Reumatologia - Resumo - Artrite Reumatóide - Maria Eduarda Toreto PDF
Reumatologia - Resumo - Artrite Reumatóide - Maria Eduarda Toreto PDF
Reumatologia - Resumo - Artrite Reumatóide - Maria Eduarda Toreto PDF
Prevalência:
É uma doença das doenças reumáticas mais comuns.
Acomete 0,5 a 1% da população.
Está presente em todas as raças.
Acomete ambos os sexos, mas é mais comum em mulheres (razão 2-3:1).
Etiopatogênese:
- Tem componente genético (predisposição genética) mas tem que estar associado a outros
fatores (ambientais) para desenvolver a doença.
- Quanto maior tempo de inflamação, maior será a erosão = quanto antes você iniciar o
tratamento, melhor para o paciente, pois não haverá tantas lesões!
Sintomas constitucionais:
- Esses sintomas são comuns em diversas doenças inflamatórias, não são específicos da doença.
Febre.
Fadiga.
Mal-estar.
Emagrecimento.
Mialgia.
Manifestações articulares:
- São manifestações bastante típica da doença.
- As mãos, os pés e os punhos são os locais onde há maior acometimento
pela sinovite.
- As manifestações podem ser:
Reversíveis: sinovite inflamatória.
Irreversíveis: deformidades causadas pela sinovite persistente.
o Há destruição óssea e cartilaginosa por mobilização e
alterações musculares, tendíneas e ligamentares.
- Sinovite:
A sinovite pode acometer qualquer articulação sinovial.
Características:
o O padrão de acometimento é poliarticular (mais de 4 articulações).
o É frequente artrite em mãos, punhos, MCF e IFP.
o Artrite é simétrica.
o Rigidez matinal.
o Artrite é aditiva – diferentemente da migratória (a dor migra), na aditiva ocorre
adição de articulações acometidas.
Ex.: hoje está doendo as mãos, amanhã está doendo as mãos e os punhos, no dia
seguinte dói as mãos, os punhos e os cotovelos.
1. Mãos e punhos:
Principal local de acometimento – articulação dos punhos,
articulação metacarpofalangianas.
Quase sempre as articulações interfalangianas distais são
poupadas, pois a AR costuma acometer articulações mais
proximais.
o A outras doenças que são diagnóstico diferencial que acometem as
articulações distais, como a osteoartrite (artrose).
2. Coluna:
A coluna torácica, a lombar e a scroilíaca geralmente são poupadas.
A coluna cervical, quando acometida, é o principal local de alteração.
o Não é uma alteração frequente.
o Cervicalgia com rigidez.
o Envolvimento da articulação atlas-áxis, com subluxação ou luxação – dores
cervicais altas, rigidez do pescoço, sinais neurológicos de compressão
medular.
3. Pés e tornozelos:
São articulações precocemente acometidas.
Há envolvimento de articulações proximais
(articulações metacarpofalangianas e tornozelos) e
poupa as articulações distais (articulações interfalangianas distais).
Manifestações extra-articulares:
- Nem todos os pacientes vão apresentar essas manifestações!
- São manifestações frequentes em pacientes com:
Doença grave e poliarticular.
Doença de longa evolução.
Fator reumatoide positivo.
1. Manifestações cutâneas:
Presente em cerca de 30% dos casos.
95% são FR positivo.
Nodulações subcutâneas de tamanhos variados – não é articular!
o Estão relacionada as zonas de atrito.
o Estão relacionada com os períodos de atividade da doença.
3. Manifestações pulmonares:
É muito comum o envolvimento pulmonar.
As manifestações pulmonares podem se apresentar de diversas formas:
o Derrame pleural –
É a manifestação mais comum.
Geralmente apresenta volume pequeno e alteração bilateral.
o Nódulo reumatoide –
Em geral são sólidos, mas podem sofrer calcificações, cavitações e
infecções – é importante fazer o diagnóstico diferencial com doença
fúngica quando o indivíduo ainda não possui o diagnóstico de AR.
5. Manifestações hematológicas:
Não são fidedignos, mas serve como parâmetro para suspeitar da doença!
o A maioria dos casos (> 60%) corresponde a anemia de doença crônica
(normo normo) – o grau de anemia costuma estar relacionado à atividade
da doença.
o Trombocitose constitui outro achado frequente – plaquetose (sugere
atividade da doença).
Exames laboratoriais:
Hemograma:
o Anemia.
o Trombocitose.
Autoanticorpos:
o FR (fator reumatoide).
Presente em 70 a 90% dos pacientes com AR durante o curso da doença.
É um exame muito antigo.
FR para o diagnóstico de AR apresenta:
Sensibilidade de 65-73%.
Especificidade de 80%.
Não é específico da AR.
Exame negativo não afasta AR!
Exames de imagem:
- Os achados de imagem na AR dependem do estágio evolutivo da doença e da sensibilidade
individual do método.
- Inicialmente o exame de imagem não traz grandes informações.
- AR soro positivo (FR ou Anti-CCP positivos) ou soro negativo (FR ou Anti-CCP negativos) possuem
apenas valor prognóstico para o paciente!
Tratamento:
- Estratégias atuais no tratamento da AR:
Intervenção precoce – para evitar as consequências.
Terapia agressiva e sustentada.
Reavaliações frequentes.
Busca pela remissão (sem atividade da doença) ou baixa atividade da doença.
Tratamento medicamentoso:
- Primeiro deve-se fazer uma avaliação da atividade da doença (DAS28):
Número de articulações dolorosas.
Número de articulações edemaciadas.
VHS/PCR.
EVA – o próprio paciente avalia o quando clínico dele (0-10).
Obs.: esses medicamentos vão ajudar inicialmente, mas se eu não tratar o paciente
concomitantemente a dor irá continuar!
o Medicações disponíveis:
Metotrxato – PADÃO OURO!
Leflunomida.
Sulfassalazina.
Antimaláricos (hidroxicloroquina, difosfato de cloroquina).
MMCD biológicos:
o Medicamentos disponíveis:
Anti-TNF (origina as citocinas inflamatórias):
Adalimumabe.
Certolizumabe.
Etanercepte.
Infliximabe.
Golimumabe.
Anti-CD20:
Rituximabe – bloqueador da coestimulação do linfócito T.
Abatacepte – bloqueador do receptor de IL-6.
Tocilizumabe.