Sociologia Geral
Sociologia Geral
Sociologia Geral
Código: 708220667
Ano: 1º
Nampula
Julho
2022
Universidade Católica de Moçambique
Código: 708220667
Ano: 1º
Nampula
Julho
2022
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução .................................................................................................................................. 6
Contextualização da sociologia.................................................................................................. 7
Conclusão................................................................................................................................. 15
Bibliografia .............................................................................................................................. 16
Introdução
A Revolução Francesa marcou profundamente a história europeia e, como não poderia ser
diferente, foi um factor decisivo para o surgimento da Sociologia. O objectivo final alcançado
da Revolução Francesa era acabar com o Antigo Regime.
Diante da insegurança, que segundo Comte, era um empecilho para o crescimento, para a
evolução e para o progresso, o filósofo propôs a criação de uma ciência que, tal como as
ciências naturais, observasse e formulasse, metodologicamente, a sociedade a fim de propor
rumos para a retomada do progresso social, científico e moral. Diante disso, o filósofo
formulou a sua Lei dos Três Estados e inaugurou o positivismo.
Contextualização da sociologia
O surgimento da Sociologia ocorre no século XIX, a princípio, por influência da teoria
positivista de Auguste Comte, porém, muitos acontecimentos anteriores e concomitantes ao
surgimento dessa nova ciência humana contribuíram para a sua formação.
A sociedade testamental apoiada pela Igreja Católica simplesmente impunha que cada um
nascia predestinado a levar um tipo de vida e que isso era escolha de Deus sendo, quase
sempre, vedada a alteração dessa ordem. Se um indivíduo era servo, ele deveria servir,
porque Deus quis assim. Se ele era nobre, era uma recompensa divina, porque o seu espírito
era mais nobre.
O século XIX encontra-se em meio a uma crise devido ao alto desenvolvimento promovido
pela industrialização, o que reflectiu na formação de uma complexa crise de valores e conflito
de interesses. Podemos listar como factores históricos que contribuíram para o surgimento da
Sociologia os seguintes:
Renascentismo
Essas alterações na configuração social europeia causaram uma alteração tão grande na
ordem política e social do continente que, em partes, contribuíram até para
a Revolução Francesa e para os ideais de igualdade e liberdade propostos pelo Iluminismo.
Capitalismo mercantilista
Iluminismo
Revolução Industrial
A falta de emprego para todo mundo resultou em miséria, fome, aumento significativo da
violência e alastramento de doenças. O caos desse novo cenário europeu era, para Auguste
Comte, mais um atestado de que era necessária uma ciência capaz de estudar e reordenar a
sociedade, a fim de colocar a humanidade novamente no rumo do progresso.
Para Durkheim, uma ciência da sociedade deveria ter o seu próprio método de análise capaz
de operar autonomamente, pois as leis das ciências naturais não seriam suficientes para
compreender o todo complexo que eram as sociedades capitalistas industriais.
Durkheim formulou o método comparativo de análise social baseado no que ele chamou
de fatos sociais. Segundo o sociólogo francês, existem traços comuns que se repetem em
todas as sociedades, os fatos sociais, e o papel do sociólogo seria identificar esses fatos e
comparar os dados obtidos das diferentes sociedades.
Um bom exemplo de fato social analisado por Durkheim foi o suicídio. Segundo as análises
do sociólogo, publicadas no livro O Suicídio, há uma ocorrência comum desse fenómeno em
todas as sociedades, sendo motivado sempre pelos mesmos factores:
2. Tirar a própria vida por uma causa maior, o que Durkheim chamou de suicídio
altruísta, que é enxergar em algo uma maior importância que a própria existência,
fazendo com que o sujeito se mate em nome daquilo que está em questão.
3. Tirar a própria vida por conta de uma instabilidade caótica no âmbito social ou
económico, o que leva as pessoas a tomarem medidas drásticas. Durkheim chamou
essa forma de suicídio anômico.
Durkheim constatou que o suicídio é um fato social por ocorrer em todos os lugares, mas que
os números de casos de suicídio variam. Isso se deve a factores externos expressos por outros
fatos sociais que fazem com que as pessoas cometam mais ou menos suicídios.
A sociologia aborda o homem como um ser social e procura cobrir todas as arestas que
começam a partir daí. É formalmente conhecida como a ciência que lida com as condições de
existência das sociedades humanas.
A sociologia é um campo de estudo dinâmico, pois deve adaptar suas reflexões de acordo
com as mudanças sociais que ocorrem ao longo da história, buscando cobrir seus factores e
fenómenos determinantes.
Ao longo de sua existência como ciência social, a sociologia aplicou técnicas
multidisciplinares que lhe permitiram reflectir sobre seus fundamentos básicos. Isso também
lhe permitiu adoptar novos métodos à medida que novos cenários orgânicos são descobertos,
nos quais o homem está socialmente envolvido.
É considerada uma ciência que vai muito além de seus conceitos básicos, porque seu objecto
de estudo não pode ser considerado mecânico ou absoluto. Portanto, sempre haverá novos
fenómenos cujas respostas ou causas devem ser abordadas com novas perspectivas e novos
conceitos.
Tendo sido precedido por outros dois grandes pensadores da área da Sociologia, Karl Marx e
Émile Durkheim, Weber também tentou compreender as mudanças sociais que se
desenvolviam no cerne das grandes cidades que viviam a Revolução Industrial. Por meio de
estudos com base em observações empíricas, Weber identificou pontos centrais sobre os
quais construiu conceitos-chave que serviram como base do restante de suas teorias.
Tipos de racionalidade
A racionalidade formal relaciona-se com as formas metódicas e calculistas do sistema
jurídico e económico das sociedades modernas. Está ligada aos aparelhos institucionais que
se estruturam de forma burocrática, organizando-se em uma hierarquia delimitada por regras
fixas. A racionalidade substantiva aproxima-se da racionalidade formal, mas se difere em sua
conduta, que não é voltada para fins. Isso quer dizer que ela leva em consideração o contexto
social em que se insere, sendo racional quanto à disposição dos valores que orientam aquele
mundo social específico.
Tipos ideais
Outra contribuição de Weber para o pensamento sociológico foi a conceituação dos tipos
ideais, ferramenta teórica amplamente usada ainda hoje. O estabelecimento de tipos ideais
não busca construir tipologias genéricas nem mesmo busca classificar de maneira inflexível o
objecto em questão, como é o caso das classificações que encontramos nas ciências naturais.
Os tipos ideais servem como parâmetro de observação, um conceito teórico abstracto com
características delineadas que serve apenas como ponto de comparação entre o objecto
observado e a abstracção teórica. Trata-se de modelos conceituais que raramente, ou quase
nunca, existem integralmente. Dessa forma, é possível que olhemos, por exemplo, para o
sistema político de um país munidos de um tipo ideal, como o da democracia, e, a partir da
comparação, classificá-lo como sendo ou não uma nação democrática em um ou outro
sentido. Nessa comparação, ainda que não sejam observadas todas as características de um
modelo de democracia, esse sistema político ainda poderia ser considerado como democrático
se a maior parte de sua organização fosse condizente com a de um modelo democrático.
Socialismo científico: É a principal ideia de Karl Marx, na qual ele ensina que é
preciso uma revolução e uma luta armada para mudar a sociedade e acabar com as
injustiças. Por isso, ele fez uma análise crítica e científica do capitalismo.
Existem outras versões e nem todas envolvem a violência. Mas a essência permanece sendo a
teoria da luta de classes e a abolição da propriedade privada.
Não ter propriedade privada é não possuir nada próprio. Tudo será do Estado, que terá a
responsabilidade de distribuir tudo igualmente. Na prática, o governo passa a ser o único
detentor de propriedades. Isso recebe o nome de capitalismo de Estado ou Partido único.
O livro A Ordem Natural, de Carlos Alberto Sacheri, apresenta ainda mais detalhes sobre
esse tema.