Educação Ambiental - Conteudo

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Educação Ambiental

− Introdução à Educação Ambiental


− Os grandes eventos mundiais de educação ambiental
− O que é e para que educar ambientalmente?

Objetivo de Aprendizado
− o histórico do ambientalismo no Brasil e no mundo;
− a relação desse movimento com o surgimento da educação ambiental no Brasil e
os caminhos percorridos até os dias de hoje.
− compreender a evolução dos conceitos de educação ambiental conhecendo de
onde viemos, onde estamos e para onde estamos seguindo com esse tema.

Contextualização
Já faz alguns anos que a Natureza vem sofrendo danos ambientais pela ação do
homem e que as populações, principalmente dos grandes centros urbanos, sofrem
com os efeitos da poluição seja do ar, da água ou do solo.
Algumas pessoas possuem entendimento sobre a necessidade da preservação
ambiental, mas, mesmo assim, continuam repetindo os mesmos hábitos por
comodismo ou falta de informação.
A informação sozinha não é suficiente para quem deseja educar alguém; é preciso
gerar mudanças de atitudes, de valores, trabalhar num nível mais interno do ser
humano, no sentir. Dessa forma, quando falamos em educação ambiental, em
primeiro lugar, temos que pensar na sensibilização aliada à informação, para, aí
sim, colhermos os frutos de uma sociedade que cause menos danos ao meio em que
vive.

Introdução
No início dos anos 50, houve um grande acidente ambiental na cidade de Londres,
na Inglaterra, em que a cidade foi envolta pelo “smog”, uma poluição atmosférica
de origem industrial que matou milhares de pessoas.
Na mesma década, outra catástrofe ambiental ocorreu na cidade de Minamata, no
Japão, na qual os efeitos da poluição por mercúrio, devido aos despejos industriais,
resultaram em graves danos à população que causaram desde problemas
neurológicos até o nascimento de bebes com anencefalia, ou seja, sem cérebro.
Esses fatos repercutiram mundialmente e geraram os primeiros debates na
sociedade a respeito da qualidade ambiental.
No mundo pós-guerra, houve um grande esforço, entre os países que ocupavam a
liderança mundial, no sentido de se recuperarem economicamente, e a produção
industrial foi acelerada sem medir esforços, trazendo grandes danos ambientais à
qualidade das águas, do ar, do solo e das florestas.
O avanço tecnológico readaptou descobertas do tempo da guerra, como, por
exemplo, a do DDT, veneno organoclorado usado, inicialmente, para fins bélicos e
que passou a ser utilizado na agricultura. Este se mostrou muito eficiente no
combate a pragas, porém não houve uma previsão dos efeitos negativos causados
ao ambiente e à saúde humana devido ao seu efeito cumulativo e ao uso
indiscriminado.
Em 1962, foi lançado o livro “Primavera Silenciosa” pela jornalista norte-americana
Rachel Carson, que é considerado um marco para as grandes mudanças ambientais.
A autora descreveu a forma predadora de atuação dos setores produtivos e as
tragédias que já estavam acontecendo, como, por exemplo, o uso do veneno DDT. O
livro foi um grande sucesso, com muitas reedições esgotadas, e provocou uma
reflexão na sociedade sobre a perda da qualidade de vida.
Em 1968, foi realizada em Roma, na Itália, uma reunião de cientistas, pedagogos,
industriais, economistas, funcionários públicos, humanistas, entre outros, para
discutir o consumo e as reservas de recursos naturais não renováveis e o
crescimento da população mundial até meados do século XXI. Tal
reunião ficou conhecida como o “Clube de Roma” e as conclusões deixaram clara a
necessidade de se buscar meios para a conservação dos recursos naturais e de
controlar o crescimento populacional além de se investir numa mudança radical
nos padrões de consumo. Alguns relatórios foram produzidos nesse encontro, e um
deles, o chamado “Os Limites para o Crescimento”, publicado em 1972, trouxe uma
análise do que poderia acontecer se a Humanidade não mudasse seus métodos
econômicos e políticos. Esse documento foi alvo de muitas críticas, mas foi, durante
muitos anos, documento referência por propor um modelo de análise ambiental
global e, sobretudo, por alertar a Humanidade sobre o tema.
Os debates e conclusões do Clube de Roma colocaram o problema ambiental em
nível planetário e, como consequência disso, a Organização das Nações Unidas
(ONU) realizou, entre 5 e 16 de junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia, a Primeira
Conferência Mundial de Meio Ambiente Humano.
Desde então, o dia 5 de junho tornou-se o dia mundial do Meio Ambiente. Dentre
alguns resultados da Conferência, vale destacar:
− a criação de um organismo novo, da própria ONU, só para a área ambiental: o
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA);
− a Declaração de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano, que apresentou vinte
e seis princípios comuns para a preservação ambiental;
− a necessidade de um trabalho de educação voltado para as questões
ambientais, visando aos jovens e adultos, a fim de estimular uma conduta
responsável em prol do meio ambiente e de toda sua dimensão humana;
A partir do último item, percebemos o surgimento do que hoje se aproxima do
entendimento sobre educação ambiental.

Segundo Marques (2008, p.20):


A ideia de educação ambiental foi sendo construída dentro desses movimentos
como instrumento para envolver a sociedade, denunciando e divulgando a
necessidade de se utilizar os recursos naturais de maneira moderada, sem levá-los à
exaustão, de modo que sua recuperação seja possível de maneira espontânea;
noutras palavras, isto quer dizer preservar sua capacidade de renovação, portanto
sua autossustentação e conservação.

Os grandes eventos mundiais de educação ambiental


Carta de Belgrado, 1975
Em Belgrado, na ex-Iugoslávia, atual Sérvia, em 1975, foi realizada uma reunião de
especialistas, na qual se definiram os objetivos da educação ambiental, publicados
no que se convencionou chamar de “A Carta de Belgrado”.
Esse documento preconizou/propôs a necessidade de uma nova ética global, capaz
de promover a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição, da
exploração e da dominação humana.
Além disso, o documento censurou o desenvolvimento de uma nação às custas de
outra e acentuou as vantagens de formas de desenvolvimento que beneficiassem a
toda a humanidade.
Um Trecho da Carta de Belgrado, de 1975
“Governantes e planejadores podem ordenar mudanças e novas abordagens de
desenvolvimento que possam melhorar as condições do mundo, mas tudo isto não
se constituirá em soluções de curto prazo, se a juventude não receber um novo tipo
de educação. Isto vai requerer um novo e produtivo relacionamento entre estudantes
e professores, entre escola e comunidade, entre o sistema educacional e a sociedade.
É nesse sentido que devem ser lançadas as fundações para um programa mundial de
Educação Ambiental que torne possível o desenvolvimento de novos conhecimentos
e habilidades, valores e atitudes, visando à melhoria da qualidade ambiental e,
efetivamente, à elevação da qualidade de vida para as gerações presentes e
futuras.”
Fonte: A implantação da Educação Ambiental no Brasil, Brasília – DF, 1998, p. 31

Conferência de Tbilisi, 1977


Em Tbilisi, na extinta União Soviética, atual Geórgia, ocorreu, em 1977, a 1ª
Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, na qual a educação
ambiental teve seus princípios norteadores e seu caráter interdisciplinar, crítico,
ético e transformador reconhecidos internacionalmente.
Essa Conferência é considerada o marco principal na história da educação
ambiental mundial e dela saiu a Declaração de Tbilisi, um documento fortemente
baseado nos princípios estabelecidos em Belgrado e que, até hoje, são referência
para o desenvolvimento de políticas relacionadas à educação ambiental no mundo
todo.
Apresentamos, a seguir, alguns princípios que merecem destaque:
− Considerar o meio ambiente em sua totalidade: em seus aspectos natural e
construído, tecnológicos e sociais, econômico, político, histórico, cultural, moral e
estético;
− Constituir um processo permanente e contínuo durante todas as fases do ensino
formal;
− Aplicar um enfoque/perspectiva interdisciplinar, aproveitando o conteúdo
específico de cada área, de modo que se consiga uma perspectiva global da
questão ambiental;
− Promover a participação dos alunos na organização de suas experiências de
aprendizagem, dando-lhes a oportunidade de tomar decisões e aceitar suas
consequências.

Congresso Internacional de Moscou, 1987


Dez anos após Tbilisi, ocorreu, em 1987, em Moscou, a Conferência Internacional
sobre Educação e Formação em Meio Ambiente, um encontro em que centenas de
especialistas debateram os progressos e dificuldades encontrados pelos países na
área de educação ambiental. No
documento final “Estratégia Internacional de Ação em Matéria de Educação e
Formação Ambiental para o Decênio de 90”, ressaltou-se a necessidade de atender,
prioritariamente, à formação de recursos humanos nas áreas formais e não formais
da educação ambiental e de incluir a dimensão ambiental nos currículos de todos
os níveis de ensino. Nesse documento, há, ainda, o reconhecimento da necessidade
de adotar enfoque integrado para resolver os problemas ambientais, com a
perspectiva de um desenvolvimento autossustentado nos níveis comunitário,
regional, nacional e internacional.

Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco -92),
Rio de Janeiro, 1992
Em junho de 1992, no Rio de Janeiro, Brasil, ocorreu uma grande reunião chamada
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
comumente conhecida por Eco-92, Rio-92 ou Cúpula da Terra. O objetivo desse
encontro foi estabelecer acordos internacionais para minimizar as ações do homem
no meio ambiente e discutir sobre o grande desafio de conciliar conservação e
desenvolvimento.
Reunindo delegações oficiais de 178 países e uma centena de pessoas, foi possível
aos participantes, durante 11 dias, trocar diferentes experiências, acessar
informações por meio de palestras, debates e, principalmente, compartilhar muitos
conhecimentos.
Durante a Eco-92, aconteceram dois eventos muito significativos para a educação
ambiental: a “I Jornada Internacional de Educação Ambiental” e o “Workshop de
Educação Ambiental”. Desses eventos, nasceram três documentos que são as
principais referências para o trabalho dos educadores ambientais. São eles:
− Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global – deixa claro o compromisso da sociedade civil para
a construção de um modelo mais harmônico e humano de desenvolvimento,
reconhecendo os direitos humanos de todas as gerações, questões de gênero,
o respeito às diferenças e o direito à vida.
Ideias-chave
“Este tratado, assim como a educação, é um processo dinâmico em permanente
construção. Deve, portanto, propiciar a reflexão, o debate e a sua própria
modificação. Nós signatários, pessoas de todas as partes do mundo, comprometidos
com a proteção da vida na Terra, reconhecemos o papel central da educação na
formação de valores e na ação social. Nos comprometemos com o processo
educativo transformador através de envolvimento pessoal, de nossas comunidades
e nações para criar sociedades sustentáveis e equitativas/justa. Assim, tentamos
trazer novas esperanças e vida para nosso pequeno, tumultuado, mas ainda assim
belo planeta.” (parágrafo de
apresentação do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global).
Fonte:
http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=73

− Carta Brasileira de Educação Ambiental – destaca que deve haver um


comprometimento entre os poderes federal, estadual e municipal em cumprir a
legislação brasileira que dispõe sobre a introdução da educação ambiental em
todos os níveis de ensino.
− Agenda 21 – importante documento por meio do qual mais de 170 países se
comprometeram a seguir um planejamento de desenvolvimento aliado à
conservação. A educação ambiental é contemplada no capítulo 36 do documento
que dispõe sobre a “promoção do ensino, da conscientização e do treinamento,
envolvendo todos os setores da sociedade através da educação formal e não
formal.”

Conferência de Thessaloniki, Grécia, 1997


Cinco anos após a Eco-92, realizou-se, na Grécia, a Conferência Internacional sobre
Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade.
Esta Conferência contou com representantes do governo, de organizações não
governamentais (Ongs) e da sociedade civil e, nela, foi reafirmada a importância da
educação ambiental e da conscientização pública para alcançar os objetivos do
desenvolvimento sustentável e também se introduziu, oficialmente, a ideia de
educação para sustentabilidade.
Explore
Para saber mais sobre a Declaração de Thessaloniki, acesse:
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-
ambiental/item/8070-declara%C3%A7%C3%A3o-de-thessaloniki

Marcos históricos nacionais da educação ambiental


− 1988 - Constituição Federal de 1988 instituiu a Educação Ambiental como
obrigação do poder público;
− 1997 – 1ª Conferência Nacional de Educação Ambiental em Brasília;
− 1999 – Criação do Programa Nacional de Educação Ambiental do Ministério do
Meio Ambiente (PRONEA);
− 1999 - Aprovação da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9795/99);
− 2002 – Lançamento do Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação
Ambiental e Práticas Sustentáveis.
Para saber mais sobre dados históricos da educação ambiental no Brasil, acesse:
http://www.mma.gov.br
Fonte: Thinkstock / Getty Images

Evolução do conceito de educação ambiental


A partir da mudança do conceito de meio ambiente, que deixou de ser limitado ao
meio natural e passou a incluir o meio construído e o meio social, com a presença
do homem e suas relações, houve também uma ressignificação do conceito da
educação ambiental.
A educação ambiental passou de simples abordagem ecológica para um processo de
aprendizagem permanente, de compreensão do meio ambiente com suas complexas
relações de interdependência com o ser humano.
A educação ambiental tornou-se uma importante ferramenta para alcançar o meio
ambiente equilibrado, a qualidade de vida, possibilitando o resgate da consciência
individual e coletiva de respeito a todas as formas de vida. Trouxe à luz novos
termos, como interdisciplinaridade, cooperação, sustentabilidade, coletividade,
competências, habilidades, responsabilidade, entre outros.
Dessa forma, percebemos como se deu a evolução do conceito e como chegamos ao
que, hoje, entendemos como educação ambiental e suas formas de atuação.

O que é e para que educar ambientalmente?


Algumas definições de Educação Ambiental
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.” (Política
Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º.)
“A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade
educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações
que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de
ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que
vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um
comportamento dirigido à transformação superadora dessa realidade, tanto em
seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e
atitudes necessárias para a dita transformação.” (Conferência Sub-regional de
Educação Ambiental para a Educação Secundária – Chosica/Peru, 1976)
“A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações
de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as
atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os
seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental
também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que
conduzem para a melhora da qualidade de vida” (Conferência Intergovernamental
de Tbilisi, 1977)
“A Educação Ambiental nasce como um processo educativo que conduz a um saber
ambiental materializado nos valores éticos e nas regras políticas de convívio social
e de mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da
apropriação e do uso da natureza. Ela deve, portanto, ser direcionada para a
cidadania ativa considerando seu sentido de pertencimento e corresponsabilidade
que, por meio da ação coletiva e organizada, busca a compreensão e a superação
das causas estruturais e conjunturais dos problemas ambientais.” (SORRENTINO et
al., Educação ambiental como política pública, 2005)
“A EA deve se configurar como uma luta política, compreendida em seu nível mais
poderoso de transformação: aquela que se revela em uma disputa de posições e
proposições sobre o destino das sociedades, dos territórios e das
desterritorializações; que acredita que mais do que conhecimento técnico-científico,
o saber popular igualmente consegue proporcionar caminhos de participação para a
sustentabilidade através da transição democrática”. (SATO, M. et al., Insurgência do
grupo-pesquisador na educação ambiental sociopoética, 2005)
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental
Como percebemos, existem muitas definições para o conceito de educação
ambiental e, na verdade, não há uma certa ou errada; todas têm sua relevância, a
partir do momento em que foram criadas para suprir as necessidades de diferentes
contextos.
De uma forma mais abrangente, percebemos que o sentido maior da educação
ambiental é propiciar a manutenção dos recursos naturais por meio de processos
educativos e participativos em prol do bem comum e da qualidade de vida.

Educar ambientalmente para que e para quem?


A Educação ambiental pode tanto utilizar espaços formais como não formais. O
espaço formal é constituído, principalmente, pela escola, onde há princípios e
regras a serem seguidos para aquisição de conhecimentos.
No entanto, o “saber ambiental” pode invadir nossas vidas mediante outros meios.
Nossa casa, a rua, o parque, a praça, o museu, a televisão, a internet, o vídeo, o
jornal e o rádio são espaços informais nos quais podemos adquirir inúmeras
informações relativas ao meio ambiente. (FEDERSONI, 2000).
Por isso, educar ambientalmente é uma tarefa muito mais séria do que se imagina.
Constitui um esforço permanente de reflexão, garantindo um compromisso com o
futuro, envolvendo uma nova filosofia de vida (AB’SABER, 1993)
É um processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da
consciência crítica sobre as questões ambientais. Ela se caracteriza por incorporar
as dimensões social, econômica, política e cultural de cada localidade. Seu princípio
tem alicerces ideológicos, pois é, principalmente, um ato político em que exercitamos
o nosso compromisso com a sustentabilidade nas mais variadas atividades do nosso
dia a dia.
Assim sendo, a Educação Ambiental deve ser um processo permanente de
aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos
com consciência global.
Resolver problemas ambientais significa enfrentar problemas sociais e econômicos
que assolam a humanidade. Uma população bem informada e engajada
participará eficazmente, pois a informação e a compreensão compartilhada
favorecerá a realização de um trabalho construtivo. Para tanto, será necessário
iniciar pelos problemas que as pessoas captam e compreendem na esfera local, a
base para avançar para uma compreensão mais ampla.
É necessário que se compreenda como funcionam os sistemas naturais, para que se
utilize de técnicas e instrumentos para um gerenciamento ambiental criterioso,
eficiente e produtivo, em que os seres humanos devem agir como guardiões dos
recursos naturais, não permitindo que sejam explorados irracionalmente, pois esses
recursos devem ser administrados com sabedoria.
Cuidado e respeito são palavras essenciais que não devem ser esquecidas quando
falamos de meio ambiente. Tais palavras devem ser utilizadas não só em relação aos
recursos naturais, mas também em relação às pessoas, aos seres humanos que vivem
e interagem nesse mesmo ambiente, pois só em equilíbrio com o meio externo vamos
conseguir manter a permanente qualidade de vida.

Material Complementar
Para complementar os conhecimentos adquiridos nesta unidade, acesse:
Histórico do ambientalismo e da Educação Ambiental:
− http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-
ambiental/historico-mundial
Apresentação em PowerPoint histórico da educação ambiental
− https://www.google.com.br/#q=conferencia+internacional+de+moscou+1987
Programa Nacional de Educação Ambiental – PRONEA
− http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pd
f
Vídeos
− Rio 92 Balanço
https://www.youtube.com/watch?v=nB1iPuVKRB8
− Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis
https://www.youtube.com/watch?v=jAt1vWu_ANY

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