Apostila 3 Prova PDF
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7. ESTABILIDADE
Um sistema linear é estável quando qualquer sinal de entrada de amplitude finita produz si-
nais de saída também de amplitude finita.
Se eles são todos positivos e se nenhum é zero, então o sistema pode ser estável.
Para sistemas que tem denominadores que podem ser estáveis, um segundo teste deve ser
realizado.
2°TESTE: Os coeficientes da eq.(7.1) são escritas em uma ordem particular chamada arran-
jo de Routh.
As linhas seguintes no arranjo são determinadas por cálculos feitos a partir dos elementos
nas duas linhas imediatamente acima. Linhas sucessivas são calculadas até que apenas zeros apa-
reçam. O arranjo deve então conter (n+1) linhas, uma linha correspondente a cada um dos termos
sn a s0.
sn an an-2 an-4 ...
n-1
s an-1 an-3 an-5 ...
n-2
s b1 b2 b3 ...
n-3
s c1 c2 c3 ...
. . . . ...
. . . . ..
. . . . .
2
s x1 x2 X3
1
s y1 y2
0
s z1
Elementos na terceira linha são obtidos pelos elementos das duas linhas anteriores por:
a
b1 an2 n an3
an1
a
b2 an 4 n an5
an1
Elementos na quarta linha são obtidos pelos elementos das duas linhas anteriores por:
a
c1 an3 n1 b2
b1
a
c2 an5 n1 b3
b1
Uma outra forma de lembrar essas regras para determinação dos elementos é ilustrada na
Figura 7.1. Quando o arranjo estiver completo, deve ser examinado. Se todos as elementos
na primeira coluna do arranjo são positivos, todas as raízes tem parte real negativa e estão locali-
zados no semi plano esquerdo do diagrama de pólos e zeros. O sistema é então estável se todos
os elementos da primeira coluna são positivos. Se existem elementos negativos na primeira coluna,
o número de trocas de sinal na primeira coluna é igual ao número de raízes com parte real positi-
va.
01) São dados os denominadores de Funções de Transferência de alguns sistemas. Por inspeção,
quais poderiam ser estáveis, instáveis e criticamente estáveis?
a) s 4 3s3 2s 3
b) s3 2s2 3s 1
c) s5 4s2 3s3 2s2 5s 2
d) s5 s 4 5s3 2s2 3s 2
e) s5 2s3 3s2 4s 5
02) Usar o critério de estabilidade de Routh-Hurwitz para determinar se o sistema que tem a se-
guinte Função de Transferência é estável:
2s 1
a) G(s) 4 3
s 2s 3s2 4s 1
2s 1
b) G(s) 4 3
s s s2 4s 1
s3 4s2 8s k
04) Para o sistema mostrado na figura abaixo, qual a faixa de K que resulta em estabilidade ?
8.1. INTRODUÇÃO
K
G0 (s)
s 1
Para uma realimentação unitária, o sistema tem uma função de Transferência G(s) de:
K
Y(s) s 1 K
G(s)
R(s) K s 1 K
1
s 1
Y(s) K
G(s)
R(s) s 1 K
8.3. GRÁFICO DO LUGAR DAS RAÍZES
Y(s) G(s)
(8.1)
R(s) 1 G(s)H(s)
A equação característica desse sistema de malha fechada é obtida igualando a zero o deno-
minador do lado direito da eq.(8.1). Ou seja,
1 G(s)H(s) 0
Ou
G(s)H(s) 1 (8.2)
Aqui, vamos supor que G(s)H(s) seja uma relação dos polinômios em s. Como G(s)H(s) é
uma grandeza complexa, a eq.(8.2) pode ser dividida em duas equações: uma garantindo a igual-
dade dos ângulos dos dois lados da eq.(8.2) e a outra garantindo a igualdade dos módulos, obten-
do-se:
Condição angular:
Condição de módulo:
G(s)H(s) 1
(8.4)
Os valores de s que satisfazem tanto a condição angular como a de módulo são as raízes da
equação característica, ou os pólos de malha fechada. Um lugar dos pontos no plano complexo que
satisfaz somente a condição angular é o lugar das raízes. As raízes da equação característica (os
pólos de malha fechada) que correspondem a um dado valor do ganho podem ser determinadas
pela condição de módulo.
Em muitos casos, G(s)H(s) envolve um parâmetro de ganho K e a equação característica
pode ser escrita como:
K s z1 s z2 s zm1 s zm
1 (8.5)
s p1 s p2 s pn1 s pn
Então o Lugar das Raízes do sistema é o lugar dos pólos de malha fechada quando o ganho
K varia de zero a infinito.
Note que para começar o esboço;o do lugar das raízes de um sistema pelo método do lugar
das raízes, devemos conhecer a localização dos pólos e zeros de G(s)H(s). Lembre-se de que os
ângulos dos vetores no plano complexo (grandezas complexas) que se originam nos pólos e zeros
de malha aberta e vão ate o ponto de teste s são medidos no sentido anti-horario.
Por exemplo, se G(s)H(s) for dado por:
K s z1
G(s)H(s)
s p1 s p2 s p3 s p4
Onde -p2 e -p3 são pólos complexos conjugados, então o ângulo de G(s)H(s) será:
Onde z1 , p1 , p2 , p3 , p4 são medidos no sentido anti-horário, como mostram as figuras
a seguir:
Figura 8.3 - (a) e (b) Diagramas que mostram medidas dos ângulos a partir do ponto de testes s e
dos pólos e zeros de malha aberta
KB z1
G(s)H(s)
Ap1 Ap2 Ap3 Ap4
Onde Ap1 , Ap2 , Ap3 , Ap4 e B z1 são os módulos das grandezas complexas s + p1, s + p2, s
Note que, pelo fato de os pólos e zeros complexos conjugados de malha aberta, caso exis-
tam, situarem-se sempre simetricamente em relação ao eixo real, o lugar das raízes será também
sempre simétrico em relação a esse eixo. Portanto, será necessário construir apenas a metade
superior do lugar das raízes e desenhar a imagem espelhada da metade superior na metade inferi-
or do plano s.
8.4. RESUMO DAS REGRAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO DO LUGAR DAS RAÍZES
Para um sistema complexo, com muitos pólos e zeros de malha aberta, a construção do grá-
fico do lugar das raízes pode parecer complicada, mas, na verdade, não é difícil, se forem aplica-
das as regras de construção para esse fim. Pela localização de pontos específicos e assíntotas e
pelo cálculo dos ângulos de partida de pólos complexos e ângulos de chegada em zeros comple-
xos, pode-se construir a forma geral do lugar das raízes sem dificuldade.
O propósito desta seção é resumir as regras gerais para a construção do lugar das raízes do
sistema da Figura a seguir.
Figura 8.4 – Resumo das regras gerais para a construção do lugar das raízes
Embora o método do lugar das raízes seja essencialmente com base na técnica de tentativa
e erro, o número de tentativas requeridas pode ser bastante reduzido se utilizarmos essas regras.
8.5. REGRAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO DO LUGAR DAS RAÍZES
Vamos resumir agora as regras e os procedimentos gerais para a construção do lugar das
raízes do sistema mostrado na Figura 8.4.
Obtenha inicialmente, a equação característica:
1 G(s)H(s) 0
Em seguida, modifique essa equação de modo que o parâmetro de interesse apareça como
fator de multiplicação na forma:
K s z1 s z2 s zm1 s zm
1
s p1 s p2 s pn1 s pn
REGRAS:
2. Determinar os trechos do lugar das raízes no eixo real. Os trechos do lugar das ra-
ízes no eixo real são determinados pelos pólos e zeros de malha aberta que se encontram sobre
ele. Os pólos e zeros complexos conjugados de malha aberta da função de transferência não têm
nenhum efeito na determinação dos trechos do lugar das raízes no eixo real, porque a contribuição
angular de um par de pólos ou zeros complexos conjugados sobre o eixo real é de 360°. Cada
região do lugar das raízes no eixo real se estende sobre uma área de um pólo ou zero a outro pólo
ou zero. Para a construção dos trechos do lugar das raízes no eixo real, escolha um ponto de teste
sobre ele. Se o número total de pólos reais e zeros reais à direita desse ponto de teste for ímpar,
então esse ponto estará situado em uma região do lugar das raízes. Se pólos de malha aberta e
zeros de malha aberta forem pólos simples e zeros simples, então o lugar das raízes e seus com-
plementos formarão segmentos alternados ao longo do eixo real.
3. Determinar as assíntotas dos lugares das raízes. Se o ponto de teste s estiver loca-
lizado distante da origem, então o ângulo de cada vetor do plano complexo poderá ser considerado
o mesmo. Um zero de malha aberta e um pólo de malha aberta podem cancelar seus efeitos mu-
tuamente. Portanto, os lugares das raízes, se os valores de s forem muito elevados, deverão ser
assintóticos para as retas cujos ângulos (inclinações) forem dados por:
180(2k 1)
Ângulo das assíntotas (k=0,1,2,....)
(n m)
Se um ponto de teste for situado muito distante da origem, então, dividindo o denominador
pelo numerador, será possível escrever G(s)H(s) como:
K
G(s)H(s)
snm p1 p2 pn z1 z2 zm snm1
Ou:
K
G(s)H(s) n m
(8.6)
p1 p2 pn z1 z2 zm
s
nm
A abscissa do ponto de intersecção das assíntotas com o eixo real é então obtida igualando
a zero o denominador do lado direito da eq(8.6) e resolvendo para s ou
s
p1 p2 pn z1 z2 zm
(8.7)
nm
B(s) KA(s) 0
Esse valor pode ser calculado tanto gráfica como analiticamente. (O MATLAB pode ser utili-
zado para graduar o lugar das raízes em função de K).
Se o ganho K da função de transferência de malha aberta for um dado do problema, então,
pela aplicação da condição de módulo pode-se determinar as posições corretas dos pólos de malha
fechada em cada um dos ramos do lugar das raízes, para um dado valor de K. Para isso, pode-se
utilizar o método de tentativa e erro ou o MATLAB.
G(s)H(s)
K sm b1sm1 bm ( n≥ m)
s n
a1sn1 an
É uma equação algébrica de grau n em s. Se a ordem do numerador de G(s)H(s) for menor
do que a do denominador em duas ou mais unidades (o que significa que existem dois ou mais
zeros no infinito), então o coeficiente a1 será a soma com o sinal trocado das raízes das equações
e é independente de K. Nesse caso, se algumas das raízes se moverem para a esquerda sobre o
lugar das raízes, à medida que K aumenta, então as outras raízes devem se mover para a direita
conforme K aumenta. Essa informação é útil na determinação da forma geral do lugar das raízes.
Note também que uma pequena alteração na posição dos pólos e zeros pode causar mudan-
ças importantes na configuração do lugar das raízes. A Figura 8.5 demonstra que uma pequena
variação no posicionamento de um zero ou de um pólo resultará em uma configuração do lugar
das raízes bastante diferente.
Figura 8.6 – Gráfico do lugar das raízes
Y(s) K
R(s) s s 1 s 2 K s 1
A equação característica é:
s s 2 K s 1 0
Figura 8.7 – (a) Sistema de controle com realimentação de velocidade; (b) e (c) diagramas
de blocos modificado
Entretanto, em virtude do cancelamento dos termos (s+1) que aparecem em G(s) e H(s),
tem-se:
K s 1 s s 2 K
1 G(s)H(s) 1
s s 1 s 2 s s 2
s s 2 K 0
O gráfico do lugar das raízes de G(s)H (s) não mostra todas as raízes da equação caracterís-
tica, mas apenas as raízes da equação reduzida.
Para obter o conjunto completo dos pólos de malha fechada, deve-se adicionar o pólo can-
celado de G(s)H(s) aos pólos de malha fechada obtidos a partir do gráfico do lugar das raízes de
G(s)H(s). É importante lembrar que o pólo cancelado de G(s)H(s) é um pólo de malha fechada do
sistema, como mostra a Figura 8.6 (c).
Tabela 8.1 - Configurações de pólos e zeros de malha aberta e os correspondentes lugares das
raízes.
Exemplo 01: Considere o sistema da Figura abaixo. (Vamos supor que o valor do ganho K
seja não negativo).
K
G(s) , H(s) 1
s s 1 s 2
Vamos esboçar o gráfico do lugar das raízes e, em seguida, determinar o valor de K, de mo-
do que o coeficiente de amortecimento do par de pólos complexos conjugados dominantes, de
malha fechada, seja 0,5.
Para o sistema dado, a condição angular é:
K
G(s) s s 1 s 2 180(2k 1) (k=0,1,2,....)
s s 1 s 2
A condição de módulo é:
K
G(s) 1
s s 1 s 2
s s 1 s 2 0
Isso demonstra que a condição angular não pode ser satisfeita. Então, não existe lugar das
raízes no eixo real positivo. A seguir, seleciona-se um ponto de teste no eixo real negativo entre 0
e -1. Então:
s 180 , s 1 s 2 0
Assim,
s s 1 s 2 180
E a condição angular é satisfeita. Dessa maneira, o segmento negativo do eixo real entre 0 e
-1 pertence ao lugar das raízes. Se um ponto de teste for selecionado entre -1 e -2, então:
s s 1 180 , s 2 0
E,
s s 1 s 2 360
Pode-se observar, então, que a condição angular não será satisfeita. Portanto, o eixo real
negativo entre -1 e -2 não pertence ao lugar das raízes. Da mesma maneira, se um ponto de teste
for localizado entre -2 e - no eixo real negativo, a condição angular será satisfeita. Portanto, o
lugar das raízes existirá sobre o eixo real negativo entre 0 e -1 e entre -2 e -.
K K
lim G(s) lim lim 3
s s s s 1 s 2 s s
3 s 180 2k 1 (K=0,1,2,3,........)
Ou:
180(2k 1)
Ângulo das assíntotas (k=0,1,2,....)
(n m)
Como o ângulo se repete à medida que K varia, os ângulos distintos para as assíntotas são
determinados como 60°, -60° e 180°. Assim, existem três assíntotas. A que corresponde ao ângulo
de 180° é o eixo real negativo.
Antes de podermos desenhar essas assíntotas no plano complexo, devemos determinar o
ponto onde elas cruzam o eixo real. Como:
K
G(s)
s(s 1)(s 2)
se um ponto de teste estiver muito distante da origem, então C(s) poderá ser escrito como:
K
G(s) 3
s 3s2
Para valores elevados de s, essa última equação pode ser escrita aproximadamente como:
K
G(s)
(s 1)3
(8.9)
Um gráfico do lugar das raízes de Y(s) dado pela eq.(8.9) consiste em três retas. Isso pode
ser visto a seguir, onde a equação do lugar das raízes é:
K
180(2k 1)
s 13
Ou:
3 s 1 180(2k 1)
s 1 60(2k 1)
j 1 60(2k 1)
Ou
tg1 60 , -60, 0
1
3, 3, 0
1
1 0, 1 0, 0
3 3
Essas três equações representam três linhas retas, como mostra a Figura a seguir:
Essas três linhas retas são as assíntotas. Elas se encontram no ponto s = -1. Assim, a abs-
cissa de intersecção entre as assíntotas e o eixo real é obtida igualando a zero o denominador do
lado direito da eq.(8.9) e resolvendo para s. As assíntotas são praticamente partes do lugar das
raízes nas regiões muito distantes da origem.
3. Determinar o ponto de partida do eixo real. Para desenhar com precisão o lugar das
raízes, deve-se definir o ponto de partida do eixo real, onde as ramificações do lugar das raízes
originárias dos pólos em 0 e -1 saem do eixo real (à medida que K aumenta) e se movem no plano
complexo. O ponto de partida do eixo real corresponde a um ponto no plano s onde ocorrem raízes
múltiplas da equação característica.
Existe um método simples para a determinação do ponto de partida do eixo real, que apre-
sentaremos a seguir. Vamos escrever a equação característica como:
Onde A(s) e B(s) não contêm K. Note que f(s) = 0 tem raízes múltiplas nos pontos onde:
df(s)
0
ds
Isso pode ser visto como se segue. Suponha que f(s) tenha raízes múltiplas de ordem r. En-
tão, f(s) pode ser escrita como:
f(s) (s s1 )r (s s2 ) (s sn )
Derivando essa equação com relação a s e igualando s = s1, teremos:
df(s)
0 (8.11)
ds s s1
Isso indica que raízes múltiplas de f(s) satisfazem a eq.(8.11). A partir eq.(8.10), obtemos:
df(s)
B '(s) KA '(s) 0 (8.12)
ds
Onde:
dA(s) dB(s)
A '(s) , B '(s)
ds ds
B '(s)
K
A '(s)
B '(s)
f(s) B(s) A(s) 0
A '(s)
Ou:
Se a eq.(8.13) for resolvida em relação a s, podem ser obtidos os pontos onde ocorrem as
raízes múltiplas. Por outro lado, a partir da eq.(8.10), obtemos:
B(s)
K
A(s)
e
dK B '(s)A(s) B(s)A '(s)
0
ds A2 (s)
Se dK/ds for igualado a zero, obteremos novamente a eq.(8.13). Assim. os pontos de partida
do eixo real podem ser determinados a partir das raízes de:
dK
0
ds
Pode-se notar que nem todas as soluções da eq.(8.13) ou de dK/ds = 0 correspondem ao
real ponto de partida do eixo real. Se um ponto no qual dK/ds = 0 estiver sobre o lugar das raízes,
este será mesmo um ponto de partida ou de chegada ao eixo real. Em outras palavras, se o valor
de K for real e positivo em um ponto em que dK/ds = 0, então esse será de fato um ponto de par-
tida ou de chegada do eixo real.
No presente exemplo, a equação característica G(s) + 1 = 0 é dada por:
K
1 0
s(s 1)(s 2)
Ou
K (s3 3s2 2s)
dK
(3s2 6s 2) 0
ds
Ou:
s = -0,4226 s = -1,5774
Como o ponto de partida do eixo real deve estar sobre o lugar das raízes entre 0 e -1, está
claro que s = -0,4226 corresponde efetivamente ao ponto de partida do eixo real. O ponto s = -
1,5774 não está sobre o lugar das raízes. Então, esse ponto não é de fato um ponto nem de parti-
da nem de chegada. De fato, o cálculo dos valores de K correspondentes a s = -0,4226 e s = -
1,5774 resulta em:
4. Determinar os pontos em que o lugar das raízes cruza o eixo imaginário. Esses
pontos podem ser determinados com a utilização do critério de estabilidade de Routh, do seguinte
modo: como a equação característica para o presente sistema é:
s3 3s2 2s K 0
s3 1 2
s2 3 K
s1 (6-K)/3
s0 K
O valor de K que faz com que o termo S1 na primeira coluna seja igual a zero é K = 6. Os
pontos de cruzamento com o eixo imaginário podem então ser determinados com a resolução da
equação auxiliar obtida a partir da linha s2, isto é,
3s2 K 3s2 6 0
Do que resulta:
s j 2
Ou
K 3 j 2 0
2 3
Igualando tanto a parte real como a imaginária dessa última equação a zero, obtemos:
K 32 0 , 2 3 0
A partir da qual:
2, K 6 ou 0, K 0
6. Desenhar o lugar das raízes, com base nas informações obtidas nos passos anteriores como
mostra a Figura a seguir.
7. Determinar um par de pólos complexos conjugados dominantes de malha fe-
chada, de modo que o coeficiente de amortecimento seja 0,5. Os pólos de malha fechada
com =0,5 situados em linhas que passam pela origem e formam ângulos ±cos-1() = ±cos-1(0,5)
= ±60° com o eixo real negativo. Com auxilio da Figura anterior, esses pólos de malha fechada
com = 0,5 são obtidos da seguinte maneira:
O valor de K que fornece esses pólos é determinado pela condição de módulo, como se se-
gue:
s1 s(s 1)(s 2) s 0,3337 j0,5780 1,0383
Note que, a partir do passo 4, pode-se ver que para K = 6 os pólos dominantes de malha
fechada se situam no eixo imaginário em s j 2 . Com esse valor de K, o sistema apresentará
oscilações permanentes. Para K > 6, os pólos de malha fechada dominantes se situam no semi-
plano direito do plano s, resultando em um sistema instável.
Por fim, note que, se necessário, o lugar das raízes pode ser facilmente graduado em termos
dos valores de K, utilizando para isso a condição de módulo. Simplesmente seleciona-se um ponto
sobre o lugar das raízes, mede-se o módulo das três grandezas complexas s, s+ 1 e s+ 2 e multi-
plicam-se esses valores; o produto é igual ao valor do ganho K naquele ponto ou
s s 1 s 2 K
CAPÍTULO 9
9. CONTROLADORES
9.1. INTRODUÇÃO
De todas as ações de controle, a ação em duas posições é a mais simples e também a mais
barata, e por isso é extremamente utilizada tanto em sistemas de controle industrial como domés-
tico.Como o próprio nome indica, ela só permite duas posições para o elemento final de controle,
ou seja: totalmente aberto ou totalmente fechado.
Assim, a variável manipulada é rapidamente mudada para o valor máximo ou o valor míni-
mo, dependendo se a variável controlada está maior ou menor que o valor desejado.
Devido a isto, o controle com este tipo de ação fica restrito a processos prejudiciais, pois es-
te tipo de controle não proporciona balanço exato entre entrada e saída de energia.
Para exemplificar um controle ON-OFF, recorremos ao sistema de controle de nível mostrado
na figura a seguir. Neste sistema, para se efetuar o controle de nível utiliza-se um flutuado para
abrir e fechar o contato (S) energia ou não o circuito de alimentação da bobina de um válvula do
tipo solenóide.
Este solenóide estando energizado permite passagem da vazão máxima e estando desener-
gizado bloqueia totalmente o fluxo do líquido para o tanque. Assim este sistema efetua o controle
estando sempre em uma das posições extremas, ou seja, totalmente aberto ou totalmente fecha-
do.
9.4. AÇÃO DE CONTROLE PROPORCIONAL (P)
Nesse controle, a saída do controlador u(t) é diretamente proporcional a sua entrada, sendo
esta o sinal de erro atuante e(t) . Assim:
nal. A saída do controlador depende apenas da amplitude do erro no instante de tempo. Aplicando
a Transformada de Laplace na eq.(9.1), temos a Função Transferência do controlador proporcional:
U(s)
Kp (9.2)
E(s)
É comum exprimirmos a saída do controlador como uma porcentagem da saída total possível
do controlador. Assim uma variação de 100% na saída do controlador corresponde a uma mudança
no erro de um extremo da banda proporcional a outro. Assim:
100
Kp (9.3)
Banda Proporcional
Isto acontece porque o controlador esta operando dentro da banda proporcional. No contro-
le proporcional, quanto maior a magnitude do erro atuante, maior é a ação corretiva aplicada.
A desvantagem principal dessa ação de controle é que o controlador não introduz o termo
1/s ou integrador no ramo direto. Isto significa que se o sistema era do tipo 0, continua sendo do
tipo 0, e portanto com erro em regime permanente. O controlador não introduz quaisquer novos
pólos em malha aberta. Isso acontece porque a função de transferência de malha fechada com
controlador e realimentação unitária é:
C(s) K p Gp (s)
G(s) (9.4)
R(s) 1 K p Gp (s)
E a equação característica de [1 K p Gp (s)] tem os valores das raízes afetados pelo valor de
Kp .
Sistema de segunda ordem com controle proporcional. O sistema de controle de se-
gunda ordem com controle proporcional é mostrada na Figura 9.5.
K p n2 K p n2
C(s) s 2 2n s n2 s 2 2n s n2
R(s) K p n2 s 2 2n s n2 K p n2
1
s 2 2n s n2 s 2 2n s n2
C(s) K p n2
2 (9.5)
R(s) s 2n s n2 K p n2
Nesse controle, o valor da saída do controlador u(t) é variado segundo uma taxa proporcio-
nal ao sinal de erro atuante e(t) Assim:
du(t)
K i e(t)
dt
Ou
t
u(t) K i e(t) dt
0
(9.6)
onde K i é uma constante chamada ganho integral. A Figura 9.6 mostra o que acontece
quando o erro tem a forma de um degrau. A integral entre t e 0 é de fato a área sob a curva do
erro entre t e 0. Assim, quando aparece o sinal de erro, a área sob a curva aumenta em uma razão
regular e a saída do controlador deve também aumentar em uma razão regular. A saída em qual-
quer instante de tempo é proporcional ao acumulo de efeitos do erro em instantes anteriores.
Figura 9.6 - Controle integral
U(s) K i
(9.7)
E(s) s
Sistema com controle integral. No controle integral se o erro e(t) é dobrado, então o
valor de u(t) varia duas vezes mais rápido. Para erro atuante nulo, o valor de u(t) permanece
estacionário. O sistema de controle com controle integral tem a forma mostrada na Figura 9.7.
KI
G (s)
C(s) s p
G(s) (9.8)
R(s) K
1 I Gp (s)
s
Sistema de segunda ordem com controle integral. O sistema de controle de segunda
ordem com controle integral é mostrada na Figura 9.8.
K I n2 K I n2
C(s) s(s 2 2n s n2 ) s(s 2 2ns n2 )
R(s) K I n2 s(s 2 2n s n2 ) K I n2
1
s(s 2 2n s n2 ) s(s 2 2ns n2 )
C(s) K I n2
3 (9.9)
R(s) s 2ns 2 n2 s K I n2
de(t)
u(t) K d (9.10)
dt
Onde K d é uma constante chamada ganho derivativo. A Figura 9.9 mostra o que acon-
tece quando existe um erro em rampa. Com controle derivativo, tão logo o sinal de erro apareça à
saída do controlador pode tornar-se grande, já que a saída é proporcional à taxa de variação do
sinal de erro e não do erro propriamente dito. Isto pode fornecer uma grande ação corretiva antes
que um grande sinal de erro realmente ocorra. Entretanto, se o erro é uma constante, então não
existe ação corretiva, mesmo que o erro seja grande. O controle derivativo é insensível a sinais de
erro constantes ou de variação lenta, e conseqüentemente não é usado sozinho, mas combinado
com outras formas de controle.
Figura 9.9 - Controle derivativo
U(s)
Kd s (9.11)
E(s)
Sistema com controle derivativo:. O sistema de controle com controle derivativo tem a
forma mostrada na Fig. 5.10.
K D n2 s K D n2 s
C(s) s 2 2n s n2 s 2 2n s n2
R(s) K D n2 s s 2 2n s n2 K D n2 s
1
s 2 2n s n2 s 2 2n s n2
C(s) K D n2 s
2 (9.13)
R(s) s (2n K D n2 )s n2
A redução na estabilidade relativa resultante do controle integral pode ser resolvia, até certo
ponto, pela ação de controle proporcional mais integral (PI). Para essa combinação, a saída do
controlador é:
t
u(t) K p e(t) K i
0
e(t) dt (9.14)
U(s) K
Gc (s) Kp i
E(s) s
U(s) s K p K i
Gc (s)
E(s) s
K
K p s i
U(s) K p
Gc (s) (9.15)
E(s) s
K
onde: p é chamada constante de integral
K
i . Assim:
i
K p s 1
U(s) i
Gc (s) (9.16)
E(s) s
Assim um, zero em 1 i e um pólo em 0 vão ser adicionados ao sistema pelo uso do
controle PI. O fator 1 s aumenta o tipo do sistema de 1 e remove a possibilidade de um erro em
regime permanente para uma entrada degrau. Devido a inserção de um novo pólo e um novo zero,
a diferença entre o numero de pólos n e o número de zeros m não é alterada. Simplificando o dia-
grama de bloco da Figura 9.13, obtemos:
K p s 1
i
Gp (s)
C(s) s
Gc (s) (9.17)
R(s)
K p s 1
i
1 Gp (s)
s
Sistema de segunda ordem com controle proporcional mais integral. O sis-
tema de controle de segunda ordem com controle proporcional derivativo é mostrada na Figura
9.15.
Figura 9.15 - O sistema de segunda ordem com controle proporcional mais integral
(K P s K i )n2
C(s) s(s 2 2n s n2 ) (K P s K i )n2
R(s) (K P s K i )n2 s(s 2 2n s n2 ) (K P s K i )n2
1
s(s 2 2n s n2 )
de(t)
u(t) K p e(t) K d (9.19)
dt
U(s) K
Gc (s) K D P s
E(s) KD
U(s)
Gc (s) KD 1 s (9.20)
E(s) D
K
onde: D P é chamada constante de tempo derivativo. Nesta forma de controle um
K D
K D 1 s Gp (s)
C(s) D
Gc (s) (9.21)
R(s) 1
1 K D s Gp (s)
D
Figura 9.18 - O sistema de segunda ordem com controle proporcional mais integral
Obtendo a função transferência de malha fechada da planta com o controlador, temos:
(K P K D s)n2
C(s) s 2 2n s n2 (K P K D s)n2
R(s) (K P K D s)n2 s 2 2n s n2 (K P K D s)n2
1
s 2 2n s n2
t de(t)
u(t) K p e(t) K i e(t)dt K
o
d
dt
(9.23)
U(s) K
Gc (s) Kp I KDs (9.24)
E(s) s
K K
Como a constante de tempo integral i é i e a constante derivativa D é P
K p K D
podemos escrever:
U(s) 1 K I K s
Gc (s) KP D
E(s) KP s KP
U(s) 1 1
Gc (s) KP s (9.25)
E(s) I s D
K P 1 1 D s Gp (s)
C(s) is
Gc (s) (9.26)
R(s)
1 K P 1 1 s G (s)
is D p
Exemplo Geral: Ccontroladores para um Sistema de segunda ordem com entrada degrau
unitário.
C(s) 4
FTMA 2
U(s) s 2.4s 4
Para uma entrada degrau unitário [U(s)=1] obtemos a curva de resposta a malha aberta:
Figura 9.21 - O sistema de segunda ordem de malha aberta com entrada degrau
Agora obtemos a função transferência de malha fechada para o mesmo sistema em questão:
C(s) 4
FTMF 2
R(s) s 2.4s 8
Para uma entrada degrau unitário [U(s)=1] obtemos a curva de resposta a malha fechada:
Figura 9.22 - O sistema de segunda ordem de malha fechada com entrada degrau
Aplicando o teorema do valor final obtemos a saída c(t) em regime permanente para a en-
trada degrau unitário:
4 1 1
c() Lim s F(s) Lim s 2
0,5
s 0 s 0 s 2, 4s 8 s 2
Notar que o sistema estabiliza em 0,5. Isto é: c() = 0.5 e na realidade deveria
estabilizar no degrau unitário, ou seja, c() = 1. Portanto existe um erro estacionário e(t)
em regime permanente na qual é determinado da seguinte forma:
e(t) r(t) c()
e(t) 1 0,5 0,5
e(t) 0,5
Este erro pode ser visto claramente quando traçamos as duas curvas juntas.
Figura 9.23 - O sistema de segunda ordem de malha aberta e fechada com entrada degrau
Para reduzir esse erro e atender as especificações dos projetos de sistemas de controle utili-
zamos os controladores.
1) Controlador proporcional -P
A seguir são apresentadas varias curvas de saídas para Kp= 2, 5, 10 e 50, além das de saída
de malha fechada e aberta.
Figura 9.24 - O sistema de segunda ordem de malha fechada com controlador proporcional
Analise: Do gráfico podemos concluir que aumentando o valor do ganho proporcional (Kp)
diminuímos o erro em regime estacionário e(t). No entanto não é possível elimina-lo totalmente.
Aumentando o valor do ganho proporcional (Kp) também podemos notar que a freqüência
de oscilação do sistema aumenta, produzindo elevados picos.
2) Controlador Integral -I
A seguir são apresentadas varias curvas de saídas para Ki = 0.3, 0.5, 0.7, 0.9 e 1.1, além
das de saída de malha fechada e aberta.
Analise: Do gráfico podemos concluir que aumentando o valor do ganho proporcional (Ki)
diminuímos o erro em regime estacionário e(t).
No entanto para valores pequenos de Ki a curva de resposta tem um elevado amortecimento
demorando assim um longo tempo para alcançar a referência de entrada (degrau unitário).
Aumentando os valores de Ki diminuímos o amortecimento e aumentamos a freqüência de
oscilação do sistema aumenta, produzindo elevados picos. Note que o valor de Ki deve ser bem
ajustado, coso contrario pode levar a instabilidade do sistema. Isto ocorre por que um zero foi
introduzido na origem
3) Controlador Devivativo - D
A seguir são apresentadas varias curvas de saídas para Kd = 0.5, 1, 3, 5, 10, 20 e 50, além
das de saída de malha fechada e aberta.
Analise: Do gráfico podemos concluir que para qualquer valor de ganho derivativo (Kd) a
resposta do sistema se estabiliza em zero. Isso ocorre porque quando o erro se torna uma cons-
tante sua derivada é igual a zero, então não existe ação corretiva, mesmo que o erro seja grande.
O controle derivativo é insensível a sinais de erro constantes ou de variação lenta, e conseqüente-
mente não é usado sozinho, mas combinado com outras formas de controle.
A seguir são apresentadas varias curvas de saídas para Kp = 0.1, 1, 3, 5 e i=1, além das de
saída de malha fechada e aberta.
A seguir são apresentadas varias curvas de saídas para Kp = 3, 5, 7 e i=2, além das de saí-
da de malha fechada e aberta.
5) Controlador Proporcional mais derivativo -PD
A seguir são apresentadas varias curvas de saídas para Kp = 0.1, 1, 3, 5 e i=1, além das de
saída de malha fechada e aberta.
A seguir são apresentadas varias curvas de saídas para Kp = 0.1, 1, 3, 5 e i=1, além das de
saída de malha fechada e aberta.
9.10. REGRAS DE SINTONIA PARA CONTROLADORES PID
A Figura a seguir mostra o controle PID de uma planta. Se um modelo matemático da planta
pode ser obtido, então é possível aplicar várias técnicas de projeto na determinação de parâmetros
controlador que vão impor as especificações do regime transitório e do regime permanente do
sistema de malha fechada. Contudo, se a planta for muito complexa, de modo que seu modelo
matemático não possa ser obtido facilmente, então a abordagem analítica do projeto do controla-
dor PID não será possível. Temos então de recorrer a abordagens experimentais de sintonia de
controladores PID.
Se a planta não possui integradores e nem pólos complexos conjugados dominantes, então
essa curva de resposta ao degrau unitário pode ter o aspecto de um S, como mostra a Figura a
seguir.
C(s) Ke Ls
U(s) Ts 1
Ziegler-Nichols sugeriram escolher os valores Kp, Ti e Td de acordo com a fórmula que apa-
rece na Tabela a seguir.
Tipo de controlador Kp Ti Td
T
P 0
L
T L
PI 0, 9 0
L 0, 3
T
PID 1, 2 2L 0,5L
L
Note que o controlador PID sintonizado pelo primeiro método das regras de Ziegler-Nichols
fornece:
1
Gc K p 1 Tds
Ts
i
T 1
Gc 1,2 1 0,5Ls
L 2Ls
2
1
1 Ls
Gc 0, 6T
s
SEGUNDO MÉTODO
No segundo método, definimos primeiro Ti = e Td = 0. Utilizando somente a ação de con-
trole proporcional (veja a Figura a seguir), aumente Kp de 0 ao valor crítico Kcr no qual a saída
exibe uma oscilação sustentada pela primeira vez. (Se a saída não exibe uma oscilação sustentada
parar qualquer valor que Kp pode assumir, então esse método não se aplica.)
Ziegler e Nichols sugeriram escolher os valores dos parâmetros K p, Ti, e Td de acordo com a
fórmula mostrada na Tabela abaixo.
Tabela 9.2 - Regra de sintonia de Ziegler-Nichols baseada no ganho critico Kcr e no período crítico
Pcr
Tipo de controlador Kp Ti Td
P 0,5 K cr 0
1
PI 0, 45 K cr Pcr 0
1, 2
Note que o controlador PID sintonizado pelo segundo método das regras de Ziegler-Nichols
fornece:
1
Gc (s) K p 1 Tds
Ts
i
1
Gc (s) 0, 6K cr 1 0,125Pcr s
0,5Pcr s
2
4
s
Pcr
Gc (s) 0, 075 K cr Pcr
s
Portanto, o controlador PID tem um pólo na origem e zeros duplos em s = -4/Pcr.
Note que, se o sistema tem o modelo matemático conhecido (como a Função de Transferên-
cia), então podemos utilizar o método do lugar das raízes para encontrar o ganho crítico K cr e a
freqüência de oscilações sustentadas cr onde 2/cr = Pcr. Esses valores podem ser encontrados a
partir dos pontos de cruzamento dos ramos do lugar das raízes com o eixo j (obviamente, se os
ramos do lugar das raízes não cruzam o eixo j, esse método não se aplica.)
EXEMPLO 01
Considere o sistema de controle mostrado na Figura baixo no qual um controlador PID é uti-
lizado para controlar o sistema. O controlador PID tem a Função de Transferência:
1
Gc (s) K p 1 Tds
Ts
i
Embora vários métodos analíticos estejam disponíveis para o projeto de um controlador PID,
para o sistema dado, vamos aplicar uma regra de sintonia de Ziegler-Nichols na determinação dos
parâmetros Kp, Ti e Td. Para tanto, obtenha a curva de resposta ao degrau unitário e verifique se o
sistema projetado exibe aproximadamente 25% de máximo sobre-sinal. Se o máximo sobre-sinal
for excessivo (40% ou mais), faça uma sintonia fina e reduza o valor do máximo sobre-sinal para
aproximadamente 25% ou menos.
Como a planta tem um integrador, utilizamos o segundo método das regras de sintonia de
Ziegler-Nichols. Fazendo Ti = e Td = 0, obtemos a Função de Transferência de malha fechada
como se segue:
C(s) Kp
R(s) s(s 1)(s 5) K p
O valor Kp que torna o sistema marginalmente estável, de modo que ocorram oscilações sus-
tentadas, pode ser obtidas pelo uso do critério de estabilidade de Routh. Uma vez que a equação
característica do sistema em malha fechada é:
s3 6s2 5s K p 0
s3 1 5
2
s 6 Kp
1
s (30- Kp)/6
0
s Kp
Kcr = 30
s3 6s2 5s 30 0
2 2
Pcr 2, 8099
5
1
Gc (s) K p 1 0,35124s
1,405s
6, 3223 s 1, 4235
2
Gc (s)
s
A resposta ao degrau unitário desse sistema pode ser facilmente obtida com o Matlab. Veja
o programa a seguir em Matlab
Programa em Matlab
Gc (s) 18 1
1
0, 7692s 13, 846
s 0, 65
3, 077s s
O máximo sobre-sinal na resposta ao degrau unitário pode ser reduzido para aproximada-
mente 18%. Ver figura a seguir.
Se o ganho proporcional KP for aumentado para 39,42, sem alterar a localização do zero
duplo (s= -0,65), ou seja, utilizando o controlador PID,
Gc (s) 39, 42 1
1
0, 7692s 30, 322
s 0, 65
3, 077s s
Então a velocidade de resposta é aumentada, porém o máximo sobre- sinal é também au-
mentado para aproximadamente 28% como mostra a figura a seguir.
Uma vez que o máximo sobre-sinal nesse caso é bem próximo a 25% e a resposta é
mais rápida do que a do sistema com a GC(s) da equação:
Gc (s) 18 1
1
0, 7692s 13, 846
s 0, 65
3, 077s s
Gc (s) 39, 42 1
1
0, 7692s 30, 322
s 0, 65
3, 077s s
É interessante observar que esses valores são de aproximadamente o dobro dos valores su-
geridos pelo segundo método das regras de sintonia de Ziegler-Nichols. O aspecto importante a ser
observado aqui é que a regra de sintonia de Zigler-Nichols forneceu um ponto de partida para a
sintonia fina.
É instrutivo notar que, para o caso em que o zero duplo está localizado em s = -1,4235,
aumentar o valor de Kp aumenta a velocidade de resposta. Contudo, sendo o máximo sobre-sinal o
objetivo, a variação do ganho Kp tem pouquíssima influência. A razão para isso pode ser vista por
meio da análise do lugar das raízes. A Figura 10.11 mostra o gráfico do lugar das raízes para o
sistema projetado pelo uso do segundo método das regras de sintonia de zigler-Nichols. Uma vez
que os ramos dominantes do lugar das raízes estão sobre as linhas com = 0,3 para uma faixa
considerável de K, variar o valor de K (de 6 a 30) não alterará muito o coeficiente de amortecimen-
to dos pólos dominantes de malha fechada. Contudo, a variação da localização do zero duplo tem
um efeito significativo no máximo sobre-sinal, porque o coeficiente de amortecimento dos pólos
dominantes da malha fechada pode ser alterado significativamente. Isso também pode ser visto
pela análise do lugar das raízes. A Figura 10.2 mostra o gráfico do lugar das raízes para o sistema
em que o controlador PID tem o zero duplo em s = -0,65. Note a alteração na configuração do
lugar das raízes. Essa alteração na configuração torna possível modificar o coeficiente de amorte-
cimento dos pólos dominantes de malha fechada.
CAPÍTULO 10
10. BIBLIOGRAFIA
10.1. INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 11
11. ANEXO 1
Ao ser fechada a chave, cargas vindas da fonte se distribuem nas placas, isto é, ocorre circu-
lação de uma corrente. Inicialmente esta corrente i é alta, mas quanto mais cargas são acumula-
das, e portanto mais tensão desenvolvida sobre as placas, estas cargas acumuladas tendem a se
opor ao fluxo de novas cargas. Finalmente, quando cargas suficientes tiverem sido transferidas de
uma placa a outra, a tensão v = E terá sido desenvolvida sobre as placas. As placas estão então
carregadas a um máximo e, sendo a tensão sobre as placas igual à tensão da fonte, a corrente i
tem de ser igual a zero. Em uma situação ideal, a transferência de cargas ocorre em um tempo
zero, mas, na prática, o processo de carga requer um tempo muito pequeno, mas finito.
Se for traçado um gráfico de cargas acumuladas em função da tensão desenvolvida sobre as
placas, será obtida uma relação linear, como na Figura a seguir:
Q
C ou QC V
V
Durante o período transitório, a carga e a tensão sobre o capacitor são variáveis. Assim,
usando valores instantâneos na equação anterior, temos:
qC v
q C v (3.7)
dq C dv c
dq dv c
C
dt dt
Os valores dq/dt e dv/dt são as respectivas variações de carga e de tensão que ocorrem em
um intervalo de tempo infinitesimal dt, isto é, são taxas de variação de q e v. A taxa de variação da
carga com relação ao tempo, portanto, a corrente instantânea. Assim:
dv c
ic C
dt
1
dv c ic dt
C
1
dv C
c ic dt
1
vc
C i c dt
d iL (t)
vL L
dt
vL
d iL (t)= dt
L
1
iL (t)
L
vL (t) dt
vr (t) R ir (t)
Ou:
vr (t)
ir (t)=
R
Soma de todas as corrente que entram em um nó = Soma de todas as corrente que saem do nó
I1 I3 I5 I6 I2 I4
Se considerarmos as correntes que entram num nó como positivas (+) e as que saem do
mesmo nó como negativas (-), então esta lei afirma também que a soma algébrica de todas as
correntes que se encontram numa junção comum é zero. Utilizando o símbolo de somatório, ,
temos:
I 0
Onde I, a soma algébrica de todas as correntes num ponto comum, é zero.
I1 I2 I3 I4 I5 I6 0
Se transpusermos os termos negativos para o lado direito do sinal de igual, teremos a mes-
ma forma da equação original.
VA V1 V2 V3 0
Ou
VA (V1 V2 V3 ) 0
V V A V1 V2 V3 0
Na qual V, a soma algébrica de todas as tensões ao longo de qualquer circuito fechado, é
igual a zero.
Atribuímos um sinal positivo (+) para um aumento de tensão e um sinal negativo para uma
queda de tensão na fórmula V = 0. Ao acompanhar as quedas de tensão ao longo de um circuito,
comece no terminal negativo da fonte de tensão. O percurso do terminal negativo até o terminal
positivo passando pela fonte de tensão corresponde a um aumento de tensão. Continuamos a
acompanhar o circuito do terminal positivo passando por todos os resistores e voltamos ao termi-
nal negativo da fonte.