O Cangaço
O Cangaço
O Cangaço
DISCENTES:
EMILLY ARAUJO
EVILLY ARAUJO
KARLA SOUZA
LUDMYLLA SOUZA
O CANGAÇO
PACAJÁ-PA
2023
DISCENTES:
EMILLY ARAUJO
EVILLY ARAUJO
KARLA SOUZA
LUDMYLLA SOUZA
O CANGAÇO
PACAJÁ-PA
2023
CONTEXTO HISTÓRICO
No final do século XIX, o Brasil passava por profundas transformações políticas e sociais
derivadas de acontecimentos marcantes desse período. Sobretudo, o país ainda enfrentava
graves problemas que repercutiam na sociedade por meio do aumento da pobreza, da fome, da
falta de acesso à Justiça, entre outros.
Nas zonas interioranas do Brasil, o poder de grandes famílias sobre a população era
evidente, e o que se presenciava era o monopólio da terra nas mãos de poucos e a exploração
intensa dos sertanejos. Essas grandes famílias mandavam na população pobre como uma
espécie de Estado paralelo, e a disputa de interesses, muitas vezes, resultavam em violência.
Esse cenário se sustentava por meio da troca de interesses, e, assim, representantes do Estado,
como policiais e políticos, por exemplo, atuavam apenas como defensores dos interesses
dessas poucas famílias. Logo, era perfeito para a existência de banditismo, isto é, para o
surgimento de grupos de bandidos armados que atuavam atacando propriedades e cidades,
roubando o que fosse possível e assassinando aqueles que se colocassem em seu caminho. A
pobreza, a inexistência do Estado, a falta de perspectivas e, muitas vezes, o desejo por
vingança serviam de motivadores para esses grupos.
Na segunda metade do século XX, o Nordeste brasileiro presenciou o surgimento de
grupos de bandidos que atacavam propriedades e cidades em pequenos grupos. Eram os
cangaceiros, membros de um dos fenômenos mais conhecidos do Brasil: O cangaço dura até a
década de 1930, só termina após uma ampla campanha instituída por Getúlio Vargas. Até
aquele momento o cangaço era mantido pelos próprios latifundiários, pois esses se
beneficiavam dos movimentos e grupos que preferiam associação e proteção e para isso lhes
faziam serviços como a cobrança de impostos, ou ações violentas para garantia de voto. Com
Vargas os cangaceiros passam a ser considerados como desordem à paz nacional e por isso
inimigo, públicos declarados.
Assim, no final do século XIX já se notava o surgimento de cangaceiros no nordeste do
país. No entanto, o movimento do cangaço adquiriu maior coerência e organização no inicio
do século XX.
A DIVISÃO NO CANGAÇO
PACAJÁ-PA
2023
selvageria. Assassinatos, marcação de inimigos com ferro quente, estupros, seqüestros e
castrações eram acontecimentos corriqueiros no cangaço. Mesmo assim, Lampião se tornou
uma figura controversa: se muitos o temiam e o governo o queria morto, outros o admiravam
e o viam como uma espécie de Robin Hood brasileiro.
Para entender o cangaço é preciso se lembrar do coronelismo, que existia desde os
tempos coloniais e teve seu papel durante a República Velha. Os jagunços estão inseridos
nesse contexto, seja de revolta contra os coronéis e seus desmandos, mas muitas vezes como
mão armada deles, que protegiam determinados grupos de cangaceiros, davam armas e
definiam áreas, normalmente de inimigos políticos, em que eles podiam agir.
Até o governo, em determinado momento, teria requisitado Lampião. O objetivo? Pedir
que os cangaceiros enfrentassem a Coluna Prestes, que se aproximava do Nordeste. Aí a
história fica cheia de nuances, mas o que se sabe é que Lampião e seu bando entraram em
Juazeiro do Norte, onde foram tratados como heróis e recebidos por Padre Cícero, de quem
Lampião era devoto. O religioso pediu que os homens largassem o cangaço, embora exista
uma polêmica aí: alguns dizem que Padre Cícero chamou Lampião para proteger Juazeiro;
outros garantem que ele foi pego de surpresa...
O apelido veio da habilidade de Virgulino com um rifle, que ele disparava enlouquecida
mente, iluminando a noite da caatinga: “Espia Levino! O rifle de Virgulino virou um
lampião!”, disse um de seus irmãos, batizando para sempre aquele que seria o nome máximo
do cangaço.
Por quase duas décadas, Lampião saqueou, entrou em centenas de combates, derrotou
policiais inúmeras vezes e acumulou dinheiro e fama. Seus irmãos morreram no cangaço
antes dele, que também esteve perto de bater as botas várias vezes, seja por tiro, seja por
incêndio, seja por faca, seja por envenenamento. Muitas vezes, o boato da morte de Lampião
se espalhou pelo país, para logo ser desmentido por mais um ataque do bando. Com isso, não
é difícil imaginar por que muita gente jurava que o cangaceiro não tinha morrido. E porque as
cabeças eram expostas de vila em vila.
Em 1931, ao parar em Paulo Afonso, na Bahia, Lampião conheceu Maria Déia, que tinha
vinte anos e era casada. Maria Bonita, como a chamava o cangaceiro, deixa a família para trás
e se une a Lampião e ao seu bando. Juntos eles lutam por oito anos e têm pelo menos uma
filha, Expedita, que é criada por amigos. Outras versões cogitam a possibilidade de o casal ter
tido mais filhos, mas que, por conta da dureza da vida no cangaço, teriam sido criados pela
mãe de Maria, como se fossem irmãos da cangaceira. A teoria é necessária porque, se tratando
de Lampião, é difícil dizer o que é lenda e o que é fato. De qualquer modo os dois viraram
símbolos de uma época.
Primeiramente, Maria Bonita tornou-se um símbolo histórico, mas não tinha nenhum
traço feminista em suas atitudes. Sobretudos, os historiadores entendem que ela adotou ao
código de conduta machista do cangaço. Em resumo, os papéis costumavam ser muito bem
definidos, ou seja, com os homens zelando pela segurança e sustento dos bandos enquanto as
mulheres eram esposas e companheiras. Ademais, a cangaceira participava das torturas das
vítimas de Lampião, apoiando o assassinato de mulheres adúlteras.
Curiosamente, as mulheres ficavam escondidas durante a gestação. Contudo, precisavam
entregar os filhos a amigos na cidade e continuar acompanhando o bando. Sendo assim,
estima-se que a primeira filha de Maria Bonita e Lampião nasceram em 1932, com o nome de
Expedita.
Apesar de ter sido entregue a um aliado do cangaço, Expedita entrou para a história como
a Princesa do Cangaço. Porém, sua história e existência permaneceram como segredo até os
estudos sobre a cangaceira surgirem na história brasileira. Por outro lado, estima-se que a
esposa de Lampião mantinha grandes riquezas, obtidas no saques feitos pelo marido.
Comumente, as representações de Maria Bonita a demonstram portando inúmeros anéis,
colares e outras jóias. Antes de tudo, o principal item era o revólver Colt calibre 38 e um
punhal feito de prata, marfim e ônix. No geral, eram símbolos de poder do casal no Nordeste.
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Por fim, a cangaceira mantinha uma rivalidade séria com Dada, outra mulher que
participava do bando de Lampião. Ainda que tenha sido ela a primeira e única a portar um
fuzil no bando, ambas se detestavam. No geral, essa rivalidade decorria da autoridade de
Maria Bonita sobre o bando.
Portanto entender o cangaço é entender a forma que cada um dos sertanejos foi obrigado
a viver com a realidade daquela época. Uns permaneceram em suas propriedades trabalhando
para os coronéis, outros se debandaram nos bando do cangaço. Portanto, podemos entender o
cangaço como um fenômeno social, caracterizado por atitudes violentas por parte dos
cangaceiros, por parte dos volantes (policia militar hoje). Estes, que andavam em bandos
armados, espalhavam o medo e o terror pelo sertão nordestino. Os cangaceiros Promoviam
saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a seqüestrar fazendeiros para obtenção de
resgates.
Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não sofria mal algum,
pelo contrário, eram muitas vezes ajudados. Esta atitude, fez com que os cangaceiros fossem
respeitados e até mesmo admirados por parte da população da época. Os cangaceiros não
moravam em locais fixos. Possuíam uma vida nômade, ou seja, viviam em movimento, indo
de uma cidade para outra sempre pela a caatinga para não serem vistos pelos volantes. Ao
chegarem às cidades pediam recursos e ajuda aos moradores locais. Aos que se recusavam a
ajudar o bando, sobrava à violência. Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo,
eram perseguidos constantemente pelos policiais (volantes). Usavam roupas e chapéus de
couro para protegerem os corpos, durante as fugas, pela vegetação cheia de espinhos e galhos
secos da caatinga. Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os conhecimentos que
possuíam sobre o território nordestino (fontes de água, ervas, tipos de solo e vegetação) para
fugirem ou obterem esconderijos.
O cangaço tinha a sua própria definição, regras. Como, os cangaceiros eram homens que
andavam armados e em bandos pelo sertão nordestino nas primeiras décadas do século XX.
Tinham suas próprias regras de conduta e suas próprias leis. Vagavam de um local para o
outro (não possuíam residência fixa), vivendo de saques e doações. Eles eram temidos pelas
pessoas e espalhavam o medo por onde passavam. Freqüentemente enfrentavam as forças
policiais do governo. Também tinham um estilo próprio de se vestir, de acordo com a época e
a região em que viviam, ou seja, que estavam inseridos. Os cangaceiros usavam roupas e
chapéus de couro, pois andavam muito pela caatinga. Este tipo de vegetação possui muitos
espinhos e esta roupa fornecia proteção aos cangaceiros.
O FIM DO CANGAÇO
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
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https://www.preparaenem.com/amp/historia-do-brasil/a-exposicao-macabra-no-fim-
cangaco.htm https://www.todamateria.com.br/cangaco/https://www12.senado.leg.br/noticias/
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www.sohistoria.com.br/ef2/eravargas/p1.phphttps://www.brasildefato.com.br/especiais/os-
sentidos-do-cangaco#:~:text=N%C3%A3o%20%C3%A9%20poss%C3%ADvel%20reduzir
%20o,not%C3%ADcia%20da%20morte%20de%20Lampi%C3%A3o
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