Bobinagem de Máquinas
Bobinagem de Máquinas
Bobinagem de Máquinas
DEPARTAMENTO DE ELECTRICIDADE
ENGENHARIA ELÉCTRICA
3º ANO
IV Grupo
MÁQUINAS ELÉCTRICAS I
BOBINAGEM DE MÁQUINAS
DISCENTES: DOCENTE:
Sidney João Ibaness Erik Silvestre
Ussene Achimo Ussene
Wagner Mausse
Manecas Manuel
José Chicomo Cossa Júnior
MÁQUINAS ELÉCTRICAS I
BOBINAGEM DE MÁQUINAS
RESUMO
Este trabalho apresenta uma breve introdução sobre as máquinas eléctricas, as suas
características mecânicas e eléctricas de constituição/construção. Desenvolve características e
os parâmetros mecânicos que dão enfases as bobinas de máquinas eléctricas. Apresenta
características que marcam diferença os enrolamentos de armadura para diferentes tipos de
máquinas eléctricas. Para um bom funcionamento e coordenação de todos os componentes
existentes na máquina, existem parâmetros mecânicos que permitem construir os circuitos da
armadura em caso de perda/queima de enrolamento. A partir desses são aqui apresentados
ensaio e processos que se faz para bobinagem do circuito de armadura.
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Bobinagem de Máquinas
Índice
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1. INTRODUÇÃO
As máquinas eléctricas foram inventadas no século XIX, e vem sendo aprimoradas desde então.
São largamente utilizadas na indústria, fazendo parte da grande maioria das máquinas
componentes dos processos industriais. No entanto, não estão presentes apenas dentro de
complexos industriais. Máquinas eléctricas estão presentes no dia a dia dos seres humanos nas
mais variadas aplicações, desde electrodomésticos, elevadores até mais recentemente como
motores de carros eléctricos.
A versatilidade das máquinas eléctricas é muito grande, permitindo que sejam utilizadas nos
mais diversos processos. Uma mesma máquina pode ser utilizada para diferentes fins, podendo
até mesmo actuar como gerador ou como motor, gerando energia eléctrica a partir de energia
mecânica no primeiro caso, ou realizando a operação contrária no segundo.
É apresentada neste trabalho uma visão geral sobre máquinas eléctricas e analisa as suas
características de construção e performance.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Apresentar conceitos que envolvem a bobinagem de máquinas.
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2. MÁQUINAS ELÉCTRICAS
Máquinas eléctricas são dispositivos que fazem conversão electromecânica de energia. Uma
máquina eléctrica pode converter tanto a energia mecânica em energia eléctrica como a energia
eléctrica em energia mecânica. Quando tal dispositivo é usado para converter energia mecânica
em energia eléctrica, ele é denominado gerador. Quando converte energia eléctrica em energia
mecânica, ele é denominado motor. O transformador é um dispositivo eléctrico que apresenta
uma relação próxima com as máquinas eléctricas. Ele converte energia eléctrica CA de um
nível de tensão em energia eléctrica CA de outro nível de tensão. Em geral, eles são estudados
juntamente com os geradores e motores, porque os transformadores funcionam com base nos
mesmos princípios, ou seja, dependem da acção de um campo magnético para que ocorram
mudanças no nível de tensão.
2.2.Aspectos Construtivos
Do ponto de vista físico a máquina eléctrica é dividida em três partes:
• Rotor – é a parte girante da máquina e constituída basicamente por um eixo, por um
circuito magnético e por um ou mais enrolamentos. É comum possuir também um
ventilador para bombear para fora o calor gerado internamente;
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A Figura 5 mostra bobinas pré-formadas romboidais que são enrolamentos da armadura mais
aplicadas em máquinas eléctricas. Cada bobina consiste de muitas espiras de fio coberto por
fina seda, algodão ou esmalte, idivilamente isoladas, imersas em verniz, e isoladas das ranhuras
da armadura. O número de condutores numa dada bobina será o dobro do número de espiras
da mesma ou seja, dois condutres por espira. Em geral, as bobinas da armadura cobrem 189º
eléctricos. Isto é, do centro de um dado pólo até o centro de um pólo de polaridade opesta, o
qual, não obstante, pode ser fisicamente adjaceente, como se mostra na Figura 5b e c.
Se a bobina cobre um espaço de 180º eléctricos, ela é chamada de bobina de passo inteiro,
enquanto que, se ela abrange menos do que 180º eléctricos, é denominada de bobina de passo
fraccionario ou enrolamanto cordado. Uma bobina que abrange 150º eléctricos terá um factor
de passo p, de 150º/180º = 0.833 ou 83,3 %. Em geral, factores de passo menores do que 80%
são evitados. A Figura 5d mostra enrolamentos de dupla camada, ou seja, dois lados de bobina
são insreidos em cada ranhura.
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Os enrolamentos diferem apenas na maneira pela qual os terminais das bobinas são conectados
ao comutador. No enrolamento ondulado, a conexões-série dos lados das bobinas entre as
escovas são criadas passando várias vezes através da armadura antes que um caminho entre as
escovas seja completo. Os enrolamentos ondulados também diferem dos enrolamentos
imbricados na maneira em que as escovas são conectadas entre si. O número de caminhos, a,
para os enrolamentos imbricado e ondulado é determinado pelas seguintes relações simples:
Para imbricado 𝑎 = 𝑚𝑃 (Eq.1)
Para ondulado 𝑎 = 2𝑚 (Eq.2)
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𝑧1
𝑞1 = (Eq.3)
𝑚1 2𝑝
Onde: 𝑧1 - número de ranhuras; 𝑚1 - número de fases e 2p = número de polos
180°𝐸
𝑎= (Eq.4)
𝑚1 𝑞1
𝑎
sin 𝑞1 ( 21 )
𝑘𝑑1 = 𝑎 (Eq.5)
𝑞1 sin ( 21 )
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𝜏𝑐
𝑘𝑝1 = sin (90° ) (Eq.6)
𝜏
Onde: 𝜏𝑐 – passo de bobina e passo polar
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𝐸𝑖
𝑁1 = (Eq.11)
4,44𝑓∅𝑘
A partir do número de espiras por fase é possível descobrir o número de espiras por bobina,
que é dado pela equação:
𝑁1
𝑁𝑏 = (Eq.12)
𝑁𝑓
O factor de preenchimento usual na fabricação de motores é de 70%. A seção do fio será dada
por:
𝐴𝑓𝑒
𝑆= (Eq.14)
𝑁𝑏
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A corrente nominal do motor, segundo o Manual de Bobinagem da WEG, é dada pela equação:
1,73J𝑆
𝐼= (Eq.15)
𝑘
Onde: J - densidade de corrente [A/mm2]; k – constante mecânica: 1,73 para conexão em estrela
e 1 para conexão triângulo.
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Ensaio de curto-circuito
Neste ensaio cada uma das fases do estator é curto-circuitada através de um amperímetro. A
máquina é conduzida à velocidade de sincronismo pela máquina primária. Mede-se então as
correntes no estator para diversos valores da corrente de excitação If, e determina-se o valor
médio das três fases, com o qual se representa a curva característica de curto-circuito SCC
(Short-Circuit Characteristic).
A curva SCC é uma linha recta. Isto deve-se ao facto de em curto-circuito não se atingir a
saturação, porque o fluxo magnético se mantém em valores reduzidos. A explicação para este
facto vem de:
1. Como Rs << Xs , a Ii corrente está em atraso praticamente 90º. A f.m.m de reacção opõe-se
então à f.m.m do indutor e a resultante é muito pequena. O circuito magnético mantém-se assim
não saturado mesmo para valores elevados de Ii e If.
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2.9.Processos de bobinagem
1) Analise da máquina – nesta secção o projector especifica o tipo de máquina a montar.
2) Cálculo de parâmetros – o projectista procura obter com a exactidão as medidas do
condutor e outros parâmetros em relação as características construtivas da máquina.
3) Isolamento dos slots do estator – são colocados isoladores no interior das ranhuras do
estator, de modo que existe separação dos circuitos ou enrolamentos colocados para
cada ranhura.
4) Medição do comprimento das armaduras
5) Inserção das bobinas em slots de estatores – é colocada cuidadosamente as bobinas
nas ranhuras dos estatores. Isso pode levar muito tempo para ser feito. Gira-se as
bobinas para que seus fios finais saiam do lado, onde está o orifício do estator para os
clipes eléctricos.
6) Conectando bobinas – Bobinas de arame são conectadas de acordo com o diagrama
de enrolamento. Soldar e isolá-los.
7) Envernizando – verniz utilizado para melhorar o isolamento entre os enrolamentos e
a parte rotorica da parte estática.
8) Montagem da máquina.
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3. CONCLUSÃO
Pode-se concluir que:
As máquinas eléctricas são constituídas por carcaça, rotor e estator. Esses componentes no seu
interior carregam outros componentes que totalizam a constituição geral das máquinas
eléctricas, entre os elementos caracterizados, pode se entender que os enrolamentos da
armadura e do campo, precisam de serem tomadas atenção quando colocadas nas regiões do
rotor e do estator. O processo de colocação dos enrolamentos em máquinas eléctricas é
conhecido por bobinagem.
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4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
KOSOV, Irving L. Máquinas Eléctricas e transformadores, 4ª. ed. São Paulo, Globo, 1982.
SILVA, Marcelo Eurípedes da. Curso de automação industrial, 1a ed. Piracicaba, 2007.
UMANS, Stephen D. Máquinas eléctricas de Fitzgerald e Kingsley, 7ª. ed. Porto Alegre, 2014.
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