Trab. Estudos Ambientais Ii
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 5
1.2 Específicos................................................................................................................................. 6
3. Conclusão .................................................................................................................................. 14
4. Referências Bibliográficas........................................................................................................ 15
1. Introdução
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1.1. Objectivo geral
1.2 Específicos
1.3. Metodologia
Para este trabalho, escolhi a abordagem qualitativa. Segundo Leite (2008, p.100), uma
pesquisa qualitativa “possui o poder de analisar os fenómenos com consideração de contexto”,
sem a pretensão de utilizar análises estatísticas para o levantamento de dados. Nesta
abordagem, o pesquisador se propõe a levantar informações acerca do objecto de pesquisa.
Conforme Gil (2006), a pesquisa bibliográfica toma forma a partir da consulta à materiais já
elaborados, sendo esses, principalmente, artigos científicos e livros. Aponta, também, que
quase todos os tipos de estudos possuem essa natureza, contudo, há pesquisas que se voltam
exclusivamente ao desenvolvimento a partir de fontes bibliográficas.
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2. Causas e Consequências do Desflorestamento no Distrito de Mocuba (Localidade de
Munhiba)
2.1. Desflorestamento
A floresta é útil para a comunidade humana, pois exerce sua influência na produção de
alimentos, medicamentos, gera emprego e oxigénio para a vida humana. As florestas
desempenham um papel preponderante na produção agrícola, restabelecendo a fertilidade dos
solos degradados pelo sistema de agricultura itinerante e agricultura de pousio que são os
sistemas agrícolas mais importantes (Falcão, 2013).
Em algumas regiões do globo, a sobrevivência é tão directamente dependente dos produtos de
origem vegetal, qualquer que seja a situação económica e ecológica que se considere, o
desaparecimento dos mesmos, pode conduzir a um colapso da economia tradicional, (Bila,
2005).
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2.3. Produção e Consumo dos Combustíveis Lenhosos em Moçambique
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2.4. Nível de Desflorestamento
Todas as províncias possuem vastas áreas de florestas que as comunidades rurais usam para
conseguir variados produtos para seu sustento e práticas de actividades culturais e espirituais.
Contudo, a diversidade florestal está escassamente documentada devido a razões tais como a
vastidão do país, a escassa rede de transporte, a longa guerra civil, e a falta geral de recursos
financeiros e humanos (DNTF, 2007). Os recursos florestais na Zambézia estão a escassear
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devido a alta intensidade de exploração de lenha e carvão vegetal que tem se verificado nos
últimos três anos segundo os dados fornecidos pela Direcção Nacional de Terras.
A procura de lenha e carvão vegetal em alta quantidade tende a obscurar a vital importância
de outros recursos florestais para as comunidades do distrito de Mocuba. Mocuba é um dos
distritos onde a produção de carvão verifica-se pouco por toda parte do distrito mas com
maior incidência na localidade de Munhiba onde mais que a metade da população pratica esta
actividade para a sua sobrevivência.
Segundo Maslow (2000), o conceito de motivação é um processo totalmente interno, que não
se pode resumir a critérios externamente observáveis. Neste sentido, ele evidencia que é no
seu interior onde se desencadeiam as carências, os anseios, os desejos e os motivos que
impulsionam o homem a agir. Assim, admitiu a influência do meio externo como gerador de
estímulo.
Robbins (2005) define a motivação como um processo responsável pela intensidade, direcção
e persistência dos esforços de um indivíduo para o alcance de uma determinada meta.
De acordo com Micoa (2011), as principais motivações que contribuem para a prática de
desmatamento estão relacionadas com os aspectos demográficos, económicos, tecnológicos e
socioculturais. No que concerne à economia, a pobreza e a falta de meios e estratégias de
vida, e os baixos níveis de emprego constituem um conjunto de condicionantes para o uso das
florestas para a satisfação das necessidades de sobrevivência individual.
Este uso está ligado à procura de alimentos, saúde (plantas medicinais), habitação (estacas,
bambus, capim, entre outros), assim como energia, a destacar a lenha e carvão vegetal para a
venda e o uso individual (Micoa, 2011).
No que diz respeito à tecnologia, esta está relacionada ao uso da lenha e carvão vegetal e,
nota-se pouca investigação no sector da energia, fundamentalmente, em relação a tecnologias
adaptadas às condições reais das diferentes regiões do país e limitado acesso aos recursos
financeiros para aquisição de tecnologias energéticas melhoradas, tais como fogões eléctricos,
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fogões a gás, fogões melhorados, aquecedores solares de água entre outros. No que diz
respeito aos aspectos socioculturais, estes estão ligados às práticas tradicionais e convicções
da população que contribuem para o contínuo uso de lenha e carvão para a energia doméstica
em Moçambique.
Segundo Oliveira e Silva (1994), a preservação sustentável dos recursos naturais é uma acção
desenvolvida pelas redes sociais no âmbito da protecção do meio ambiente e associa-se ao
plantio de árvores em novas áreas com vista a substituir as velhas ou as exploradas, bem como
a criação de florestas comunitárias que, para além de purificar o meio ambiente são fontes
alternativas de sobrevivência para a própria comunidade.
De acordo com Negrão (1996), a preservação sustentável dos recursos naturais está
dependente dos níveis de rendimento individual e familiar dos sistemas de uso da terra
estabelecidos pelos Estado e pelos direitos consuetudinários e da mobilidade da população na
área em que se encontra.
Na presente pesquisa, o conceito de preservação sustentável dos recursos naturais deve ser
entendido na perspectiva de Cardoso (1993), pelo facto do autor fazer menção a necessidade
de combinar vários elementos que concorrem para a prática da preservação sustentável dos
recursos naturais nas comunidades locais.
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A remoção da vegetação é realizada pelo corte directo, por máquinas e ainda por outros
meios, como as queimadas. Essas áreas desmatadas são comumente utilizadas para a
exploração dos recursos naturais e para a ocupação do solo.
Desse modo, a exploração da madeira, por exemplo, para a fabricação de papel e de móveis, é
uma importante causadora do grande volume de desflorestamento verificado em vários pontos
do distrito.
Nesse contexto, destaca-se ainda a produção de carvão vegetal e de meios de transporte que
utilizam a madeira em sua fabricação, como barcos. A madeira também é utilizada para a
construção de casas e confecção de objectos Almeida, (2007).
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dos geradores de oxigénio essenciais a Terra” (FAO, 2009).
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3. Conclusão
Apesar de, a nível internacional, haver um consenso quase generalizado sobre a necessidade
de proteger as florestas decorrente da problemática do aquecimento global e das mudanças
climáticas, tendo em conta o seu papel como sumidouro de CO2, bem como enqua nto
reservatório por excelência de biodiversidade. Para além deste valor ambiental intrínseco há
um valor em termos sociais e económicos. Todavia, o reconhecimento dos benefícios e
serviços que as florestas encerram, estão ainda muito aquém de motivar amplamente a
consciência social para que se promova uma luta implacável tendente à protecção e uso
sustentável dos recursos florestais.
Quantas as causas indirectas, a pobreza é identificada como a força motriz que contribui para
a degradação da floresta em Mocuba, pois a crise social consignada na falta de emprego
resultante da ausência de investimentos que criem postos de trabalho levou a que as
populações recorressem e fizessem das florestas um trampolim para a suprimir as mais
diversas necessidades básicas.
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4. Referências Bibliográficas
Birot, Y. & Lacaze, J. F. (1993). A Floresta, Trad. Armando Pereira da Silva, Ed Piaget, Lisb-
oa.
Oliveira, M.E & Silva, I. L. (1994). Efeito do fogo o solo. Florestas e Ambiente: Ano I.
Sitoe, A.A. at.al. (2007). Avaliação dos modelos de maneio comunitário de recursos naturais
em Moçambique, Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, FAO e Ministério
da Agricultura., Maputo.
Walker, R. T. (1999). The structure of uncultivated wilderness.Disponível em https://scholar.g
oogle.com.br/scholar?hl=en&as_sdt=0%2C5&q=WALKER%2 C+R.+T.+%281999%
29.+The+structure+of+uncultivated+wilderness&btnG=. Acessado em 23.05.2023
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