Material de Apoio de Lingua Portuguesa 10 Classe
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1. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Comunicação oral é aquele estabelecido entre duas ou mais pessoas usando uma
linguagem ou código compartilhado por meio de transmissão física, que
tradicionalmente era o ar, embora hoje possamos adicionar o telefone ou a
videoconferência.
Para que a comunicação oral ocorra, deve haver pelo menos duas pessoas envolvidas
que desempenham alternadamente a função de transmissor (aquele que entrega as
informações) e receptor (aquele que o recebe).
A transmissão da mensagem é realizada por meio de um ambiente físico, que pode ser
o ar, mas também pode ser algum dispositivo de telecomunicações, como um telefone
ou um computador.
A comunicação oral é típica do ser humano e está estabelecida em todas as áreas em que
se relaciona e precisa se comunicar: do pessoal ao profissional, do político ao
económico ou comercial.
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A comunicação oral espontânea é aquela que não atende a um plano, tema ou estrutura
previamente estabelecidos, mas se dá na forma de diálogo entre duas ou mais pessoas.
Um exemplo de comunicação oral espontânea é uma conversa informal.
Dentro da área de comunicação humana, não há dúvidas de que a expressão oral é e tem
sido de grande importância para os indivíduos. A sobrevivência desta forma de
comunicação sobre as outras demonstra que é uma das capacidades mais importantes e
úteis do homem para a convivência em sociedade.
Para se elaborar uma boa exposição deve-se ter em conta os seguintes aspectos:
escolher o tema ; colher informação sobre o mesmo; seleccionar a informação;
organizar um guião que pode ser consultado durante a apresentação facilitando o
desenvolvimento da comunicação, e prever outros recursos, tais como imagens,
esquemas, que podem ser utilizados durante a exposição.
O Relato é uma modalidade textual que apresenta uma narração sobre um facto ou
acontecimento marcante da vida de uma pessoa. Nesse tipo de texto, podemos sentir as
emoções e sentimentos expressos pelo narrador.
Tal qual uma narração o relato apresenta um tempo e espaços bem definidos donde o
narrador torna-se o protagonista da história.
Note que além de narrativo, o relato pode ser descritivo, com a descrição do local,
personagens e objectos.
Os relatos podem ser divulgados pelos meios de comunicação, por exemplo, jornal,
revista, livro, internet, redes sociais, dentre outros.
Características do relato
A apresentação pessoal serve para dar aos outros uma noção de quem um indivíduo é e
de como ele se coloca diante do mundo.
Uma apresentação pessoal pode ser feita de diversas formas. Abaixo, trazemos as
principais:
Esse é o tipo mais comum, é quando uma pessoa se apresenta frente a outra ou a um
público. Nesse caso, o indivíduo que está se apresentando deve atentar-se ao tom do
discurso, ao vocabulário utilizado, à clareza do que está sendo tipo e até ao vestuário. .
Assim como o nome indica, esse tipo de apresentação é feito através da escrita. Nela, as
pessoas produzem um texto com suas principais características, habilidades e vivências.
Com as novas tecnologias, outros formatos de apresentação pessoal também vêm sendo
requisitados.
1.2.- Leitura
O que é a declaração
Tipos de declaração
Requerimento
"O requerimento é género textual utilizado para pedir, solicitar ou requerer algo,
judicialmente amparado, para alguém em cargo de poder. Essa comunicação é
estabelecida entre interlocutores com diferentes posições em determinada escala
hierárquica, de modo que o emissor do requerimento está em posição inferior e, por
isso, apresenta sua necessidade e pedido ao destinatário, que se encontra em posição
hierárquica superior.
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Tipos de requerimento
Contrato
A palavra contrato vem do latim contractu, que significa tratar com. Nada mais é do que
a junção de interesses de pessoas sobre determinada coisa. Ou seja, é o acordo de
vontades visando criar, modificar ou extinguir um direito. Em outras palavras, o
contrato é mútuo consenso de duas ou mais pessoas sobre o mesmo objecto.
Actualmente, o contrato, independente de sua espécie, é caracterizado como negócio
jurídico com a finalidade de gerar obrigações entre as partes. Além disso, norteia três
princípios fundamentais: autonomia das vontades, supremacia da ordem pública e
obrigatoriedade.
Da mesma forma, para que o contrato se efective são necessários alguns requisitos
como: existência de duas ou mais pessoa; capacidade genérica para praticar os actos da
vida civil; aptidão específica para contratar; consentimento das partes contratantes;
licitude do objecto do contrato; possibilidade física ou jurídica do objecto do negócio
jurídico; determinação do objecto do contrato; e economicidade de seu objecto.
Regulamento
encerrar disposições de carácter geral e permanente. Há leis que só são exequíveis com
a publicação do respectivo regulamento.
A lei é a norma jurídica, votada nos lugares onde se processa o poder legislativo, e
destina-se a um fim geral, exprimindo ou regendo determinado modo de ser ou agir;
Relatório
O que é um relatório?
Ele pode ser utilizado, por exemplo, para apresentar as conclusões de uma pesquisa
científica ou os resultados de determinado período de trabalho. Independentemente da
actividade que for exercida, o relatório será um documento conclusivo.
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Sugestões: não são recorrentes em todos os relatórios, mas merecem ser conhecidas,
caso surja a necessidade. Esse espaço final serve para fazer apontamentos, medidas
interventivas, ou até indicar estudos pertinentes.
Carta Oficial
Carta pessoal;
Carta comercial;
Carta oficial.
A carta pessoal abarca uma estrutura e linguagem mais flexível. As cartas comerciais e
oficial apresentam textos concisos e impessoais e com linguagem padrão. De modo
geral, as cartas apresentam a estrutura: local, data, vocativo, corpo do texto, despedida e
assinatura."
Tipos de carta
Existem diversos tipos de cartas que servem para diferentes propósitos sócio-
comunicativos. Analisando pelo grau de proximidade entre os interlocutores, a carta
pode ser pessoal, empresarial ou comercial, e oficial ou pública. Essa divisão determina
o tipo de linguagem que se estabelece entre remetente e destinatário.
Carta oficial ou pública: é o documento utilizado nas instituições públicas. Esse tipo
também exige uma linguagem impessoal, formal e acessível. Muitas vezes a carta
oficial não tem um destinatário único, e por isso exige um distanciamento entre os
interlocutores."
O género carta, ainda, subdivide-se dentro dessas categorias. Diante dos diferentes
contextos de circulação e do grau de proximidade entre os interlocutores, as cartas
podem ser classificadas com base no conteúdo e na função que desempenham:
Carta de candidatura: utilizada para comunicar alguma autoridade sobre o desejo de
candidatar-se a algum cargo e/ou função.
Carta de apresentação: utilizada para fazer uma apresentação de uma pessoa, uma
carreira ou um projecto, por exemplo, a algum destinatário de interesse.
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Desfecho: é a parte final do texto, que pode estar acoplada ao corpo do texto ou
destacada abaixo dele. Nessa parte, o autor apresenta uma conclusão da sua mensagem,
expressa uma mensagem cordial e se despede.
Tem como objectivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de
duplas interpretações. Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam a
linguagem conotativa, o texto informativo utiliza linguagem denotativa.
1.3. Escrita
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O Advérbio
- O Filipe chegou hoje de viagem e trouxe-me duas prendas magníficas.
- Ena! Tiveste muita sorte.
Palavra invariável em género e número, pertencente a uma classe com elementos
com características bastante heterogéneas do ponto de vista morfológico,
sintáctico e semântico.
Tipicamente, os advérbios desempenham a função sintáctica de modificadores
de frase e do grupo verbal e a função sintáctica de complementos adverbiais.
Exemplos:
A Joana faz anos hoje.
A Joana faz facilmente essa prova.
A Preposição
- O Filipe chegou hoje de viagem e trouxe-me duas prendas magníficas.
- Ena! Tiveste muita sorte.
A preposição é uma palavra invariável que pertence a uma classe fechada de
palavras e que pode introduzir frases, grupos nominais e advérbios;
Uma locução prepositiva é uma sequência de duas ou mais palavras que equivalem a
uma preposição. Normalmente, é formada por uma ou duas preposições simples e por
um advérbio, um nome ou um adjectivo, sendo a última palavra da sequência uma pre-
posição: depois de, em lugar de, para baixo de, além de, por entre, ao redor de...
Preposições Simples: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
A Frase Complexa
Coordenação e Subordinação
A distinção entre FRASE SIMPLES e FRASE COMPLEXA é bem simples. A
primeira tem apenas uma forma verbal conjugada e a segunda apresenta duas ou mais
formas verbais conjugadas.
Frase 1 - O rapaz entrou em casa.
Frase 2 - O rapaz fechou rapidamente a porta.
Frase 3 - O rapaz entrou em casa e fechou rapidamente a porta.
Se pensaste que a resposta certa é a frase 3, tens toda a razão e estás apto/a a
assimilar mais alguma informação sobre o funcionamento da língua portuguesa.
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Então, presta atenção, pois há dois aspectos que deves ter sempre em conta
quando a tua professora te questionar acerca deste assunto:
Tipos de Sujeito:
Sujeito Inexistente - existem verbos que não possuem sujeito; são eles
verbos que expressam os fenómenos da natureza.
Exemplos:
Trovejou muito esta tarde.
Ventou toda a noite.
Está a chover muito
Predicado
Predicado Nominal- É constituído por um verbo copulativo ou de significação
indefinida, isto é, que necessita de ser acompanhado de um nome, um
pronome ,um adjectivo, um advérbio, que referindo-se ao sujeito, completa a sua
significação.
Exemplos:
O leite é saboroso.
O Manuel continua doente.
A tua avó está bem.
Exemplos:
O aluno estuda.
A Maria leu o livro.
O João telefonou à namorada.
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O quê?
Construí uma casa.
Os Portugueses difundiram a língua por toda a parte.
Exemplos:
Amo a honestidade.
Exemplos:
Encontrei-o pensativo.
Considerava-o como um filho.
Exemplos:
Homem alto.
Lemos um livro magnífico.
A rapariga triste olhava o mar.
- Aposto - É o nome (ou expressão equivalente) que se junta a outro nome para lhe
acrescentar alguma informação.
Exemplo:
Exemplos:
Exemplo:
Exemplos:
Tens razão, Mariana.
Artur ! - chamou o pai
Pronomes pessoais
Oblíquo
Reto
Átono (sem preposição) Tônico (com preposição)
1ª eu me mim, comigo
Singular 2ª tu te ti, contigo
3ª ele, ela lhe, o, a, se ele, ela, si, consigo
1ª nós nos nós, conosco
2ª vós vos vós, convosco
Plural
eles,
3ª lhes, os, as, se eles, elas, si, consigo
elas
Nós combinamos de ir ao parque.
(Sujeito + verbo + complemento)
Eu estava muito empolgado.
(Sujeito + verbo + complemento)
Note que os sujeitos dos dois enunciados são pronomes pessoais, pois
referem-se às pessoas do discurso (nos dois casos, à 1ª pessoa), e são do caso reto, pois
exercem função de sujeito nos respectivos enunciados. Veja outros exemplos agora:
As flores desabrocharam ontem.
(Sujeito + verbo + complemento)
Meu irmão e a vizinha dele foram ao mercado juntos.
(Sujeito + verbo + complemento)
Dessa vez, os sujeitos dos dois enunciados não são pronomes pessoais do
caso reto, pois “flores”, “irmão” e “vizinha” são substantivos. No entanto, podemos
substituir esses substantivos pelos respectivos pronomes do caso reto:
Elas desabrocharam ontem.
Eles foram ao mercado juntos.
Ela foi comigo ao mercado.
(Sujeito + verbo + complemento)
Pronomes de tratamento
EXEMPLOS:
1. Ontem, escrevi a minha carta de motivação. > Ontem, escrevi-a.
2. Emprestei o telemóvel à Júlia. > Emprestei-o à Júlia.
3. Dei os bombons aos meninos. > Dei-os aos meninos.
4. Conheceste as filhas da Teresa? > Conheceste-as?
EXEMPLOS:
1. Eu não faço o trabalho de casa. > Eu não o faço.
2. Quando é que a Ana come a sobremesa? > Quando é que a Ana a come?
3. Os copos partiram-se porque atirámos os copos ao chão. > Os copos partiram-
se porque os atirámos ao chão.
4. Ele nunca bebe duas cervejas ao almoço. > Ele nunca as bebe ao almoço.
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EXEMPLOS:
1. Amanhã, escreverei uma carta de motivação. (futuro do indicativo)> Amanhã,
escrevê-la-ei.
2. Emprestaria o telemóvel à Júlia. (condicional) > Emprestá-lo-ia à Júlia.
3. Darei os bombons aos meninos. (futuro do indicativo) > Dá-los-ei aos meninos.
4. Conhecerias as filhas da Teresa? (condicional) > Conhecê-las-ias?
entre os interlocutores: tu; o senhor, vossemecê (a cair em desuso), você (sentido por
muita gente como inadequado, em Portugal), etc. A par destas formas gerais, há outras
que incluem menção distintiva que pode ser honorífica («senhor Presidente»; «senhor
Ministro»); nobiliárquica («sua Majestade»; «sua Alteza»), eclesiástica («monsenhor»,
«sua eminência»), académica («Dr. Doutor», «Professor Doutor») etc.
Na frase (1)
Na frase (2)
(2) «Por isso, num dia de calor/ Me sinto triste de gozá-lo tanto»
Em (3)
a oração tem a função de complemento direto do verbo gosto e constitui uma oração
completiva finita.
Será importante referir que, de acordo com Cunha e Cintra (ob. cit., p. 597),
«depois de certos verbos que exprimem uma ordem, um desejo ou uma súplica, a língua
portuguesa permite a omissão da INTEGRANTE que:
Penso daria um sofrível monge, se não fossem estes nervos miseráveis. [...]
Das reflexões aqui tecidas, resulta claro que as completivas podem, por
outro lado, exercer diferentes funções sintáticas. Assim, elas podem desempenhar a
função sintática, por exemplo, de:
«[Isso] é possível»
«[Isso] é verdade»;
«O conselho lamentou[-o]»
«Durante a Idade Média, os geógrafos não defendiam a ideia [de [que a Terra é
redonda]»
Por outro lado, ainda, julgo que é importante termos em conta que as
orações completivas podem ser finitas ou não finitas (desenvolvidas ou reduzidas, na
tradição gramatical luso-brasileira). Todos os exemplos vistos até ao momento
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pertencem ao primeiro grupo elencado; as não finitas (ou reduzidas) são as que não se
iniciam por relativo nem por conjunção subordinativa, e que têm o verbo numa das
formas nominais — Infinitivo (flexionado ou não flexionado), Gerúndio ou Particípio.
Ex.:
«O João lamenta[-o]»
«Os pais disseram aos miúdos [para vir(em) para casa cedo]»