EASA - Eletroeletrônica Aplicada A Sistemas Automatizados - 1
EASA - Eletroeletrônica Aplicada A Sistemas Automatizados - 1
EASA - Eletroeletrônica Aplicada A Sistemas Automatizados - 1
CFP 3.02
Eletricidade Básica
Eletricidade
Conjunto de fenômenos naturais que envolvem a existência de cargas elétricas estacionárias ou em
movimento.
A palavra eletricidade tem origem no termo grego eléktron, que, em português, significa âmbar. O nome
está ligado às primeiras observações e estudos sobre os fenômenos elétricos realizados por Tales de
Mileto, por volta de 600 a.C., que foram feitos a partir do âmbar, uma resina fóssil que, ao ser atritada,
adquire a capacidade de atrair pequenos pedaços de palhas e fragmentos de madeira .
Energia cinética – É a energia que um corpo em movimento possui devido a sua velocidade. É
portanto, consequência do movimento.
Energia mecânica – É a soma de energia potencial com energia cinética. Se manifesta pela
transmissão do movimento.
Energia térmica – Essa energia se manifesta quando há diferença de temperatura entre dois corpos.
Energia química – É a energia que aparece nas ligações responsáveis pela estrutura da matéria.
Portanto, ela se dá no nível das interações entre moléculas.
Energia elétrica – É o fenômeno físico originado por cargas elétricas estáticas ou em movimento e pela
interação entre elas.
Eletricidade Básica
Existe um sistema que reúne e padroniza unidades de medidas de grandezas físicas, chamado de
Sistema Internacional de Unidades, abreviado para a sigla SI.
10 9 10 6 10 3 --- 10 -3 10 -6 10 -9 10 -12
G M K J m µ n p
Exercícios:
34J = ____________MJ
2J =______________mJ
302mJ =___________KJ
0,53µJ =___________J
Eletricidade Básica
Matéria – Tudo aquilo que possui massa e ocupa espaço. Pode ser sólida, líquida
ou gasosa.
Molécula - é a menor parte em que se pode dividir a matéria sem que esta perca
suas características.
O átomo é formado por uma parte central chamada núcleo e uma parte periférica
formada pelos elétrons (carga negativa) e denominada eletrosfera.
No seu estado natural, o átomo possui o número de prótons igual ao número de elétrons. Assim, o átomo
está em equilíbrio, ou eletricamente neutro.
prótons = +8 prótons = +8
elétrons = -9 elétrons = -7
------------------------ ------------------------
Resultado = -1 Resultado = +1
Ânion Cátion
Eletricidade Básica
Fundamentos da eletrostática
Eletrostática é a parte da eletricidade que estuda a eletricidade estática.
Dá-se o nome de eletricidade estática à eletricidade produzida por cargas elétricas em repouso em um
corpo.
No estado natural, qualquer porção de matéria é eletricamente neutra. Com o processo de eletrização,
por atrito, por exemplo, essa condição de equilíbrio elétrico é desfeita.
Um corpo se eletriza negativamente (-) quando ganha elétrons e positivamente (+) quando perde
elétrons.
Entre corpos eletrizados, ocorre o efeito da atração quando as cargas elétricas têm sinais contrários.
O efeito da repulsão acontece quando as cargas elétricas dos corpos eletrizados têm sinais iguais.
+ - + + - -
Eletricidade Básica
Por meio dos processos de eletrização, é possível fazer com que os corpos fiquem intensamente ou
fracamente eletrizados.
O pente intensamente atritado tem maior capacidade de realizar trabalho. Como a maior capacidade
de realizar trabalho significa maior potencial, conclui-se que o pente intensamente eletrizado tem
maior potencial elétrico.
Descargas elétricas
Sempre que um corpo com cargas elétricas contrárias são colocados próximos um dos outros, em
condições favoráveis, o excesso de elétrons de um deles é atraído na direção daquele que está com
falta de elétrons sob a forma de descarga elétrica por contato ou por arco.
Quando há uma grande diferença de cargas elétricas, uma grande parte de carga negativa pode passar
para o outro corpo pelo ar, gerando uma descarga por arco.
Temos como exemplo dessa descarga o Raio.
Grandezas Elétricas
Tensão Elétrica
Corrente Elétrica
Resistência Elétrica
Potência Elétrica
Eletricidade Básica
Tensão elétrica
A diferença de potencial elétrico entre dois corpos eletrizados também é denominada de tensão elétrica.
O símbolo para representar a diferença de potencial elétrica é a letra V (U e E).
Exercícios:
10 6 10 3 --- 10 -3 10 -6
M K V m µ
Eletricidade Básica
Medição de Tensão Elétrica
Corrente elétrica
Para que haja corrente elétrica, é necessário que haja ddp e que o circuito (elétrico) esteja fechado.
Logo, pode-se afirmar que existe tensão sem corrente, mas nunca existirá corrente sem tensão. Isso
acontece porque a tensão orienta as cargas elétricas.
FONTE FONTE
GERADORA GERADORA
CONDUTOR CONDUTOR
Eletricidade Básica
O Inicialmente, os cientistas acreditavam que o movimento das cargas elétricas aconteciam do polo
positivo para o negativo da fonte geradora.
Esse sentido recebeu o nome de sentido convencional da corrente.
Mais tarde, explicou-se cientificamente que, na verdade, as cargas elétricas se movimentam do polo
negativo para o positivo.
Esse sentido recebeu o nome de sentido eletrônico da corrente.
Corrente contínua
Quando o movimento de cargas elétricas acontecem em um único sentido, mantendo sempre a mesma
polaridade, a corrente elétrica é chamada de corrente contínua representada pelas siglas CC ou DC.
Eletricidade Básica
Corrente elétrica
Exercícios:
10 6 10 3 --- 10 -3 10 -6 10 -9
M K A m µ n
Eletricidade Básica
Medição de Corrente Elétrica
Exercícios:
10 6 10 3 --- 10 -3 10 -6
M K Ω m µ
Eletricidade Básica
Medição de Resistência Elétrica
Materiais condutores
Os materiais condutores caracterizam-se por permitirem a existência da corrente elétrica toda vez que
se aplica tensão entre suas extremidades.
As cargas elétricas que se movimentam no interior dos materiais sólidos são os elétrons livres. Esses
elétrons se movimentam ordenadamente, formando a corrente elétrica.
Os metais são excelentes condutores de corrente elétrica, pois, os elétrons da camada de valência
estão fracamente ligados ao núcleo do átomo. Assim, desprendem-se com facilidade o que permite seu
movimento ordenado.
Assim, quanto menor for a atração do elétron da camada de valência com o núcleo, maior será a
capacidade de deixar fluir a corrente elétrica.
Eletricidade Básica
Materiais condutores
RESISTÊNCIA
Prata Cobre Ouro Alumínio Constantan Níquel-cromo
Materiais isolantes
Os materiais isolantes são os que apresentam forte oposição à circulação de corrente elétrica. Isso
acontece porque os elétrons livres dos átomos dos materiais isolantes são fortemente ligados a seus
núcleos e dificilmente são liberados para circulação.
Em condições anormais, um material isolante pode tornar-se condutor. Esse fenômeno chama-se
ruptura dielétrica, ocorre quando grande quantidade de energia transforma um material normalmente
isolante em condutor.
Essa carga de energia aplicada ao material é tão elevada que os elétrons, normalmente presos ao
núcleo dos átomos, são arrancados das órbitas, provocando a circulação da corrente elétrica.
L L L
R Cobre
R1 Cobre
R2 Cobre
Mantendo o mesmo material, temperatura, comprimento e variando sua seção transversal, percebeu-se
que sua resistência elétrica aumentava ou diminuía proporcionalmente.
L
R Cobre
R1 Cobre
R2 Cobre
Influência do material
Para verificar a influência do material, o comprimento, seção transversal e temperatura foram mantidos,
variando apenas o tipo de material.
Percebeu-se que não existia relações entre eles, mas, mantendo o mesmo material, a resistência
elétrica mantinha sempre o mesmo valor. A partir desse experimento, estabeleceu-se uma constante de
proporcionalidade que foi denominado resistividade elétrica.
R Cobre
R1 Alumínio
Prata
R2
Eletricidade Básica
Resistividade elétrica
Resistividade elétrica
De acordo com os resultados do experimento, George Simon Ohm estabeleceu sua segunda lei.
𝜌. 𝐿
Matematicamente, temos: 𝑅=
S
- R é a resistência elétrica expressa em Ohm (Ω);
- L é o comprimento do condutor em metros (m);
- S é a área da seção transversal do condutor em milímetros quadrados (mm²);
- 𝜌 é a resistividade elétrica do material em ohm milímetro quadrado por metro (Ωmm²/m).
Eletricidade Básica
Resistividade elétrica
Exemplo:
Determine a resistência elétrica de um condutor de cobre na temperatura de 20ºC. Sabendo que sua
seção transversal é de 1,5mm² e seu comprimento de 100m.
Na maior parte dos materiais, o aumento da temperatura significa maior resistência elétrica. Isso ocorre
porque o aumento da temperatura leva ao aumento da agitação das partículas que constituem o
material, aumentando assim as colisões entre as partículas e elétrons no interior do condutor.
Pode-se dizer que em um condutor, a variação na resistência elétrica relacionada ao aumento de
temperatura, depende diretamente da variação de resistividade elétrica própria do material com o qual o
condutor foi fabricado.
Assim, é possível determinar um novo valor quando o condutor está em uma nova temperatura,
conhecendo a resistividade do material.
Exemplo:
Determine a resistividade do alumínio na temperatura de 60ºC, sabendo que à temperatura de 20ºC,
sua resistividade corresponde a 0,0278 Ωmm²/m e seu coeficiente de temperatura 0,0032 ºC-1.
f = o.(1 + . )
f = o.(1 + . (tf-ti))
f = 0,0278.(1 + (0,0032 . (60-20)))
f = 0,0278.(1 + (0,0032 . (40)))
f = 0,0278.(1 + (0,128))
f = 0,0278 . (1,128)
f = 0,03135 Ωmm²/m
Eletricidade Básica
Circuitos Elétricos
Diariamente utilizamos a eletricidade para movimentar, iluminar, resfriar etc. Apesar dos efeitos
diversos, todos acontecem a partir dos circuitos elétricos.
O circuito elétrico mais simples que se pode montar constitui-se de três componentes:
- Fonte geradora (de Tensão);
- Carga consumidora;
- Condutores elétricos.
FONTE FONTE
GERADORA GERADORA
CONDUTOR CONDUTOR
Eletricidade Básica
Para facilitar a elaboração de diagramas elétricos, criou-se uma simbologia para representar
graficamente cada componente de um circuito.
A tabela a seguir mostra alguns símbolos utilizados e seus respectivos componentes:
Cruzamento sem - S1
conexão
Cruzamento com - I
conexão +
G1 H1
-
Fonte geradora G
I
Lâmpada H
Interruptor S
Eletricidade Básica
Tipos de circuitos elétricos
Circuito Série
I I
+
G1
-
H2 I
I
Eletricidade Básica
Circuito Paralelo
I I1 I2
+ H1 H2
G1
-
I1 I2
I
Eletricidade Básica
Circuito Misto
No circuito misto, ao passar uma corrente elétrica pelo componente H1 ligado em série, causará uma
queda de tensão provocada pelo consumo. Assim, os componentes H2 e H3 que estão ligados em
paralelo, receberão a tensão da fonte menos a queda de tensão provocada pelo H1.
H1
I I1 I2
+ H2 H3
G1
-
I I1 I2
Eletricidade Básica
Associação de Resistências
+
G1 Malha 1 Malha 2
-
Terminais
B
Eletricidade Básica
- Série;
- Paralelo;
- Mista.
Associação Série
Nessa associação, as resistências são interligadas de forma que exista apenas um caminho para a
circulação da corrente elétrica entre os terminais.
R1 R2 R3
+ I
G1 Caminho único de
- corrente elétrica
I I
Eletricidade Básica
Associação Paralelo
Nessa associação, as resistências são interligadas de forma que exista mais de um caminho para a
circulação da corrente elétrica.
Caminho I1 Caminho I2
I I1 I2
+
G1 R1 R2
-
I I1 I2
Associação Mista
I I1 I2
+
G1 R2 R3
-
I I1 I2
Eletricidade Básica
Req R1 R2
+ 14Ω 5Ω 9Ω
Medição nos
G1
terminais
14Ω
-
A resistência equivalente da associação em série será maior que a resistência de maior valor.
Eletricidade Básica
+ 1 1 1
G1 R1 10Ω R2 15Ω R3 5Ω Req= 1 1 1 Req= 1 1 1 Req=
- + + + + 0,1𝛺+0,067𝛺+0,2𝛺
𝑅1 R2 R3 10𝛺 15𝛺 5𝛺
1
Req= Req= 2,73𝛺
0,367Ω
Req
+ 2,73Ω
Medição nos
G1
terminais
2,73Ω R1 10Ω R2 15Ω R3 5Ω
-
A resistência equivalente da associação em paralelo será menor que a resistência de menor valor.
Eletricidade Básica
+
𝑅1 . 𝑅2 10Ω . 15Ω 150Ω
G1 R1 10Ω R2 15Ω Req= Req= Req= Req= 6Ω
- 𝑅1+𝑅2 10Ω+15Ω 25Ω
Req
+ 6Ω
Medição nos
G1
terminais
6Ω R1 10Ω R2 15Ω
-
Eletricidade Básica
+
𝑅 10Ω
G1 R1 10Ω R2 10Ω Req= Req= Req= 5Ω
- 𝑛 2
Req
+ 5Ω
Medição nos
G1
terminais
5Ω R1 10Ω R2 10Ω
-
Eletricidade Básica
Para determinar a resistência equivalente de uma associação mista, procede-se da seguinte maneira:
A partir dos nós, divide-se a associação em pequenas parte, observando as associações série e
paralelo.
R2 Associação em
180Ω paralelo
R1
560Ω A B
+
1200Ω
270Ω
G1 R3 R4
-
- Identificando os nós, analisa-se como estão ligadas as resistências. Nesse caso, R2 e R3 estão em
paralelo.
Eletricidade Básica
R2 Associação em
180Ω paralelo
R1
560Ω A B
+
1200Ω
270Ω
G1 R3 R4
-
R1 ReqAB
560Ω 108Ω
+
1200Ω
G1 R4
-
- Ao analisar o novo circuito, observa-se a formação de um circuito série entre R1, ReqAB e R4.
- Calcule a Req da associação em série.
Req = R1 + ReqAB + R4 Req = 560Ω+108Ω +1200Ω Req = 1868Ω
R2
Req 180Ω
R1
+ 560Ω A B
1868Ω
1200Ω
G1 270Ω
Medição nos R4
- terminais
1868Ω R3
Eletricidade Básica
Essa lei estabelece a relação entre as grandezas elétricas: tensão (V), corrente (A) e resistência (Ω)
em um circuito.
Existem algumas características na relação dessas grandezas:
Matematicamente, temos: V
V= R . I R=
𝑉
𝐼
I=
𝑉
𝑅 R I
Resistência (Ω) Corrente (A)
Eletricidade Básica
Exemplo:
90mA
+ I
G1
9V -
R V
I
R I
V = 9V R= V R= 9V R= 100Ω
I= 90mA = 0,09A I 0,09A
R= ?
Eletricidade Básica
Exemplo:
R1
100Ω I
I
+
G1
50Ω
10V R2
-
I I
Req= R1+R2+R3 Req= 100Ω +50Ω +25Ω
25Ω Req= 175Ω
R3
Exemplo:
R1
100Ω I V=R.I
I
+ VR1=R1.I
G1
50Ω
10V R2 VR1=100Ω . 0,05714A
- VR1=5,71V
I I
25Ω
R3 VR2=R2.I VT= VR1+VR2+VR3
VR2=50Ω . 0,05714A VT= 5,71V+2,86V+1,43V
Dados: Calcule: VR2=2,86V VT= 10V
VT= 10V VR1= ?
I= 0,05714A VR2= ? VR3=R3.I
R1= 100Ω VR3= ? VR3=25Ω . 0,05714A
R2= 50Ω VT= ? VR3=1,43V
R3= 25Ω
Eletricidade Básica
Resistores
Resistor é um componente que apresenta resistência à passagem de corrente elétrica. Sua função é
limitar a corrente elétrica e consequentemente, reduzir ou dividir tensões.
- Ajustáveis: É aquele cujo valor da resistência elétrica pode ser escolhido e ajustado dentro de uma
faixa de valores, geralmente utilizado para calibração de circuitos elétricos.
Ex: Trimpot.
Trimpot
Eletricidade Básica
Resistores
- Variáveis: É aquele cujo valor da resistência elétrica pode variar dentro de uma faixa de valores.
Muito utilizado para controle em circuitos elétricos e eletrônicos.
Ex: Potenciômetro;
Potenciômetro
- Fixos: É um componente formado por um corpo cilíndrico de cerâmica sobre o qual é depositada
uma camada espiralada de material ou filme resistivo (ex: carbono). Esse material determina o tipo e
valor de resistência nominal do resistor. Utilizado em circuitos elétricos e eletrônicos para limitar
correntes e dividir tensões.
Resistor de fio Resistor de fio Resistor de fio Resistor fixo Resistor SMD
Resistor de 3 22kΩ
faixas 20% de tolerância
Resistor de 6 2,74MΩ
Código de Cores faixas 0,5% de tolerância – coef. Térmico 100ppm/k
de Resistores
Também chamada de Lei das Correntes de Kirchhoff (LCK) ou Lei dos Nós, refere-se a forma como a
corrente distribui-se nos circuitos em paralelo.
I3
I1
+I1+I2-I3-I4-I5=0
I4 𝐼=0
𝑁ó
I2
I5 +I1+I2=+I3+I4+I5
“A soma algébrica das correntes em um nó é igual a zero”.
“A soma das correntes que chegam em um nó é igual a soma das correntes que saem desse nó”.
3A 2A
I1 I3
+I1-I2-I3=0 +I1=+I2+I3
+ +3A-1A-2A=0 +3A=+1A+2A
I2
G1 1A +3A-3A=0 3A=3A
- 0=0
Obs: O sinal da corrente que entra no nó é positivo (+), o que sai do nó é negativo (-).
Eletricidade Básica
Também conhecida como Lei das Malhas ou Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK), refere-se a forma como a
tensão distribui-se nos circuitos em série.
-
+
V1
-
+
- -
𝑉=0
-
I
VR3 V2 -V1-V2+VR1+VR2+V3+VR3=0
R3 +
+
𝑀𝑎𝑙ℎ𝑎
+
- I Malha 1
-
+V1+V2=+VR1+VR2+V3+VR3
+
R1
V3 + VR1
R2 I -
+
VR2
- +
Obs: As setas nas fontes seguem a polaridade dela mesma e as setas nos componentes seguem o sentido
oposto da corrente.
Eletricidade Básica
+
V1 -V1+VR1+VR2=0
- 𝑉=0 -6V+3,75V+2,25V=0
+
I 𝑀𝑎𝑙ℎ𝑎 -6V+6V=0
- 0=0
+
VR2 R2 I Malha 1 R1
VR1
+
-
-V1+VR1+VR2=0 VR1 = R1.I
I
-V1+(R1.I)+(R2.I)=0 VR1 = 5Ω.0,75A
-6+(5.I)+(3.I)=0 VR1 = 3,75V
R1= 5Ω -6+8I=0
8I=6 VR2 = R2.I
R2= 3Ω VR2 = 3Ω.0,75A
V1= 6V I= 6
8 VR2 = 2,25V
I= 0,75A = 750mA
Eletricidade Básica
Interconectados na horizontal
(Linha)
Interconectados na vertical
(Coluna)
Interconectados na vertical
(Coluna)
Interconectados na horizontal
(Linha)
Eletricidade Básica
R3
470Ω
1J R1 5I 5G R2 9G
+ 56Ω 1kΩ
1I 5H 9H 9J
-
Eletricidade Básica
28 R1 24
+ 56Ω
R2
1kΩ
R3
470Ω
-
R2 8 R3
1kΩ 470Ω
3 R1 12
+ 56Ω
-
Eletricidade Básica
Trabalho elétrico
Ao passar por uma carga instalada em um circuito, a corrente elétrica produz efeitos, entre eles:
- Calor - Chuveiros;
- Luz - Lâmpadas;
- Movimento - Ventilador.
Potência elétrica
A capacidade de cada consumidor produzir trabalho, em determinado tempo, a partir de energia elétrica
é chamada de potência elétrica.
𝝉
P=
𝒕
- P é a potência;
- τ (lê-se “tau”) é o trabalho;
- t é o tempo necessário para realizar o trabalho.
Para dimensionar corretamente cada componente em um circuito elétrico, é necessário conhecer a sua
potência.
Eletricidade Básica
A unidade de medida de potência elétrica é o Watt. Simbolizado pela letra W, possui múltiplos e
submúltiplos.
Um watt (1W) corresponde à potência desenvolvida no tempo de um segundo em uma carga,
alimentada por uma tensão de 1V, na qual circula uma corrente de 1A.
A potência elétrica (P) de um consumidor, depende da tensão aplicada e da corrente que circula nos
seus terminais. Matematicamente, essa relação é representada pela equação:
P=VxI
P
𝑃 𝑃
P= V . I V= I=
𝐼 𝑉 V I
Tensão (V) Corrente (A)
Eletricidade Básica
Exemplo:
Uma lâmpada de lanterna de 6V solicita uma corrente de 0,5A das baterias. Qual é a
potência da lâmpada?
V = 6V;
I = 0,5A;
P=?
P= 𝑽 . 𝑰
P= 𝟔𝑽 . 𝟎, 𝟓𝑨
P= 𝟑𝑾
P
𝑃 𝑃
P= V . I V= I=
𝐼 𝑉 V I
Eletricidade Básica
Equação da potência por efeito Joule
P = R x I²
Efeito Joule é o efeito térmico produzido pela passagem de corrente elétrica através de uma
resistência.
A partir dessa equação, é possível chegar por meios matemáticos em outras equações:
FÓRMULA UNIDADE DERIVAÇÃO DA FÓRMULA UNIDADE
𝑃
R= Ω
𝐼²
P = R x I² W
𝑃
I= A
Potência 𝑅
𝑉² V= P . R V
P= W
𝑅 𝑉²
R= Ω
𝑃
Eletricidade Básica
Exemplo:
Um aquecedor elétrico tem uma resistência de 8Ω e solicita uma corrente de 10A. Qual é a
sua potência?
I = 10 A;
R = 8 Ω;
P=?
P= 𝑹 . 𝑰²
P= 𝟖 Ω . 𝟏𝟎² 𝑨
P= 𝟖𝟎𝟎 𝑾
Um isqueiro de automóvel funciona com 12V, que são fornecidos pela bateria. Sabendo que
a resistência do isqueiro é de 3Ω, calcule sua potência dissipada.
V = 12 V;
R = 3 Ω;
P=?
𝑽² 𝟏𝟐² P= 𝟒𝟖 𝑾
P= P=
𝑹 𝟑
Eletricidade Básica
Potência nominal
Certos aparelhos, como os chuveiros e lâmpadas, têm uma característica particular, seu funcionamento
obedece a uma tensão previamente estabelecida. Assim, existem chuveiros para 127 V ou 220 V.
A tensão para a qual esses consumidores são fabricados chama-se tensão nominal de
funcionamento.
O mesmo ocorre com a potência, a potência pela qual o consumidor foi projetado chama-se potência
nominal de funcionamento.
Quando esses aparelhos são ligados corretamente, a quantidade de calor, luz ou movimento produzida
é exatamente aquela para a qual foram projetados. Por exemplo, uma lâmpada de 127V / 100W ligada
corretamente (em 127V) produz 100W em luz e calor. Nessa condição, onde a lâmpada trabalha
dissipando sua potência nominal, sua condição de funcionamento é ideal.
Eletricidade Básica
Limite de dissipação de potência
Há um grande número de componentes eletrônicos que se caracteriza por não ter uma tensão de
funcionamento especificada e, por isso, podem funcionar com os mais diversos valores de tensão.
É o caso dos resistores que não trazem nenhuma referência quanto à tensão nominal de
funcionamento.
Na resistência, a potência é dissipada em forma de calor, que aquece o componente. Por isso, é
necessário verificar se a quantidade de calor produzida pelo resistor não é excessiva a ponto de
danificá-lo.
+
9V 400Ω
-
𝑽² 𝟗² P= 𝟎, 𝟐𝟎𝟐𝟓 𝑾
P= P= P= 𝟐𝟎𝟐, 𝟓 𝒎𝑾
𝑹 𝟒𝟎𝟎
O magnetismo é uma propriedade que certos materiais têm de exercer uma atração sobre materiais ferrosos.
Ímãs: Um ímã é qualquer material que possui propriedades magnéticas, ou seja, que tem a capacidade de
atrair substâncias magnéticas, como os metais ferrosos em geral.
- Ímãs naturais: São materiais encontrados na natureza e que apresentam propriedades magnéticas, por
exemplo a Magnetita.
- Ímãs artificiais: Os ímãs artificiais são barras de materiais ferrosos magnetizadas por processos artificiais
e cujos campos magnéticos podem ser temporários ou permanentes.
As extremidades de um ímã são denominadas de polos magnéticos, onde as forças de atração magnética se
manifestam com maior intensidade.
Os polos são chamados de polo sul e polo norte, apresentando propriedades magnéticas específicas.
A parte central do ímã é chamado de linha neutra, onde as forças magnéticas de atração do polo sul e polo
norte são iguais.
Inseparabilidade dos polos: Cada vez que um ímã é dividido, ímãs menores são obtidos. Apesar de
menores, todos os ímãs resultantes de uma divisão apresentam um polo norte e um polo sul.
- Interação entre ímãs: Quando os polos magnéticos de dois ímãs estão próximos, suas forças magnéticas
reagem entre si de forma característica.
Campo magnético: É o espaço ao redor do ímã em que existe a atuação das forças magnéticas.
Os efeitos de atração ou repulsão entre dois ímãs ou de atração de um ímã sobre os materiais ferrosos
ocorrem devido à existência desse campo magnético.
Trata-se de uma energia que não se vê e que faz com que as limalhas de ferro
se agrupem para formar linhas curvas e demonstram o poder que os ímãs têm
de atrair partículas de ferro mediante essa força invisível.
Em um ímã, o fluxo da indução magnética é a quantidade total de linhas de indução magnética que
constituem seu campo magnético. É representado graficamente pela letra grega φ (lê-se “fi”).
O fluxo da indução magnética é uma grandeza e, como tal, pode ser medido.
No Sistema Internacional de Medidas (SI), sua unidade de medida é o weber (Wb).
No Sistema Centímetro-Grama-Segundo (CGS) de medidas, sua unidade é o maxwell (Mx).
É o número de linhas de indução magnética que atravessam uma seção transversal do campo magnético de
área unitária, ou seja, um centímetro quadrado.
A densidade do fluxo é representada graficamente pela letra maiúscula B. Sua unidade de medida no sistema
SI é o Tesla (T) e no CGS é o Gauss (G). Ela é calculada pela fórmula:
ϕ
B= 𝑆
Sendo que:
- B é a densidade do fluxo magnético em G;
- φ é fluxo da indução magnética em Mx;
- S é a seção transversal em centímetros quadrados.
Eletricidade Básica
Imantação ou magnetização
Imantação (ou magnetização) é o processo pelo qual os ímãs atômicos (ou dipolos magnéticos) de um
material são alinhados, o que acontece por meio da ação de um campo magnético externo.
É possível classificar os materiais de acordo com a intensidade com que eles se imantam, isto é, o modo
como ordenam seus ímãs atômicos sob a ação de um campo magnético. Assim, esses materiais podem ser
classificados em:
- Paramagnéticos: São materiais que possuem elétrons desemparelhados que se alinham quando na
presença de campo magnético. Com isso, surge um ímã com um leve aumento de intensidade do campo
magnético. Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs.
- Diamagnéticos: São materiais que possuem seus ímãs elementares orientados no sentido contrário ao
sentido de um campo magnético aplicado, assim, tem a característica de repulsão, mas de baixa
intensidade.
É um fenômeno magnético provocado pela circulação de uma corrente elétrica. O termo eletromagnetismo
aplica-se a todo fenômeno magnético que tenha origem em uma corrente elétrica.
Campo magnético B em condutor sendo percorrido por corrente elétrica Linhas de força do campo magnético
Fonte: SENAI-SP (2012) Fonte: SENAI-SP (2012)
Essa orientação do movimento das partículas tem um efeito semelhante ao da orientação dos ímãs
moleculares. Como consequência, surge um campo magnético ao redor do condutor.
As linhas de força do campo magnético criado pela corrente elétrica que passa por um condutor são
circunferências concêntricas em um plano perpendicular ao condutor.
Eletricidade Básica
Eletromagnetismo
A intensidade do campo magnético ao redor do condutor depende da intensidade da corrente que nele flui.
Eletricidade Básica
Eletromagnetismo
Símbolos de bobinas
Fonte: SENAI-SP (2012)
As bobinas permitem um aumento dos efeitos magnéticos gerados em cada uma das espiras.
Eletricidade Básica
Eletromagnetismo
Os polos magnéticos formados pelo campo magnético de uma bobina têm características semelhantes àquelas
dos polos de um ímã natural. Além disso, a intensidade do campo magnético em uma bobina depende
diretamente da intensidade da corrente e do número de espiras.
O núcleo é a parte central das bobinas. Ele pode ser composto por:
- Ar: quando nenhum material é colocado no interior da bobina;
- Material ferroso: quando há ferro ou aço, por exemplo, no interior da bobina. Esse recurso é usado a fim
de que se possa obter maior intensidade de campo magnético em uma mesma bobina. Nesse caso, o
conjunto bobina-núcleo de ferro é chamado eletroímã.
A maior intensidade do campo magnético nos eletroímãs é obtida porque os materiais ferrosos provocam uma
concentração das linhas de força.
Modelos de contatores
Fonte: Weg (2013)
Modelos de contatores
Fonte: Wikimedia Commons (2009)