Alexia Finalizado
Alexia Finalizado
Alexia Finalizado
TERESINA
2021
ALEXIA ISIS ARAUJO ROCHA
TERESINA
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 4
2. OBJETIVO GERAL.......................................................................................................... 6
2.1 Objetivos específicos ..................................................................................................6
3. METODOLOGIA.............................................................................................................. 6
3.1 Definição das palavras jogo, brinquedo e brincadeira...................................................7
5. REFERÊNCIAS...................................................................................................................21
4
1. INTRODUÇÃO
Os jogos e as brincadeiras na Educação Infantil apresentam-se como
atividades essenciais para o desenvolvimento da criança, sendo os mesmos de
suma importância para o desenvolvimento afetivo, cognitivo, cultural e social como
um todo. Miranda e Silva (2010, p. 2), afirmam que “o brincar propicia à criança a
capacidade de trabalhar habilidades, de aprender a lidar e a superar limitações
biológicas, de maneira natural e tranquila”. Por certo, os mesmos ajudam no
desenvolvimento das capacidades das crianças contribuindo para que elas se
desenvolvam de forma natural vencendo todos os obstáculos que encontra e criando
novas possibilidades de saberes. Além disso:
2. OBJETIVO GERAL
3. METODOLOGIA
passatempo, vício no decorrer dos anos, após vários estudos advindos da Psicologia
e Pedagogia, passou a ser considerado instrumento fundamental para o
desenvolvimento de habilidades e capacidades da criança. A prática do jogo como
método pedagógico é vantajosa para o conhecimento de cultura, linguagem,
regras/normas, convívio social, percepção de si mesmo, ocupação de lugar, entre
outros.
Tabanez e Silva (s.d., p. 06) afirmam que:
O jogo carrega em si um significado muito abrangente. Ele tem
uma carga psicológica, porque é revelador da personalidade do jogador (a
pessoa vai se conhecendo enquanto joga). Ele tem também uma carga
antropológica porque faz parte da criação cultural de um povo (resposta e
identificação com a cultura). O jogo é construtivo porque pressupõe uma
ação do indivíduo sobre a realidade.
Vygotsky foi um psicólogo que se contrapôs aos ideais de sua época por
elaborar a teoria sócio histórica, na qual reconhecia a aprendizagem como um
10
Vygotsky (2003, p. 118) diz que o bom aprendizado pode ser definido como
aquele que se adianta ao desenvolvimento, pois considera que as formas de
aprendizado, que são propostas aos níveis de desenvolvimento já conquistados, se
tornam ineficazes no ponto de vista de desenvolvimento global infantil. A partir daí é
possível reconhecer um aspecto importante no que diz respeito ao aprendizado: Ele
resulta na zona de desenvolvimento proximal da criança e o aprendizado acaba
resultando em desenvolvimento mental e das funções psicológicas.
Desse ponto de vista, aprendizado não é desenvolvimento; entretanto, o
aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe
em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam
impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e
universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente
organizadas e especificamente humanas (VYGOTSKY, 2003, p. 118).
Portanto, a hipótese dessa teoria é que o desenvolvimento não acontece com
o processo de aprendizado. Ocorre de forma mais lenta e nunca no mesmo grau e é
o aprendizado quem resulta o desenvolvimento. Mesmo que os dois estejam sempre
interligados, eles acabam não estando no mesmo nível. A partir desse
acontecimento é possível destacar que a zona de desenvolvimento proximal é
aquela incompleta, que está em processo de desenvolvimento e que pode ser
identificada, mas não plenamente.
O brincar e as brincadeiras são compreendias como competências da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo assim, é imprescindível que sejam
inseridas nas práticas educativas diárias. Quando a criança brinca, ela coloca em
pratica e expressa todos os seus sonhos, anseios, imaginações e muitas dessas
expressões são referendadas pelas experiências que elas possuem, assim é
importante que educadores em sua posição de instigar esse aluno, mantenham esse
referencial modelo estimulando para que as crianças desenvolvam uma
aprendizagem significativa.
até 3 (três) anos, até o final da vigência deste PNE”. Vale lembrar que o final da
vigência ocorrerá em 2024. Gostaríamos aqui de apontar as estratégias 1.6 e 1.8
dessa meta, uma vez que vêm ao encontro de nossas inquietações:
1.6) implantar, até o segundo ano de vigência deste PNE, avaliação da
Educação Infantil, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros
nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as
condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre
outros indicadores relevantes;
1.8) promover a formação inicial e continuada dos (as) profissionais da
Educação Infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais
com formação superior.
Entendemos que nas avaliações propostas pela meta 1.6 é possível analisar
se a escola de Educação Infantil tem proporcionado momentos, assim como aponta
Cerisara (1999) que não reforce a concepção instrucional e voltada para a
escolarização e que incentive a uma proposta de trabalho no qual o ato educativo se
sobreponha ao ato instrucional. Para a autora, a Educação Infantil deve desenvolver
um trabalho que envolva a criança como sujeita da/e na cultura. Para tanto, é
necessário trabalhar em diferentes contextos educativos, para que a criança
desenvolva seus aspectos intelectual, social, emocional, expressivo, cultural,
interacional.
No mês de dezembro do ano de 2018 foi homologada a versão final da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo de aprendizagens
essenciais voltados a todos/as os/as alunos/as das diferentes etapas da educação
básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, em conformidade com o Plano nacional de educação (PNE). Esse
documento aplica-se à educação escolar, tal como a define o:
§ 1º do Artigo 1º da LDB, e está orientado pelos princípios éticos, políticos e
estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica (DCNEB).
isso, o trabalho do professor é ensinar aquilo que a criança não é capaz de fazer
sozinha. Assim, o professor organiza o ensino através do trabalho com os conteúdos
escolares e utilizando-se de diferentes estratégias metodológicas possibilitará à
criança o avanço em seu nível de aprendizagem a patamares cada vez mais
superiores. Portanto, para a psicologia histórica cultural, a aprendizagem impulsiona
o desenvolvimento (FACCI, 2004). Em seus estudos, Vigotski constata que o
desenvolvimento cultural da criança ocorre em duas dimensões, em primeiro lugar
como função Interpsicológica, ou seja, nas relações interpessoais, e depois como
função intrapsicológica, isto é, como função já interiorizada pela criança. Constata
ainda que as funções psicológicas superiores criam-se no coletivo, nas relações com
os outros homens (FACCI, 2004).
O trabalho do professor, nesta perspectiva, é o de organizar o ensino de
forma a promover a aprendizagem dos conteúdos sistematizados pela humanidade
o que possibilita o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Portanto,
na psicologia histórica cultural como na pedagogia histórico crítica o professor como
“mediador social” é fundamental no processo educativo, ele organiza o ensino de
forma a promover o desenvolvimento do aluno através dos “mediadores culturais”
que se apresentam na forma dos conteúdos escolares (SFORNI, s/d).
Vigotski, em seus estudos sobre o desenvolvimento do psiquismo humano,
elabora o conceito de Nível de Desenvolvimento Próximo, neste nível a criança é
capaz de realizar determinadas atividades com a ajuda de um adulto ou uma criança
mais experiente.
O brinquedo pode proporcionar uma realidade a criança onde nela é possível
colocar em pratica essas representatividades pré-concebidas no imaginário da
criança, visto que a realidade em sua original perspectiva a criança ainda não
participa ativamente. Assim, essa forma de expressividades pode ser visível nas
interações que a criança tem com seus objetos, e essas podem ser reflexos de
experiencias vividas nos diversos ambientes de convivência social que foram
internalizadas em seu inconsciente. (SMIRNOVA; RIABKOVA 2019).
A criança desempenha um papel ao atuar por meio desses jogos, e nessa
forma de expressão ela nem sempre retrata aquilo que é fidedigno para uma
realidade adulta, ou seja, aquilo que o adulto em idade mais avançada já formou
uma significação para ele. Sempre a criança coloca ao brincar é a realidade daquilo
que ela vivência, onde entra o papel do professor ao buscar a distinção e manter o
distanciamento da realidade adulta.
A aprendizagem precede o desenvolvimento infantil, a criança aprende a todo
o momento desde o seu nascimento, mas o desenvolvimento de suas habilidades
vai surgir de forma processual. Ao longo do desenvolvimento Vigotski coloca que a
criança perpassa por processos complexos que ele coloca como crises, nas quais
geram um salto de desenvolvimento na criança. (COSTA; TULESKI 2016).
Para que o conhecimento se consolide na criança, necessita que esse
conhecimento se encaixe de forma a complementar com aquelas já desenvolvidas
por ela, assim é necessário que desenvolvemos mediações para que ocorra esse
salto, fazendo delas relações em sua totalidade, aspectos sociais advindos do
contexto em que vive, familiar social, aquilo que ela de forma intrínseca já traz,
processos singulares que ela internalizou.
16
Segundo Marta Darsie (1999, p. 9): "Toda prática educativa traz em si uma
teoria do conhecimento. Esta é uma afirmação incontestável e mais incontestável
ainda quando referida à prática educativa escolar".
Uma das teses básicas desta teoria é que a mente humana se constitui e se
desenvolve não na dependência de fatores biológicos, mas na dependência das
relações sociais. Como descrevem Libâneo e Freitas (2007, p. 43), “para Vygotsky,
a constituição histórico-social do desenvolvimento psicológico humano ocorre no
processo da atividade humana, por meio da apropriação da cultura e mediante a
comunicação com outras pessoas”. Nesse processo é que os seres humanos vão se
tornando humanos no sentido histórico-cultural do termo; ou seja, vão se
transformando mediante a apropriação do conjunto cultural e histórico de
conhecimentos, saberes, práticas, modos de relações, etc., acumulados e
disponibilizados nas práticas sociais.
6. REFERÊNCIAS
CARVALHO, Maria Vilani Cosme de; IBIAPINA, Ivana Maria Lopes de Melo. A
abordagem histórico cultural de Lev Vigotski. In: CARVALHO, M. V. C. de;
COSTA, E.; TULESKIS., Psicologia histórico-cultural e a relação entre instrumento e
signo no desenvolvimento infantil: uma discussão metodológica Interfaces da Educ.,
Paranaíba, v.6, n.18, p.101-123, 2016.
MATOS, K. S. A. L. de. (Orgs.). Psicologia da educação : teorias do
desenvolvimento e da aprendizagem em discussão. 2. ed. Fortaleza: Edições UFC,
2009.
MORAES, R.; GALIAZZI, M. C.. Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de
múltiplas faces, Ciência & Educação, v. 12, n. 1, p. 117-128, 2006
SMIRNOVA, E. ; RIABKOVA, I. 2019, Teoria Da Brincadeira Na Psicologia Histórico-
Cultural, Rev. Teoria e Prática da Educação, v. 22, n.1, p. 84-97, Janeiro/Abril 2019
BISSOLI, Lígia Maria Sciarra. Estratégias utilizadas por professores de educação
infantil na leitura de imagens: um olhar sobre os formadores de leitores. UNESP- Rio
Claro/SP. lmsb@rc.unesp.br. Grupo do 16º cole VINCULADO : nº 13. 2015.
Disponível em:https://alb.org.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais16/sem13pdf/
sm13ss15_04.pdf Acesso em: 24/10\2021.
LIBÂNEO, J.C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a Teoria
Histórico-cultural da Atividade e a contribuição de Vasili Davydov, Set /Out /Nov /Dez
2004
PASQUALINI, J. C.; TEIXEIRA, L, A.; AGUDO, M. M. Pedagogia histórico–crítica:
legado e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações, 2018.