Aula 9 - Análise Estrutural de Pavimentos
Aula 9 - Análise Estrutural de Pavimentos
Aula 9 - Análise Estrutural de Pavimentos
TRANSPORTES II
AULA 9
ANÁLISE ESTRUTURAL E VERIFICAÇÃO
MECANÍSTICA
PROF. FELIPE CAVA
PROBLEMAS DO MÉTODO CBR
Alguns problemas do método do DNIT
▪ Equações que relacionam as tensões e deformações com a geração de defeitos (Vida útil da estrutura em laboratório)
▪ Fatores e funções de calibração, que ajustem os dados com outros de base empírica que não puderam ser explícitos
como por exemplo o clima e as características do tráfego. (Fator de laboratório – campo)
EQUAÇÕES DE DESEMPENHO
DIMENSIONAMENTO MECANÍSTICO-EMPÍRICO
PROCESSO DE FADIGA
Camadas Asfálticas, Bases estabilizadas
ou Concreto
Solicitações de veículos
Deformações de tração
FADIGA
O Módulo de resiliência (Mr) é o principal parâmetro para uma análise mecanicista e mede a capacidade que um material
possui em não continuar deformado após cessar a aplicação de uma carga. Pode ser determinado em:
Fonte: https://contech.eng.br/
Fonte: DNIT 134, 2010
ENSAIO DE MÓDULO DE RESILIÊNCIA
1. TRIAXIAL DE CARGA REPETIDA
- Corpo de prova submetido a cargas com ciclos de 0,1 segundo para repouso de 0,9 segundos
- Frequência de 1 Hz (60 ciclos por minuto)
Obs: Def. Permanente maior que 5% da altura do CP, o ensaio deve ser
interrompido e os resultados descartados.
ENSAIO DE MÓDULO DE RESILIÊNCIA
1. TRIAXIAL DE CARGA REPETIDA
- Para determinar o módulo de resiliência são utilizados 18 pares de tensão
- Cada par um mínimo de 10 ciclos e coletar dados em pelo menos 5
repetições da carga
- Diferença máxima de 5% entre leituras
Subleito
Fonte: DNIT 134, 2018
ENSAIO DE MÓDULO DE RESILIÊNCIA
1. TRIAXIAL DE CARGA REPETIDA
ENSAIO DE MÓDULO DE RESILIÊNCIA
1. TRIAXIAL DE CARGA REPETIDA
É o ensaio mais comum utilizado para medir o Módulo de Resiliência de misturas asfálticas e misturas estabilizadas no
Brasil. O método é descrito na DNIT 135/2018-ME.
- Corpo de prova moldado em molde com diâmetro de 101,6mm e altura de 35mm a 70mm.
- Os Corpos de prova são armazenados por um período mínimo de 24h e máximo de 30 dias após a moldagem em
temperatura não superior a 30°C.
- Frequência de 1Hz e 0,1 segundo de aplicação da carga
ENSAIO DE MÓDULO DE RESILIÊNCIA
2. COMPRESSÃO DIAMETRAL DE CARGA REPETIDA
Inicialmente é realizada a resistência a tração por compressão diametral de acordo com a DNIT 136/2010 em pelo menos
3 CPs.
- Fase de condicionamento térmico do CP, 4 horas para atingir a temperatura do ensaio (Geralmente 25°C)
- Fase de condicionamento das deformações, aplicação de 50 ciclos de carga
- Após o condicionamento, sem interrupção, aplicar mais 15 ciclos de carga, registrando os deslocamentos.
- Aumentar a carga inicial aplicada em 5% e aplicar mais 15 ciclos, registrando os deslocamentos.
- Aumentar mais 5% a carga e repetir o procedimento de 15 ciclos, efetuando a medição dos deslocamentos
O Módulo de Resiliência é calculado para cada conjunto dos 15 ciclos. Devem ser comparado entre si e não
podem diferir em 5% da média global.
ENSAIO DE MÓDULO DE RESILIÊNCIA
2. COMPRESSÃO DIAMETRAL DE CARGA REPETIDA
Os deslocamentos são determinados a partir da curva de deslocamento versus tempo, para cada um dos 15 ciclos
de carga ensaiados, por regressão, dividindo-se a curva em 3 segmentos, conforme segue
Altura do CP (mm)
ENSAIO DE MÓDULO DE RESILIÊNCIA
3. OUTROS ENSAIOS
Além dos aqui descritos outros ensaios podem ser utilizados para encontrar o parâmetro de módulo de resiliência de materiais
para pavimentação. Na Austrália e outros países, por exemplo, é utilizado o ensaio de flexotração a cargas repetidas
utilizando corpos de prova em forma de vigotas.
A DNIT 135/2018-ME descreve também através do ensaio de compressão diametral com carga repetida como calcular o
coeficiente de Poisson, entretanto, a realização de ensaios para determinar o coeficiente de Poisson não é comum
𝜀ℎ
𝜇=−
𝜀𝑣
ANÁLISE ELÁSTICA DE MULTIPLAS CAMADAS
(AEMC)
Os valores positivos de tensão e deformação indicam que o ponto está em compressão,
enquanto os valores negativos indicam tração.
ANÁLISE ELÁSTICA DE MULTIPLAS CAMADAS
(AEMC)
• Flexão
• Confinamento
• Compressão e Cisalhamento
Pavimento “Perpétuo”
VERIFICAÇÃO MECANÍSTICA – DER-SP (2006)
Segundo DER-SP (2006), para a verificação mecanicista da estrutura de pavimento, é necessário conhecer os
parâmetros dos materiais que constituem as camadas do pavimento, o tráfego solicitante e os modelos de fadiga dos
materiais.
As cargas a serem inseridas na análise mecanicista devem simular o eixo simples padrão de rodas duplas de 80 kN,
utilizando quatro pontos de aplicação da carga de 20 kN cada e pressão de contato pneu-pavimento de 0,56 MPa.
Com relação ao desempenho, a vida de serviço de um pavimento invertido pode ser caracterizada por duas fases
distintas:
• Fase integra
• Fase pós-trincamento
VERIFICAÇÃO MECANÍSTICA – DER (SP)
Como veremos no exercício proposto no curso, a equação de fadiga da BGTC descrita na instrução de projeto do DER
(2006) é extremamente rigorosa e não é possível de ser atendida. Dessa forma, na prática é utilizada a equação de
fadiga obtida por Balbo (1993).
17,137−19,608∙𝑅𝑇
𝑁 = 10
Dessa forma, é conveniente verificar o valor do deslocamento vertical recuperável máximo da superfície do pavimento,
comparando-o com o valor de projeto obtido pelas expressões matemáticas do DNER-PRO 011/79 ou DNER-PRO 269,
que é função do número “N”. Esclareça-se que é comum também denominar o deslocamento vertical recuperável máximo
da superfície do pavimento como deflexão.