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EM UMA
ESCOLA MUNICIPAL LOCALIZADA NA CIDADE DE FEIRA
NOVA – PE
RESUMO
É notório que a prática do bullying está presente na sala de aula e suas consequências na vida
dos estudantes é visível, tanto na forma física quanto psicológica, causando mudança no
comportamento dos indivíduos envolvidos. O presente trabalho teve como objetivo apresentar
aos estudantes de forma dinâmica o que é o bullying através do projeto, refletindo sobre as
causas e consequências, na expectativa de inibir tais práticas do ato, no ambiente escolar. A
presente pesquisa envolveu 48 estudantes do Ensino Fundamental II, 6° ano A e 8° ano F, de
uma escola estadual do município de Feira Nova -PE. A metodologia envolveu captação de
informações do professor e estudantes, dinâmica em grupo, roda de conversa, apresentação do
conteúdo teórico e exibição de um vídeo educativo sobre a temática bullying. Os resultados
apontaram a presença do bullying na sala de aula e que mais da metade dos estudantes sofrem
com essa prática. Colocar em prática um projeto falando sobre o bullying é desafiador para
qualquer profissional, visto, o cenário atual que se encontra as escolas brasileiras. É preciso
praticar o respeito, a paciência e tolerância para que tenhamos relacionamentos agradáveis e por
conseguinte uma vida mais saudável.
INTRODUÇÃO
1
Pós Graduanda do Curso de Metodologias Ativas do Centro Universitário Maurício de Nassau -
UNINASSAU, [email protected];
2
Pós Graduando do Curso de Metodologias Ativas do Centro Universitário Maurício de Nassau -
UNINASSAU, [email protected];
3
Graduando do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal - PE,
[email protected];
ser dividido em um grupo de ações diretas (físicas e verbais) ou ações indiretas
(emocionais). A principal violência que se torna um agravante para a vida dos jovens é
o bullying que se caracteriza na intenção que o sujeito tem em proferir palavras para
ofender a outra pessoa (SANTOS; GROSSI, 2008, pg.287).
A escola tem um grande valor para os estudantes, e os que não gostam dela
têm maior expectativa de apresentar comportamentos insatisfatórios, comprometimentos
físicos e emocionais à sua saúde ou sentimentos de insatisfação com a vida. Os
relacionamentos interpessoais positivos constituem uma relação direta, onde os
estudantes que percebem esse apoio terão maiores probabilidades de alcançar um
melhor nível de aprendizado (MATOS, 2009). Portanto, a aceitação pelos colegas de
turma é fundamental para o desenvolvimento da saúde dos adolescentes, aprimorando
suas habilidades sociais, fortalecendo a capacidade de reação diante de situações de
tensão e medo (GROSSI, 2009).
Uma das formas mais agressivas é o bullying virtual que ocorre por meio de
ferramentas tecnológicas, como por exemplo, os celulares e computadores. Esse tipo de
violência se caracteriza pelo forte impacto que tem sobre a vida das vítimas, que são
expostas ao escárnio público e sem possibilidade alguma de se defender trazendo
sofrimento imensurável. Os praticantes desse tipo de violência geralmente se valem do
anonimato (SILVA, 2010, pg.8).
Por trás de tudo isso existem explicações que tentam compreender o que
leva o agressor a ter esse tipo de atitude. Muitos agressores se comportam assim pela
falta de limites por parte dos seus familiares ainda na infância. Outros até mesmo por
problemas pessoais acabam achando que agredindo o colega, dessa forma irá amenizar
os problemas enfrentados (SILVA, 2010, pg.9).
A violência na escola é cada dia mais comum, preocupando cada vez mais
os pais e educadores. Mediante ao exposto, é preciso reeducar o estudante a fim de que
essa prática cruel e vergonhosa seja combatida rigorosamente, tanto no meio
educacional como na sociedade em geral. E é coerente afirmar sem receio algum que o
bullying é um ato de covardia, e que deve ser banido da comunidade estudantil e
sociedade em geral.
A ação pôde envolver estudantes do ensino fundamental II, com faixa etária dos
11 aos 14 anos de idade do 6° ano e 8° ano, ambas turmas do turno da tarde em uma
escola Municipal localizada na cidade de Feira Nova – PE.
METODOLOGIA
Esta pesquisa foi desenvolvida em uma escola do município de Feira Nova – PE,
o mesmo foi executado entre abril e maio de 2019. A pesquisa faz parte de um projeto
cuja finalidade é sensibilizar os estudantes quanto a temática bullying. Participaram da
pesquisa 48 estudantes dos quais 26 são 6° ano A, e 22 estudantes do 8° ano F.
Já no segundo momento foi abordado o assunto teórico, que por meio deste foi
solicitado que os estudantes da escola citassem palavras relacionadas ao bullying no
qual foi criado um quadro com as mesmas; em seguida houve a aplicação da dinâmica
em grupo com o objetivo de levá-los a perceber a importância do respeito mútuo,
respeito às diferenças individuais de cada um. Logo após, por meio de uma roda de
conversa, o tema foi debatido de forma em que eles se sentissem à vontade para falar de
algumas experiências com o bullying, onde nesse momento de interação foram sanadas
dúvidas dos estudantes.
Para finalizar foi mostrado o vídeo bullying não! Ser diferente é legal do Canal
Charllot, disponível na plataforma YouTube. O vídeo retrata uma situação envolvendo o
bullying em uma escola com estudantes dos anos iniciais. Pudemos levar o vídeo para a
sala de aula e os estudantes entender de forma ilustrada como pode surgir essa prática e
como combatê-la com atitudes simples mostrada por personagens. Após a passagem do
recurso audiovisual, os estudantes receberam folder com informações sobre o tema com
dicas para identificar pessoa que sofre e/ou prática o Bullying e como evitar tal prática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
TIPOS DE BULLYING
Físico Verbal Material Moral Virtual Nunhum
8%
25%
27%
10%
13% 17%
Podemos perceber através do gráfico 01 que 25% dos estudantes não sofrem com essa
prática. Um número baixo levando em consideração a quantidade de estudantes exposto
nesse trabalho, porém, uma evidência visível, que é possível e fundamental ter um
ambiente com ausência desta prática.
Do total de estudantes envolvidos, 27 são meninos e 21 são meninas,
questionados sobre os tipos de bullying sofridos ou presenciados, ambos relataram
sofrer os mesmos tipos de bullying. A maior prevalência nos meninos foram: agressão
física, seguida de verbal. Entre as meninas a agressão verbal, tem a maior prevalência
seguida da material. Perguntados em qual ambiente da escola há mais ocorrência das
agressões os meninos relataram ser na sala de aula e nos corredores, enquanto que as
meninas relataram ser na cantina e sala de aula, principalmente na ausência do
professor. Almeida (2017), reforça que em muitas escolas o horário do recreio se torna
também o local ideal para a prática do bullying, não havendo a supervisão de
professores e contendo muitos estudantes de diferentes idades utilizando o mesmo
espaço, praticando atividades sem orientação alguma (BARBOSA DE ALMEIDA,
2017).
Dialogando com a professora da turma a mesma relatou que não há um
programa interno que venha prevenir ou engajar os estudantes a minimizar essa prática
dentro da escola, e que é muito raro ter palestras no âmbito escolar para instigar os
estudantes a recuar com esse tipo de comportamento. Desse modo, foi evidenciado
respostas subjetivas, revelando que os estudantes não tinham dificuldades em falar o
que é bullying, e diante do que foi exposto possibilitamos discussão para desmistificar o
conceito do nosso tema através das respostas dadas pelos próprios estudantes.
Com esses dados em mãos pudemos preparar um material rico e pontual para
trabalhar com eles a respeito da problemática tratada em cima da realidade.
No segundo momento pudemos trabalhar o conceito do bullying, seus tipos e
práticas “nesse momento percebemos que os estudantes não conheciam suas diversas
formas, que alguns deles sofriam vários tipos de bullying sem saber”. Então, montamos
uma tabela no quadro branco e pedimos que os estudantes citassem palavras
relacionadas ao bullying, como mostra o quadro 1.
Quadro 1. Palavras relacionadas a situações envolvendo o bullying colocadas pelos
estudantes
Colocar apelidios Chutar Tristeza Sacanear
Bater Excluir Isolar Machucar
Zoar Suicídio Ofender Preconceito
Roubar Ferir Perseguir Racismo
Criticar Religião Humilhar Cyberbullying Descutir
Fonte: Autores, 2019.
Em relato uma estudante falou que sofreu bullying verbal e físico os quais levou
ter o pensamento de tirar sua própria vida. Outro, se sentia triste quando os colegas o
comparavam com o “porquinho da tele sena”. E para não ficar calado xingava-os
também. Tivemos relatos de meninos que gostavam de esconder objetos das meninas,
retratando o bullying material, como também grupos de meninas que tem a prática de
excluir outras meninas por achar que tem um nível social melhor, práticas como essas
podem causar na vítima consequências das mais variáveis possíveis, dependendo da
intensidade sofrida por cada indivíduo. Souza e Almeida (2011), diz que as vítimas irão
sofrer em maior ou menor proporção. Algumas delas levarão marcas profundas para
vida adulta, e necessitarão de apoio de profissionais capacitados, psicólogo e/ou
psiquiatra que ajudem a superar essa fase da vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todo tipo de preconceito, rótulos e estereótipos são prejudiciais às pessoas e
relacionamentos. Colocar em prática um projeto falando sobre o bullying é desafiador
para qualquer profissional, visto, o cenário atual que se encontra as escolas brasileiras. É
preciso praticar o respeito, a paciência e tolerância para que tenhamos relacionamentos
agradáveis e por conseguinte uma vida mais saudável.
A partir da implementação deste projeto pode-se concluir que o mesmo atingiu
os objetivos propostos e os futuros educandos puderam estabelecer relações de ensino e
de aprendizagem mais dinâmicas, significativas e, portanto, aplicáveis em sua realidade
(AUSUBEL, 1982).
Entendendo que cada indivíduo constrói seus saberes de modo pessoal e que o
uso de apenas um método poderia não abranger todos os estudantes nos processos de
ensino-aprendizagem, com a diversificação das atividades foi perceptível que um maior
número de estudantes puderam compreender os conceitos abordados de forma a
desenvolverem o interesse e gosto pelo que se aprende, uma postura aberta para o
diálogo e uma consciência para a resolução de problemas (MOSÉ, 2013).
REFERÊNCIAS