Técnico de Segurança No Trabalho
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Assim, com o intuito de promover o gerenciamento e controle das informações dos profissionais que possuem registro em alguma das
categorias profissionais citadas acima, o MTE desenvolveu a nova versão do Sistema Informatizado do Registro Profissional (SIRPWEB).
Este sistema tem por objetivo dar transparência e agilidade aos processos de solicitação de registro profissional, adequando-se, assim, ao
que dispõe a Lei de Acesso à Informação. O procedimento de solicitação do registro profissional foi modificado e o interessado deverá
ingressar, inicialmente, com o pedido na Internet.
Assim, o novo procedimento compreende seis passos:
Inspecionar locais de trabalho (indo a campo e fazendo investigações), instalações e equipamentos, efetuando levantamento
sistemático, para verificar fatores e riscos de acidentes;
Participar do estabelecimento de normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipamentos e
instalações, a fim de eliminar e/ou minimizar riscos e causas de acidentes;
Supervisionar as condições e necessidades de extintores de incêndio, material de segurança e equipamentos de proteção individual,
quando for o caso, para assegurar perfeitas condições de funcionamento e uso adequado;
Instruir os empregados sobre normas de segurança combate a incêndios e demais medidas de prevenção de acidentes, ministrando
palestras e treinamento, divulgando e desenvolvendo hábitos de prevenção de acidentes e métodos de ação em casos de emergência.
Realizar medições de luminosidade, ruídos, temperatura e etc., utilizando aparelhos de luxímetro, decibilìmetro, termômetro entre
outros, anotando em formulário próprio para contribuir na avaliação pericial referente à concessão ou não de adicional de
periculosidade/insalubridade.
Comunicar os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios e propondo a separação ou renovação dos equipamentos e outras
medidas de segurança;
Investigar acidentes ocorridos, examinando as condições de ocorrência para identificar suas causas e propor as providências
cabíveis;
Participar das reuniões da CIPA e outros eventos sobre higiene e segurança do trabalho, fornecendo dados relativos ao assunto,
apresentando sugestões e analisando a viabilidade de medidas de segurança propostas;
Participar na elaboração da SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho); e etc.
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Conforme estabelece a
NR-4 as empresas deverão contratar o Técnico de Segurança de acordo com o grau de risco da atividade da
empresa e do número de empregados existentes no estabelecimento, conforme ao disposto no referido quadro:
50 101 251 501 1.001 2.000 3.501
Grau de Nº de Empregados Acima de 5.000 para cada grupo de
a a a a a a a
Risco no Estabelecimento 4.000 ou fração acima de 2.000**
100 250 500 1.000 2.000 3.500 5.000
Técnicos
Técnico Seg. Trabalho 1 1 1 2 1
Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1 1*
1
Aux. Enfermagem Trabalho 1 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1*
Médico do Trabalho 1* 1* 1 1*
Técnico Seg. Trabalho 1 1 2 5 1
Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1 1 1*
2 Aux. Enfermagem Trabalho 1 1 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1
Médico do Trabalho 1* 1 1 1
Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 6 8 3
Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1 1 2 1
3 Aux. Enfermagem Trabalho 1 2 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1
Médico do Trabalho 1* 1 1 2 1
Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 5 8 10 3
Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1
4 Aux. Enfermagem Trabalho 1 1 2 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1
Médico do Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1
(*) Tempo parcial (mínimo de três horas).
(**) O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3501 a 5000 mais o
dimensionamento do(s) grupo(s) de 4000 ou fração de 2.000.
Nota: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500
(quinhentos) empregados deverão contratar um Enfermeiro do Trabalho em tempo integral.
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JURISPRUDÊNCIA
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condenação em danos morais e materiais. Sustenta não terem sido comprovadas a culpa da empresa e a redução de capacidade laborativa.
Consta do v. Acórdão: (...) No caso dos autos, como mencionado alhures, é evidente a culpa patronal. As Normas de Segurança devem ser
observadas pelo empregador e por seus prepostos; age com culpa o empregador que admite a realização de trabalho em condições
inseguras e improvisadas. E, como bem salientado no laudo pericial, a reclamante realizava serviços que demandam movimentos
repetitivos e frequentes com mãos e punhos, resultando em exposição a risco ergonômico, com potencial ofensivo para o desenvolvimento
de doenças nos referidos segmentos corporais. A reclamada, por meio do SESMT- Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho deveria atuar de forma eficaz a fim de evitar a eclosão ou agravamento da doença diagnosticada, atuando de forma integrada
com a CIPA. Ademais, um PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR 07) e um PPRA - Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (NR 09) bem elaborados, poderiam evitar o desencadeamento ou agravamento na patologia das mãos e punhos,
preservando a saúde e a integridade da empregada, inclusive quanto aos riscos ambientais existentes no trabalho. Ademais, não restou
evidenciada a realização de rodízios de atividades, revezamentos ou paradas de modo a reduzir o risco decorrente das condições de
trabalho realizado. Ainda que a concessão de pausas para o trabalho realizado com movimentos constantes, repetitivos e com postura
antiergonômica não implique redução das condições prejudiciais, não há como negar que tais intervalos minimizam o desgaste decorrente
do trabalho executado desta forma. A conclusão expressa no laudo pericial não foi ilidida nem desconstituída por prova em sentido
contrário A valoração dos elementos probatórios acima indica que as condições de trabalho reinantes na empresa atuaram, pelo menos
como concausa, para a incapacidade laborativa da autora. Incensurável o laudo elaborado pelo Sr. Perito médico; prevalece a conclusão
nele apresentada. Evidente, portanto, a culpa empresarial, formando, assim o trinômio autorizador da responsabilidade civil subjetiva, qual
seja, a conduta ilícita, o dano e o nexo causal/concausal. (...) I. A teor do entendimento contido no item I da Súmula nº 422 desta Corte,
não se conhece do recurso "se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida".
II. Na hipótese de agravo de instrumento, cabe à parte Agravante impugnar especificamente os fundamentos adotados pela Autoridade
Regional para denegar seguimento a seu recurso de revista. III. Não impugnados os fundamentos da decisão agravada, nos termos em que
foi proferida, não há como se conhecer do agravo de instrumento. IV. Agravo de instrumento de que não se conhece. (AIRR - 1000825-
11.2014.5.02.0468 , Relator Desembargador Convocado: Ubirajara Carlos Mendes, Data de Julgamento: 04/04/2018, 4ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 13/04/2018).
AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA NÃO REGIDO PELA LEI 13.015/2014. PERÍCIA.
NULIDADE INEXISTENTE. DOENÇA OCUPACIONAL NÃO CONFIGURADA. REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS.
SÚMULA 126/TST. LEGALIDADE. O recorrente defende a nulidade do laudo pericial, porque (...)...foi totalmente omisso quanto à
inexistência de qualquer programa de prevenção de riscos ocupacionais pela ré, a despeito das disposições celetárias e administrativas
sobre o tema (ausências de SESMT, PCMSO e PPRA), há (...)...omissão do perito em discorrer sobre as tarefas quotidianas de trabalho do
autor, bem como (...)...em apontar o peso dos equipamentos operados manualmente pelo autor. (fl. 710). Consta no acórdão: (...). No caso,
o Perito concluiu que não existe nexo causal entre a doença do autor e o trabalho realizado, porque as moléstias apresentadas são de
origem degenerativa (fl. 605 v). Registre-se que a função da prova técnica é pesquisar, tecnicamente, as facetas que dizem respeito aos
fatos alegados com vistas a fornecer ao Juízo elementos que lhe formem a convicção sobre a verdade da controvérsia posta a seu
julgamento, sendo que as informações fornecidas pelo "Expert" foram suficientes para convencer a Julgadora, que, assim, reputou
desnecessária a realização de nova perícia. De fato, percebe-se que o laudo pericial acostado às fls. 600/609, complementado às fls. 631,
tem elementos suficientes para a formação da convicção. Ademais, não se vislumbra nenhuma insuficiência técnica capaz de ensejar a
desconsideração da perícia. O laudo foi elaborado por profissional legalmente habilitado (médico do trabalho) e compreendeu a avaliação
dos históricos laboral e médico, o exame físico, a análise dos documentos pertinentes e a resposta aos quesitos formulados, não se
podendo alegar que a investigação pericial tenha sido parcial, insuficiente ou precária. E não havendo nos autos argumentos técnicos
capazes de elidir a conclusão do laudo, não há como ignorá-lo. Ainda, não se pode olvidar o fato de que as informações referidas no laudo
foram obtidas pelo "Expert" do próprio Autor, de modo que certamente refletiram as circunstâncias efetivamente vivenciadas pelo
empregado. Importa frisar que a decisão com apoio em perícia é a regra, pois o Juiz se ressente da falta de conhecimentos técnicos para
apurar os fatos de percepção própria de um médico do trabalho. Já a rejeição da perícia deve ser motivada com base na existência de
outros elementos probatórios contrários e mais convincentes, os quais não se encontram configurados no caso, não bastando meras
alegações. Assim, sem fundamento a arguição de nulidade do laudo pericial ou a sua pretendida desconsideração. Em verdade, a intenção
do Autor é eliminar a prova técnica que lhe é desfavorável. (...) Nada a reparar. REJEITO a arguição de nulidade. (...) Desde que a decisão
utilizada como parte da fundamentação tenha apreciado devidamente os argumentos formulados pela parte, explicitando sua relação com a
causa ou questão decidida (incisos I e IV do artigo 489 do CPC/2015), tem-se como válida a adoção das razões de decidir, sem que se
cogite de ofensa à norma inscrita no inciso IX do artigo 93 da Constituição Federal. Agravo não provido. ( Ag-AIRR - 391400-
04.2007.5.09.0195 , Relator Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 29/03/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT
31/03/2017).
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o que causou acidente em debate. Evidenciado o dano, assim como a conduta culposa do empregador e o nexo causal entre ambos, deve
ser mantido o acórdão regional que condenou o réu a indenizá-lo. Agravo de instrumento a que se nega provimento. DANOS MORAIS.
VALOR DA INDENIZAÇÃO. DECISÃO GENÉRICA. INÉRCIA DA PARTE, QUANTO À OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO. O Tribunal Regional não especificou os parâmetros concretos que o levaram a
fixar a indenização por danos morais em R$ 20.000,00. Diante da omissão da Corte a quo, caberia a oposição de embargos de declaração,
a fim de que explicitasse os fundamentos que conduziram ao valor arbitrado e demonstrasse a proporcionalidade com relação à extensão
do dano. Como a parte não tomou tal providência afigura-se inviável o exame da tese recursal, no sentido de que não há razoabilidade no
montante da indenização. Incidência da Súmula nº 297 do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (AIRR - 1357-
32.2013.5.12.0056 , Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento: 26/04/2017, 7ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 05/05/2017).
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CPC/73. Nego provimento. Agravo de instrumento conhecido e não provido. (AIRR - 289-46.2010.5.03.0042 , Relator Ministro: Hugo
Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 28/09/2016, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/09/2016).
RECURSO DE REVISTA - DOENÇA PROFISSIONAL - PRESCRIÇÃO - MARCO INICIAL - CIÊNCIA INEQUÍVOCA In casu, não
transcorreram mais de 2 (dois) anos entre a data em que ocorreu a ciência inequívoca, consignada no v. acórdão recorrido, e a do
ajuizamento da Reclamação Trabalhista. Assim, inexiste prescrição bienal a ser pronunciada. DOENÇA PROFISSIONAL - DEVER DE
INDENIZAR Considerando que o Eg. TRT entendeu pela existência do requisito legal da conduta ilícita da Reclamada, não diviso as
violações aos arts. 186 e 927, caput, do Código Civil. A alteração do entendimento do Eg. Tribunal de origem sobre a conduta ilícita da
Reclamada demandaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede recursal extraordinária. Aplicação da Súmula nº 126 do TST.
DOENÇA PROFISSIONAL - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS Considerando que o Eg. TRT entendeu pela
ocorrência de lesão à saúde do Reclamante e conduta ilícita da Reclamada, não diviso a violação ao art. 949 do Código Civil. A alteração
do julgamento sobre a existência desses elementos demandaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede recursal
extraordinária. Aplicação da Súmula nº 126 do TST. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS - CONSTITUIÇÃO DE
CAPITAL Recurso desfundamentado à luz do art. 896 da CLT. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS - QUANTUM
INDENIZATÓRIO Da leitura dos fatos delineados no v. acórdão recorrido, depreende-se que o Eg. TRT, ao fixar o quantum indenizatório
da condenação por danos morais, pautou-se pelos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. O valor da pensão mensal, contudo,
não foi fixado de forma proporcional ao dano sofrido. Isso porque, o laudo pericial, a despeito de não ter especificado o percentual da
incapacidade laborativa, dispôs que a lesão foi leve, não impede a prática de atividade laborativa e é passível de recuperação total.
DOENÇA PROFISSIONAL - ESTABILIDADE - INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA O item II da Súmula nº 378 do TST preceitua que,
constatada a existência de doença profissional após a despedida, dispensam-se os requisitos de percebimento de auxílio-doença acidentário
e de afastamento por período superior a 15 (quinze) dias. TÍQUETE-ALIMENTAÇÃO Recurso desfundamentado à luz do art. 896 da
CLT. HONORÁRIOS PERICIAIS Os arestos são inespecíficos para a comprovação de divergência jurisprudencial. Inteligência da
Súmula nº 296 desta Corte. Recurso de Revista conhecido parcialmente e provido. (RR - 259000-22.2009.5.09.0594 , Relatora Ministra:
Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento: 23/09/2015, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 25/09/2015).
Base legal:
Lei 7.410/85;
Norma Regulamentadora 4;
Portaria MTE 262/2008 e os citados no texto.
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Guia Trabalhista - Índice
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