Introduçaõ Microbiologia
Introduçaõ Microbiologia
Introduçaõ Microbiologia
Obs.: Os vírus não são classificados como parte de nenhum dos três
domínios. Eles não são compostos por células e utilizam a maquinaria
anabólica dentro da célula hospedeira para se multiplicar (reproduzir).
Nomenclatura dos Organismos
Os organismos vivos (inclusive os microrganismos) são agrupados em
níveis de classificação, ou taxon, de acordo com as características
similares. A cada organismo é atribuído um nome científico.
A ciência da classificação, especialmente a classificação dos seres vivos, é
chamada de taxonomia (do grego: nível de um sistema de classificação ou
arranjo ordenado). O objetivo da taxonomia é classificar organismos vivos
– ou seja, estabelecer relações entre um grupo e outro de microrganismos e
os diferenciar. Devem existir em torno de 100 milhões de organismos
vivos diferentes, sendo que menos de 10% foram descobertos e, muito
menos, classificados e identificados. Ressalta-se que novas técnicas de
biologia molecular e genética têm fornecido uma nova visão para a
classificação e a evolução.
A taxonomia também fornece uma referência comum para identificar
organismos já identificados – por exemplo, quando uma bactéria suspeita
de ter causado uma doença específica é isolada, as características dela são
comparadas com uma lista de características de bactérias previamente
classificadas para identificar a isolada. A taxonomia é uma ferramenta
básica e necessária para os cientistas, fornecendo uma linguagem universal
de comunicação.
Os organismos são classificados de acordo com seus graus de similaridade.
Essas similaridades se devem ao parentesco – todos os organismos são
relacionados pela evolução.
Para classificar (e dar nome) um organismo, não podemos utilizar nomes
comuns porque, muitas vezes, o mesmo nome é utilizado para muitos
organismos diferentes em locais diferentes. Por exemplo, existem dois
organismos diferentes com o mesmo nome: musgo espanhol, sendo que
nenhum deles é realmente um musgo. Além disso, idiomas locais são
utilizados para nomes comuns.
Como os nomes comuns podem induzir ao erro e estão em idiomas
diferentes, um sistema de nomes científicos – denominado nomenclatura
científica – foi desenvolvido no século XVIII.
Esse sistema de nomenclatura (nomeação), utilizado até hoje, foi
estabelecido por Carolus Linnaeus (em 1735). Nesse sistema, cada
organismo recebe dois nomes, ou um binômio, que são o nome do gênero
e o nome da espécie –ambos são escritos sublinhados ou em itálico.
O nome do gênero começa sempre com letra maiúscula e é sempre um
substantivo. O nome da espécie começa com letra minúscula e geralmente
é um adjetivo. Os nomes são latinizados porque o latim era a língua
tradicionalmente utilizada pelos estudantes. Por convenção, após um nome
científico ter sido mencionado uma vez, ele pode ser abreviado com a
inicial do gênero seguida pelo específico.
Os nomes científicos podem, entre outras coisas, descrever um organismo,
homenagear um pesquisador ou identificar os hábitos de uma espécie. Por
exemplo, considere o Staphylococcus aureus, uma bactéria comumente
encontrada na pele humana: Staphylo descreve o arranjo em cacho das
células dessa bactéria; coccus indica que as células têm a forma
semelhante a esferas; e, o específico, aureus, significa ouro em latim – a
cor de muitas colônias dessa bactéria. A figura 8 apresenta outros
exemplos.
Figura 8 - Exemplos de nomes de microrganismos e seus respectivos
significados
Considerando-nos como organismos, os humanos, nosso gênero e a nossa
espécie são: Homo e sapiens – o substantivo, ou gênero, significa homem
e o adjetivo, espécie, significa sábio.