Instituto Superior Politécnico de Manica: Discentes
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Auditoria Financeira I
3º Ano
Discentes:
Docente:
7. Conclusão ......................................................................................................................... 12
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema “Amostragem de auditoria” este trabalho tem como
objectivo aprofundar o tema de tal modo que nos permite, por outro lado, conhecer e refletir
sobre o papel do mesmo na actividade de auditoria financeira de uma determinada empresa.
Em seguida definir e descrever cada uma das etapas do tema citado a cima, E por fim apresentar
a nossa conclusão.
1.2 Objetivos
Geral
Específicos
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2. Amostragem em Auditoria
A amostragem é um processo inerente à auditoria, pois permite tirar conclusões acerca de uma
população apenas analisando a sua amostra. O mesmo autor ainda refere que “a amostragem é
um processo mais eficiente do que a análise integral, uma vez que permite obter conclusões
cientificamente válidas, com uma menos utilização de recursos”. (Cerejeira 1997,)
Segundo o Tribunal de Contas (1999), o auditor ao utilizar uma amostra para analisar a
população, essa amostra tem que ser representativa da população, ou seja, deve conter
características semelhantes à da população. Além disso, o Tribunal de Contas (1999) referiu
ainda que a amostra deve ser estável, obtendo assim resultados idênticos independentemente
do tamanho da amostra.
3. Tipos de Amostragem
Uma amostra para ser classificada como amostra estatística deve cumprir os seguintes
pressupostos: o tamanho da amostra deve ser objetivo e quantificado, os membros da amostra
devem ser selecionados de forma aleatória e o resultado da amostra deve ser analisado
matematicamente. A amostragem estatística é mais apropriada quando a população é
constituída por um grande número de transações idênticas e o sistema de controlo interno é
bom.(Colbert, 1991).
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controlado, pelo que os resultados da amostra não podem ser extrapolados para toda a
população por só serem válidos para a amostra selecionada (Cerejeira,1997)
Conforme refere (Costa, 2017, p. 307), a amostragem estatística tem as seguintes vantagens:
Como vantagem de amostragem não estatística Almeida (2013) refere que além da sua
utilização requerer menos tempo no planeamento, seleção e avaliação dos resultados, o auditor
pode basear-se na sua experiência e expectativas em relação a eventuais distorções na rubrica
em análise.
Segundo Silva & Lopes (2018,), a escolha entre a amostragem estatística e não estatística deve
ter em consideração os seguintes pontos:
• Natureza da pesquisa;
• Tipo de população;
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• Vantagens e desvantagens de cada abordagem.
Benefício Custo
Amostragem O auditor pode basear-se na sua experiência Os custos são reduzidos, uma
e expetativas, em relação a eventuais vez que requer o julgamento
não
distorções nas rubricas em análise. Requer do auditor para determinar a
estatística menos tempo no planeamento, seleção e dimensão da amostra e a
avaliação de resultados. Não requer avaliação dos resultados.
software adicional. Não proporciona um método
razoável de controlar e
mensurar o risco de
amostragem
Amostragem Permite ao auditor: Os custos poderão ser
estatística -Determinar uma amostra eficiente; superiores, uma vez que são
-Verificar se a dimensão da amostra é necessários conhecimentos
apropriada; de métodos de amostragem
-Avaliar os resultados, quantificando o risco estatísticos e/ou software
de controlo e o risco de amostragem; adequado, bem como gastos
-Ganhar em eficiência pela utilização de de formação (se
software específico e apropriado para eventualmente não dominar
tratamento de dados estatísticos; as técnicas estatísticas)
-Não interferência na construção da
amostra, dado que esta é baseada na teoria
estatística
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4. Risco de amostragem
Conforme referido por Cerejeira (1997), o auditor ao basear as suas conclusões em amostras,
incorre em risco, chamada de risco de amostragem, que numa amostragem estatística pode ser
medido e controlado.
Para Curto (2017) o risco de amostragem pode conduzir a dois tipos de erros:
• Em caso dos testes aos controlos, aceitar incorretamente o mecanismo de controlo, concluindo
que o risco de controlo é mais baixo do que é (risco de excesso de confiança no controlo
interno), ou rejeitar incorretamente o mecanismo de controlo, concluindo que o risco é mais
alto do que realmente é (risco de falta de confiança no controlo interno);
• Em caso dos testes substantivos, risco de aceitação incorreta que corresponde ao máximo de
risco que o auditor está disposto a admitir ao concluir que não existem distorções materialmente
relevantes nas demonstrações financeiras quando na realidade existem, ou risco de rejeição
incorreta que correspondem ao risco de concluir que existem erros materialmente relevantes
nas demonstrações financeiras, quando na realidade estes não existem.
De acordo com (Arens & Loebbecke, 2000; Curto, 2017; Reis, 2015), os métodos não
probabilísticos mais utilizados são:
• Amostragem dirigida
• Amostragem ao acaso
• Amostragem aleatória
• Amostragem sistemática
• Amostragem estratificada
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6. Técnicas de amostragem estatísticas
A amostragem por variáveis é utilizada nos testes substantivos para determinar o valor total
monetário de uma população ou o valor monetário de erros de uma população. As principais
vantagens da utilização da amostragem de variáveis clássicas são:
• A amostragem de variável clássica permite que o objetivo do auditor seja atendido com uma
amostra pequena, em caso de haver grandes diferenças entre o valor registrado e o valor
auditado;
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• As amostras de variáveis clássicas permitem expandir a amostra, selecionados itens
adicionais para a amostra sem precisar de reorganizar a população e criar uma segunda seleção
probabilidade proporcional ao tamanho;
Desvantagens
A distribuição normal não é apropriada em caso de houver itens muitos grandes, grandes
diferenças entre os valores registados e auditados na população e tamanho da amostra for
demasiado pequeno. Por consequência o auditor pode aceitar uma quantia registrada
inaceitável da população com mais frequência do que o risco desejado de aceitação incorreta.
Além disso, quando as distorções são raras, algumas técnicas de amostragem de variáveis
clássicas não podem ser aplicadas;
De acordo com Curto (2017,p.77) esta técnica “foi desenvolvida para dar resposta à
preocupação “dimensão da amostra” dos auditores e é método adequado para testar valores
monetários e realizar testes substantivos com o objetivo de verificar se os erros detetados nas
demonstrações financeiras são materialmente relevantes.”
Segundo AICPA (2014) e Curto (2017), esta técnica utilizar a teoria de amostragem de
atributos a unidades monetárias com o intuito de estimar um valor (e não uma taxa de
ocorrência) para o erro na população.
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De acordo com Curto (2017, p. 78) a aplicação desta técnica envolve as seguintes etapas:
• Calcular a dimensão da amostra em função do risco de aceitação incorreta e dos erros tolerável
e expectável;
• A sua aplicação não exige consideração direta das características da população para calcular
o tamanho apropriado da amostra, porque a seleção da amostra é feita através do método de
seleção probabilidade proporcional ao valor;
• A dimensão de uma amostra MUS não é baseado em nenhuma medida de variação estimada
dos valores auditados, pois cada unidade monetária na população é do mesmo tamanho;
• A seleção sistemática da amostra MUS deteta automaticamente qualquer item que seja
individualmente significativo se o seu valor ultrapassar o intervalo de amostragem;
• A amostra MUS pode ser projetada mais facilmente e a seleção da amostra pode começar a
população final e completa está completamente disponível.
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As desvantagens desta técnica de amostragem estatística, segundo AICPA, (2014) e
Almeida (2017) são:
• A MUS não é desenhada para testar subvalorizações de uma população pois na seleção da
amostra é pouco provável que se selecione pequenos valores registados e esses valores podem
ser significativamente subestimados;
• Caso se verificar subvalorizações numa amostra MUS, a sua avaliação exige considerações
especiais;
• Os saldos nulos ou negativos devem constituir uma população à parte, testados separadamente
utilizando uma técnica de amostragem baseada em itens, pois os saldos nulos não estão sujeitos
à seleção de MUS.
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7. Conclusão
Com tudo, concluímos que A amostragem é um processo inerente à auditoria, pois permite tirar
conclusões acerca de uma população apenas analisando a sua amostra.
O auditor ao utilizar uma amostra para analisar a população, essa amostra tem que ser
representativa da população, ou seja, deve conter características semelhantes à da população.
E também pudemos observar que as principais bases de amostragem em auditoria são os dois
tipos de amostragem estatística e não estatísticas.
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8. Referências Bibliográficas
AICPA. (2014). Audit Sampling : Audit Guide. (Wiley, Ed.). New York: American Institute
of Certified Public Accountants.
Almeida, B. (2013). Amostragem em auditoria. Revisores & Auditores, n.o 60, 16–29.
Obtido de http://www.oroc.pt/fotos/editor2/Revista/60/Auditoria3.pdf
Almeida, B. (2017). Manual de Auditoria Financeria: Uma análise integrada baseada no
risco. (Escolar Editora, Ed.) (2a edição). Lisboa.
Arens, A. A., & Loebbecke, J. K. (2000). Auditing : An Integrated Aprroach. (Prentice Hall,
Ed.) (8th ed.).
Costa, C. B. da. (2017). Auditoria Financeira: Teoria & Prática. (R. dos Livros, Ed.) (11a
Edição). Lisboa.
Curto, J. J. D. (2017). Amostragem,Testes de Conformidade e Testes Substantivos em
Auditoria (1o edição). Lisboa.
Cerejeira, L. (1997). Técnicas de amostragem em auditoria. (R. de C. Lda, Ed.). Porto.
Christensen, B. E., Elder, R. J., & Glover, S. M. (2015). Behind the numbers:Insights into
large audit firm sampling policies. Current Issues in Auditing, 9(2), 61–81.
Reis, P. (2015). Análise Estatística em Auditoria. Revisores & Auditores, 70, 12–25. Obtido
de http://www.oroc.pt/fotos/editor2/Revista/70/Auditoria.pdf
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