Bid 02
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RESUMO – Para haver desenvolvimento econômico numa determinada região é preciso que
esta esteja dotada de instrumentos que o viabilizem por meio da geração de emprego, renda,
educação, saúde, entre outros fatores que elevem a qualidade de vida da população. O estado do
Amazonas, desde os primórdios, busca uma alternativa de desenvolvimento econômico. No entanto, as
tentativas até então promovidas na região resultaram apenas em ciclos econômicos de curta duração.
O que este trabalho se propõe é analisar a possibilidade de gerar desenvolvimento endógeno a partir
da produção de biodiesel de dendê no estado do Amazonas, que poderá proporcionar à população
geração de emprego e renda, e aumento da qualidade de vida, visto que a utilização do biodiesel nos
geradores de energia elétrica das comunidades interioranas evitará a falta de eletricidade. Além desses
benefícios, o cultivo de dendê restaura as áreas desmatadas e diminui o efeito estufa, absorvendo o
gás carbônico emitido pelo diesel. E, ainda, o dendê origina uma gama de subprodutos possíveis na
utilização no mercado alimentício (humano e animal) e químico.
Palavras-chave – Elaeis guineensis, óleo de palma, biodiesel, desenvolvimento econômico.
INTRODUÇÃO
impulsionada pelo Pólo Industrial e Coari pelo gás natural. Essa característica faz com que esse
Estado tenha enormes áreas com vazios populacionais e diversas comunidades que vivem em
situação de elevado isolamento. Tais comunidades carecem de escolas, hospitais, luz elétrica (que
está disponível, na maioria destes lugares, por apenas duas horas por dia), entre outros, que dificultam
a capacidade de promoção de desenvolvimento, não só em função dos altos custos de transporte,
devido à distância dos principais mercados nacionais, mas principalmente na escolha do que se
produzir nessas comunidades. Essas características resultaram em três ciclos econômicos de curta
duração e não apresentaram capilaridade espacial. Nos quais foram: o das drogas do sertão, o da
borracha e o da Zona Franca de Manaus.
Destaca-se que a região mais apta ao cultivo do dendê está localizada, em quase sua
totalidade, no Estado do Amazonas. Sendo que, neste, na região oeste. Logo, pode-se afirmar que a
metade oeste do Estado deverá ser a região mais beneficiada com a produção de dendê.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O dendê dá origem a dois tipos de óleo: o de palma (proveniente da polpa), que pode ser
utilizado como combustível ou como gordura industrial para fabricação de margarinas, biscoitos, bolos
etc; e o de palmiste, um óleo mais refinado, que é utilizado principalmente em indústrias cosméticas. É
importante ressaltar que toda a gama de subprodutos provenientes do dendê é utilizada, seja como
adubo, alimentação animal ou como material para capear estradas (a partir da casca da amêndoa).
O rendimento médio para cada hectare, ao ano, é de 25 a 28 cachos de dendê. Isso seria
equivalente a 3.500 a 5.000 kg de óleo de palma e 200 a 350 kg de óleo de palmiste. O que indica ser
a cultura de maior rendimento por ha. A segunda, que é o girassol, geraria no máximo algo próximo a
1.000 kg, segundo Furlan Júnior et al. (2006) apud Oil World (2006) e Santos (2008).
Além de o dendê propiciar energia elétrica às comunidades, gerando emprego e renda, esse
possui impactos ambientais relevantes. Em primeiro lugar, esse pode recuperar as áreas degradadas,
segundo, recupera os solos evitando a erosão e, em terceiro lugar, absorve o gás carbônico emitido na
atmosfera, diminuindo o efeito maléfico do diesel.
CONCLUSÃO
que se chegue às comunidades o seu preço se eleva, em vista do alto custo de transporte. Um
exemplo que pode ser citado é que para cada litro usado nos geradores gastam-se cerca de dois litros
de diesel, resultado no elevado custo de transporte. É importante ressaltar que, no mercado
internacional, o diesel é considerado mais barato do que o biodiesel de dendê, mas, no interior do
Amazonas, o preço do diesel eleva-se em virtude dos gastos com o transporte e, por isso, torna-se
inviável a utilização deste nas comunidades interioranas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREITAS, Francisco Alves de. (Org.) Contas Municipais do Estado do Amazonas. Manaus, AM,
2006. Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas.
FURLAN JÚNIOR, José et al. Biodiesel: Porque tem que ser dendê. Belém: EMBRAPA Amazônia
Oriental; PALMASA, 2006.
MENEZES, J. A. de S. Terceiro ciclo industrial no amazonas: contribuições do óleo de dendê como
insumo energético (biodiesel e oleoquímico). Manaus: Governo do Estado do Amazonas, 1995.
SANTOS, Anamélia Medeiros. Análise do Potencial do Biodiesel de Dendê para Geração de
Energia Elétrica em Sistemas Isolados da Amazônia. Dissertação (Mestrado em Planejamento
Estratégico). Rio de Janeiro: Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de
Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.
MIRAGAYA, Brent (Org.). Plano Amazônia Sustentável.. Ministério da Integração Nacional e
Ministério do Meio Ambiente. 2004. Disponível em: <www.mma.gov.br>. Acesso em: 19 ago. 2009
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Site Oficial. Acesso em 08 jan. 2010. Disponível
em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=am>