A Última Chamada - Domingos de Esperança - USeB
A Última Chamada - Domingos de Esperança - USeB
A Última Chamada - Domingos de Esperança - USeB
1
EXPEDIENTE
Domingos de Esperança
A ÚLTIMA CHAMADA
Uma publicação da
União Sudeste Brasileira
Administração
Hiram R. S. Kalbermatter
Sumário
Leonidas V. Guedes
Jabson Magalhães Da Silva
Tiragem
XXXX Exemplares
3
A Última Chamada
Nota Introdutória
Os sermões para o projeto, “Domingos de Esperança” deste ano foram
baseados na obra, A Última Chamada, do pastor Alejandro Bullón. Tendo em
vista o estilo peculiar do pastor Bullón, procuramos não alterar a sua linha de
pensamento ou fazer cortes muito profundos no texto, a fim de deixar intacto o
seu arrazoado. Por essa razão, as apresentações pelo Power Point ficaram com
um grande número slides. Para os pregadores que conseguem articular bem
o material mais rico de informações, não há qualquer problema. Contudo, para
os que preferem um menor número de slides, considerando apenas o esboço, é
possível reduzir a apresentação sem sacrificar o conteúdo, desde que o orador se
valha das informações contidas no sermonário escrito. Cada pregador sinta-se
livre para utilizar o material da maneira mais conveniente à sua realidade. Não
se esqueçam de fazer o apelo no final de cada apresentação e de informar, com
entusiasmo, o tema do próximo domingo. Que o Espírito Santo dirija as palavras
de cada pregador, a fim de que haja uma abundante colheita para o Reino de
Deus! Esses são os votos dos pastores Julimar G. dos Santos e Josimir A. do
Nascimento.
A ÚLTIMA CHAMADA
A Última Chamada
APOCALIPSE: MISTÉRIO ou REVELAÇÃO?
INTRODUÇÃO
O APOCALIPSE
Significado do Termo
“Quando João foi chamado por Jesus, ele era apenas um humilde
pescador. Impetuoso e egoísta, João tinha uma personalidade rude e
violenta. As pessoas o conheciam como o “filho do trovão”. Seu caráter
tinha lhe causado muitos problemas na vida, por isso, João não era
feliz. Lutava para mudar, mas não conseguia. Até que conheceu Jesus
e entendeu o segredo da vitória.”
Foi o convívio com o Salvador que lhe deu coragem para enfrentar a
A Última Chamada
perseguição do Império Romano. Os imperadores Vespasiano (69-79 e Tito 79-
81), foram bravos e guerreiros, mas Domiciano era de caráter fraco, talvez por isso,
ele tenha sido “o primeiro a reivindicar o título de ‘Dominus et Deus’ (Senhor
e Deus) e transformou em obrigação o juramento, já costumeiro, ‘pelo gênio
do imperador’” (Roland Fröhlich, Curso básico de história da Igreja, São Paulo:
Paulus, p. 11, 1987).
Pelo fato de não prestar culto ao imperador, João foi punido. “O imperador
Domiciano, cheio de ira mandou que jogassem o apóstolo em um caldeirão
de óleo fervente, mas o Senhor preservou a vida de Seu servo” (Tertuliano, The
Prescription Against Heretics, XXXVI, Ante Nicene Fathers III, p. 260, disponível
em <bit.ly/3m- Q2nnH>). “Mais tarde, por decreto imperial, João foi enviado à
rochosa ilha de Patmos, no arquipélago Dodecaneso, perto do litoral da atual
Turquia. Para ali os criminosos eram enviados a fim de morrer como vítimas de
trabalhos forçados.”
Foi ali na rochosa Ilha de Patmos, no Mar Egeu, que João recebeu as visões
do Apocalipse em torno do ano 96 da nossa era. “Eusébio registra que João foi
enviado a Patmos por Domiciano e retornou para Éfeso quando os banidos
injustamente pelo imperador foram libertados por seu sucessor, Nerva (96-98
d.C.) (SDABC, v. 7, p. 796).
O Senhor Jesus é um amigo que adverte àqueles a quem ama, a fim de que
não sejam pegos de surpresa. As coisas desagradáveis registradas no livro de
Apocalipse, não foram incorporadas para assustar as pessoas, mas para adverti-
las. Estão registrados para nos alertar quanto aos perigos que teríamos de
enfrentar, no entanto, há também muitas promessas e conselhos, fomentando a
esperança no coração daqueles que creem.
O livro foi escrito com abundância de símbolos, a fim de proteger a própria
integridade do material e para preservar o povo de Deus de consequências
desastrosas, caso a sua mensagem fosse facilmente decifrada pelos inimigos
de Deus. Ele revela de maneira simbólica o desenrolar dos acontecimentos
no mundo secular, político e religioso, sem deixar de denunciar as instituições
corruptas que lutariam contra os planos de Deus, como foi o caso do Império
Domingos de Esperança - A Última Chamada 8
Romano.
Mas acima de tudo, ele é uma mensagem de esperança que anuncia o retorno
do Senhor Jesus, pautando meticulosamente os fatos descortinados pela visão
profética desde os dias do apóstolo João até o retorno do Senhor. Narra sobre o
conflito cósmico iniciado no Céu, as suas consequências no nosso planeta e o
maravilhoso desfecho com a derrota do mal e a vitória do Príncipe da Paz, Jesus
Cristo!
Uma das suas mensagens mais contundentes é, ao mesmo tempo, uma
advertência e um convite: “E eis que venho sem demora, e comigo está o
galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras (Ap 22:12)”.
Mais adiante a promessa do Senhor é acompanhada do clamor responsivo do
servo: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem
demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).
CONCLUSÃO
Recapitulação
APELO
A Última Chamada
“O livro do Apocalipse é a resposta divina para a humanidade
confusa e desorientada, diante de tantos desafios. Mas como entendê-
lo sem sermos vítimas do fanatismo simplório ou de complicações
teológicas? Se o livro contém uma mensagem tão importante, teria
Deus limitado sua interpretação a um pequeno grupo de privilegiados?
Qual é a mensagem do Apocalipse para você hoje? O que Deus quer
nos comunicar?”
&
A ORIGEM DO CONFLITO CÓSMICO
E OS EFEITOS SOBRE O PLANETA TERRA
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A ÚLTIMA CHAMADA
A Última Chamada
A ORIGEM DO CONFLITO CÓSMICO
E OS EFEITOS SOBRE O PLANETA TERRA
INTRODUÇÃO
No mês de março de 1995, em uma pequena cidade da Louisiana, nos Estados
Unidos, Sarah Edmondson, uma aluna universitária, loira, de 19 anos, entrou na
loja de um posto de gasolina e disparou um tiro à queima-roupa contra Patsy
Byers, caixa da loja. A bala atravessou uma vértebra e saiu pela nuca. Patsy
sobreviveu, mas ficou paralítica para o resto da vida. Entrevistada mais tarde, a
vítima declarou: “Vi o demônio no rosto dela.”
O acontecimento diabólico foi antecedido por outro crime a sangue-frio
cometido, 24 horas antes, pela mesma Sarah e seu namorado, Ben Dorros, em
um vilarejo próximo.
O que chama atenção nessa história é que os crimes cometidos por aqueles
jovens eram reproduções vivas de cenas fictícias do filme Assassinos por
Natureza, de Oliver Stone. Na produção cinematográfica, o casal protagonista
faz uso de grande quantidade de drogas e tem visões do demônio, enquanto
viaja de carro assassinando pessoas a sangue-frio.
A pergunta a se fazer nesse caso é: Quem teve culpa naqueles crimes: as drogas,
o filme, os jovens que os cometeram ou o demônio? O conceito nos ambientes
liberais pode ser sintetizado na frase do professor Carlos Roberto Nogueira, da
Universidade de São Paulo: “O demônio serve para nos fazer acreditar que as
vítimas dos infortúnios não são culpadas, mas que existe sempre um mal por
detrás”.
Por sua vez, Renato Mezan, um dos psicanalistas mais famosos da América
Latina, afirmou que o exorcismo da possessão demoníaca não é mais do que um
“mecanismo de proteção”. “A pessoa quer expulsar de si tudo o que considera
perigoso e condenável.” (Morris Kachani, “Cinco Faces do Maligno”, Revista Veja,
31 de julho de 1996, p. 80).
Domingos de Esperança - A Última Chamada 12
As Sagradas Escrituras relatam que Deus criou tudo perfeito, e que no início
havia uma harmoniosa simetria e felicidade no vasto Universo. Os seres celestiais
se alegravam em reconhecer a Deus como o Ser Supremo e Criador de tudo; e
sentiam-se felizes em honrar
Seu nome e dar-lhe glória, conforme a descrição do texto de Jó 38:4-7. Note
o paralelismo do verso 7. O paralelismo é uma peculiaridade da poesia hebraica
em que a ideia da primeira linha do verso é repetida na linha de baixo. Neste caso,
ocorre um paralelismo sinônimo:
_____
_____
Esses seres eram fruto do amor de Deus. Foi esse amor que levou o Criador
a compartilhar a vida no seu estado mais elevado. No entanto, não pode existir
amor onde não existe liberdade. Por essa razão, o Senhor criou os anjos com livre
arbítrio, dando-lhes direito de escolha no que tange a servi-Lo ou rejeitá-Lo.
A Última Chamada
expressão formada por um prefixo de negação “a” e o substantivo “nomia”, isto
é lei. Esse anjo, criado perfeito, e usando de seu livre arbítrio, tornou-se injusto e
transgrediu a Lei divina.
O verso 17 não deixa dúvidas de que a razão da mudança em seu interior foi o
orgulho: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu esplendor”.
O anjo rebelde acusou o Criador de duas supostas falhas: em primeiro lugar,
de que as criaturas celestiais poderiam ser mais felizes e mais livres se não
existissem todas as leis que regem o Universo. Em segundo lugar, de que Deus
era um ditador arbitrário que amputa a liberdade de Suas criaturas e, portanto,
ele, Lúcifer, era a pessoa adequada para governar o Universo.
Na verdade, ele se demonstrou um semeador de discórdia e instigador de
intrigas, conforme descrito em Apocalipse 12:7-9, e numa intensidade tal, que já
não seria possível habitar no Céu, lugar de harmonia, perfeição e amor.
Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o
dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não
prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso
o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o
sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os
seus anjos (Apocalipse 12:7-9).
em vista o seu antagonismo a Deus e à Sua Palavra. Satanás não disse a Eva que
A Última Chamada
estava ali para destruí-la e trazer desgraça às gerações futuras. Simplesmente a
levou para o terreno da religião, mas adulterou ardilosamente a Palavra de Deus.
Sutilmente disse à Eva, “Você não precisa ser radical! A Palavra de Deus não
pode ser levada tão a sério. Vamos, Eva! Qual a diferença entre esta e as outras
árvores do jardim? Afinal, todas são árvores, não é mesmo?”
Quantos jovens não se deixam seduzir por essas ciladas? “A Palavra de Deus
não precisa ser levada tão a sério”; “É necessário ter mente aberta”; “Deus não
pode estar preocupado com detalhes tão insignificantes.”
A Religião Nominal
Em 2011, uma pesquisa realizada em 23 países indicou que 84% dos brasileiros
acreditavam em Deus. Na época, esse dado colocava o Brasil como o terceiro
país onde mais se crê em Deus (“Brasil é o 3° País Onde Mais se Crê em Deus”,
BBC, disponível em: <glo.bo/3h9DwcY>, acesso em 9 de dezembro de 2020).
Paradoxalmente, em 2016, a Sociedade Bíblica Americana afirmou que menos
de 40% dos cristãos praticantes liam a Bíblia. O pior índice estava entre a
população com 18 anos ou mais: apenas 18% deles liam a Bíblia todos os dias
(Sociedade Bíblica Americana, “Menos de 40% dos Cristãos Praticantes Leem a
Bíblia”, disponível em: <bit.ly/3mIG7Mm>, acesso em 9 de dezembro de 2020).
Esse Deus da pós-modernidade, com quem o ser humano se relaciona sem
nenhum compromisso, foi a ideia de Satanás, implantada na mente humana
descomprometida, desde o início da formação da humanidade.
Domingos de Esperança - A Última Chamada 16
Os Mestres da Suspeita
As grandes mentes da humanidade, desvinculadas do compromisso com
Deus, foram as principais responsáveis por adulterar a concepção do divino, ou
negar completamente a existência de Deus: Karl Marx dizia que a religião é “o
ópio do povo”; Sigmund Freud considerava a fé uma expressão da infantilidade;
Charles Darwin buscou as raízes da origem humana na figura de um suposto
ancestral símio; e Friedrich Nietzsche “decretou” a “morte de Deus”.
Os terrenos sobre os quais a serpente lançou os seus sofismas são: adoração,
obediência e vida após a morte: 1. Serão como deus; 2. Não precisam obedecer
ao Criador; 3. Não morrerão, mas viverão em uma esfera de vida mais elevada
após a morte. Deus havia declarado: “no dia em que dela comeres, certamente
morrerás” (Gênesis 2:17), mas em contrapartida, a serpente afirmou: “É certo que
não morrereis” (Gênesis 3:4).
CONCLUSÃO
Recapitulação
caráter e intenções.
A Última Chamada
4. Depois de ludibriar a terça parte dos anjos do Céu e de lá ser expulso, ele
introduziu o mal no planeta Terra, ao levar nossos primeiros pais ao pecado.
5. O conflito chegou ao nosso mundo, e queiramos ou não, estamos todos
envolvidos e precisamos escolher de que lado ficar.
APELO
Uma das mais importantes decisões que precisamos tomar é a escolha entre
acreditar no ser humano falível, maculado pelo pecado e marcado pela rebelião
luciferiana, ou acreditar na Palavra de Deus, que nos revela os mistérios do
Apocalipse. Onde você gostaria de investir a sua confiança?
Tendo em vista que não há neutralidade nesse grande conflito, escolha o lado
certo. Escolha se posicionar ao lado de Deus e do Seu incomensurável amor!
A ÚLTIMA CHAMADA
A Última Chamada
A HORA DO JUÍZO CHEGOU!
INTRODUÇÃO
Na manhã em que saiu o resultado do julgamento de O. J. Simpson, acusado
de ter matado a esposa e um amigo dela, havia muita gente aglomerada em
torno da enorme TV da frutaria/lanchonete na esquina da 216 Leste com a Rua 45
em Nova York para assistir ao veredito.
Na realidade, os Estados Unidos praticamente pararam por dois minutos. A
expectativa era generalizada, e o resultado do julgamento provocou as mais
variadas reações.
Os pais das vítimas choravam, sentindo-se impotentes diante do veredito
que declarava Simpson inocente das acusações, enquanto o acusado respirava
aliviado alegando que a justiça tinha sido feita.
O JUÍZO UNIVERSAL
O Anúncio da Hora do Juízo
O VEREDITO
Quem é Culpado e Quem é Inocente
O DIA DO JUÍZO
A Chave para a Compreensão do Cronograma Apocalíptico
de 28 dos 39 livros do AT. Há mais de 500 citações e alusões, das quais mais de
A Última Chamada
300 são provenientes dos livros proféticos do AT, como Isaías, Jeremias, Ezequiel
e Daniel. Dentre os profetas menores, são mais comuns as referências a Zacarias,
Joel, Amós e Oseias. Dos livros do Pentateuco, o mais frequente é o livro de
Êxodo e, das seções poéticas, os Salmos. Alguns também identificam reflexos
dos escritos do NT como Mateus, Lucas, 1 e 2 Coríntios, Efésios, Colossenses e
1 Tessalonicenses. Além disso, João também usa palavras e figuras do Novo
Testamento (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 800).
Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é
preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo entre os israelitas,
o povo de Deus no Antigo Testamento. Segundo a Bíblia, o juízo em Israel
começava no primeiro dia do sétimo mês judaico, chamado Tishri, com a Festa
das Trombetas, e terminava no décimo dia, com o “Yom Kippur”, que significa
literalmente “dia da expiação” (Ver “Yom Kippur: History and Overview”, disponível
em <bit.ly/2WRcTRl>, acesso em 10 de dezembro de 2020).
A eliminação de uma pessoa do rol de membro do povo de Deus por não se
humilhar naquele dia (Levítico 23:29) é uma prefiguração da eliminação de todos
os que rejeitam a salvação provida em Cristo. Aquele era um dia de julgamento
em miniatura, ou seja, apenas para o povo eleito. No entanto, era também uma
prefiguração do juízo universal predito na profecia de Daniel 8:14, como veremos.
Há fortes evidências no Novo Testamento de que aqueles serviços eram a
representação de uma obra de dimensões cósmicas: “Era necessário, portanto,
que as figuras das coisas que estão nos céus fossem purificadas com tais
sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais requerem sacrifícios superiores
àqueles. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos humanas, figura
do verdadeiro santuário, porém no próprio céu, para comparecer, agora, por nós,
diante de Deus” (Hebreus 9:23-24, itálico acrescentado).
Durante o ano, o sacerdote intercedia em favor dos israelitas apenas no lugar
santo do santuário. Contudo, no Dia da Expiação, algo especial ocorria: o sumo
sacerdote entrava no lugar santíssimo, habitação da arca da aliança e lugar
da manifestação da glória de Deus, para fazer “expiação pelo santuário por
causa das impurezas dos filhos de Israel e por causa das suas transgressões e
de todos os seus pecados” (Levítico 16:16). Mas a finalidade daquele juízo não
era condenatória, pois os que renovavam a sua consagração e demonstravam
arrependimento, eram perdoados e limpos (Levítico 16:30).
Domingos de Esperança - A Última Chamada 22
“Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e, de ano em ano (yomim), lha trazia
A Última Chamada
quando, com seu marido, subia a oferecer o sacrifício anual” (1Samuel 2:19).
“De ano em ano (de dia em dia - yomim) saíam as filhas de Israel para
comemorar a filha de Jefté, o gileadita, quatro dias por ano” (Jz 11:40 - tradução
livre). E há ainda muitas outras passagens em que o termo dias é traduzido por
anos, devido ao propósito do texto em expressar anos e não dias, muito embora,
literalmente, esteja grafado dia ou dias.
O cômputo da profecia de Daniel 8:14, “até duas mil e trezentas tardes e manhãs
e o santuário será purificado”, deve ser encarado sob a perspectiva do princípio
dia ano, a fim de que possamos encontrar a data exata em que o juízo deveria
começar. No entanto, o anjo já havia antecipado a Daniel que o seu cumprimento
“se refere a dias ainda bem distantes” (Daniel 8:26).
A expressão “tarde e manhã” representa um dia (Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23, 31),
portanto, 2300 dias proféticos ou 2300 anos literais. Por essa razão, temos agora o
período completo da profecia. Mas, quando ela começaria? Daniel 9:25 responde
a essa pergunta: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e
para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e
duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos
angustiosos”.
judeus e à cidade de Jerusalém. A partir do decreto, o povo judeu teria 490 anos
para confirmar a sua eleição sagrada ou abandoná-la, caso rejeitasse o Messias.
O anjo explica a Daniel as nuances da profecia da seguinte forma: “Sabe
e entende: Desde a saída da ordem para restaurar (shoob) e para edificar
(banah) Jerusalém...” (Dan. 9:25). A profecia fornece uma pista de autenticação. O
decreto deveria conter a ordem para restaurar ao povo judeu o direito de habitar
em Jerusalém e a permissão para reconstruí-la. Essas duas palavras não são
sinônimas, como podemos verificar nos textos que seguem:
“Ben-Hadade disse-lhe: As cidades que meu pai tomou a teu pai, eu tas
restituirei (shoob); monta os teus bazares em Damasco, como meu pai o fez em
Samaria” (1Reis 20:34).
“Todo o povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu
rei em lugar de Amazias, seu pai. Ele edificou (banah) a Elate e a restituiu
(shoob) a Judá, depois que o rei descansou com seus pais” (2Reis 14:21-22).
Os Detalhes da Profecia
A profecia indica que, do ano 457 a.C. “até a vinda do Ungido, o Príncipe” (ou
seja, o batismo de Jesus), haveria “sete semanas e sessenta e duas semanas”
(Daniel 9:25). Esse total de 69 semanas, em linguagem profética, equivale a 483
anos, o que nos leva a 27 d.C., ano em que Jesus foi batizado. As primeiras sete
25
A Última Chamada
de Jerusalém. Até aqui a profecia se cumpriu com exatidão.
A profecia afirma que, na metade dessa última semana - que nos leva ao ano
31 d.C. “fará cessar o sacrifício” (Daniel 9:27). Em outras palavras, Jesus morreria
na cruz, e não seria mais necessário o sacrifício de animais realizado por Israel.
A história registra que, exatamente no ano 31 d.C., Jesus foi morto, e mais uma
vez podemos constatar como a profecia se cumpriu de maneira extraordinária.
No ano 34 d.C., Estêvão foi julgado pela liderança judaica, depois de
testemunhar sobre a salvação em Jesus Cristo. Ele foi a última voz profética a
advertir aos judeus sobre o perigo de rejeição do Messias, mas foi calado pela
execução por apedrejamento. Ao calar Estêvao, os judeus selaram a profecia das
70 semanas: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo (...) para
fazer cessar a transgressão (...) e selar a visão (hazon) e a profecia (nabi), e para
ungir o Santo dos santos” (Dan. 9:24).
O termo hazon significa visão característica do profetismo, até então,
outorgado aos judeus. Porém, com o selamento do nabi (profeta), ou seja, com a
morte de Estêvão, eles selaram também o seu destino, fechando as 70 semanas
ou 490 com a recusa do evangelho de Jesus Cristo e a perda da eleição teocrática.
No ano 34, quando Estêvão foi apedrejado, havia transcorrido 490 anos da
profecia dos 2300 anos. Portanto, restavam ainda 1810 anos para o término da
profecia, quando deveria começar o juízo. Somando-se 1810 anos ao ano 34,
chega-se a 1844. Este é o ano assinalado pela profecia de Daniel 8:14 para o início
do juízo universal, isto é, o grande julgamento da humanidade.
CONCLUSÃO
Recapitulação
Domingos de Esperança - A Última Chamada 26
APELO
Depois de estudar essa profecia solene e conhecer o fato de que todos teremos
que nos posicionar nessa batalha do grande conflito entre o bem e mal, a qual
dos dois lados você vai apoiar? Onde você pretende passar a eternidade, ao lado
de Cristo e do Seu povo, ou ser deixado a perecer com os que serão condenados
pelo juízo universal?
A ÚLTIMA CHAMADA
A MULHER VESTIDA DE LUZ
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CA PÍT U LO 5
A Última Chamada
A MULHER VESTIDA DE LUZ
Domingos de Esperança - A Última Chamada 28
INTRODUÇÃO
O autor desta série relata que centenas de pessoas assistiam a uma série
evangelística quando, subitamente, uma mulher foi possuída pelo demônio. A
multidão aterrorizada olhava para ele como se perguntasse: “O que faremos?”
Algumas pessoas tentavam segurar a mulher, mas sem sucesso. Sua força era
descomunal. Jogou todos que a seguravam para os lados e, levantando um
enorme banco, o atirou na sua direção.
Ele teve que se esquivar para não ser atingido. Depois, ela começou a se
aproximar dele, gritando: “Vou matá-lo! Eu não faço nada contra você, mas você
vive me perseguindo.” Diz o autor, “ao longo da vida, tenho visto muitas vezes
pessoas serem possuídas pelo demônio [...]. Mas, como sabemos, estamos em
uma guerra que começou no Céu e se transferiu para a Terra.” E, ao longo da
história humana, as tentativas e os métodos que o inimigo tem usado para
arruinar o ser humano e desvirtuar a adoração e a obediência a Deus foram os
mais variados.
“Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua
debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se
grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-
se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete
cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.” (Apocalipse 12:1-3).
Quem é essa mulher? O que ela simboliza? E o dragão? A palavra grega
para sinal, tanto no verso 1 quanto no verso 3, é semion, uma indicação de algo
sobrenatural ou miraculoso, ou ainda, imagens de natureza simbólica. Tanto no
Antigo, quanto no Novo Testamento, a mulher é uma imagem pictórica da Igreja
(Isaías 54:5-6; 2Coríntios 11:2). Nestes dois exemplos, trata-se da igreja pura, a
Igreja de Deus.
A lua é uma adequada representação do Antigo Testamento, tendo em vista
que não tem luz própria, mas refletida. Os ritos do Velho Testamento eram tipos
ou sombras da realidade que se revelaria no Novo Testamento: “porque tudo
isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”
(Colossenses 2:17). “Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria,
visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, os quais ministram
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em figura e sombra das coisas celestes [...]” (Hebreus 8:4,5). “Ora, visto que a lei
A Última Chamada
tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas [...]” (Hebreus 10:1).
Foi durante o período do Antigo Testamento que Deus promulgou a Sua lei
moral e a estabeleceu como um elo de ligação entre Ele o Seu povo: “Resguarda
o testemunho, sela a lei no coração dos meus discípulos [...] À lei e ao testemunho!
Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:16, 20). Portanto, a
lua representa a base sobre a qual a Igreja de Deus está firmada.
O sol é um astro de quinta grandeza e tem luz própria. Por isso, uma
representação apropriada do Novo Testamento: “Mas para vós outros que
temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas
[...]” (Malaquias 4:2). Uma figura notável para representar a salvação em Cristo,
expressa, inclusive, no Seu próprio nome: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o
nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1:21).
Dessa forma, a Igreja de Deus tem como base o Antigo Testamento, mas
está revestida pela ação salvífica de Cristo no Novo Testamento, onde a sombra
encontrou o seu corpo, o tipo encontrou o antítipo e as prefigurações, à sua
realidade. Porém, a prostituta exibida em Apocalipse 17, simboliza uma Igreja
corrompida e manchada com o sangue do povo de Deus.
Sobre a identidade do dragão, há uma interpretação imediata no próprio
capítulo 12:7-9, “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra
o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram;
nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga
serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi
atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos”.
Portanto, a mulher do capítulo 12 representa a Igreja de Deus, e o dragão é um
símbolo do Diabo. Para entender essa profecia, precisamos retornar ao Jardim
do Éden. Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a
tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar” (Gênesis 3:15).
Essa é a primeira profecia bíblica. Ao mencionar a mulher nesse verso, Deus
não estava se referindo unicamente à mulher como ser humano, mas também à
Sua igreja neste planeta. Além disso, a profecia também antecipa o desfecho da
luta entre o descendente da mulher (Cristo) e a serpente (Satanás). Jesus Cristo
teria o seu calcanhar perfurado na cruz do Calvário (Salmo 22:16-18; Mateus 27:35),
mas exterminará o Diabo no final do conflito (Apocalipse 20:10, 14-15).
Domingos de Esperança - A Última Chamada 30
“A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a
terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de
lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de
reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus
até ao seu trono.” (Apocalipse 12:4-5).
No capítulo 12 de Apocalipse, vemos outro aspecto da luta entre o Diabo e a
igreja de Deus. A mulher está grávida, a ponto de dar à luz um “filho homem, que
há de governar todas as nações” (v. 5 NAA). Esse é um símbolo de Cristo indicado
em vários textos do Antigo Testamento: “Porque um menino nos nasceu, um filho
se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
No texto de juízo em Daniel 7:13, o Cristo é denominado, Filho do Homem,
“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens
do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram
chegar até ele”. Esse é um aspecto messiânico indicativo de sua natureza divina-
humana. E o seu modo de governo, como esboçado em Apocalipse 12:5, “com
cetro de ferro”, foi previsto por Davi no Salmo 2:7-9, “pede-me, e eu te darei as
nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de
ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro”.
Apocalipse 12:4 indica a tentativa do Diabo em destruir o Filho logo que ele
nascesse. E foi exatamente o que fez, usando Herodes como marionete. Hoje
também, ele se esforça para destruir os nossos filhos. Por acaso você, como
pai, está sofrendo por causa de um filho que se encaminha rumo à destruição?
Quem você acha que está por trás das sensações alucinantes das drogas, dos
lares divididos, de filhos desobedientes? Existe uma força oculta por trás de tudo
isso, o dragão que tentou devorar o “Filho da mulher”, tentará devorar os nossos
filhos!
12:6 NAA). O capítulo faz clara referência à perseguição: “[O dragão] perseguiu a
A Última Chamada
mulher que tinha dado à luz o Filho homem” (Apocalipse 12:13 NAA).
A união entre Igreja e Estado, durante a Idade Média, abriu as portas para
a entrada de costumes pagãos na Igreja, práticas condenadas pela Sagrada
Escritura. O fiel povo de Deus sofreu perseguição por não se alinhar com essas
práticas, por isso fugiu para os lugares ermos da terra, conforme indicado na
profecia de Apocalipse 12:3.
Esse período de 1260 dias proféticos simboliza 1260 anos literais, segundo o
princípio dia ano, já estudado nessa série. A obediência prestada pelo povo de
Deus aos Seus mandamentos, conforme as Sagradas Escrituras, provocou furiosa
perseguição à verdadeira igreja de Deus, retratada no verso 1, como a “mulher
vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”.
A conclusão é clara: a igreja de Deus fundamenta seus ensinos, não
em tradições humanas, mas na Bíblia, que é a Palavra de Deus. Esse foi o motivo
da grande perseguição religiosa. O poder perseguidor não podia aceitar que
seus ensinamentos fossem confrontados com a Sagrada Escritura.
Esse período de perseguição à igreja de Deus é mencionado pela
primeira vez em Daniel 7:25, onde são enumeradas as suas atividades: “Proferirá
palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar
os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois
tempos e metade de um tempo”. O mesmo livro de Daniel revela que tempos é
igual a anos (Daniel 11:13).
Tendo em vista que o ano profético é composto de 360 dias, um tempo, dois
tempos e metade de um tempo, representam 1260 dias proféticos, ou seja, 1260
anos literais. Esse período é referido no Apocalipse como 42 meses, o que indica o
mês de 30 dias e o ano de 360 dias (Apocalipse 11:2; 13:5). E a mesma nomenclatura
usada por Daniel é repetida em Apocalipse 12:14 para representar o período de
perseguição, mas também da proteção de Deus: “e foram dadas à mulher as
duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde
é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista
da serpente” (Apocalipse 12:14).
A história registra o período de 1260 anos de perseguição, como tendo início
em 538 a.D., com a derrota dos ostrogodos, quando pode ser efetivado o decreto
promulgado em 533 a.D. pelo imperador Justiniano. Ele decretou que o bispo
de Roma teria a preeminência sobre os bispos das outras cidades, pelo fato de
Roma ser, então, a capital do império e dominar o mundo político daqueles dias.
O patriarcado de Roma passaria a ser superior ao de Cartago, Éfeso, Alexandria
Domingos de Esperança - A Última Chamada 32
O REMANESCENTE FIEL
O Povo de Deus Sobrevive à Perseguição
a Satanás. A história sagrada revela a luta entre essas duas linhagens, a começar
A Última Chamada
pelo crime de Caim contra Abel. O relato bíblico destaca os leais adoradores do
Senhor como obedientes aos seus mandamentos. Dentre esses, Noé e Abraão.
Quando Jesus veio, muitos de Israel, que era Seu povo, O rejeitaram.
Entretanto, alguns judeus O aceitaram; e Jesus escolheu doze deles para
estabelecer a Igreja Cristã. Por isso, podemos dizer que o povo de Deus sempre
existiu ao longo da história. E sempre teve as duas características.
A Igreja Cristã contemporânea corre o mesmo perigo. Ela não será a igreja de
Deus só porque Jesus a estabeleceu no início de sua história. Mas continuará
sendo na medida em que adore unicamente ao Deus verdadeiro, na pessoa de
Jesus Cristo, e obedeça à Sua Palavra, que inclui os mandamentos. Afinal, essas
sempre foram as características do povo de Deus ao longo do tempo.
CONCLUSÃO
Recapitulação
APELO
Tendo em vista que Deus possui uma igreja que representa os Seus interesses
na Terra, conclamando todas as pessoas para adorá-Lo, e que essa igreja está
assinalada com duas características distintivas, guarda os mandamentos de
Deus e tem a fé em Jesus, você não gostaria de juntar-se a ela, a fim de adorar
unicamente ao Deus verdadeiro e desfrutar com Ele a vida eterna?
A Última Chamada
DOIS CADÁVERES NA PRAÇA
Domingos de Esperança - A Última Chamada 36
A ÚLTIMA CHAMADA
DOIS CADÁVERES NA PRAÇA
INTRODUÇÃO
Até aqui observamos que as duas grandes questões da controvérsia universal
entre Deus e o anjo rebelde são a adoração e a obediência. O inimigo faria
tudo o que pudesse para levar as pessoas a adorar qualquer coisa, menos ao
verdadeiro Deus. Para isso, precisaria destruir a credibilidade da Bíblia ou fazê-la
desaparecer.
Apocalipse 11 prevê as tentativas demoníacas de destruir as Sagradas
Escrituras. As vestes de pano de saco indicam um período de luto da Bíblia:
“Darei autoridade às Minhas duas testemunhas para que profetizem durante mil
duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco” (Apocalipse 11:3). O Senhor
Jesus revelou a identidade das duas testemunhas: “Examinais as Escrituras,
porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim”
(João 5:39 IBB). Portanto, as duas porções que compõem as Escrituras, o Velho e
o Novo Testamento.
Mas Apocalipse identifica as duas testemunhas com “as duas oliveiras e os
dois candelabros que estão em pé diante do Senhor da terra” (Apocalipse 11:4).
Contudo, não há contradição, mas um perfeito encaixe, pois o apóstolo Pedro
aponta a Bíblia como “uma luz que brilha em lugar escuro” (2 Pedro 1:19) e Zacarias
a compara a dois ramos de oliveira (Zacarias 4:11,14). Assim como ocorreu com o
povo de Deus, durante 1260 dias/anos, elas também sofreram perseguição.
A Última Chamada
besta (538-1798) também é descrito como uma besta, porém, que sobe do
abismo, ou seja, não tem nenhum fundamento religioso. É um poder ateu e
espiritualmente comparado ao Egito.
O Egito é caracterizado pela sua atitude ateística, conforme o relato de Êxodo
5:2: “Faraó respondeu: ‘Quem é o SENHOR para que eu ouça a Sua voz e deixe
Israel ir? Não conheço o SENHOR e não deixarei Israel ir.’” Esse mesmo espírito
motivou a França ateísta do fim do século 18. Por sua tentativa de abolir o
conceito de Deus, substituindo-O pelo culto à razão.
A catedral de Notre-Dame em Paris, considerada “um dos maiores tesouros
artísticos da arte cristã em todos os tempos, foi transformada em ‘Templo da
Razão’. O altar-mor foi coberto por um monte de terra; sobre ele, os revolucionários
entronizaram uma ‘Deusa da Razão’, representada por uma bela atriz.” Na
tentativa de destruir a Palavra de Deus, a França matou 70 mil huguenotes, leais
cristãos, na trágica noite de São Bartolomeu.
FOGUEIRAS DE BÍBLIAS
Perseguição à Bíblia
AS TESTEMUNHAS REVIVEM
A Ressurreição da Bíblia
Quando o inimigo não consegue destruir a Bíblia por meio das ameaças
e perseguições, ele usa outras táticas, como a que articula nos dias de hoje,
convencendo a muitos que a Bíblia é obsoleta, por isso, sem validade atualmente.
Até mesmo pessoas bem-intencionadas não percebem que há diferença entre
costumes e princípios na abordagem bíblica.
Os costumes são transitórios, portanto, mudaram: O vestuário, o estilo e corte
dos cabelos dos tempos bíblicos são diferentes dos de hoje. Muitos hábitos
e costumes evoluíram com o desenvolvimento da tecnologia. No entanto, os
princípios divinos, preservadores da vida, são eternos e imutáveis. O respeito
pela vida, a fidelidade, a honestidade, a adoração a Deus e a obediência aos
Seus mandamentos, são princípios que desde o início do mundo e continuam
vigentes na atualidade.
O inimigo de Cristo leva muitos a crer que, embora a Bíblia seja a Palavra de
Deus, não precisa ser levada tão a sério, que ela pode ser adaptada ao contexto.
Porém, não é isso que ela ensina sobre si própria. Se Deus disse que o sábado
39
seria o dia de repouso sagrado, não poderia ser o domingo. Tendo em visa que
A Última Chamada
“a erva seca e as flores caem, mas a Palavra do nosso Deus permanece para
sempre” (Isaías40:8).
Outra artimanha diabólica, é levar o ser humano a tomar a Bíblia apenas
como um amuleto. Usar um pingente com crucifixo, organizar um cômodo de
acordo com o feng shui ou ter sempre a Bíblia aberta na mesinha de cabeceira
ou no aparador da sala para ser símbolo de proteção têm o mesmo efeito: nulo.
É preciso ler a Palavra de Deus para ser transformado por ela. Mesmo que a
Bíblia esteja em algum lugar de destaque, se não influir em sua vida, guiando os
seus passos para orientar em suas decisões, o diabo a terá tornado inoperante e
conseguido finalmente o que queria, neutralizá-la.
Outro método usado pelo Diabo para desvirtuar a Palavra de Deus é fazer com
que o ser humano creia que a Bíblia é tão difícil de ser compreendida que não
compensa nem tentar conhecê-la. Mas essa ideia está em direto desacordo com
as palavras de Jesus: “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a
respeito da doutrina, se ela é de Deus […]” (João 7:17).
Michael Drosnin, jornalista americano, ateu e que foi repórter dos jornais
Washington Post e Wall Street Journal, escreveu o livro, O Código da Bíblia
que, em pouco menos de um ano, tornou-se bestseller em 17 países. Segundo
o autor, antes da Segunda Guerra Mundial, um rabino residente em Praga, antiga
Tchecoslováquia, teria descoberto um código secreto, em hebraico, no Antigo
Testamento. Cinquenta anos depois, o matemático israelense Eliyahu Rips
encontrou, por acaso, na biblioteca pública de Israel, o único livro que o rabino
tinha publicado. A partir dali e motivado pela curiosidade, Rips desenvolveu
um programa de computador que pode, segundo ele, decifrar o futuro da
humanidade.
O jornalista americano foi posteriormente apresentado a Eliyahu Rips e,
desde então, dedicou-se a escrever o livro, que advertia à humanidade com
relação às tragédias que se aproximavam. Ele dizia, por exemplo, que nos anos
2000 e 2006 o mundo seria sacudido por duas hecatombes nucleares. Previa
terremotos gigantescos para o Japão e para Los Angeles, nos anos 2006 e 2010,
respectivamente.
Domingos de Esperança - A Última Chamada 40
De repente ler o livro de Drosnin virou moda. Ele diz que, por meio do
programa de computador e do código secreto, seria possível ver não só o futuro,
mas também comprovar que a história estava prevista muito antes de os fatos
acontecerem. Entretanto, a Bíblia afirma que não é necessário um computador
para entender as profecias. É necessário que o Espírito Santo que inspirou os
escritores bíblicos, também ilumine o nosso entendimento.
Não é preciso nenhum artifício cibernético para entender a marcha dos
acontecimentos. A Bíblia predisse a sucessão dos impérios mundiais com
séculos de antecedência: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma (Daniel 2
e 7). A História corrobora com as predições bíblicas, tais como os esforços de
governantes tentando inutilmente estabelecer um novo império mundial.
Em todas essas previsões divinas apresentadas na Bíblia e concentradas no
livro do Apocalipse, não existe nenhuma hecatombe atômica para o ano 2000 ou
2006, como o livro de Drosnin anuncia. E, graças a Deus, 2000 e 2006 se foram
e nada aconteceu. Quando perguntado se teria sido Deus quem escreveu as
revelações que o suposto código decifra, Drosnin respondeu:
Não acredito em Deus. Mas alguma inteligência pode ver o futuro e
o escreveu em código. Não sei nem dizer se o código foi feito por um
computador ou para ser desvendado por um computador. Mas, se uma
máquina fez o código, com certeza foi uma das mais potentes das que
conhecemos, porque todos os computadores que se conhecem hoje,
mesmo trabalhando juntos, não conseguiriam criar um código tão
complexo. E os nossos computadores não conseguem prever o futuro.
CONCLUSÃO
A Última Chamada
Recapitulação
APELO
Deus fala com o ser humano através da Sua Palavra, a Bíblia. Por meio dela,
Ele entretém diálogo íntimo e profundo conosco. Deseja que O conheçamos
melhor, a fim de partilhar conosco, não apenas o conhecimento do futuro, mas
deseja iluminar o nosso entendimento através do Espírito Santo. Almeja que
tenhamos uma vida plena de vitórias! Você não gostaria de fazer da Bíblia a sua
companheira e, através de suas páginas, manter comunhão diária com Deus,
além de desfrutar o maravilhoso entendimento do Apocalipse?
A ÚLTIMA CHAMADA
A Última Chamada
O ANTICRISTO E A MULHER DE VERMELHO
INTRODUÇÃO
No dia 7 de agosto de 1888, um morador de um conjunto habitacional de East
End, um bairro pobre de Londres, encontrou o corpo da prostituta Martha Turner.
Ela foi a primeira de uma série de vítimas. Depois dela, vieram mais quatro, todas
meretrizes que frequentavam os bares da região. A última foi assassinada em 9
de novembro daquele mesmo ano.
A polícia londrina ficou quase enlouquecida com o caso. O assassino teve a
ousadia de anunciar seus crimes à Agência Central de Notícias, identificando-
se apenas como “Jack, o estripador”. Parece que ele estava bem certo de
que nunca seria descoberto e, efetivamente, nunca o foi. O inspetor Charles
Warren, que comandava as investigações, demitiu-se. E Jack desapareceu tão
enigmaticamente quanto apareceu.
Embora muito mais inteligente, ousado e astuto que o assassino londrino, o
demônio parece ter certeza de que também nunca será desmascarado, mas sua
história está chegando ao fim. O interesse da humanidade pelo que trará o futuro
pode ser a chave que faltava para que os homens descubram, no Apocalipse, as
artimanhas do inimigo.
ATACANDO OU DISFARÇANDO
Os Anticristos
Por exemplo, existem duas maneiras de se colocar contra alguém: uma forma
é atacando e perseguindo, e a outra, quando as medidas de violência não dão
resultado, é destruindo a pessoa, desvirtuando seu caráter. Isto é, projetando uma
falsa imagem da verdadeira pessoa, fazendo-se passar por ela ou colocando-se
no lugar dela.
João diz mais. Os anticristos, ou seja, as pessoas que tentarão perseguir ou
desvirtuar o caráter de Cristo, sairão, inclusive, do coração da igreja chamada
cristã (1 João 2:19). E o apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, complementa
o pensamento de João desta maneira: “Porque esses tais são falsos apóstolos,
obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar,
porque o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não deveria
surpreender que os seus próprios ministros se disfarcem em ministros de justiça”
(2 Coríntios 11:13-15).
Realmente pode ser doloroso descobrir que, pensando que estávamos
servindo inocentemente a Deus, estávamos, em realidade, servindo ao inimigo
Dele. Isso seria terrível e, por isso, deve ser motivo de séria análise. Mas onde
encontrar luz? A Bíblia tem alguma orientação?
A OUTRA MULHER
Uma Igreja Rival
apresenta. Mas o que simboliza essa mulher adúltera, cujo nome é Babilônia?
A Última Chamada
Vimos no capítulo anterior que “mulher”, na profecia, é símbolo de igreja (Isaías
54:5-6; 2Coríntios 11:2). Essa mulher vestida de vermelho é, sem dúvida nenhuma,
símbolo de uma igreja prostituída, que deixou de ser a igreja de Deus, embora
continue pretendendo ser (Apocalipse 17:1-5). A cor vermelha de suas vestes é
símbolo do sangue dos leais filhos de Deus martirizados por ela. Não seria sábio
usar de arrogância apontando essa ou aquela igreja. Seria mais sensato que você,
meu caro amigo, tirasse as próprias conclusões, sem forçar a Palavra de Deus.
O nome dessa igreja é Babilônia e, para saber onde está a Babilônia hoje, é
preciso identificar qual era a Babilônia antiga. Evidentemente, o Apocalipse não
se refere à Babilônia antiga, porque aquela cidade foi destruída e, segundo o
profeta Isaías, nunca mais será habitada (Isaías 13:19-21).
O Apocalipse é um livro simbólico, e Babilônia, com toda certeza, simboliza
algo. Mas, o quê? Vejamos algumas características:
A Babilônia antiga teve suas raízes na construção da Torre de Babel,
por meio da qual os homens tentaram escapar dos juízos divinos. Ela
representava o esforço humano para se colocar no lugar de Deus e
chegar às alturas da Terra. Babilônia foi perseguidora do povo de Deus,
que naquela época era Israel. Babilônia introduziu o culto a muitos
deuses pagãos, especialmente ao deus Sol, Mitra, herdado do culto
imperial romano. O dia consagrado a Mitra era o primeiro dia da semana,
chamado em latim - Dies Solis, em inglês - Sunday, em alemão - Sontag.
está sentada, são povos, multidões, nações e línguas” [Apocalipse 17:15]. Significa
que a igreja simbolizada por essa mulher exerce domínio sobre muitos,
independentemente de aspectos culturais, sociais ou políticos.
Essa mulher levou “os reis da terra [a] se prostituírem com ela” (Apocalipse 17:2].
Em outras palavras, essa igreja tem o apoio de governantes e reis de todas as
partes do mundo.
Essa mulher embebedou todos os que habitam na Terra com o “vinho da sua
prostituição” (Apocalipse 17:2]. O vinho, suco de uva fermentado, é usado na Bíblia
como símbolo de doutrinas erradas, que não têm apoio bíblico e que geralmente
não passam de tradições humanas.
Apoio bíblico: 2 Pedro 1:19 e 2 Timóteo 3:15 a Apoio bíblico: Não existe.
17.
Somos salvos unicamente pela graça de Cristo. Devemos fazer penitências e obras
meritórias.
A lei dos Dez Mandamentos não foi mudada por A lei dos Dez Mandamentos de Deus
Jesus, e Ele não autorizou mudança nenhuma. pode ser mudada pela igreja.
A Última Chamada
preferindo, assim, obedecer à Palavra de Deus.
BÊBADOS ESPIRITUAIS
O Vinho de Babilônia
Existe algo mais que precisa ser dito. Segundo o Apocalipse, a mulher
“embebedou” as pessoas com o vinho de sua prostituição. Quando uma pessoa
está bêbada, parece não perceber o que faz; ela simplesmente age sem pensar
nas consequências. Esse é um sério convite para revermos os fundamentos de
nossa fé.
Não devemos simplesmente crer no que nossos pais e avós creram, ou fazer
assim porque todo mundo faz. É urgente e importante que as pessoas analisem
de onde vêm e para onde vão. Isso pode até ser doloroso, mas não existe
crescimento sem dor. Os simbolismos que João apresenta ao escrever o livro
do Apocalipse são, de certa maneira, cruéis, e tudo pode parecer até grotesco.
João registra que o anjo clamou com potente voz dizendo: “Caiu! Caiu a grande
Babilônia! Ela se tornou morada de demônios, refúgio de toda espécie de espírito
imundo e esconderijo de todo tipo de ave imunda e detestável” (Apocalipse 18:2).
Toda essa afirmação em referência a uma igreja, do ponto de vista humano,
parece cruel. Que pessoa, em sã consciência, não se chocaria ao suspeitar que a
igreja na qual com toda sinceridade pensou estar servindo a Deus se aproxima
das características descritas nesses versos bíblicos?
A advertência divina é contundente: “Saiam dela, povo Meu, para que vocês
não sejam cúmplices em seus pecados e para que os seus flagelos não caiam
sobre vocês. Porque os pecados dela se acumularam até o céu, e Deus Se
lembrou das injustiças que ela praticou” (Apocalipse 18:4,5).
Isso quer dizer que, dentro das igrejas simbolizadas pela Babilônia e suas filhas,
existem pessoas maravilhosas, sinceras e inocentes, que não perceberam a
verdade descrita pela profecia. A essas pessoas Deus chama de “povo Meu”, mas
o convite é claro: “Saiam dela.”
Domingos de Esperança - A Última Chamada 48
CONCLUSÃO
Recapitulação
A Última Chamada
da terra com o seu vinho, ou seja, com a sua doutrina.
3. Essa mulher também está embriagada com o sangue das testemunhas de
Jesus, por ter executado os leais filhos de Deus durante a era das perseguições.
4. É preciso optar pela vontade do Pai, conforme esboçada na Sua Palavra e
consubstanciada nos dez mandamento.
APELO
Estamos vivendo em um mundo conflitante em relação à questão espiritual.
Há muitas religiões e muitos anticristos. Mas a Palavra de Deus é o guia seguro
para nossa experiência cristã. Portanto, deixemos de lado as tradições e os
costumes religiosos populares e apeguemo-nos à vontade de Deus! Você não
gostaria de pedir ao Senhor o perdão pelas iniquidades e a força para fazer a
vontade do Pai que está no Céu?
8
Domingos de Esperança - A Última Chamada 50
CAPÍT U LO 8
A ÚLTIMA CHAMADA
A Última Chamada
DOIS ANIMAIS ESTRANHOS E O NÚMERO 666
INTRODUÇÃO
Ilustração
O autor desta série comenta que recebeu certa vez a carta dramática de uma
garota que durante anos desperdiçou a vida afundada no mundo das drogas
e da promiscuidade. Os pais dela sofriam muito. Choravam e suplicavam a
Deus que realizasse um milagre na vida da filha. Com apenas 16 anos, ela havia
fugido de casa à procura de novos horizontes. Cinco anos mais tarde estava
completamente prisioneira de uma série de circunstâncias irreversíveis, do ponto
de vista humano.
Era uma noite fria do mês de junho, em São Paulo. As luzes de neon piscavam,
iluminando os nomes das boates e dos clubes noturnos de uma parte da cidade
denominada “boca do lixo”. Lá estava ela, parada em uma esquina, tentando
vender o corpo para comprar um pouco de droga. O inferno de sentimentos,
lembranças e revoltas lhe queimava o peito. Sentia-se injustiçada pela vida,
sozinha e esquecida por todo mundo.
Às vezes, Deus nos permite correr e correr, até cairmos exaustos em alguma
esquina da vida. Às vezes, essa é a única maneira de lembrar que Ele existe;
quando tudo falha, depois de ter destruído a família, os sonhos e os ideais, quando
nos restam apenas os cacos e os farrapos de um presente sem perspectivas. No
lixo da vida, a quem clamar, senão a Deus?
Foi isso o que a garota de nossa história fez. Do fundo de um coração cheio
de rancor e angústia, clamou e foi ouvida. A história de sua conversão poderia
ser relatada como mais um milagre de Jesus no fim do século 20. Mas a carta
relatava outro incidente capaz de chocar qualquer pessoa. Depois de meses
estudando as Escrituras, aquela jovem descobriu o plano de Deus para a sua vida.
Aceitou Jesus como Salvador e foi batizada, conforme a Bíblia orienta.
Era véspera de Natal, quando decidiu retornar para casa e oferecer à mãe o
maior presente que qualquer filha poderia oferecer, abraçá-la e dizer: “mãe,
Deus realizou um milagre na minha vida. Você não terá que passar mais noites
de lágrimas e sofrimento pela filha extraviada. Jesus mudou minha vida, e hoje
estou aqui de volta ao lar.” Viajou 1.500 quilômetros até chegar à pequena cidade
onde nasceu. Mas, quando a mãe soube que ela havia sido batizada em uma
Domingos de Esperança - A Última Chamada 52
A Última Chamada
besta abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para Lhe difamar o
nome e difamar o tabernáculo a saber, os que habitam no céu. Foi-lhe
permitido, também, que lutasse contra os santos e os vencesse. Foi-
lhe dada, ainda, autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação. E
ela será adorada por todos os que habitam sobre a terra, aqueles que,
desde a fundação do mundo, não tiveram os seus nomes escritos no
Livro da Vida do Cordeiro que foi morto (Ap 13:1-8).
A SEGUNDA BESTA
Parece Cordeiro, mas Fala como Dragão
A Última Chamada
que não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os
grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz com que lhes
seja dada certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém
possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da
besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que
tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de ser
humano. E esse número é seiscentos e sessenta e seis (Ap 13:11-18).
O NÚMERO 666
A Identificação do Anticristo
6 vezes (versos 10, 11, 14, 20, 23, 26). No Apocalipse a palavra “Babilônia” é
A Última Chamada
mencionada 6 vezes (14:8; 16:19; 17:5; 18:2, 10, 21). A mulher que representa a igreja
de Babilônia, também é mencionada 6 vezes (17:3, 4, 6, 7, 9, 18). Relacionados às
vestes dessa mulher estão catalogados 6 objetos (17:4 e 18:16). A prostituição ou
fornicação dessa mulher é mencionada 6 vezes (2:21; 14:8; 17:2, 4; 18;3; 19:2). As
vozes de 6 pessoas não serão mais ouvidas em Babilônia (18:22-23). As coisas que
não mais serão achadas em Babilônia, também são 6 (18:14, 21-23). Os mil anos
de desolação da Terra são mencionados 6 vezes (20:2-7). Todos esses elementos
devem ser lembrados ao estudarmos o número 666 de Apocalipse 13:18.
O número sete, por exemplo, é símbolo de perfeição. É impressionante o fato
de que Deus abençoou o sétimo dia da semana e o reservou como sagrado,
inteiramente pertencente a Ele. O número sete é mencionado 323 vezes na
Bíblia e, em todas elas, refere-se a Deus e a Suas obras de misericórdia e de
juízo. É o símbolo de Deus, de Seu poder e de Seu governo. Já o número seis
é mencionado 92 vezes na Bíblia. Em todas elas se refere ao ser humano, sua
natureza, suas obras, sua herança e seu destino. Por exemplo: Desde a criação,
o ser humano deveria trabalhar seis dias. O sétimo era de Deus. A Bíblia diz que
a raça humana foi criada no sexto dia e, a partir dali, o número seis sempre foi
símbolo da humanidade, e se relaciona com sua imperfeição. O ser humano seria
perfeito somente relacionando-se com o seu Criador, simbolizado pelo número
sete.
“Sete” é o número perfeito. Pertence a Deus e, portanto, simboliza o ideal divino.
“Seis” é o símbolo daquilo que não alcança a divindade; é o símbolo do humano.
Aproxima-se do número sete, mas nunca poderá alcançá-lo. Existe um abismo
enorme entre a humanidade, identificada com o número seis da imperfeição, e o
seu Criador, identificado com o número sete, completo e perfeito.
Como vimos, o poder político/religioso é identificado, além de outras
características, pelo número 666. É o número seis repetido três vezes. Se seis é
o símbolo da humanidade, existe nesse poder um esforço humano desesperado
e intensificado para alcançar a perfeição divina. Pretende ser Deus, mas não é.
Atribui a si mesmo prerrogativas divinas, mas não as têm. Pode fazer o que quiser,
exigir o que desejar, mas não passa de um poder humano.
É um engano que leva a humanidade a aceitar o humano em vez do divino,
que tranquiliza as pessoas, fazendo-as crer que servem a Deus, quando, na
realidade, são súditas do inimigo, que vem disfarçado de religioso.
Domingos de Esperança - A Última Chamada 58
CONCLUSÃO
Recapitulação
A Última Chamada
APELO
Temos consciência de que a cabeça compreende, mas o coração não aceita.
Dói aqui dentro, mesmo sabendo que é hora de partir em direção a um novo
horizonte. Neste momento, você pode confiar em seu Pai amado, porque Ele
está sofrendo com você, pois conhece a dor de seu coração. Ele sabe da luta que
você experimenta quando seus olhos se abrem, de repente, a verdades que você
não conhecia, mas que estão ali, nas Sagradas Escrituras, diante de você. Aceite
o Seu chamado para a nova vida que Ele lhe oferece. Confie em seu Pai, pois Ele
não falhará.
A ÚLTIMA CHAMADA
A Última Chamada
O SELO DE DEUS E A MARCA DA APOSTASIA
INTRODUÇÃO
Ilustração
FUTURO INCERTO
O Estigma do Medo
SEITAS APOCALÍPTICAS
Respostas Insatisfatórias
dor nem sofrimento. Um lugar sem orgulho, rancor, cobiça, nem ciúmes doentios
A Última Chamada
que destroem as relações humanas.
O PARAÍSO REAL
O Paraíso Existe
Por incrível que pareça, o almejado “mundo melhor” existe. Não está no planeta
Sírius nem virá com a era de Aquário. O apóstolo João o descreve deste modo:
Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do
Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos. [...]
Um dos anciãos tomou a palavra e me perguntou:
- Quem são e de onde vieram estes que estão vestidos de branco?
Respondi:
- O Senhor sabe.
Então ele me disse:
- Estes são os que vêm da grande tribulação, que lavaram suas vestes e
as alvejaram no sangue do Cordeiro. [...] Jamais terão fome, nunca mais
terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem qualquer outro calor forte, pois o
Cordeiro que está no meio do trono os apacentará e os guiará para as fontes
da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima (Apocalipse
7:9,13,14,16,17).
Esse lugar existe! Ali não haverá mais dor. Nunca mais seremos traídos
ou abandonados, nem mais veremos crianças de rua condenadas por uma
sociedade injusta. Nunca mais a morte arrancará de nossos braços as pessoas
que mais amamos. A Bíblia é clara ao afirmar que você e eu poderemos um dia
estar presentes ali, vestidos com roupas celestiais.
Antes que chegue aquele dia, é preciso passar a última noite deste mundo.
Vejamos como o Apocalipse descreve essa cena: “Depois disso, vi quatro anjos
em pé nos quatro cantos da terra, segurando os quatro ventos da terra, para
que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore
Domingos de Esperança - A Última Chamada 64
A Última Chamada
Por trás do selo de Deus estão o Filho e o Espírito Santo.
Por trás da marca da besta estão o dragão, a besta e o falso profeta.
O selo de Deus é colocado na vida dos que “lavaram suas vestes e as alvejaram
no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14).
A marca da besta é colocada na vida dos que adoram a instituição que atribui
a si mesma poderes divinos sem os ter.
Aqui está em jogo novamente a autoridade divina. Quem tem a última
palavra? A quem se deve obedecer?
A Última Chamada
OBEDIÊNCIA EQUIVOCADA
A Validade dos Mandamentos
CONCLUSÃO
Recapitulação
APELO
Este é um momento de decisão. O destino eterno do ser humano está em
jogo. Não há mais tempo a perder, pois os últimos eventos da história estão
próximos. Cada ser humano terá que decidir de que lado ficará nessa batalha
entre o bem e o mal, entre o sinal de Deus e a marca da besta. Você não gostaria
de tomar a sua decisão ao lado da verdade, a fim de desfrutar a vida de paz,
segurança e bem-estar que somente Deus pode conceder?
A Última Chamada
O SELO DE DEUS E A MARCA DA APOSTASIA
Domingos de Esperança - A Última Chamada 70
A ÚLTIMA CHAMADA
O PRÊMIO DOS VENCEDORES
INTRODUÇÃO
Ilustração
Brasil e Argentina têm alguns fenômenos do futebol. Eles não jogam apenas
futebol, usam a bola para construir as mais belas obras de arte e fazem delirar as
multidões. Já participaram das seleções de seus respectivos países e jogaram
em times famosos. Dois deles, porém, jogadores do passado, foram, no mínimo,
esportistas contraditórios: construíam com os pés e destruíam com as mãos.
Depois choravam, arrependiam-se, prometiam que tudo iria mudar e, pouco
tempo depois, eram outra vez manchete de escândalos fora de campo.
“O problema é meu temperamento”, dizia um. “Não compreendo o que
acontece comigo”, resignou-se o outro. Há um pouco disso dentro de cada um
de nós.
VITÓRIA, AFINAL!
A Última Chamada
Em Cristo Somos Vencedores
O EVANGELHO E A LEI
Harmonia entre a Graça e a Lei
João, o autor do Apocalipse, sabia o que estava dizendo quando falava de vitória.
Ele mesmo havia chegado certo dia a Jesus carregando uma personalidade
completamente deformada pelo pecado. Os amigos o tinham apelidado de
“filho do trovão”, por causa de seu temperamento explosivo. Mas, no convívio
diário com Jesus, o caráter do Mestre foi se reproduzindo lentamente na vida do
discípulo. João foi o único de quem se registra que tenha encostado a cabeça no
coração de Jesus. Ele saía da rotina de um relacionamento formal para entrar na
73
A Última Chamada
Milhões de pessoas hoje se dizem cristãs: Vão à igreja uma vez por semana e
participam das atividades espirituais estabelecidas. Tudo isso é apenas parte da
vida cristã. O verdadeiro cristianismo quebra essa rotina. Vai buscando o convívio
diário e pessoal com Cristo e, nesse convívio, as arestas do caráter vão sendo
aparadas; a pedra bruta se torna um belo diamante; o ouro se purifica, e o caráter
de Jesus Cristo vai se reproduzindo na vida dos filhos de Deus.
Conta-se que, na antiga Grécia, existia um grande orador chamado
Demóstenes. Era admirado e querido por todos os adolescentes da cidade,
mas tinha o estranho hábito de andar com a cabeça inclinada sobre o ombro
esquerdo. A história registra que a admiração e o carinho dos adolescentes
por ele eram tão grandes que todos passaram a andar também com a cabeça
inclinada sobre o ombro esquerdo. Essa história simples nos ensina uma lição
espiritual profunda.
É impossível você viver uma vida de comunhão ininterrupta com Jesus
e continuar sendo o mesmo. Algo tem que acontecer. Salvação não é apenas
perdão; é também transformação. Quando Deus justifica, Ele também santifica.
Por isso, aquele grupo de vitoriosos canta as seguintes palavras: “Quem não
temerá e não glorificará o Teu nome, ó Senhor? Pois só Tu és santo. Por isso, todas
as nações virão e se prostrarão diante de Ti” (Apocalipse 15:4).
O SEGREDO DA VITÓRIA
Confiança em Deus
“Só Tu és santo!”, esse é o segredo da vitória. O dia em que você parar de tentar
sozinho e entender que somente Ele é santo, você começará a experimentar o
sabor da vitória. O ser humano precisa aprender a desconfiar das próprias forças
e passar a confiar plenamente em Deus, porque somente Ele é santo. É Sua força
que nos sustenta. É Seu poder que nos garante a vitória. Ele será o tema central
de nosso cântico, na gloriosa reunião dos vencedores.
O cântico dos vitoriosos termina com uma frase interessante: “porque os
Teus atos de justiça se fizeram manifestos” (Apocalipse 15:4). Que atos de justiça
são esses? O juízo acabou, e o veredito foi emitido. Aquele juízo não tem como
propósito fazer com que Deus fique sabendo de tudo, porque é óbvio que Ele
conhece tudo. O propósito daquele juízo é fazer com que o Universo inteiro
chegue à própria conclusão de que o inimigo estava completamente errado.
Domingos de Esperança - A Última Chamada 74
Qual era a acusação de Lúcifer? Que Deus era injusto porque havia estipulado
uma lei que não se podia cumprir e, portanto, Ele não merecia adoração.
Os séculos passaram. Todas as criaturas tiveram a oportunidade de ver as
consequências do pecado. O diabo perseguiu aqueles que tentaram adorar a
Deus e obedecer a Seus mandamentos. Apesar de toda a ira do dragão, aquele
grupo se manteve fiel. Eles são os vencedores da besta, da sua imagem e do
número do seu nome.
Quem pode aceitar a acusação do inimigo de que é impossível cumprir a lei
de Deus? Jesus providenciou os recursos necessários para que a vida daquele
grupo fosse uma vida de obediência e de vitória. Por isso, “todas as nações virão
e se prostrarão diante de Ti”, diz o cântico.
Essa promessa pode ser a grande solução para quem tem medo de
envelhecer. Nesta vida, nada dura. Começamos a envelhecer a partir
do dia em que nascemos. Nossa meninice passa, nossa juventude vai
embora, os anos maduros desaparecem e, de repente, nós nos vemos
envelhecidos e aproximando-nos irreversivelmente da morte. 0 ser
humano não aceita isso. A ciência descobre a cada dia fórmulas que
tentam prolongar a vida. Os cirurgiões plásticos enriquecem. A fonte
da eterna juventude é procurada com ansiedade por todo lado. Mas
aqui está uma promessa que diz respeito à vida eterna: A árvore da
vida, que está no meio do paraíso de Deus, é a verdadeira fonte da
juventude.
A Última Chamada
(Apocalipse 2:11).
“Ao vencedor, darei (...) uma pedrinha branca, e, sobre essa pedrinha,
um novo nome escrito, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o
recebe” (Apocalipse 2:17).
“Ao vencedor, farei com que seja uma coluna no santuário do Meu
Deus” (Apocalipse 3:12).
Certa vez uma garota me disse: “Quem vai olhar para mim se não
passo de uma faxineira?” Mas aqui está a resposta divina: um dia você
será coluna no santuário de Deus. Caro leitor, pode ser que nesta vida
ninguém o valorize. Talvez as pessoas nem olhem para você. Mas essa
realidade não vai durar para sempre. Jesus vem logo, e você será uma
coluna no Seu templo.
77
A Última Chamada
assim como também Eu venci e me sentei com Meu Pai no Seu trono”
[Apocalipse 3:21).
A mensagem de hoje mostra o plano de Deus para a sua vida. Você nasceu
para vencer. Não veio a este mundo para viver na mediocridade de uma vida
derrotada. Portanto, se por algum motivo, é prisioneiro de hábitos que não
consegue vencer, clame a Deus do fundo do coração. Rompa, em nome de
Jesus, as correntes que o atam. Levante-se com fé e ande!
A Última Chamada
saiu. Quando retornei, encontrei-o sentado no primeiro banco, chorando. Sentei-
me ao seu lado e perguntei:
- O que foi?
- É verdade isso que você pregou? - perguntou-me com o olhar angustiado.
- Deus pode mudar a vida de qualquer pessoa?
- Claro que sim - respondi.
Naquele momento, olhou-me com raiva e quase gritou:
- É mentira! Deus pode mudar a vida de qualquer um, menos a minha.
E eu lhe perguntei:
- Por que você pensa assim?
Então ele me contou como vivera até aquele dia. Nunca conheceu o pai. Fora
gerado e praticamente nascido em um prostíbulo. Quando criança, as outras
mulheres cuidavam dele enquanto a mãe trabalhava fora. Um dia, ele quis saber
por que todas as crianças tinham pai, menos ele. A mãe lhe deu um tapa na boca
e o proibiu de perguntar novamente. E não foi preciso. Algum tempo depois, um
amiguinho na rua se encarregou de lhe explicar por que não tinha pai. Foi a partir
daquele dia que ele começou a ter ódio de todo mundo.
Quando estava com doze anos, sua mãe ficou tuberculosa. Começou a vomitar
sangue e teve de sair daquele lugar. Então foram morar no morro.
- Em uma manhã - continuou ele quase sufocado, minha mãe estava
morrendo. No dia anterior, ela havia ido ao posto médico e lhe deram uma
receita, mas não tínhamos dinheiro para comprar os remédios. Ela tossia, tossia
e manchava o lençol com o sangue que saía de sua boca. Ninguém queria
me ajudar, pastor; e eu era apenas um garoto de doze anos. Foi aí que desci o
morro. Fiquei um tempão no ponto de ônibus, olhando para as pessoas. Não
sei de onde tirei coragem, mas arranquei a corrente de ouro de uma mulher e
subi novamente o morro. Eu sabia quem comprava coisas roubadas. Peguei o
dinheiro e retornei à cidade. Quando a noite chegou, estava de volta em casa
trazendo o remédio de minha mãe. Naquele dia, algo dentro de mim se rompeu.
Entendi que podia viver sozinho, que não precisava de ninguém.
O rapaz continuou:
- A partir dali comecei a roubar e correr. E nunca mais parei de correr. Aprendi
a fumar, passei à maconha, cheirar cocaína e, depois, como se tudo não bastasse,
comecei a injetar cocaína na veia. A droga custa muito caro e, para comprá-la,
passo droga para os outros. Sou mau. Fiz coisas que você nem imagina. E agora,
você, que nem tem noção de nada do que estou falando, vem me dizer que Jesus
Domingos de Esperança - A Última Chamada 80
conseguirei me libertar!
A Última Chamada
- Nunca conseguirá?
- eu lhe perguntei.
- Com certeza, o cego curado por Jesus também, em algum momento da vida
dele, deve ter pensado que nunca conseguiria enxergar. É claro que você sozinho
nunca conseguirá. O máximo que poderá fazer será colocar óculos escuros e
fingir que está vendo, quando, na verdade, seus olhos estão completamente
bloqueados pela cegueira. É claro que você sozinho nunca conseguirá. Talvez
leve algum tempo para entender isso, mas, quando tudo falha nesta vida, só nos
resta render a vida ao Senhor Jesus.
Foi assim que Jorge Roberto entregou o coração por completo a Jesus, e o
Salvador se encarregou de transformá-lo por dentro. Colocou novas motivações
em seu coração. Resultado: parou de fumar, de beber, de usar drogas e começou
a trabalhar honestamente.
No início, ninguém queria lhe dar emprego. Às vezes somos muito cruéis.
Marcamos para sempre um marginal a ferro e a fogo. Pregamos sobre o
evangelho transformador, mas não acreditamos que uma pessoa tenha sido
renovada. No fim, um amigo meu, mais por consideração a mim do que por
crédito no rapaz, arrumou um emprego para Jorge Roberto.
Lembro-me de uma tarde, quando ele me procurou com seu primeiro salário.
Parecia uma criança com um brinquedo novo.
- Olhe aqui. Consegui esse dinheiro trabalhando - disse com os olhos
carregados de emoção.
Ele foi batizado. E, ao sair do batistério, abracei-o. Tudo parecia um sonho. Eu
estava abraçando um rapaz que tinha me assaltado, mas que o Senhor havia
conquistado para o reino dos Céus.
Um ano depois, fui transferido para ser missionário na Amazônia e retornei
à capital somente no ano seguinte. Os irmãos, então, correram para me dar a
notícia:
- Seu amigo Jorge Roberto morreu.
- O que foi que aconteceu? - perguntei, surpreso.
Em um sábado de manhã, na igreja, três capangas de sua antiga
quadrilha lhe deram sete facadas em uma operação de “queima de arquivo”.
Ninguém teve tempo de fazer nada. Em questão de segundos, ele estava em
uma poça de sangue.
- Não me toquem - disse ele às pessoas que tentavam socorrê-lo.
- Acho que vou morrer... mas não faz mal. Foi aqui que Jesus me achou, me
Domingos de Esperança - A Última Chamada 82
CONCLUSÃO
Recapitulação
APELO
Enquanto estivermos neste mundo teremos que lutar contra a nossa natureza
pecaminosa. Porém, Cristo está ao nosso lado para nos fortalecer e nos tornar
vitoriosos. Ele promete vir nos buscar e nos levar para um mundo novo de plenas
realizações, onde não seremos mais limitados pela presença do mal. Todas as
nossas mais elevadas aspirações poderão ser alcançadas, e a felicidade não terá
limites. Será maravilhoso! No entanto, será ainda melhor se você estiver lá. Por
isso, você não gostaria de se preparar para o dia mais feliz da existência humana,
a volta de Jesus?