Botanica Geral

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 19

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Anatomia dos orgãos vegetais

Estudante: Domingas Suzana Taimo; código, 708231426

Tutor: Hosnica Albino Sitole

Curso: Biologia
Disciplina: Botânica Geral
Ano de frequência: 1º Ano
Turma: A

Beira, Abril 2023

1
Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

iii
Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1

Introdução ............................................................................................................................... 1

1.1 Objetivo geral: .................................................................................................................. 1

1.2 Objetivos específicos: ....................................................................................................... 1

1.3 Metodologia ...................................................................................................................... 1

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................... 2

2.1 Anatomia dos orgãos vegetais .......................................................................................... 2

2.1.1 Organização do corpo das plantas ................................................................................. 2

2.2 Sistema fundamental ......................................................................................................... 3

2.2.1 Caracteres gerais ............................................................................................................ 4

2.2.2 Parênquima fundamental (ou de preenchimento) .......................................................... 5

2.2.3 Parênquima clorofiliano (clorênquima) ......................................................................... 5

2.2.4 Parênquima de reserva ................................................................................................... 6

2.2.5 Parênquima aerífero (aerênquima) ................................................................................. 6

2.2.6 Parênquima aqüífero ...................................................................................................... 7

2.2.7 Colênquima .................................................................................................................... 7

2.2.8 Esclerênquima ................................................................................................................ 8

2.2.9 Esclereídes ..................................................................................................................... 9

2.3 Principais tipos de células que apresentam em cada tipo de tecidos; ............................... 9

2.4 Tecidos Vegetais ............................................................................................................. 11

2.4.2 Sistema vascular .......................................................................................................... 13

Conclusão.............................................................................................................................. 14

Bibliografia ........................................................................................................................... 15

iv
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Introdução
Os tecidos são conjuntos de células com características semelhantes que realizam uma
determinada função. Eles estão presentes em uma grande parte dos organismos vivos, inclusive
nos vegetais. Os tecidos vegetais podem ser classificados de diferentes formas. Uma das
classificações é em meristemas e em tecidos permanentes. As plantas podem apresentar duas
formas de crescimento: o primário, que corresponde ao crescimento em altura e o secundário,
o crescimento em espessura. Existem plantas que apresentam apenas o crescimento primário,
como algumas monocotiledôneas. O crescimento das plantas está relacionado com a formação
de tecidos vegetais. Para isso, é preciso que ocorra o processo de diferenciação celular. Nas
plantas, as células que se diferenciam para originar tecidos são chamadas de merismáticas. As
células meristemáticas são indiferenciadas, sofrem sucessivas mitoses, acumulam-se e
posteriormente, diferenciam-se em tecidos. Os tecidos vegetais são divididos em: Tecidos
meristemáticos ou de formação e Tecidos adultos ou permanentes, com funções específicas.
1.1 Objetivo geral:
 Conhecer Anatomia dos orgãos vegetais
1.2 Objetivos específicos:
 Definir Sistema fundamental
 Descrever os tipos tecidos
 Identificar os principais tipos de células que apresentam em cada tipo de tecidos;
1.3 Metodologia
Para o desenvolvimento deste trabalho utilizou-se como método a Pesquisa Bibliográfica: que
consistiu na consulta e leitura de obras que versam sobre o tema, com o intuito de se construir
uma base teórica sobre o assunto em estudo e Pesquisa virtual: consistiu na consulta de artigos
disponíveis na Internet, com finalidade de recolher informações complementares. E para a
redação do trabalho foi usado o seguinte aplicativo informático: Microsoft Office Word 2007,
assim sendo, os resultados estão apresentados em forma de texto de pequenas narrativas de
modo a tornar a compreensão da informação mais clara.

1
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Anatomia dos orgãos vegetais

A anatomia vegetal é um ramo da botânica que se dedica a estudar a forma como as células,
os tecidos e órgãos das plantas se organizam.As plantas são seres vivos e por isso sua divisão
em partes só tem função especialmente de estudo. Mesmo porque qualquer divisão do corpo
vegetal é arbitrária. Mesmo a mais simples estudada nas escolas primárias
(raiz, caule, folhas, flores e frutos) não pode ser realizada inteiramente porque é impossível
dizer onde acaba o caule e começa a raiz, por exemplo. As divisões servem para estudar as
partes, mas sempre com o objetivo de compreender o todo. Uma morfologia de raízes, caules e
folhas (Oliveira, & Akisue, 1989).

2.1.1 Organização do corpo das plantas

Segundo Mauseth, (1991) afirma que a unidade básica das plantas (assim como a dos outros
seres vivos) é a célula, sendo a célula vegetal diferenciada dos animais por apresentar parede
celular, vacúolos e plastídios, muito embora estas, em alguma medida, igualmente ocorram em
certos procariontes ou eucariontes.

Tais células encontram-se agrupadas por uma substância cimentante, e interligadas por canais
que transportam água e alimento de uma célula para outra.

Alguns grupos de células são diferentes dos outros, seja na aparência ou na função. Estes
agrupamentos são chamados de tecidos, e podem corresponder a um conjunto de células
semelhantes (tecidos simples) ou a células diferentes que, juntas, possuem uma função definida
(tecidos complexos).

Raiz

A raiz constitui a extremidade inferior do eixo vegetal, sendo um órgão frequentemente


subterrâneo, cilíndrico, aclorofilado, que não apresenta folhas ou gemas, nem regiões nodais e
entrenodais. Pode desempenhar diferentes funções, tais como: fixação, absorção,
armazenamento, condução, aeração e associação simbiótica com microrganismos. Na
extremidade da raiz geralmente distinguem-se coifa, zona lisa, zona pilífera e zona de
ramificação. A coifa reveste o ápice radicular, protegendo o meristema que origina os tecidos
da raiz. A região lisa é onde ocorre o alongamento e o início da diferenciação dos tecidos
primários da raiz. A zona pilífera apresenta pêlos radiculares, que têm por função aumentar a

2
superfície de absorção de água e sais pela planta. Na zona de ramificação, são encontrados
tecidos secundário.

Caule

O caule constitui o suporte mecânico do eixo vegetal para sustentação das folhas e das estruturas
reprodutoras. Estruturalmente, consiste dos sistemas de revestimento, fundamental e vascular

Folha

A folha é um apêndice caulinar que surge na região nodal e que pode apresentar lâmina foliar
ou limbo - parte expandida da folha, pecíolo - parte que prende o limbo ao caule, bainha - parte
basal achatada que envolve o caule, e estípulas - parte basal e lateral, que protege os primórdios
foliares ou gemas axilares. De um modo geral, a folha é histologicamente composta pela
epiderme, pelo mesofilo e sistema vascular, constituindo-se em um órgão de simetria
dorsiventral (achatado), envolvido particularmente no processo de fotossíntese e respiração.

Flor

A flor é considerada uma estrutura exclusiva de Angiospermae, já que rigorosamente


Gymnospermae não apresenta flor propriamente dita, e sim estróbilos. Compõe-se de partes
vegetativas e reprodutivas reunidas em um receptáculo.

Fruto e semente fruto e semente

O óvulo fecundado origina a semente e o ovário desenvolvido e amadurecido forma o fruto. A


parede do ovário converte-se em pericarpo (exocarpo ou epicarpo, mesocarpo e endocarpo). A
semente compreende basicamente o embrião, o endosperma (tecido nutritivo, nem sempre
presente) e o tegumento. No caso de óvulos bitegumentados, os tegumentos externo e interno
são denominados de testa e tégmen, respectivamente. O embrião, que é o esporófito jovem,
consiste do hipocótilo, epicótilo e do(s) cotilédone(s).

2.2 Sistema fundamental


O parênquima está presente em todos os órgãos, sendo considerado o tecido vegetal mais
abundante da planta. É o único tipo de tecido existente em plantas primitivas e em algas atuais.
Nas raízes, o parênquima é representado pelo córtex, no caule pelo córtex e medúla e nas folhas
pelo mesófilo. Está presente ainda nas peças florais e nas partes carnosas dos frutos. Também
no periciclo, as células parenquimáticas podem dispor-se em uma ou mais camadas, e nos
tecidos vasculares, entre os elementos de transporte (Haberlandt, 1928).

3
As células do parênquima podem apresentar características especiais, que possibilitam o
desempenho de atividades essenciais na plantas como: preenchimento, secreção, reserva,
fotossíntese, transferência de seiva, entre outras. O parênquima que está presente no xilema e
floema constitui um caminho importante para o movimento de substâncias – água e elementos
orgânicos – entre a parte viva e a não-viva do sistema vascular. Células parenquimáticas
isoladas podem conter diversas substâncias diferindo, quanto ao conteúdo ou forma, das demais
células parenquimáticas sendo assim chamadas de células parenquimáticas idioblásticas. Elas
podem conter substâncias mucilaginosas ou apresentar mirrosina. Além disso, podem conter
óleos ou portar cristais de diversos tipos.

O parênquima constitui o tecido fundamental em vários aspectos: - Filogenético - porque é o


precursor dos outros tecidos; as primeiras plantas constituídas por verdadeiros tecidos eram
compostas só de parênquima. - Ontogenético - porque é o mais primitivo, suas células são mais
parecidas às embrionárias. - Fisiológico - porque é o sítio das atividades essenciais para a planta
tais como fotossíntese, respiração e armazenamento.

2.2.1 Caracteres gerais


De acordo com Fahn, (1990) afirma que o parênquima é constituído por células vivas,
geralmente bem vacuoladas, fisiologicamente complexas, em geral com paredes primárias,
pouco diferenciadas, capazes de reativar a atividade meristemática. A esta capacidade devem
as plantas a possibilidade de cicatrizar algumas lesões, regenerar tecidos, e formar novas raízes
adventícias.

Elas possuem totipotência, isto é, a capacidade de voltar a formatação indiferenciada e


diferenciar-se posteriormente em outras células. Sendo assim, após qualquer tipo de injúria que
a planta sofre, é formado um tecido parenquimático que regenera a lesão. Este tecido é chamado
de tecido de cicatrização. As células parenquimáticas geralmente são isodiamétricas e
apresentam parede celular delgada que se espessa com o desenvolvimento. Geralmente estas
células não possuem parede secundária.

Os vacúolos são grandes, especialmente nas células secretoras. Muitas vezes, ocorre a presença
de espaços intercelulares bem desenvolvidos no parênquima. Apesar de proporcionalmente
pequenos, os núcleos das células parenquimáticas são normalmente evidentes. Esta
característica pode diferir, dependendo da função desempenhada pela célula. Além disso, as
células parenquimáticas podem acumular cristais

4
2.2.2 Parênquima fundamental (ou de preenchimento)
No corpo da planta, o parênquima fundamental constitui a massa em que se encontram incluídos
os demais tecidos. Graças à turgescência de suas células serve para dar solidez geral ao corpo
vegetativo. Forma a medúla e o córtex de caules e raízes e a polpa dos frutos. É, em geral, o 4
tecido de preenchimento de qualquer órgão. Pode ser um tecido compacto ou ter espaços
intercelulares. As células do parênquima fundamental são isodiamétricas. Geralmente não
apresentam cloroplastos, e sim leucoplastos. Quando há cloroplastos, eles possuem grana pouco
desenvolvidos. Os vacúolos estão geralmente muito bem desenvolvidos, podendo armazenar
antocianinas, taninos ou cristais em células comuns ou idioblastos.

2.2.3 Parênquima clorofiliano (clorênquima)


O parênquima clorofiliano é o tecido fotossintético por excelência, os cloroplastos se
encarregam de captar a energia luminosa transformando-a em energia química. É encontrado
especialmente no mesófilo das folhas, no entanto pode ser encontrado também em caules jovens
e nas partes verdes da planta em geral, às vezes também na medúla. Geralmente as células do
parênquima clorofiliano possuem paredes delgadas.

Deixam abundantes espaços intercelulares que constituem um sistema de aeração bem


desenvolvido para facilitar o intercâmbio de gases necessários para permitir a assimilação do
dióxido de carbono (CO2). Suas células possuem um número variável de cloroplastos, que
durante certos momentos do dia podem conter amido. Podem ainda apresentar numerosos
vacúolos ou um único. A forma das células do parênquima clorofiliano pode ser variável,
dependendo do órgão e da espécie em que ele está presente e do ecossistema à que pertence a
planta.

Certos grupos de plantas apresentam outros detalhes estruturais, como por exemplo, as células
do parênquima clorofiliano das folhas de Pinus (Gimnosperma) que possuem dobras internas.
Podem ser encontrados 5 tipos distintos de parênquima clorofiliano (clorênquima): - Paliçádico
– Situado na face superior da folha, é encontrado principalmente no mesófilo. É constituído de
um ou mais estratos celulares, com grandes quantidades de cloroplastos e poucos espaços
intercelulares.

É formado por células cilíndricas, alongadas, que apresentam maior superfície e menor volume,
ricas em cloroplastos, com espaços intercelulares pequenos. - Esponjoso (lacunoso) – Situado
na face inferior da folha, é formado por células curtas, arredondadas ou variavelmente
lobuladas, menos ricas em cloroplastos e com espaços intercelulares grandes, chamados
5
lacunas, por onde circula o ar necessário para o intercâmbio gasoso e a respiração. As células
do parênquima esponjoso conectam-se com as do parênquima paliçádico, podendo neste caso,
ter formato diferenciado das demais células esponjosas, bem como estar conectadas a várias
células do paliçádico.

2.2.4 Parênquima de reserva


Este tipo de parênquima armazena substâncias de reserva provenientes do metabolismo
primário das plantas que se encontram em solução ou em forma de partículas sólidas. As
substâncias se acumulam nos vacúolos, nos plastídeos ou nas paredes celulares. É encontrado
em raízes espessadas (cenoura, beterraba), caules subterrâneos (tubérculo da batata, rizomas),
em frutos e sementes de várias espécies de interesse econômico, polpa de frutas, medúla e em
partes profundas do córtex de caules aéreos.

Nos caules e raízes de espécies lenhosas, o protoplasma das células permanece ativo: o amido
se deposita e se remove em relação às flutuações estacionais. Nos órgãos de reserva como
tubérculos, bulbos, rizomas, as células são armazenadoras só uma vez: o protoplasma morre
depois que se removem as reservas durante o crescimento de outros órgãos. A estrutura do
parênquima de reserva depende da natureza da substância acumulada.

Dependendo do tipo de substância que armazena, o parênquima de reserva pode receber uma
denominação específica, classificando-se em:

 Parênquima Amilífero;
 Parênquima Aerífero;
 Parênquima Aqüífero. - Parênquima Amilífero – reserva amido como nos caules da
batata (Solanum tuberosum) ou na raiz da batata-doce (Ipomoea batatas) e da mandioca
(Manihot). O amido acumula-se nos amiloplastos, em células poliédricas, com pequenos
espaços intercelulares. Podemos citar como exemplos de parênquima amilífero o tubérculo da
batata, o rizoma de Maranta arundinacea, as raízes de Manihot esculenta, e os cotilédones das
lentilhas. No gérmen de trigo, arroz e cevada, o tecido de reserva é compacto, sem espaços
intercelulares.

2.2.5 Parênquima aerífero (aerênquima)


Possui grande espaço intercelular, onde o ar é armazenado. Muito comum em plantas aquáticas
como o aguapé (Eicchornia) e plantas que vivem em regiões alagadas como Lavoisiera
francavillana. As grandes lacunas encontradas no aerênquima podem estar interceptadas por

6
diafragmas [septos de células braciformes que interrompem os grandes espaços intercelulares
existentes, longitudinalmente, nos órgãos das plantas]. Ao interromper as lacunas, os
diafragmas evitam o colapso do órgão caso haja uma lesão na parte submersa da planta. Os
diafragmas fornecem sustentação às folhas, escapos e caules, além de constituírem áreas extras
da fotossíntese, quando portadores de cloroplastos. O aerênquima facilita a aeração de órgãos
que se encontram em ambientes aquáticos ou em solos encharcados. Estruturalmente é um
tecido muito eficiente, porque permite a flutuação de determinados órgãos e permite a sua
robustez com uma quantidade mínima de células. É encontrado tipicamente em Angiospermas
aquáticas, e constitui um complexo sistema contínuo desde as folhas até a raiz.

2.2.6 Parênquima aqüífero


É um parênquima especializado no armazenamento de água. Ao contrário do que acontece com
o ar armazenado no aerênquima, a água não é armazenada nos espaços intercelulares desse
parênquima, mas sim nos vacúolos. É muito abundante em caules e folhas de plantas suculentas
Éfreqüente em plantas de deserto como os cactos e plantas de manguezal.

A água acumulada constitui uma reserva utilizável em períodos de seca. Apresentam células de
grandes dimensões, com paredes delgadas, vacúolos desenvolvidos, ricas em água e às vezes
em mucilagens, que também podem estar nas paredes e no citoplasma. As mucilagens
aumentam a capacidade da célula de absorver e reter água. Exemplo: folhas de Agave
(Monocotiledônea), caules de Salicornia (Eudicotiledônea), cladódios de Cactaceae
(Eudicotiledônea) e algumas epífitas.

2.2.7 Colênquima
Este tecido está presente apenas em tecidos jovens e em desenvolvimento. Suas células não
apresentam parede secundária nem lignificação. A principal característica das células
colenquimáticas é o espessamento irregular das paredes primárias. O colênquima também
possui a capacidade de formar um tecido de cicatrização.

O colênquima é um dos tecidos de sustentação. É forte e flexível e um tecido plástico que pode
mudar de forma sem se romper (não recupera sua forma original). Seu nome deriva do grego
cola, que significa soldadura, com referência a parede espessada de suas células.
Morfologicamente é um tecido simples, homogêneo, constituído por um só tipo de células.
Constituído por células vivas, este tecido origina-se do meristema fundamental e a plasticidade
da parede celular possibilita o crescimento do órgão ou tecido até atingir a maturidade. É
encarregado da sustentação das folhas e de caules em crescimento. Em raízes aparece muito
7
raramente sendo encontrado apenas naquelas que estão expostas a luz (plantas epífitas). Em
órgãos adultos, é o tecido de sustentação das partes da planta que não desenvolvem muito
esclerênquima, como nas folhas e caules de algumas plantas herbáceas. Não é observado em
caules e folhas de certas Monocotiledôneas como as Poaceae, que desenvolvem esclerênquima
precocemente. Tem como função conferir flexibilidade aos órgãos em que ele está presente. As
paredes celulares das células de colênquima são ricas em pectina, o que os torna flexíveis.
Geralmente possui posição periférica, estando localizado diretamente abaixo da epiderme,
sendo separado desta por uma ou duas camadas de células. Geralmente este tecido se encontra
em regiões mais tenras e mais facilmente atacadas por herbívoros e microorganismos, levando
a necessidade de cicatrização e de regeneração celular.

Nos caules pode formar uma camada contínua ao redor da circunferência, ou aparecer em
cordões, às vezes em quilhas exteriormente visíveis. Nos pecíolos, a distribuição é similar a
encontrada em caules. Nas nervuras foliares maiores, esse tecido aparece em uma ou ambas as
faces. Se aparece em apenas uma é na inferior. Pode aparecer em partes florais ou frutos. As
cascas de frutos que são finas e comestíveis, como as da uva, por exemplo, são freqüentemente
colenquimatosas.

O colênquima dispõe-se em posição superficial, na forma de cordões, ou constituindo um


cilindro contínuo nos diferentes órgãos da planta: abaixo da epiderme, no pecíolo e nas nervuras
de maior porte das folhas, na periferia dos caules, no eixo da inflorescência e nas peças florais,
frutos e raízes.

2.2.8 Esclerênquima
A função deste tecido é dar sustentação a órgãos adultos. Suas células, na maturidade,
geralmente apresentam parede secundária e os protoplastos podem estar ausentes. Sua parede
secundária pode possuir até 35% de lignina. Seu nome deriva de duas palavras gregas: scleros
(duro) e enchyma (substância ou infusão). Compreendem complexos de células que conferem
resistência a planta aos estiramentos, torceduras, pesos e pressões.

As células esclerenquimáticas se diferenciam das colenquimáticas pela presença de paredes


secundarias geralmente lignificadas e, que quando adultas, carecem freqüentemente de
protoplasma. Eles vão conferir rigidez a este tecido. É devido à presença das esclereídes que a
casca das 4 nozes, o tegumento de algumas sementes e os caroços de algumas frutas são rígidos.
O esclerênquima possui dois tipos celulares distintos: as esclereídes (ou escleritos) e as fibras.
As esclereídes são células pequenas que se apresentam imersas no parênquima.
8
A lignificação se produz de fora para dentro, começando na lamela média e parede primária.
Por ser inerte, resistente e muito estável, protege os outros componentes da parede contra
ataques físicos, químicos e biológicos. Regula a hidratação da celulose, e a elasticidade da
parede. As células do esclerênquima apresentam una grande variação em relação a forma,
estrutura, origem e desenvolvimento. Entre os diferentes tipos há tal gradação que muitas vezes
é difícil separar as distintas formas. Existe uma variedade de sistemas para a classificação das
células esclerenquimáticas. Aqui consideramos dois tipos básicos, que se diferenciam pela
forma das células: esclereides e fibras. Quando é difícil inserir a célula em uma ou outra
categoria, pode-se usar o termo fibroesclereíde.

2.2.9 Esclereídes
São as células do esclerênquima com forma muito variada, freqüentemente curtas. Podem
encontrar-se em diferentes órgãos da planta, incorporadas a diversos tecidos, primários ou
secundário, solitárias ou agrupadas, porém nunca formando cordões como as fibras. Geralmente
são células mortas, porém em alguns casos podem conservar seu protoplasma durante 4-5 anos.
As paredes são secundárias e lignificadas e varia em espessura. Em algumas ocasiões pode ser
tão espessa que quase preenche totalmente o lúmen celular. Pode apresentar pontuações simples
ou ramificadas.

Quanto a sua em forma, tamanho e características de suas paredes, podemos distinguir as


seguintes categorias: - Braquiesclereídes: células curtas, isodiamétricas, parecidas em sua
forma as células do parênquima fundamental. - Macroesclereídes: células alongadas, colunares,
ou mais ou menos prismáticas. Formam camadas no tegumento de sementes. - Osteoesclereídes:
células colunares com seus extremos dilatados ou ramificados, assemelhando-se a um osso. -
Astroesclereídes: células ramificadas, em forma de estrela. - Tricoesclereídes: células com
paredes delgadas, semelhantes a pelos, com ramos que se estendem aos espaços intercelulares.
Exemplo: em raízes de Araceae epífitas. Esclereídes filiformes:

2.3 Principais tipos de células que apresentam em cada tipo de tecidos;


Segundo Eames, (1961),afirma que célula vegetal é eucariótica e, assim como a célula animal,
é constituída por uma membrana plasmática, um citoplasma e um núcleo. Esses dois tipos de
célula também apresentam algumas organelas em comum, como a mitocôndria, retículo
endoplasmático liso e rugoso, ribossomos, sistema golgiense e peroxissomos.

9
Em relação às diferenças entre ambas, a célula vegetal possui parede celular, plastos,
glioxissomas e vacúolos de suco celular, ausentes na célula animal. Esta, por sua vez, apresenta
lisossomos, ausentes na vegetal.
Tecidos meristemáticos Os tecidos meristemáticos são responsáveis pela formação dos demais
tecidos e pelo crescimento das plantas. Eles são formados por células pequenas e com grande
capacidade de divisão através da mitose. Os tecidos meristemáticos podem ser classificados
como primários ou secundários. Os meristemas primários são responsáveis pelo crescimento
longitudinal (crescimento primário) das plantas. São encontrados principalmente no ápice dos
caules e das raízes. Existem três tipos de meristemas primários, sendo que cada um deles é
responsável pela formação de um tipo específico de tecido: protoderme (origina a epiderme),
meristema fundamental.

Os meristemas secundários ocorrem nas plantas que apresentam crescimento em espessura


(crescimento secundário). São formados por células adultas que se desdiferenciam e recuperam
a capacidade de divisão mitótica. O felogênio e o câmbio são meristemas secundários. O
primeiro é responsável pela formação de camadas da periderme e, o segundo, pela formação do
floema e xilema secundários.

Os tecidos de revestimento, além de protegerem mecanicamente as superfícies externas das


plantas, também realizam funções como aeração dos tecidos internos e reduzem a perda de
água. Existem dois tipos de tecidos de revestimento: a epiderme e a periderme.

A epiderme é o tecido primário de revestimento. As células epidérmicas das partes aéreas das
plantas secretam uma substância chamada de cutina. A cutina forma uma camada
impermeabilizante chamada de cutícula. A cutícula, entre outras funções, evita a perda de água
e protege a planta de choques mecânicos. Entre as células da epiderme existem as células-
guarda. As células-guarda controlam a abertura de pequenos poros da epiderme chamados de
estômatos. Através dos estômatos ocorre a entrada e a saída de gases da planta (Cutter, 1978).

Em plantas com crescimento em espessura (secundário) a epiderme é usualmente substituída


pela periderme. A periderme possui três camadas: a feloderme, o felogênio e o súber. O
felogênio é um tecido meristemático que origina o súber para fora e a feloderme para dentro.

Tecidos fundamentais Os tecidos fundamentais são representados pelos parênquimas e pelos


tecidos de sustentação.

10
Os parênquimas são tecidos que ocorrem em diversas partes das plantas. Alguns exemplos de
parênquima são o clorofiliano, o amilífero, o aerífero e o aquífero. O parênquima clorofiliano
possui células com grande quantidade de cloroplastos, sendo o principal local de realização da
fotossíntese. O parênquima amilífero possui células que armazenam amido como substância de
reserva. O parênquima aerífero acumula ar em seu interior permitindo, por exemplo, a flutuação
de plantas aquáticas. Já o parênquima aquífero armazena água em seu interior e é muito comum
em plantas de clima seco.

Os tecidos de sustentação são de dois tipos: o colênquima e o esclerênquima. O colênquima é


formado por células vivas e flexíveis sendo especialmente adaptado à sustentação de órgãos em
crescimento. O esclerênquima é formado por células mortas e muito resistentes. Suas células
são impregnadas por uma substância chamada lignina que confere rigidez às células.

Tecidos vasculares Os tecidos vasculares transportam substâncias ao longo da planta. Existem


dois tipos de tecidos vasculares: o xilema e o floema.

O xilema é o principal condutor de água e nutrientes (seiva bruta) das raízes até as folhas da
planta. O xilema é composto principalmente por dois tipos de célula: os elementos de vaso e os
traqueídes. Os elementos de vaso são células alongadas que se dispõem em sequência formando
vasos condutores. Suas paredes apresentam perfurações que permitem a comunicação entre
elementos adjacentes. As traqueídes também são células alongadas e dispostas
sequencialmente. Suas paredes possuem pequenos poros chamados de pontuações Cutter,
1978).

O floema é o principal condutor de substâncias orgânicas (seiva elaborada) originadas da


fotossíntese. Os elementos crivados e as células companheiras são as principais células
condutoras do floema e, assim como as células do xilema, encontram-se dispostos na forma de
feixes. Os elementos crivados possuem uma área repleta de poros através dos quais as células
adjacentes se comunicam. As células companheiras são células parenquimáticas, dispostas ao
lado dos elementos crivados, que auxiliam na condução das substâncias.

2.4 Tecidos Vegetais


O agrupamento de células vegetais similares destinadas ao exercício de uma função
determinada é chamado de tecido vegetal. O ramo da biologia que estuda tais tecidos e suas
funções é a Histologia vegetal.

11
Os tecidos vegetais podem ser divididos em dois grandes grupos: tecidos
meristemáticos e tecidos adultos. Os meristemas são tecidos constituídos por células
indiferenciadas e com grande capacidade de divisão celular (por mitose). Essas células são
pequenas, apresentam parede celular delgada, núcleo volumoso e central e encontram-se
justapostas. São, ainda subdivididos em meristemáticos primários e meristemáticos secundários
(Metcalfe, & Chalk, 1979).

Os primários são provenientes do sistema embrionário, se localizam no ápice da raiz e do caule e


são responsáveis pelo crescimento longitudinal (em altura) desses órgãos vegetais. São
divididos em protoderme, que dá origem à epiderme; meristema fundamental, que origina os
tecidos fundamentais e o procâmbio, que dá origem aos tecidos vasculares primários.

Os meristemas secundários estão localizados no cilindro central do caule e da raiz (câmbio) e


na região da casca, do caule e da raiz (felogênio), são responsáveis pelo crescimento diametral
(em espessura) da raiz e do caule de árvores e arbustos. O câmbio forma células do líber
ou floema para o lado externo, e células do lenho ou xilema para o lado interno. O felogênio
forma súber ou cortiça para o lado externo, e células de um parênquima chamado feloderma,
para o lado interno.

Em decorrência do crescimento e desenvolvimento da planta, os tecidos meristemáticos passam


a se diferenciar dão origem as tecidos adultos, que apresentam funções mais específicas e são
divididos em:

Tecidos de revestimento: são responsáveis, principalmente pela proteção do vegetal. Nesse


grupo há a epiderme, formada por células vivas, achatadas, justapostas, que reveste
externamente os órgãos da planta, e além da função de proteção, é responsável pela absorção
de água e sais minerais, excreção, secreção e trocas gasosas. O súber ou cortiça é, também, um
tecido de revestimento, composto de células mortas, infladas e que apresentam paredes
celulares dotadas de suberina (substância graxa) e é produzido pelo felogênio.

Tecidos de preenchimento, são formados por células vivas, volumosas, com vacúolos grandes
e parece celular pouco espessa. É dividido em parênquimas clorofilados, que possuem células
ricas em cloroplastos; parênquimas de reserva, formado por células de armazenamento de
vários tipos de substâncias; parênquima de preenchimento, que preenche certas regiões do caule
e da raiz; parênquima aquífero, que armazenam água; parênquimas amilíferos, que
armazenam amido e parênquima aerífero, que armazenam ar.

12
Tecidos de sustentação: divididos em colênquima e esclerênquima. O colênquima é composto
de células vivas, com cloroplastos e ocorre em caules verdes e na pecíolo das folhas.
A esclerênquima é formada por células mortas ricas em lignina (substância às vezes presente
na parede celular vegetal, que confere dureza e resistência a ela).

Tecidos de condução (vasculares): responsáveis pelo transporte das seivas bruta e elaborada.
O xilema (ou lenho) é o tecido especializado em transporte de seiva bruta (água e sais minerais),
formado por células mortas, alongadas e de parede celular lignificada. O floema (ou líber) tem
a função de conduzir a seiva elaborada (água e carboidratos) e é constituído por células vivas,
alongadas, com paredes transversais dotadas de poros e anucleadas.

Tecidos permanentes: são os tecidos adultos que já sofreram diferenciação. Podemos dividi-
los em tecidos do sistema dérmico, fundamental e vascular.

2.4.1 Sistema dérmico


- Epiderme: é um tecido de revestimento encontrado em células de crescimento primário.
Desenvolve-se a partir da protoderme. Esse tecido apresenta células vivas, sem clorofila e com
parede primária. Na epiderme, encontramos estruturas especializadas, como estômatos e
tricomas. Em crescimento secundário, a epiderme é substituída pela periderme

2.4.2 Sistema vascular


Xilema: é o tecido responsável por conduzir água e sais minerais, estando presente, portanto,
em toda a planta. É um tecido complexo que é formado por células parenquimáticas, fibras e
células especializadas na condução: traqueídes e elementos de vasos. Em plantas em
crescimento primário, observamos xilema primário; em plantas em crescimento secundário ou
em espessura, vemos o surgimento do xilema secundário (Solereder, 1908).

Floema: é um tecido de condução, assim como o xilema, e é responsável por conduzir


substâncias orgânicas e inorgânicas em solução. Esse tecido ocorre em toda a planta e destaca-
se por ser também um tecido complexo. É formado por células parenquimáticas, fibras,
esclereides e células especializadas: células crivadas e elementos de tubo crivado. Durante o
crescimento primário, observa-se apenas floema primário; quando ocorre o crescimento
secundário, inicia-se a formação de floema secundário.

13
Conclusão
Entende-se por tecido todo o conjunto de células semelhantes que quando agrupadas
desempenham a mesma função, e Histologia é o ramo da biologia que estuda os tecidos
reunindo suas características, organização e funções. Um vegetal é um organismo capaz de
desempenhar diversas funções, além da fotossíntese, portanto, um conjunto de tecidos que
formam órgãos especializados é fundamental para o desenvolvimento da planta. A necessidade
de especialização das células em funções específicas como realizar a fotossíntese, proteger o
organismo, sintetizar substâncias para o metabolismo celular, entre outras, faz com que as
células precisem aperfeiçoar essas funções. O processo de aperfeiçoamento celular é chamado
de diferenciação celular e ocorre a partir das células embrionárias que, por sua vez, geram
células especializadas. Essas células especializadas podem se agrupar formando os tecidos. Os
tecidos podem ser divididos com base na sua atuação no crescimento vegetal: Tecido
Primário: Relacionado ao crescimento em altura (longitudinal) do vegetal; Tecido
Secundário: Relacionado ao crescimento em espessura ou diâmetro do vegetal.

14
Bibliografia
Cutter, E. (1978), Plant anatomy. Part I - Cells and tissues. 2.ed. London: Edward Arnold,.

Eames, A.J. (1961), Morphology of the angiosperms. Nova Iorque: McGraw-Hill Book,.

Esau, K. (1977). Anatomia de plantas com sementes. São Paulo: Blücher, 1960. ESAU, K.

Anatomy of seed plants. 2.ed. New York: Willey,

Fahn, A. (1990). Plant anatomy. 4.ed. New York: Pergamon,

Haberlandt, G. (1928), Physiological plant anatomy. London: Mac Millan,.

Mauseth, J.D.(1991).. Botany: an introduction to plant biology. San Francisco: Saunders,

Metcalfe, C.R. & Chalk, L. (1950). Anatomy of dicotyledons : leaves, stem, and wood in

relation to taxonomy with notes on economic uses. Oxford: Clarendon,

Metcalfe, C.R. & Chalk, L. (1979).Anatomy of the dicotyledons. 2.ed. Oxford: Clarendon,

Oliveira, F. & Akisue, G. , 1989). Fundamentos de farmacobotânica. Rio de Janeiro: Atheneu

Solereder, H. (1908).Systematic anatomy of dicotyledons. Oxford: Clarendon,

15

Você também pode gostar