Pilares de Concreto de Alto Desempenho (CAD) Fundamentos e Experimentacao
Pilares de Concreto de Alto Desempenho (CAD) Fundamentos e Experimentacao
Pilares de Concreto de Alto Desempenho (CAD) Fundamentos e Experimentacao
fundamentos e experimentação
São Carlos
1997
à minha esposa Valéria e filhos:
Felipe, Camila e Carolina
dedico este trabalho.
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
APÊNDICE
iv
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 6.11 - Análise dos resultados obtidos para 80% da força última, consi-
derando o modelo apresentado por COLLINS et al. (1993) ...... 148
Tabela 6.12 - Análise dos esforços resistentes para a relação tensão x defor-
mação proposta pelo Autor e ação última, admitindo o Mexp da
hipótese 2 ................................................................................. 154
Tabela 6.13 - Análise dos esforços resistentes para a relação tensão x defor-
mação apresentada por COLLINS et al. (1993), admitindo o
Mexp da hipótese 2 ...................................................................... 155
xi
LISTA DE SÍMBOLOS
RESUMO
ABSTRACT
1
CAD - Forma abreviada introduzida para Concreto de Alto Desempenho
2
CAR - Forma abreviada introduzida para Concreto de Alta Resistência
Capítulo 1 2
3
O termo Sílica Ativa, foi a denominação dada pela Comissão de Estudos CE 18.312.01 constituída
pela ABNT, para o equivalente em inglês silica fume
Capítulo 1 3
figura 1.3 o South Wacker Tower, construído em 1989, com 295m de altura, 79
pavimentos e uma resistência característica considerada no projeto de 83MPa. A
figura 1.4 apresenta o Scotia Plaza em Toronto, construído em 1986 com 68
andares e uma resistência característica considerada no projeto de 70MPa. O
Grande Arche de La Défense, figura 1.5, foi construído em Paris de 1986 a 1988,
tem a forma de um cubo com 100m de aresta, aberto em dois lados, e com uma
resistência característica de projeto igual a 50MPa.
Figura 1.4 - Scotia Plaza, Toronto Figura 1.5 - Grande Arche de La Défen-
[GONZALEZ-ISABEL(1993)] se, Paris [GONZALEZ-ISABEL(1993)]
Capítulo 1 6
Figura 1.9 - Edifício Arthur Moreira Lima, Figura 1.10 - Centro Empresarial
Salvador/BA [LEITE & Nações Unidas em São Paulo
MIRANDA(1997)] [ROCHA (1997)]
1.3 APRESENTAÇÃO
2.2.1 - Cimento
apresentar. Isto posto, observa-se que a escolha do tipo de cimento a ser utilizado
é fundamental e é função das necessidades requeridas para o produto final.
Segundo PINTO JUNIOR.(1992) “...não existem ou não foram publicados,
critérios técnicos que permitam escolher rapidamente, com toda certeza e baixo
custo, o melhor cimento para produção dos concretos de alta resistência. O
problema é complexo, visto que nesta escolha intervêm critérios reológicos e
critérios de resistência mecânica...”. Observa-se que a rigor qualquer tipo de
cimento portland pode ser usado para se obter alta resistência, conforme indica
DUCATTI(1993). A natureza do cimento influencia na demanda de água dos
concretos admitindo-se uma determinada trabalhabilidade.
Quando se necessita alta resistência inicial, como na produção de pré-
fabricados, em função da necessidade de desforma e reutilização das fôrmas,
pode-se adotar cimentos de alta resistência inicial (ARI), sabendo-se que estes
requerem mais água, em comparação, por exemplo, com um cimento composto
com cinza volante e para um mesmo abatimento.
Segundo AMARAL FILHO(1993a), “...de forma cabal os cimentos
brasileiros detentores da marca de confiabilidade ABNT (controlados via ABCP)
dão, com adições de sílica ativa, os mesmos valores que os atingidos no exterior
com cimentos lá empregados...”, ou seja, é sempre possível obter CAD com uso
de cimentos portland que obedeçam as normas brasileiras.
Em termo de consumos observam-se que as dosagens usualmente
empregadas na fabricação de concretos de alto desempenho, variam de 400kg/m3
a 600kg/m3 conforme ACI(1992), ALMEIDA(1990), SHAH & AHMAD(1994), dentre
outros. O limite superior é estabelecido em função do aumento da demanda de
água que, para consumos acima de 550kg/m3 é da ordem de 10 litros de água
para cada acréscimo de 30kg de cimento, mantida fixa a trabalhabilidade do
concreto. ALMEIDA(1990) afirma que esta preocupação está diretamente
relacionada com o objetivo de redução das deformações a longo prazo,
provocadas por retração e fluência.
flour, sílica dust, arc furnace sílica, volatilized sílica, silica fume, fumée de silice,
microssílica, humo de sílice, microsílice. No Brasil foi primeiramente citado o termo
microssílica na NBR5736/86, cimento portland pozolânico, quando cita outros
materiais pozolânicos porém, tal denominação constitui-se em marca registrada. A
Comissão de Estudos de Adições para Concretos e Argamassas, CE 18.312.01,
constituída pela ABNT para a normalização deste produto1, optou pela
denominação Sílica Ativa. A denominação mais freqüentemente usada na
bibliográfica internacional relacionada com CAD é Sílica Fume, fumo de sílica em
português, e microsilice em espanhol.
O ASTM C1240/93, define sílica fume e apresenta outra denominação para
sílica ativa, como sendo um material pozolânico de alta finura composto
basicamente de sílica amorfa, produzida a partir de fornos de arco voltaico, como
subproduto decorrente da obtenção do ferro silício ou silício metálico. Segundo
MORAES(1990) obtém-se também a partir da produção de ligas de ferro-cromo-
silício, ferro-manganês-silício, ferro-magnésio-silício, ferro-cálcio-silício e ferro-
zircônio-sílicio. Porém, conforme PINTO JUNIOR(1992), por não atingirem níveis
de pureza exigidos não são classificados como sílica ativa. Segundo o ASTM C
1240/93 é necessário em sua composição química um percentual mínimo de 85%
de SiO2 (dióxido de silício).
Na figura 2.1 observa-se um esquema de produção de sílica ativa a partir
do processo de obtenção de ferro-silício ou silício metálico em forno de redução a
arco voltaico submerso, atingindo temperaturas de até 2000oC. Durante a reação
ocorre a formação do SiO gasoso, que se oxida e condensa em contato com o ar e
zona de baixa temperatura fora do forno, precipitando-se em partículas esféricas
minúsculas essencialmente de SiO2 , sílica não cristalizada, ou seja amorfa, a
sílica ativa, como podem ser observadas na figura 2.2.
Através de um sistema de despoeiramento a sílica ativa é captada e depois,
em filtros de manga, é separada do CO2 que é lançado à atmosfera.
Posteriormente a sílica ativa é estocada em silos para comercialização. O produto
resultante é extremamente fino, o que acarreta problemas no manuseio e
transporte, por isso ela também pode ser encontrada na forma densificada,
1
Trata-se da norma Sílica ativa para uso em cimento portland, concretos, argamassas e
pastas de cimento portland - especificação e métodos de ensaios, que está em fase de
votação.
Capítulo 2 17
2
SÍLICA FUME SILMIX PARA CAD (Catálogo de produto do Grupo Camargo Corrêa S. A.)
Capítulo 2 19
2.2.3 - Agregados
2.2.4 - Água
contidos por cápsulas metálicas rígidas que recebem o esforço transmitido pelos
pratos da prensa, sendo um processo limpo, seguro, econômico e de utilização
fácil e rápida”. Outra maneira é o uso de um sistema comum no ensaio de rochas,
a retificação dos topos após 1 dia de cura, conforme indicado por PEREIRA
NETO(1994).
0,6
ftk = 0,30fck (MPa) 2.1
onde:
fck = resistência à compressão característica, obtida em ensaio de corpos-
de-prova cúbicos de 10cm de aresta.
onde:
fck = resistência característica à compressão, obtida em ensaio de corpos-
de-prova cilíndricos de 15cm x 30cm.
Capítulo 2 33
fc εc n
= . (2.7)
fc' ε 'c n − 1 + (ε c / ε 'c ) n
onde:
fc = tensão de compressão;
f’c = tensão máxima;
εc = deformação de compressão;
ε’c = deformação quando fc alcança f’c;
n = fator de adequação da curva.
fc εc n
= . (2.8)
fc' ε 'c n − 1 + ( ε c / ε 'c ) nk
fc'
k = 0,67 + (MPa) (2.9)
62
e,
fc'
n = 0,8 + (MPa) (2.10)
17
Capítulo 2 35
m − 0,6
E . ε + 0,6fcn m −1 fcn
σ cn = E cn . ε c + (m − 1). fcn . cn , para εco < εc ≤ − 0,6 (2.14)
(0,6 − m)fcn E cn
fcn
σcn = Ecn.εc , para − 0,6 ≤ εc < 0 (2.15)
E cn
sendo:
εcu = (2,5m - 1,5) εcn ; εcn = -fcn / Ecn e m = εco / εcu .
3
DINIZ, José Zamarion F. (1997) /Comunicação Pessoal/, São Paulo, abr.
Capítulo 2 38
ductilidade não foram usados cobrimentos o que não é usual em pilares na prática
da construção civil.
Os comportamentos tensão x deformação dos pilares foram analisados com
base nas expressões da norma norueguesa. Na figura 3.4a observa-se o
comportamento força x deformação axial para um dos modelos da série 4 e na
figura 3.4b o comportamento força axial x deslocamentos horizontais em dois
modelos da série 3, solicitados por compressão excêntrica.
Foi a primeira indicação encontrada, na revisão bibliográfica, sobre o
comportamento de pilares de CAD na flexão normal composta.
F = ( f ck . A c + f yk . A s ) / 125
, (3.1)
Força (kN)
ATTARD & FOSTER (1996) informam ainda que alguns autores têm indicado
que a medida da ductilidade para força centrada é função do parâmetro de
confinamento ρsfyt/f’c onde ρs é a taxa volumétrica de armadura transversal, fyt é a
resistência de escoamento da armadura transversal e f’c é a resistência do concreto.
Nos pilares solicitados por ações centradas com seção transversal quadrada
o confinamento do núcleo caracteriza-se por ser um estado triaxial, com pressões de
confinamento iguais em diferentes direções. Parâmetros típicos de confinamento
para o concreto de resistência usual de acordo com o ACI 318-89 ou a norma
Australiana AS3600-88, com f’c = 25MPa são 3% a 6%, enquanto para pilares com
f’c = 100MPa usando o mesmo arranjo de estribos tal parâmetro variou de 0,75% e
1,5%.
Capítulo 3 63
onde:
ρs = taxa volumétrica de armadura transversal;
fyt = resistência de escoamento da armadura transversal;
f’c = resistência à compressão do concreto.
AreaOEF
I10 = (3.3)
AreaOCD
_
AreaOEF
I 10 = (3.4)
AreaOAB
Nu ε y
AreaOCD = (3.5)
2
k 2 Nu ε y
AreaOAB = = k 2 AreaOCD (3.6)
2
_
k = I10 I 10 (3.7)
Capítulo 3 65
_
Por exemplo, para um índice efetivo I 10 = 9 admitido como um mínimo de
ductilidade desejada e para a seção transversal do pilar sob uma consideração de
I10 = 5, então o procedimento de projeto proposto por ATTARD & FOSTER (1996) é
multiplicar a resistência última de projeto do pilar por k = 5 / 9 = 0,745 ou seja reduzi-
la em 25,5%.
A dificuldade identificada neste procedimento está na identificação do índice
de ductilidade I10 da seção transversal considerada. A equação 3.2 fornece uma
indicação para os resultados de I10 os quais poderiam ser usados mas deve ser
inadequado para percentagens de confinamento abaixo de 3%. Extrapolando para
valores baixos a equação 3.2 indica que um pilar com confinamento não efetivo tem
um índice de ductilidade de 5,25. Uma simples relação linear, como indicada na
equação 3.2 não é apropriada. Dados experimentais e/ou analíticos são necessários
para modelos com taxa de confinamento nos limites de 0,5% a 4% para determinar
índices de ductilidade para baixos níveis de confinamento.
AZIZINAMINI & KEBRAEI (1996) dizem que evidências experimentais
indicam que a capacidade da seção transversal de pilares de concreto de alta
resistência submetidos à ação de força axial e momento fletor é superestimada
quando as recomendações do ACI 318-89 são utilizadas. Os autores apresentam os
resultados de ensaios realizados para avaliar modificações propostas para
determinação da capacidade de pilares de concreto de alta resistência.
Foram ensaiados 6 pilares sob combinação de carga axial e momento fletor.
Os trechos além da região central de ensaio foram fortemente reforçados para
prevenir ruptura nessas regiões. A armadura longitudinal de cada modelo consistiu
de 8 barras de 16mm de diâmetro e resistência de escoamento de 476,5 MPa. Dois
arranjos de armaduras transversais foram usados, com barras de diâmetro igual a
9,5mm e resistência de escoamento de 503,3MPa. Na figura 3.19 podem ser
observadas as dimensões dos modelos ensaiados e configuração de armaduras
utilizadas.
Capítulo 3 66
Segundo IBRAHIM & MAC GREGOR (1996), embora o uso do concreto de alta
resistência seja mais comum para pilares, a maioria das normas de projeto estrutural
utiliza equações com constantes empíricas baseadas em ensaios para concreto com
resistência usual. Nos últimos anos extensos trabalhos experimentais e analíticos têm
possibilitado um melhor entendimento do comportamento do concreto de alta
resistência. São apresentados os resultados de 20 ensaios de pilares, com
resistências de 60MPa a 130MPa, solicitados por forças com pequenas
excentricidades. Os ensaios foram semelhantes aos de AZIZINAMINI et al. (1996). Os
pilares foram ensaiados sob ação de duas forças aplicadas de tal forma que, em uma
das faces a deformação seja nula numa determinada seção transversal durante cada
ensaio. O estudo desenvolvido foi para pilares de concreto simples e com pequenas
taxas de armadura longitudinal e de confinamento, visando contribuir para um melhor
entendimento do comportamento à flexão de seções de concreto de alta resistência
sem confinamento ou com menos confinamento que os necessários para ações
sísmicas.
O programa experimental desenvolvido incluiu uma primeira fase com 14
modelos de seções transversais retangulares nas regiões de observação dos pilares.
Três desses não tinham armadura e 11 eram armados horizontalmente e verticalmente
e todos os modelos tinham seção transversal de 200mm x 300mm. Na segunda fase
foram ensaiados 6 modelos com seção transversal triangular sendo 2 sem armadura e
4 armados; na figura 3.21 podem ser vistos detalhes dos modelos ensaiados nas duas
fases.
Os resultados dos ensaios indicaram que a ruptura das seções de concreto
simples e pouco armadas são muito frágeis. Pilares com espaçamentos de estribos
igual à menor dimensão do pilar romperam subitamente quando houve o destacamento
do cobrimento de concreto. Uma seção bem confinada pode apresentar um
comportamento dúctil, mantendo a força aplicada para grandes deformações. A forma
da zona comprimida é um importante parâmetro na determinação da ductilidade da
seção, e as seções com zona de compressão triangulares exibiram um
comportamento mais dúctil em relação às retangulares.
Capítulo 3 70
Figura 3.21 Modelos ensaiados por [IBRAHIM & MAC GREGOR (1996)]
Capítulo 3 71
onde:
Ag = área da seção transversal do pilar;
fy = resistência de escoamento das barras da armadura longitudinal;
Ast = área da seção transversal das barras da armadura longitudinal.
f’c = resistência à compressão do concreto
10
k 3 = 0,6 + para MPa (3.11)
fc'
e k3 ≤ 0,85.
Capítulo 3 72
0,002
β h = 1 − h
ε cu
(3.21)
1
DINIZ, José Zamarion F. (1997) /Comunicação Pessoal/, São Paulo, abr.
Capítulo 3 73
b) Experimentação em pilares
4.2.1 Cimento
Foi utilizada sílica ativa não densificada, SILMIX ND, fornecida por doação
em convênio com a empresa Camargo Corrêa Industrial S. A. Para fins de
dosagem, seguindo indicação do fabricante, utilizou-se massa específica de
2222kg/m3. Na fotografia da figura 4.1 observa-se o armazenamento efetuado para
os lotes de cimento e sílica ativa.
4.2.4 Água
4.2.5 Agregados
Como pode ser observado o consumo de sílica ativa foi de 10%, valor
recomendado por outros autores. A relação água/cimento resultante foi de 0,36.
Deve ser observado também que o teor de superplastificante usado foi de 3% do
consumo de cimento, que é um valor muito alto. Conhecida a densidade efetuou-
se a devida correção para consumo em massa. No consumo da água está
descontado o volume de água contido no aditivo, admitido ser de 70% da massa.
Considerando-se uma relação água/material cimentante chega-se a 0,33.
Para este concreto resultou, aos 15 dias, resistência média à compressão
de 80,5MPa medida através de ensaios de 12 corpos-de-prova de 10cm x 20cm.
Foram efetuados alguns ensaios para correlação com corpos-de-prova cilíndricos
de 15cm x 30cm, obtendo-se valores de 2,6% a 6% inferiores, o que confirma
resultados de correlação apresentados por METHA & MONTEIRO(1994).
resistência, por causa da menor força para execução do ensaio bem como,
redução no volume de concreto.
As moldagens eram executadas em duas camadas, utilizando-se para
adensamento um vibrador de agulha. Foi efetuado um cuidadoso acabamento
após a moldagem, na extremidade superior, de maneira que as espessuras das
camadas de enxofre, do capeamento, eram em torno de 2mm, valor que
aparentemente não influência na resistência obtida.
A seqüência de mistura usada foi: pedra britada + 20% da água, cimento +
30% da água, sílica ativa, restante da água + aditivo, areia. O tempo total de
mistura foi de 15 minutos, resultando um concreto com slump inicial acima de
250mm e 80mm após 30 minutos, tempo que era suficiente para a moldagem dos
pilares e dos corpos-de-prova.
No tocante à utilização de betoneira basculante na produção do concreto
salienta-se a opção por lançar a sílica ativa diretamente nesta, sem preparar uma
calda, tendo-se tomado o cuidado de, logo após a colocação da sílica ativa, fechar
com um plástico preso por uma borracha à boca da betoneira evitando, desta
forma, a perda de material devido a sua finura. Observou-se, também, uma grande
aderência nas paredes internas da betoneira, havendo necessidade de limpar com
água sob pressão depois de concluída a mistura.
Na fotografia da figura 4.2, observa-se a operação de fechamento da
betoneira com plástico, evitando-se dessa forma a perda da sílica ativa, em função
de suas características. Na fotografia da figura 4.3 vê-se a operação de moldagem
dos corpos-de-prova para controle da resistência à compressão do concreto.
O procedimento de cura foi manter os modelos úmidos, envolvidos em
espuma de borracha, durante os sete primeiro dias.
600
600
500
Tensão(MPa)
Tensão - MPa
400
400
Amostra A 300
Amostra B Amostra A
200 Amostra B
200
Amostra C
Amostra D Amostra C
100
0 0
0 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Deformação - %o Deformação (%o)
Tabela 4.3 - Resultados experimentais dos ensaios de tração nas barras de aço.
4.5 - EXPERIMENTAÇÃO
4.5.1 - Fôrmas
Figura 4.6 - Fôrmas usadas para moldagem dos pilares das séries
1 e 2 ( fôrma 1), 3 e 4 (fôrma 2)
Capítulo 4 85
Figura 4.7 - Fôrma usada para moldagem das série 5 a 7, com ação
excêntrica.
Capítulo 4 86
Figura 4.8 - Fôrma usada nos pilares da série 8 com ação excêntrica
Capítulo 4 87
Figura 4.9 - Fôrma usada nos pilares da série 9 com ação excêntrica
Capítulo 4 88
Figura 4.24 - Detalhamento das armaduras e esquema estático dos pilares das
séries 5 e 6.
Capítulo 4 103
4.5.5.1 - Ensaios-piloto
4.5.5.2 Série 1
4.5.5.3 Série 2
4.5.5.4 Série 3
para avaliar a resistência do concreto no dia do ensaio, optou-se por não descartar
a série. Os modelo apresentavam as seguintes características:
4.5.5.5 Série 4
Os pilares desta série foram moldados no dia 07/07 e ensaiados nos dias
24 e 25/07, com resistência média do concreto de 80,5MPa.
Como pode ser observado na figura 4.23, o espaçamento entre os estribos
foi reduzido para 2,5cm, mantendo-se as demais características iguais as da série
3. A taxa de armadura transversal passou a ser de 2,02% em relação à seção total
e 3,52%, em relação ao núcleo de concreto confinado.
No ensaio do modelo 4/1 observou-se o aparecimento de fissuras, com
força aplicada de 2700kN, logo abaixo da área confinada. Após chegar a 3000kN a
carga caiu rapidamente e observou-se a ruptura de um parafuso do conjunto de
confinamento.
O comportamento do modelo 4/2 foi semelhante, as fissuras apareceram
para uma força de 2600kN, houve destacamento do concreto e após a ação de
2650kN, observou-se que o modelo não absorvia mais força; a região superior
começa a se deformar bastante e resolveu-se parar o ensaio antes da possível
ruptura dos parafusos.
Capítulo 4 111
4.5.5.7 - Série 5
execução do ensaio, optou-se por reduzir para dois o número de modelos por
série, com a idéia de se repetir a série caso os resultados não fossem confiáveis.
Como pode ser observado na figura 4.24, os pilares da série 5
apresentavam as seguintes características:
seção transversal retangular: b=15cm, h=30cm;
altura: 1,74m, caracterizando índice de esbeltez igual a 40;
excentricidade: 1,5cm
cobrimento: 2,00cm;
4.5.5.8 - Série 6
4.5.5.9 - Série 7
4.5.5.10 - Série 8
4.5.5.11 - Série 9
4000 4000
3500 3500
3000
3000
2500
2500
Força - kN
Força - kN
2000
2000
P1/3r
1500 P1/2r P 2/3
1500
P1/3 P 2/2
1000 P1/2 P 2/1
1000
P1/1
500
500
0
0
0 1 2 3 4 5 6
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o Deformação do pilar - %o
4000
4000
3500 3500
3000 3000
2500 2500
Força - kN
Força - kN
2000 P1/3r 2000
P1/2r
1500 P1/3 1500 P 2/3
P1/2 P 2/2
1000 1000 P 2/1
P1/1
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
Deformação no concreto - %o
4000
4000
3500
3500
3000
3000
2500
2500
Força - kN
Força - kN
2000
2000
P1/3r 1500
P 2/3
1500 P1/2r P 2/2
P1/3 1000 P 2/1
1000
P1/2
500
500 P1/1
0
0 0 1 2 3 4 5 6
0 1 2 3 4 5 6
Deformação %o (armadura longitudinal)
Deformação %o (armadura longitudinal)
Figura 5.2 - Diagramas força x deforma Figura 5.3 - Diagramas força x deforma
ções médias dos pilares da série 1 ções médias dos pilares da série 2
Capítulo 5 119
4000
4000
3500
3500
3000
3000
2500
2500
Força - kN
Força - kN
2000
2000
500
500
0
0 1 2 3 4 5 6 0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
Deformação do pilar - %o
4000
4000
3500
3500
3000
3000
2500
2500
Força - kN
Força - kN
2000
2000
1500 P3/3
1500
P3/2
1000 P3/1 4/3
1000
4/2
500 4/1
500
0
0 1 2 3 4 5 6 0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
Deformação no concreto - %o
4000
4000
3500
3500
3000
3000
2500
2500
Força - kN
Força - kN
2000
2000
1500
P3/3 1500
4/3
P3/2
1000 4/2
P3/1 1000
4/1
500
500
0
0 1 2 3 4 5 6 0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação %o (armadura longitudinal)
Deformação %o (armadura longitudinal)
Figura 5.4 - Diagramas força x deforma Figura 5.5 - Diagramas força x deforma
ções médias dos pilares da série 3 ções médias dos pilares da série 4
Capítulo 5 120
4000 4000
3500 3500
3000 3000
2500 2500
Força - kN
Força - kN
2000 2000
1500 1500
4 4
2 3
1000 1000
1 2
500
1
500
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação - %o Deformação - %o
3500 3500
3000 3000
2500 2500
Força - kN
Força - kN
11 12
2000 10 2000 11
9 10
8 1500 8
1500
7 7
6 6
1000 1000
5 5
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 2 4 6 8 10
Figura 5.7 - Diagramas força x deformação nas armaduras, seções A e C do pilar 5/1
Capítulo 5 122
4000 4000
3500 3500
3000 3000
2500 2500
Força - kN
Força - kN
2000 2000
1500 1500
4 C4
3 C3
1000 1000
2 C2
1 C1
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação - %o Deformação - %o
Força - kN
2500 P4
Força - kN
2000 P3
2000 12 P2
11 1500 P1
1500 9
8 1000
1000 7
6
500
500 5
0
0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformações médias - %o
Deformações médias - %o
4000
3500
3000
2500
F - kN
2000
1500
1000 A (inferior)
B (central)
C (superior)
500
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Deslocamento - mm
3000 3000
2500 2500
2000 2000
Força - kN
Força - kN
1500 1500
4 C4
1000 1000
3 C3
2 C2
500 1 500 C1
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Deformação - %o Deformação - %o
2500
2500
2000
Força - kN
Força - kN 2000
1500
1500
8 P4
1000
7 1000 P3
6 P2
500 5 P1
500
0
0
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o
Deformações médias - %o
3000
2500
Deslocamento - mm
2000
1500
1000 A
B
C
500
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Força - kN
3500 3500
3000 3000
2500 2500
2000
Força - kN
2000
Força - kN
1500 1500
4 C4
1000 C3
1000 3
C2
2
C1
500 1 500
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Deformação - %o Deformação - %o
3000 3000
2500 2500
Força - kN
Força - kN
2000 8 2000
7
6 P4
1500 1500
5 P3
P2
1000 1000 P1
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
3500
3000
2500
2000
F - kN
1500
1000 C
B
A
500
0
0 5 10 15
Deslocamento - mm
3500 3500
3000 3000
Força - kN
2000 2000
1500 1500
3 C4
1000 2 1000 C3
C2
C1
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3
Deformação - %o Deformação - %o
3000 3000
2500 2500
Força - kN
Força - kN
2000 8 2000
7
6 P4
1500 1500
5 P3
P2
1000 1000 P1
500 500
0 0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o Deformações médias - %o
3000
2500
Deslocamento - mm
2000
1500
1000 A
B
C
500
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Força - kN
3500 3500
3000 3000
Força - kN
2000 2000
1500 1500
4 C4
1000 3 1000 C3
2 C2
500 500 C1
1
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Deformação - %o Deformação - %o
3500
3500
3000
3000
2500
2500
Força - kN
Força - kN
2000
2000 6
5 P4
1500
1500 P3
P2
1000
1000 P1
500
500
0
0
0 1 2 3 4 5
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
Deformações médias - %o
Deformações médias - %o
3500
3000
2500
2000
F - kN
1500
1000
C
B
500 A
0
0 5 10 15 20
Deslocamento - mm
3500 3500
3000 3000
2000 2000
Força - kN
1500 1500
4 C4
1000 3 1000 C2
2 C1
500 1 500
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Deformação - %o Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
6
1000 5
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o
3500 3500
3000 3000
Força - kN
2000 2000
1500 1500
4 C3
1000 3 1000 C2
2 C1
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Deformação - %o Deformação - %o
3000 3000
2500 2500
Força - kN
1500 P4
1500
P3
6
P2
1000 1000
5 P1
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o Deformações médias - %o
b) Diagramas força x deformação nos d) Diagrama força x deformação
estribos no pilar
3500
3000
2500
2000
F - kN
1500
1000
C (superior)
B (central)
500 A (inferior)
0
0 3 6 9 12 15
Deslocamento - mm
3500
3500
3000
3000
2500
2500
Força - kN
2000
Força - kN
2000
1500
1500
C4
4
1000 C3
1000 3 C2
2 C1
500
500 1
0
0
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
Deformação - %o
Deformação - %o
3000
3000
2500
2500
Força - kN
2000
Força - kN
2000
P4
1500
1500 P3
P2
1000 P1
1000 6
5
500
500
0
0 0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o
Deformações médias - %o
3500
3000
2500
2000
F - kN
1500
1000
C
B
500 A
0
0 2 4 6 8 10
Deslocamento - mm
3000 3000
2500 2500
2000 2000
Força - kN
Força - kN
1500 1500
1000 4 1000
C4
3 C3
C2
500 500 C1
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Deformação - %o Deformação - %o
2500 2500
2000 2000
Força - kN
Força - kN
6
1500 5 1500
P4
P3
1000 1000 P2
P1
500 500
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
3000
2500
2000
F - kN
1500
1000
C
B
A
500
0
0 3 6 9 12 15
Deslocamento - mm
2500 2500
2000 2000
1500 1500
Força - kN
Força - kN
1000
1000 C4
4
C3
3 C2
2 500
500 C1
1
0
0 0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
Deformação - %o
Deformação - %o
c) Diagrama força x deformação no
a) Diagramas força x deformação
concreto
na armadura longitudinal
2500 2500
2000 2000
Força - kN
Força - kN
1500 1500
G
F
1000 1000
P4
P3
500 P2
500
P1
0
0 0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o
Deformações médias - %o
2500
2000
1500
F - kN
1000
C
B
500 A
0
0 3 6 9 12 15
Deslocamento - mm
Tabela 6.2 - Análise dos modelos ensaiados segundo COLLINS et. al. (1993)
Modelo Fexp 0,95fc k3 Fteo Fexp /Fteo
kN MPa kN
P1/1 2630 78,9 0,727 2788 0,94
P1/2 2701 78,9 0,727 2788 0,97
P1/3 2834 78,9 0,727 2788 1,02
P1r/2 3063 80,8 0,724 2832 1,08
P1r/3 2820 80,8 0,724 2832 1,00
P2/2 2950 83,0 0,72 2882 1,02
P2/3 3210 87,4 0,714 2985 1,08
P3/1 3415 90,1 0,711 3370 1,01
P3/2 3750 90,1 0,711 3370 1,11
P3/3 3230 90,1 0,711 3370 0,96
P4/1 3000 76,5 0,731 3012 1,00
P4/2 2650 76,5 0,731 3012 0,88
P4/3 2610 76,5 0,731 3012 0,87
Capítulo 6 137
ε − ε c2
ε ( x) = c1 x + ε c2 (6.4)
h
onde:
εc2 = deformação média medida na face mais comprimida, em valor absoluto;
εc1 = deformação média medida na face menos comprimida, em valor
absoluto;
h = altura da seção transversal do pilar do pilar, em m.
Tabela 6.4 - Variações das deformações para 80% das ações últimas
Pilar εs1 εs2 εc1 εc2 ε (x)
ε − ε s2 ε s 2. d − ε s1. d'
ε ( x) = s1 x + (6.5)
d − d' d − d'
onde:
Tabela 6.6 - Variações das deformações para 80% das ações últimas
Pilar εs1 εs2 εc1 εc2 εs (x) para εc
∫
Nteo = σ c dA + ∑A si σ si (6.6)
A i
∫
M teo = σ c xdA + ∑A
i
si σ si x i (6.7)
A
h
∫
Nu,teo = b σ c ( x)dx + A s1σ s1 + A s 2 σ s 2
0
(6.8)
h h h
∫
Mu,teo = b σ c ( x).(
0 2
− x)dx + ( A s 2 σ s 2 − A s1σ s1 ).( − d' )
2
(6.9)
deformação radial. Observou-se grande dispersão nos resultados dos ensaios com
controle de deformação, sendo que os valores da tensão máxima eram sempre
menores. A máquina de ensaio permitia o traçado de diagrama tensão x
deformação, como pode ser visto, como exemplo, na figura 6.2.
y = k 1x 3 + k 2 x 2 + k 3 x (6.10)
dy
para x = ε c 0 ⇒ = 0 ⇔ 3k 1ε c20 + 2k 2 ε c 0 + k 3 = 0
dx
dy
para x = 0 ⇒ = Ec ⇔ k 3 = Ec
dx
k1 =
( − 2fc + E c ε c0 ) e k2 =
(3fc − 2E c ε c0 )
ε 3c 0 ε 2c 0
σc =
( − 2f c + E c ε c0 ) ε 3 + (3fc − 2E c ε c0 ) ε 2 + E
c c cεc (6.11)
ε c30 ε 2c 0
80
60
Tensão - MPa
40
20
Exp.
Teor.
0
0 1 2 3 4 5
Deformação %o
nfc
σc = εc (6.12)
ε co (n − 1 + ( ε c / ε co ) nk )
Na tabela 6.7 podem ser obtidos os valores de fc que foram substituídos por
0,90fc e de εco . Para o cálculo de n, foi usado a equação (2.10). Os valores de k
que foram calculados pela equação (2.9), resultaram todos iguais a 1, pois
Capítulo 6 148
observou-se que εc < εco , exceto nas etapas de ações últimas dos pilares P6/2,
P7/2 e P8/1 para os quais foram feitas aproximações no valor de k.
Nas tabelas 6.10 e 6.11, seguindo mesma sequência utilizada nas análises
dos pilares considerando a relação tensão x deformação proposta pelo Autor
(tabelas 6.8 e 6.9), estão apresentadas as análises efetuadas com os modelos de
COLLINS et al. (1993).
Tabela 6.11 - Análise dos resultados obtidos para 80% da força última,
considerando o modelo apresentado por Collins et al. (1993)
Pilar Fexp Mexp Fteo,a Mteo,a Fexp / Mexp / Fteo,b Mteo,b Fexp / Mexp /
kN kN.cm kN kN.cm Fteo,a Mteo,a kN kN.cm Fteo,b Mteo,b
P5/1 2229 3343 1888 1231 1,19 2,72 2200 1455 1,01 2,30
P5/2 2200 3300 1939 1272 1,13 2,59 2127 2193 1,03 1,50
P6/1 2619 3928 2085 1079 1,26 3,64 2419 1270 1,08 3,09
P6/2 2606 3909 2531 1560 1,03 2,51 2748 2472 0,95 1,58
P7/1 2415 3622 2541 1020 0,99 3,55 2323 1173 1,08 3,09
P7/2 2396 3594 2431 1575 0,99 2,28 2654 1738 0,90 2,07
P8/1 2632 6580 2295 1313 1,15 5,01 2413 1208 1,09 5,45
P8/2 2639 6597 2707 1134 0,97 5,81 2708 1092 0,97 6,04
P9/1 1918 5754 1744 3572 1,10 1,61 1869 4288 1,03 1,34
P9/2 1730 5190 1647 3410 1,05 1,69 1605 3791 1,08 1,52
Para as forças normais as relações entre Fexp / Fteo são praticamente iguais
a unidade (variando entre 1,01 e 1,09), quando se considera o modelo de
distribuição de tensões na seção transversal indicado por COLLINS et al. (1993).
Capítulo 6 149
6.4 DUCTILIDADE
Figura 6.6 - Visão da região de ruptura dos pilares P 7/2, P 5/2 e P 6/2.
Capítulo 6 152
Figura 6.7 - Distribuição de tensões para Figura 6.8 - Distribuição de tensões para
a hipótese 1 a hipótese 2
500
400
300
σc (kN/cm2)
200
100 Hipótese 1
Hipótese 2
0
0 3 6 9 12 15
h (cm)
foi utilizado o programa Femoop1 que utiliza o método dos elementos finitos, como
pré-processador o programa Mtool(1992) e como pós-processador o programa
Mview(1993).
Para a seção na metade da altura do pilar observa-se na figura 6.7 que o
valor da tensão na face mais comprimida é quase o dobro do correspondente na
hipótese 2 apresentada na figura 6.8.
A figura 6.9 que apresenta a distribuição de tensões ao longo da seção
situada na metade da altura, que foi a seção considerada nas análises, confirma o
fato de que mudanças nas vinculações provocadas nos modelos, pelas condições
de ensaios, alteram as distribuições de tensões e, consequentemente, o valor do
momento experimental atuante.
Considerando a hipótese 2 onde os pilares submetidos a flexão normal
composta, durante os ensaios, tiveram a rotação impedida na base junto ao
macaco hidráulico, e articulados no topo, junto a célula de carga, os momentos
fletores atuantes nas seções transversais de meia altura são da ordem de 50%
dos momentos iniciais indicados nas tabelas 6.8 e 6.10 para a ação última.
Assim as análises foram refeitas apresentando-se as tabelas 6.12 e 6.13,
para o modelo proposto pelo Autor e por COLLINS et al.(1993).
Tabela 6.12 - Análise dos esforços resistentes para a relação tensão x deformação
proposta pelo Autor e ação última, admitindo o Mexp da hipótese 2
Pilar Fexp Mexp Fteo,a Mteo,a Fexp / Mexp / Fteo,b Mteo,b Fexp / Mexp /
kN kN.cm kN kN.cm Fteo,a Mteo,a kN kN.cm Fteo,b Mteo,b
P5/1 2842 2131,5 2817 2109 1,01 1,01 3195 2242 0,89 0,95
P5/2 2806 2104,5 2790 1993 1,01 1,06 3010 2782 0,93 0,76
P6/1 3227 2420 2842 2294 1,14 1,05 3382 2159 0,95 1,12
P6/2 3218 2413,5 3452 2287 0,93 1,06 3691 2902 0,87 0,83
P7/1 3012 2259 2836 1375 1,06 1,64 3110 1585 0,97 1,43
P7/2 3118 2338,5 3774 1328 0,83 1,76 3671 1791 0,85 1,31
P8/1 3252 4065 3101 1978 1,05 2,06 3251 2457 1,00 1,65
P8/2 3250 4062,5 3639 2414 0,89 1,68 3869 1903 0,84 2,13
P9/1 2388 3582 2262 1921 1,06 1,86 2512 2878 0,95 1,24
P9/2 2143 3219 2128 1892 1,13 1,70 2115 2287 1,01 1,41
1
Sistema desenvolvido no Departamento de Engenharia Civil da PUC-RIO
Capítulo 6 155
Tabela 6.13 - Análise dos esforços resistentes para a relação tensão x deformação
apresentada por Collins et al. (1993) e ação última, admitindo o Mexp da hipótese 2
Pilar Fexp Mexp Fteo,a Mteo,a Fexp / Mexp / Fteo,b Mteo,b Fexp / Mexp /
kN kN.cm kN kN.cm Fteo,a Mteo,a kN kN.cm Fteo,b Mteo,b
P5/1 2842 2131,5 2689 2197 1,06 0,97 3108 2467 0,91 0,86
P5/2 2806 2104,5 2658 2091 1,06 1,01 2918 3017 0,96 0,70
P6/1 3227 2420 2649 2303 1,22 1,05 3225 2366 1,00 1,02
P6/2 3218 2413,5 3208 2437 1,00 0,99 3478 2378 0,93 1,01
P7/1 3012 2259 2663 1453 1,13 1,55 2969 1771 1,01 1,28
P7/2 3118 2338,5 3681 1576 0,85 1,48 3289 344,6 0,95 1,48
P8/1 3252 4065 2992 2133 1,09 1,91 3156 2582 1,03 1,57
P8/2 3250 4062,5 3478 2662 0,93 1,53 3731 2204 0,87 1,84
P9/1 2388 3582 2089 1877 1,14 1,91 2384 2977 1,00 1,20
P9/2 2143 3219 2048 1940 1,05 1,66 2047 2343 1,05 1,37
***
Apresentação
Ensaio Piloto
1400
1200
1000
Força - kN
800
600
A
C
400
B
200
D
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - o%
1400
1200
1000
Força - kN
800
600
Arm. longitudinal
400 Concreto KFG 10
Concreto KFG 30
200 Pilar
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Deformações médias - o %
Apêndice 4
1400
1200
1000
Força - kN
800
600
B
C
400 A
D
200
0
0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00
Deformação do pilar - o%
1600
1400
1200
1000
Força - kN
800 A - 10
C - 10
600 B - 10
D - 10
400
D - 30
200
C - 30
0
0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00
Deformação no concreto - o%
1600
1400
1200
1000
1
2
Força - kN
800 3
4
600 5
6
400
7
200 8
0
0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00
Pilar 1/1
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
A
1000 B
C
500 D
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000 Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação - %o
Apêndice 7
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000 B
D
1500 C
1000
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
4
1000 3
2
500 1
0
0 1 2 3 4 5 6
Pilar 1/2
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
500 A
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000 Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o
Apêndice 9
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000 B
D
1500 C
A
1000
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
4
1000
3
2
500 1
0
0 1 2 3 4 5 6
Pilar 1/3
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
500 A
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação - o%
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000
Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000 B
D
1500 C
1000
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
4
1000 3
2
500 1
0
0 1 2 3 4 5 6
Pilar 1r/2
Diagrama Força x Deformação nas faces do estribo
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
500
A
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
1000 Pilar
Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o
Apêndice 13
3500
3000
2500
Força - kN
2000
B
1500
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
4
1000
3
2
500 1
0
0 1 2 3 4 5 6
Pilar 1r/3
Diagrama Força x Deformação nas faces do estribo
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
1000 B
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000 Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o
Apêndice 15
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000 B
D
1500 C
A
1000
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
4
1000
3
2
500 1
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação %o (armadura longitudinal)
Apêndice 16
Pilar 2/1
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
A
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - o%
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 Pilar
Concreto
1000
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias -o %
Apêndice 18
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação do pilar - o%
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
1000 D
C
500 A
0
0 1 2 3 4 5
Deformação no concreto - o%
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 4
3
1000
2
1
500
0
0 1 2 3 4 5
Pilar 2/2
Diagrama Força x Deformação nas faces do estribo
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
A
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - o%
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
1000 Pilar
Concreto
500 Arm. longitudinal
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - o%
Apêndice 20
3500
3000
2500
Força - kN
2000
B
1500 D
C
1000 A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
B
1500
D
1000
C
A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 4
3
1000 2
1
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação %o (armadura longitudinal)
Apêndice 21
Pilar 2/3
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
A
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
1000 Pilar
Concreto
500 Arm. longitudinal
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o
Apêndice 22
3500
3000
2500
Força - kN
2000
B
1500 D
C
1000
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
4
1000 3
2
500
1
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação %o (armadura longitudinal)
Apêndice 23
Pilar 3/1
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
A
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
1000 Pilar
Concreto
500 Arm. longitudinal
0
0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o
Apêndice 25
3500
3000
2500
Força - kN
2000
B
1500 D
C
1000 A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000
C
500
A
0
0 1 2 3 4 5
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
4
1500 3
2
1000
1
500
0
0 1 2 3 4 5
Pilar 3/2
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
E
D
1000
C
B
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000 Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o
Apêndice 27
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000
C
A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação no concreto - %o)
4500
4000
3500
3000
Força - kN
2500
2000
4
1500 3
2
1000
1
500
0
0 1 2 3 4 5
Pilar 3/3
Diagrama Força x Deformação nas faces do estribo
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
A
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000 Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformações médias - %o
Apêndice 29
3500
3000
2500
Força - kN
2000
B
1500 D
C
1000 A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
B
1500 D
C
1000 A
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
4
1500 3
2
1000
1
500
0
0 1 2 3 4 5
Pilar 4/1
Diagrama Força x Deformação nas faces do estribo
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
A
500
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000 Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o
Apêndice 32
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500 B
1000
D
C
500 A
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %
o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %
o
4000
3500
3000
2500 4
Força - kN
3
2000 2
1
1500
1000
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação % (armadura longitudinal)
o
Apêndice 33
Pilar 4/2
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
1000 C
B
500 A
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000 Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o
Apêndice 34
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
1000 D
C
500 A
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
D
1000 C
A
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
4
1000
3
500 2
1
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação %o (armadura longitudinal)
Apêndice 35
Pilar 4/3
Diagrama Força x Deformação nas faces do estribo
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
D
C
1000
B
500 A
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deformação - %o
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
Pilar
1000
Concreto
Arm. longitudinal
500
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformações médias - %o
Apêndice 36
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
1000
D
C
500 A
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação do pilar - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
1500
B
1000 D
C
500 A
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação no concreto - %o
4000
3500
3000
2500
Força - kN
2000
4
1500
3
1000 2
1
500
0
0 1 2 3 4 5 6