Hebreus 6 4-6 e A Possibilidade de Apostasia - Dr. Sam Storms
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Hebreus 6 4-6 e A Possibilidade de Apostasia - Dr. Sam Storms
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Quem são aquelas pessoas que uma vez foram iluminadas, provaram do
dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram da boa
Palavra de Deus e dos poderes do século futuro, e então recaíram? É
importante que saibamos, pois é impossível renová-las outra vez para o
arrependimento, uma vez que elas novamente crucificaram o Filho de Deus
e o expuseram ao vitupério.
A chuva cai em todos os tipos de solo, mas não se pode dizer, apenas com
base nisso, que tipo de vegetação, se haverá alguma, aparecerá. A figura
aqui não é de um solo que recebe chuva freqüente, dá vida e vegetação, e
então a perde. A figura é sobre dois tipos de solo juntos. Um responde à
chuva [bênçãos e oportunidades espirituais] por produzir vegetação
abundante, enquanto o outro é estéril, sem vida e, assim condenado. Da
mesma forma, pessoas que ouvem o evangelho e respondem com fé
salvífica manifestam vida. Outras, entretanto, que sentam na igreja, ouvem a
verdade e são abençoadas pelo ministério do Espírito Santo mas que
eventualmente viram suas costas a tudo isso, são como um campo em que
nunca floresce vegetação e assim vão a julgamento.
A idéia de terra que uma vez deu bons frutos e agora traz
espinhos não é compatível com esta figura. A implicação é esta:
enquanto as experiências positivas listadas nos versos 4-6 não
nos dão informação suficiente para saber se as pessoas são
verdadeiramente salvas ou não, a atitude de apostasia e expor
Cristo à vergonha revelam a verdadeira natureza daqueles que
caíram: todos eles são como um solo ruim que pode dar apenas
frutos maus. Se a metáfora da terra de espinhos explica os
versos 4-6 (como certamente o faz), então sua queda mostra
que primeiramente eles nunca foram salvos (Perseverance of the
Saints: A Case Study from Hebrews 6:4-6 and the Other Warning
Passages in Hebrews, in Still Sovereign, Baker; 156-57).
Quinto, nosso autor conclui sua carta com uma oração relatando a plenitude
em nós das bênçãos da Nova Aliança. Ele ora para que Deus vos aperfeiçoe
em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que
perante ele é agradável por Cristo Jesus (13.20-21). A promessa da nova e
eterna aliança é que Deus colocará em seu povo um novo coração e os
levará a andar em Seus caminhos, e não deixará de fazê-los bons (veja Ez
11.19,36.27; Jr 24.7,32.40). Portanto, Piper conclui que
Sexto, devemos tomar nota não só do que é dito destas pessoas nos versos
4-6, mas o que não é dito delas, mas que é usualmente dito dos cristãos.
Termos típicos usados para descrever os crentes, como regeneração,
conversão, justificados, adotados, eleitos, crentes em Jesus, estão
obviamente ausentes. Isto é mais que meramente um argumento
proveniente do silêncio quando consideramos a forma como os cristãos
são descritos no próprio livro de Hebreus. Aqui está uma lista do que é
verdadeiro sobre o verdadeiro crente, tudo o que está ausente na descrição
daqueles que apostataram em 6.4-6:
(15) Eles são a casa de Deus, seus filhos, seu povo (3.6; 2.10,13;
8.10)
Alguém talvez faça uma objeção, ao dizer: OK, descrições típicas dos salvos
não são encontradas em 6.4-6, mas também descrições típicas dos
perdidos são encontradas lá! Grudem responde: eu concordo que as frases
[em 6.4-6] sozinhas não batem com as descrições do autor sobre os
perdidos, e elas não indicam que essas pessoas são perdidas (antes que
cometam apostasia). Mas isto é justamente o ponto. Antes que elas
cometam apostasia seu estado espiritual é incerto. Fica a questão de se eles
estão entre os salvos ou os perdidos. Eles não deram indicações decisivas
sobre qualquer caminho. Esta é a razão para que o autor os avise para que
não voltem atrás se eles ainda estão em um ponto onde a decisão entre
estar entre os salvos ou os perdidos deva ser feita (171).
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Felipe Sabino de Araújo Neto®
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