TDAH Ellecursos

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Juliana Palma - [email protected] - CPF: 375.104.178-80


Sumário
Introdução_____________________________________________________ 5

Módulo I_______________________________________________________ 8

O que é TDAH?_________________________________________________ 8

História do TDAH- Linha do tempo_______________________________ 9

Subtipos do TDAH e Sintomas___________________________________ 12

Tipo Desatento_________________________________________________ 12

Tipo Hiperativo/ Impulsivo______________________________________ 12

Impulsivo_____________________________________________________ 13

Tipo Combinado_______________________________________________ 13

Sintomas em crianças e adolescentes e diferença de sintoma entre meni-


nos e meninas__________________________________________________ 15

Causas________________________________________________________ 15

O cérebro e a ação dos neurotransmissores no TDAH_______________ 17

Disfunção executiva e o TDAH___________________________________ 19

Psicomotricidade e o TDAH_____________________________________ 20

Principais comorbidades_________________________________________ 21

Mitos e verdades sobre o TDAH__________________________________ 22

Módulo II_____________________________________________________ 24

Avaliação Clínica- Passos: entrevista, anamnese, testes_______________ 24

Observação da criança e hora lúdica______________________________ 25

Exames e Escala SNAP- IV_______________________________________ 25

Escala de Autoavaliação do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperati-


vidade - Versão para crianças e adolescentes (ETDAH- CriAd)_______ 32

Devolutiva_____________________________________________________ 35

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Medicamentos__________________________________________________ 37

Principais problemas apresentados na aprendizagem e na escola_____ 39

Problemas de comportamento____________________________________ 42

Pais com filhos TDAH___________________________________________ 43

Professores com alunos com TDAH_______________________________ 49

Como deve ser a sala de aula e ambiente de estudo para a criança e /ou
adolescente com TDAH_________________________________________ 54

LEI Nº 14.254, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2021__________________ 56

Sugestão de jogos para trabalhar a intervenção_____________________ 58

Módulo III____________________________________________________ 60

Diagnóstico para TDAH em adultos______________________________ 60

Escala de avaliação em adultos para o TDAH______________________ 61

Impulso e autocontrole__________________________________________ 70

Adultos TDAH e funções executivas______________________________ 72

Medicamentos__________________________________________________ 73

Educação______________________________________________________ 75

Trabalho______________________________________________________ 77

Dinheiro______________________________________________________ 78

Relacionamentos_______________________________________________ 79

Riscos na condução de veículos___________________________________ 80

Riscos de Saúde e Estilo de Vida__________________________________ 81

Dica de Livros, Filmes e Sites_____________________________________ 81

Referências Bibliográficas________________________________________ 89

Sobre a Autora_________________________________________________ 91

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Introdução
O Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade é um transtorno
do neurodesenvolvimento que inicia na infância e acompanha o sujeito
até a fase adulta, afetando assim, sua vida pessoal, social, acadêmica e
profissional, se não houver um diagnóstico preciso, assim que a suspeita
surgir e um tratamento multidisciplinar adequado.

É um transtorno que se tem observado uma crescente demanda nos


consultórios e no ambiente escolar, não que não acontecesse, mas agora
possui uma maior visualização, observação que não estamos lidando com
crianças com preguiça ou avoadas, mas sim com crianças (e familiares)
que precisam de ajuda e orientação.

É muito importante que pais e professores e o próprio indivíduo


com TDAH entendam o que é o transtorno, apesar de ainda termos mui-
tas lacunas, já possuímos uma gama de informações que nortearão como
cuidar, tratar, viver e convier com o TDAH.

Nesse curso você terá a possibilidade de conhecer e estudar sobre o


que é o TDAH, sua linha do tempo, como o cérebro e os neurotransmisso-
res trabalham a transmissão de informações e como podemos tornar esse
caminho mais leve, mostrando como as funções executivas auxiliarão na
adoção de uma rotina organizada, com menos impulsividade, mais foco e
concentração, pois isso é muito importante para o dia a dia de qualquer
pessoa, que o diga de alguém com TDAH.

Também veremos a relevância de um diagnóstico bem feito, se há


diagnóstico diferencial, se há comorbidades, quem pode realizar esse
diagnóstico, a importância de uma equipe multidisciplinar e quem a com-
põe e a importante parceria de pais-professores- tratamento.

Quando falamos de transtornos, temos dificuldades e inabilidades


para decifrar. Mas devemos sempre lembrar que o indivíduo deve ser
visto num todo, e nesse todo também estão envolvidos as habilidades,
gostos, experiências. Crianças com TDAH são muito criativas, veem o
mundo fora da caixinha.

Existem muitas pessoas que você acha incríveis, que fizeram gran-
des feitos na arte, no esporte, no empreendedorismo, na ciência, na vida,
que tem TDAH, vejam algumas delas:

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• Sabrina Sato

• Sylvester Stallone

• Magic Johnson

• Tom Cruise

• Jim Carrey

• Príncipe Charles

• Einstein

• Walt Disney

• Pablo Picasso

• Salvador Dalí

• Steve Jobs

• Danny Glover

• David Neeleman

• Adam Levine

• Howie Mandel

• Jennifer Lawrence

• Justin Timberlake

• Michael Jordan

• Michael Phelps

• Will Smith

• Bill Gates

• Usain Bolt

• Jamie Oliver

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Então quando pensarmos em TDAH, queremos tratar o transtorno,
mas temos também que exaltar suas habilidades, isso é o que vários deles
fizeram e se tornaram muito bons!

Por isso, a partir de agora, vamos entrar no mundo do TDAH e


descobrir o que podemos aprender e como podemos auxiliar e orientar
professores, pais e pessoas com TDAH.

Que esse conteúdo seja de grande a valia a todos que passarem


por ele. Que possam compreender a real necessidade de uma avaliação
e um diagnóstico bem feito, para assim realizarem uma boa intervenção,
auxiliando crianças, adolescentes e adultos com TDAH e suas respectivas
famílias e comunidades acadêmicas, orientando e servindo de rede para
que todos caminhem no mesmo sentido e entendendo, não tem cura, mas
existem muitas formas e estratégias para uma vida com o dia a dia cheio
de sucesso!!!!

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Módulo I
O que é TDAH?
De acordo com Barkley (2008), TDAH são significativos problemas
apresentados por crianças quanto à atenção, normalmente com impulsi-
vidade e atividade excessiva. Dentre os inúmeros conceitos que podem
ser lidos na literatura, todos colocam esse mesmo conceito. Apesar de ser
algo muito simplório a ser lido, apenas uma linha e meia, é um transtorno
que precisa ser observado, pois se parece com muitos sintomas de outros
transtornos e muitos sintomas (isolados) que muitas pessoas têm.

É um Transtorno do neurodesenvolvimento e não Transtorno espe-


cífico de aprendizagem

Outro ponto importante que devemos observar, dentro da classifi-


cação do DSM V, o Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, não
é um transtorno específico de aprendizagem. Ele pode sim, atrapalhar o
desenvolvimento acadêmico, pois uma disfunção executiva, falta de aten-
ção e concentração e muitos sintomas relacionados ao TDAH trazer uma
dificuldade na aprendizagem do aprendente. Assim, o transtorno de dé-
ficit de atenção/ hiperatividade- TDAH, é um transtorno do neurodesen-
volvimento e não um transtorno específico de aprendizagem.

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História do TDAH- Linha do tempo
Com o passar do tempo, muitos nomes e conceitos foram relacio-
nados ao transtorno que chamamos hoje (de acordo com o DSM-V) de
Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade- TDAH. Vamos obser-
var como esse processo foi realizado nessa linha do tempo.

Data Acontecimento

Séc. Primeira descrição de transtorno de atenção, por Alexander Crichton, médico


XVIII escocês
1798 Crichton publica observações clínicas em um livro de doenças mentais, no capítu-
lo- A atenção e suas Doenças, sobre desatenção patológica

1845 Heinrich Hoffman (médico), publica o livro infantil Struwwelpeter (publicado


em português como João Felpudo), com nove histórias, dentre elas: A história de
Felipe, o inquieto; A história de João, o cabeça-de-vento; A história de Frederico,
o malvado
1902 Ponto de partida para o atual conceito de TDAH, por George Frederich Still-
apresentação de casos em conferência “Defeitos do controle moral nas crianças”
1908 Alfred F. Tredgold, relata sobre várias crianças de alto grau de mente fraca, com
algum dano cerebral e sintomas parecidos com TDAH
1915-30 Surto epidêmico de encefalite letárgica (com déficits cognitivos, dificuldades de
aprendizagem, hiperativas, distraídas, antissociais, destrutivas e indisciplinadas
pós encefalite)
1932 Franz Kramer e Hans Pollnow publicam artigo sobre “Doença hipercinética da
infância”
1937 Estudo sobre o uso da Benzedrina, pelo Dr. Charles Bradley
1952 Primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais-
DMS
1954 Início da comercialização da droga Ritalina
1956 Herbert Freed Charles Peifer estudam o uso de Trorazine (clorpromazina) em
crianças hipercinéticas
1957 Termo transtorno impulsivo hipercinético usado pela primeira vez
1963 C. Keith Conners publica estudo sobre os efeitos da ritalina
1966 Síndrome da disfunção cerebral mínima
1967-68 São concedidas bolsas (Instituto nacional de Saúde Mental- (NIMH) para pesqui-
sadores estudarem sobre a eficácia de estimulando em crianças com TDAH
1968 Reação hipercinética na infância- Descrição incluída no DSM- II
Primeira vez que o TDAH foi incluído em um manual diagnóstico
1969 Primeira escala de classificação de Conner (C. Keith Conner)- para pais e profes-
sores

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1970 -Publicação do DSM- III: Transtorno do déficit de atenção
-Classificação internacional de doenças (CID-9) continuava a utilizar “Síndrome
hipercinética”
- Muitas crianças utilizam estimulantes e cria-se polêmica entre o diagnóstico do
TDAH
1975 Movimento anti-Ritalina, defendiam que o TDAH não existia, foi algo criado para
se ganhar dinheiro
- AAP publica sua primeira declaração sobre o TDAH, medicação para crianças
hipercinéticas
1981 Russell A. Barkley, escreve seu primeiro livro (de TDAH, são 17) - Crianças hi-
perativas: Um manual para diagnóstico e tratamento
1987 DSM- III- R: Muda o nome para Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH), mas sem subtipos
1990 DSM- IV- Retorno dos subtipos
1995 Joseph Biederman publica seu primeiro estudo sobre TDAH, dentre centenas em
sequência
2000 DSM-IV- TR: Descreve três tipos de subtipos
2002 Strattera, primeiro tratamento não estimulante, é aprovado

Fonte: http://vivercomtdah/linha-do-tempo-da-historia-e-da-medicacao-do-tdah

http:// www.psicoedu.com.br/2016/11/historia-origem-do-tdah.html

www.psicoedu.com.br

Sintomas descritos pelo médico Heinrich Hoffman em seu poema


sobre crianças e seus comportamentos, em 1845- A história do irrequieto
Philip (“The story of fidgety Philip- allowell e Ratey, 1994, NIMH, 2003)

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“Deixem-me ver se Philip é capaz
De ser um bom rapaz
Deixem-me ver se ele vai saber
Sentar-se quieto na hora de comer
Assim papai mandou Phil se comportar:
E muito séria a mamãe parecia estar
Mas Phil das mãozinhas sem paz
Não fica sentado jamais
Remexe-se, o corpo, as mãozinhas
E também dá risadinhas
E então, posso declarar
Para frente e para trás põe-se a balançar
Inclina sua cadeira
Como se fosse um cavalinho e madeira
Philip, não estou de brincadeira!
Veja como é levada, e não se cansa
Cada vez mais selvagem essa criança
Até que a cadeira cai de vez no chão
Philip grita com toda a força do pulmão
Segura-se na toalha, mas agora
Agora mesmo é que a coisa piora
No chão cai tudo, e como cai
Copos, garfos, facas e tudo mais
Que caras e choramingos mamãe faz
E papai uma cara tão feroz!
Philip se encontra em maus lenções”
www.psicoedu.com.br

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Subtipos do TDAH e Sintomas
O TDAH está dividido em três subtipos:

• Desatento

• Hiperativo/ impulsivo

• Misto ou combinado

Tipo Desatento
• Distraem-se com facilidade

• Pouco tempo de concentração

• Dificuldade em permanecer focado em uma atividade

• Parece não ouvir o que foi dito, dificuldade em acompanhar


instruções longas

• Erram por descuido

• São desorganizados

• Baixa memória de curto prazo

• Parecem estar no mundo da Lua

• Evitam tarefas com esforço mental prolongado

• Dificuldade em concluir tarefas

Tipo Hiperativo/ Impulsivo


Hiperativo

• Mãos e pernas agitados e inquietos

• Saem com frequência do lugar onde estão sentados

• Por vezes, fazem palhaçadas para chamar a atenção

• Correm ou escalam em momentos inadequados

• Falam excessivamente

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• Estão sempre em movimento e agitados

• Apresentam conduta desorganizada

Impulsivo
• São impacientes

• Dificuldade em esperar a vez

• São barulhentos

• São irritadiços

• Interrompem e se intrometem em conversas alheias

• Sempre em busca do prazer

• Se arriscam

• Podem ser agressivos e demonstram raiva

• São agitados e ansiosos

• Agem com o coração e não com a razão

Tipo Combinado
Mistura de sintomas do tipo desatento e hiperativo/ impulsivo

Critérios Diagnósticos- DSM V e CID 10

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Hoje, os manuais que nos direcionam em relação aos transtornos
mentais são o DSM-V e o CID-10 (em breve teremos a edição do CID-11
com novo reagrupamento), onde são mostrados como esses transtornos
podem ser diagnosticados de acordo com critérios de específicos de sinto-
mas, cultura, gênero, diagnósticos diferenciais, dentre outros.

Em relação ao TDAH, os critérios diagnósticos (DSM-V) estão divi-


didos em três subtipos:

• Apresentação combinada

• Apresentação predominantemente desatenta

• Apresentação predominantemente hiperativa/ impulsiva

Gravidade: Leve, moderada e grave

Prevalência: No mundo, 5% em crianças, 2,5% em adultos

Desenvolvimento e curso: como o TDAH se manifesta, conforme o


desenvolvimento

Fatores de risco e prognóstico: Temperamentais, ambientais, gené-


ticos e fisiológicos e modificadores do curso

Questões relativas à cultura: Populações afro-americanas e latinas,


tendem a ser mais baixas do que para as populações brancas (EUA)

Questões diagnósticas relativas ao gênero: É mais frequente no


sexo masculino, que no feminino (população geral 2:1, crianças e 1,6:1
adultos)

Consequências funcionais: Associado ao desempenho escolar, re-


jeição social, assiduidade, dentre outros.

Diagnóstico diferencial: Transtorno de oposição desafiante, trans-


torno explosivo intermitente, outros transtornos do neurodesenvolvi-
mento, transtorno específico de aprendizagem, deficiência intelectual,
transtorno do espectro autista, transtorno do apego reativo, transtorno
de ansiedade, transtornos depressivos, transtorno bipolar, transtorno dis-
ruptivo da desregulação do humor, transtorno por abuso de substâncias,
transtorno de personalidade, transtorno psicóticos, sintomas de TDAH
induzidos por medicamentos, transtornos neurocognitivos.

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Comorbidades: Eis algumas comorbidades em indivíduos com
TDAH- Transtorno de oposição desafiante, transtorno da conduta, trans-
torno disruptivo da desregulação do humor, transtorno específico de
aprendizagem, transtorno do espectro autista, transtorno de ansiedade,
transtornos depressivos, transtorno por abuso de substâncias, transtorno
de personalidade, transtorno explosivo intermitente, transtorno do tique
e transtorno obsessivo compulsivo.

Sintomas em crianças e adolescentes e diferença de


sintoma entre meninos e meninas
De acordo com estudos e pesquisas, DSM-V, tanto meninos quanto
meninas podem ter TDAH.

Há sim um número maior em meninos

O que acontecia antes, é que as meninas possuem mais o tipo desa-


tento, então normalmente são mais quietas e demonstram dificuldade na
aprendizagem, organização e antigamente não era vistas como TDAH,
pois só podia ser TDAH quem fosse hiperativo e impulsivo.

De acordo com Arruda (2006),

“Apesar de o TDAH ser um transtorno bastante “democrático”, ocorrer


universalmente sem distinção de raça, cor ou classe social, infelizmente
será mais frequente nas classes sociais menos favorecidas”

Pois quando pensamos em processos cerebrais, a alimentação, nu-


trição, sono, lazer, aprendizagem, são importantes se relacionados a gené-
tica, que também está relacionada as causas de TDAH.

Causas
De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção- ABDA,
sugere-se que muitas causas (problemas relacionados a alimentação, to-
xinas, má formação, problemas familiares e hereditariedade) abalam o
funcionamento do cérebro (distúrbio funcional hereditário). Existem es-
truturas (áreas do hemisfério direito, no córtex pré-frontal, gânglios da
base, corpo caloso e cerebelo) que revelam diferenças na funcionalidade
do cérebro de uma pessoa com TDAH (Transtorno Neurobiológico) de
outras pessoas sem.

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Fonte: dobloquinhoaophotoshop.tumblr.com

Para ABDA, “a genética é o fator básico na determinação do apare-


cimento dos sintomas do TDAH.

Segundo Kapczensky, Quevedo, Izquierdo (2011), a maior parte


dos pesquisadores crê que o TDAH é biológico ou genético, embora ad-
mita-se que o ambiente vivido pela criança possa determinar alguns de
seus comportamentos inadequados.

Dessa forma, ao olhar de Arruda (2006), como o TDAH é genético,


os primeiros genes (eles determinam o desempenho dos neurotransmis-
sores) identificados para o TDAH foram: DAT1, DRD4, DRD5. Eles de-
terminam o funcionamento da dopamina (sistema dopaminérgico), um
dos neurotransmissores relacionados ao TDAH.

• DAT1- Responsável pelo transporte da dopamina, se ele estiver


com alguma falha pode causar, alterações nas funções da área pré-frontal
como dificuldade na atenção, hiperatividade, impulsividade e outros dé-
ficits cerebrais em relação a dopamina.

• DRD4- Responsável pela característica comportamental (“busca


de novidades”)

• DRD5- Receptor de dopamina

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O cérebro e a ação dos neurotransmissores no TDAH
De acordo com Silveira (2013), um sistema nervoso para funcionar
de forma adequada, uma criança conseguirá concentrar-se:

• 2 anos = 10 a 15 minutos

• 3 anos = 15 a 20 minutos

• 4 anos = 20 a 30 minutos

• 5 anos = 30 a 40 minutos

• 6 anos = 40 a 50 minutos

• 7 anos = consegue ficar sentada 50 minutos

Para a referida autora (Silveira, 2013), a concentração é “conseguir


atuar, fazer, executar, agir, ler, escrever, estudar por um tempo determi-
nado, sem se distrair.”

Um bebê desenvolverá um sistema nervoso considerado forte e sau-


dável. Dessa forma, criará conexões entre seus neurônios, realizando li-
gações e interações com o ambiente presente em sua vida, ao seu redor.

Conforme vai crescendo, vai constituindo mais e mais conexões


(que são as sinapses), pois cada ato aprendido, transformado, ocasionará
plasticidade cerebral, onde formarão as habilidades e competências, emo-
ções, afetividade.

Porém, as vezes essas conexões não acontecem da mesma forma,


pois para haver a condução do impulso, é necessário que ocorram várias
reações químicas (neurotransmissores), se houver alguma falha, teremos
alteração nessas respostas.

Quando há alteração na quantidade de neurotransmissores, no lobo


frontal, pode-se causar um prejuízo no “diminuir a velocidade”, que trará
um quadro de agitação e impulsividade e déficit de atenção.

Quando falamos de TDAH, temos que lembrar que seu diagnóstico


é realizado de forma clínica, mas também já se sabe, devido a pesquisas
e evolução da ciência que alterações no lobo frontal, também mostram
características muito importantes dentro do contexto de TDAH. Alguns
impactos causados ao nosso cérebro podem trazer danos, provocando
TDAH.

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Vejamos alguns desses impactos:

• Estruturais- Relacionado ao desenvolvimento cortical, redução


no volume de massa em várias regiões do cérebro. Anormalidade estrutu-
ral nas redes que orientam a atenção e a emoção e fazem conexões.

• Químicos- Maturação posterior, resoluta de vias neurais dopa-


minérgicas. Falta de equilíbrio nos níveis de dopamina e noradrenalina.

• Funcionais- Diminuição expressiva de ativação nas regiões fron-


tais. Conectividade atípica da rede funcional na rede padrão. Grande
quantidade de ativação e subativação ne regiões do cérebro.

• Elétricos- É essencial mais pesquisas para atestar EEG para uti-


lizar como biomarcador no diagnóstico do TDAH, para ser usado como
protocolos personalizados em neurofeedbacks.

O diagnóstico é clínico e o tratamento é multidisciplinar.

Então, vamos entender como isso acontece, pessoas com TDAH


aparentam ter alguma modificação na região frontal do cérebro em con-
junto com suas conexões (controle inibitório, organização, panejamento,
memória, atenção, autocontrole, dentre outros), quantidade menor de
recebimento de neurotransmissores (serotonina, dopamina e noradrena-
lina). Pois esses neurotransmissores são responsáveis por:

• Serotonina- Satisfação, controle impulsivo, sono, sistema paras-


simpático

• Dopamina- Prazer, iniciativa, alerta

• Noradrenalina- Ação, sistema simpático, concentração, vigilân-


cia

Fonte: ganhebusqueaqui.blogspot.com

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Assim, se a região pré-frontal, está relacionada as funções executivas,
se há prejuízos nessa área, por um menor recebimento de neurotransmis-
sores, teremos maior impulsividade, agressividade e inadequação social.

Disfunção executiva e o TDAH


A cada dia fica mais clara a relação das funções executivas e do
TDAH. Pois ao conceituarmos funções executivas: “São habilidades rela-
cionadas à capacidade das pessoas de se empenharem em comportamen-
tos orientados a objetivos, ou seja, à realização voluntária, independente,
autônoma, auto-organizada e direcionada a metas específicas.” (Gazzani-
za, Ivry & Mangun, 2006; Sullivan, Riccio e Castillo, 2009 apud Seabra &
Dias, 2012) e refletimos sobre os sintomas principais do TDAH: desaten-
ção, impulsividade e hiperatividade (Barkley, 2008). Assim, verificamos
que os prejuízos causados por esses sintomas se encontram de frente com
as alterações das funções executivas, como por exemplo, o controle ini-
bitório, a autorregulação, memória de trabalho, planejamento e déficits
adicionais. Ao olhar de Barkley (2008), em crianças com TDAH, essas
habilidades são construídas de forma morosa e menos apuradas.

É importante ressaltar a importância das funções executivas no dia


a dia do ser humano, pois a falta de planejamento e organização, os défi-
cits atencionais estão diretamente relacionados a muitas dificuldades dos
indivíduos (desde a infância até a idade adulta), principalmente quando
esses comportamentos estão relacionados a pessoas com TDAH.

Portanto, ao serem trabalhadas as funções executivas em indivíduos


com TDAH, veem-se, de acordo com Dias & Seabra (2013), de forma mais
permanente o trabalho com estratégias e o efetivo desenvolvimento das
habilidades executivas, diminuindo assim as dificuldades e aumentando
o sucesso nas tarefas propostas.

Outra relação que podemos realizar entre funções executivas e


TDAH é que as funções executivas e as alterações do TDAH ocorrem no
lobo frontal, segundo Lopes & Hazin (2005) apud, psicologia.pt.

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De acordo com neuroconecte.com:

“Crianças com TDAH apresentam com frequência déficits nas funções


executivas, pois resultados de pesquisas mostram que o transtorno com-
promete o desenvolvimento de regiões cerebrais importantes responsá-
veis por nossas emoções, motivação e sistema de recompensa, a região
pré-frontal. As funções executivas envolvem autorregulação emocional,
capacidade de inibição, capacidade de definir prioridades, monitorar e
controlar atitudes, flexibilidade, planejamento memória de trabalho e or-
ganização. Funções executivas são na verdade, todos os comportamentos
e esforços voltados para a realização de uma tarefa. O lobo frontal é a
região cerebral responsável pelas funções executivas. Como afirma o psi-
cólogo, Thomas Brown, elas representam o maestro de uma orquestra. As
disfunções executivas são bastantes presentes no indivíduo com TDAH.
Entretanto, as famosas funções executivas são essenciais no processo de
aprendizagem, pois contemplam aspectos de atenção, controle inibitório,
planejamento, memória operacional indispensáveis no processo de aqui-
sição de novos conhecimentos”

Psicomotricidade e o TDAH
Não é muito falado, mas o TDAH afeta o desenvolvimento motor
nas áreas de equilíbrio, noção espaço-temporal e no esquema corporal.
Por isso uma estimulação adequada é muito importante intervir no de-
senvolvimento global.

Essa estimulação envolve experimentações concretas e significati-


vas, pois possibilita que a criança conheça seu corpo e assim possa traba-
lhar internamente e com o mundo exterior de forma organizada.

Pois ao pensarmos nas funções executivas e lembrarmos da hipera-


tividade, desorganização agitação, falta de atenção, muitas vezes a criança
com TDAH é vista como tendo braços de polvo, braços para todos os la-
dos, muitas vezes causando acidentes e esbarrando em tudo.

Outro ponto também a se pensar é na parte escolar, com algumas


funções prejudicadas, dentre elas, a lateralidade, orientação espaço-tem-
poral, a praxia fina e a praxia global, ambas relacionadas a coordenação
motora.

Dessa forma, a psicomotricidade pode facilitar o desenvolvimento


global da criança, pois tem como interface a motricidade, a mente e a afe-
tividade, melhorando suas habilidades e aptidões perceptivas, por meio
de uma combinação de comportamentos motores.

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Principais comorbidades
Infelizmente, é comum haver comorbidade (ocorrência de duas ou
mais doenças relacionadas ao mesmo paciente- www.significado.com ) no
TDAH.

De acordo com POSSA, M.A; SPANEMBERG, L. GUARDIOLA,


A.E (2005), as principais seguem listadas abaixo:

• Transtornos específicos de aprendizagem

• Transtorno opositor desafiador (TOD)

• Transtorno de ansiedade (TA)

• Transtorno de humor bipolar (THB)

• Transtorno de conduta (TC)

• Depressão (TD)

• Disforia sensível à rejeição (DSR)

• Transtorno do uso de substâncias (TUS)

Fonte: Arruda, Marco A. Levados da Breca, teste realizado com 579 crianças para verificação das
comorbidades

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Outros transtornos relacionados:

• Transtorno alimentar

• Transtorno de personalidade antissocial

• Transtorno de Sono

• Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Por isso é muito importante um diagnóstico bem realizado, pois se


houver comorbidade, teremos outros sintomas relacionados, que também
devem ser tratados de forma correta. É importante investir em prática de
atividades físicas, ter organização e rotina.

Mitos e verdades sobre o TDAH


Existem muitos mitos e verdades sobre o TDAH. Devemos ter mui-
to cuidado ao ouvir falar de chás milagrosos, curas, dentre outros.

Vamos verificar alguns deles:

O TDAH impossibilita a criança deter uma vida normal.

MITO. A criança desde que diagnosticada de forma correta e ten-


do um tratamento multidisciplinar, realizará as mesmas atividades que as
outras crianças.

Quem tem TDAH é menos inteligente.

MITO. Desde que diagnosticadas e tratadas, normalmente, pos-


suem inteligência normal ou acima da média

As características principais do TDAH são a desatenção, hiperati-


vidade e impulsividade.

VERDADE. É um transtorno neurobiológico e precisa estar presen-


te em pelo menos dois ambientes, sendo essas as principais características.

O diagnóstico é difícil.

VERDADE. Os sintomas são parecidos com os de outros transtor-


nos e problemas relacionados a educação e criação, além de preguiça de
pensar. É importante a avaliação de um especialista para que não haja
prejuízo em relação a qualidade de vida da criança.

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Pode acontecerem qualquer fase da vida.

MITO. Pode ser descoberto de forma tardia, mas surge no período


infância e tem gênese hereditária.

TDAH causa comorbidades.

VERDADE. O transtorno pode vir acompanhado de patologias re-


lacionadas.

Os sintomas do TDAH geralmente desaparecem na adolescência.

MITO. Geralmente os sintomas de desatenção persistem e os de hi-


peratividade e impulsividade migram para situações de vida adulta, como
parte financeira, relacionamentos.

Se uma criança com TDAH faz atividades que gosta com atenção,
então é preguiça não fazer as atividades escolares.

MITO. Há uma dificuldade em dirigir a atenção, porém quem tem


TDAH possui um hiperfoco, que em alguns casos o auxilia em ativida-
des que estão motivados. Pesquisas mostram que crianças com TDAH,
possuem um rendimento menor, mesmo que em atividades que gostam,
comparados a crianças da mesma idade, sem TDAH.

É muito importante manter-se informado, com informações corre-


tas, não só sobre o TDAH, mas também sobre qualquer outro transtorno,
para que não haja discriminação, preconceito e rótulos, e sim, diagnósti-
cos e tratamentos corretos.

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Módulo II
Avaliação Clínica- Passos: entrevista, anamnese, testes
Como já relatado algumas vezes nessa apostila, o diagnóstico do
TDAH é clínico, é realizado com base nos sinais e sintomas que o pacien-
te apresenta (Arruda, 2006). Normalmente a criança é levada ao médico
(pediatra, neuropediatra ou psiquiatra infantil) e será fundamentado nas
informações, sintomas e comportamentos passados pelos pais, escola, e
locais onde a criança convive.

Essas informações serão relacionadas e cruzados com os critérios


diagnósticos (DSM-V e CID-10) descritos em título acima, com escalas
(algumas serão mostradas e aplicadas em capítulos posteriores) que serão
aplicadas por professores e para os pais sobre a criança.

Quando o médico fecha o diagnóstico, começa-se outro passo, o


tratamento (intervenção) que já é realizado de forma multidisciplinar, de
acordo a necessidade de cada criança. O profissional verificará a neces-
sidade do uso de medicação (qual e em qual quantidade). Toda e qual-
quer informação e observação deve ser anotada para que se possa reali-
zar o fechamento do diagnóstico. Muitas vezes o médico, antes de dar o
diagnóstico, encaminha a criança a outros especialistas para se ter outros
olhares (de mesmas coisas nas em especialidades diferentes), como por
exemplo, o psicólogo, o psicopedagogo, o fonoaudiólogo. Se a criança foi
ao pediatra, pode-se também ter um encaminhamento ao neurologista e/
ou psiquiatra.

Apesar de ser um diagnóstico clínico, uma equipe multidisciplinar


pode participar do diagnóstico e a intervenção será realizada por equipe
multidisciplinar.

Então, continuemos nossa caminhada diagnóstica, com o apoio


multidisciplinar.

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Observação da criança e hora lúdica
Como os sintomas estão relacionados ao comportamento (impul-
sividade, hiperatividade, sociabilidade) e muitas vezes relacionados a
aprendizagem (atenção, concentração e organização), é interessante pro-
fissionais multidisciplinares (psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos,
dentre outros, que forem necessários) façam uma anamnese e momento
lúdico com a criança, para observação, entrevistas, relatos da escola, e
quando necessário, aplicação de escalas de avaliação.

Dessa forma poderemos observar como a criança brinca, como se


comporta, como utiliza a linguagem, o raciocínio lógico para história e jo-
gos, coordenação motora. Podendo assim, em parceria com médicos e ou-
tros especialistas dar um parecer sobre o que foi observado e registrado.

Exames e Escala SNAP- IV


Conforme descrito na avaliação clínica, existem várias escalas que
podem ser utilizadas para o rastreio diagnóstico do TDAH. Abaixo será
mostrado três tipos de escalas que podem ser utilizadas para esse rastreio,
existem outras, mas agora aprenderemos sobre:

• SNAP- IV – A.B.D.A Questionário Escolar e familiar – Crianças


e Adolescentes

• Escala de Avaliação de comportamento juvenis no TDAH em


ambiente familiar (ETDAH- Pais)

• Escala de Autoavaliação do TDAH (ETDAH- CriAd)

SNAP-IV – A.B.D.A Questionário Escolar e familiar – Crianças e


Adolescentes

(levantamento de indicativos de Transtornos do Déficit de Atenção


e Hiperatividade)

(anexo M)

O questionário denominado SNAP-IV foi construído a partir dos


sintomas do Manual de Diagnóstico e Estatística - IV Edição (DSM-IV) da
Associação Americana de Psiquiátrica.

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Esta é a tradução validada pelo GEDA – Grupo de Estudos do Dé-
ficit de Atenção da UFRJ e pelo Serviço de Psiquiatria da Infância e Ado-
lescência da UFRGS.

IMPORTANTE: este questionário é apenas um ponto de partida


para levantamento de alguns possíveis sintomas primários do TDAH. O
diagnóstico correto e preciso do TDAH só pode ser feito através de uma
longa anamnese (entrevista) com um profissional médico especializado
(psiquiatra, neurologista, neuropediatra). Muitos dos sintomas relaciona-
dos podem estar associados a outras comorbidades correlatas ao TDAH e
outras condições clínicas e psicológicas.

Lembre-se sempre que qualquer diagnóstico só pode ser fornecido


por um profissional médico.

COMO AVALIAR:

1) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou


“DEMAIS” de 1 a 9 = existem mais sintomas de desatenção que o espera-
do numa criança ou adolescente.

2) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou


“DEMAIS” de 10 a 18 = existem mais sintomas de hiperatividade e im-
pulsividade que o esperado numa criança ou adolescente.

O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos


critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios
que também são necessários.

IMPORTANTE: Não se pode fazer o diagnóstico de TDAH apenas


com o critério A!

CRITÉRIOS

A: Sintomas (vistos no quadro).


B: Alguns desses sintomas devem estar presentes antes dos 7 anos
de idade.
C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo me-
nos 2 contextos diferentes (por ex., na escola, no trabalho, na vida social
e em casa).
D: Há problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por
conta dos sintomas.
E: Se existe um outro problema (tal como depressão, deficiência
mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusiva-
mente a ele.

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Fonte: (escala snap-IV) http://www.tdah.org.br/index.php?option=com_k2&view=item&layout=i-
tem&id=13&Itemid=118&lang=br#sthash.5wT8rh7I.dpuf
Aluno __________________________________________________________

Idade ______________________ Ano escolar _________________________

Para cada item, escolha a coluna que melhor descreve o (a) aluno (a)
(MARQUE UM X):

Nem um Só um Bastante Demais


pouco pouco

1 - Não consegue prestar muita atenção a detalhes


ou comete erros por descuido nos trabalhos da
escola ou tarefas
2 - Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas
ou atividades de lazer
3 - Parece não estar ouvindo quando se fala direta-
mente com ele
4 - Não segue instruções até o fim e não termina
deveres de escola, tarefas ou obrigações
5 - Tem dificuldade para organizar tarefas e ativi-
dades
6 - Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade
em tarefas que exigem esforço mental prolongado
7 - Perde coisas necessárias para atividades (ex:
brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros)
8 - Distrai-se com estímulos externos
9 - É esquecido em atividades do dia-a-dia
10 - Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na
cadeira
11 - Sai do lugar na sala de aula ou em outras situ-
ações em que se espera que fique sentado
12 - Corre de um lado para outro ou sobe demais
nas coisas em situações em que isto é inapropriado
13 - Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em
atividades de lazer de forma calma
14 - Não para ou frequentemente está a “mil por
hora”
15 - Fala em excesso
16 - Responde as perguntas de forma precipitada
antes delas terem sido terminadas
17 - Tem dificuldade de esperar sua vez
18 - Interrompe os outros ou se intromete (por
exemplo: intromete-se nas conversas, jogos, etc.)

Fonte: www.tdah.org.br Anexo 01

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Escala de Avaliação de comportamentos infantojuvenis no Transtorno
de Déficit de Atenção/ Hiperatividade em ambiente familiar- Versão
para pais (ETDAH- PAIS)

Fonte: sapiens-psi.com.br

Ficha Síntese (extraído do Manual: Escala de avaliação de compor-


tamentos infantojuvenis no transtorno de déficit de atenção/ hipertativi-
dade em ambiente familiar- versão para pais- de edyleine Bellini Peroni
Benczik , ed Memnon, 2018)

• Objetivo: Avaliar comportamentos infantojuvenis em ambiente


familiar, tendo os pais como fonte de informação. Auxiliando dessa forma
no diagnóstico e intervenção

• Público- alvo: Crianças e adolescentes ( entre 02 e 17 anos)


• Composto por um manual de instrução, folha de aplicação e
protocolo de avaliação e análise dos dados.
• A aplicação ( folha de aplicação + caneta) pode ser ser indivi-
dual ou coletiva.
• Capta de forma breve, rápida e prática os vários sintomas en-
volvidos no TDAH ( BENCZIK, 2018)
• Conta com 58 itens organizados em quatro fatores (1-Regulação
Emocional; 2- Hiperatividade/ impulsividade; 3- Comportamento Adap-
tativo; 4-Atenção). **Vide tabela que segue abaixo com as afirmações de
cada fator ( Extraído de BENCZIK, 2018)

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• Déficit de atenção (19 itens); hiperatividade/ impulsividade
(19 itens); comportamento adaptativo (18 itens); regulação emocional (16
itens)

• Conta com uma escala que gradua de (1) a (6)

(1) Nunca

(2) Muito pouco

(3) Pouco

(4) Geralmente

(5) Frequentemente

(6) Muito frequentemente

• Instrução para para aplicação, correção e interpretação dos


resultados

• È uma avaliação fácil, rápida e simples, desde que os pais sejam


alfabetizados

• As instruções devem ser dadas de forma clara

• Ela não deve ser exclusiva para dar um diagnóstico

• Necessário somente uma caneta para preencher a folha de


avaliação

• Pode ser realizada de forma individual ou coletiva

• Tempo de aplicação é livre ( percebe-se que é realizada em


aproximadamente,15 minutos)

• A leitura deve ser feita pela própria pessoa ou pelo examinador


(caso de não alfabetizados)

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Fator 1 - Regulação Emocional
É irritadiço (Tudo o incomoda)
Tem fortes reações emocionais (explosões de raiva)
Implica com tudo
Explode com facilidade (é do tipo pavio curto)
Muda facilmente de humor
Dá impressão de estar sempre insatisfeito (nada o agrada)
É rebelde (não aceita nada)
É agressivo
Sente-se infeliz
Mostra-se tenso e rígido
Faz birra quando quer algo
Implica com os irmãos
As atividades e reuniões familiares são desagradáveis
Todos têm que fazer o que ele quer
A hora de acordar e das refeições é desagradável
Exige mais tempo e atenção dos pais do que os outros filhos
Tem dificuldade para se adaptar às mudanças
Faz amizades, mas não consegue mantê-la
É sensível
Fonte: ETDAH- PAIS (Benczik, 2018)

Fator 2- Hiperatividade/ Impulsividade


É inquieto e agitado
Movimenta-se muito (parece estar ligado com um motor, ou a todo va-
por)
Mexe-se e contorce-se durante as refeições e para realizar as tarefas de
casa
Tem sempre muita pressa
Age sem pensar (é impulsivo)
É inconsequente (não considera os perigos da situação)
Intromete-se em assuntos que não lhe dizem respeito
É imprudente
Responde antes de ouvir a pergunta inteira
Tende a discordar com as regras dos jogos
Irrita os outros com suas palhaçadas
É persistente e insistente diante de uma ideia
Faz os deveres escolares rápido demais
Fonte: ETDAH- PAIS (Benczik, 2018)

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Fator 3- Comportamento Adaptativo
É tolerante, quando preciso
Aceita regras, normas e limites
Parece ser uma criança/ adolescente tranquila e sossegada
Obedece aos pais e as normas de casa
É obediente
Respeita normas e regras
Faz suas tarefas e almoça com bastante tranquilidade
Sabe aguardar sua vez ( é paciente)
Seu comportamento é adequado socialmente
Faz as coisas com muito cuidado, prevendo todos os riscos de suas ações
A criança permite que o ambiente familiar seja tranquilo e harmonioso
Fala pouco
É atento quando conversa com alguém
Consegue expressar claramente os seus pensamentos
Fonte: ETDAH- PAIS (Benczik, 2018)

Fator 4- Atenção
Evita atividades que exigem esforço mental constante (deveres escola-
res, jogos)
Esquece rápido o que acabou de ser dito
É distraído com quase tudo
Tem dificuldade para realizar as coisas importantes (lição, por exemplo)
Não termina o que começa
Inicia uma atividade com entusiasmo e dificilmente chega ao final (é do
tipo fogo de palha)
Dá a impressão de que não ouve bem (só escuta o que quer)
Parece sonhar acordado (estar no mundo da lua)
Mostra-se concentrado apenas em atividades de seu interesse
Dificilmente observa detalhes
É independente para realizar suas tarefas de casa
Ocorrem discussões entre os pais e a criança, em função da falta de res-
ponsabilidade e da falta de senso de dever
Fonte: ETDAH- PAIS (Benczik, 2018)

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Escala de Autoavaliação do Transtorno de Déficit de
Atenção / Hiperatividade - Versão para crianças e ado-
lescentes (ETDAH- CriAd)

Fonte: memnon.com.br

Ficha Síntese (extraído do Manual: Escala de autoavaliação do


transtorno de déficit de atenção/ hipertatividade em ambiente familiar-
versão para crianças e adolescentes- de Edyleine Bellini Peroni Benczik ,
ed Memnon, 2018)

• Objetivo: Dar entendimento a crianças e adolescentes sobre os


prejuízos do TDAH. Auxiliando dessa forma no diagnóstico e intervenção

• Público- alvo: Crianças e adolescentes ( entre 06 e 15 anos)

• Composto por um manual de instrução, folha de aplicação e


protocolo de avaliação e análise dos dados.

• A aplicação ( folha de aplicação + caneta) pode ser ser indivi-


dual ou coletiva.

• Avalia e discrimina comportamentos, de forma quantitativa

• Conta com 22 itens organizados em dois fatores ( 1- Hiperativi-


dade/ impulsividade; 2- Déficit de atenção) Hiperatividade/ impulsivida-
de- 12 itens e Déficit de atenção- 10 itens.

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**Vide tabela que segue abaixo com as afirmações de cada fator (
Extraído de BENCZIK, 2018)

• Conta com uma escala que gradua de (1) a (4)

(7) Nunca

(8) Um pouco

(9) Às vezes

(10) Sempre

• Instrução para para aplicação, correção e interpretação dos


resultados

• È uma avaliação fácil, rápida e simples

• A crinaça ou adolescente alfabetizado (realiza sozinho, não alfa-


betizado (será realizado em forma de entrevista)

• As instruções devem ser dadas de forma clara

• Ela não deve ser exclusiva para dar um diagnóstico

• A criança/ adolescente precisará de uma caneta ou lápis e bor-


racha para preencher a folha de avaliação

• Pode ser realizada de forma individual ou coletiva

• Tempo de aplicação é livre ( percebe-se que é realizada em


aproximadamente,15 minutos)

• A leitura deve ser feita pela própria criança/ adolescente ou pelo


examinador (caso de não alfabetizados)

Instruções:

“ Leia com cuidado cada frase e anote a quantidade de vezes que cada
situação ocorre com você, por pelo menos seis meses, considerando (1)
Nunca; (2) Um pouco; (3) às vezes e (4) Sempre. Seja o (a) mais sincero
(a) possível, lembre-se que não existe resposta certa. Somente a sua res-
posta é correta. Não deixe de responder nenhum item. Qualuer dúvida
pode perguntar” (Benczik, 2018)

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Fator 1- Hiperatividade/ Impulsividade
Não consigo esperar o tempo suficiente para ter aquilo que quero
Me chamam de agitado(a) (inquieto (a))
Sou teimoso(a)
Tenho muita pressa para fazer as coisas
Todos falam que sou barulhento(a)
Quando percebo já falei ou fiz coisas erradas
Dizem que falo muito
Mexo e balanço as pernas, quando estou sentado(a)
Eu me levanto da cadeira durante a aula
Me movimento muito (me mexo muito)
Não tenho paciência de esperar (por exemplo, filas)
Vivo correndo, ou subindo nos sofás, ou em muros ou muretas
Fonte: ETDAH-CriAd (B enczik, 2018)

Fator 2- Atenção
Preciso de mais tempo para terminar as tarefas
Presto atenção em outras coisas e me perco na lição
É difícil pra mim, fazer os exercícios e as provas
Minha mãe tem que me lembrar das coisas
Para mim é difícil aprender coisas novas
Meu caderno é desorganizado
Erro nas lições por falta de atenção
É difícil terminar o que começo
Minhas notas estão ruins
Me perco nos sinais das contas de matemática
Fonte: ETDAH-CriAd (B enczik, 2018)

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Devolutiva
Quando uma família suspeita que algo de errado acontece dentro
do desenvolvimento de seu filho, eles irão procurar quem eles acham que
irá solucionar o problema (dentro de sintomas mostrados pela criança ou
adolescente).

Assim, se procurarem um médico e este encaminhar a criança ou


adolescente a um psicólogo, por exemplo, como equipe multidisciplinar,
o psicólogo fará sua investigação (dentro de sua área!) e poderá fazer a
devolutiva do que observou juntamente com os resultados que obteve
para a família e enviá-los ao médico que fez o encaminhamento, ou enviar
os resultados diretamente ao médico que realizou o encaminhamento.

O momento da devolutiva é algo muito delicado, pois a maior par-


te dos pais não está preparada, ou não compreende o que é o TDAH.
Para alguns irá pairar a nuvem da culpa, se perguntando “o que eu fiz
de errado?”, e não há culpados! Esse momento precisa ser trabalhado o
acolhimento à família, questionamentos respondidos, para que essa fa-
mília (pois o TDAH atingirá a todos!), consiga compreender e realizar a
intervenção da melhor forma possível!

Planejamento da intervenção

Ao ter o diagnóstico, a família deve ser acolhida e receber todas as


informações, de forma detalhada sobre o que é o TDAH. As crianças e
adolescentes também devem ser informadas conforme o entendimento e
maturidade que possuem.

Nesse momento, a equipe médica verificará a necessidade de medi-


cação. Se sim, qual será a mais indicada e em qual quantidade.

O próximo passo é o encaminhamento aos profissionais que realiza-


rão os atendimentos, normalmente numa equipe multidisciplinar, pois a
criança, pais e escola precisarão de apoio, acompanhamento e orientação.
Assim, inicia-se o período de intervenção.

Estratégias para a intervenção:

• Treinamento dos pais (orientação)

• Escolha dos profissionais

• Orientação para a escola

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• Medicação (medicação sozinha não resolve, mas faz parte do
tratamento!)

Fonte: insightclinic.com.br

Intervenção multidisciplinar

Como o TDAH não é doença, e sim, um transtorno, não tem cura,


dessa forma, medicação somente, também não resolve! Precisa-se de um
tratamento, intervenção multidisciplinar, para que o indivíduo compre-
enda seu transtorno e saiba como viver com ele de forma leve, crie estra-
tégias para que seu dia a dia transcorra de conforme planejado e ande de
mãos dadas com seu TDAH.
Especialista/ TDAH No que pode ajudar

Psiquiatra/ Neurologista - Diagnóstico


- Prescrição e acompanhamento da medicação

Psicólogo - Fornecer terapia através de conversas e de forma lúdica


- Identificar, avaliar e modificar pensamentos e comportamentos
inadequados
- Dar apoio e orientação aos pais
- Fortalecer as funções executivas
- Motivação

Fonoaudiólogo - Distúrbios na linguagem


- Linguagem oral, leitura e escrita
Especialista educacional - Auxiliar na adaptação escolar
(Psicólogo escolar, - Metodologias de estudo
Psicopedagogo, - Auxiliar nas dificuldades de aprendizagem
neuropsicopedagogo, - Favorecer o desenvolvimento da atenção e organização
equipe escolar) - Auxiliar com a linguagem
- Fortalecer as funções executivas
Fonte: Arruda, Marco A. (2006) / Cavalcante, Jean Fco (2020)

A criança ou adolescente precisará de todos esses especialistas?


Não! Cada criança será avaliada pelos critérios diagnósticos, grau de
TDAH, se há ou não comorbidades. Então será encaminhada para cada
profissional que lhe ajudará a trabalhar suas potencialidades e dificulda-
des!

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Medicamentos
Apesar de muitos pais sentirem receio ao ouvir o médico falar a
palavra “medicação”, sabe-se, desde os primeiros relatos de Charles Bra-
dley, psiquiatra americano, em 1937 (Arruda, 2006) anunciou os efeitos
positivos de um medicamento em crianças com problemas de comporta-
mento e sobre as consequências favoráveis.

Fonte: metheffect.com

O uso de medicamentos em doses adequadas, resulta em melhora


significativa nos sintomas principais do TDAH.

Existe controle rigoroso para a compra da medicação, por isso deve


ser feita por profissional especializado, com avaliação adequada.

Lembra dos nossos neurotransmissores? Que envia as mensagens


de forma química? Que percebe que quem tem TDAH, normalmente
elas não alcançam ou chegam de forma deficitária a locais onde processos
cerebrais como atenção, planejamento (área frontal) deveriam alcançar?
Pois bem, a medicação auxilia que essas informações alcance os locais de-
sejados de forma eficiente.

Divididos em:

• Estimulantes- São os mais conhecidos. Respondem bem ao tra-


tamento entre 70% e 80%

• Não estimulantes- Possuem menos efeitos colaterais e podem


durar até 24h. Quatro tipos licenciados: metilfenidato, lisdexamfetamine,
dextroamphetamine e atomoxetine.

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De acordo com Cavalcante, Jean Fco (2020), as medicações desen-
volvem a habilidade de as crianças se concentrarem através da regulação
do funcionamento do cérebro, porém:

• Não funcionam com todas as crianças


• Podem causar efeitos colaterais
• Para alguns o efeito é rápido
• Não resolvem os problemas de habilidades se tomados sozinhos

Alguns efeitos colaterais:

• Cefaleia
• Alteração do sono (15 dias)
• Inapetência (ausência ou vontade de comer)
• Sialosquese (diminuição ou ausência de saliva)

Venvanse: náusea, vômito, mal-estar

Segue abaixo uma lista de medicamentos utilizados no tratamento


do TDAH

Nome Nome genérico Idade aprovada


Comercial
Adderall amphetamine Acima de 3 anos
Adderall XR Amphetamine (lançamento extendido) Acima de 6 anos
Concerta Methyphenidate (ação prolongada) Acima de 6 anos
Daytrana Methyphenidate patch Acima de 6 anos
Desoxyn Methamphetamine hidrochloride Acima de 6 anos
Dexedrine dextroamphetamine Acima de 3 anos
Dextrotat dextroamphetamine Acima de 3 anos
Focalin dextroamphetamine Acima de 6 anos
Focalin XR Dexmetrylphenidate (lançamento extendido) Acima de 6 anos
Metadate ER Methylphenidate (lançamento extendido) Acima de 6 anos
Metadate CD Methylphenidate (lançamento extendido) Acima de 6 anos
Metrylin Methylphenidate Acima de 6 anos
(solução oral e pílulas mastigáveis)
Ritalina methylphenidate Acima de 6 anos
Ritalina SR Methylphenidate (lançamento extendido) Acima de 6 anos
Ritalina LA Methylphenidate (ação prolongada) Acima de 6 anos
Strattera atomoxetine Acima de 6 anos
Vyvanse Lisdexamfetamine dimesylate Acima de 6 anos

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No Brasil, os nomes mais conhecidos, quando nos referimos a me-
dicação e seu período de duração

Medicação Duração
Ritalina 3 a 5 horas
Ritalina LA 8h de ação
Concerta 12h de ação
Venvanse 12h de ação

Principais problemas apresentados na aprendizagem e


na escola
O ambiente escolar deve receber informações precisas e montar es-
tratégias para trabalhar com o aluno com TDAH.

O primeiro ponto que pode deixar a escola confusa é: Normalmente


crianças com TDAH tem inteligência superior e por que então possuem
problemas na aprendizagem? Porque o atrapalha a criança no momento
da aprendizagem é a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. Por
isso é importante, o trecho citado por ARRUDA (2006):

“A escola, estação do conhecimento e porto seguro da nossa infância e


adolescência, deve aceitar o desafio de reavaliar seus métodos, capacitar
e dar suporte aos mestres para que inovem em estratégias dirigidas a esta
clientela.

Para a viabilização de algumas dessas estratégias, os mestres deverão


contar com o apoio irrestrito da escola. Esse apoio refletirá a consciência
da escola sobre o problema e sua confiança no profissional.

No entanto, a prática da grande maioria destas estratégias dependerá


exclusivamente da motivação, vocação e criatividade dos mestres.”

Como já mencionado, crianças com TDAH normalmente possuem


comorbidades (outros transtornos associados). E algumas delas estão re-
lacionadas à aprendizagem, como por exemplo, transtornos específicos
de aprendizagem. Ressaltaremos sobre alguns tipos de transtornos de
aprendizagem para compreendermos melhor como acontece associado
ao TDAH, de acordo com ZORZI&CAPELLINE (2009):

• Disgrafia: A escrita é a soma de praxia (função que permite a


realização de gestos coordenados eficazes) e da linguagem. E precisa de

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um certo grau de organização motora (fina). A disgrafia trás um prejuízo
a expressão escrita e as habilidades motoras finas, provocando uma difi-
culdade para redigir (desenhar) letras e palavras. É um problema psico-
motor, não afeta o desenvolvimento intelectual da criança.

Principais problemas encontrados:

• Inversão de sílabas

• omissão de letras

• escrita de letras espelhadas

• falta de coordenação motora

• má organização espacial

• dificuldade de planejamento no traçado

• a caligrafia costuma ser ruim

Desenvolvendo habilidades para crianças com disgrafia:

• Trabalhar linhas retas e depois traçados

• posicionamento ao escrever

• atividades de caligrafia, exercícios de grafomotricidade

• Dislalia: distúrbio da fala onde a criança sente dificuldade em


articular corretamente as palavras.

Alterações mais frequentes:

• Substituições: Troca um fonema por outro. Ex.: barata, por


“balata”

• Omissões: Não fala o fonema. Ex.: barata, por baata

• Distorções: Deforma o fonema. Ex.: ao emitir /s/ e /z/ (sapo,


zero), deixa a língua entre os dentes produzindo um chiado. (Geralmente
presente em adultos)

Podem ser causadas por perturbações orgânicas ou funcionais

• Orgânicas: Malformações ou alterações na língua, na abóboda

40
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palatina ou em outro órgão da fonação

• Funcionais: Alterações do sistema nervoso central (SNC)

O tipo funcional é o mais habitual em crianças com TDAH e para-


lisia cerebral. É importante que os pais e pessoas próximas não achem
graça ou ridicularizem o jeito de falar da criança, pois causam um grande
impacto na autoestima.

Desenvolvendo habilidades para crianças com dislalia:

• Repita somente as palavras de forma correta e não complete


frases (deixe-a fazer suas tentativas)
• Articule bem as palavras, para que ela perceba a diferença
• Observe se há alguma dificuldade na audição ou visão
• Discalculia: Inabilidade ou dificuldade em pensar, refletir, ou ra-
ciocinar atividades em relação à matemática, que interferem no processo
da aprendizagem:
• Concentração: Dificuldade em se focar, distraindo-se com faci-
lidade
• Memória de curto prazo: Comprometimento na habilidade de
reter informações a curto prazo
• Organização de ideias: Confusão no pensamento lógico para
resolução de problemas
• Memória operacional (de trabalho): Comprometimento na ca-
pacidade de utilizar as informações para completar as tarefas
• Dislexia: Distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a re-
alização da leitura e escrita. Causando:
• Dificuldade em consciência fonológica
• Dificuldade de atenção para material escrito
• Dificuldade na leitura significativa

Em relação ao TDAH, ainda podemos acrescentar:

• Alteração na memória de trabalho

• Dificuldade de atenção

• Dificuldade de organização e planificação

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Problemas de comportamento
O aluno com TDAH, traz consigo para à escola seus sintomas de
desatenção, agitação e impulsividade diariamente, indicando um risco
maior de comportamentos inadequados. Precisamos de um cuidado es-
pecial ao chamar a atenção dessa criança, pois assim podemos desmoti-
vá-la (mas é importante que ela conheça e sofra as consequências de seus
comportamentos!) e/ou intensificar seu comportamento negativo.

A desatenção e falta do autocontrole, principalmente em atividades


em grupo, podem intensificar esses comportamentos e o ato de aprender.
Já para a criança inquieta, é muito complicado ficar quieta, sentada em
sua carteira para assistir um período completo de aula.

Então é necessário que o professor renove suas práticas de ensino,


pensando em aulas que chamem a atenção de sua classe num todo e se-
jam prazerosas.

• Criação de uma rotina escolar

• Pausas regulares

• Suporte para aquisição do conhecimento

• Estabelecer regras e limites (devem ser firmes e revistas dia a


dia)

• Realização de combinados

• Estimular e reforçar positivamente as boas atitudes do aluno


(com fala, atitudes, sorriso)

• Punições e recompensas realistas

• Trabalhar vivências lúdicas: estimularão a motricidade, atenção,


memória, raciocínio, criatividade, aprendizagem, ansiedade, organização
espacial, coordenação motora, esquema corporal

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Pais com filhos TDAH
Existem pontos específicos que os pais com filhos com TDAH devem
trabalhar, estratégias para que o dia a dia seja leve para a família toda,
para que passeios sejam prazerosos e a ida a escola venha com aprendiza-
do e conhecimento.

Dessa forma, segue uma lista de medidas, rotina e regras (Arruda,


2006; thah.org.br, 2017) que devem fazer parte, lembrando que cada fa-
mília vem contextos diferentes e certas adaptações também devem parte
dessa organização.

• Estabelecer regras e limites

• Deve-se conversa com a criança sobre elas, para que elas com-
preendam e saibam o que se espera delas

• As regras e limites devem ser dentro da realidade da família

• Devem ser executadas e melhoradas progressivamente

• Deixe claro as consequências do descumprimento as regras

• As recompensas e punições devem ser pré-estabelecidos (quan-


do realizado o contrato com os combinados) e também dentro da realida-
de familiar

• As ordens devem ser claras e objetivas, não devem ser com-


plexas e deve ser dada uma de cada vez, sem muita antecedência, sem
comandos múltiplos (muitas pessoas com autoridades diferentes)

• Fazer um painel com a rotina ou atividades do dia a dia

• Estimular a organização

• Elabore um cronograma com as atividades que devem ser feitas

• Devem ser executadas e melhoradas progressivamente

• As recompensas e punições devem ser pré-estabelecidos (quan-


do realizado o contrato com os combinados) e também dentro da realida-
de familiar

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• Desenvolver o autocontrole

• Realização do Plano de Ação (devem pensar em uma meta a ser


alcançada, quando iniciar? Quais obstáculos atrapalham que essa ativida-
de/ meta seja feita? Quais estratégias usar para que seja realizada? Missão
cumprida?

Exemplo de uma meta:

Missão/ Meta
Quando iniciar
Obstáculos
Estratégias
Missão- prazo
Missão cumprida

• Treinamento de correspondência

1. Relação entre o comunicar e o agir (impulsividade)

2. Realizar uma ação só depois de avaliar os resultados

3. Os resultados não são imediatos, mas com persistência irá al-


cançar resultados positivos

• Resolução de problemas

1. Reconhecer o problema

2. Criar uma forma de resolução

3. Avaliar as consequências

4. Escolher uma alternativa

5. Aprimorar a alternativa escolhida a partir de experiências an-


teriores

• Autoinstrução

• Treinamento de correspondência

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1. Relação entre o comunicar e o agir (impulsividade)

2. Realizar uma ação só depois de avaliar os resultados

3. Os resultados não são imediatos, mas com persistência irá al-


cançar resultados positivos

• Resolução de problemas

1. Reconhecer o problema
2. Criar uma forma de resolução
3. Avaliar as consequências
4. Escolher uma alternativa
5. Aprimorar a alternativa escolhida a partir de experiências an-
teriores

• Autoinstrução

Ao sair do foco, a criança/ adolescente é capaz de voltar a atenção ao


que estava fazendo

• Gestão do tempo

• O indivíduo com TDAH sempre está atrasado, perde prazos,


demora a executar tarefas, o que Barkley (2002) chama de “miopia do
tempo”. Então, deve avaliar o tempo necessário para realizar suas ati-
vidades e cumprir compromissos. Por isso a importância do quadro de
rotinas, de ter metas, de montar um planner.

• A prática sempre ajudará a criar o hábito

De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção- ABDA,


um programa de treinamento para os pais é algo indispensável para al-
cançar metas, que antes eram vistas pela família como “missão impossí-
vel”. Segue abaixo a listagem de estratégias sugerida pela ABDA, para
que os pais trabalhem com seus filhos formas de viver e conviver com o
TDAH. Então, vamos a eles:

• Criando estratégias- Mandamentos

1- Reforçar o que há de melhor na criança

2- Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada um apresen-


ta comportamentos diferentes diante da mesma situação

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3- Procurar conversar sempre com a criança sobre o que está sen-
tindo

4- Aprender a controlar a própria impaciência

5- Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção


para obedecer-lhes também

6- Não esperar perfeição

7- Não cobre resultados, cobre empenho

8- Elogie! Não esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A


criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção, controlar a
ansiedade e manter o “motorzinho de 220 volts” em baixar rotações está
sendo reconhecido

9- Manter limites claros e consistentes, relembrando-os frequente-


mente

10- Use português claro e direto, de preferência falando de frente


e olhando nos olhos

11- Não exigir mais do que a criança pode dar, deve-se considerar
a sua idade.

• Estudo

1. Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a crian-


ça possa obter sucesso no processo de ensino-aprendizagem.

2. Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracur-


riculares.

3. O estudo deve ser do jeito que as crianças ou os adolescentes bem


entenderem. Tudo deve ser tentado, mas se o resultado final não corres-
ponder às expectativas, reavalie após algumas semanas e peça novas op-
ções; vá tentando até chegar à situação que mais favoreça o desempenho.

4. Tenha contato próximo com os professores para acompanhar


melhor o que está acontecendo na escola.

5. Todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que


possam ser realizadas mais facilmente e em menor tempo.

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Regras do dia-a-dia

1. Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível


que a criança possa corresponder.
2. Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar
finalizar tudo aquilo que começa.
3. Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almo-
ço, de jantar e dever de casa, por exemplo.
4. Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas
situações.
5. Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as
chances para sucesso e evitar conflitos.

• Casa

1. Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido


por todos os membros da família.
2. Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais orga-
nizado quanto possível.
3. Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização
da lição de casa.
4. O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes:
um monte de brinquedo, pôsteres, etc.

• Comportamento

1. Advertir construtivamente o comportamento inadequado, escla-


recendo com a criança o que seria mais apropriado e esperado dela na-
quele momento.
2. Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom compor-
tamento da criança.
3. Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua roti-
na, como festas, mudanças de escola ou de residência, etc.
4. Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.
5. Estimular a independência e a autonomia da criança, conside-
rando a sua idade.
6. Estimular a criança a fazer e a manter amizades.

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7. Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito
(pensar, raciocinar, chamar um adulto para intervir, esperar a sua vez).

• Pais

1. Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.

2. Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de aju-


dar a desenvolver a atenção, permitem que a criança organize-se por
meio de regras e limites e, aprenda a participar, ganhando, perdendo ou
mesmo empatando.

3. Quem tem TDAH pode descarregar sua “bateria” muito rapida-


mente. Se este for o caso, recarreguea com mais frequência. Alguns por-
tadores precisam de um simples cochilo durante o dia, outros de passear
com o cachorro, outros de passar o fim de semana fora, outros ainda de
ginástica ou futebol. Descubra como a “bateria” do seu filho é melhor re-
carregada.

4. Evite ficar o tempo todo dentro de casa, principalmente nos fins


de semana. Programe atividades diferentes, não fique sempre fazendo
a mesma coisa. Leve todos à praia, ao teatro, ao cinema, para andar no
parque, enfim, seja criativo.

5. Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’,


brincadeiras ou simplesmente horários livres para se fazer o que quiser.

6. Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres


de casa) pode ser muito prolongada. Intercale coisas agradáveis com tare-
fas que demandam atenção prolongada (potencialmente desagradáveis,
portanto).

7. Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando


das coisas. Não crie uma relação unidirecional. Obviamente, os pedidos
devem ser negociados e atendidos no que for possível.

8. Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendá-


rio de provas. Também coloque algumas regras que foram combinadas e
promessas de prêmio quando for o caso.

9. Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrôni-


ca, melhor ainda. As agendas devem ser consultadas diariamente.

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• Lembre-se sempre

1. Procure o máximo de informações possível sobre o TDAH: leia


livros, faça cursos, entre para organizações como a Associação Brasileira
do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br), faça contato com outros pais
para dividir experiências bem e mal sucedidas.

2. Tenha certeza do diagnóstico e segurança de que não há outros


diagnósticos associados ao TDAH.

3. Tenha certeza de que o tratamento está sendo feito por um pro-


fissional que realmente entende do assunto.

4. Lembre-se que seu filho (a) está sempre tentando corresponder


às expectativas, mas às vezes não consegue. Deve sempre lembrar-se aos
pais que estes devem ser otimistas, pacientes e persistentes com o filho.
Não devem desanimar diante dos possíveis obstáculos.

Professores com alunos com TDAH


Para que a aprendizagem aconteça, é imprescindível que o profes-
sor trabalhe métodos e estratégias e seja capacitado para dar suporte ao
seu aluno com TDAH. Assim seguem listados abaixo várias dicas de como
o professor deve realizar atividades, verificar o desempenho e conheci-
mento de seu aluno com TDAH em sala de aula.

• Rotina na classe deve ser clara e previsível

• Crianças com TDAH tem dificuldades de se ajustar a mudanças


de rotina

• Repita ordens e instruções

• Utilize frases curtas, claras e objetivas, peça que o aluno a repita,


para certificar-se que ele compreendeu seu pedido

• Permita movimento em sala de aula

• Use o reforço positivo, sempre que for bem sucedido em uma


tarefa

• Ao realizar um comportamento inadequado, mostre a criança o


que era esperado dela naquele momento

• Utilizar técnica de questionamento

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Para ARRUDA (2006),

“Os professores devem identificar as deficiências e potencialidades


do aluno e intervir, respeitando sua individualidade e suas limitações im-
postas pelos contextos familiar, escolar e social”.

Abaixo seguem listados estratégias do livro Levados da Breca, de


Marco A. Arruda (2006) que são muito importantes para o desenvolvi-
mento do aluno TDAH em sala de aula.

Estratégias gerais

• Torne o processo de aprendizado o mais concreto e visual pos-


sível. Utilize recursos visuais.

• Evite enfatizar os fracassos do aluno ou comparar seu desem-


penho ao de outros.

• Escolha um tutor para ele, um outro aluno que tenha habilida-


des para ser seu “amigo de estudos”

• Reúna-se com os pais frequentemente, evite eu esse contato seja


apenas em momentos de crise.

• Os grupos de trabalho são bem vindos, mas cuide para que não
tenham mais do que três alunos.

• Na medida do possível, dê assistência individual a esse aluno,


cheque seu entendimento a cada passo da explicação e use seu caderno
para dar exemplos

• Designe responsabilidade e torne-o seu ajudante em sala de


aula

• Avalie mais a qualidade que a quantidade do seu trabalho

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Estratégias específicas

Dificuldade Específica Estratégia Específica


Atenção • Senta-se na primeira fila, longe de janela
e porta, próximo a um aluno atento
• Em cima da carteira, somente o material
necessário
• Uma agenda ou planner podem ajudá-lo
a organizar-se
• Utilizar cores vivas nos recursos visuais
• Tenha certeza de que o aluno escutou e
compreendeu suas explicações
• Programe pausas
• Antes de iniciar uma matéria, recorde a
anterior
• Após uma pergunta, dê um tempo extra
para reflexão e resposta
• Divida as atividades longas em curtas
• Permita que o aluno faça suas avaliações
em locais com menos estímulos

Memória Pode ter dificuldade com a memória de longo


e curto prazo
• Curto prazo: responsável pela informação
ativa por um curto período
• Longo prazo: Armazena as informações
apreendidas no passado

• Informações curtas e objetivas


• Dé significado à informação
• Utilize recursos visuais e verbais
(gravação de aulas para ouvir novamente em
casa)
• A repetição é um recurso que ajuda a
consolidar as informações
• Criação de mapas mentais

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Linguagem Dificuldades de linguagem:
(oral e escrita) • Disartria: Dificuldade na articulação das
palavras
• Disfasia: Dificuldade na compreensão ou
na expressão da linguagem
• Relacionadas à consciência fonológica:
Dificuldade em decompor palavras em sons

• Estratégia de recuperação: Relacione in-


formações a imagens, depois verifique qual o
conhecimento, mostrando as imagens recu-
perando a informação
• Certifique-se que o aluno compreendeu a
explicação
• Utilize recursos visuais
• Reforce ao aluno que ele deve manifes-
tar-se se não compreender algo
• Leia as instruções ao aluno
• Utilize preferencialmente avaliações orais
• Se o aluno tem dificuldades com leitura e
escrita, não o coloque em evidência, em ativi-
dades que se sinta mal e não queira mais ler.
• Se possui dificuldades com a interpre-
tação de texto, peça que primeiro leia e en-
tenda as questões, depois inicie o texto
• Se precisar, dê outro título de livro, se
verificar que as palavras, leitura e interpre-
tação serão difíceis
• Em redações, dê prioridade o conteúdo
• Incentive o uso de dicionário
• Evite textos longos,
• Utilize textos em que as palavras já são
conhecidas

Cálculo Inabilidade de cálculo, distúrbio na lin-


guagem, dificuldade na memória
• Reeducar movimentos de contagem, se-
riação, reagrupamento, correspondência
• Reduza o número de problemas ou o faça
por partes
• Permita o uso de material concreto

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Percepção Visual • Peça para o aluno seguir a linha com o
dedo, enquanto lê
• Evite expor as dificuldades do aluno a
turma
• Peça para organize o material da mesma
maneira a mesa e só pegue o que for precisar
• Retire decorações excessivas das folhas de
trabalho
• Veja se o aluno está na página correta
• Treine com ele os conceitos espaciais (em
cima, embaixo, sobre, sob, direita. Esquerda)

Tratamento de Dificuldade sequencial, de abstração, de or-


informações ganização de informação

Forneça um plano de ação


Mostre o todo, depois as partes
Faça uso de exemplos
Explicações devem ser concretas
Destaque a importância do aprendizado de
determinada informação
Crie links entre as informações antigas e as
novas
Nunca dê dois comandos a serem trabalha-
dos de uma só vez
Ensine a fazer resumos, mapas mentais
Mostre como fazer anotações

Fonte: Levados da Breca (ARRUDA, A. Marco- 2006)

Qualquer dificuldade observada por professores ou outro profissio-


nal que participa do dia a dia da criança, deve ser comunicada, para que
novas adaptações e readaptações sejam efetivadas e não causem prejuízos
ao aluno.

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Como deve ser a sala de aula e ambiente de estudo
para a criança e /ou adolescente com TDAH
Quando falamos de alunos com TDAH, logo pensaremos em desa-
tenção, falta de concentração e organização, impulsividade e hiperativi-
dade, dentre outros sintomas, assim, devemos também criar estruturas
definidas para que possamos trabalhar de forma efetiva e satisfatória a
aprendizagem do aluno.

Vamos observar a imagem abaixo, o que preciso reorganizar, ou


onde o aluno com TDAH deveria sentar-se?

Fonte: pt.vecteezy.com

• A criança deve sentar-se próximo ou ao alcance do olhar do pro-


fessor- Para que ele possa auxiliá-lo e observá-lo sempre que necessário

• Distante de janelas ou portas- Para evitar distrações externas e


redução de barulho

• Distante de fatores que causem distrações (como murais, varais,


...) – Eles fazem parte do material de aprendizagem, mas existem lugares
estratégicos, como por exemplo, o fundo da sala.

• Por sentar-se próximo ao professor, pode ser eventualmente


seu ajudante, pois se sentirá importante e isso ajuda em sua autoestima.

• Lembrá-lo de anotar a tarefa no planner, de manter somente o


material necessário à mesa
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Lembrando que em casa, o ambiente também deve ser favorável ao
estudo.

• Local sem muitos distrativos

• TVs e música desligados

• Somente à mesa o material necessário

• Não esquecer de nenhum material, pois cada vez que se levanta,


precisa concentrar-se de novo, e quando não esquece o que estava fazen-
do (controle inibitório)

• Se tiver muitas tarefas escolares, realizar momentos de pausas

• Ter um painel de rotinas e atividades, para conseguir realizar


todas as tarefas propostas no dia

LEI Nº 14.254 DE 30 DE NOVEMBRO DE 2021- Acompanha-


mento integral para educandos com Dislexia ou Transtorno de Déficit
de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de apren-
dizagem

Após muitos anos de luta, é sancionada a lei nº 14.254 de 30 de no-


vembro de 2021, relativa ao acompanhamento integral para educandos
com Dislexia ou Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem.

Segue abaixo o texto retirado do site do planalto: (http://www.pla-


nalto.gov.br )

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Juliana Palma - [email protected] - CPF: 375.104.178-80
Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 14.254, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2021


Dispõe sobre o acompanhamento integral para
educandos com dislexia ou Transtorno do Deficit
de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro
transtorno de aprendizagem.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congres-


so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O poder público deve desenvolver e manter programa de


acompanhamento integral para educandos com dislexia, Transtorno do
Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de
aprendizagem.

Parágrafo único. O acompanhamento integral previsto no caput


deste artigo compreende a identificação precoce do transtorno, o en-
caminhamento do educando para diagnóstico, o apoio educacional na
rede de ensino, bem como o apoio terapêutico especializado na rede de
saúde.

Art. 2º As escolas da educação básica das redes pública e privada,


com o apoio da família e dos serviços de saúde existentes, devem garan-
tir o cuidado e a proteção ao educando com dislexia, TDAH ou outro
transtorno de aprendizagem, com vistas ao seu pleno desenvolvimento
físico, mental, moral, espiritual e social, com auxílio das redes de pro-
teção social existentes no território, de natureza governamental ou não
governamental.

Art. 3º Educandos com dislexia, TDAH ou outro transtorno de


aprendizagem que apresentam alterações no desenvolvimento da leitura
e da escrita, ou instabilidade na atenção, que repercutam na aprendiza-
gem devem ter assegurado o acompanhamento específico direcionado à
sua dificuldade, da forma mais precoce possível, pelos seus educadores
no âmbito da escola na qual estão matriculados e podem contar com
apoio e orientação da área de saúde, de assistência social e de outras po-
líticas públicas existentes no território.

Art. 4º Necessidades específicas no desenvolvimento do educando


serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com
profissionais da rede de saúde.

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Juliana Palma - [email protected] - CPF: 375.104.178-80
Parágrafo único. Caso seja verificada a necessidade de interven-
ção terapêutica, esta deverá ser realizada em serviço de saúde em que
seja possível a avaliação diagnóstica, com metas de acompanhamento
por equipe multidisciplinar composta por profissionais necessários ao
desempenho dessa abordagem.

Art. 5º No âmbito do programa estabelecido no art. 1º desta Lei,


os sistemas de ensino devem garantir aos professores da educação bási-
ca amplo acesso à informação, inclusive quanto aos encaminhamentos
possíveis para atendimento multissetorial, e formação continuada para
capacitá-los à identificação precoce dos sinais relacionados aos transtor-
nos de aprendizagem ou ao TDAH, bem como para o atendimento edu-
cacional escolar dos educandos.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de novembro de 2021; 200º da Independência e 133º


da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Milton Ribeiro Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes

João Inácio Ribeiro Roma Neto

Damares Regina Alves

Lei que beneficiará muitas crianças, adolescentes e adultos com


dislexia, TDAH e outros transtornos de aprendizagem

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Sugestão de jogos para trabalhar a intervenção
Ao realizar a intervenção com a criança com TDAH, deve-se pla-
nejar que estratégias utilizar para que o tratamento seja bem sucedido.
Utilizar técnicas lúdicas, jogos e brincadeiras, farão com que os objetivos
sejam alcançados.

Existe uma infinidade de jogos e brincadeiras. Quais seriam interes-


santes para as sessões com uma criança que possui TDAH?

Abaixo listarei uma série de jogos e brincadeiras, mas lembre-se,


cada criança possui sintomas diferentes, comorbidades e vivências dife-
rentes, dessa forma, é importante conhecer bem (através da anamnese,
observação, relatório de outros profissionais) seu paciente, sua criança!

Então a sugestão de alguns jogos e brincadeiras são dados de forma


genéricas, pensando nos sintomas clássicos do TDAH (desatenção, hipe-
ratividade e impulsividade) e nas funções executivas.

• Jogo da memória- Trabalha o foco, atenção, raciocínio rápido,


memória

• Jogos de tabuleiro- de forma geral desenvolvem habilidades


sociais, regras, tomada de decisões.

• Pintura, massinha e argila- Trabalham a criatividade, expressão


artística, a coordenação motora, as emoções, desenvolvem a autoconfian-
ça

• Blocos de montar (Lego)- Estimulam a criatividade, por apre-


sentarem dificuldade de completar tarefas, trabalham a frustração e a
impaciência.

• Esportes- Qualquer esporte é legal para qualquer criança, mas


crianças com TDAH, gasta-se energia, e ela não pode ficar acumulada!!
Aceitação de regras, competitividade.

• Leitura- Alguns irão dizer que crianças com TDAH não gostam
de ler, na realidade, devemos fazer com que esse momento seja prazero-
so, assim, crianças com TADH devem ler livros que as letras sejam gran-
des, frases curtas com títulos que chamem sua atenção, histórias curtas.
Trabalhando assim, sua criatividade e atenção.

• Livros para colorir- Concentração, paciência convite para a ex-


ploração artística.

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• Quebra-cabeça- Estimulam o raciocínio-logico, composição de
imagens, atenção, concentração, discriminação visual.

• Jogo de adivinhação- Desenvolve o raciocínio lógico, capacida-


de de dedução, criatividade, solução de enigmas.

• Brincadeiras corporais- amarelinha, pular corda, pique, stop,


vivo-morto, estimulam as habilidades sociais, interação, sociabilidade, es-
tratégia, foco.

• Brincadeiras com música e dança- Estátua, dança das cadeiras,


fazer o que música pede, simplesmente dançar (mexer o esqueleto!). Mo-
vimentar o corpo, explorar o espaço, ritmo.

• Amazing Alex (jogo) - Aplicativo que exige planejamento de


estratégias, para que possa concluir os níveis. Conta a história de um me-
nino que gosta de construir coisas. O jogador deve construir engenhocas
e soluções para ganhar estrelas.

• Jogos encontrar o objeto ou personagem (Encontre o Mínion,


Lince, Onde está Wally). Estimula a atenção, concentração, foco.

• Jogos de estratégia- Hora do Rush, Peguins pool party, cilada

Não podemos esquecer que crianças com TDAH possuem disfun-


ções executivas, assim atividades que estimulem as funções executivas são
muito bem vindos!!!!

Uma outra sugestão que dou, é o PIAFEX-Ele é um Programa de


Intervenção e Autoregulação das Funções Executivas.

É uma caixa que vem várias atividades para serem a trabalhadas


relacionadas as funções executivas, como organização de ideias (objetivos
e planos), atividades físicas e motoras, comunicação e gestão de conflitos,
regulação das emoções.

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Módulo III
Diagnóstico para TDAH em adultos
Quando se fala em TDAH pensamos logo em crianças correndo e
pulando. Sim! Como o TDAH manifesta-se inicialmente na infância e
fala-se muito em TDAH na infância, parece que é um transtorno que só
ocorre na infância, mas como é um transtorno, portanto não possui cura,
assim pode persistir até a fase adulta. Mas por que esse número é menor
na fase adulta? Porque, de acordo com ARRUDA (2006),

“Essa resolução ocorre por conta do amadurecimento cerebral que se pro-


cessa durante a infância e adolescência.

O cérebro não nasce pronto, sobretudo ao longo da primeira infância ele


amadurece biologicamente, “os fios se encapam” num processo denomi-
nado mielinização.

Portanto a mielinização e outros processos neurobiológicos de maturação


cerebral podem corrigir o mau funcionamento do sistema dopaminérgico
pré-frontal [...] No entanto, em 60% a 70% dos pacientes este processo
não é suficiente e o transtorno persiste na vida adulta com características
próprias.”

Assim, muitas crianças foram diagnosticadas com TDAH, cresceram


e serão adultos com TDAH. Todavia, existem crianças que já eram TDAH
(e não sabiam!), não foram diagnosticadas, sentiam que algo era diferente
em suas vidas e na fase adulta descobriram, tiveram o diagnóstico que
tinham o transtorno.

Na fase da adolescência e fase adulta os sintomas passarão por alte-


rações em relação a qualidade e quantidade (intensidade)

• Hiperatividade (infância), inquietação (adulto)

• Falta de inibição comportamental

• Disfunções executivas (dificuldade de planejar, estabelecer prio-


ridades, procrastinação, dificuldade com a gestão do tempo, perda rápida
de motivação, baixa tolerância a frustração,

• Dificuldade de reconstituição: capacidade associar informações


do passado com novos objetivos de resolução de problemas

• Falha em cumprir prazos

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• É desajeitado

• Dificuldade em esperar

• Muda o comportamento ao ser criticado

• Faz comentários inapropriados sem controle

Da mesma forma que acontece com as crianças, o diagnóstico do


TDAH em adultos também é realizado de forma clínica, consulta médica,
anamnese, escalas de avaliação.

Aqui mostraremos duas escalas, que são utilizadas para auxiliar no


diagnóstico do TDAH em adultos: Escala ASRS- 18 e Escala TDAH (ET-
DAH- AD), lembrando que existem outras escalas que também são utili-
zadas para esse mesmo fim, mas nesse momento apresentaremos abaixo,
seguem:

Escala de avaliação em adultos para o TDAH


Para trabalharmos o diagnóstico de TDAH em adultos, também tra-
balharemos com as escalas de rastreio. Assim, como para a crianças, tam-
bém teremos várias escalas para o rastreio, aqui, mostraremos duas:

• Escala ASRS- 18

• Escala TDAH (ETDAH- AD)

Adult Self-Report Scale (ASRS-18 Adulto)

Foi desenvolvido para analisar sintomas, dentro do DSM-V, para


adultos com suspeita de TDAH.

Por favor, responda as perguntas abaixo se avaliando de acordo com


os critérios do lado direito da página. Após responder cada uma das per-
guntas, circule o número que corresponde a como você se sentiu e se
comportou nos últimos seis meses.

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1-Com que frequência você comete erros 0 1 2 3 4
por falta de atenção quando tem de traba-
lhar num projeto chato ou difícil?
2- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para manter a atenção quando está fazendo
um trabalho chato ou repetitivo?
3- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para se concentrar no que as pessoas dizem,
mesmo quando elas estão falando direta-
mente com você?
4- Co quem frequência você deixa um proje- 0 1 2 3 4
to pela metade depois de já ter feito as par-
tes mais difíceis?
5- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para fazer um trabalho que exige organiza-
ção?
6- Quando você precisa fazer algo que exi- 0 1 2 3 4
ge muita concentração, com que frequência
você evita ou adia o início?
7- Com que frequência você coloca as coisas 0 1 2 3 4
fora do lugar ou tem dificuldade de encon-
trar as coisas em casa ou no trabalho?
8- Com que frequência você se distrai com 0 1 2 3 4
atividades ou barulho a sua volta?
9- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para lembrar de compromissos ou obriga-
ções?

62
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Frequente-

frequente-
Raramente

Algumas
Nunca

mente

mente
Muito
vezes
1-Com que frequência você comete erros por 0 1 2 3 4
falta de atenção quando tem de trabalhar num
projeto chato ou difícil?
2- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para manter a atenção quando está fazendo um
trabalho chato ou repetitivo?
3- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para se concentrar no que as pessoas dizem,
mesmo quando elas estão falando diretamente
com você?
4- Co quem frequência você deixa um projeto 0 1 2 3 4
pela metade depois de já ter feito as partes mais
difíceis?
5- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para fazer um trabalho que exige organização?
6- Quando você precisa fazer algo que exige 0 1 2 3 4
muita concentração, com que frequência você
evita ou adia o início?
7- Com que frequência você coloca as coisas fora 0 1 2 3 4
do lugar ou tem dificuldade de encontrar as coi-
sas em casa ou no trabalho?
8- Com que frequência você se distrai com ativi- 0 1 2 3 4
dades ou barulho a sua volta?
9- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para lembrar de compromissos ou obrigações?

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Frequente-

frequente-
Raramente

Algumas
Nunca

mente

mente
Muito
vezes
1-Com que frequência você fica se mexendo na 0 1 2 3 4
cadeira ou balançando as mãos ou os pés quando
precisa ficar sentado (a) por muito tempo?
2- Com que frequência você se levanta da cadei- 0 1 2 3 4
ra em reuniões ou em outras situações onde de-
veria ficar sentado (a)?
3- Com que frequência você se sente inquieto (a) 0 1 2 3 4
ou agitado (a)?
4- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para sossegar e relaxar quando tem tempo livre
pra você?
5- Com que frequência você se sente ativo (a) de- 0 1 2 3 4
mais e necessitando fazer coisas, como se estives-
se “como um motor ligado”?
6- Com que frequência você se pega falando de- 0 1 2 3 4
mais em situações sociais?
7- Quando você está conversando, com que fre- 0 1 2 3 4
quência você se pega terminando as frases das
pessoas antes delas?
8- Com que frequência você tem dificuldade 0 1 2 3 4
para esperar nas situações onde cada um tem a
sua vez?
9- Com que frequência você interrompe os ou- 0 1 2 3 4
tros quando estão ocupados?

Fonte: http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/diagnostico-adultos.html

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Como Avaliar:

Se os itens de desatenção da parte A (1 a 9) E/OU os itens de hipe-


ratividade-impulsividade da parte B (1 a 9) tiverem várias respostas mar-
cadas como FREQUENTEMENTE ou MUITO FREQUENTEMENTE
existem chances do paciente ser portador de TDAH (pelo menos 4 em
cada uma das partes).

O questionário ASRS-18 é útil para avaliar apenas o primeiro dos


critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios
que também são necessários.

CRITÉRIO A: Sintomas (vistos na tabela abaixo).

CRITÉRIO B: Alguns desses sintomas devem estar presentes desde


precocemente (antes dos 12 anos).

CRITÉRIO C: Existem problemas causados pelos sintomas acima


em pelo menos 2 contextos diferentes (por ex., no trabalho, na vida so-
cial, na faculdade e no relacionamento conjugal ou familiar).

CRITÉRIO D: Há problemas evidentes por conta dos sintomas.

CRITÉRIO E: Se existe um outro transtorno (tal como depressão,


deficiência mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos
exclusivamente a ele.
Fonte: http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/diagnostico-adultos.html

A ABDA, sugere algumas orientações de manejo dos sintomas em


adultos com TDAH:

• Exercite-se
• Aceite a si mesmo e seus limites
• Procure pessoas que o aceitem
• Procure tempo no seu dia para relaxar
• Crie um registro de atividades diárias para cada dia
• Use seu relógio biológico em seu benefício
• Crie prazos para seus projetos
• Realize todas as suas tarefas e atividades em etapas
• Sistematize com antecedência sua própria rotina diária
• Aprenda tudo sobre TDAH

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Escala TDAH (ETDAH- AD)

Fonte: casadopsicopedagogo.com.br

Ficha Síntese (extraído do Manual: Escala de transtorno de déficit


de atenção e hipertatividade - versão adolescentes e adultos- ETDAH-AD,
de Edyleine Bellini Peroni Benczik , ed Vetor, 2013)

• Objetivo: Entender graus e prejuízos (leve, moderado e grave),


com identificar e planejar um plano de ação

• Público- alvo: Adolescentes e adultos ( entre 12 e 87 anos)

• Composto por um livro de instrução, livro de aplicação e livro


de avaliação.

• A aplicação ( folha de aplicação + caneta) pode ser ser indivi-


dual ou coletiva.

• Avalia e discrimina comportamentos, de forma quantitativa

• Conta com 69 itens organizados em cinco fatores ( 1- Desa-


tenção; 2- Impulsividade; 3- Aspectos emocionais; 4- Autorregulação da
atenção e 5- Hiperatvidade)

**Vide tabela que segue abaixo com as afirmações de cada fator (


Extraído de BENCZIK, 2013)

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• Conta com uma escala que gradua de (0) a (5)

(0) nunca

(1) muito raramente

(2) raramente

(3) geralmente

(4) frequentemente

(5)muito frquentemente

Na escala possui itens positivos e negativos ao TDAH

Vamos aos fatores, retirados da Escala de Transtorno do déficit de


ateção e hiperatividade- Versão adolescentes e adultos, de Edyleine Belli-
ne Peroni Benczik, 2013.

Fator 1- Desatenção
É desorganizado financeiramente
Dá impressão de que não sabe o que quer
Evita trabalhos longos, detalhados e complicados
A qualidade do trabalho é comprometida porque não presta atenção
suficiente
Inicia uma atividade com entusiasmo e dificlmente chega ao fim, é do
tipo fogo de palha
Evita as atividades que exijem esforçomental prolongado (ex. filmes,
leitura)
Tem tendência a sonhar acordado
Parece sonhar acordado
É distraído com tudo
Dificilmente chega ao fial de um projeto

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Seu hábito de trabalho é confuso e desorganizado
Atrasa os pagamentos porque se esquece das datas de vencimento
Mostra-se apático e indiferente diante das situações
É conhecido pelos outros como desligado, parecendo viver no espaço
Faz as coisas devagar, apresenta um ritmo de trabalho lento
Distrai-se enquanto trabalha e as outras pessoas conversam
A mente voa voa longe enquanto lê
Precisa ser lembrado dos compromissos diários
É mais desorganizado do que a mairia das pessoas
Não observa detalhes e minúcias
Tem memória ruim para guardar intruções, ordens recebidas ou para
decorar o que é preciso
Costuma esquecer-se de datas, números de telefone, compromissos im-
portantes, a não ser que os anote
Tem dificuldade para processar as informações recebidas
Fonte: Benczic (2013)

Fator 2- Impulsividade
Explode com facilidade (é do tipo pavio curto)
Arruma encrenca e onfusão facilmente
Mostra-se insensível a dor e ao perigo
Costuma se dar mal por falar coisas coisas sem pensar
Tende a discordar das regras e normas
Perde a paciência com os familiares
É rebelde com as pessoas e situações
Tem fortes reações emocionais (ex. choro, explosões de raiva, bate por-
tas)
É agressivo
Tem problemas com a lei e/ou a justiça
É imprudente, arrisca sempre
Seu jeito de ser é motivo de discussão em casa
Tira conclusões mesmo antes de conhecer os fatos
Necessita estar em situações mais perigosas e arriscadas
Tem dificuldade em acitar a opinião dos outros
Faz tudo oque dá na cabeça
Costuma vingar-se das pessoas, não engole sapo
Responde entes de ouvir a pergunta inteira
É criticado por seu jeito de ser
Intromete-se em assuntos que não lhe diz respeito

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Costuma criticar os outros
É impulsivo, age antes de pensar
Necessita de novidades e de variedades em sua vida
Fonte: Benczic (2013)

Fator 3- Aspectos emocionais


Sente-se chateado e infeliz
É solitário
Tem dificuldade para se adaptar a mudanças
Vive isolado, evita as atividades de grupo
Fonte: Benczic (2013)

Fator 4- Autorregulação
É atento quando conversa com alguém
Quando tem que seguir instruções (receitas, montagem) segue passo a
passo e em seguência, tal como lhe é apresentado
Termina tudo o que começa
É detalhista e minucioso
É bem aceito por todos
É persistente e insistente diante de uma ideia
Persiste quando quer alguma coisa
Faz planos cuidadosamente, considera todos os passos do inicio ao fim
É tolerante diante das situações
Persiste atéo fim dos seus objetivos, mesmo que sejam difíceis de alcan-
çar
Sabe aguardar a vez (fila, consultório)
Planeja suas ações, respeitando cada etapa do processo
Fonte: Benczic (2013)

Fator 5- Hiperatividade
É afobado no trabalho
Necessita fazer listas de tudo o que tem para fazer para não se esquecer
de nada
Tem sono agitado, mexe-se na cama
Acidenta-se com facilidade (cai, tropeça, esbarra em móveis)
Faz seu trabalho rápido demais
Necessita estar em constante movimentação
Tem dificuldade para premanecer sentado, quando isso se faz necessário
Fonte: Benczic (2013

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• Instrução para para aplicação, correção e interpretação dos re-
sultados

• È uma avaliação fácil, rápida e simples

• Adolescente ou adulto alfabetizado (realiza sozinho, não alfabe-


tizado será realizado em forma de entrevista)

• As instruções devem ser dadas de forma clara

• Ela não deve ser exclusiva para dar um diagnóstico

• Adolescente/ adulto precisará de uma caneta ou lápis e borracha


para preencher a folha de avaliação

• Pode ser realizada de forma individual ou coletiva

• Tempo de aplicação é livre ( percebe-se que é realizada em


aproximadamente,15 minutos)

• A leitura deve ser feita pelo próprio adolescente/ criança ou


pelo examinador (caso de não alfabetizados)

Impulso e autocontrole
Impulso

Para alguns adultos há atividades que nós consideraríamos normais


ou rotineiras que para adultos TDAH são consideradas difíceis e/ou im-
possíveis (BARKLEY, 2011), como ler, assistir aula, TV, um filme, con-
versar, pois a baixa inibição (quando os estímulos são processados com
muitos detalhes, por exemplo) trás muitas informações, ao mesmo tempo
na mente e ao mesmo tempo não se tem foco em nada.

De acordo com Barkley & Benton (2011),

Problema que decorre de um desenvolvimento cerebral mal regu-


lado, mas pessoas que tem TDAH. O sistema motor primário do cérebro-
a parte que dá origem a vários pequenos movimentos motores- parece
amadurecer cedo demais nas pessoas com TDAH

É como se precisasse de um desligamento, para impedir e reagir a


essas distrações.

O que pode acontecer também são as dificuldades com os freios

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mentais (trânsito, filas, esperar a vez), querer que tudo aconteça muito
rápido e nada pode impedir.

Um terceiro ponto é a dificuldade em parar o que está fazendo


(persistir em um erro!)

Autocontrole

Para um adulto com TDAH, o autocontrole o priva de livre-arbítrio


e pode trazer graves consequências

“Você pode achar que está fazendo o que deseja, mas se não conse-
guir inibir seu comportamento, perde o tempo de espera entre um even-
to e sua resposta. Esse tempo de espera é essencial: ele lhe dá a chance
de pensar. Mais importante ainda, esse tempo de espera capacita para
escolher livremente.

Isso é o que quero dizer com autocontrole: a capacidade de escolher


outra coisa que não seu impulso inicial, para poder obter no futuro algo
que quer mais ou que é melhor para seu bem estar e felicidade a longo
prazo.” (Barkley & Benton, 2011)

Mas como alcançar o autocontrole, se eu primeiro ajo e depois eu


penso?

De acordo com Barkley & Benton (2011) existem regras que levam
o cérebro a exercer o autocontrole:

• Ação autodirecionada: Para e direciona a ação


• A partir do autodirecionamento, inicia-se a mudança de com-
portamento
• Com a mudança de comportamento há ganhos positivos que
podem ser de curto e longo prazo
• Há uma preferência por recompensas maiores a longo prazo
em vez de menores e imediatas
• Quando o tempo entre o evento, a reação e o resultado são lon-
gos, o autocontrole ajuda a gerenciar a relação tempo e futuro
• Capacidade de cisão retrospectiva

Assim, deve-se observar e direcionar a ação, desejo, vontades para


que primeiro se pense para que depois ocorra a ação.

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Adultos TDAH e funções executivas
Poder verificar, ao olhar de Barkley &Benton (2011), que usar a
inibição, trabalhar o autocontrole permitem uma melhor ação no dia a
dia. Mas como realizar essas ações de forma satisfatória dentro do tempo
que dispomos? Os neurocientistas a chamam de Funções Executivas (FE),
habilidades que trazem o autocontrole (B & B,2011).

Como mencionados com crianças com TDAH, as funções executi-


vas ajudam muito nas habilidades do dia a dia, e isso não é diferente com
os adultos, pois organizar-se e controlar o comportamento é algo que
trás muitos benefícios na vida pessoal, profissional e social do adulto com
TDAH, pois melhora:

• Memória de trabalho verbal (capacidade de falar consigo mes-


mo), permite a resolução de problemas, possibilita formular planos e re-
gras e segui-las, não usa a autoconversa para a resolução de problemas,
estabelecer seus próprios planos

• Memória de trabalho não verbal (capacidade para inibir os


impulsos imediatos para agir), mapa que conduz ao futuro desejado, imi-
tação, previsão de consequência das ações, autoconsciência, melhor admi-
nistração do tempo, aprender a adiar gratificação, valorização da coope-
ração e do compartilhamento

• Controle das emoções são motivadores poderosos, eles podem


fazer você agir ou te paralisar, com autocontrole controlamos nossa emo-
ção, nos motivamos mesmo sem recompensas, nos expressamos de ma-
neira aceitável

• Planejamento, organização e resolução de problemas

Elas acontecem em nosso cérebro de forma separada (uma de cada


vez, em sequência adicionando uma à outra, desenvolvendo o autocon-
trole) , mas são experenciadas de forma conjunta (suas ações e resulta-
dos). Que sequências seriam essas?

• Eventos externos para internos

• Dos outros para si mesmo

• Do presente para o futuro

• De gratificação imediata para adiada

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Medicamentos
Existem muitos mitos ao redor do tema MEDICAÇÂO: Que causam
dependência, que não tem efeitos, que pessoas que não precisam querem
usar, dentre uma infinidade de outras.

Pontos importante que devemos considerar quando falamos sobre


medicação para TDAH:

• Cada pessoa possui um organismo diferente, então nem toda


medicação dará certo para todas as pessoas com TDAH;

• Em relação ao TDAH, existem graus (leve, moderado e grave)


e tipos (desatenção, impulsividade/ hiperatividade, combinado) que farão
com que o médico decida uma medicação específica, com uma quantida-
de específica (quantidade não é igual a qualidade!)

• Nenhuma medicação é definitiva, de tempo em tempo deve ser


revista

• Menos de 10% de pessoas com TDAH não tem resposta a me-


dicação (Pesquisa EUA)

• Medicação sozinha não resolve o transtorno, mas normalizam o


comportamento em 50% a 65% e 20% a 30% de outras melhorias (Barkley
e Benton, 2011).

• Se houver comorbidade, pode haver outra medicação associada

• Lembrando que a medicação só responde enquanto estão na


corrente sanguínea e no cérebro, importância do uso contínuo

• Auxilia dando foco e atenção no momento de estudo e trabalho

• Você não deve tomar medicação se não possui um diagnóstico


fechado

Medicações anti-TDAH, como funcionam no cérebro:

• Cérebros são diferentes e menores (estruturalmente)


• Região pré-frontal direita (atenção e inibição)
• Região estriatal (busca do prazer ou compensação)
• córtex cingulado anterior (domínio da autorregulação e reações
emocionais)
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• Menor atividade elétrica, menor estimulação nessa região

• Crianças e adolescentes possuem menor atividade metabólica na


região frontal

• Parecem ser deficientes na recepção de noradrenalina e dopa-


mina

Estimulantes Não-estimulantes
Estão no mercado há mais tempo Atomoxetina- Strattera (2003)
São usados tanto para crianças como Aprovado para adultos
para adultos
Aumentam a inibição Anteriormente estudada como possível
antidepressivo
Resistencia a distração 75% possuem efeitos positivos
Aumentam a frequência e coordenação
motora
Autocontrole emocional
Reduzem impactos adversos de outros
sintomas de TDAH
Fonte: Barkley & Benton (2011)

50% reagem bem aos dois tipos de medicamentos

Alguns feitos colaterais:

Estimulantes Não-estimulantes
Insônia Náusea ou vômito
Perda de apetitie Boca seca
Dores no estômago (náuseas) e cabeça Tontura
Perda de peso Sonolência
Ansiedade Constipação
Tiques motores Sudorese
Instabilidade Redução de libido
Tensão muscular aumentada Insônia
Fonte: Barkley & Benton (2011)

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Trabalhando áreas específicas:

Já consegue-se observar que o dia a dia da pessoa adulta com TDAH


não é nada fácil.

Existem muitas áreas que devem ser trabalhadas, estratégias criadas


para que a rotina fique mais tranquila. O apoio das pessoas que estão em
volta, o entendimento do que é o TDAH é imprescindível para que a pes-
soa alcance o sucesso.

Assim, será mencionado abaixo, aras específicas que devem ser or-
ganizadas e observadas para que o adulto com TDAH siga com um dia a
dia tranquilo.

• Educação
• Trabalho
• Dinheiro
• Relacionamento
• Condução de veículos
• Drogas
• Outros problemas mentais e emocionais: TOD, depressão, per-
sonalidade antissocial, abuso de substâncias

Educação
De acordo com BARKLEY (2002), é muito difícil uma formação
educacional para indivíduos com TDAH (não só para adultos, mas na in-
fância também) e a ausência de educação os prejuízos são ainda maiores.

Muitas pessoas com TDAH possuem comorbidades, como por exem-


plo transtornos específicos de aprendizagem, que causam atrasos em áre-
as específicas (leitura, escrita, matemática, compreensão de leitura) e em
conjunto com disfunções executivas afetam ainda mais a aprendizagem.

Mas trabalhando algumas estratégias pode-se estabelecer uma base


para a aprendizagem:

• Realizar ajustes em suas atividades educacionais


• Uso de medicação, auxilia de forma eficaz a lidar com os proble-
mas e com a atenção, foco
• Tenha um orientador ou mentor
• Identifique a pessoa que trabalha com alunos com dificuldades/
transtornos de aprendizagem na instituição educacional

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• Use instrumentos que o auxiliem a estudar (calendários, tabelas
de rotinas, planners, diários semanais/ mensais

• Tenha pastas e materiais com cores diferentes para cada disci-


plina, post its

• Trabalhe com lembretes (celular, aplicativos, post its...)

• Programe estudar disciplinas mais difíceis em períodos que está


mais relaxado e seu desempenho é melhor

• Alterne disciplinas obrigatórias e consideradas mais difíceis com


as mais simples ou até mais divertidas

• Extraia o máximo de suas aulas: peça autorização para gravar


aulas, solicite materiais extra a seus professores

• Exercite-se: uma atividade física regular melhora a capacidade


de concentração

• Prefira escrever ao computador a escrever a mão (normalmen-


te quem tem TDAH tem mais probabilidade de déficits de coordenação
motora)

• Trabalhar métodos de leitura

• Precisando, solicite tempo extra para as avaliações

• Realize avaliações em locais com poucos ou isentos de fatores


que causem distrações

• Tenha uma alimentação saudável

• Trabalhe com pessoas organizadas

• Tenha um colega que auxilie nas atividades rotineiras e em mo-


mentos de avaliação

• Converse com seus professores com frequências regulares, so-


bre seu desempenho e estratégias

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Trabalho
Infelizmente, pesquisas (BARKLEY, 2002) mostram que adultos
com TDAH mudam constantemente de trabalho, pois possuem

• Dificuldade em cumprir horários e demandas


• Finalizar o que começam
Então, ao procurarem trabalho, devem ficar atentos a alguns que-
sitos:
• Empregos com flexibilidade
• Com adaptações
• Organizar rotinas, datas, horários em planners e mapas de ro-
tina
• Uma pessoa com TDAH pode ser o que quiser, mas existem áre-
as que trabalham mais com a criatividade e flexibilidade
• Devem ter cuidado com ruídos e distrações no local de trabalho,
que o impeçam de se concentrar
• Se trabalhar com pomputadores, verificar sempre o e-mail, fazer
planilha de rotina e agenda de forma eletrônica com lembretes
• Se há regras, diretrizes, procedimentos e datas pré-estabeleci-
das, monte um passo a passo para não perder prazos
• Ter apoio de seu superior e colegas diretos
• Da mesma forma que se estabelecem bases para os estudos, tam-
bém é importante para o trabalho
• Nunca deixe de se exercitar
• Se nunca tiver utilizado medicação, considere usá-la
• Tenha alguém que o incentive
• Identifique se há algum especialista que possa auxiliá-lo no tra-
balho (psicólogo, médico, pedagogo)
• Utilize ferramentas que possa ajudá-lo no dia a dia (calendários,
tabelas de rotina, planners, aplicativos)
• Dê uma caminhada antes de reuniões ou locais que tenha que
ficar sentado e atento por um longo período (melhora a concentração)

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Dinheiro
Relatos e pesquisas realizados por Barkley (2002) em adultos com
TDAH verificaram que:

• Realizam muitas compras por impulso


• Altas faturas de cartão de crédito
• Atrasam pagamentos e contas (esquecimento)
• Muitas multas de trânsito
• Pedem dinheiro emprestado

Problemas financeiros causam muitos conflitos, principalmente em


relacionamentos (que veremos a frente)

Então, o que fazer?

• Planejamento e gerenciamento financeiro são muito importan-


tes

• Peça ajuda ao cônjuge, pai ou mãe


• Faça uma planilha com quanto tem e quanto pode gastar (siste-
ma de compras e depósitos)
• Comece a viver com o que ganha
• Confira mensalmente extratos bancários
• Guarde todos os recibos
• Quando possível, ao sair, não leve consigo cartões de crédito e/
ou débito
• Não vá ao shopping sem necessidade
• Fique longe de cassinos ou jogos de azar
• Faça tratamento cognitivo-comportamental
• Não pegue dinheiro emprestado
• Não assine contrato de crédito
• Só faça algum gasto fora dessses casos se for uma necessidade
real e compartilhe com alguém que você confia para auxiliá-lo

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Relacionamentos
Relacionamentos também se tornam complicados (lembrando e
juntando com as outras áreas já mencionadas) para pessoas adultas com
TDAH, pois comportamentos de desatenção, impulsividade e hiperativi-
dade tornam as relações difíceis, se não forem montadas estratégias no
dia a dia. Como exemplos (Barkley & Benton, 2011):

• Ficar distraído em conversas, parecendo não se importar com


o tema

• Dar respostas sem pensar

• Falar mais a respeito de si do que da relação ou da pessoa que


se relaciona

• Evitar dividir tarefas

• Controlar o temperamento (controle emocional)

• Fazer comentários inconvenientes

• Atrasos e “bolos”

• Vida financeira

• Se tiver filhos, agora existe outra pessoa que precisa de seu cui-
dado e atenção

• E lembre-se: SEU FILHO TAMBÈM PODERÀ TER TDAH!


(Pesquisas mostram que 30% a 54% dos filhos de adultos com TDAH,
também terão TDAH)

• As regras também valem para relacionamentos de amizade

Como trabalhar comportamentos que ajudem a melhorar a rela-


ções:

• Pensar antes de agir/ falar


• Manter-se atento
• Anotar datas importantes
• Escutar mais que falar
• Ter delicadeza
• Divisão justa das tarefas de casa

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Riscos na condução de veículos
Adultos com TDAH devem ter atenção em dobro, em se tratando
de trânsito.

• Pois a atenção e concentração é pouca

• A impulsividade faz com que andem em alta velocidade e de


forma imprudente

• Não tenham paciência com as regras do trânsito (semáforos,


faixas, engarrafamentos...)

• Não se lembrem do pagamento de multas, vencimento de car-


teira

• Bater o carro ou causar algum tipo de acidente

O que fazer para conduzir um veículo com segurança:

• Certificar-se que tomou a medicação no horário e quantidade


correta

• Quando não estiver bem, ou não puder tomar a medicação,


passe a direção para alguém que tem carteira e está com você ou chame
um Uber

• Sempre use o cinto de segurança

• Não consuma álcool quando dirigir

• Não use o telefone, pois ele tira a sua atenção

• Em sua vida cotidiana, faça atividades físicas e de meditação e


relaxamento, para trabalhar a atenção, concentração, impulsividade.

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Riscos de Saúde e Estilo de Vida
Uma das questões que devemos sempre observar quando associado
ao TDAH e a impulsividade são os riscos relacionados a saúde e ao estilo
de vida.

A vida sexual de um adolescente ou adulto com TDAH sempre será


algo arriscado, se não houver um planejamento, tratamento adequado,
pois se acharem que podem tudo, terão sérias consequências.

E não incluiremos só a atividade sexual, drogas lícitas e ilícitas, tam-


bém não são uma boa escolha quando associados a impulsividade.

• Cuidado com as relações sexuais, pois além da gravidez indese-


jada, ainda temos as doenças sexualmente transmissíveis, então, NUNCA,
NUNCA deve-se esquecer de usar preservativo e pípulas.

• Não utilizar drogas ou outros tipos de substâncias viciantes.

Dica de Livros, Filmes e Sites


Livros:

• Aventureira distraída- Para criança se


concentrar

Autor e ilustrador: Hugo Fabrício de Me-


deiros

Contos infantis- www.contosinfantis.com.br

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• Menino Tinoco- Uma história sobre TDAH

Autor: Marília Lessa

Ilustrador: Scarlett Moraes

• Quietinho feito um sapo- Exercícios de


Meditação

para crianças (e seus pais)

Autora: Eline Snel

Editora Bicicleta amarela- Rocco

www.rocco.com.br

• Baralho TDAH- Transtorno de Déficit de


Atenção/ Hiperatividade

Identificando, dimensionando e intervindo

Versão para crianças e adolescentes e para


adultos

Autor: Edyleine Bellini Peroni Benczik

Editora: Casa do Psicopedagogo

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• Transtorno de Déficit de atenção/ hiperatividade- Manual para
diagnóstico e tratamento.

Autor: Russell A. Barkley

Editora: Artmed, 2008

• Vencendo o TDAH – Transtorno de Déficit de atenção- Adulto.

Autor: BARKLEY, Russell A.

Editora: Artmed, 2011

Site:

• http://tdah.org.br

Filmes:

• Mommy (2014)

• O som do coração (2008)

• Impulsividade (2005)

• Peixe grande e suas histórias maravilhosas (2004)

• O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001)

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ANEXO 01- Escala SNAP-IV

Aluno __________________________________________________________

Idade ______________________ Ano escolar _________________________


Para cada item, escolha a coluna que melhor descreve o (a) aluno (a)
(MARQUE UM X):
Nem um Só um Bastante Demais
pouco pouco
1 - Não consegue prestar muita atenção a
detalhes ou comete erros por descuido nos
trabalhos da escola ou tarefas
2 - Tem dificuldade de manter a atenção em
tarefas ou atividades de lazer
3 - Parece não estar ouvindo quando se fala
diretamente com ele
4 - Não segue instruções até o fim e não ter-
mina deveres de escola, tarefas ou obrigações
5 - Tem dificuldade para organizar tarefas e
atividades
6 - Evita, não gosta ou se envolve contra a
vontade em tarefas que exigem esforço men-
tal prolongado
7 - Perde coisas necessárias para atividades
(ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou
livros)
8 - Distrai-se com estímulos externos
9 - É esquecido em atividades do dia-a-dia
10 - Mexe com as mãos ou os pés ou se re-
mexe na cadeira
11 - Sai do lugar na sala de aula ou em outras
situações em que se espera que fique sentado
12 - Corre de um lado para outro ou sobe
demais nas coisas em situações em que isto é
inapropriado
13 - Tem dificuldade em brincar ou
envolver-se em atividades de lazer de forma
calma
14 - Não para ou frequentemente está a “mil
por hora”
15 - Fala em excesso
16 - Responde as perguntas de forma
precipitada antes delas terem sido terminadas
17 - Tem dificuldade de esperar sua vez
18 - Interrompe os outros ou se intromete
(por exemplo: intromete-se nas conversas,
jogos, etc.)

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Fonte: www.tdah.org.br Anexo 01

1-Com que frequência você co- 0 1 2 3 4


mete erros por falta de atenção quan-
do tem de trabalhar num projeto cha-
to ou difícil?
2- Com que frequência você 0 1 2 3 4
tem dificuldade para manter a aten-
ção quando está fazendo um trabalho
chato ou repetitivo?
3- Com que frequência você tem 0 1 2 3 4
dificuldade para se concentrar no que
as pessoas dizem, mesmo quando elas
estão falando diretamente com você?

4- Co quem frequência você dei- 0 1 2 3 4


xa um projeto pela metade depois de
já ter feito as partes mais difíceis?
5- Com que frequência você tem 0 1 2 3 4
dificuldade para fazer um trabalho
que exige organização?
6- Quando você precisa fazer 0 1 2 3 4
algo que exige muita concentração,
com que frequência você evita ou adia
o início?
7- Com que frequência você co- 0 1 2 3 4
loca as coisas fora do lugar ou tem di-
ficuldade de encontrar as coisas em
casa ou no trabalho?
8- Com que frequência você se 0 1 2 3 4
distrai com atividades ou barulho a
sua volta?
9- Com que frequência você tem 0 1 2 3 4
dificuldade para lembrar de compro-
missos ou obrigações?

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PARTE A TOTAL

1-Com que frequência você fica se me- 0 1 2 3 4


xendo na cadeira ou balançando as mãos ou
os pés quando precisa ficar sentado (a) por
muito tempo?
2- Com que frequência você se levanta 0 1 2 3 4
da cadeira em reuniões ou em outras situa-
ções onde deveria ficar sentado (a)?
3- Com que frequência você se sente 0 1 2 3 4
inquieto (a) ou agitado (a)?
4- Com que frequência você tem difi- 0 1 2 3 4
culdade para sossegar e relaxar quando tem
tempo livre pra você?
5- Com que frequência você se sente 0 1 2 3 4
ativo (a) demais e necessitando fazer coisas,
como se estivesse “como um motor ligado”?
6- Com que frequência você se pega fa- 0 1 2 3 4
lando demais em situações sociais?
7- Quando você está conversando, com 0 1 2 3 4
que frequência você se pega terminando as
frases das pessoas antes delas?
8- Com que frequência você tem di- 0 1 2 3 4
ficuldade para esperar nas situações onde
cada um tem a sua vez?
9- Com que frequência você interrom- 0 1 2 3 4
pe os outros quando estão ocupados?
Fonte: http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/diagnostico-adultos.html

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ANEXO 3- ESCALA DE CONNERS

ANEXO 4- LEI Nº 14.254, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2021- Dis-


põe sobre o acompanhamento integral para educandos com dislexia ou
Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro
transtorno de aprendizagem. Segue abaixo o texto retirado do site do
planalto:

(http://www.planalto.gov.br )

Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 14.254, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2021

Dispõe sobre o acompanhamento integral para


educandos com dislexia ou Transtorno do Deficit
de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro
transtorno de aprendizagem.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-


cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O poder público deve desenvolver e manter programa de


acompanhamento integral para educandos com dislexia, Transtorno do
Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de
aprendizagem.

Parágrafo único. O acompanhamento integral previsto no caput


deste artigo compreende a identificação precoce do transtorno, o enca-
minhamento do educando para diagnóstico, o apoio educacional na rede
de ensino, bem como o apoio terapêutico especializado na rede de saúde.

Art. 2º As escolas da educação básica das redes pública e privada,


com o apoio da família e dos serviços de saúde existentes, devem garantir
o cuidado e a proteção ao educando com dislexia, TDAH ou outro trans-
torno de aprendizagem, com vistas ao seu pleno desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, com auxílio das redes de proteção social
existentes no território, de natureza governamental ou não governamen-
tal.

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Art. 3º Educandos com dislexia, TDAH ou outro transtorno de
aprendizagem que apresentam alterações no desenvolvimento da leitura
e da escrita, ou instabilidade na atenção, que repercutam na aprendiza-
gem devem ter assegurado o acompanhamento específico direcionado à
sua dificuldade, da forma mais precoce possível, pelos seus educadores no
âmbito da escola na qual estão matriculados e podem contar com apoio
e orientação da área de saúde, de assistência social e de outras políticas
públicas existentes no território.

Art. 4º Necessidades específicas no desenvolvimento do educando


serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com
profissionais da rede de saúde.

Parágrafo único. Caso seja verificada a necessidade de interven-


ção terapêutica, esta deverá ser realizada em serviço de saúde em que
seja possível a avaliação diagnóstica, com metas de acompanhamento por
equipe multidisciplinar composta por profissionais necessários ao desem-
penho dessa abordagem.

Art. 5º No âmbito do programa estabelecido no art. 1º desta Lei,


os sistemas de ensino devem garantir aos professores da educação básica
amplo acesso à informação, inclusive quanto aos encaminhamentos pos-
síveis para atendimento multissetorial, e formação continuada para capa-
citá-los à identificação precoce dos sinais relacionados aos transtornos de
aprendizagem ou ao TDAH, bem como para o atendimento educacional
escolar dos educandos.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de novembro de 2021; 200º da Independência e 133º


da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Milton Ribeiro Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes
João Inácio Ribeiro Roma Neto
Damares Regina Alves

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Referências Bibliográficas
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conversa com educadores

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1993.

APA. Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais- DSM-V.


5ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2014.

ARUDA, Marco A. Levados da breca- Um guia sobre crianças e adoles-


centes com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Ribeirão Preto/SP: Instituto Glia, 2006.

BARKLEY, Russell A. Transtorno de Déficit de atenção/ hiperatividade-


Manual para diagnóstico e tratamento. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008

BARKLEY, Russell A. Vencendo o TDAH – Transtorno de Déficit de aten-


ção- Adulto. Porto Alegre: Artmed, 2011

BENCZIK, Edyleine Bellini Peroni. Escala de autoavaliação do transtor-


no do déficit de atenção/ hiperatividade- Versão para crianças e adoles-
centes- ETDAH- CriAd. São Paulo: Memnon, 2018.

BENCZIK, Edyleine Bellini Peroni. Escala de avaliação de comportamen-


tos infantojuvenis no transtorno do déficit de atenção/ hiperatividade em
ambiente familiar- Versão para pais- ETDAH- PAIS. São Paulo: Memnon,
2018.

BENCZIK, Edyleine Bellini Peroni. Escala de transtorno do déficit de


atenção e hiperatividade- versão Adolescentes e adultos ETDAH- AD. São
Paulo: Vetor, 2013.

CAVALCANTE, Jean Fco. Guia para pais e professores educarem crian-


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COSTA, Camila Rodrigues. Jaqueline Costa Castilho MOREIRA. Manoel


Osmar SEABRA JÚNIOR. Estratégias de Ensino e Recursos Pedagógicos
para o Ensino de Alunos com TDAH em Aulas de Educação Física.

Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbee/v21n1/1413-6538-r-


bee-21-01-00111.pdf

89
Juliana Palma - [email protected] - CPF: 375.104.178-80
DIAS, Natália Martins & SEABRA, Alessandra Gotuzo. Piafex- Progra-
ma de Intervenção em Autoregulação e Funções Executivas. São Paulo:
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HUDSON, Diana. Dificuldades específicas de aprendizagem- Ideias prá-


ticas para trabalhar com: dislexia, discalculia, disortografia, dispraxia,
TDAH, TEA, Síndrome de Asperger, TOC. Rio de Janeiro: Editora Vo-
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KAPCZENSKI, Flávio, QUEVEDO, João, IZQUIERDO, Iván & Colabo-


radores. Bases biológicas dos transtornos psiquiátricos- Uma abordagem
translacional. Porto Alegre: Artmed, 2011

NIZO, Nisia Camargo Caetano. Eduardo Alberto as Silva. O LÚDICO


COMO POSSIBILIDADE PARA A APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS
DIAGNOSTICADAS COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATEN-
ÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH).

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transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças escola-
res. Arquivo de Neuropsiquiatria, São Paulo, v. 63, 2005.  

SEABRA, Alessandra Gotuzo & DIAS Natália Martins. Avaliação Neurop-


sicológica Cognitiva- Atenção e funções executivas, volume 1. São Paulo:
Memnon, 2012

SILVEIRA, Carin A.C.M. Primavesi. Déficit de atenção tem solução. Rio


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ZORZI, Jaime. CAPELLINI, Simone. Dislexia e outro distúrbios da leitu-


ra e escrita: letras desafiando a aprendizagem. 2ed.São José dos Campos:
Pulso, 2009.

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http://institutoneurosaber.com.br

http://danielajassen.com.br

http://www.alphafono.com.br/psicomotricidade-e-tdah

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Sobre a Autora

Karina Fonseca é Psicóloga pelo Centro Universitário de Brasí-


lia. Mestra em Neuropsicopedagogia e Psicopedagogia. Atualmente atua
como professora no ensino superior em uma rede privada do Distrito
Federal.

É especialista na área clínica com crianças com dificuldades de


aprendizagem e transtornos do espectro autista.

Palestrante nos órgãos públicos como a Caixa Econômica Federal e


também participante das semanas pedagógicas do Distrito Federal.

CRP: 8987/09

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