Trabalho FPPS

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Aluna: Julia Winkel Avila

Fisioterapia na Prevenção e Promoção da Saúde


Professora: Tânia

O Fisioterapeuta e a transmissão epidemiológica

A epidemiologia “é a ciência que estuda a distribuição e os determinantes dos


problemas de saúde (fenômenos e processos associados) em populações humanas”.
Analisa a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e
eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção,
controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao
planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.
Embora não se tenha certeza de quando e quem foi o primeiro a definir a
epidemiologia, sabemos que a história dessa ciência acompanha a historia da medicina,
especialmente da medicina preventiva. Por isso, considera-se que Hipócrates lançou as
principais bases dos estudos epidemiológicos.
Dentre os principais objetivos da epidemiologia podemos destacar o estabelecimento
de medidas preventivas, auxilio ao planejamento e desenvolvimento dos serviços de
saúde, geração de dados para a administração e avaliação de serviços de saúde e o
estabelecimento de critérios para a Vigilância em Saúde.
Para o Brasil e o mundo, um exemplo bem-sucedido de um programa de Vigilância
Epidemiológica é o Programa Nacional de Imunização (PNI). Esse programa não
existiria sem a contribuição da epidemiologia para: mostrar evidências do problema. No
caso do PNI para idosos, os dados foram relevantes para mostrar que apesar da
morbidade por enfermidades infecciosas reduzir-se com a idade, a gravidade e
consequências mortais aumentam; identificar a eficácia da vacinação.
O Sistema de Vigilância Epidemiológica da Influenza (SVE/FLU), implantado no
Brasil desde o ano 2000, tem como objetivos: monitoramento das cepas
virais que circulam nas regiões brasileiras, resposta a situações inusitadas, avaliação
do impacto da vacinação, acompanhamento da tendência de morbidade e de
mortalidade associadas à enfermidade e produção e disseminação de informações
epidemiológicas (BRASIL, 2007).
Para entender o papel da fisioterapia na sociedade brasileira, quais são suas
responsabilidades e quais são seus desafios, é necessário conhecer o perfil epidemiológico
da população, ou seja, quais são as principais causas de morbidade e mortalidade da
população. De maneira geral, a maioria dos países tem passado por um processo chamado
de transição epidemiológica, definida como mudança nos padrões de morte, morbidade e
invalidez, que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto
com outras transformações demográficas, so-ciais e econômicas.
A atuação do fisioterapeuta no desenvolvimento de ambientes saudáveis perpassa por
ações desenvolvidas junto aos indivíduos, as famílias e a comunidade, objetivando
promover condições dignas de vida e saúde.
O fisioterapeuta deve promover a conscientização e a mobilização da comunidade em
defesa de moradias dignas e condições estruturais básicas, como abastecimento de água,
esgotamento e tratamento dos dejetos sanitários, coleta de lixo e pavimentação de ruas;
identificar barreiras arquitetônicas e mobilizar a comunidade para reversão dessas barreiras;
sensibilizar a comunidade para defesa do meio ambiente, a exemplo de preservação de
áreas verdes e mananciais, além de estar atento para os níveis de educação, lazer e
condições de trabalho da população.
No desenvolvimento de habilidades pessoais, o fisioterapeuta atuará, principalmente,
no desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis tais como incentivo à prática da
atividade física regular; adoção de hábitos alimentares saudáveis; combate ao tabaco, ao
álcool e às drogas ilícitas; desestímulo à promiscuidade e estabelecimento de relações
parentais estáveis; educação sexual para jovens e adultos; e incentivo à valorização e
corresponsabilização da própria saúde e saúde da comunidade.
Desta forma, o fisioterapeuta contribuiria ao desenvolvimento da promoção da saúde,
tanto no desenvolvimento de habilidades individuais, quanto nas questões estruturais
condicionantes das condições de vida.
A epidemiologia do envelhecimento na atual etapa de transição demográfica no
Brasil traz grandes desafios relacionados com o envelhecimento populacional. Entre os
epidemiologistas surge a necessidade de obter dados, analisar informações, aplicar as
técnicas, aprimorar as medidas e centrar a análise no processo de envelhecimento
individual e populacional. Essa perspectiva é a chamada Epidemiologia do
Envelhecimento.
A partir dessa perspectiva, a epidemiologia do envelhecimento deveria analisar a
saúde dos idosos considerando o gênero, a cultura, os determinantes da saúde, o
ambiente físico e os serviços sociais e de saúde.
Omran (1971) classifica três estágios sucessivos da mudança dos padrões de
morbidade e mortalidade: a “idade das pestilências e fome”, a “idade das pandemias
reincidentes” e, finalmente, a “idade das doenças degenerativas”. Durante a transição,
as mudanças mais profundas no padrão de morbimortalidade seriam experimentadas
pelas crianças e mulheres jovens.
Apesar de essa teoria estar enraizada no pensamento dos epidemiologistas e de
todos aqueles que estudam a evolução da saúde de uma população, ainda é objeto de
diversas críticas similares à da teoria da TD. Principalmente, se critica que ao analisar
países ou regiões, encontramos:

Referências:

www.assobrafirciencia.org

www.scielosp.org

portalatlanticaeditora.com.br (artigos)

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