das planícies e depressões da região

Rio da Prata;

Rio Paraguai;

Rio Paraná;

Rio Uruguai;

 Domínios de vegetação

Árido/semiárido;

Estepes e pradarias;

Floresta subtropical/formações de Mata Atlântica.

Países do Prata:
362 | P á g i n a
Os países platinos recebem essa denominação por serem drenados por cursos d’água na bacia do
Rio da Prata.

 Argentina, Uruguai e Paraguai: áreas formadas pelo antigo Vice-Reino do Rio da Prata;

 52 milhões de habitantes;

 Predomínio de população urbana (≈ 85%).

Características socioeconômicas:

 Parque industrial → Grande Buenos Aires

Diversificado;

Âmbito da industrialização tardia;

 Pecuária → Chaco, Pampas (grandes áreas p/ pecuária extensiva);

 Agricultura → cereais, algodão, vinicultura;

 Silvicultura → expansão no Uruguai e no Paraguai;

 MERCOSUL.

Integração do Cone Sul:


- Os projetos que culminaram com o MERCOSUL e, posteriormente, a UNASUL, buscavam uma
área de integração e circulação mais intensa de bens, serviços e pessoas.
 Tarifa Externa Comum(TEC);

 Livre comércio;

 Circulação de pessoas;

 1991 → Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai

1995 → entrada do bloco em vigor.

 UNASUL → ampliação do MERCOSUL para a América do Sul

Objetivos já contemplados pelo MERCOSUL;

Iniciativa para a Integração Regional Sul-Americana (IIRSA).

363 | P á g i n a
AULA 232:
México

Domínios das Sierras Madres:


- As extensas áreas planálticas que cortam o interior do território mexicano estão associadas a
dobramentos modernos resultantes de processos tectônicos formadores das Sierras Madres.
 Placa do Pacífico;

 Placa Americana;

 Vulcanismo;

 Pontos superiores a 5.000m de altitude;

 Compartimentos de relevo:

Sierra Madre Ocidental;

Sierra Madres Oriental;

Planalto Central Mexicano;

Planícies.

Características naturais:
 Climas da faixa intertropical

Correntes marítimas (da Califórnia, do Golfo);

Clima árido/semiárido → norte/Baja Califórnia;

Temperado de montanha → planalto;

Tropical → planícies;

 Formações vegetais

Desértica/semidesértica → xerófitas;

364 | P á g i n a
Vegetação de montanhas (rasteira) → Planalto Central;

Florestas tropicais → litoral atlântico;

Savanas → oeste;

 Rios de planalto → de curta extensão, exorreicos (cursos d’água do interior para o oceano).

Peso econômico e político:


Depois dos Estados Unidos e do Brasil, o México ocupa uma importância estratégica nas
Américas, em função de sua dimensão econômica e política para a região.
- Por questões geopolíticas e econômicas, o México tem sido incluído como país integrante da
América do Norte, especialmente a partir da criação do NAFTA. Porém, as características
socioeconômicas e culturais também fazem do México um país latino-americano.
 População → cerca de 120 milhões de habitantes (3ª maior da América);

 Quarto maior PIB do continente → cerca de US$1,2 trilhão em 2013, segundo o Fundo
Monetário Internacional (FMI);

 Parque industrial → o segundo maior da América Latina (atrás do Brasil).

Características socioeconômicas:
 Reflexos da reforma agrária (1910)

Desconcentração fundiária (ejidos);

Melhores terras p/ cultivos comerciais lucrativos (sisal, florestal, milho, arroz,


cana-de-açúcar, algodão, café);

Agricultura mecanizada do planalto;

Pecuária extensiva (norte);

 Recursos minerais → Ouro, prata, chumbo, zinco, ferro, cobre;

Suporte à indústria (siderurgia);

 Parque industrial;

 Novas áreas industriais

365 | P á g i n a
NAFTA;

Maquiladoras;

 Turismo.

AULA 233:
América Central e Caribe

América Central ístmica e América Central insular:

366 | P á g i n a
- As características naturais da porção central da América permitem dividi-la em duas porções:

 Ístmica ou continental → o istmo é uma espécie de “ponte”, ou ligação terrestre, entre o


norte e o sul da América;

 Insular → as inúmeras ilhas existentes no Golfo do México e Mar do Caribe formam a porção
insular da América Central (a palavra insular refere-se à forma de ilha);

 Placa do Caribe → uma parte dos países está sob a Placa Caribenha, inclusive em zonas de
contato com outras placas tectônicas (de Cocos, Norte-Americana, Sul-Americana, de
Nazca).

Características naturais:

 Domínio tropical

Clima Tropical Úmido;

Clima Equatorial;

Atuação da Corrente do Golfo (quente) e da massa Equatorial atlântica (mEa);

 Florestas tropicais e equatoriais → latifoliada, perenifólia, de elevada biodiversidade.

Múltiplos países e formações culturais:

A existência de vários Estados nacionais e unidades políticas autônomas estão associadas aos
diferentes fluxos coloniais, migratórios e às conexões pré-colombianas antes da chegada dos
navegadores europeus.

Características socioeconômicas:

 IDH baixo/médio, embora exista algumas exceções, como em Cuba, nas Bahamas, e nas
Antilhas, por exemplo;

 Mineração → bauxita, níquel, petróleo;

 Industrialização → ainda incipiente, embora esteja em crescimento;

 Agropecuária voltada para cultivos tropicais (cana-de-açúcar, fruticultura, etc.) e


fortemente associada ao sistema de plantation (voltados para a exportação);

 Turismo.
367 | P á g i n a
AULA 234:
Estados Unidos da América (EUA)

E pluribus unum:

A frase utilizada no Grande Selo dos Estados Unidos sintetiza uma das principais características
na formação do país: a pluralidade de origens que contribuíram para compor a população atual.

Primórdios:

 Cerca de 40 mil anos a.p.: → evidências das primeiras populações pré-colombianas;

 População estimada → entre 1 e 18 milhões (antes da chegada dos europeus);

 Migrações africanas → derivadas do processo escravista. Estima-se que pelo menos 12


milhões de pessoas tenham sido forçadas a sair do continente africano até meados do
século XIX.

Colônias de povoamento:

 Questões religiosas;

 Exílio;

 Colônias.

368 | P á g i n a
O Destino Manifesto e a expansão:

 Visão ideológica para a ocupação costa-a-costa:

Novo Mundo;

Novos valores;

 1775-1783 → processo de independência (as Treze Colônias).

Expansionismo e formação:
 Doutrina Monroe;

 Expansão do território: por guerras, compras ou anexação;

 Marcha para o Oeste;

 Segunda Revolução Industrial.

Grandes compartimentos:

Para facilitar a compreensão das principais características naturais dos Estados Unidos, o país foi
dividido em três grandes domínios de relevo e elementos naturais.

 Costa Leste → planaltos antigos (escudo cristalino) e Montes Apalaches;

 Centro → planícies centrais sedimentares;

 Oeste → Montanhas Rochosas (dobramentos modernos), associados ao tectonismo.

Principais características:

 Ao norte do Trópico de Câncer → climas temperados;

 Bacias hidrográficas:

Grandes Lagos;

Mississipi-Missouri;

Colúmbia e Colorado;

 Formações arbóreas:

369 | P á g i n a
Coníferas;

Caducifólias;

Subtropical úmida;

 Formações arbustivas:

Mediterrânea;

 Formações herbáceas:

Desértica/semidesértica;

Estepes/savanas;

Montanhosas;

 Everglades → áreas pantanosas no sul dos EUA.

Expansão:

Alguns fenômenos importantes contribuíram para o êxito dos Estados Unidos como superpotência
mundial ao longo dos séculos XX e XXI:

 Destino Manifesto;

 Marcha para o Oeste;

 Segunda Revolução Industrial.

Informações atuais:

 População → cerca de 320 milhões de habitantes (2015);

Fluxos migratórios;

Concentrações → Costa Leste, região do Pacífico;

 PIB → aproximadamente US$ 16 trilhões (2013);

 IDH → 5º mais elevado do mundo (0,914 em 2013, segundo o Relatório de Desenvolvimento


Humano 2014 do PNUD).

370 | P á g i n a
Principais características:

 Agropecuária;

 Elevado nível de produtividade;

 Policultura;

 Belts → cinturões agropecuários;

 Gado bovino → 55 milhões de cabeças de gado.

Setor Industrial:

 Grandes Lagos/Nordeste → siderurgia; mercado consumidor; disponibilidade de minérios.

 Sudoeste/Pacífico → complexo industrial-Militar; tecnologia.

 Sul → petróleo.

 Serviços:

Forte setor financeiro;

Entretenimento;

Turismo → cerca de 70 milhões de turistas/ano;

Infraestrutura desenvolvida;

Mídia, cultura e sociedade.

Heranças da Revolução Industrial:


Alguns fatores associados ao desenvolvimento da indústria nos Estados Unidos foram decisivos
para modificar o perfil econômico do país e do próprio capitalismo.
 Capacidade industrial;

 Taylorismo/fordismo;

 Empreendedorismo/livre iniciativa.

O Papel dos EUA no Capitalismo – Outros fatores importantes:


371 | P á g i n a
 Poderio industrial:

Manufaturas;

Complexo industrial-militar;

Tecnologia;

 Sistema financeiro:

Dolarização;

 Mídia, publicidade e propaganda:

Interferência em fatores culturais.

372 | P á g i n a
AULA 235:
Canadá

Incursões francesas:

Embora as inúmeras sociedades pré-colombianas já fizessem parte da região há milhares de


anos, e já houvesse incursões anteriores (por exemplo, os vikings que chegaram até a costa
atlântica do país por volta do ano mil), os franceses deram início à ocupação colonial europeia no
século XVII.

 Incursões francesas → Fort Royal (1605), Québec (1608);

 Formação da Nova França;

 Incursões britânicas → interior/oeste do país

Divisões no século XVIII → Canadá Superior e Canadá Inferior.

Eventos importantes:

 Confederação (1867) → maior autonomia política;

 Estatuto de Westminster (1931) → independência;

 Patriation (1982) → Constituição;

 País é membro da Commonwealth (Comunidade de Nações).

Perfil Pacífico-Atlântico:
- O Canadá foi dividido em quatro grandes compartimentos naturais.
 Pacífico → Montanhas Rochosas (dobramentos modernos);

 Centro → planícies centrais sedimentares;

 Atlântico → maciço cristalino de baixas altitudes;

 Norte → extensas planícies dominadas pela tundra.

Principais características:

373 | P á g i n a
 Domínio dos climas frios e temperados

Centro → temperado frio;

Centro-Sul → temperado seco;

Norte → polar/subpolar;

 Florestas temperadas;

 Taiga → floresta de coníferas;

 Pradaria → gramíneas/herbáceas;

 Tundra → musgos/líquens;

 Criosfera → terras ao norte; lagos de origem glacial.

Um país gigante:

- O Canadá é o segundo maior país do mundo em área territorial, mas a população está
desigualmente distribuída pelo país.

 Área territorial → 9.970.610 km²;

 População → 35.702.707 (estimativa em jan. 2015);

 Densidade demográfica → 3,58 hab/km²;

 90% da população concentram-se no sul, especialmente ao redor dos Grandes Lagos e no


extremo oeste (região de Vancouver);

 País anglo-francófono → possui duas línguas oficiais, o inglês e o francês.

Principais características:

 Recursos minerais → escudo canadense

Níquel, zinco, urânio, platina, titânio, cobre;

Petróleo → nas pradarias;

 Áreas pouco exploradas ao norte;

374 | P á g i n a
 Pradarias

Agricultura de cereais;

Pecuária extensiva;

 Grandes Lagos e Pacífico

Policultura;

Pecuária intensiva;

 Silvicultura/extrativismo vegetal → taiga;

 Setor industrial → diversificado e desenvolvido;

 Fortes ligações com os Estados Unidos;

 País-membro do NAFTA.

375 | P á g i n a
AULA 236:
África

Formas tabulares:

- A maior parte do território africano é composta por regiões dominadas por feições planálticas e
cadeias montanhosas.

 Planaltos cristalinos;

 Cadeias montanhosas → Atlas, Guiné, porção oriental, sul;

 Bacias sedimentares → ligadas aos padrões de drenagem das bacias hidrográficas


(endorreicos e exorreicos);

 Fossa tectônica;

 Depressões;

 Áreas desérticas → Saara, Sahel.

Principais características:

 Domínios intertropicais;

 Domínio dos climas frios e temperados:

Equatorial;

Tropical;

Áreas desérticas e semidesérticas;

Mediterrâneo;

 Circulação atmosférica → associada à presença de áreas florestais ou desertos na mesma


faixa equatorial;

 Formações vegetais:

Tropicais → savanas, estepes, desérticas, equatoriais;

376 | P á g i n a
Mediterrâneas;

Subtropical.

Diversidade humana:
- A história da humanidade está diretamente associada à história do continente africano.
 Origem(ns) da humanidade;

 Sociedades com diferentes formas de organização (política, econômica, cultural);

 Contatos entre diferentes civilizações.

Implicações:

 Diversidade cultural;

 Várias formas de organização e divisão política;

 África pós-colonial → apenas uma parte da história do continente.

Interferências da colonização:

 Navegações/ocupação da costa;

 Escravização;

 Pacto Colonial;

 Congresso de Berlim (1885) → “partilha” do continente entre as potências europeias.

II Guerra de Descolonização:

 Rápida formação de novos Estados;

 Fronteiras e unidades mantidas ou pouco modificadas;

 Conflitos → questões políticas, econômicas, culturais, religiosas.

Continente populoso:

 Mais de um bilhão de habitantes;


377 | P á g i n a
 Elevado crescimento populacional.

Concentração na costa;

Crescimento urbano.

Principais características:

 Agricultura:

Monoculturas de exportação;

Culturas irrigadas;

Culturas mediterrâneas;

Subsistência;

 Zonas de extração mineral → ligadas ao crescimento econômico de alguns países;

 Setores industriais → pouco desenvolvidos, mas em crescimento de empresas e setores


(siderurgia, automotivo, mecânico, químico, etc.);

 Infraestrutura → necessidade de investimentos e ampliação para sustentar o vigoroso


crescimento (transportes, comunicações, energia, etc.);

 Classe média → estimada em mais de 300 milhões de pessoas, e em crescimento;

 Disparidades sociais;

 Necessidade de políticas públicas mais eficientes;

 Conflitos.

378 | P á g i n a
AULA 237:
Europa

Domínios planálticos e de planícies:

- Embora haja algumas extensas cadeias de montanhas, grande parte da Europa é formada por
planícies, influenciadas por climas temperados.

 Cadeias montanhosas:

Cárpatos;

Pirineus;

Alpes;

 Planícies:

Do Norte;

Litorâneas.

Principais características:

 Domínios dos climas temperados;

 Influências;

 Corrente do Golfo → mais quente, ameniza os efeitos de massas de ar e correntes


marítimas mais frias do norte e do centro europeu;

 Massas de ar:

Do oceano para o continente;

Sibéria/Polo Norte para o sul (frias);

Leste (continentais);

 Rios de planície:

Meios de comunicação;
379 | P á g i n a
Fontes de energia;

 Vegetações de clima temperado:

Florestas caducifólias;

Mediterrâneo;

Coníferas;

 Elevado nível de antropismo.

Urbanização elevada:
- O continente europeu possui uma taxa de urbanização elevada, embora a porção ocidental
concentre a maioria da população vivendo em cidades.
 Cerca de 750 milhões de habitantes;

 Aproximadamente 90% vivem em áreas urbanas;

 Concentrações → ao longo das áreas mais industrializadas

Litorâneas;

Vales fluviais → do Ruhr, do Pó, Sena;

 Decréscimo populacional → resultante do envelhecimento, da elevação da expectativa de


vida e do baixo número de filhos por casal;

 Participação imigrante.

Continente rico:

- Reunindo um PIB com cerca de US$20 trilhões, a Europa possui algumas das nações mais ricas
do mundo e os maiores índices de desenvolvimento humano (IDH).
 União Europeia → representa a maior parte do PIB europeu (US$18 trilhões);

 Papel do capitalismo:

Revolução Industrial;

Colonialismo;

380 | P á g i n a
Guerras Mundiais.

Estrutura do pós-II Guerra:

 Plano Marshall;

 Recuperação econômica;

 União Europeia.

Principais características:
 Participação nas inovações: ciência e tecnologia;

 Globalização;

 Diferenças econômicas regionais → agrupamento segundo o perfil socioeconômico de


cada porção do continente

Mediterrâneo;

Europa Ocidental;

Países do Leste;

Países nórdicos/bálticos;

 Dependências → matérias-primas, fontes de energia;

 Mercado consumidor → de renda elevada;

 Plataformas de exportação.

Agropecuária:

 Aproveitamento intenso → por conta da escassez de grandes áreas para a agropecuária;

 Policultura → em pequenas e médias propriedades;

 Técnicas modernas → contribui para a elevada produtividade;

Trigo, centeio, cevada, batata;


381 | P á g i n a
Oliveiras, videiras, cítricos;

 Pecuária intensiva → uso de técnicas para o confinamento/semiconfinamento de gado;

Bacias leiteiras;

Suínos;

Ovinos;

 Prática de subsídios agrícolas para aumentar a competitividade e reduzir preços;

 Protecionismo, para dificultar ou impedir a entrada de produtos de outros países.

Recursos minerais:

 Insuficiências → os recursos não são suficientes para atender à demanda;

 Principais produtos → petróleo, carvão, ferro, manganês;

 Dependência de importações.

Indústria:

 Heranças da Revolução Industrial:

Parque industrial complexo;

Aplicação de ciência e tecnologia;

Formação de multinacionais.

Infraestrutura:

 Altamente desenvolvida;

 Intermodal (diferentes meios de transporte);

 Plataformas de exportação → Roterdã (Holanda), Antuérpia (Bélgica), Le Havre, Marselha


(França), Londres (Inglaterra), Gênova (Itália), Lisboa (Portugal);

 Hubs → centros de conexão e redistribuição de fluxos de transporte.

382 | P á g i n a
Reconstrução:

Os efeitos negativos do pós-Segunda Guerra potencializaram a necessidade de ações conjuntas


para a reestruturação socioeconômica da Europa.

União Europeia e Organismo Econômicos – Iniciativas de integração:

 Benelux (1944):

Bélgica, Holanda e Luxemburgo;

Moeda, mercado e alfândega;

 Comunidade Econômica do Carvão e do Aço (CECA) (1952):

Países do Benelux, Itália, Alemanha, França;

 Associação Europeia de Livre Comércio (AELC) (1959):

Excluídos do Mercado Comum Europeu, e liderada pelo Reino Unido;

 Mercado Comum Europeu (MCE) (1957):

Expansão da CECA.

União Europeia – evolução:

 Tratado de Roma (1957);

 Tratado de Maastricht (1991):

Moeda única (1999-2002);

Parlamento europeu;

Outros tipos de integração: transportes, educação, legislação, etc;

 Fortalecimento:

Projetos locais de desenvolvimento;

Espaço econômico (Zona Euro).

383 | P á g i n a
Outros mecanismos de integração:

 Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) (1949) → Europa Ocidental, Estados


Unidos e Canadá;

 Pacto de Varsóvia (1955) → bloco socialista, liderado pela União Soviética.

384 | P á g i n a
AULA 238:
Rússia

Maior país do mundo:

- Com mais de 17 milhões de km², a Federação Russa abrange dois continentes (Europa e Ásia) e
forma o maior país do mundo.

 Leste-Oeste → 11 mil km de extensão.

Principais características:

 Extensas planícies:

Planície Russa, Planície da Sibéria Ocidental;

Sujeitas ao regime climático e a ação do gelo;

 Planaltos:

Planalto Central Siberiano, Planalto do Pamir, Planalto de Altai;

Possuem formações montanhosas;

 Dobramentos modernos → Pamir e Altai (região do Himalaia), Cáucaso;

 Extensas áreas sedimentares → influência do regime climático.

Gelo;

Pântanos;

 Solos férteis → ex. Chernossolo (tchernoziom), rico em Ca, Mg e matéria de origem


orgânica;

 Climas frios:

baixas temperaturas na maior parte do ano;

Proximidade da região polar ao norte;

385 | P á g i n a
Efeitos da continentalidade;

 Poucos lagos e rios:

Cursos d’água importantes → Volga, Ienissei, Lena;

Problemas ambientais;

 Grandes extensões de Taiga e Tundra.

Federação:

- Além de possuir a maior área territorial, a Federação Russa se constitui em uma das maiores
populações do mundo, com mais de 140 milhões de habitantes entre dois continentes.
 Concentração → maiores densidades na parte europeia;

 Formada por várias divisões federativas → repúblicas, krais, oblasts.

Heranças da ex-URSS:

 Transição entre socialismo e capitalismo;

 Separatismo → movimentos autonomistas e de independência de ex-repúblicas soviéticas;

 Quadro socioeconômico → dificultoso processo de crise e adaptação ao capitalismo após a


brusca transição entre URSS e Federação Russa.

Principais características:

 Agropecuária:

Chernossolo (tchernoziom) → fértil, produção de cereais;

 Recursos minerais → grande extensão do país favorece existência de jazidas.

Petróleo, carvão mineral, gás natural, ferro, manganês;

Grande fornecimento para a Europa;

 Parque industrial complexo:

Ex-estatais e estatais;

386 | P á g i n a
Papel da tecnologia e da ciência herdadas da URSS;

Capital estrangeiro;

Setores avançados;

 Infraestrutura:

Desempenho da ex-URSS.

URSS:

 Pacto de Varsóvia → alinhamento ao bloco socialista.

 Países como Ucrânia, Casaquistão, Bielorrúsia, Turcomenistão, etc.

Fatores de enfraquecimento:

 Obsolescência do complexo industrial-militar;

 Ênfase demasiada para o setor de bens de produção;

 Gastos militares/indústria aeroespacial;

 Falta de investimentos na produção de bens de consumo;

 Corrupção;

 Burocracia excessiva.

Processo de formação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes):

 Reformas (1985) → Perestroika (econômica) e Glasnost (política);

 Colapso → problemas sociais, insatisfação popular, graves problemas econômicos;

 25/12/1991 → extinção da URSS e criação da Comunidade dos Estados Independentes, da


qual a Federação Russa faz parte.

Além da Rússia, outras nações da ex-União Soviética fazem parte dessa


Comunidade.

387 | P á g i n a
AULA 239:
Oriente Médio

Domínios desérticos e semidesérticos:


- Extensas porções da Península Arábica, do Planalto Iraniano e de outras áreas próximas são
caracterizadas por domínios áridos e semiáridos.

Principais características:

 Entre limites → zona de contato entre placas tectônicas (Africana, Arábica, Índica,
Eurasiática);

 Campos de dunas (ergs) e campos de rochas(regs);

 Baixa disponibilidade de água:

Dinâmica das massas de ar;

Oásis → áreas vegetadas, associadas às nascentes de água, em meio a regiões


desérticas;

Crescente Fértil → rios Tigre e Eufrates;

 Vegetação:

Desertos e semidesertos;

Pradarias e estepes;

Vegetação mediterrânea.

Diversidade étnica:

Por estar associado ao surgimento de algumas das primeiras formas de organização social da
humanidade, o Oriente Médio se constituiu em região de intensos contatos e trocas culturais, com
repercussões para as formas de organização social no Ocidente contemporâneo.

 Diferentes origens religiosas → cristianismo, islamismo e judaísmo;

 Área de contatos entre a Europa, a África e a Ásia;

388 | P á g i n a
 Diferentes grupos linguísticos → árabe, persa, hebraico, etc.

Principais características:

 Cerca de 300 milhões de habitantes → maiores concentrações nos planaltos ao norte e nas
áreas mediterrâneas;

 Agricultura mesopotâmica → associada à dependência de água e à elevada produtividade


nas áreas próximas às fontes disponíveis;

 Pastoreio;

 Indústria petrolífera → cerca de 1/3 das reservas mundiais.

Origens Religiosas - Judaísmo, Cristianismo e Islamismo:

Das religiões com maior número de adeptos no mundo, três delas tiveram seu surgimento no
Oriente Médio: o cristianismo, o islamismo e o judaísmo.

Heranças:

 Abraão → Revelação (lei moral);

 Zoroastrismo → monoteísmo

Paraíso, ressurreição, juízo final, messias.

Culturas escritas:

 Bases → livros sagrados (Bíblia, Torá, Alcorão).

389 | P á g i n a
Israel e Palestina - Disputas e mudanças:

Conflitos e diferentes divisões da região ao longo do tempo.

 Península do Sinai → contatos entre assírios, persas, gregos, filisteus, hebreus, romanos,
etc.

Divisões:

 Reino de Judá(N) e Reino de Israel (S);

 Domínio romano (63 a.C. – 324 d.C.);

 Império bizantino (324 – 638);

 Domínio árabe (638 – 1517);

 Domínio otomano (1517 – 1917);

 Controle inglês(1918) → protetorado;

Palestina de maioria árabe;

390 | P á g i n a
Movimento sionista;

 Estado de Israel(1948);

 1948-1949 → guerra de independência;

 1956 → Guerra do Suez;

 1967 → Guerra dos Seis Dias;

 1973 → Guerra do Yom Kippur;

 1982 → Líbano;

 1987 → Intifada.

Líbano – Antecedentes:

 Império Otomano → até o fim da I Guerra Mundial;

 Mandato francês (1922 – 1943);

 Independência (1943) → início da República; questões econômicas;

Petróleo e turismo → atividades de destaque.

Questões importantes:

 Muçulmanos (maioria) e cristãos (cerca de 40%);

 Refugiados palestinos;

 Síria → intervenção (1976), com apoio dos EUA e de Israel;

 Guerra civil → 1975 – 1991;

 2000 → desocupação (Israel);

 2005 → desocupação (Síria);

 2006 → invasão (Israel).

391 | P á g i n a
Mesopotâmia - área estratégica:

A região da Mesopotâmia, parte dos Estados do Irã e do Iraque, possui alguns elementos que
destacam a região do ponto de vista do aproveitamento socioeconômico e da ocupação humana.

 Crescente Fértil → região com alguns dos indícios mais antigos de organização social e
agricultura da humanidade, possui solos férteis para o cultivo (especialmente o vale dos
rios Tigre e Eufrates);

 Petróleo → uma das maiores concentrações de reservas petrolíferas do mundo;

 Acesso ao Golfo Pérsico → além de concentrar poços de petróleo, também é lugar de


intensa movimentação de embarcações comerciais (inclusive navios petrolíferos).

Irã e Iraque - Principais conflitos:

Afeganistão - Entre o Oriente Médio e o subcontinente indiano:

As rotas comerciais, os movimentos migratórios e os contatos culturais entre diferentes


sociedades (persas, árabes, indianos, romanos, russos, entre outras) influenciaram a formação
do Afeganistão atual, uma região estratégica entre o Oriente e o Ocidente.

 Invasão soviética (1979) → ocupação no território afegão até 1989;

 Guerra civil → após a dissolução da União Soviética, deflagrando uma crise econômica.

Ascensão de grupos políticos com diferentes orientações (de nacionalistas, grupos


defensores do antiocidentalismo e islâmicos pró-Charia, por exemplo);

Talibã → sob a liderança de Mohammed Omar, também recebeu apoio de Osama Bin
Laden (da Al-Qaeda);

 Eventos do 11/09/2001 → entre os motivadores para a guerra no Afeganistão.

392 | P á g i n a
AULA 240:
Ásia de Monções

Três grandes compartimentos:

- A região, que compreende o subcontinente indiano e partes do sudeste asiático, é assim chamada
por conta da influência do regime climático de monções, e costuma ser dividida em três domínios:

 Cordilheira do Himalaia → dobramentos modernos;

 Planaltos do Decã e do Laos → formações cristalinas do Proterozoico (entre 2,5 bilhões de


anos a.p. e 545 milhões de anos a.p.), com ocorrência de minerais metálicos (Fe, Mn, Sb);

 Planícies → do rio Ganges, do rio Mekong e insulares.

Principais características:

 Áreas mais elevadas do mundo → montanhas com maiores altitudes;

 Limites tectônicos → entre a Placa Indiana, a Placa Australiana e a Placa Eurasiática;

 Glaciares → formação de grandes extensões de gelo nas altas montanhas, uma parte
importante da criosfera;

 Monções → alternância associada à circulação atmosférica derivada das estações


climáticas;
393 | P á g i n a
No inverno → das zonas de alta pressão (norte do continente e da Sibéria, ar frio e
seco) para o sul equatorial (ar quente);

No verão → das zonas de baixa pressão (Oceano Índico, ar quente e úmido) para o
norte do continente;

 Rios de degelo → nascentes nas altas montanhas (como na Cordilheira do Himalaia),


formando bacias como a do Ganges e a do Indo, por exemplo;

 Florestas tropicais e equatoriais;

 Savanas e áreas desérticas → formadas por efeitos da latitude, orográficos, e a presença


do Himalaia.

Região populosa e povoada:

A região está entre as maiores concentrações populacionais do planeta, abrangendo mais de dois
bilhões de habitantes, ou 2/7 da população mundial, e elevadas densidades demográficas.

 Diversidade → origens étnicas, religião e processos históricos.

Principais características:

 Agropecuária → agricultura de jardinagem e plantation;

 Recursos minerais → petróleo, Fe, Mn, Cr, Sn, carvão mineral;

 Industrialização tardia → região está entre os Novos Países Industrializados (NPIs);

 Dependência de capitais externos para o desenvolvimento econômico, sobretudo da


indústria;

 Disparidades socioeconômicas, derivada da estrutura econômica típica de países em


desenvolvimento e de questões culturais (como o sistema de castas, por exemplo);

 Crescimento econômico recente.

394 | P á g i n a
AULA 241:
Tigres Asiáticos

Por que um tigre?

A expressão “Tigres Asiáticos” foi utilizada como analogia entre a força, a agilidade e a audácia
típicas do comportamento de felídeos encontrados no sudeste do continente e o vigoroso
crescimento econômico de algumas nações que, até os anos 1970, eram consideradas bastante
empobrecidas.

 Primeiros Tigres → Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong (que atualmente é parte
da China).

Características:

 Rápido crescimento econômico → alguns fatores contribuíram para esse processo:

Plataformas de exportação;

Desenvolvimento de infraestrutura;

Formação de mão-de-obra altamente qualificada;

Investimentos em educação, ciência e tecnologia;

 Influência japonesa → associada à ética de trabalho e ao modelo de Chaebol (inspirado nos


zaibatsus japoneses) para a formação de grandes conglomerados;

 Investimento Estrangeiro Direto → entrada de grande volume de recursos;

 Bens duráveis, de maior valor agregado;

 Elevado IDH → contribuiu para formar um mercado consumido, e foi resultado dos
investimentos em formação mais as políticas sociais.

Novos Tigres Asiáticos - Seguindo os mais velhos:

O sucesso dos primeiros Tigres Asiáticos atraiu as atenções dos países vizinhos, que passaram a
adotar reformas econômicas e estruturais capazes de atrair investimentos.
 Novos Tigres → Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia, Vietnã;

395 | P á g i n a
 Diversidade → origens étnicas, religião e processos históricos.

Novos Tigres Asiáticos – Principais características:

 Territórios mais extensos do que os primeiros Tigres;

 Recursos naturais, que reduzem a necessidade de importações;

 Países mais populosos, com potencial para formar grandes mercados consumidores;

 Mão de obra mais numerosa e barata;

 Incentivos fiscais e leis mais flexíveis para atrair investidores;

 Capital estrangeiro → especialmente do Japão, dos Estados Unidos e de algumas nações da


União Europeia.

396 | P á g i n a
AULA 242:
Japão

No Círculo de Fogo do Pacífico:

O arquipélago japonês está em uma faixa de limite entre placas tectônicas: as placas do Pacífico,
das Filipinas, a Eurasiana e a Norte-Americana possuem áreas de contato no país.

 Dobramentos modernos → associados aos movimentos de tectonismo, têm como


resultado a formação de cadeias montanhosas e a ocorrência de vulcanismo;

 Cerca de 80% do território é montanhoso;

 Até o início do Cenozoico estava unido ao que hoje é o continente asiático.

Principais características:

 País insular → o Japão forma um arquipélago composto por mais de sete mil ilhas;

 Extensão latitudinal → embora o território seja pequeno comparado a outros países, a


distância entre norte e sul é de aproximadamente 2.800 km;

 Influências da maritimidade:

Kuroshio → corrente marítima quente, formada no sul;

Oyashio → corrente marítima fria, formada no norte;

Clima Temperado Frio → norte, principalmente na ilha de Hokkaido, por influência da


corrente Oyashio;

Clima Temperado Oceânico → no centro (ilha Honshu);

Clima Sutropical → sul (ilha Shikoku e Kyushu), por influência da corrente Kuroshio;

Vegetação de montanha → de uma forma geral, as montanhas possuem densa


cobertura florestal, embora haja variação por alguns fatores =
continentalidade/maritimidade, latitude e altitude.

Arquipélago povoado:

397 | P á g i n a
As limitações de espaço para o povoamento devido às características naturais do arquipélago
montanhoso e a população de 127 milhões de pessoas estão entre os fatores que contribuem para
o Japão possuir elevada densidade demográfica, aproximadamente 337 habitantes/km².

 Planícies → a maior parte da população está nessas regiões;

 País maduro → a expectativa de vida elevada e o baixo crescimento demográfico


contribuem para um percentual significativo de adultos em idade mais avançada.

Principais características:

 Agropecuária → aproveitamento intensivo das terras disponíveis:

Necessidade de importar gêneros alimentícios;

 Economia altamente industrializada → ao fazer parte da Segunda Revolução Industrial, o


Japão industrializou-se a partir dos estímulos de modernização da Era Meiji e, ao longo do
século XX, tornou-se uma das maiores economias do mundo:

Rede urbana complexa → as áreas urbanas são densamente interligadas por


infraestrutura e atividades econômicas;

Alta tecnologia → a criação de produtos e serviços de elevado grau tecnológico


tornou o país um dos líderes mundiais em inovação;

Processos históricos → a formação de zaibatsus e o toyotismo contribuíram para


transformar a economia japonesa;

 Crises e recuperação → desde o início dos anos 1990, o Japão passa por uma estagnação
econômica, com baixos índices de crescimento e, em alguns anos, de recessão econômica.

398 | P á g i n a
AULA 243:
Austrália

Ilha-continente:

Embora já tenha sido maior e conectada com outras ilhas há milhares de anos, a Austrália forma
atualmente uma gigantesca massa continental relativamente isolada pelos oceanos Pacífico e
Índico, e no interior da Placa Australiana.

Principais características:

 Território planáltico → os extensos planaltos dominam o interior do país, especialmente na


porção oeste.

 Interior da Placa Australiana → as macroestruturas geológicas e de relevo estão


associadas às formações cristalinas (cráton) e às plataformas sedimentares, típicas de
formações geológicas antigas e distantes do contato entre placas.

 Domínios tropicais

Regiões úmidas;

Domínios áridos e semiáridos;

Savanas;

Áreas mediterrâneas e temperadas.

Grande extensão, povoamento concentrado:

Embora seja uma das maiores nações do mundo em área, a Austrália é o lar de 23,6 milhões de
pessoas (2015), o que resulta em uma das menores densidades demográficas do planeta (3
habitantes/km²).

 Povoamento → concentrado na costa leste e no sudeste, em meio às áreas


subtropicais/temperadas, e no sudoeste.

Principais características
 Membro da Commonwealth → histórico associado à colonização britânica;

399 | P á g i n a
 Populações autóctones → grupos sociais anteriores à colonização europeia (comunidades
denominadas como aborígenes, por exemplo), há pelo menos 50 mil anos;

 Recursos minerais → país é grande exportador de algumas dessas commodities


(manganês, bauxita, níquel, chumbo, ouro, diamante, prata);

 Agropecuária → a mecanização, a irrigação e o uso de outras técnicas modernas tornaram


a Austrália um país com elevada produtividade:

Parque industrial moderno e diversificado → embora o setor primário seja


importante, o país conseguiu se transformar em uma economia com um setor
complexo e de elevada tecnologia;

 Alto padrão → a Austrália está entre as nações com Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) mais elevado do mundo (2º lugar em 2013 – 0,933 – perdendo apenas para a Noruega).

400 | P á g i n a
AULA 244:
Nova Zelândia e Ilhas do Pacífico

Continente de arquipélagos:

- A Oceania é formada por milhares de ilhas e atóis, alguns deles com assentamentos humanos
permanentes.

 Atol → formado a partir da acumulação de recifes de corais ao redor de uma formação


vulcânica, acaba por ficar acima da lâmina d’água;

 Recifes de coral → o acúmulo de restos calcários de seres vivos que, depositados sobre
algumas áreas de baixa profundidade nos oceanos, contribui para uma biodiversidade
elevada.

Principais características:

 Círculo de Fogo → associado à formação de ilhas, cadeias montanhosas e vulcões:

Ilhas vulcânicas;

Dobramentos recentes em algumas das áreas de contato do Círculo de Fogo (como


nos Alpes do Sul da Nova Zelândia, por exemplo);

Atividade sísmica, que influencia efeitos no mar, como tsunamis;

Fontes termais/gêiseres;

 Domínio intertropical na maior parte da região:

Vegetação tropical e equatorial;

Ocorrência de ciclones, em função das variações de temperatura marinha e da


profundidade variável.

Territórios insulares:

Com aproximadamente 32 milhões de habitantes, as ilhas da Nova Zelândia e outras porções do


Oceano Pacífico que correspondem à Oceania formam uma das menores densidades
demográficas do mundo (4 hab/km²).

401 | P á g i n a
 Povoamento → as grandes distâncias entre as ilhas em meio ao Oceano Pacífico e a
pequena área territorial de muitas delas contribuem para o relativo isolamento e a reduzida
população;

 Dependências → alguns territórios são administrados sob a responsabilidade de outras


nações, de forma semelhante às colônias do passado (Nova Caledônia, Polinésia Francesa,
Guam, etc.);

 Pequenas nações → algumas ilhas estão entre os menores países do mundo em território
(Nauru, Palau e Tuvalu, por exemplo);

 Divisões → além da porção australiana, há ainda a divisão regional em Micronésia,


Melanésia e Polinésia.

Principais características:

 Agricultura de produtos tropicais, com limitações em várias áreas em função da


indisponibilidade de terrenos;

 Turismo → entre as atividades econômicas mais importantes, recebem milhões de turistas


anualmente;

 Pesca;

 Mineração → extração de níquel, ouro, cobre, prata, fósforo;

 Em desenvolvimento → as nações e dependências são, de forma geral, consideradas de IDH


médio a elevado;

 Nova Zelândia:

Agropecuária diversificada;

Formação de um polo industrial;

Elevado IDH (7º melhor do mundo em 2013, com 0,910 – muito alto).

402 | P á g i n a
AULA 245:
Divisões Regionais Brasileiras

Dimensão regional:

- A regionalização do espaço brasileiro é um modelo compartimentado de análise.

 Influências da geografia francesa;

 Aspectos descritivos;

 Planejamento e gestão territorial.

Diferentes regionalizações:

 Início do século XX → didática;

 CNG/IBGE → planejamento e gestão territorial:

1942 → Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste;

1945 → Zonas Fisiográficas;

1970 → configuração atual;

 Regiões geoeconômicas → Norte, Nordeste e Centro-Sul.

403 | P á g i n a
AULA 246:
Amazônia e Região Norte

Domínio natural sul-americano:

As características naturais dos ecossistemas amazônicos estão distribuídas por uma área
gigantesca, que abrange, além do Brasil, outros países vizinhos do continente na região equatorial.

Ocupação recente:

Há milhares de anos diversas sociedades ocupam a região amazônica. Embora o processo de


colonização tenha dado origem a algumas cidades e atividades econômicas desde o século XVI,
apenas na segunda metade do século XX houve um aumento significativo da população.

 Eixos de colonização → iniciativas privadas ou públicas para criar atividades


agropecuárias, minerais, extrativas florestais e cidades, especialmente ao longo de novos
caminhos (rodovias, especialmente);

 Projetos estatais → iniciativas organizadas pelo Estado brasileiro para incentivar a


ocupação da região amazônica (por exemplo, durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985).

Domínio amazônico ≠ Amazônia Legal

Características gerais:

 Paisagem heterogênea → diferentes feições e ecossistemas (matas de terra firme, locais


alagadiços, campos, etc.);

 Rede urbana e articulações;

 Biodiversidade estratégica;

 Projetos de desenvolvimento e intervenção;

 Ocupação ancestral.

Domínio das terras baixas:

A maior parte do território da região Norte é formada por planícies sedimentares, com altitudes
variando entre 0 m e 200 m.

404 | P á g i n a
 Soerguimento dos Andes → um dos possíveis fatores para o surgimento das nascentes da
Bacia Amazônica;

 Mar interior → evidências de áreas marinhas no interior da América do Sul, no Mioceno


(entre 24 e 5 milhões de anos a. p.);

 Ocorrência de planaltos residuais, de origem cristalina;

 Depressões.

Domínio intertropical:

 Baixa amplitude térmica;

 Temperaturas elevadas (≈ 25ºC de média);

 Pluviosidade elevada (≥ 1500 mm/ano);

 Evapotranspiração;

 Clima equatorial;

 Clima tropical úmido.

Domínio de águas doces:

 Rios de planície;

 Áreas de recarga → planaltos residuais, Planalto Central, Cordilheira dos Andes;

 Bacia Amazônica, a maior do mundo.

Diversidade vegetal:
 Características gerais → vegetação higrófita, latifoliada, perene e densa;

 Diferentes fisionomias:

Mata de igapó;

Mata de várzea;

Mata de terra firme.

405 | P á g i n a
Território de grande extensão:

Entre as cinco regiões brasileiras definidas pelo IBGE, o Norte corresponde à cerca de 40% do
território nacional.

 Área → 3,8 milhões de km²;

 População → aproximadamente 16 milhões de habitantes;

 Densidade demográfica → ≈ 4 hab./km².

Ocupação:

 Povoamento pré-colonial;

 Intensificação do povoamento durante o século XX:

Rios → as vias de trânsito da região;

 Missões, fortificações;

 Drogas do sertão;

 Borracha;

 Mineração;

 Projetos estatais.

Organização espacial e atividades econômicas:


 Rede urbana → várias cidades ao longo dos rios ou ligadas a eixos rodoviários.

Zona Franca de Manaus;

Região Metropolitana de Belém;

Capitais e eixos recentes;

 Agropecuária → ligada à expansão da fronteira agrícola brasileira.

Arco do desmatamento;

 Extrativismo;

406 | P á g i n a
 Mineração → associada aos projetos de integração nacional;

 Potenciais da biodiversidade.

Projetos de Desenvolvimento / Intervenção – Metas do Estado:

 Integração nacional;

 Colonização → Soberania nacional.

Principais projetos:

407 | P á g i n a
Articulações:

 Necessidade de integrar a região Norte ao resto do país e inseri-la no contexto do


capitalismo nacional/internacional;

 Redes →transportes, comunicações, infraestrutura.

Projetos estatais:

 Plano de Integração Nacional (PIN) → integração e povoamento.

Infraestrutura;

Colonização;

Atividades econômicas;

 Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA);

 Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) → órgão responsável por


orientar o desenvolvimento da região;

 Projetos de defesa → soberania, defesa dos recursos naturais.

408 | P á g i n a
Calha Norte → arco de defesa militar;

Sivam → monitoramento aéreo e terrestre;

 Projetos recentes:

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) → em energia e transportes;

Projetos → usinas de Belo Monte, Santo Antônio, Jirau; Rodovia Transoceânica.

Domínio megadiverso:

 Elevada biodiversidade nos ecossistemas amazônicos (aquáticos, terrestres e nas


interações);

 Elevados fluxos de matéria e energia.

Características:

 Grande extensão territorial;

 Elevada pluviosidade;

 Temperaturas elevadas;

 Baixa densidade demográfica;

 Estado de conservação;

 Domínio natural estratégico.

Justificativas:

 Clima/ciclo hidrológico:

Evapotranspiração/umidade;

Massas de ar (mEc, ZCAS);

Recarga estratégica;

 Vegetação/diversidade de vida terrestre:

409 | P á g i n a
Manutenção das condições climáticas;

Qualidade dos solos;

Recursos naturais;

Novos elementos.

Ações estratégicas:

 Zoneamento;

 Monitoramento;

 Serviços públicos.

410 | P á g i n a
AULA 247:
Região Nordeste

Dados:

 Abrange nove estados → Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia;

 56 milhões de habitantes;

 1,554 milhões de km²;

 PIB → aproximadamente R$ 600 bilhões;

 Litoral populoso → concentra as maiores áreas urbanas e as atividades econômicas mais


importantes;

 Interior:

Semiárido povoado;

Polos urbanos;

Questões fundiárias;

 Evolução recente.

Zonas fisiográficas:

Além das classificações definidas pelo IBGE para a delimitação do Nordeste, as zonas
fisiográficas também são outra forma de compreender as diferentes características da região
com base em aspectos naturais e socioeconômicos.
 Meio Norte;

 Sertão;

 Agreste;

 Zona da Mata.

411 | P á g i n a
Domínio tropical úmido:
- A região da Zona da Mata é caracterizada por climas quentes e úmidos.
 Chuvas de outono/inverno;

 Chuvas de verão;

 Massas de ar → massa Tropical atlântica (mTa), massa Equatorial atlântica (mEa).

Vegetação atlântica:

- As formações florestais são compostas por matas tropicais úmidas.

 Ombrófilas;

 Coqueirais;

 Mangues e brejos.

Chuvas de inverno:
 Pluviosidade mais intensa nesse período.

Tabuleiros e formações litorâneas:


- As formações tabulares e litorâneas estão associadas a processos sedimentares.
 Restingas;

 Mangues;

 Falésias;

 Dunas;

 Recifes.

Litoral populoso:
- A região da Zona da Mata possui as maiores concentrações populacionais e as áreas urbanas
mais importantes.
 Grandes áreas metropolitanas → Recife, Fortaleza, Salvador, Maceió;

 Atividades econômicas → setor industrial, comércio e serviços, turismo.

412 | P á g i n a
Estrutura econômica:

 Fortemente marcada por monoculturas tropicais de exportação (ex. = cana-de-açúcar, de


herança colonial e associada às excelentes condições do solo massapê);

 Fruticultura tropical;

 Agroindústria;

 Projetos de desenvolvimento → Suape (PE), Pecém (CE), entre outros;

 Incentivos fiscais.

Agreste - Transição entre domínios:

- A zona fisiográficas do agreste está em um enclave entre as planícies ou tabuleiros costeiros da


Zona da Mata e os planaltos e formas tabulares do sertão.

Agreste - Características naturais:

 Solos variáveis → entre solos pedregosos ou inconsolidados e solos mais profundos;

 Brejos, campos e matas caducifólias → associadas às chuvas sazonais

Entre 700 mm e 800 mm/ano;

Interferência das chapadas e planaltos;

Rios perenes.

Agreste - Transição econômica:

Na faixa do agreste predominam a pecuária e a policultura em pequenas e médias propriedades.

 Condicionantes → condições dos solos e sazonalidade das chuvas;

 Agropecuária → para o abastecimento das metrópoles da Zona da Mata

Alimentícios, frutas, gado leiteiro;

 Polos urbanos → Feira de Santana, Campina Grande, Caruaru, Arapiraca.

Sertão e Litoral Setentrional - Domínio das áreas planálticas:


413 | P á g i n a
A zona fisiográfica do Sertão é marcada por regiões que possuem altitudes superiores a 500m, em
chapadas, morros, serras e depressões interioranas.

 Formações do escudo cristalino;

 Sedimentação (ex. = pediplanos).

Sertão e Litoral Setentrional - Características:

 Depressões intermontanas e interplanálticas;

 Áreas de aplainamento e desgaste erosivo (pediplanação/peneplanação);

 Vales fluviais recortados (ex.: São Francisco);

 Sazonalidade → água sujeita às secas prolongadas

Médias pluviométricas entre 250 mm e 800 mm;

Diferentes feições do semiárido;

 Caatingas e áreas de cerrado

Xerófitas;

Cactáceas, bromeliáceas;

 Rios sazonais;

 Temperaturas elevadas → médias em torno de 25ºC ou superiores.

Semiárido povoado:

A zona fisiográfica do Sertão possui uma concentração populacional elevada, sendo uma das
áreas de clima semiárido mais povoadas do mundo.

 Polígono das secas → delimitado em função das condições de semiaridez;

Alvo de políticas públicas e tentativas para diminuir os efeitos das secas.

Sertão e Litoral Setentrional - Características socioeconômicas:


 Agropecuária → adaptada às limitações das secas

Minifúndios;

414 | P á g i n a
Subsistência;

Gado extensivo;

 Áreas de expansão → vale do São Francisco, oeste da Bahia;

 Cultura de vazante, especialmente ao longo das margens do rio São Francisco;

 Baixos indicadores sociais;

 Escassez de água para consumo;

 Migrações.

Faixa de transição:

A zona fisiográfica do Meio-Norte está em uma faixa entre os domínios morfoclimáticos da


Amazônia, da Caatinga e de áreas de cerrado.
 Setores de menor altitude;

 Depressões (de oeste para leste).

Características naturais:
 Influências equatoriais → massas de ar (mEc, mEa) e chuvas de verão (variável);

 Vegetação → transicional (ecótono)

Babaçu, carnaúba, sisal;

 Formação de deltas (ex. = Parnaíba).

Características Socioeconômicas:

 Extrativismo vegetal → babaçu, carnaúba, sisal;

 Agropecuária comercial → soja, milho, algodão, arroz;

 Corredor de exportação → infraestrutura portuária (São Luís, MA), especialmente para a


produção mineral de áreas do Norte (Carajás, por exemplo);

 Condições socioeconômicas → IDH menor do que a média nacional, questões fundiárias


relacionadas à concentração de terras.

415 | P á g i n a
AULA 248:
Região Centro – Oeste

Planaltos e depressões:

As características geológicas e geomorfológicas atuais da região Centro-Oeste são derivadas dos


movimentos de formação do continente sul-americano há cerca de 150 milhões de anos.

 Depressão Periférica → derramamentos basálticos, originados do vulcanismo;

 Planície sedimentar → Pantanal;

 Região marinha → mares interiores poderiam fazer parte das planícies sedimentares
atuais.

Características naturais:

 Massas de ar → massa Equatorial continental (mEc), massa Tropical continental (mTc),


massa Polar atlântica (mPa);

 Climas quentes → tropical típico, tropical úmido;

 Área de recarga → origem de cursos d’água e bacias hidrográficas na região.

Amazônica;

Tocantins-Araguaia;

Paraná;

Paraguai;

 Predomínio de cerrados;

 Formações complexas → Pantanal.

Interiorização:

Considerado mais lento em relação a outras porções do Brasil, o povoamento do Centro-Oeste


está ligado aos diferentes ciclos de expansão econômica para o interior.

 Bandeiras (séculos XVII/XVIII);


416 | P á g i n a
 Mineração (século XVIII);

 Pecuária;

 Construção e transferência da capital do Brasil para Brasília (a partir de 1957);

 Agropecuária moderna.

Características socioeconômicas:

 Urbanização elevada → cerca de 90% da população vive em áreas urbanas;

 Articulações da rede urbana:

 Complexo agroindustrial;

 Expansão agropecuária ligada às commodities exportadas pelo Brasil;

 Infraestrutura → articulação com outros mercados, especialmente por rodovias.

Interiorização recente:

Por ter ficado relativamente isolada do restante dos ciclos econômicos e de outras regiões de
povoamento mais intenso, o Centro-Oeste teve um processo de interiorização mais elevado na
segunda metade do século XX.

417 | P á g i n a
No centro do país:

A consolidação de Brasília como capital do Brasil foi associada à necessidade de povoamento e


desenvolvimento do interior do país.

Discussões para a mudança da capital:

 Século XVIII;

 Período Imperial;

 República Velha.

Eventos mais importantes:

Alguns motivos para a transferência:

418 | P á g i n a
 Deslocar as decisões políticas;

 Novo centro, mais afastado de grandes contingentes populacionais, da mídia e das


pressões sociais;

 Questões militares;

 Integração do interior do país com os centros mais desenvolvidos.

Características atuais:

 1960 → novo Distrito Federal.

Composto por um único município (Brasília), dividido em Regiões Administrativas


(Plano Piloto, Águas Claras, Gama, Ceilândia, Planaltina, Taguatinga, etc.);

Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE);

 Cumprimento do papel de eixo de integração;

 Crescimento desordenado: mais de quatro milhões de pessoas já vivem na região


metropolitana do DF.

419 | P á g i n a
AULA 249:
Região Sudeste

Serras e planaltos:

A região Sudeste é caracterizada pela presença de extensos compartimentos de relevo formados


por formações serranas e planálticas, com as maiores altitudes médias do Brasil.

 Mares de morros → serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, da Canastra;

 Depressão Periférica;

 Planaltos e chapadões interiores;

 Estruturas cristalinas;

 Estruturas sedimentares.

Características naturais:

 Domínio intertropical:

Tropical típico;

Tropical de altitude;

Subtropical;

Semiárido;

 Massas de ar → massa Tropical atlântica (mTa), massa Polar atlântica (mPa), massa
Equatorial continental (mEc);

 Principais bacias hidrográficas → do São Francisco, do Paraná, do Leste;

 Rios de planalto;

 Domínios de vegetação:

Mata atlântica;

Cerrado;
420 | P á g i n a
Formações litorânea;

Caatinga.

Região rica e populosa:

O Sudeste é a região mais populosa e rica do Brasil, pois concentra a maioria das maiores cidades
e muitas das atividades econômicas mais importantes e diversificadas.

 85 milhões de habitantes;

 Densidade demográfica → 92 habitantes/km²;

 92% da população estão em áreas urbanas;

 Cerca de 60% do PIB brasileiro.

Sub-regiões:

421 | P á g i n a
CME (Megalópole Rio-São Paulo-Campinas) - Características principais:

 Megacidade → São Paulo (mais de 10 milhões de habitantes);

 Megalópole → mais de uma área metropolitana (RMSP, RMRJ, RMC, RMBS, RMVP, RMS,
aglomerações urbanas como as de Jundiaí e Piracicaba, Complexo Metropolitano
Expandido – CME);

 Cerca de 50 milhões de habitantes;

 Maior rede urbana do Hemisfério Sul;

 Concentração socioeconômica:

422 | P á g i n a
Indústrias;

Empresas;

Tecnopolos;

Mercado consumidor;

Renda;

Comércio e serviços.

Desafios da metropolização:
 Disparidades regionais;

 Concentração econômica;

 Gestão integrada;

 Planejamento urbano e metropolitano.

423 | P á g i n a
AULA 250:
Região Sul

Domínios de planaltos e serras:

O sul do Brasil apresenta em sua composição geomorfológica formas planálticas e serras


litorâneas ou interiores (Serra do Mar, Serra Geral).

Características naturais:

 Formas escarpadas (litoral) → cristalino (Mares de Morros);

 Depressão Periférica → existência de depósitos carboníferos;

 Planaltos e chapadas (oeste – Bacia do Paraná) → sedimentar (arenito, basalto); coxilhas;

 Domínio subtropical:

Massa Polar atlântica (frentes frias);

Temperaturas amenas (mesotérmico);

Pluviosidade regular;

 Bacias hidrográficas:

Do Paraná;

Do Uruguai;

Do Sudeste;

 Domínio das araucárias e campos.

Influências da colonização:

A presença imigrante foi elemento fundamental para a formação da rede urbana e das atividades
econômicas.

Atividades mais importantes


424 | P á g i n a
 Agropecuária:

Policultura;

Monoculturas comerciais;

Pecuária/criação;

 Mineração → depósitos carboníferos;

 Áreas industriais → Curitiba, Itajaí, Porto Alegre, Serra Gaúcha;

 Alta taxa de urbanização;

 Elevado IDH;

 Crescimento das grandes áreas urbanas.

Colonização de povoamento:

O modelo de colonização de povoamento verificado na região Sul permitiu a formação de colônias


fortemente marcadas pela presença imigrante.

 Colônia do Sacramento (cerca de 1680) → ocupação do litoral e atividades pecuaristas;

 Participação da pecuária → criação de gado, em crescimento devido às demandas de


Sorocaba (feira agropecuária) e das Minas do ouro;

 Novos grupos → colonização do Planalto e do Oeste

Alemães, italianos, eslavos, japoneses.

Principais grupos:

 Alemães → Joinville, Vale do Itajaí, Porto Alegre, Serra Gaúcha;

 Italianos → vale do rio Tubarão, Serra Gaúcha, planaltos de nordeste (RS, SC);

 Eslavos → Curitiba, Ponta Grossa (PR);

 Japoneses → norte do Paraná.

Uso da terra:

425 | P á g i n a
 Extrativismo vegetal;

 Pecuária;

 Policultura.

426 | P á g i n a

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