A Influência Das Relações Pais-Mães-Filhos No
A Influência Das Relações Pais-Mães-Filhos No
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mesmo. Para Winnicott, a participação efetiva que questão seja “famílias”, no plural, para que assim
os pais e as mães desempenham ou não na vida englobe democraticamente todas as possíveis
dos filhos, a qualidade de suas presenças, de seus configurações familiares (AMAZONAS; BRAGA,
afetos e ações em prol a eles são terminantemente 2006; KALOUSTIAN, 2002).
os fatores mais vitais (ROSA, 2009). Por toda essa evolução histórica e mesmo
com as inúmeras mudanças que ocorreram nas
A Família e a História: Indissociáveis no tempo definições de papéis, ambos os pais mostraram
ser primordiais para o processo de formação dos
Num passado muito longínquo, que remonta
sujeitos em desenvolvimento. Em outras palavras,
a era neolítica, não havia por parte dos grupos
insubstituíveis na vida dos filhos – tanto suas
familiares a concepção de paternidade na sua
presenças como afetos e ações de cuidados
totalidade como é dada atualmente. Contemplavam
dispensados às crianças.
a participação do homem no seio familiar
meramente como um procriador e um mantenedor
econômico do lar, sem a obrigatoriedade de cumprir Relações Familiares: Perfeitamente boas ou
suas demais implicações na formação dos filhos, absolutamente más?
como assistir as demandas afetivas, emocionais, É verdade que com o passar do tempo e
psíquicas, comportamentais, sociais e morais das gerações, as configurações familiares sofreram
do sujeito em desenvolvimento. Durante muitos intensas e múltiplas transformações, reverberando
séculos, a predominância na esfera familiar dessas assim, na formação da identidade individual, social
coletividades fora de modelo matrilinear, ou seja, e grupal do bebê, da criança, do adolescente, e
a responsabilidade pela formação dos filhos era posteriormente, do adulto (ZIMERMAN, 2007).
inerente à figura da mulher/mãe (FLORENTINO,
A instituição família é primordial para a
2002).
manutenção da sobrevivência da criança e para
No decorrer da evolução humana e dos assegurar seu desenvolvimento. É responsável por
acontecimentos históricos, como as guerras, o suprir as necessidades biológicas e afetivas, assim
homem remodelou seu papel adquirindo maior como, é também um veículo de aprendizagem e de
relevância na sociedade, superiorizando as inserção social, além de ser formadora da identidade
características masculinas em detrimento das da criança. Desse modo, o sistema familiar é
femininas, permanecendo ainda distante das suas considerado o fator que mais exerce influência
funções enquanto pai (FLORENTINO, 2002). no desenvolvimento infantil (KALOUSTIAN, 2002;
Entretanto, como a vida e a história são MINUCHIN, COLAPINTO, MINUCHIN, 1999).
um movimento cíclico no tempo, abarcadas por Para Winnicott, o “ambiente total” ou
constantes variáveis, novas alterações sociais, “suficientemente bom”, capaz de promover o
culturais e econômicas afetaram o entendimento desenvolvimento saudável, é composto tanto pela
e as configurações dos papéis familiares. Com as mãe como pelo pai, e juntos, como pessoas reais,
conquistas da mulher/mãe na contemporaneidade, completam e mantêm o ambiente que o bebê
como acesso a escolarização, ao mercado de depende para amadurecer e onde irá vivenciar
trabalho, as lutas de classes e o direito ao divórcio, suas experiências concretas (ROSA, 2009).
essa passou a ser mais valorizada na sociedade,
Já um ambiente familiar considerado
e assim, a importância da figura paterna foi
disfuncional é aquele não atende às necessidades
equiparada com a da figura materna, pois agora os
de seus membros, cujas interações não
afetos e as ações de cuidados para com os filhos
são positivas e apresenta alguns pontos
foram subdivididos e compartilhados, tal como,
desestruturados, como: uma dinâmica familiar
as obrigações fora do lar (AMAZONAS; BRAGA,
desordenada; críticas e acusações; falta de
2006).
empatia e solidariedade; baixa capacidade de
No Brasil, as configurações familiares resolução de conflitos; relações desiguais; papéis e
passaram por variadas modificações ético-político- limites indefinidos; dificuldade em assumir funções
cultural-social-econômica ao longo da história, de responsabilidade e autoridade. Dessa forma, o
prevalecendo o modelo patriarcal tradicional ambiente familiar disfuncional fracassa no quesito
ou nuclear, liderado pelo homem e composta de cumprir com suas atribuições na vida de seus
por esposa e filhos. Contudo, hoje se defente membros e de facilitar o crescimento individual, que
que o modo correto a se referir ao grupo em
consequentemente, interfere no desenvolvimento com sua criança. Mas, quando a relação marido-
saudável dos filhos (WEITZMAN, 1985). esposa era insuficiente, as recordações infantis
Dentre os aspectos relevantes para a adoecidas pelo desprezo e a falta de apoio de
funcionalidade do ambiente familiar descritos ambos os pais refletiam no relacionamento da mãe
acima, Zimerman (2007) ressalta que as alterações com os próprios filhos, reincidindo assim, um ciclo
e más definições dos papéis, das posições, dos intergeracional negativo.
limites e das imagens criadas dentro da estrutura Concordantemente, Zimerman (2007)
familiar afetam substancialmente a constituição ressalta que transgeracionalidade ou transmissão
do psiquismo da criança. Ou seja, é essencial que psíquica geracional, que corresponde há quando
haja clareza nas divisões de papéis, e também, os genitores trazem consigo internalizadas as
reciprocidade no desempenhar das tarefas e vivências, os conflitos e os valores adquiridos com
funções. suas famílias primárias (primeira geração), de
Estudos sobre famílias e seus modo que, tendem a reproduzi-los na nova família
desdobramentos apontam que as condições em projetando nas figuras dos filhos (segunda geração)
que se dão as relações parentais acompanhadas seus conflitos não resolvidos com os próprios pais,
por conflitos e discórdias estão intimamente ligadas é outro fator que afeta a dinâmica da esfera familiar.
ao germe dos distúrbios psicológicos nas crianças Em resumo, fato é que todas as relações
(CUMMINGS, DAVIES, 2002; WAMBOLDT, estabelecidas numa família terão alguns pontos
WAMBOLDT, 2000). disfuncionais e enfrentarão dificuldades em
Portanto, a qualidade da interação pai- certos momentos. Contudo, a pretensão destas
mãe ou entre os cônjuges é considerado um ponto informações é orientar quanto às práticas negativas
crucial para a estruturação do psíquico infantil. persistentes desde os momentos iniciais da vida
O modo como as figuras parentais relacionam de um bebê e quão nocivas podem ser para
entre si, a imagem que possuem um do outro, a o desenvolvimento emocional dessa criança,
valorização mútua que preservam e o padrão em oposto, das práticas parentais saudáveis
de comportamentos adotados acerca do outro e consideradas adequadas para esse período
são fatores primordiais que afetam o processo desenvolvimental.
de construção das representações internas do
filho a respeito dos seus respectivos pais, e, por O “colo” da Mãe: Ambiente de afeto vital e o
conseguinte, de si próprio – das suas identificações “berço” do desenvolvimento
e de sua autoestima (ZIMERMAN, 2007).
“Embora a técnica materna possa ser
Os casais tendem a reproduzir nas relações ensinada e até estudada em livros, os cuidados
com os filhos a mesma qualidade das relações que maternos com o próprio bebê são inteiramente
possuem entre si. Em outras palavras, se a relação pessoais, uma tarefa que ninguém mais pode realizar
conjugal é positiva e satisfatória, desempenharão um tão bem quanto à própria mãe” (WINNICOTT, 1982,
envolvimento similar com as crianças; se, contudo, p. 98).
o relacionamento dos pais é conflituoso e crítico, de
Mãe é a genitora capaz de se doar aos
igual modo serão as relações dos cônjuges com os
cuidados que seu bebê necessita vitalmente
filhos, ou seja, negativas (CUMMINGS, O’REILLY,
desde seu nascimento e que aceita ser o mundo
1997).
satisfatório que o filho precisa para se desenvolver.
Rosa (2009) afirma que o colo da mãe Ser mãe é ofertar sua presença viva e humana,
ofertado ao bebê, ou seja, a qualidade da relação cuidados físicos e afetivos, e progressivamente,
que será criada entre os dois, é diretamente afetada educar e apresentar o mundo real ao lactante
pela sustentação que o pai provê ou não à mulher. introduzindo-o na sociedade e na cultura. Essas
Autores como Belsky, Youngblade, Pensky ações da figura materna são cruciais para o
(1989) reafirmam em seus estudos que a relação desenvolvimento emocional do bebê (WINNICOTT,
conjugal assume um fator de proteção para as 1982; ZIMERMAN, 2007).
mães que sofreram com o desprezo e o desamparo Assim, tornar-se mãe, para uma mulher é
de seus pais na infância. Logo, quando a relação um processo individual, pessoal e intrincado. Não
marido-esposa era positiva, as lembranças de há um único modo de ser e de fazer, de reajuste ou
rejeição e desamparo que haviam vivido não de adaptação que sirva unanimemente para todas
afetavam a emocionalidade da mãe e a relação
seus desejos sexuais (ROSA, 2009; ZIMERMAN, De acordo Zimerman (2007) a família é
2007). um organismo dinâmico que está em constante
A atuação do pai na formação do psiquismo transformação e estabelecendo novas relações,
da criança vai muito além de ser apenas um onde são compartilhadas experiências, valores
representante ou símbolo da lei, da moral, das e características psíquicas entre os integrantes.
regras sociais, de autoridade e de um interventor Portanto, a relação que os pais e as mães
na relação diádica mãe-bebê. A figura paterna estabelecem com os filhos influencia e pode
é responsável também por dar todo o suporte determinar como ocorrerá o desenvolvimento
emocional que a criança necessita para poder psicológico desses.
manifestar suas pulsões de ódio, ira, ciúmes e não Para Amazonas e Braga (2006, p. 04) “a
sentir que está destruindo seus objetos de amor ou família, não importa a configuração que assuma,
a si próprio (ROSA, 2009). continuará a existir, pois é o que pode assegurar
Por último, ele é o modelo de integração à criança, aos novos sujeitos que se apresentam
em que o filho se espelhará, por ser a primeira ao mundo, o direito ao amor, ao acolhimento no
pessoa inteira com quem entra em contato, uma mundo humano e à palavra”.
vez que, nos primeiros meses de vida o bebê ainda Dessa forma, por toda a literatura da
percebe a mãe como parte dele. Assim, o pai é um Psicologia, é comumente compreendido por
mantenedor das relações e do ambiente familiar diferentes teóricos que “os sentimentos de afeto,
para que esses se mantenham saudáveis (ROSA, confiança e segurança que os bebês ganham
2009). com o apego seguro preparam o terreno para um
desenvolvimento psicológico saudável” (SHAFFER,
KIPP, 2012, p. 522) e de acordo com os mesmos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
autores, pode-se entender por apego seguro ou
apego emocional, o forte vínculo afetivo que os
Relembrando que esse artigo científico cuidadores estabelecem com as crianças.
teve por objetivo compreender de que modo Os bebês que estabelecem boa relação
a relação entre pais, mães e filhos influencia com a mãe – um apego seguro – sentem-se
no desenvolvimento psíquico infantil e quais amados e cuidados, apresentam maiores chances
intervenções são necessárias para que a criança de atingir uma maturação psíquica saudável,
alcance um estágio emocional saudável. Isso serem confiantes, empáticos, emocionalmente
posto, a teoria de Winnicott (1982) confirma que equilibrados e capazes de estabelecerem melhores
o desenvolvimento do ser humano é um processo relações sociais (PAPALIA, FELDMAN, 2013;
contínuo e evolutivo, onde cada etapa precisa ser WINNICOTT, 1888).
vivenciada e concluída adequadamente com sua
Crianças que possuem uma relação
faixa etária. Dessa forma, os cuidados essenciais
positiva, afetuosa e sólida com o pai desenvolvem
desempenhados pelo pai e pela mãe para com os
melhor autorregulação emocional, melhores
filhos na infância são imprescindíveis tanto para
habilidades sociais e apresentam menores
o desenvolvimento psíquico sadio do individuo
índices de comportamentos problemáticos futuros
ainda criança como para o adulto emocionalmente
(CABRERA et al., 2000; COLEY, MEDEIROS,
saudável que virá a ser.
2007; LIEBERMAN, DOYLE, MARKIEWICZ, 1999
Os autores Shaffer e Kipp (2012) afirmam apud SHAFFER, KIPP, 2012).
que os cuidadores que desempenham bem seus
Por conseguinte, falhas e privações nas
papéis e funções (em parceria mútua) adotam uma
relações entre pais-mães-filhos acarretam em
postura afetuosa e positiva em relação aos filhos,
atrasos cognitivos, perdas psíquicas e dificuldades
são sensíveis às necessidades desses, oferecem
pessoais durante o crescimento do sujeito
apoio emocional e estimulam as competências
(WINNICOTT, 1982).
psicológicas e sociais da criança, que interioriza os
benefícios dessas interações positivas, tornando- Assim, a maternagem adequada ou
se capaz de estabelecer vínculos de apego seguro suficientemente boa – termo conceitual de
com as figuras parentais e, consequentemente, Winnicott – é aquela que a mãe não frustra nem
com outras pessoas, atingindo um desenvolvimento agrada demasiadamente o filho, possibilitando
psicológico saudável. o crescimento saudável do eu da criança. Assim
como, a função paterna é entendida como
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