2019-11-21-02-51-30dissertação - Tiago Mendes
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2019-11-21-02-51-30dissertação - Tiago Mendes
DA DENSIDADE DE PLANTAS
por
como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Bioenergia e Grãos.
Rio Verde – GO
Fevereiro – 2019
i
PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE SOJA EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO
DA DENSIDADE DE PLANTAS
por
Comitê de Orientação:
ii
iii
iv
v
PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE SOJA EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO
DA DENSIDADE DE PLANTAS
Por
Orientador:__________________________________________
Prof. Dr. Gustavo Castoldi - IF Goiano
Examinadores:_______________________________________
Prof. Dr. Carlos Ribeiro Rodrigues - IF Goiano
_______________________________________
Prof. Dr. Pablo Diego Silva Cabral - IF Goiano
_______________________________________
Prof.ª Dr.ª Renata Marques Pereira - IF Goiano
vi
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que sem ele nada disso seria possível.
Em segundo lugar a minha família, principalmente meus pais Olair Ferreira Mendes e
Edite Maria Rezende Mendes, por sempre acreditar que tudo é possível e apoiado todas
que esteve comigo por todo este período me incentivando e ajudando de diversas maneiras
vii
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente ao professor doutor Gustavo Castoldi, por ter aceitado me orientar
durante o período de vigência deste trabalho, e por entender todas dificuldades que
Goiano, por possibilitar cursar este mestrado profissional na cidade que me acolheu e por
fim, a toda a equipe de pesquisa da unidade da Monsanto de Santa Helena de Goiás, pela
este trabalho.
viii
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 2
ABSTRACT ................................................................................................................................. 3
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 6
2.1 Origem e Introdução da Soja no Brasil ........................................................................ 6
2.2 Área de Cultivo no Brasil .............................................................................................. 6
2.3 Fatores que afetam a produtividade ............................................................................. 7
2.4 Característica dos Cultivares ........................................................................................ 9
2.4.1 Cultivar M7110IPRO.............................................................................................. 10
2.4.2 Cultivar M7739IPRO.............................................................................................. 10
2.5 Custo de Produção....................................................................................................... 11
3. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................................... 12
3.1 Descrição da área ........................................................................................................ 12
3.2. Delineamento Experimental e Tratamentos .............................................................. 13
3.3 Avaliações .................................................................................................................... 13
3.4 Análise Estatística ....................................................................................................... 15
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 16
4.1 Diferenciação dos ambientes de produção. ................................................................. 16
4.2 Cultivar M7110IPRO .................................................................................................. 16
4.3 Cultivar M7739IPRO .................................................................................................. 20
5. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 26
6. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 27
ANEXO .................................................................................................................................... 31
1
PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE SOJA EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO
DA DENSIDADE DE PLANTAS
por
RESUMO
A população de planta adequada na implantação da soja pode ser usada para maximizar
o potencial de rendimento de grãos da cultura. Neste sentido este trabalho teve por
objetivo avaliar o desempenho de duas cultivares de soja, com características distintas de
engalhamento, em função da variação na população de plantas em dois ambientes de
produção. Os ensaios foram conduzidos na Fazenda Vitória (Ambiente 1) no município
de Rio Verde e Estação de Pesquisa Bayer (Ambiente 2) no município de Santa Helena
de Goiás, na safra 2017/2018. O delineamento experimental foi blocos ao acaso, em
esquema fatorial 2x4, com cinco repetições. Foram testados duas cultivares de soja
(M7110IPRO e M7739IPRO) e cinco populações (as populações variaram de 16,66% a
33,33% conforme a recomendação definida pelo obtentor). Cada parcela foi constituída
de quatro linhas de seis metros de comprimento, com espaçamento de 0,5 m entre linhas.
As características agronômicas avaliadas foram: altura das plantas, quantidade de vagens
por planta e por metro, produtividade de grãos e peso de mil grãos. Com isso, conclui-se
que tanto em condições de solo argiloso quanto muito argiloso, a densidade de plantas
que proporciona a maior produtividade da cultivar M7110IPRO foi a 19 plantas metro-1.
O potencial produtivo da cultivar M7739IPRO é maior na condição de maior fertilidade
(Ambiente 2), sendo a densidade de 13 plantas metro -1 a mais recomendada. Ficou
evidente ao final do trabalho que a recomendação aos produtores quanto à utilização de
sementes deve ser melhorada, passando simplesmente de uma recomendação de stand
final padronizada para uma população de acordo com o ambiente de produção existente
em cada área.
2
PRODUCTIVITY OF SOYBEAN CULTIVARS IN
por
ABSTRACT
The suitable plant population for soybean implantation can be used to maximize its grain
yield potential. In this sense, the objective of this work was to evaluate the performance
of two soybean cultivars, with different characteristics of grazing, in function of the plant
population variation in two production environments. The trials were conducted at
Fazenda Vitória (Environment 1) in the municipality of Rio Verde and Bayer Research
Station (Environment 2) in the municipality of Santa Helena de Goiás, in the 2017/2018
harvest. The experimental design was randomized blocks, in a 2x4 factorial scheme, with
five replications. Two soybean cultivars (M7110IPRO and M7739IPRO) and five
populations (populations ranged from 16.66% to 33.33% as recommended by the breeder)
were tested. Each plot consisted of four rows of six meters in length, spaced 0.5 m
between rows. The evaluated agronomic characteristics were: plant height, number of
pods per plant and per meter, grain yield and weight of one thousand grains. Thus, it can
be concluded that in both clayey and highly clayey soil conditions, the plants density
yielding the highest productivity of the cultivar M7110IPRO was at 19 plants per metro-
1
. The productive potential of the cultivar M7739IPRO is higher in the condition of greater
fertility (Environment 2), being the density of 13 plants per metro-1 the most
recommended. It was evident at the end that the recommendation to producers about the
use of seeds should be improved from a standardized final stand recommendation to a
population according to the existing production environment in each area.
3
1. INTRODUÇÃO
extensiva em diversas partes do mundo (Lazzaroto, 2010) e por conta disto, diversos
quanto à população, adubação, espaçamento, manejo, entre outros, para que assim, o
isso altera a forma como as plantas estão dispostas na área (Knebel et al., 2006). O arranjo
das plantas influencia a competição, entre as plantas dentro e entre as linhas que por sua
intraespecífica das plantas por água, nutrientes e luz, com o intuito de aumentar a
produção individual das plantas (Godoi et al., 2005; Mauad et al., 2010 ). Por outro lado,
manejo, não alteram a morfologia ou o rendimento de grãos, mas isso só é possível porque
4
conhecimento comum que as propriedades possuem diferenças de condições
edafoclimáticas, que gera influência direta no custo dos insumos, tais como aquisição
de semente que deve expressar todo seu potencial produtivo, associado ao manejo
climáticas favoráveis.
5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) tem sua origem na China,
aproximadamente 5.000 anos atrás (Embrapa, 2019). Inicialmente a planta de soja foi
através de diversos cruzamentos, foi possível agregar diversas características até que se
chegou as plantas parecidas com as que se conhece nos dias atuais (Aprosoja,2014).
Rio Grande do Sul, no ano de 1914, como alternativa para a rotação com a cultura do
Há diversos fatores que devem ser levados em consideração para boa implantação
estado do Goiás está à frente desse crescimento atingindo na safra 2018/2019 uma área
de 3.487,1 mil hectares, que corresponde 2,69% de aumento (CONAB, 2018). Muito
disso se deve a ocorrência nas últimas safras de condições próximas das ideais, tais como
6
chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ciclo da cultura, fatores
solo, e assim, realizar todos os processos bioquímicos e fotoquímicos essenciais para sua
dos ambientes que possuem diferentes fatores climáticos, fertilidade do solo e pelo
do cultivar (devido a diferença de ciclo dos materiais), condições de solo e clima, além
do manejo cultural empregado, havendo dois períodos considerados críticos para a falta
a semente precisa absorver ao menos 50% do seu peso em água, para uma boa
ápice de consumo (sete a oito milímetros por dia), e a partir deste ponto tende a diminuir.
7
Quando há falta de água, ocorrem reações na planta, inicialmente com o
de cultivo áreas que têm temperaturas próximas a 30◦C, sendo que temperaturas abaixo
de 10◦C impedem que a cultura se desenvolva, assim como, temperaturas acima de 40 ◦C,
visível (400nm – 700nm) (Casaroli, 2007). Com o adensamento das plantas ocorre maior
interceptação da energia luminosa, mas com menor distribuição da energia luminosa nas
outras partes da planta. Enquanto, com menor concentração de plantas haverá menor
da planta (Petter, 2015). Por isso, controlar a densidade de semeadura é fundamental para
A radiação solar é outro fator importante para a cultura da soja, uma vez que, cada
uma das cultivares possuem uma característica única referente ao fotoperíodo crítico,
das plantas e sim uma característica da arquitetura genética de cada cultivar (Farias,
2007). A radiação solar é responsável por fornecer energia para o processo de fotossíntese
8
e na cultura da soja está também correlacionada ao alongamento da haste principal e suas
2000).
produtividade é a escolha do cultivar que melhor se adapta em cada uma das regiões de
disponibilizada para cada região sojícola do país que atualmente tem registrada 2.025
de 1997, comumente conhecida como lei de cultivares, como [...] a variedade de qualquer
gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares
conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja
9
2.4.1 Cultivar M7110IPRO
INTACTA RR2 PRO desenvolvida pela empresa Monsanto. Esta é uma cultivar de hábito
completa seu ciclo com aproximadamente 108 dias após plantio, e é comumente
cultivar são a resistência a acamamento, cor da vagem cinza escuro, ampla adaptação
de galha (Monsoy, 2019). Além desses pontos, é verificado em campo que este é uma
cultivar de baixo índice de engalhamento, ou seja, é uma cultivar com baixa capacidade
completa seu ciclo com aproximadamente 116 dias após plantio, e pode ser considerada
engalhamento.
10
2.5 Custo de Produção
Há diversos aspectos que devem ser levados em consideração para uma boa
implantação e desenvolvimento da cultura da soja quando se tem o objetivo de atingir a
máximo potencial produtivo (Tourino, 2002). Entretanto, o empresário agrícola deve
tomar decisões baseadas não apenas buscando a máxima produtividade, mas sim, em
ações que elevem ao máximo a produtividade com custos dentro dos parâmetros para que
haja a maior rentabilidade possível por área (Neves & Andia, 2003).
Nos dias atuais, os custos com os insumos vêm impactando cada vez mais nos
custos totais da produção da cultura da soja, sendo que os insumos são os principais
responsáveis por esse aumento no custo de produção (Ferreira, 2015).Os custos somente
“refinado” de cada um dos materiais disponíveis para a sua escolha. Muito disso, deve-se
recomendação ajustando-a para sua área, e pode levar tempo e muitas das vezes acarretam
11
3. MATERIAL E MÉTODOS
cultivo localizadas no sudoeste goiano, durante a safra 2017/2018. Sendo que a primeira
município de Rio Verde, com a altitude de 830 metros, sendo considerado como ambiente
de 530 metros sendo considerada como ambiente 2. Solo classificado como Latossolo
profundidade. Deste modo, foram definidos dois ambientes, sendo que, o ambiente 1
do solo, e as correções necessárias vêm sendo realizadas à medida que são averiguadas
pelos agricultores tornando as duas áreas propícias ao cultivo conforme demonstrado nas
2017. O espaçamento entre linhas adotado foi o de 0,5 metros. A quantidade de sementes
adotada para o plantio foi de duas vezes a recomendação da empresa. O desbaste das
12
plantas ocorreu de acordo com a população de cada tratamento, e foi realizado de forma
Quanto a população adotada, cada um dos materiais teve como população central
plantas por metro, enquanto, para a cultivar M7739IPRO é de 12 plantas por metro. A
partir destas populações utilizou-se a variação de 16,66% e 33,33% para mais e para
Cada uma das parcelas foi constituída de quatro linhas de seis metros de
comprimento, com espaçamento de 0,5 m entre linhas, sendo que apenas as duas linhas
centrais foram utilizadas para as avaliações pertinentes ao projeto (área útil da parcela).
As duas linhas externas foram consideradas como área de bordadura, além disso, também
foi desprezado um metro de cada extremidade das parcelas, área também considerada
como bordadura. Assim, a área útil da parcela, em que foram realizadas todas as
comprimento.
3.3 Avaliações
13
A avaliação ocorreu no período prévio da colheita (plantas no estádio R7) e em
seis plantas escolhidas de forma aleatória dentro da área útil da parcela. Utilizou-se régua
do colo da planta até a inserção da última vagem no ramo principal. De posse dos dados,
calculou-se a média aritmética, chegando assim, no valor referente a cada uma das
vagens com grãos viáveis existentes na planta no estádio de R7. Para tal ação foram
escolhidas aleatoriamente seis plantas dentro da área útil da parcela. Após o procedimento
foi realizado a média aritmética para encontrar o número médio de cada uma das parcelas,
método adaptado de Silva (2015). Após esta verificação foi realizado também o cálculo
chegaram ao ponto de maturação de colheita (R9). Para tal avaliação, utilizou-se toda a
para 13% e o valor de cada uma das parcelas extrapolado para quilos por hectare.
14
Após a colheita foram retiradas três amostras simples de cada parcela, cada uma
medidor de umidade, e foram medidas por três vezes consecutivas, e, após este
procedimento foi realizado a média aritmética de cada uma das parcelas, obtendo-se o
valor de umidade para cada uma das amostras. Após esse procedimento, todas as parcelas
multivariada com agrupamento de dados para verificar a distinção entre os dois ambientes
no pacote factomineR.
efeito e relação entre os fatores, com posterior comparação de médias pelo teste de Tukey
a 5%.
15
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
os dois ambientes de produção são diferentes entre si. Somente com um componente foi
possível explicar 100% da variação entre as características das duas áreas com valor igual
a 16, ou seja, superior a um. Então, pela análise são dois indivíduos. A correlação entre a
componente principal e os valores das variáveis mostra que todas, com exceção do
alumínio, diferiram entre as duas áreas. Assim, pode-se concluir que as áreas eram
produção e da população (Tabela 4). O número de vagens planta -1, vagens metro -1, além
peso de mil grãos foi a única variável para qual foi significativa a interação entre a
16
QM
Número Número de
FV GL Altura de Peso de
de vagens vagens Produtividade
planta -1 -1
mil grãos
planta metro
Tipo de Solo 1 62,72* 2,00 1067,22 62,72 17,64
População 4 609,97* 111,63* 19504,62* 1212,67* 382,93*
Solo*Pop 4 8,47 2,75 1150,92 284,77* 8,98
Bloco (Solo) 8 4,77 8,49 2690,37 213,32 60,94
Resíduo 32 5,32 2,58 775,96 25,57 21,03
CV (%) 2,28 8,43 8,42 2,84 8,89
FV: fonte de variação; GL: graus de liberdade; QM: quadrado médio; CV: coeficiente de variação; F
(Tukey): estatística do teste de Tukey para aditividade. Valores indicam tratamentos e blocos com efeitos
aditivos, normalidade dos resíduos e variâncias homogêneas, para cada teste correspondente; *:
significativo pelo teste F a 0,05 de significância.
cultivar M7110IPRO. Sendo que, nesta área as plantas tiveram crescimento maior quando
mesmo com populações acima da recomendada pelo obtentor a planta se manteve ereta,
Apesar da altura das plantas ter sido influenciada pelo ambiente de produção,
houve desenvolvimento esperado para as duas localidades (Figura 1A). Além dessa
Número de Vagens por Planta (Figura 1C), Número de Vagens por Metro (Figura 1D), e
17
1A Altura M7110IPRO 1B Produtividade M7110
115.00 65.00 y = -0.3625x2 + 13.489x - 67.827
y = 1.7867x + 70.28 60.00 R² = 0.8493
110.00
R² = 0.9744
55.00
105.00
50.00
100.00
y = 1.4533x + 74.04 45.00
95.00 40.00 y = -0.2657x2 + 10.068x - 38.163
R² = 0.9509
R² = 0.8789
90.00 35.00
11 13 15 17 19 21 23 25 11 13 15 17 19 21 23 25
Vagens Por Planta A.P. 1 Vagens Por Planta A.P. 2 Vagens Por Metro A.P. 1 Vagens Por Metro A.P. 2
da população. Resultado similar também foi verificado MELGES et al. (1989) citado por
estiolamento das plantas que alongam seus entre entrenós para buscar melhores posições
18
Para tal variável (Figura 1A) averiguou-se um comportamento semelhante para os
dois ambientes de produção. Sendo que, para o ambiente de produção um, a altura mínima
atingida na menor população (12 plantas metro -1) foi de 91,72 cm, enquanto, na maior
população estudada (24 plantas metro -1) o valor chega a 113,16 cm. Esta diferença
entre as alturas da menor população estudada para a maior, para este cultivar.
cm e 101,65 cm respectivamente.
para o ambiente dois, chegando a população média para os dois ambientes de 18,74
plantas metro-1, decaindo após o adensamento de plantas ultrapassar o limite deste ponto.
(2019) que atualmente indica um stand final de 18 plantas por metro e contrapõe-se a
Borges,(2016) que aponta que maior adensamento de plantas como um fator que traz o
aumento de produtividade.
ambientes de produção, resultados que também foram encontrados por Balbinot (2015).
Apurou-se também que o número de vagens por metro (Figura 1D) aumenta até
19
densidade populacional aumenta, após este ponto, observa-se decréscimo na quantidade
Verificou-se ainda que a característica peso de 1.000 grãos foi afetada pela
estudada decresce em taxa menor quando comparada com o ambiente de produção dois,
entretanto, nos dois ambientes de produção estudados o peso de 1.000 grãos decresce
5). E por fim, a produtividade, que para este cultivar foi influenciada isoladamente pelo
20
Tabela 5. Resumo da análise de variância para os ensaios com a variedade M7739IPRO.
QM
FV GL Altura de Número de Número de
Produtividade
planta vagens planta-1 vagens metro-1
Tipo de 1 115,52* 6,48 619,52 1824,08*
Solo
População 4 949,05* 145,28* 27164,68* 187,61*
Solo*Pop 4 46,87* 3,18 546,12 10,60
Bloco 8 13,06 8,63 1350,00 26,89
(Solo)
Resíduo 32 16,64 6,89 1037,20 11,31
CV (%) 4,15 8,76 9,20 5,64
FV: fonte de variação; GL: graus de liberdade; QM: quadrado médio; CV: coeficiente de variação; Valores
indicam tratamentos e blocos com efeitos aditivos, normalidade dos resíduos e variâncias homogêneas, para
cada teste correspondente; *: significativo pelo teste F a 0,05 de significância.
Para a variável peso de 1.000 grãos do cultivar M7739IPRO não foram realizadas
as análises conjuntas dos dados devido ao efeito de população (Tabela 6). Isso porque
durante a análise dos dados foi identificado que a razão entre o quadrado médio do resíduo
dos experimentos foi maior que sete, culminando com o não atendimento do critério para
a realização desse tipo de análise. E, por isso, foi realizado o teste de média para tratar da
1.000 grãos para os dois ambientes de produção, sendo que no ambiente de produção um
produção dois.
21
Tabela 6. Resumos das análises individuais de variância para a variável peso de mil grãos
(variedade M7739IPRO) obtida em experimentos conduzidos em dois ambientes de
produção distintos. (A) Ambiente de produção um e (B) Ambiente de produção dois.
QM QM
FV GL A B
Peso de mil grãos Peso de mil grãos
População 4 1442,14* 1004,96*
Bloco 4 432,34 31,66
Resíduo 16 376,36 21,46
CV (%) 9,67 2,36
FV: fonte de variação; GL: graus de liberdade; QM: quadrado médio; CV: coeficiente de variação. Valores
indicam tratamentos e blocos com efeitos aditivos, normalidade dos resíduos e variâncias homogêneas, para
cada teste correspondente; *: significativo pelo teste F a 0,05 de significância.
comparado ao ambiente de produção dois (Figura 2A). Observou-se que para o ambiente
de produção um, a diferença entre a altura das menores populações para as maiores foi de
entre as alturas de planta da maior para menor população ficou em 20,5 cm, equivalente
22
2A Altura M7739IPRO 2B Produtividade M7739IPRO
120.00 75.00 y = -0.5989x2 + 15.108x - 24.56
y = 3.5x + 57.72 R² = 0.9807
110.00 R² = 0.9684
65.00
100.00
y = 2.56x + 65.96 55.00
90.00
R² = 0.9016 y = -0.3336x2 + 8.8567x - 1.9577
80.00 45.00 R² = 0.9786
7 9 11 13 15 17 7 9 11 13 15 17
Vagens Por Planta A.P. 1 Vagens Por Planta A.P. 2 Vagens Por Metro A.P. 1 Vagens Por Metro A.P. 2
190.00
metro para o ambiente de produção um, tendo o seu ponto de máxima produtividade
atingida de 70,7 sacos-ha (Figura 2B). Já para o ambiente de produção dois o máximo
23
produtividade nesta população de 56,83 sacos-ha (Figura 2B), e novamente é corroborado
pela recomendação do licenciado Monsoy (2019), indicando que o plantio desta cultivar
estrutura quando se compara a população mínima estudada em que chegou a 35,4 vagens
com a máxima densidade de plantas estudadas e com produção de 25,3 para o ambiente
de produção um, enquanto para o segundo ambiente foram verificados os valores de 33,8
este mais acentuado para o ambiente de produção dois e tendo seu ponto máximo com a
Por fim, verificou-se que a variável peso de 1.000 grãos variou em função da
densidade populacional (Figura 2E), de modo que, à medida que aumentou o stand final
das plantas da cultivar M7739IPRO, o peso desta variável decresceu nos dois ambientes
o peso de 1.000 grãos na população em que foi encontrada a máxima produtividade nos
recomendação de stand final padronizada para uma população de acordo com o ambiente
24
de produção existente em cada área. Isso é fator chave para que se consiga atingir o
25
5. CONCLUSÃO
19 plantas metro-1.
26
6. BIBLIOGRAFIA
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ANEXO
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