MN Eng 2001 07.00 1
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MN Eng 2001 07.00 1
DE VIA PERMANENTE
SUMÁRIO
1. Objetivo ..................................................................................................................3
2. Aplicação .................................................................................................................3
3. Documentos de Referência ...........................................................................................3
4. Definições e Siglas......................................................................................................3
5. Desenvolvimento .......................................................................................................4
5.1. Anomalias ...........................................................................................................8
5.2. Inspeções em locais com presença de obstáculos fixos e móveis, e com fixação rígida ........... 61
6. Histórico de Revisões ................................................................................................ 62
7. Considerações de Meio Ambiente .................................................................................. 62
8. Considerações de Saúde Ocupacional ............................................................................. 62
9. Anexos .................................................................................................................. 63
10. Grupo de Trabalho .................................................................................................. 63
1. Objetivo
O Manual tem como principal objetivo padronizar e classificar a inspeção de anomalias na malha ferro-
viária realizada pelo Ronda de linha.
2. Aplicação
Gerência Geral de Malha Ferroviária.
3. Documentos de Referência
► Federal Railroad Administration - Track and Rail and Infrastructure Integrity Compliance Manual -
Volume II Track Safety Standards - Chapter 1 Track Safety Standards Classes 1 through 5 - January
2014
4. Definições e Siglas
JM – Junta Metálica.
JE – Junta Encapsulada.
PN – Passagem em Nível.
Dormentes Inservíveis: Dormentes que não apresentam condições aceitáveis de suporte, de fixação,
absorção e distribuição de cargas horizontais e verticais e bitolamento.
Bolsão: refere-se a materiais finos gerados da granulometria inadequada do lastro, da quebra do lastro,
com origem na operação ferroviária, pelo carreamento de material com origem no sistema de drena-
gem circunvizinho a ferrovia ou queda de barreira.
Laqueado: degradação da plataforma com carreamento de finos para lastro. O processo é originado
pela penetração do lastro na plataforma acarretando a percolação de finos (solo) pelos vazios do lastro
ferroviário.
Parafusos de articulação: São os dois parafusos ligados diretamente à agulha (da ponta para o coice);
Parafusos de fixação da agulha: São os três parafusos que ligam o trilho de ligação à agulha.
5. Desenvolvimento
a) Tipo de anomalia;
b) Códigos da anomalia;
c) Parâmetro de referência;
d) Amplitude da anomalia (quando possível);
e) Unidade de medida;
f) Descrição;
g) Criticidade.
O parâmetro de referência deverá ser medido (quando aplicável) com trena metálica. Em caso de
mais de uma anomalia no local a abertura deverá ser em separado (no mesmo ponto).
O manual apresenta os tipos de anomalias que o Ronda será apto a reportar com suas ilustra-
ções/condições e Parâmetros de referência. Na tabela abaixo o resumo das anomalias que o ronda de-
verá classificar:
TR02 Patinado
Trilho
TR03 Trinca no Trilho
TR04 Fratura
LA01 Bolsão
AMV (AM) AM37 Escora lateral desajustada ou faltante - dormente placa bitoladora
b) Média (1): Condição da via que gere necessidade de intervenção programada de até 15 dias em linha
principal e 45 dias em demais linhas;
c) Alta (0): Condição da via que gere necessidade de intervenção programada de até 7 dias em linha
principal e até 30 dias em demais linhas. Excepcionalmente para defeitos severos em trilhos em OAE,
será acrescentado um fator de segurança com a colocação de restrição de velocidade de 20km/h até
que seja retirado o defeito.
d) Interdição: Condição da via que gere risco iminente de descarrilamento e requer intervenção imedi-
ata.
5.1. Anomalias
5.1.1 Trilhos
Ilustração:
Alta: Defeito superficial identificado visualmente na pista de rolamento, OAE e equipamentos especiais
de engenharia.
Alta: Defeito severo no canto de bitola em terrapleno, OAE e equipamentos especiais de engenharia.
5.1.1.2 Patinado
Código: TR02
Ilustração:
Foto 2: Patinado
Interdição: Acima de 10 mm
Código: TR03
Ilustração:
Código: TR04
Ilustração:
Interdição: Fratura.
Código: TR05
Ilustração:
≥20mm
≥150mm
Código: TJ01
Ilustração:
Média: proximidade entre < = 1 mm tanto para terraplanagem como para OAE;
Descrição da anomalia: Tala de junção metálica ou isolada trincada, com cortes de maçarico, partida
ou outros danos.
Código: TJ02
Ilustração:
Alta: Fraturada ou com trinca acima de 50 mm em um dos lados ou com trinca inferior a 10 mm nas
duas talas;
Código: TJ03
Ilustração:
Código: TJ04
Ilustração:
Alta: Falta de 2 parafusos em ambos os lados ou falta de 3 parafusos em um dos lados (junta desliga-
da).
Descrição da anomalia: Junta metálica sem o cabo de ligação (Bonde) entre os dois trilhos.
Código: TJ05
Ilustração:
Descrição da anomalia: Junção de trilhos com tala metálica em ponte, viaduto, túnel, equipamentos
especiais de engenharia e PN.
Código: TJ06
Ilustração:
Descrição da anomalia: Junta desnivelada em até 2,00 metros da ponta da agulha com recalque apa-
rente.
Código: TJ07
Ilustração:
Alta: Desnivelamento visual com presença de bolsão e/ou dormentes inservíveis em até 20 mm;
Interdição: Desnivelamento visual com presença de bolsão e/ou dormentes inservíveis superior a 20
mm.
Parâmetro de referência: Presença de trinca identificada visualmente ou defeito superficial com pro-
fundidade de 1 mm e dimensão superior a 5 mm. Esta observação deverá ser feita somente na solda.
Código: SD01
Ilustração:
Criticidade:
5.1.3 Dormentes
Ilustração:
Descrição da anomalia: Dormente inexistente ou que não apresenta condições aceitáveis de suporte,
resistência lateral e bitolamento em terraplanagem, OAE e equipamentos especiais de engenharia.
Código: DM01 e DM03 para dormente de madeira e DP01 e DP03 para dormente de polímero.
Ilustração:
Baixa:
Média :
Alta:
Interdição:
Tangente: acima de 5;
Curva: acima de 4;
OAE: acima de 3.
Média:
Alta:
Interdição:
Descrição da anomalia: Dormente de proteção e de guarda que não apresenta condições aceitáveis de
suporte, resistência lateral e bitolamento em região de junta metálica e solda.
Definições:
Código: DM02 e DM04 para dormente de madeira e DP02 e DP04 para dormente de polímero.
Ilustração:
Dormente de Guarda
Dormente de Proteção
5.1.4 Lastro
5.1.4.1 Bolsão
Código: LA01
Ilustração:
Baixa: Bolsão com bombeamento de finos “lama” (presença de água), movimentação dinâmica visível
ou laqueado;
Média: Bolsão com bombeamento de finos “lama” (presença de água), movimentação dinâmica visível
ou laqueado comprometendo a geometria – localizado em OAEs
Alta: Bolsão com presença de defeito superficial em trilho ou com tala de junção (JM e JIC), ou solda
aluminotérmica, ou em equipamentos especiais de engenharia ou com dormente inservível.
Nota: Condições de recalque devem ser avaliadas junto ao técnico ou especialista de via
Descrição da anomalia: Excesso de brita na região do ombro do lastro que pode proporcionar a inci-
dência de descarrilamento de equipamento rodo ferroviário.
Parâmetro de referência: Leira de brita acima do nível do boleto do trilho e numa faixa de 500mm à
partir da face externa do trilho.
Código: LA02
Ilustração:
Parâmetro de referência: Ausência de brita no suporte de apoio do dormente (em baixo do dormen-
te).
Código: LA03
Ilustração:
Descrição da anomalia: Ausência de lastro no ombro da linha podendo comprometer a resistência late-
ral da grade.
Código: LA04
Ilustração:
5.1.5 Geometria
Ilustração:
NOTA 1: Atenção especial em pontos de acúmulo de graxa, verificar a bitola referenciando o patim e o
boleto;
NOTA 2: Comunicar a coordenação sempre que for verificado indícios de movimentação na placa ou
com a fixação encoberta sempre que houver SS na criticidade alta.
Parâmetro de referência: Fechamento 1587 mm para bitola larga e 987 para bitola métrica.
Ilustração:
PPJ - Proteção Ponta Material do Jacaré 980 980 ( +5) 1580 1580 ( +5)
NOTA 1: No jacaré duplo do AMV misto e aparelho de translação de eixo - ATEV (pombinho) é necessá-
rio o fechamento da bitola para 1580 mm para bitola larga e 980 mm para bitola métrica para o cum-
primento da Folga de Livre Passagem do Jacaré (FLPJ).
5.1.5.3 Nivelamento
Descrição da anomalia: Diferença de cota entre um trilho e outro no mesmo ponto de uma tangente ou
na região circular das curvas.
Código: GE03
Ilustração:
5.1.5.4 Alinhamento
Código: GE04.
Ilustração:
5.1.6 Fixação
Código: FX01
Ilustração:
Parâmetro de referência: Placa de apoio quebrada ou faltante em sequência na mesma fila de trilho.
Código: FX02
Ilustração:
Baixa:
Média :
Alta:
Interdição:
Tangente: acima de 5;
Curva: acima de 4;
OAE: acima de 3.
Código: FX03
Ilustração:
Código: FX04
Ilustração:
Código: FX08
Ilustração
5.1.7 AMV
Descrição da anomalia: Dormente obstruindo a movimentação das barras de conjugação e/ou os pu-
nhos.
Parâmetro de referência: dormentes ou outros materiais obstruindo a barra de conjugação e/ou pu-
nhos impedindo sua livre movimentação.
Código: AM04
Ilustração:
Foto 34: Obstrução da livre movimentação das barras de conjugação e/ou punhos
Ilustração:
Código: AM06
Ilustração
Foto 36: Local de passível obstrução da movimentação das agulhas em chave elétrica e chave de mola
Ilustração
Criticidade para escora lateral desajustada ou faltante em dormente da grade da agulha: AM07
Criticidade para escora lateral desajustada ou faltante em dormente da placa bitoladora: AM37
Código: AM08
Ilustração
5.1.8 Jacaré
Nota: Avaliação de desprendimento de materiais e trincas ao longo do jacaré: A gravidade deste defeito
deve ser avaliada conforme a posição e o tamanho da trinca e do desprendimento de material encon-
trado. Tal avaliação deverá ser feita pelo Especialista ou Técnico de via que deverá ser acionado ime-
diatamente em caso de se detectar estes tipos de anomalias.
Ilustração
Criticidade para parafuso quebrado/faltante nos calços centrais ou corpo do contratrilho (AM11):
Nota: No caso de registro de anomalia de criticidade alta com impacto visual na ponta material, o téc-
nico ou especialista de via deverá ser acionado imediatamente.
Interdição: A cargo do técnico ou especialista de via
5.1.9 Outros
Foto 42: Bolsão na região da grade do jacaré Foto 43:Bolsão na região da grade das agulhas
Fonte: Engenharia de Via Permanente –10/19 Fonte: Engenharia de Via Permanente -
10/10/2019
Nota: Condições de recalque devem ser avaliadas junto ao técnico ou especialista de via.
Nota: No caso de 1 dormente inservível na máquina de chave manual/elétrica, deve ser acionado o
técnico ou especialista de via.
5.1.10 Infra
Descrição da anomalia: Risco de queda de materiais (Rocha, árvore, barreira) sobre o gabarito da linha
compromentendo a circulação de trens.
Código: IN01
Ilustração:
Foto 46: Risco de queda de rocha sobre a linha e árvore caída sobre a linha
Código: IN03
Ilustração:
Alta: Excesso de lixo ou entulho próximo ao boleto do trilho (em uma faixa de 500 mm) que possa com-
prometer a circulação;
Descrição da anomalia: Será considerada uma anomalia caso a distância entre a face interna do boleto
até a parede do túnel seja menor que 1 metro
Código: IN04
Ilustração:
Baixa: NA;
Média: NA;
Código: IN05
Ilustração:
Código: IN02
Ilustração:
Ilustração:
5.2. Inspeções em locais com presença de obstáculos fixos e móveis, e com fi-
xação rígida
Nos locais onde houver a presença de obstáculos fixos na via permanente como asfalto, concreto, ban-
dejamento, PN, excesso de brita em fixação e etc.,os itens aplicáveis mencionados neste manual deve-
rão ser avaliados normalmente através de inspeção visual e/ou medições utilizando o equipamento
adequado quando necessário. Abaixo seguem orientações quanto a inspeção:
Para auxiliar na avaliação da condição de fixação/dormentação poderá ser solicitado ao técnico res-
ponsável que utilize a régua de bitola carregada para determinar a criticidade do defeito.
A régua de superelevação/bitola deverá ser utilizada normalmente nos casos em que se julgar necessá-
rio para a avaliação da geometria e bitola. Os casos identificados visualmente obedecem os mesmos
critérios descritos nesse manual;
Trecho que não é contemplado pela inspeção do Track Star, e com fixação rígida ou elástica, deve ser
utilizada a régua de carga (de três em três dormentes ou distâncias de 1,20m) para verificar a condição
de abertura dinâmica de bitola, sempre que for observado evidências de:
e) Fixação rígida, com utilização do mesmo tirefond para fixar o trilho e a placa de apoio e marca no
dormente da movimentação da placa de apoio.
f) Fixação rígida, com utilização de apenas 2 (dois) tirefond para fixar o trilho e a placa de apoio, in-
dependente de marca no dormente da movimentação da placa de apoio.
j) PN
k) Bitola Mista.
l) Locais com linha encoberta com barreira; brita; minério, lixo e entulho até o boleto.
m) Curvas de raio abaixo de 350m, que apresente umas das condições descritas na letra (a) até letra
(h).
6. Histórico de Revisões
Todo colaborador deve ter conhecimento do PAE (PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA) do seu local
de trabalho. As orientações dos membros da brigada de emergência, devem ser seguidas e a calma
deve ser mantida, a fim de se evitar possíveis agravamentos em tais situações.
Se não estiver no seu local de trabalho procure conhecer às rotas de fuga seguras e lembre-se sempre
das práticas adequadas durante o abandono de área.
Em caso de manuseio de produtos químicos perigosos, devem estar sempre disponíveis a FISPQ (Ficha
de Informação de Segurança de Produtos Químicos) e a Ficha de Emergência, no caso de atendimento à
ocorrências é importante avaliar a direção do vento, eliminar todas as possíveis fontes de ignição, uti-
lizar sempre os equipamentos adequados.
Nenhuma atividade deverá ser executada em caso de dúvidas. Todo colaborador deve ter pleno conhe-
cimento da atividade que está desempenhando e deve ter à sua disponibilidade os recursos necessários
e adequados, seja a atividade crítica ou não. Caso contrário, deve ser utilizado o “Direito de Recusa”.
9. Anexos
9.1. Grupo de Trabalho
Claudio Parreira Henrique Guedes Philypp Gutieres
Clécio Garcia Hugo Ribeiro Renato Assis
Eduardo Francisco Jehan Secafim Rodolpho Tavares
Eduardo Rezende João Dalmonech Ronaldo Nogueira
Edson Machado João Serpa Wellington Pereira
Elthon Leite Juarez Gomes
Eustaquio Almeida Paulo Batista