Comunicação e Linguagem
Comunicação e Linguagem
Comunicação e Linguagem
E LINGUAGEM
licenciatura em
matemática
Licenciatura em Matemática
Comunicação e Linguagem
Fortaleza, CE
2009
Créditos
Presidente Regina Santos Young
Luis Inácio Lula da Silva Equipe Arte, Criação e Produção Visual
Ministro da Educação Ábner Di Cavalcanti Medeiros
Fernando Haddad Benghson da Silveira Dantas
Presidentes da CAPES Davi Jucimon Monteiro
Carlos Eduardo Bielschowsky Diemano Bruno Lima Nóbrega
Germano José Barros Pinheiro
Diretor de EaD - CAPES
Gilvandenys Leite Sales Júnior
Joao Carlos Teatine Climaco
Hommel Almeida de Barros Lima
Diretor de Educação a Distância José Albério Beserra
Celso Costa José Stelio Sampaio Bastos Neto
Reitor do IFCE Larissa Miranda Cunha
Cláudio Ricardo Gomes de Lima Marco Augusto M. Oliveira Júnior
Pró-Reitor de Ensino Navar de Medeiros Mendonça e Nascimento
Gilmar Lopes Ribeiro Roland Gabriel Nogueira Molina
Diretora de EAD/IFCE e Equipe Web
Coordenadora UAB/IFCE Aline Mariana Bispo de Lima
Cassandra Ribeiro Joye Benghson da Silveira Dantas
Fabrice Marc Joye
Vice-Coordenadora UAB
Igor Flávio Simões de Sousa
Régia Talina Silva Araújo
Luiz Alfredo Pereira Lima
Coordenador do Curso de Luiz Bezerra
Tecnologia em Hotelaria Lucas do Amaral Saboya
José Solon Sales e Silva Ricardo Werlang
Coordenador do Curso de Samantha Onofre Lóssio
Licenciatura em Matemática Tibério Bezerra Soares
Zelalber Gondim Guimarães Thuan Saraiva Nabuco
Elaboração do conteúdo Revisão Textual
Guilherme Brito de Lacerda Aurea Suely Zavam
Colaborador Nukácia Meyre Araújo de Almeida
Cristiane Borges Braga Revisão Web
Equipe Pedagógica e Design Instrucional Débora Liberato Arruda Hissa
Ana Claúdia Uchôa Araújo Saulo Garcia
Andréa Maria Rocha Rodrigues Logística
Cristiane Borges Braga Francisco Roberto Dias de Aguiar
Eliana Moreira de Oliveira Virgínia Ferreira Moreira
Gina Maria Porto de Aguiar Vieira Secretários
Iraci Moraes Schmidlin Breno Giovanni Silva Araújo
Jane Fontes Guedes Francisca Venâncio da Silva
Jivago Silva Araújo
Auxiliar
Karine Nascimento Portela
Bernardo Matias de Carvalho
Lívia Maria de Lima Santiago
Carla Anaíle Moreira de Oliveira
Luciana Andrade Rodrigues
Maria Tatiana Gomes da Silva
Maria Irene Silva de Moura
Wagner Souto Fernandes
Maria Vanda Silvino da Silva
Zuila Sâmea Vieira de Araújo
Marília Maia Moreira
Catalogação na Fonte: Etelvina Marques (CRB 3 – Nº 615)
ISBN 978-85-475-0019-1
CDD – 469.5
Apresentação
Referências
Currículo
6
65
66 SUMÁRIO
AULA 1 Processo de construção do texto 7
Tópico 1 8
Conceitos iniciais sobre texto
Tópico 2 A coesão na construção textual 12
Tópico 3 Níveis de Leitura17
Tópico 4 Intertextualidade 21
Tópico 5 Relação texto/história 24
Nas aulas 2, 3 e 4, focaremos nossos estudos na produção textual (escrita), trazendo até
você modelos de textos técnico-administrativos (ofícios, memorandos, procurações, etc.) e
colocando-o em contato com as regras mais básicas utilizadas na produção de trabalhos
universitários.
Dessa forma, esperamos contribuir para que você possa ter, em sua língua materna, um forte
aliado para o seu crescimento intelectual e acadêmico. Bons estudos!
6 Comunicação e Linguagem
AULA 1
Processo de construção
do texto
Objetivos
AULA 1 7
TÓPICO 1
Conceitos iniciais
sobre texto
O bjetivo
• Compreender conceitos iniciais sobre texto,
coerência e coesão textuais
8 Comunicação e Linguagem
Ati v i da de s d e a p ro fu n da m e n to
Complete as lacunas do texto. Para tanto, você deverá observar o contexto em que está inserida a
lacuna, que poderá ser preenchida com verbo, substantivo, adjetivo, numeral, conjunção, preposição
etc. Mas, atenção, em cada lacuna, você só poderá colocar uma palavra.
HARÉM À SERGIPANA
As histórias de sultões e suas nos países muçulmanos dominam o
imaginário masculino. No litoral sul de Sergipe, na praia do Abaís, a 74 da
capital, , José de Paula Almeida, mais conhecido Zé
do Baião pelas festas que organiza, resolveu montar uma versão tropical das lendas das mil e uma
noites. No seu sítio de menos de dez , ele mora com cinco esposas e tem três
namoradas fixas. O conglomerado marital foi a forma encontrada pelo festeiro para aplacar seu imenso
sexual. dos seus 65 anos completos, ele jura que mantém
relações três vezes ao durante toda a semana, à exceção da
sexta-feira. Para ele, um dia santo, como para os muçulmanos. Tudo isso sem .
Tem 60 filhos. Trinta e oito registrados.
A cada dia Zé do Baião garante que dorme com uma diferente.
Nos finais de é a vez das namoradas. Maria de Lourdes Leite, esposa mais
, tem 55 anos e a mais nova, Wilma Melo, completou 20 e com ele tem uma filha
de oito meses. “Quem tem só uma mulher, não tem nenhuma”, acredita o sultão. Qual o segredo? Zé
do Baião conta que se alimenta seis vezes ao dia, sempre em quantidades reduzidas. Não exagera na
gordura e dá preferência ao peixe e água-de-coco. Ele bebe um de uísque por dia
e logo de manhã, em , toma um chá feito de casca de pau de uma planta selvagem
que é segredo. Zé do Baião não aceita tomar remédios. “Meu cooper é sexo de
manhã”.
Mulato, 1,75 m de , um bigodinho bem aparado e um pouco calvo, faz
questão de mostrar seu sorriso, colares, e relógios, tudo em ouro. Está sempre
entoado no linho puro. é belo, mas tem patrimônio. O onde
cultiva coco e cria uma centena de cabeças de gado. Ele já foi um dos homens mais
da região. Era conhecido como o Barão do coco. Estudou até a sexta . Seu avô,
João Jacinto de Farias, subdelegado da Polícia Militar em Estância e um dos homens mais ricos
da região, levou Zé do Baião para trabalhar com ele. Quando o avô , ele foi
subdelegado. Zé do Baião se tornou uma espécie de juiz de paz, um xerife. “Aqui
ninguém faz nada sem me ”, conta.
Ele casou-se pela vez aos 24 anos na Igreja Católica. Só que já era
de três filhos com outra mulher. Depois de quatro anos de ,Zé do
Baião conheceu sua segunda mulher com quem se casou só no . “A primeira não
disse nada. Como tinha uma boa condição financeira, vivia com as duas na mesma casa. Eu dormia no
das duas. Nunca houve discussão”, lembra. Um ano depois,
a terceira. “Não pensei duas vezes. Levei ela para casa”, conta. Desta vez ele construiu uma casa
para a terceira esposa e entregou-lhe um pedaço de e umas vacas leiteiras. Isso
foi a senha para futuros casamentos. “Um pai com cinco filhas vinha me oferecer a menina para
AULA 1 TÓPICO 1 9
casar. Ele estava no terreno e nas vacas. Aceitei algumas nessa condição”,
confessa. “Hoje, oficialmente, só tenho cinco esposas, já tive oito no meu
harém”, informa. “Para evitar de noite, construí uma casa para cada uma. As
cinco são vizinhas. É como se fossem . Umas cuidam dos filhos das outras”,
completa Zé. Para que as cinco esposas em harmonia e sejam extremamente
a ele, Zé do Baião impõe algumas regras: falar sempre a verdade, ajudar-
se mutuamente no com os filhos, tratá-lo com e nunca
por ciúmes. “ uma delas saiu da linha e foi embora,
logo substituída. Aqui elas são livres. Nunca bati em uma mulher. Em mulher
sé se bate com os lábios, dando ”. Mesmo tão bem tratadas, nenhuma quis
para fotos ao lado do marido.
Fonte: ISTO É, 17/06/98.
10 Comunicação e Linguagem
Os filhos respeitam a dor do pai sem recriminar seus . “Essa é a história
de um puro, sem limites”, comove-se Francinélio, 21 anos, o caçula. Bem que os
parentes tentaram casar Chico de novo. Uma das seria Ritinha, 22 anos, prima
da falecida. O sucateiro ri, mas prefere continuar à sua obsessão. “Sei o valor
que ela tinha. Fizemos amor até 15 dias antes de sua morte.” Como se não bastasse, agora ele
que quer ver de novo o rosto da morta. tanto, deixou o caixão
desparafusado de propósito. “Tenho que ver a cara dela. Temo não suportar, mas preciso fazer
isso”, diz ele, ainda não teve coragem de abrir o caixão. “Ave Maria de eu
esquecer Eliete.”
Revista ISTOÉ, Ed. Nº 1498 – 17 jun. 98.
Atividade 2
Mais um desafio pra você! Aceita? Então vamos lá!
Agora, vamos trabalhar com a linguagem associada a questões de lógica, algo meio cartesiano
mesmo. Isso exigirá de você, além de um raciocínio lógico, atenção com aspectos importantes no
uso da língua, como o princípio da exclusão e da inclusão.
Sugestão: Trabalhar em dupla, discutindo as diversas possibilidades e apontando para uma
resposta que traga as observações de ambos.
Uma escola recebeu cinco novos professores. Cada um leciona uma disciplina diferente e receberá
um birô devidamente numerado. Com base nas dicas abaixo, indique o nome completo de cada
professor, sua disciplina e o número de seu birô.
1. Carlos é professor de Português.
2. A professora Mendes ficou com o birô 03.
3. Joana ficou com o birô 04.
4. O professor Brito leciona Matemática.
5. O professor de Ciências ficou com o birô 05.
6. O armário de Carlos tem número par.
7. João, cujo sobrenome não é Coelho, não é professor de Ciências.
8. A professora Gomes, que não leciona Geografia, é amiga do professor Antonio Falcão.
AULA 1 TÓPICO 1 11
TÓPICO 2
Entendendo a coesão textual
O bjetivo
• Distinguir a noção de texto e a estrutura de
texto escritos (intratextualidade)
12 Comunicação e Linguagem
AULA 1 TÓPICO 2 13
www.portinari.org.br/IMGS/jpgobras/OAa_2733.JPG
14 Comunicação e Linguagem
TEXTO
Cada indivíduo possui características próprias que o distinguem do outro.
Como pessoa, pensa, vive integrado a uma família e à sociedade, está sujeito a um
governo, _____________ nem sempre participe da sua escolha, e está sujeito às leis.
____________ sobreviver executa um trabalho (______________ alguns
viverem da exploração do trabalho alheio) e, ___________ a sua situação econômica,
engaja-se num determinado grupo social. _____________, cada indivíduo luta pelos
seus próprios fins, pela sua existência e pela existência dos que lhe são próximos,
constrói a sua história. ____________ ocorre um movimento conjunto, resultado
da ação de todos os homens, que denominamos de história do gênero humano.
_____________, podemos afirmar que na história não há o acaso e que todas as
transformações são fruto da ação dos homens e não de alguns homens apenas, os
“grandes homens”, os “heróis”.
____________ a história não é estática, ________ um processo dinâmico,
dialético, em que as contradições geradas pela luta entre as classes sociais conduz às
grandes transformações da sociedade.
Paulo Cosiuc (adaptado)
AULA 1 TÓPICO 2 15
Ati v i da de s de a p ro fu n da m e n to
Numere todas as lacunas, a partir do título, e forme o texto. Leve em consideração a coerência textual,
a qual só poderá ser atingida se você atentar para as ligações que se fazem entre os trechos. Ao final,
leia todo o texto, de acordo com a sequência numérica que você apresentou. Se você sentir que os
enunciados não estão se encaixando devidamente, não desista, tente novamente.
Uma dica para ajudá-lo: este texto segue um padrão muito recorrente quando se quer narrar uma
história; primeiro, apresentam-se as personagens, depois mostra-se o elemento causador do conflito e,
somente no final, mostra-se o desfecho. O título está destacado em CAIXA ALTA.
( ) A vida do casal virou um inferno a partir do ano passado. A filha de Dolores, Maria Isabel, 42
anos, tenta a todo custo impedir o casamento.
( ) Há seis meses. Isabel foi à Delegacia da Mulher. “Fernandes quer a casa e a pensão de R$ 600,00
de minha mãe, que está esclerosada”, disse à delegada Fátima Giasseti.
( ) Dias depois, Isabel foi à Delegacia Seccional para se queixar, mas não obteve sucesso.
( ) “Quero é ver Dolores feliz, porque é no mínimo bonitinho ela falar que está apaixonada”. O amor
é lindo.
( ) Além deste entrave burocrático, o casal espera que alguma alma bondosa os presenteie com
um par de alianças. “Ela ficou me olhando, deu umas piscadinhas e não resisti”, conta ele. “Vivia
abandonada e ele cuidou de mim”, diz ela.
( ) Na delegacia, Dolores foi franca. “Minha filha está irada porque não irá mais receber e ficar com
parte da minha aposentadoria. Agora quem pega o dinheiro é o meu noivo”. Ela mora na casa do filho
Adão, doente mental, de quem é curadora.
( ) Evangélicos, eles namoram há quatro anos e aguardam com ansiedade o divórcio de Fernandes
para realizar o casamento que irá liberar seus corpos e espíritos para a primeira noite de amor.
( ) AS DORES DE DOLORES
( ) Maria Dolores de Oliveira, mineira, de Extrema, é uma mulher forte.
( ) “Trouxe todos para a delegacia” , contou Fátima. Dolores explicou na delegacia que não estava
vivendo em cárcere privado. Tinha-se trancado para não receber a filha, revoltada por ter deixado de
receber sua pensão.
( ) Aos 82 anos, essa senhora de corpo mirrado foi tomada por uma paixão gigantesca. Ela vem
defendendo com unhas e dentes, na cidade paulista de Jundiaí, o direito de se casar com um homem
28 anos mais novo, o aposentado por invalidez José Tavares Fernandes.
( ) No último dia 13 de março, na terceira tentativa, procurou o promotor Antonio Carlos Pacheco.
Disse que a mãe estava em cárcere privado. O caso foi parar novamente na mesa da delegada.
( ) Desquitado, o príncipe encantado de Dolores ganha salário mensal de R$ 128,00 e complementa a
renda com R$ 50,00 ganhos como caseiro.
( ) Ao contrário do que afirma Isabel, Dolores recebe um salário mínimo de aposentadoria. Isabel
poderia ser acusada de falsa comunicação de crime. “Em casos envolvendo família você acaba
relevando” , pondera Fátima.
( ) “Dolores está ótima. Fernandes é muito bom para ela!”, conclui a delegada.
VEJA, 07/05/97
16 Comunicação e Linguagem
TÓPICO 3 Níveis de Leitura
O bjetivo
• Perceber os níveis de compreensão de
textos
N
na leitura.
este tópico, você vai perceber, por meio das atividades
propostas, como o entendimento de algo que estamos lendo
depende do aprofundamento e do envolvimento empreendido
AULA 1 TÓPICO 3 17
apresentadas e também para as possibilidades de leitura que o apresentam.
Não nos detemos apenas naquilo que lemos, mas, sobremaneira, nas deduções,
nas chamadas “entrelinhas”.
• Nível crítico - Quando relacionamos aquilo que lemos com as informações
de que já dispomos. Lançamos sobre o texto um olhar mais analítico,
posicionando-nos frente à temática que vem à tona com o texto. Exige-se aqui
um maior poder de argumentar e de relacionar o nosso conhecimento prévio
com aquele exposto no texto.
A vida acadêmica, que você está iniciando, exige que leiamos inúmeros textos.
Seu interesse e a determinação de objetivos de leitura serão essenciais para sua
formação profissional. Fique atento(a) a isso então.
Gostaríamos agora de chamá-lo(a) a responder algumas perguntas sobre
o texto a seguir, com a atenção devida principalmente à disposição em que as
perguntas foram colocadas.
Perceba que as primeiras perguntas são aquelas cujas respostas estão bem
explícitas no texto. Na sequência, há uma necessidade de se fazer deduções, observe
não só o que está na superfície do texto, mas também o que está por trás dele,
nas entrelinhas. Para concluir, colocamos alguns questionamentos sobre a temática
abordada no texto, o que exigirá de você um posicionamento, ou ainda, uma visão
sobre o tema tratado.
18 Comunicação e Linguagem
Ati v i dade s de ap r o f u n dame n to
A VOZ DO PRÓXIMO
Lygia Fagundes Telles
Quando ela se achou velha, calmamente resolveu dependurar as chuteiras (nos negócios, do
amor, nunca foi uma jogadora do primeiro time) e assumir a velhice com dignidade. Então ouviu
a voz do próximo: “Que horror, mas como uma pessoa se entrega desse jeito, ficou até desleixa-
da, presença negativa! De repente, parece que resolveu envelhecer e envelheceu tudo, sem
nenhuma luta, isso só pode ser neurose, há de ver, quer provocar piedade, é uma punitiva!”.
Muito impressionada com o que ouviu ela resolveu reagir, lutar por uma imagem melhor. Fez
plástica, pintou os cabelos, comprou roupas da moda e começou a namorar outra vez. Então
ouviu a voz do próximo: “Mas que ridícula! Caindo de velhice e ainda querendo fazer charme,
uma desfrutável! Já puxou a cara uma três vezes, se pinta feito uma palhaça, virou arroz de
festa e ainda namorando um moço que podia ser seu filho! Devia se recolher, devia ir reza.
Muito impressionada com o que ouviu ela resolveu se afastar da vida frívola, das vaid-
ades deste mundo e na solidão decidiu entrar para um convento, quem sabe no convento
se encontraria? E se encontrando, quem sabe encontraria Deus? Então ouviu a voz do
próximo: “Depois de velho o Diabo faz-se ermitão! Vê se é possível uma vocação assim
retardada, por que só agora essa mania de religião? Tudo mentira, afetação, vontade de
ser original, imagine se vai durar... Quando descobrir que ninguém está ligando, deixa
de bancar a santa. Pode ser também que esteja esclerosada, pode ser isso, esclerose!”
Muito impressionada com o que ouviu ela resolveu sair do convento e num dia de de-
pressão mais aguda decidiu se matar. Mas queria uma morte silenciosa, sem chamar a
menor atenção – se possível, sem deixar sequer o corpo, estava tão triste consigo mesma
que achou que nem o enterro merecia. Tirou a roupa para não ser identificada, de-
pendurou na cintura uma sacola com pedras e entrou no rio. Então ouviu a voz do
próximo: “Está vendo? A vida inteira ela só quis uma coisa, se exibir, se mostrar, uma
narcisista até na hora em que cismou de morrer, imagine, entrar nua no rio! No velho
estilo para provocar escândalo. Só para comover, mas a mim é que não comoveu, ao
contrário, fiquei tão decepcionada, que idéia de querer fazer da morte um espetáculo”.
Muito impressionada com o que ouviu (e ouviu tão mal, a voz do próximo longe demais,
quase apagando) ela quis gritar de alegria, quis rir, rir – mas então era assim? – ô Deus – e
se preocupando com isso, perdendo a vida, que maravilha não ter morrido, quer dizer que
alguém entrou no rio para salvá-la? Maravilha, coisa extraordinária, quer dizer que? ... Mas
onde estava agora? No hospital? Se estava ouvindo, hein?! Se estava ouvindo – e livre, para
sempre livre, ah, como demorou para entender que os outros – ah, que demora para se lib-
ertar, nascer de novo! Então ouviu a voz do próximo (desta vez, tão longe que ficou um so-
AULA 1 TÓPICO 3 19
pro) pedir depressa a tampa, já estava passando da hora de fechar o caixão.
Telles, Lygia Fagundes. A Confissão de Leontina e fragmentos.
Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.
Interpretação do texto
1. Explique o título do conto que acabou de ler.
2. Indique as tentativas da personagem para corresponder
àquilo que os outros queriam.
3. Todos os parágrafos começam com a expressão “muito
impressionada”. O que sugere a repetição do texto?
4. O que significa a palavra narcisista na seguinte passagem do
texto: “... uma narcisista até na hora de morrer...”?
5. Explique a passagem: “ela quis gritar de alegria, quis rir...”
6. No último parágrafo a personagem se considera “livre, para
sempre livre...”. Por que ela experimentava esse sentimento?
7. Releia: “Então ouviu a voz do próximo (desta vez, tão longe
que ficou um sopro) pedir depressa a tampa já estava na
hora de fechar o caixão“. A partir do fragmento, explique o
que aconteceu com a personagem.
8. A personagem vivia em função da opinião dos outros?
Justifique.
9. Até que ponto devemos dar ouvidos aos comentários que
são feitos sobre nossa vida?
10. Na sua vida, você faz as vezes de A VOZ DO PRÓXIMO?
Responda conscientemente.
E então? Deu pra perceber esta alteração que foi ocorrendo gradativamente
entre as perguntas iniciais e as finais? É exatamente essa diferença que fará você
lançar um novo olhar sobre as leituras que costumeiramente faz.
Uma das propostas mais importantes desta disciplina é exatamente esta: torná-
lo(a) consciente de como o processo de leitura não é algo estático, mas, ao contrário
disso, é sempre dinâmico e pede sempre a sua efetiva participação! Toda leitura,
portanto, exigirá de você ativa participação e posicionamento crítico.
20 Comunicação e Linguagem
TÓPICO 4 Intertextualidade
O bjetivo
• Discutir a relação existente entre textos
AULA 1 TÓPICO 4 21
para podermos perceber quando os textos
realmente possuem um núcleo em comum.
Isso significa dizer, principalmente agora
at e nção! que estamos entrando no meio acadêmico, que
22 Comunicação e Linguagem
[...]
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
[...]
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
“Nossos bosques têm mais vida”
“Nossa vida”, no teu seio, “mais amores”
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
[...]
i mp o rtan te
Uma parte dos trechos retirados da obra de Gonçalves Dias estão no hino nacional. Sem dúvida, Joaquim Osório
Duque Estrada inseriu estes versos da Canção do Exílio por reforçarem a visão ufanista e engrandecedora
sobre nossa pátria, bem como pela familiaridade dos brasileiros com este poema, um dos mais conhecidos
da nossa literatura.
AULA 1 TÓPICO 4 23
TÓPICO 5 Relação texto/história
O bjetivo
• Compreender a relação entre texto e a
época em que foi escrito
24 Comunicação e Linguagem
AULA 2 Produção de textos
técnicos – parte I
Objetivos
AULA 2 25
TÓPICO 1
Produção de textos
técnicos
O bjetivo
• Estudar modelos de gênero textuais usados
na redação técnica
26 Comunicação e Linguagem
Pelo contrário, utilize-os sempre, adaptando-os às suas necessidades e nunca o
contrário. Criatividade é a senha para o seu sucesso acadêmico e no mundo do
trabalho!
Começaremos tratando de ofício e memorando. Primeiro, vamos defini-
los (pois muitas pessoas os confundem) para, em seguida, apresentar alguns
exemplos.
Antes de começar, você deve ter em mente algumas questões essenciais:
1. Antes de redigir, pense, organize suas ideias;
2. Fuja de alguns chavões amplamente utilizados nessa modalidade de
redação, os quais denotam pobreza vocabular, tais como:
a. de abertura: “Vimos através ou por meio desta”; “Tem a presente a
finalidade de”; “Temos em nosso poder sua carta”;
b. de encerramento: “Sendo o que nos apresenta”; “Sem mais para o
momento”; “Aproveitamos o ensejo ou a oportunidade”; “Limitados ao exposto,
encerramos”.
3. Não se esqueça de revisar seu
texto. Isso certamente eliminará equívocos
(inclusive de natureza gramatical) que ate n ç ão !
passaram despercebidos na hora da escrita. Memorando e ofício apresentam estrutura
semelhante. A diferença entre os dois se dá em fun-
OFÍCIO ção do destinatário de cada um: no ofício, é o pú-
O memorando e o ofício (este último blico externo à instituição/empresa; no memoran-
também tratado por carta comercial) têm do, é o público interno (setores, funcionários etc).
estruturas bem semelhantes, entretanto a
finalidade de cada um é bem distinta; enquanto
o ofício é destinado ao público externo, o memorando é uma correspondência de
caráter interno, ou seja, utiliza-se somente entre departamentos, coordenações
ou servidores de uma mesma instituição.
Ambos são utilizados para os mais diversos fins: solicitar alguma
providência, agendar algum evento, fazer cobrança, etc. Em todos os casos,
devem ser protocolados (assinado e datado - em livro próprio ou na segunda via
AULA 2 TÓPICO 1 27
- por quem recebeu) feitos em duas vias, uma para ser entregue e outra para ser
(1)
Sobral-CE
(7)Acusamos recebimento de seu ofício nº 09/07, datado de 20 de agosto do corrente, para o qual
temos as seguintes informações:
1) A fim de não comprometer a qualidade do serviço educacional que prestamos, poderemos receber
apenas 20 (vinte) alunos por semestre para os estágios solicitados.
2) De outro modo, caso seja de seu interesse, disponibilizaremos até o dia 02 de setembro do cor-
rente, 10 (dez) vagas para seus alunos em minicursos durante a X Jornada de Matemática, a qual ocorrerá no
período de 25 a 28 de setembro.
Solicitamos, portanto, enviar a relação nominal dos interessados no estágio, bem como as disciplinas
que estão habilitados a lecionar.
Atenciosamente, (8)
28 Comunicação e Linguagem
demais casos, utiliza-se o vocativo adequado, de acordo com nossa tabela de
pronomes de tratamento anexa.
(6) Referência ou Assunto; teor principal (resumido) do ofício.
(7) Corpo do texto – objetivo, direto, porém de forma sempre polida
e usando um registro de língua mais formal. Texto conciso, levando-se em
consideração não haver perda de tempo.
(8) Saudação – empregam-se os termos “cordialmente“ ou ”atenciosamente”.
Não devem ser usadas expressões rebuscadas, chavões.
(9) Assinatura – nome em uma linha (só as iniciais maiúsculas); na outra,
o cargo (pode ser acompanhado do número de registro, por exemplo, no caso de
advogados, o número do registro na OAB).
MEMORANDO
Vamos analisar agora um modelo de memorando. Você vai notar muitas
(1)
Em:15/09/07. (3)
(7)Informamos, para as devidas providências, que, no período noturno, do dia 18/set./07, nossa
escola estará passando por uma dedetização, fato que impossibilitará a realização de aulas neste turno.
Atenciosamente, (8)
AULA 2 TÓPICO 1 29
arquivamento (sequencial) e de resposta do destinatário.
(3) Data – abreviado, não há necessidade de colocar o local.
(4) Dados do emissor, destinatário e assunto – coloca-se o nome e o cargo
do emissor e do receptor. No assunto, apenas menciona-se o teor do memorando;
(5) Vocativo – utiliza-se prezado, caro, pois se trata de uma correspondência
bem informal.
(6) Referência ou assunto – teor principal (resumido) do ofício.
(7) Corpo do texto – muito direto, sem rodeios. Concisão e clareza são as
principais características.
(8) Saudação – emprega-se atenciosamente.
(9) Assinatura – nome em uma linha (só as iniciais maiúsculas), e na outra,
o cargo.
CARTA DE COBRANÇA
(1)
(5) Em nossos arquivos, não acusamos o pagamento da primeira prestação da compra efetuada por V.
Sa. em nosso estabelecimento. Aproveitamos para lembrá-lo de que no próximo dia 06 de fevereiro vencerá a sua
segunda parcela.
Caso o pagamento já tenha sido efetuado, por gentileza, desconsidere este aviso.
Atenciosamente, (6)
Ao (8)
Fortaleza-CE
30 Comunicação e Linguagem
(2) Local e data (por extenso) – o mês deve ser escrito com inicial minúscula.
(3) Vocativo – nos casos mais informais, utiliza-se prezado, caro, etc; nos demais casos,
utiliza-se o vocativo adequado, de acordo com a relação de pronomes de tratamento anexa.
(4) Referência ou Assunto – resumo do assunto da carta.
(5) Corpo do texto – objetividade é a marca principal, devendo sempre haver tratamento
respeitoso e polido.
(6) Saudação – normalmente, usa-se atenciosamente.
(7) Assinatura – nome completo em uma linha e na outra o departamento emitente.
(8) Endereçamento – no final da correspondência, coloca-se o nome completo e a cidade.
O endereço completo já deve constar no envelope.
ATA DE REUNIÃO
Passaremos agora a observar um modelo de ata. A ata é um documento de valor jurídico
que tem a finalidade de registrar sinteticamente aquilo que foi discutido e deliberado em uma
reunião, sessão ou assembleia.
Se você for escolhido para secretariar uma reunião, deve ficar atento às seguintes regras
na hora de lavrar a ata.
a) Não deve haver parágrafos. Escreve-se de ponta a ponta das margens, sem deixar
espaços em branco que passam compostas adulterações.
b) Os números devem ser escritos sempre por extenso, a fim de evitar possíveis fraudes e
não se devem colocar abreviaturas.
c) Não pode haver rasuras ou emendas. Quando ocorrer um engano, usa-se expressões
como “digo” ou “aliás” e, em seguida, escreve-se o termo certo.
d) Se houver algum engano na escrita do texto e este só for percebido mais a adiante, é
muito fácil corrigi-lo sem rasurar. No final da ata coloca-se a expressão “onde se lê ..... leia-
se.....”.
Toda ata tem estrutura padronizada, a qual obedece à seguinte ordem:
1. Introdução: contém data, horário, local e o nome de quem preside a reunião e dos
demais presentes.
2. Desenvolvimento: trecho em que se registram, de forma objetiva e em ordem cronológica,
os assuntos mais relevantes levantados ao longo da reunião, assim como as decisões tomadas.
3. Fechamento: trecho em que se informa o encerramento da reunião por seu presidente e
o nome completo de quem lavrou a ata. Em seguida, abre-se espaço para colher as assinaturas.
Vejamos o exemplo:
AULA 2 TÓPICO 1 31
ATA DA 1ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO-DIRETOR DA EAFI REALIZADA EM 29/JAN/07. (1)
(2) Aos vinte e nove de janeiro de dois mil e sete, às nove horas e trinta minutos, na sala de reuniões,
reuniu-se o Conselho-Diretor da Escola Técnica de Comércio do Crato-CE, presidida pelo senhor Pedro
Silva Rodrigues, presentes os senhores: Henrique da Costa Filho, Daniel Oliveira, José Leite Nobre, Cássia
Araújo de Queiroz e Guilherme Andrade Bonfim, cuja pauta era criar as normas de funcionamento do
próprio Conselho-Diretor. (3) Iniciados os trabalhos, o Senhor Daniel Oliveira solicitou que se pla-
nejasse o calendário de reuniões ordinárias do Conselho-Diretor do ano corrente. Apresentadas as
propostas, ficaram fixadas as datas de vinte e nove de março, vinte e oito de junho, vinte e seis de
setembro e dez de dezembro do corrente ano para as referidas reuniões. Com a palavra, o Senhor
José Leite Nobre questionou se nas convocações para reuniões ordinárias devem constar suas res-
pectivas pautas. Para dirimir a questão, o Senhor Pedro Silva Rodrigues consultou o regimento do
Conselho-Diretor e verificou que a obrigatoriedade da divulgação de pauta só é exigida para reuni-
ões de caráter extraordinário. Ainda com a palavra, o presidente da reunião aproveitou para escla-
recer as principais metas e deveres do Conselho-Diretor, ressaltando que este tem como prioridades
aprovar diretrizes para administração escolar; deliberar sobre contribuições, emolumentos e pres-
tações de serviços; apreciar todas as contas da Escola; propor alteração do Regimento Interno da
Escola e do próprio Conselho-Diretor. Dando seqüência, foi feita votação para nomeação do cargo
de secretário do Conselho-Diretor, tendo sido escolhido para esta função o membro Guilherme An-
drade Bonfim.(4) Dado o avançado da hora, o presidente da reunião encerrou os trabalhos, agrade-
cendo a presença de todos, fazendo um balanço geral das ações educacionais da Escola e mostran-
do as metas para o ano letivo que se inicia. Para constar, eu, Guilherme Andrade Bonfim, lavrei a
presente Ata. Sala de reuniões da Escola Técnica de Comércio do Crato-CE, 29 de janeiro de 2007.
Assinaturas:
XXXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXXXXX
32 Comunicação e Linguagem
Abreviaturas comuns na
Palavra Abreviatura
Agência Ag.
aos cuidados a/c ou A/C
Apartamento ap. ou apart.
Avenida Av.
Artigo art.
Assinado (a)
Caixa cx.
Capítulo cap.
Citação cit.
Código cód.
Companhia Cia.
com cópia c/c
confere, confira, confronte cf.
conta corrente c/c
Crédito Créd.
Decreto dec.
Documento doc.
em mãos E.M.
endereço eletrônico E-mail
Exemplo ex.
AULA 2 TÓPICO 2 33
Folha fl.
Grama G
Idem id.
Índice ind.
Informação inform.
Limitada Ltda.
Memorando Memo
Metro M
nota bene (observa bem) N.B.
Nestes Termos N.T ou N. Termos
Número nº
observação obs.
Ofício of.
Página p.
Páginas pp.
Pago pg.
pede deferimento P.D ou P. Deferimento
por exemplo p. ex.
por procuração p.p.
post scriptum (pós-escrito) P.S.
Praça P.
Processo proc.
próximo passado p.p.
quilograma (s) Kg
quilômetro (s) Km
Relatório rel.
Remetente Remte.
Rua R.
sem data s/d
Sobreloja s/l
sociedade anônima S.A.
Telefone tel.
tonelada (s) T
Travessa Trav.
Trimestre trim.
Volume vol.
34 Comunicação e Linguagem
TÓPICO 3
Formas de tratamento comuns na
correspondência comercial e empresarial
O bjetivo
• Saber utilizar as principais formas de tratamento
usadas na produção de correspondência oficial
N
Destinatário
esta quadro, você terá disponível a relação dos pronomes de
tratamento e seus respectivos destinatários para eventuais
consultas.
Chefe do Estado-
Maior do Exército,
da Marinha e da
Aeronáutica
Oficiais-Generais
das Forças Armadas
Membros da Câ- Vossa Excelência V. Exa. Excelentíssimo Exmo. Sr. (nome
mara dos Deputa- Senhor da pessoa) DD.
dos e do Senado Chefe do...
Federal
AULA 2 TÓPICO 3 35
Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento
Governadores de Vossa Excelência Excelentíssimo Exmo. Sr. (nome
Estado e do Dis- Senhor da pessoa) Dignís-
trito Federal simo Governador
do Estado de...
Prefeitos, Presiden- Vossa Excelência V. Exa. Excelentíssimo Exmo. Sr. (nome
tes e Membros das Senhor da pessoa) DD.
Assembléias Leg- Presidente da As-
islativas e Câmaras sembléia Legisla-
Municipais tiva de...
Presidente e Mem- Vossa Excelência V. Exa. Excelentíssimo Exmo. Sr. (nome
bros do Supremo Senhor Presidente da pessoa) DD.
Tribunal Federal (ou membro) do Presidente do
Presidente e Mem- Egrégio Tribunal... Egrégio Tribunal...
bros do Tribunal
Federal de Recur-
sos
Presidente e Mem-
bros do Tribunal
Superior do Trab-
alho e dos Tribu-
nais Regionais do
Trabalho
Presidente e Mem-
bros dos Tribunais
de Justiça
Presidentes e
Membros do Tri-
bunal de Contas
Juízes em geral Vossa Excelência V. Exa. Meritíssimo Exmo. Sr. (nome
e auditores da da pessoa) Juiz
Justiça Militar da...
Procurador-Geral Vossa Excelência V. Exa. Excelentíssimo Exmo. Sr. (nome
da República da pessoa)
Procuradores jun-
tos aos Tribunais
Embaixadores
Outras pessoas e Vossa Senhoria V. Sa. Prezado Senhor Ilmo. Sr. (nome
demais autoridades da pessoa) ou Dr.
Diretores, Fun- (nome da pessoa)
cionários Gradua-
dos, Oficiais até
Coronel
36 Comunicação e Linguagem
Reitor de Univer- Vossa Magnificên- Não se usa. Magnífico Reitor Excelentíssimo
sidade cia Senhor Prof. (nome
da pessoa)
Magnífico Reitor
de Universidade...
Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento
Papa Vossa Santidade Não se usa. Santíssimo Padre Santíssimo Santo
Papa
Cardeais Vossa Eminência V. Ema. Eminentíssimo Eminentís-
Senhor Cardeal simo Senhor Dom
(nome da pessoa)
Cardeal...
Bispos e Arcebi- Vossa Excelência V. Exa. Revma. Reverendíssimo Reverendíssimo
spos Senhor Bispo (ou Senhor Dom...
Arcebispo) Bispo...
Monsenhores, Vossa Reverendís- V. Revma. Reverendíssimo Reverendíssimo
Cônegos, Padres e sima Senhor Senhor Padre...
Freiras
AULA 2 TÓPICO 3 37
AULA 3 Produção de textos
técnicos - Parte II
Chegamos a mais uma aula. Isso representa uma vitória sua! Continuaremos
a estudar a produção de textos de natureza técnica, observando as regras de
como produzir tipos específicos de correspondência empresarial, bem como os
respectivos modelos.
Objetivo
38 Comunicação e Linguagem
TÓPICO 1
Produção de textos
técnicos - Continuação
O bjetivo
• Utilizar adequadamente os gêneros da
correspondência comercial e acadêmica
CIRCULAR
A circular pode seguir o modelo do ofício ou de um manifesto. O que
de fato a caracteriza é a sua natureza abrangente, sempre tratando de um
assunto que desperta interesse geral.
Veja o modelo abaixo, atentando principalmente para a sua objetividade.
Circular nº 21 (2)
(5) Em virtude do feriado do próximo dia 12 de outubro, informamos que o expediente do sábado, dia
13/out./07, estará suspenso.
Atenciosamente, (6)
AULA 3 TÓPICO 1 39
Observe:
(1) Cabeçalho ou timbre
(2) Número da circular
(3) Local e data (por extenso)
(4) Assunto
(5) Corpo do texto – Informação de interesse geral
(6) Saudação
(7) Assinatura
PROCURAÇÃO
Agora apresentaremos dois padrões bem usuais de procuração.
A procuração é um tipo de redação bastante utilizada nos momentos em
que necessitamos de outras pessoas para nos representar nos mais diversos
tipos de situação. Esse documento, devidamente assinado, concede a alguém
poderes para muitos procedimentos, entre os quais estão inscrições em concursos
e resoluções de problemas burocráticos.
Através de procuração, uma pessoa (física ou jurídica) pode autorizar
outrem a agir em seu nome. Dois tipos de procuração são correntes:
Pública: documento feito em cartório por tabelião, geralmente utilizado
em situações de maior peso, como venda de imóveis, movimentações de contas
bancárias.
Particular: feita por nós mesmos para resolver situações menos complexas,
por exemplo, efetuar uma inscrição em vestibular. Às vezes, há a necessidade de
reconhecimento de firma, conforme a finalidade a que se destina, devendo isso ser
verificado em cada situação específica.
Nos dois tipos de procuração, não podem faltar os dados de quem está
passando a procuração, os dados daquele que exercerá os poderes constituídos e
a finalidade do documento. Estes poderes podem ser gerais (quando o outorgante
declara que são amplos, ilimitados) ou específicos (quando o outorgante estipula
uma finalidade distinta).
40 Comunicação e Linguagem
Vejamos agora os exemplos:
PROCURAÇÃO
(1)
(2)Joana Magalhães Nogueira, brasileira, casada, professora, residente e domiciliada na Rua João
de Sousa, nº 123, Bairro São Sebastião, em Limoeiro do Norte-CE, portadora da Identidade 1245875-89
SSP-CE, CPF 896.654.534-09, nomeia e constitui seu bastante procurador o Sr. Pedro Antônio de Brito
Costa, brasileiro, solteiro, advogado, residente e domiciliado na Av. Oliveira Paiva, nº 760, apto. 605, Bairro
Aldeota, em Fortaleza-CE, portador da Identidade 21887775004-02 SSP-CE, CPF 778.454.235-08, para,
junto à Universidade Federal do Ceará-UFC, efetuar inscrição no Concurso Público para o cargo de professor
universitário, área de concentração Geografia, conforme Edital nº 22/07, podendo o outorgado, para tanto,
preencher formulários, recolher taxas e realizar quaisquer atos que se fizerem necessários para o bom e fiel
cumprimento do presente mandato.
Testemunhas: (5)
EXEMPLO 1
Observe:
(1) Título – deve ser escrito em cima, centralizado, todo maiúsculo.
(2) Texto – deve conter os dados principais de quem passa a procuração
e os dados de quem a recebe, bem como a finalidade específica do documento
(com a maior rigor, estabelecendo claramente os poderes concedidos).
(3) Local e data (por extenso).
(4) Assinatura – deve conter o nome completo de quem está passando a
procuração e também o número do documento cuja cópia autenticada seguirá
junto à procuração.
AULA 3 TÓPICO 1 41
(5) Testemunhas – nome completo e número de um documento das
testemunhas. Obs: Nem sempre há necessidade de testemunhas.
PROCURAÇÃO
(1)
(2)Joana Magalhães Nogueira, brasileira, casada, professora, residente e domiciliada na Rua João
de Sousa, nº 123, Bairro São Sebastião, em Limoeiro do Norte-CE, portadora da Identidade 1245875-89
SSP-CE, CPF 896.654.534-09, nomeia e constitui seu bastante procurador o Sr. Pedro Antônio de Brito
Costa, brasileiro, solteiro, advogado, residente e domiciliado na Av. Oliveira Paiva, nº 760, apto. 605, Bairro
Aldeota, em Fortaleza-CE, portador da Identidade 21887775004-02 SSP-CE, CPF 778.454.235-08, para,
junto à Universidade Federal do Ceará-UFC, efetuar inscrição no Concurso Público para o cargo de professor
universitário, área de concentração Geografia, conforme Edital nº 22/07, podendo o outorgado, para tanto,
preencher formulários, recolher taxas e realizar quaisquer atos que se fizerem necessários para o bom e fiel
cumprimento do presente mandato.
Testemunhas: (5)
EXEMPLO 2
Observe:
(1) Título – deve ser escrito em cima, centralizado, todo maiúsculo.
(2) Dados do outorgante – deve conter os dados principais de quem passa a
procuração.
(3) Dados do outorgado – deve conter os dados principais de quem recebe
os poderes através da procuração.
(4) Finalidade – espaço destinado a delimitar os poderes que o outorgante dá ao
outorgado.
(5) Local e data (por extenso).
42 Comunicação e Linguagem
(6) Assinatura – deve conter o nome completo de quem está passando a
procuração e também o número do documento cuja cópia autenticada seguirá junto
à procuração.
(7) Testemunhas – nome completo e número de um documento das
testemunhas. Obs: Nem sempre há necessidade de testemunhas.
REQUERIMENTO
Quando houver a necessidade de você se dirigir a uma autoridade para
solicitar algo a que julga ter direito, deverá utilizar o requerimento, documento
que tem um modelo bastante rígido, aceitando poucas variações.
CÁSSIO DUARTE DE LIMA, brasileiro, casado, residente na Rua Castro Silva, nº 1232, Bairro Centro,
portador da carteira de Identidade 59845759006 SSP-CE, CPF: 990.604.004-10, tendo concluído o curso
Superior de Licenciatura em Matemática nesta Instituição, em 2006.2, conforme declaração de conclusão
anexa, vem, respeitosamente, requerer a concessão de seu diploma. (2)
P. A. Deferimento (3)
AULA 3 TÓPICO 1 43
nome completo do requerente em caixa alta, seguido dos dados de identificação;
na seqüência, de forma concisa e clara, expõe-se a solicitação, a qual poderá vir
seguida da justificativa (lei que ampara, documentos comprobatórios).
OBS: Emprega-se sempre a terceira pessoa do singular (vem requerer).
(3) Fecho – situado três linhas abaixo do corpo do texto, em geral segue
um padrão fixo, apresentando apenas algumas variações. O fecho pode vir por
extenso ou com algumas abreviaturas. Observemos:
a. linha única –
Termos em que pede deferimento. - T. em que P. deferimento
Ou
Pede e aguarda deferimento. - P. A deferimento
b. duas linhas –
Termos em que - T. em que
Pede deferimento P. deferimento
Ou
Nestes Termos, - N. T
Pede Deferimento P. D
(4) Local e data (por extenso) – duas linhas abaixo do fecho.
(5) Assinatura – duas linhas abaixo da data.
DECLARAÇÃO
DECLARAÇÃO
(2)
44 Comunicação e Linguagem
O último modelo desta aula é o de Declaração. Em inúmeras situações
precisamos de uma declaração (conhecida também como atestado), a qual deve ser
expedida sempre por alguém credenciado, já que é um documento comprobatório
e possui valor jurídico.
Observe:
(1) Timbre – papel timbrado da empresa com nome e logomarca.
(2) Título – deve ser escrito em cima, centralizado, todo maiúsculo.
(2) Texto – quando se fala em nome de uma empresa, emprega-se a 1ª
pessoa do plural e deve-se atentar para a concisão e a objetividade do texto.
(4) Local e data (por extenso).
(5) Assinatura – nome completo e cargo.
AULA 3 TÓPICO 1 45
AULA 4 Noções básicas de
Redação Científica
Dessa forma, traremos até você as principais normas de como redigir seus
trabalhos acadêmicos de acordo com a ABNT. Isso será de suma importância
para que você faça, usando a metodologia correta, os trabalhos solicitamos ao
longo do seu curso.
Vale ressaltar, que nessa aula, apenas daremos uma breve introdução a este
assunto! Maior aprofundamento ocorrerá na disciplina de Metodologia do Trabalho
Científico, a ser ofertada num semestre posterior.
Vamos lá?
Objetivo
46 Comunicação e Linguagem
TÓPICO 1
Produção de textos acadêmicos -
Noções básicas
O bjetivo
• Trabalhar com as regras elementares do discurso
dissertativo de natureza científica, a fim de
familiarizá-lo com este tipo específico de texto
AULA 4 TÓPICO 1 47
TÓPICO 2
Elementos pré-textuais
O bjetivo
• Reconhecer os elementos pré-textuais de um
trabalho acadêmico
48 Comunicação e Linguagem
Veja o modelo:
Crato - 2006
AULA 4 TÓPICO 2 49
Veja o modelo:
Crato - 2006
50 Comunicação e Linguagem
Elementos pré-textuais opcionais são: errata, dedicatória, agradecimentos,
epígrafe, lista de figuras e tabelas, lista de abreviaturas e siglas e lista de símbolos.
1. Dedicatória e agradecimentos – textos de natureza subjetiva. Neles, você
poderá dedicar seu trabalho a alguma(s) pessoa(s) importante(s) e agradecer àqueles
que contribuíram para a sua realização. São dois itens feitos separadamente.
2. Listas de figuras e tabelas – elaboradas de acordo com a ordem em que
são apresentados no texto, com respectivo número de página.
AULA 4 TÓPICO 2 51
TÓPICO 3
Elementos textuais
e pós-textuais
O bjetivo
• Conhecer os elementos textuais e pós-textuais
de um trabalho acadêmico
52 Comunicação e Linguagem
Citação
TÓPICO 4 O bjetivo
• Utilizar adequadamente várias as formas de fazer
citação nos trabalhos científicos
AULA 4 TÓPICO 4 53
CITAÇÃO DIRETA
Transcrevem-se textualmente os conceitos da fonte consultada, ou seja,
há uma reprodução literal, ao pé da letra, das palavras do texto que está sendo
citado.
Se a citação ultrapassar três linhas, será considerada longa e terá uma
formatação própria; com menos de três linhas, será denominada de curta,
devendo seguir a mesma formatação do parágrafo e sendo destacada por aspas.
54 Comunicação e Linguagem
educandos. Os conceitos científicos e técnicos devem estar coadunados com
a realidade social vigente, aquela que tem a ver com a história dos agentes
educacionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
O destaque deve ser feito em letra menor (10), em espaço simples, com um
recuo de 4 centímetros da margem esquerda.
CITAÇÃO INDIRETA
Escreve-se um outro texto com base no texto do autor que se está
consultando, ou seja, faz-se uma paráfrase do texto que queremos transpor para
o nosso trabalho acadêmico. Observemos o exemplo abaixo:
Na perspectiva de Soares (2006, p. 23), o universo da educação a distância
deve ser trabalho sempre sob a égide da interatividade.
A ideia acima é de Soares, entretanto, foi colocada no trabalho com as
minhas palavras, não com as de Soares.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO
Aquela em que se faz uma transcrição, direta ou indireta, de um texto cujo
acesso ao original não se teve, mas que se encontra numa outra fonte (chamada
aqui de secundária).
Isso ocorre muito quando consultamos alguns trabalhos mais antigos e não
mais conseguimos encontrar a fonte das citações que nele achamos.
Nesse caso, identifica-se a obra diretamente consultada, indicando-se o
autor ou o título da obra (que vai constar nas referências) pela palavra latina
apud (citado por). Vejamos o exemplo:
Observando de modo mais específico, conforme Caetano (1991 apud LIMA,
2000, p.26), as habilidades dos educandos “devem estar sempre como o foco
principal do sistema educacional, assim devemos dar possibilidades, a cada sujeito
envolvido no processo educativo, de elaborar e construir caminhos próprios”.
No exemplo acima, Lima foi o autor diretamente consultado por quem está
fazendo o trabalho atualmente; por sua vez, Lima já colocara esta citação retirada
da obra de Caetano (feita em 1991) no seu trabalho (datado de 2000).
Foi Lima quem teve acesso à obra de Caetano; quem está fazendo a citação
agora não conseguiu ter o mesmo acesso direto. Só conseguiu achar esta citação
quando consultou o trabalho feito por Lima (no caso, feito no ano 200).
AULA 4 TÓPICO 4 55
TÓPICO 5
Entradas pelo sobrenome
do autor
O bjetivo
• Verificar como são feitas as entradas pelo
sobrenome do autor nos textos acadêmicos
A
autor, sendo:
gora, vamos ver como são feitas as entradas pelo nome do
autor! Como você já deve ter percebido nos exemplos de
citação, as entradas se dão necessariamente pelo sobrenome do
a. quando incluídas nas sentenças, devem ser feitas somente com inicial
maiúscula;
Ex: Para Costa (2003, p. 34), “a educação a distância é um forte elemento
de inclusão social e digital”.
b. quando entre parênteses, totalmente com maiúsculas.
Ex: Nesse sentido, “a educação a distância é um forte elemento de inclusão
social e digital” (COSTA, 2003, p. 34).
A mesma regra valerá para entradas pela instituição responsável ou pelo
título, quando, porventura, a fonte consultada não disponibilizar o nome do
autor (sempre nossa primeira opção).
Devemos sempre procurar o nome do autor da nossa citação, entretanto,
em alguns casos especiais, como em documentos mais antigos, às vezes não o
encontramos. Devemos então lançar mão de outro recurso, colocando a entrada
pela instituição, ou pelo título, em último caso.
Ainda quanto às entradas por sobrenome de autor, se houver mais de um
autor, permanecem as recomendações quanto ao uso de maiúsculas e minúsculas.
Deve-se, contudo, observar alguns detalhes:
56 Comunicação e Linguagem
a. Havendo mais de três autores - com a entrada do nome inserida na
sentença ou no parêntese, indica-se apenas o sobrenome do primeiro, seguido
da expressão et al. (forma abreviada da expressão latina et alii, que significa e
outros), toda ela sempre em minúsculas.
Ex: Para Costa et al (2003, p. 34), “a educação a distância é um forte
elemento de inclusão social e digital”.
b. No caso de três autores - com a entrada do nome inserida na sentença,
o segundo sobrenome é separado por vírgula e unido ao terceiro por e.
Ex: Para Costa, Leal e Amaral (2003, p. 34), “a educação a distância é um
forte elemento de inclusão social e digital”.
c. No caso de dois autores - com a entrada do nome inserida na sentença,
também os sobrenomes são unidos por e.
Ex: Para Costa e Leal (2003, p. 34), “a educação a distância é um forte
elemento de inclusão social e digital”.
d. Tanto com três ou com dois autores - com a entrada feita dentro do
parêntese, os sobrenomes são separados por ponto-e-vírgula.
Ex: Nesse sentido, “a educação a distância é um forte elemento de inclusão
social e digital” (COSTA; LEAL; AMARAL, 2003, p.34).
OU
Ex: Nesse sentido, “a educação a distância é um forte elemento de inclusão
social e digital” (COSTA; LEAL, 2003, p.34).
AULA 4 TÓPICO 5 57
TÓPICO 6 Sistema autor-data
O bjetivo
• Observar como se usa o sistema autor-data
nos textos acadêmicos
58 Comunicação e Linguagem
NO PARÊNTESE NA SENTENÇA
(MENDES, C., 1997) C. Mendes (1997)
(MENDES, J., 1997) J. Mendes (1997)
autor-data.
Vale salientar que a própria norma indica que o método adotado, seja ele
qual for, deve ser seguido de modo consistente ao longo de todo o trabalho, o que
concorrerá para a uniformidade do trabalho.
A fim de facilitar seus trabalhos, indicamos o sistema autor-data, haja vista
sua ampla aceitação no meio acadêmico.
AULA 4 TÓPICO 6 59
TÓPICO 7 Referências
O bjetivo
• Reconhecer as regras de elaboração das referên-
cias nos trabalhos acadêmicos
60 Comunicação e Linguagem
Vejamos exemplos de referências extraídas de:
1. LIVROS
SOBRENOME (todo em letra maiúscula), Prenomes (iniciais maiúsculas).
Título (em destaque). Resumo (local de publicação, editora, ano, dados
complementares – se houver).
Exemplo:
FERREIRA, Catarina. EAD – história e perspectivas. São Paulo: Atlas,
1999.
OBS: Indica(m)-se os autor(es), geralmente, pelo último sobrenome, em
maiúsculas, seguido do(s) prenome(s) e outro(s) sobrenome(s), de forma abreviada
ou por extenso (neste caso, só com inicial maiúscula), separados daquele por
vírgula seguida de espaço.
Havendo mais de um autor, separam-se os nomes por ponto-e-vírgula,
seguido de espaço.
Exemplos:
Com um autor:
DIONÍSIO, Lílian Mascarenhas. Soluções para iniciantes em informática. Forta-
leza: Ediouro, 2006.
AULA 4 TÓPICO 7 61
aprof unda me n to
1. Em coletâneas de vários autores, havendo indicação explícita de responsabilidade quanto ao
conjunto da obra. Faz-se a entrada pelo nome do responsável, seguida da abreviação (no singular,
mesmo que haja mais de um responsável) do tipo de participação: organizador (Org.), compilador
(Comp.), editor (Ed.), coordenador (Coord.), etc., entre parênteses.
Exemplo:
SILVA, R. R. P.; CARVALHO, E. B. de M. (Org.). Reflexões sobre o ensino a distância. João Pes-
soa: Ática, 2002.
2. Se a autoria for desconhecida, deve-se fazer a entrada pelo título, não devendo ser usado o
termo anônimo.
Exemplo:
REFLEXÕES sobre ensino a distância. João Pessoa: Ática, 2002.
OBS: Nesse caso, a obra ficará no lugar do autor, portanto não será receberá mais o negrito, e sim
a primeira palavra do título deve ser escrita em maiúsculas. A lista de referências ficará normal-
mente na ordem alfabética.
2. ARTIGOS DE REVISTAS
SOBRENOME (todo em letra maiúscula), Prenomes (iniciais maiúsculas).
Título do artigo (em destaque). Título da Revista (abreviado ou não). Resumo
(local de publicação, número do volume, número do fascículo, páginas inicial-
final, mês e ano).
Exemplos:
RIBEIRO, S. et al. Perspectivas da educação a distância na sociedade
brasileira. Revista Educação Atual, São Paulo, v. 10, n. 33, p.33-40, nov./dez.
2001.
Exemplos Especiais:
62 Comunicação e Linguagem
2. Artigo de revista especializada:
CALOU, Suzana Silva e. O ensino a
distância na atualidade. Revista Educação
Moderna, Rio de Janeiro, ano 10, n. 29, p. ate n ç ão !
81-87, jan./mar. 2006. Os nomes de autores de várias obras referen-
ciadas sucessivamente podem ser substituí-
3. Matéria não assinada de revista: dos nas referências que sucederem a primeira
PROGRESSO e educação virtual. Veja, por um traço equivalente a seis espaços.
São Paulo, n. 1812, p. 66-67, 26 jan. 2005. Esse recurso também pode ser utilizado para
títulos que se repetirem. Em qualquer dos ca-
4. Matéria assinada de revista: sos, a pontuação final deve ser respeitada tal
BRITO, Maria Helena. Progresso e qual fosse(m) o(s) elemento(s) substituído(s)
educação virtual. Veja, São Paulo, n. 1812, pelo(s) traço(s) que ali estivesse(m).
p. 66-67, 26 jan. 2005. Exemplo de duas obras consultadas de um
mesmo autor:
3. ARTIGOS E/OU MATÉRIAS DE JORNAL FERREIRA, Heitor. Língua e fala. Lisboa:
4. DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
SOBRENOME (todo em letra maiúscula), Prenomes (iniciais maiúsculas).
Título do artigo (em destaque). Informações complementares, tais como
AULA 4 TÓPICO 7 63
coordenação, nome de quem desenvolveu a página, assunto apresentado (quando houver), etc.
Disponível em: <Endereço da internet>. Acesso em: data completa (dia, mês e ano).
EDUCAÇÃO a distancia. A realidade da educação a distância brasileira. Disponível em:
<http://www.mec.gov.br> Acesso em: 31 jul. 2001.
64 Comunicação e Linguagem
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de & MEDEIROS, João Bosco. Comunicação em Língua
Portuguesa. São Paulo: Atlas, 2001.
FAULSTICH, Enilde L. de J. Como ler, entender e redigir um texto. Brasília: Vozes, 1997.
GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. São Paulo: Scipione, 1995.
__________. Redação: humor e criatividade. São Paulo: Scipione, 1997.
INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. São Paulo: Scipione, 1997.
MARTINS, Dileta Silveira Martins e ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental.
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PELLEGRINI, Tânia & FERREIRA, Marina. Redação: palavra e arte. São Paulo: Atual, 1999.
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REFERÊNCIAS 65
CURRÍCULO
Guilherme Brito de Lacerda
66 Comunicação e Linguagem
67