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RECIFE
2012
ii
por
RECIFE
2012
iii
RECIFE
2012
Catalogação na fonte
Bibliotecária Margareth Malta, CRB-4 / 1198
UFPE
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
À professora da escola comunitária do Engenho Santana por ter fornecido o espaço físico
como ponto de apoio para a pesquisa.
Aos amigos Farah Diba, Eduardo Barreto e Tiago Silva pela construtiva interação ao longo
dos anos da pós-graduação.
À família, sobretudo ao nosso núcleo, pelo apoio e incentivo em todas as fases do Mestrado.
A Deus por conceder estes importantes encontros, e ainda aos amigos e colegas colaboradores,
mesmo que não mencionados acima, mas que de alguma forma contribuíram para a
viabilização desta pesquisa.
viii
EPÍGRAFE
Goethe
ix
RESUMO
O presente trabalho trata da avaliação de material particulado em suspensão, tomando como caso
de estudo a comunidade do Engenho Santana no município de Jaboatão dos Guararapes/PE, onde
ocorre a extração de rochas graníticas para a produção de brita (Pedreira), bem como a produção
de asfalto (Usina). De modo geral, os processos de lavra e beneficiamento mineral das pedreiras
provocam a emissão de material particulado, aumentando sua concentração no ar atmosférico.
Assim, o estudo visou à avaliação dos particulados, partindo do diagnóstico ambiental sobre a
qualidade do ar em área residencial do entorno desses empreendimentos, localizada no Engenho
Santana. A metodologia da pesquisa aplicada nas avaliações, qualitativa e quantitativa, consistiu
em visitas técnicas no período de julho a setembro de 2011, através de entrevistas de campo e
análise de documentos. Outrossim, também se fez uso da técnica de Avaliação de Impactos
Ambientais – AIA para a identificação das fontes emissoras de particulados, assim identificando
posteriormente uma usina de asfalto como outra importante fonte emissora poluente do ar
atmosférico. Dos procedimentos para as medições de campo, fez-se uso de Amostradores de
Grande Volume – AGVs (ou Hivol) para medições de Partículas Totais em Suspensão – PTS e de
Materiais Particulados Inaláveis – MP10 no ar atmosférico, conforme postulados pela legislação
vigente (Resolução CONAMA no 03/1990) e regido pelas normas técnicas da ABNT NBR
no 9547/1997 e NBR no 13412/1995, respectivamente. Foram feitas medições que consistiram de
um total de 12 amostras, sendo 6 para PTS com Limite de Tolerância – LT de 24 horas; em cujo
padrão secundário (150µg/m3) foi ultrapassado em apenas uma vez (177.53µg/m 3); e 6 para
MP10, com o mesmo LT de 24 horas, em cujo padrão secundário (150µg/m3) foi inferior ao LT,
atingindo o valor (73.66 µg/m3). Da análise da concentração de PTS, baseado no índice de
qualidade do ar foi revelado que 66.6% das amostras foram classificadas como REGULAR,
16.7% como BOA e 16.7% como INADEQUADA; enquanto que, as concentrações de MP10,
obtiveram o percentual de 16.7% como REGULAR e 83.3% como BOA. Assim, pôde-se
constatar que a área de estudo apresenta concentrações de particulados (PTS e MP10) interferentes
a qualidade do ar ambiente local. Portanto, os subsídios técnicos e ambientais apresentados neste
trabalho servirão para o estabelecimento de medidas de monitoramento sistêmico e contínuo das
emissões atmosféricas, visando à melhora da saúde e bem-estar da população local.
ABSTRACT
This thesis discusses for evaluation of particles in suspension, using the community of Engenho
Santana in the Jaboatão dos Guararapes/PE municipality as a case study, where the extraction of
granite occurs to produce crushed rock; as well as the production of asphalt to be processed at the
factory. In general processes of quarrying and adding value to mineral production provoke the
emission of particulates, always increasing their concentration in the atmosphere. Hence the study
aimed to evaluate particle suspension by setting off from environmental diagnosis of air quality
around businesses in the Engenho Santana community. The methods applied in qualitative and
quantitative evaluations consisted of technical visits in the period from June to September 2011,
using interviews and the analysis of documents. Besides this, Environmental Impact Evaluation
techniques were used (AIA) to identify the sources of particle emission, in this way identifying, in
the end, an asphalt factory as an important contributor to air pollution. Amongst the results
achieved via qualitative evaluation, measurements in the field were produced using Large
Volume Samplers (AGVs or Hivol) to measure the Total of Particles in Suspension (PTS) and
inhalable particle materials (MP10) in the atmosphere, taking into consideration CONAMA
Resolution no 03/1990, following technical norms ABNT NBR no 9547/1997 and no 13412/1995
respectively. The measurements contained a total of 12 samples, having 6 for PTS with a
Tolerance Limit (LT) of 24 hours - the secondary pattern (150µg/m3) was exceeded just once
(177.53µg/m3); and 6 cases of MP10, with the same LT of 24 hours, where within the secondary
pattern (150 µg/m3) the value was inferior to the Tolerance Limit (73.66µg/m 3). In the analysis
for the concentration of PTS, based on the index of air quality, 66.6% of the samples were
classified as REGULAR, 16.7% were GOOD, and 16.7% as INADEQUATE; while the
concentrations of MP10 were classified as REGULAR in 16.7% of cases, and 83.3% as GOOD. In
the end, one is able to affirm that the area under study presents concentrations of particles (PTS
and MP10) which interfere in the quality of the air. We hope that the technical and environmental
results presented in the evaluations contribute to establishing measures for the monitoring,
systematically and continually, of atmospheric emissions to benefit the health and well being of
local populations and their environment.
Key words: PTS. PM10. Emissions in the atmosphere. Evaluation of air quality. Environmental
diagnostic. Quarry and asphalt factory.
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Mapa da RMR com destaque para o município de Jaboatão dos Guararapes
mostrando as áreas regulamentadas para a exploração de substâncias minerais aplicadas na
construção civil
c 19
21 21
Figura 2 – Fluxograma das principais etapas para o desenvolvimento da Dissertação 23
Figura 3 – Frente de lavra para a produção de brita do estudo de caso 25
Figura 4 – Pontos críticos na lavra da mineração de brita como fontes de particulados
potenciais na geração das externalidades 29
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Índice de conformidade geral pelo sistema em função dos resultados das
entrevistas aplicadas na pedreira e usina de asfalto 58
LISTA DE TABELAS
Tabela 13 – Pontuação dos dados das entrevistas de campo acerca do SGA praticado nos
empreendimentos 58
Tabela 14 – Pontuação dos dados referente à gestão das emissões atmosféricas nos
empreendimentos 58
Tabela 27 – Análise estatística com grau de confiança de 95% para a determinação das
exposições diárias a MP10 durante o período total de amostragem, utilizando como
referência o padrão primário e secundário (50 µg/m³ / MAA) 97
SUMÁRIO
Resumo ix
Abstract x
Lista de figuras xi
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES 70
6.1 Considerações finais 70
6.2 Sugestões para trabalhos futuros 72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 74
APÊNDICE A – Avaliação de desempenho do Sistema de Gestão Ambiental –
SGA para uma pedreira e usina de asfalto 77
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades
PERNAMBUCO
Legenda: Areia
Argila
GRANITO PARA BRITA
Rio Permanente
Limite Municipal
Figura 1 – Mapa da RMR com destaque para o município de Jaboatão dos Guararapes
mostrando as áreas regulamentadas para a exploração de substâncias minerais aplicadas na
construção civil.
20
1.2 Justificativas
Geral:
Específicos:
– Mapear o campo amostral para identificação dos pontos críticos referente ao predomínio de
geração dos poluentes atmosféricos provenientes dos empreendimentos de mineração;
eólico de poeira e/ou solo exposto, poeiras fugitivas de processos e manuseio, entre outros.
O material particulado pode também se formar na atmosfera a partir de gases como dióxido de
enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são
emitidos principalmente em atividades de combustão, transformando-se em partículas como
resultado de reações químicas no ar.
O tamanho das partículas está diretamente associado a sua potencial nocividade para a
saúde. Tanto quanto menores os particulados, representa que serão mais graves os efeitos
provocados. Outrossim, este material em suspensão poderá reduzir a visibilidade na
atmosfera.
O material particulado presente no ar ambiente pode ser classificado como Partículas
Totais em Suspensão – PTS e Materiais Particulados Inaláveis – MP10. Segundo a
ABNT NBR no 9547/1997, as PTS podem ser definidas, de maneira simplificada, como
àquelas cujo diâmetro aerodinâmico equivalente é menor que 50 µm. Pela ABNT
NBR no 13412/1995, uma parcela mais fina destas partículas são os MP10, com diâmetro
aerodinâmico equivalente menor ou igual a 10 µm. Os MP10 podem causar males à saúde,
bem como podem afetar desfavoravelmente a qualidade de vida da população, interferindo nas
condições estéticas do ambiente e prejudicando as atividades normais da comunidade.
A Fumaça (FMC), por sua vez, está associada ao PTS proveniente dos processos de
combustão. O método de determinação da fumaça é baseado na medida de refletância da luz
que incide na poeira (coletada em um filtro), o que confere a este parâmetro a característica de
estar diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmosfera.
A etapa de beneficiamento, por sua vez, pode emitir uma quantidade importante de
material particulado, aumentando a concentração destes no ar. Dependendo da quantidade
liberada a alteração pode ser significativa, contribuindo para a poluição atmosférica
(IBRAM, 1984).
30
(a) Transporte de ROM para o britador primário. (b) Britagem primária com britador de mandíbulas.
(c) Formação das pilhas de brita produzida. (d) Expedição para o mercado consumidor.
tendo como referência o transporte e a dispersão dos poluentes. Com base em Erthal (1984),
as condições meteorológicas e topográficas do local são fatores fundamentais na distribuição
dos poluentes atmosféricos. Ressalta-se também a influência da topografia através da
distribuição das unidades topográficas (várzeas, colinas e morros). Dentre os parâmetros
meteorológicos básicos do ponto de vista ambiental, pode-se destacar: velocidade e direção do
vento, temperatura do ar, nível de precipitação pluviométrica e umidade relativa do ar.
(ii) Temperatura do ar
As diferenças de temperatura sobre as grandes superfícies determinam a produção dos
ventos e, por consequência, a movimentação do ar.
O fenômeno mais importante causado pela temperatura é a convecção sobre a
verticalidade, que representa a ascensão do ar de uma camada inferior da atmosfera próxima
ao solo, em consequência de seu aquecimento pelo sol. A convecção ascendente é função da
32
diferença entre o nível da temperatura do ar próximo ao solo e aquela existente nas camadas
elevadas da atmosfera. Em certas épocas do ano, esta situação se inverte com o fenômeno da
inversão térmica. A queda da temperatura em camadas baixas, camadas mais elevadas da
atmosfera são ocupadas com ar relativamente mais quentes, que não conseguem descer.
Ocorre assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local,
caracterizada por uma inversão de camadas: o ar frio fica embaixo e o ar quente acima,
fenômeno definido como inversão térmica, dificultando a convecção ascendente e consequente
carreamento do ar poluído.
retenção de partículas no trato respiratório é necessário que o diâmetro das partículas seja
inferior a 10 µm (ALGRANTI, 1995). A retenção de poeira nos brônquios e alvéolos será
mais intensa, dependendo da natureza da poeira e para as partículas cujo diâmetro varia de 0.5
a 3.0 µm. Acredita-se que as partículas com tamanho em torno 1,0 µm podem ser as mais
patogênicas (BASTARACH, 2002).
Os efeitos da poluição do ar podem provocar alterações nas superfícies do sistema
respiratório. Dependendo de fatores determinantes como: tipo e tamanho das partículas,
quantidade inalada, tempo de exposição e susceptibilidade individual; podem representar
alterações temporárias ou permanentes. Estes efeitos biológicos podem ser correlacionados,
direta ou indiretamente, com a poluição do ar por estudos epidemiológicos. De acordo com
Almeida (1999), alguns desses efeitos incluem irritação dos olhos e das vias respiratórias,
redução da capacidade pulmonar, aumento da susceptibilidade a infecções virais e doenças
cardiovasculares, redução da capacidade física, dores de cabeça, alterações motoras e
enzimáticas, agravamento de doenças crônicas do aparelho respiratório tais como asma,
bronquite, enfisema, pneumoconioses; danos ao sistema nervoso central, alterações genéticas
e câncer.
Dentre as pneumoconioses encontra-se a silicose decorrente da exposição ao agente
causal sílica livre cristalizada em frações inaláveis (< 10 µm). A inalação deste agente químico
gera um processo de fibrose pulmonar irreversível. É uma doença eminentemente
ocupacional, podendo afetar a população pela proximidade, pela concentração e pelo tamanho
dos particulados emitidos por atividades minerárias, por exemplo. Importante Ressaltar que
quanto menor ou mais fina a partícula de sílica, maior será a gravidade dos seus efeitos.
As partículas funcionam como agentes transportadores de substâncias tóxicas aos
pulmões. Se estas substâncias tóxicas forem levadas às vias respiratórias através de partículas
de poeira, elas penetram mais profundamente no pulmão, onde a absorção pelas vias
sanguíneas se processa muito mais facilmente que nas vias respiratórias superiores. Assim se
explica porque uma série de substâncias tóxicas tem ação mais tóxica em atmosfera contendo
partículas em suspensão do que em ar puro (FELENBERG, 1980).
Segundo Santos (2001), para melhor compreensão das frações das partículas, o trato
respiratório pode ser dividido em regiões consideradas bases anatômicas para a identificação
das frações de partículas relevantes.
O tamanho dos particulados é um dos fatores que influi diretamente para a
determinação da região de deposição das partículas no trato respiratório humano, de acordo
34
com Bon (2002). A Figura 6 ilustra o local de deposição das partículas em função dos
diâmetros aerodinâmicos equivalentes das partículas.
A partir de agosto de 1981 a questão ambiental no Brasil passou a ser exigida pela Lei
no 6.938/1981, cujo principal objetivo foi tornar o desenvolvimento econômico e social do
país compatível com a preservação do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. Nessa lei,
foram estabelecidas a estrutura e as regras gerais da Política Ambiental Brasileira, bem como
a criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA.
Inicialmente, a influência da atividade humana se restringia a intensidades
relativamente limitadas. Porém, na atualidade, diversas atividades colocadas em prática pela
sociedade têm sido consideradas responsáveis pelo empobrecimento da natureza. Dentre essas
atividades, a mineração representa, na maioria das vezes, uma ameaça ao equilíbrio ambiental,
conforme Guidueli (1985). A Resolução CONAMA no 001/1986, art. no 1, define o impacto
ambiental associado as atividades humanas como:
“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta
ou indiretamente, afetam:
36
A partir de 1989, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
procurou estimular medidas a favor da redução de emissões, de resíduos, de efluentes,
economia de água e de energia elétrica nos processos produtivos industriais, com ênfase no
conceito de Produção Mais Limpa – P+L (FURTADO, 2001). Consiste na aplicação de uma
estratégia ambiental, contínua e sistêmica, de prevenção da poluição como parte integrante
dos processos e produtos da indústria ou serviço com benefícios ambientais e econômicos
para os processos produtivos.
2
I - I1
IQAr 2 C p - C1 I1 (1)
C 2 - C1
Onde:
IQAr = IQAr do poluente
Cp = Concentração medida do poluente p
C2 = Concentração de mudança acima de Cp
C1 = Concentração de mudança abaixo de Cp
I2 = Valor do IQAr correspondente à concentração C2
I1 = Valor do IQAr correspondente à concentração C1
- Etapa I: Análise qualitativa dos riscos para o meio ambiente pelos poluentes
atmosféricos.
82.39 m
A Etapa I foi inicializada com a avaliação qualitativa dos riscos ambientais, enfocando
particulados dentre os poluentes atmosféricos. Esta identificação prévia das possíveis fontes
de riscos ambientais foi através de entrevistas gerenciais e observação de campo com registros
fotográficos digitais dos empreendimentos em análise. Das condições do entorno, foram
avaliados a relação de número de pessoas por faixa etária e por localidade, bem como se
realizou um levantamento epidemiológico das doenças respiratórias na região em estudo
referente ao mês de setembro dos anos de 2009, 2010 e 2011. No segundo momento desta
etapa, realizou-se o levantamento qualitativo dos potenciais riscos com a aplicação da técnica
de Avaliação de Impacto Ambiental – AIA, sendo possível traçar o cenário inicial referente
aos fatores ambientais mais impactantes das atividades através da elaboração de uma matriz
de interações.
43
Para a caracterização inicial das situações locais foram aplicadas 2 entrevistas nas
visitas técnicas. A primeira entrevista (13 questões, Apêndice A) foi direcionada ao diretor
da pedreira e ao diretor da usina de asfalto, para a avaliação de desempenho do Sistema de
Gestão em Ambiental – SGA com elaboração baseada no art. no 225 da CF/1988, ABNT
NBR ISO no 31000/2009 e Norma ISO no 19011/2003, na análise documental e observações.
A segunda entrevista (11 questões, Apêndice B), ainda aplicada com o diretor da pedreira e
diretor da usina de asfalto, abrangeu a avaliação de desempenho da gestão de emissões
atmosféricas referente à ABNT NBR ISO no 31000/2009, Norma ISO no 19011/2003 e
NRM no 09/2002. Deve-se ressaltar que, as 2 entrevistas visaram à verificação inicial para a
formação do diagnóstico situacional do gerenciamento dos poluentes atmosféricos,
especialmente dos particulados gerados pela pedreira e usina de asfalto.
M e, p, i (2)
Onde:
e = extensão (abrangência do impacto)
p = periodicidade (manifestação de um efeito em relação a ação)
i = intensidade (quantificação da ação)
Onde:
a = ação (relação causa-efeito)
ig = ignição (temporalidade)
c = criticidade (interatividade, sinergia)
= ação
De (relação
acordocausa-efeito)
com Ramos Filho (2008), os valores dos atributos dos impactos
= ignição (temporalidade)
qualificados com suas escalas nominais (alto, médio, baixo), possibilitam uma melhoria da
= criticidade (interatividade, sinergia)
análise e facilitam a compreensão dos impactos. Para esta medida procede-se de maneira
subjetiva, pois cabe ao avaliador indicar os valores dos atributos dos impactos relacionando
com seus efeitos, conforme a Tabela 8.
Tabela 8 – Aplicação de valores numéricos aos atributos com referência ao tipo de efeito
(RAMOS FILHO, 2008).
ATRIBUTO TIPO DE EFEITO VALOR NUMÉRICO
Primário 3
Ação Secundário 2
Terciário 1
Imediata 1
Ignição Médio 2
Longo prazo 3
Alta 3
Criticidade Média 2
Baixa 1
Baixa 1
Intensidade Média 2
Alta 3
Maior 3
Extensão Igual 2
Menor 1
Permanente 3
Periodicidade Alta
Variável 2
Temporária 1
45
3 BAIXO
4-5 MÉDIO-BAIXO
MAGNITUDE
6 MÉDIO
9 MÉDIO-ALTO
7 ALTO
16-17-18 MÉDIO-ALTO
19-20 ALTO
>20 ALTO-ALTO
A Tabela 10, por sua vez, apresenta as classes dos impactos e as respectivas interpretações.
Tabela 10 – Classificação dos impactos e seus respectivos significados (RAMOS FILHO, 2008).
Onde:
M
M corr M f filtro m - M i filtro m f C corr X 10 6 (5)
Vcorr
Onde:
c
53
383.00 m
(a) AGV PTS ECOTECH-HVS 3000. (b) AGV MP10 ECOTECH-HVS 3000.
(c) Dessecador e termo- (d ) Balança analítica XS (e) Mini-estação (f) Calibrador padrão
higrômetro, Icel HT-209. 105, Mettler Toledo. meteorológica *, de vazão PV 470 e
Oregon scientific manômetro de coluna
WMR 968. d’água em forma de “U”.
Tabela 12 – Levantamento quantitativo de moradores por faixa etária e pelos principais tipos
d de doenças respiratórias na região da pesquisa com uma população total de 315 moradores.
<1 2 10.5
IVAS 1a4 6 31.6
Setembro/2009 5 a 14 8 42.1
15 a 49 3 15.8
IRA
>50 0 0
<1 0 0
IVAS 1a4 14 40.0
Setembro/2010 5 a 14 15 42.9
15 a 49 0 0
IRA
>50 6 17.1
<1 0 0
IVAS 1a4 4 36.4
Setembro/2011 5 a 14 5 45.4
15 a 49 1 9.1
IRA
>50 1 9.1
Contudo, por informação verbal (CARLOS, M. D. N., 2011), vale frisar que do total
geral de atendimentos na UBS e encaminhamentos para a Unidade de Pronto-Atendimento–
UPA e/ou para hospitais de referência, aproximadamente 80% se refere a doenças
respiratórias, desta forma podem estar relacionadas com a presença de poeiras e fumaça no ar
ambiente.
58
Entrevista 1:
Tabela 13 – Pontuação dos dados das entrevistas de campo acerca do SGA praticado nos
empreendimentos.
Empreendimento Pontos Pontos Requisitos
(Setor avaliado) alcançados possíveis
Entrevista 2:
Tabela 14 – Pontuação dos dados referente à gestão das emissões atmosféricas nos
empreendimentos.
Empreendimento Pontos Pontos Requisitos
(Setor avaliado) alcançados possíveis
(I) Pedreira ABNT NBR ISO 31000/2009, Norma ISO
6 11
(Produção) 19011/2003 & NRM 09/2002
200
Usina de asfalto
180 Pedreira
160
140
Percentagem de conformidade
92.3
120
100
80 45.5
60
92.3
40
54.5
20
0
Gestão ambiental Gestão de emissões
atmosféricas
Sistemas avaliados
Gráfico 1 – Índice de conformidade geral pelo sistema em função dos resultados das
entrevistas aplicadas na pedreira e usina de asfalto.
Pela Tabela 16, está indicado que a pedreira teve uma produção média de 620 m3
durante a avaliação da campanha 1 e de 650 m3 para a campanha 2.
Assim sendo, uma gestão ambiental mais aprimorada dos particulados ambientais, faz-
se necessária a comprovação pela avaliação quantitativa das emissões nos empreendimentos
alvo.
Perfil lognormal
180
5
160
150
Concentração de MP 10 (µg/m³)
140
4
Pluviosidade (mm)
120
100 3
80
2
60
40
1
20
0 0
20 - 21 (Ter-Qua) 21 - 22 (Qua-Qui) 22 - 23 (Qui-Sex) 27 - 28 (Ter-Qua) 28 - 29 (Qua-Qui) 29 - 30 (Qui-Sex)
Perfil lognormal
0.035
Média 95%
0.030
LT
0.025
0.020
0.015
0.010
0.005
0.000
0 50 100 150 200
Concentração de PM10 (µg/m³)
(c) Correia transportadora com aspersores. (d) Pátio de estocagem com aspersores.
(e) Via de acesso com aspersores. (f) Lavagem dos veículos com aspersores.
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES
6.1 Considerações finais
A aplicação da técnica de AIA foi fundamental para identificação geral das fontes
emissoras, bem como avaliações iniciais de cenários com os prováveis efeitos.
Vale ressaltar que a usina de asfalto foi incluída na pesquisa como outra
significativa fonte poluidora de particulados e gases.
71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALGRANTI, E. et al. Sistema respiratório. In: Patologia do trabalho. Rio de Janeiro, 1995.
p. 89-137.
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2a. edição. São Paulo: Editora
Pearson Prentice Hall, 2005.318p.
CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Histórico sobre a qualidade do ar.
Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/informacoes-basicas/20-historico> Acessado em: 08/09/2011
ENSINK, T. Dust supression and environment. In: Seminário brasileiro sobre técnicas
exploratórias em geologia. Anais.... São Paulo: [s.n.], 1987. p.647-658.
PHILIPPI JÚNIOR A. et al. Curso de gestão ambiental. São Paulo: Editora Manole, 2004.
p.101-154
RAMOS FILHO, J. C. et al. Estudo de impacto ambiental – EIA. PLANEP, 2008. p. 255-
276.
YIN, R. K. Estudo de caso: Planejamento e métodos. 2a. edição. Porto Alegre: Bookman,
2001.
77
SITUAÇÃO S N N.A
OBSERVAÇÕES:
(F) Reunião dos diretores semanal e com a produção mensal, como tema
principal a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI para a
poeira e ruído. N.A Não aplicável
SITUAÇÃO S N N.A
A Existe a preocupação com a melhoria contínua em SGA? X
OBSERVAÇÕES:
(K) Ocorre reuniões e uma ocorrência foi no tanque de armazenamento do RR1C N.A Não aplicável
por causa da válvula danificada e esta foi, imediatamente, substituída e a
referida substância ficou contida na bacia e houve o reaproveitado.
SITUAÇÃO S N N.A
A As fontes de emissões atmosféricas (particulados e gases) estão X
identificadas ao longo do processo produtivo?
B As fontes de emissões estão devidamente caracterizadas? X
OBSERVAÇÕES:
OBSERVAÇÕES:
Tabela 26 – Análise estatística com grau de confiança de 95% para a determinação das
exposições diárias a PTS durante o período total de amostragem, utilizando como
referência o padrão secundário (60 µg/m³ / MGA).
LT DADOS ESTATÍSTICOS
60 Número de amostras (n) 6
Máximo 177.53
Mínimo 61.7
Amostras Amplitude total 115.83
(Máx. n = 50) Percentual acima LT (%>LT) 100.000
Média aritmética (MA) 112.663
82.93 Mediana 109.145
135.53 Desvio padrão 42.930
87.03 Média da lognormal (LN) 4.662
61.70 Desvio padrão da lognormal (DLN) 0.391
177.53 Média Geométrica (MG) 105.848
131.26 Desvio padrão da Média Geométrica (DMG) 1.478
W-teste 0.951
Normal (a = 0.05)? Yes
W-teste 0.857
Normal (a = 0.05)? Sim
ENGENHO SANTANA
HIVOL PTS: Amostrador de grande volume para a avaliação de partículas totais em suspensão
Comentários: Pontos de amostragens identificados na Figura 13; Nos dias 21 e 22, ocorrência de chuva
leve ND (< 2mm); Nos dias 20, 21 e 22, ocorreu fogacho às 17:05h; Presença de insetos nos filtros em
quantidade ínfima (< 10 insetos, de massa desprezível); Funcionamento da usina de asfalto no dia 20
(06 VS), cada viagem(VS) com 14 ton e a pedreira com produção média de 620m3 durante a avaliação.
Tabela 28 – Valores de calibração do hivol PTS, número de série: 10-1009 para a campanha
1 com o CPV serial#: 470.
Temperatura Pressão barométrica Fluxo volumétrico ΔH Voltagem
(°C) (mmHg) (m³/h) (mm H2O) (V)
60 116 2.4847
32.2 ~ 30 757 70 158 2.8450
80 207 3.1607
ENGENHO SANTANA
HIVOL PTS: Amostrador de grande volume para a avaliação de partículas totais em suspensão
Comentários: Pontos de amostragens identificados na Figura 13; No dia 29, ocorrência de chuva
torrencial às 4:00 a.m ( 5 mm); Nos dias 27, 28 e 29, ocorreu fogacho às 17:00h; Insetos nos filtros em
quantidade ínfima (< 10 insetos, de massa desprezível); Funcionamento da usina de asfalto nos dias 27
(10 VS= dia) e 29 (01 VS= noite), cada viagem (VS) com 14 ton e a pedreira com produção média de
650m3 durante a avaliação.
Tabela 32 – Valores de calibração do hivol PTS, número de série: 10-1009 para a campanha 2 com o
CPV serial#: 470.
Temperatura Pressão barométrica Fluxo volumétrico ΔH Voltagem
(°C) (mmHg) (m³/h) (mm H2O) (V)
60 114 2.4926
33.9 ~ 35 757 70 156 2.8466
80 203 3.1681
Tabela 33 – Valores de calibração do hivol MP10, número de série: 10-1008 para a campanha 2 com o
CPV serial#: 470.
Temperatura Pressão barométrica Fluxo volumétrico ΔH Voltagem
(°C) (mmHg) (m³/h) (mm H2O) (V)
60 114 2.5187
33.1 ~ 35 757 70 156 2.8594
80 203 3.1964