TCC Pós em Dermatologia - Faveni
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RIO DE JANEIRO
2022
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RESUMO – Introdução: as lesões por pressão (LPP) têm sido fator de grande
preocupação para os profissionais de saúde, posto que a incidência destas ocasiona
consequências para os pacientes e familiares, aumento do tempo de internação, e o
cliente fica mais exposto a riscos de infecção e outros riscos que pode ser
prevenido. Objetivo: identificar na literatura a importância na mudança de decúbito
para redução de lesões por pressão e custos de internação. Metodologia: Trata-se
de uma revisão bibliográfica com abordagem de natureza qualitativa. A coleta de
dados ocorreu no mês de setembro de 2022, por meio da busca de dados na
Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), elencando as seguintes bases de dados:
SCIELO, LILACS e MEDLINE. Resultados: porque o gerenciamento do risco pela
enfermagem possibilita a melhora do quadro clínico do paciente, além da redução de
custos da saúde, o que, por efeito, faz com que as ações preventivas sejam
otimizadas e eficazes Conclusão: percebeu-se o quanto é importante a busca de
informação para a identificar situações de risco e de ações de prevenção das lesões
por pressão, mas sobretudo a atitude do profissional enfermeiro diante do cuidado
com pacientes hospitalizados, que pelo aumento de incidência das lesões por
pressão tem se tornando um grave problema de saúde gerando custos onerosos aos
cofres públicos.
1. INTRODUÇÃO
As lesões por pressão (LPP) têm sido fator de grande preocupação para os
profissionais de saúde, posto que a incidência destas ocasiona consequências para
os pacientes e familiares, aumento do tempo de internação, e o cliente fica mais
exposto a riscos de infecção e outros riscos que pode ser prevenido (VIEIRA et al.,
2016).
Pressupõe-se que a ocorrência de lesão por pressão esteja relacionada
diretamente aos cuidados preventivos para se evitar o desenvolvimento dessas
lesões. Diante disso, existe a importância da prevenção dessas lesões e à atuação
do enfermeiro no processo.
De acordo com Pereira et al. (2017) a LPP é uma lesão causada
especialmente pela junção de três condições: pressão não aliviada, cisalhamento e
fricção. A LPP possui vários fatores, que são intrínsecos e extrínsecos ao paciente,
como idade, comorbidades, condições de mobilidade, estado nutricional e nível de
consciência, dentre outros.
Para Rocha et al (2015), uma pressão gerada sobre uma proeminência óssea
durante um período de 1 a 6 horas pode provocar uma lesão, podendo, assim, se
desenvolver em menos de 24 horas, ou levar até 5 dias para sua manifestação.
Muitas vezes, estão localizadas em regiões de proeminências ósseas e, além de
desencadear dano tissular, podem causar várias complicações e piorar o estado
clínico de pacientes com restrição na mobilização do corpo.
Freitas (2016) cita que pacientes hospitalizados, gravemente comprometidos
em sua capacidade funcional, e dependentes de cuidados diretos de outras pessoas
tais como idosos com doenças crônico-degenerativas como diabetes mellitus (DM)
ou hipertensão arterial sistêmica (HAS), presença de incontinência urinária e uso de
antibióticos, forma o perfil epidemiológico das pessoas que desenvolvem a LPP. As
consequências clínicas podem ocorrer aumento de custos para os sistemas de
saúde, e a adoção de medidas preventivas tornou-se essencial, posto que em torno
de 95% destas lesões podem ser prevenidas.
Os estudos de Maurício et al. (2014), destacam que a prevenção, em todos os
níveis de assistência, a busca por um tratamento contínuo, constituída pela
avaliação do paciente em um serviço e dos riscos presentes, seguidas por ações
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2. REVISÃO DE LITERATURA
músculo. Pode evoluir de forma rápida e revelar a extensão atual da lesão tissular
ou resolver sem perda tissular.
Freitas (2016) aponta que as ações preventivas devem iniciar pela adequada
identificação dos clientes em risco de desenvolver uma LPP, isso porque o
gerenciamento do risco pela enfermagem possibilita a melhora do quadro clínico do
paciente, além da redução de custos da saúde, o que, por efeito, faz com que as
ações preventivas sejam otimizadas e eficazes.
Posto isso, o autor fundamentado pelo manual do Ministério da Saúde (2013),
descreve 6 etapas fundamentais a serem seguidas pela equipe de enfermagem na
prevenção dessas lesões: a primeira é onde ocorre a avaliação da lesão no ato de
admissão de todos os pacientes; a segunda equivale a reavaliação diária de
desenvolvimento de uma LPP; na terceira etapa ocorre a inspeção (que deverá ser
diária); na quarta deverá haver o manejo da umidade, com manutenção do paciente
seco e com pele hidratada; na quita etapa, a otimização da nutrição e da hidratação
e na sexta e última, inclui a redução da pressão existente.
De acordo com o estudo de Prestes (2014) as orientações e os principais
cuidados a serem implantados pelos enfermeiros na prevenção de LPP são: Higiene
corporal – pois o banho é o momento oportuno de avaliar sinais de possíveis lesões
e situação que se encontra o paciente hospitalizado; Mudança de decúbito - Aliviar a
pressão em pontos das proeminências ósseas a cada 2 horas é de essencial
importância na prevenção e tratamento das lesões por pressão, e; Massagem –
contraindicada, porém, na presença de inflamação aguda e onde há risco de haver
vasos sanguíneos lesionados ou fragilidade da pele.
Semelhantemente outros estudos como de Sousa (2015) e Pereira et al.
(2014) mostram que as ações de enfermagem na prevenção conta com a avaliação
diária da pele, hidratação, mudança de posição corporal, trocas de fraldas sempre
que necessário, além das orientações quanto a importância do tratamento das LPP,
incluindo orientações à família; manutenção de dieta apropriada, com incentivo a
ingesta oral, uso de colchões do tipo piramidal ou pneumático e posicionamento
correto de dispositivos médicos.
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3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS