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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MINERAL

DIANÓSTICO AMBIENTAL SOBRE MATERIAL PARTICULADO


EM SUSPENSÃO NO ENTORNO DE PEDREIRA: UM ESTUDO DE
CASO EM JABOATÃO DO GUARARAPES/PE

RÚTILO PINHEIRO DE MELO NETO

RECIFE
2012
ii

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO


CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MINERAL

Diagnóstico ambiental sobre material particulado em suspensão no entorno


de pedreira: um estudo de caso em Jaboatão dos Guararapes/PE

por

RÚTILO PINHEIRO DE MELO NETO

RECIFE
2012
iii

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL SOBRE MATERIAL PARTICULADO EM


SUSPENSÃO NO ENTORNO DE PEDREIRA: UM ESTUDO DE CASO
EM JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE

Submetida ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral –


PPGMinas, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de

MESTRE EM ENGENHARIA MINERAL

Área de concentração: Minerais Industriais


Linha de pesquisa: Gestão Ambiental na Mineração

Rútilo Pinheiro de Melo Neto

RECIFE
2012
Catalogação na fonte
Bibliotecária Margareth Malta, CRB-4 / 1198

M527d Melo Neto, Rútilo Pinheiro de.


Diagnóstico ambiental sobre o material particulado em suspensão no
entorno de pedreira: um estudo de caso em Jaboatão dos Guararapes/PE /
Rútilo Pinheiro de Melo Neto. - Recife: O Autor, 2012.
xvii, 119 folhas, il., gráfs., tabs.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Magno Muniz e Silva.


Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral, 2012.
Inclui Referências Bibliográficas, Apêndices e Anexos.

1. Engenharia Mineral. 2. PTS. 3. PM10. 4. Emissões atmosféricas. 5.


Avaliação da qualidade do ar. 6. Diagnóstico ambiental. 7. Pedreira e usina
de asfalto. I. Silva, Carlos Magno Muniz e. (Orientador). II. Título.

UFPE

622.35 CDD (22. ed.) BCTG/2012-43


iv

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MINERAL
PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA

DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE

RÚTILO PINHEIRO DE MELO NETO

“DIAGNÓSTICO AMBIENTAL SOBRE O MATERIAL PARTICULADO EM


SUSPENSÃO NO ENTORNO DE PEDREIRA: UM ESTUDO DE CASO EM
JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE”

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MINERAIS INDUSTRIAIS

A comissão examinadora composta pelos professores abaixo, sob a presidência


do Dr. Carlos Magno Muniz e Silva.
RÚTILO PINHEIRO DE MELO NETO, Aprovado.
Recife, 2 de Fevereiro de 2012.

Dr. CARLOS MAGNO MUNIZ E SILVA


Orientador (UFPE)

Dr. GILSON LÚCIO RODRIGUES


Examinador Externo (FUNDACENTRO)

Dr. JÚLIO CÉSAR DE SOUZA


Examinador Interno (UFPE)
v

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Roberval (in memorian) e Suely pelos


princípios e valores, entre eles a importância da
educação continuada; e para Mariana, minha filha, que
tenha este exemplo de determinação na vida.
vi

AGRADECIMENTOS

Ao professor Dr. Júlio César, coordenador da Pós-Graduação em Engenharia Mineral –


PPGEMinas/UFPE, pelo apoio e incentivo durante o desenvolvimento científico no Mestrado.

Aos professores do PPGEMinas, pela transmissão de conhecimentos acadêmicos, em


particular ao professor Dr. Carlos Magno pela orientação durante o desenvolvimento da
pesquisa.

Ao Professor Dr. Maurício Santos do Laboratório de Materiais Poliméricos e Caracterização


(LMPC) do Departamento de Engenharia Química – DEQ/UFPE, por disponibilizar a
complementação dos instrumentos analíticos de laboratório e pelo envolvimento na pesquisa.

À equipe colaboradora do Departamento de Pós-Graduação – PPGEMinas/UFPE, em nome


da secretária Voleide Barros, pela qualidade do atendimento às solicitações no decorrer dos
anos do Mestrado.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível superior – CAPES, pelo suporte


financeiro e auxílios de bancada para o aprimoramento científico na vigência do Mestrado.

À coordenadora administrativa da Unidade Básica da Saúde – UBS, localizada na


microrregião do Engenho Santana da Regional I – Jaboatão Centro, da prefeitura municipal de
Jaboatão dos Guararapes pelo comprometimento com a pesquisa. Em especial, à agente
comunitária de saúde pela efetiva participação durante a pesquisa de campo com determinação
e presteza.

À professora da escola comunitária do Engenho Santana por ter fornecido o espaço físico
como ponto de apoio para a pesquisa.

À Maria Luiza, bibliotecária do Centro de Tecnologia e Geociências – CTG/UFPE, pela


qualidade no atendimento durante a formação inicial da base bibliográfica.
vii

Ao Ricardo Lucena, consultor do Sindicato de extração e beneficiamento de pedras do Estado


de Pernambuco – SINDIPEDRA, pela atenção e atualização do panorama das pedreiras no
Estado.

À Francis Lacerda, meteorologista do Laboratório de Meteorologia do Estado de Pernambuco –


LAMEPE pelas informações iniciais para a aquisição dos dados meteorológicos regionais
básicos durante a pesquisa.

Aos diretores dos empreendimentos pela disponibilização de informações da linha de


processo, da produção e da gestão aplicada.

Aos amigos Farah Diba, Eduardo Barreto e Tiago Silva pela construtiva interação ao longo
dos anos da pós-graduação.

À família, sobretudo ao nosso núcleo, pelo apoio e incentivo em todas as fases do Mestrado.

A Deus por conceder estes importantes encontros, e ainda aos amigos e colegas colaboradores,
mesmo que não mencionados acima, mas que de alguma forma contribuíram para a
viabilização desta pesquisa.
viii

EPÍGRAFE

“No momento que assumirmos um compromisso


de maneira definitiva, a providência divina
também se põe em movimento. Todo um fluir de
acontecimentos, situações e decisões criam a
nosso favor todo tipo de encontros, que nunca
havíamos sonhado encontrar no nosso caminho.
Qualquer coisa que possa fazer ou sonhar, pode
começá-la.”

Goethe
ix

RESUMO

O presente trabalho trata da avaliação de material particulado em suspensão, tomando como caso
de estudo a comunidade do Engenho Santana no município de Jaboatão dos Guararapes/PE, onde
ocorre a extração de rochas graníticas para a produção de brita (Pedreira), bem como a produção
de asfalto (Usina). De modo geral, os processos de lavra e beneficiamento mineral das pedreiras
provocam a emissão de material particulado, aumentando sua concentração no ar atmosférico.
Assim, o estudo visou à avaliação dos particulados, partindo do diagnóstico ambiental sobre a
qualidade do ar em área residencial do entorno desses empreendimentos, localizada no Engenho
Santana. A metodologia da pesquisa aplicada nas avaliações, qualitativa e quantitativa, consistiu
em visitas técnicas no período de julho a setembro de 2011, através de entrevistas de campo e
análise de documentos. Outrossim, também se fez uso da técnica de Avaliação de Impactos
Ambientais – AIA para a identificação das fontes emissoras de particulados, assim identificando
posteriormente uma usina de asfalto como outra importante fonte emissora poluente do ar
atmosférico. Dos procedimentos para as medições de campo, fez-se uso de Amostradores de
Grande Volume – AGVs (ou Hivol) para medições de Partículas Totais em Suspensão – PTS e de
Materiais Particulados Inaláveis – MP10 no ar atmosférico, conforme postulados pela legislação
vigente (Resolução CONAMA no 03/1990) e regido pelas normas técnicas da ABNT NBR
no 9547/1997 e NBR no 13412/1995, respectivamente. Foram feitas medições que consistiram de
um total de 12 amostras, sendo 6 para PTS com Limite de Tolerância – LT de 24 horas; em cujo
padrão secundário (150µg/m3) foi ultrapassado em apenas uma vez (177.53µg/m 3); e 6 para
MP10, com o mesmo LT de 24 horas, em cujo padrão secundário (150µg/m3) foi inferior ao LT,
atingindo o valor (73.66 µg/m3). Da análise da concentração de PTS, baseado no índice de
qualidade do ar foi revelado que 66.6% das amostras foram classificadas como REGULAR,
16.7% como BOA e 16.7% como INADEQUADA; enquanto que, as concentrações de MP10,
obtiveram o percentual de 16.7% como REGULAR e 83.3% como BOA. Assim, pôde-se
constatar que a área de estudo apresenta concentrações de particulados (PTS e MP10) interferentes
a qualidade do ar ambiente local. Portanto, os subsídios técnicos e ambientais apresentados neste
trabalho servirão para o estabelecimento de medidas de monitoramento sistêmico e contínuo das
emissões atmosféricas, visando à melhora da saúde e bem-estar da população local.

Palavras-chaves: PTS. PM10. Emissões atmosféricas. Avaliação da qualidade do ar. Diagnóstico


ambiental. Pedreira e usina de asfalto.
x

ABSTRACT

This thesis discusses for evaluation of particles in suspension, using the community of Engenho
Santana in the Jaboatão dos Guararapes/PE municipality as a case study, where the extraction of
granite occurs to produce crushed rock; as well as the production of asphalt to be processed at the
factory. In general processes of quarrying and adding value to mineral production provoke the
emission of particulates, always increasing their concentration in the atmosphere. Hence the study
aimed to evaluate particle suspension by setting off from environmental diagnosis of air quality
around businesses in the Engenho Santana community. The methods applied in qualitative and
quantitative evaluations consisted of technical visits in the period from June to September 2011,
using interviews and the analysis of documents. Besides this, Environmental Impact Evaluation
techniques were used (AIA) to identify the sources of particle emission, in this way identifying, in
the end, an asphalt factory as an important contributor to air pollution. Amongst the results
achieved via qualitative evaluation, measurements in the field were produced using Large
Volume Samplers (AGVs or Hivol) to measure the Total of Particles in Suspension (PTS) and
inhalable particle materials (MP10) in the atmosphere, taking into consideration CONAMA
Resolution no 03/1990, following technical norms ABNT NBR no 9547/1997 and no 13412/1995
respectively. The measurements contained a total of 12 samples, having 6 for PTS with a
Tolerance Limit (LT) of 24 hours - the secondary pattern (150µg/m3) was exceeded just once
(177.53µg/m3); and 6 cases of MP10, with the same LT of 24 hours, where within the secondary
pattern (150 µg/m3) the value was inferior to the Tolerance Limit (73.66µg/m 3). In the analysis
for the concentration of PTS, based on the index of air quality, 66.6% of the samples were
classified as REGULAR, 16.7% were GOOD, and 16.7% as INADEQUATE; while the
concentrations of MP10 were classified as REGULAR in 16.7% of cases, and 83.3% as GOOD. In
the end, one is able to affirm that the area under study presents concentrations of particles (PTS
and MP10) which interfere in the quality of the air. We hope that the technical and environmental
results presented in the evaluations contribute to establishing measures for the monitoring,
systematically and continually, of atmospheric emissions to benefit the health and well being of
local populations and their environment.

Key words: PTS. PM10. Emissions in the atmosphere. Evaluation of air quality. Environmental
diagnostic. Quarry and asphalt factory.
xi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa da RMR com destaque para o município de Jaboatão dos Guararapes
mostrando as áreas regulamentadas para a exploração de substâncias minerais aplicadas na
construção civil
c 19
21 21
Figura 2 – Fluxograma das principais etapas para o desenvolvimento da Dissertação 23
Figura 3 – Frente de lavra para a produção de brita do estudo de caso 25
Figura 4 – Pontos críticos na lavra da mineração de brita como fontes de particulados
potenciais na geração das externalidades 29

Figura 5 – Pontos críticos do beneficiamento na pedreira referente a fontes de particulados


potenciais de externalidades 30

Figura 6 – Local de deposição das partículas no sistema respiratório humano 34


Figura 7 – Espacialização dos empreendimentos em estudo 42
Figura 8 – Modelo simplificado de avaliação de riscos para poluentes atmosféricos 46
Figura 9 – Caminho esquemático do fluxo no Hivol HVS 3000 e seções transversais dos
inlets 47
Figura 10 – Componentes da mini-estação meteorológica da Oregon scientific WMR 968 48
Figura 11 – Esquema do processo de calibração do Hivol HVS 3000 50
Figura 12 – Georeferenciamento e perfil topográfico da área de mineração com os pontos
de amostragem 53
Figura 13 – Localização dos pontos de amostragem e o perfil topográfico entre os AGVs 54
Figura 14 – Equipamentos e acessórios usados na avaliação do ar atmosférico (PTS e MP10) 55
Figura 15 – Poluentes atmosféricos emitidos do processo produtivo da pedreira e usina 60

Figura 16 – Estação de avaliação com destaque para os AGVs (PTS e MP10) 63


Figura 17 – Níveis de ações para a aplicação do P+L 68
Figura 18 – Sistemas de controle utilizados na fonte para a redução da emissão de
particulados 69
xii

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Índice de conformidade geral pelo sistema em função dos resultados das
entrevistas aplicadas na pedreira e usina de asfalto 58

Gráfico 2 – Estudo comparativo entre a concentração de PTS e a precipitação


pluviométrica, com periodicidade de medição diária por data (dia da semana),
durante as duas campanhas realizadas em setembro de 2011 64

Gráfico 3 – Distribuição lognormal das PTS 64


Gráfico 4 – Estudo comparativo entre a concentração de MP10 e a precipitação
pluviométrica, com periodicidade de medição diária por data (dia da semana), durante
as duas campanhas realizadas em setembro de 2011 65
Gráfico 5 – Distribuição lognormal das MP10 66
Gráfico 6 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 20/09/2011
112
(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias
Gráfico 7 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 21/09/2011
113
(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias
Gráfico 8 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 22/09/2011
114
(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias
Gráfico 9 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 27/09/2011
115
(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias
Gráfico 10 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 23/09/2011
116
(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias
Gráfico 11 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 28/09/2011
117
(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias
Gráfico 12 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 29/09/2011
118
(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias
Gráfico 13 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 30/09/2011
119
(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias
xiii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Ocorrência de afloramentos de granito na RMR 18


Tabela 2 – Percentual das ocorrências dos tipos de rocha na natureza 25
Tabela 3 – Classificação dos principais tipos de brita e suas aplicações na indústria da
26
construção civil
Tabela 4 – Padrões nacionais de qualidade do ar e métodos analíticos de medição 38
Tabela 5 – Critérios para cenários críticos de poluição do ar 38
Tabela 6 – Faixas do Índice de Qualidade do ar – IQAr para padrão primário com
as respectivas concentrações e a qualidade do ar atribuída 39

Tabela 7 – Classificação da qualidade do ar com os possíveis efeitos associados 40


Tabela 8 – Aplicação de valores numéricos aos atributos com referência ao tipo de efeito 44
Tabela 9 – Matriz para avaliação da Magnitude e Importância 45
Tabela 10 – Classificação dos impactos e seus respectivos significados 45
Tabela 11 – Média do período de avaliação e sua representatividade 51
Tabela 12 – Levantamento quantitativo de moradores por faixa etária e pelos principais
tipos de doenças respiratórias na região da pesquisa com uma população total de 315
moradores 57

Tabela 13 – Pontuação dos dados das entrevistas de campo acerca do SGA praticado nos
empreendimentos 58

Tabela 14 – Pontuação dos dados referente à gestão das emissões atmosféricas nos
empreendimentos 58

Tabela 15 – Produção da usina de asfalto durante o período de avaliação 60


Tabela 16 – Produção diária do britador primário durante o período de avaliação 61
Tabela 17 – Locais gerais das fontes geradoras de externalidades por particulados 61
Tabela 18 – IQAr para o padrão secundário 62
Tabela 19 – Resultados da avaliação da qualidade do ar para os materiais particulados
PTS e MP10 na comunidade Engenho de Santana 67

Tabela 20 – Dados meteorológicos básicos da estação de amostragem para os hivols


PTS e MP10 durante a campanha 1 88
Tabela 21 – Dados meteorológicos básicos da estação de amostragem para os hivols
PTS e MP10 durante a campanha 2 90
xiv

Tabela 22 – Dados analíticos num ambiente controlado para a determinação do fator de


correção por gravimetria durante a campanha 1 93

Tabela 23 – Dados analíticos num ambiente controlado para a determinação da


da concentração das PTS e MP10 por gravimetria do material depositado na campanha 1 93

Tabela 24 – Dados analíticos num ambiente controlado para a determinação do fator de


correção por gravimetria durante a campanha 2 94
Tabela 25 – Dados analíticos num ambiente controlado para a determinação da
concentração das PTS e MP10 por gravimetria do material depositado na campanha 2 94

Tabela 26 – Análise estatística com grau de confiança de 95% para a determinação


das exposições diárias a PTS durante o período total de amostragem, utilizando como
referência o padrão secundário (60 µg/m³ / MGA) 96

Tabela 27 – Análise estatística com grau de confiança de 95% para a determinação das
exposições diárias a MP10 durante o período total de amostragem, utilizando como
referência o padrão primário e secundário (50 µg/m³ / MAA) 97

Tabela 28 – Valores de calibração do hivol PTS, número de série: 10-1009 para a


campanha 1 com o CPV serial#: 470 101
Tabela 29 – Valores de calibração do hivol MP10, número de série: 10-1008 para a
campanha 1 com o CPV serial#: 470 101

Tabela 30 – Relatório do hivol PTS para a avaliação da qualidade do ar na campanha 1 102


Tabela 31 – Relatório do hivol MP10 para avaliação da qualidade do ar na campanha 1 104

Tabela 32 – Valores de calibração do hivol PTS, número de série: 10-1009 para a


campanha 2 com o CPV serial#: 470 106

Tabela 33 – Valores de calibração do hivol MP10, número de série: 10-1008 para a


campanha 2 com o CPV serial#: 470 106

Tabela 34 – Relatório do hivol PTS para a avaliação da qualidade do ar na


campanha 2 107

Tabela 35 – Relatório do hivol MP10 para a avaliação da qualidade do ar na


campanha 2 109
xv

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AGV Amostrador de Grande Volume – AGV ou Hivol (abreviatura de High
V Volume Sampler)
AIA Avaliação de Impacto Ambiental
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CF Constituição Federal
CPRM Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais
CPV Calibrador Padrão de Vazão
DAE Diâmetro Aerodinâmico Equivalente
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
FIDEM Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco
IAP Instituto Ambiental do Paraná
IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração
IQAr Índice de Qualidade do Ar
ISO International Organization of Standardization
IVAS Infecção das Vias Aéreas Superiores
LACAM Laboratório de Controle Ambiental na Mineração
LAMEPE Laboratório de Meteorologia do Estado de Pernambuco
MP Material Particulado
MP10 Materiais Particulados Inaláveis (≤ 10 µm)
NBR Norma Brasileira
NRM Normas Regulamentadoras da Mineração
PRONAR Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar
PTS Partículas Totais em Suspensão
P+L Produção mais Limpa
RMR Região Metropolitana do Recife
SGA Sistema de Gestão Ambiental
SINDIPEDRA Sindicato da Indústria de Extração e Beneficiamento de Pedras do Estado de
P Pernambuco
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente
UBS Unidade Básica de Saúde
xvi

SUMÁRIO
Resumo ix

Abstract x

Lista de figuras xi

Lista de gráficos xii

Lista de tabelas xiii

Lista de abreviaturas e siglas xv


CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 18
1.1 Generalidades 18
1.2 Justificativas 21
1.3 Objetivos: Geral e específicos 22
1.4 Metodologia proposta 23
1.5 Estrutura da Dissertação 24
CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 25
2.1 A atividade de mineração – Pedreira para produção de brita 25
2.1.1 Matéria-prima: granito e gnaisse 25
2.1.2 Aplicabilidade das britas para a construção civil 26
2.2 Implicações ambientais 27
2.2.1 Tipos de poluentes atmosféricos 27
2.2.2 Operações unitárias e riscos associados aos particulados 29
2.2.3 Dispersão atmosférica 30
2.2.4 Efeitos ambientais dos poluentes atmosféricos 32
2.2.5 Legislação ambiental e normas técnicas incidentes 35
CAPÍTULO 3 – DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA 41
3.1 Avaliação qualitativa dos riscos ambientais 42
3.1.1 Entrevistas com os diretoras dos empreendimentos 43
3.1.2 aplicação da técnica de AIA para a emissão de poluentes atmosféricos 43
3.2 Avaliação quantitativa dos particulados ambientais 46
3.2.1 A avaliação do material particulado no ar atmosférico 48
3.2.2 Mapeamento da poluição atmosférica 53
xvii

3.2.3 Localização dos pontos de amostragem 54


3.2.4 Equipamentos e acessórios para a medição de particulados 55

CAPÍTULO 4 – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 56


4.1 Resultados das avaliações qualitativas (Etapa I) 56
4.1.1 Entrevistas de campo com os diretores dos empreendimentos 58
4.1.2 Aplicação da técnica de avaliação de impactos ambientais para a emissão de
particulados 60

4.2 Resultados das avaliações quantitativas (Etapa II) 62


4.2.1 Concentração de Particulados Totais em Suspensão (PTS) 64
4.2.2 Concentração dos Materiais Particulados Inaláveis (MP10) 65
4.2.3 IQAr na Comunidade do Engenho Santana 66

CAPÍTULO 5 – SISTEMAS DE CONTROLE PARA A REDUÇÃO DA


EMISSÃO DE PARTICULADOS ORIUNDOS DE UMA PEDREIRA 68

CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES 70
6.1 Considerações finais 70
6.2 Sugestões para trabalhos futuros 72

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 74
APÊNDICE A – Avaliação de desempenho do Sistema de Gestão Ambiental –
SGA para uma pedreira e usina de asfalto 77

APÊNDICE B – Avaliação de desempenho da gestão de emissões atmosféricas de uma


pedreira e usina de asfalto 82

APÊNDICE C – Tabela resumo dos dados meteorológicos local durante a amostragem 87


APÊNDICE D – Análise gravimétrica de particulados 92
APÊNDICE E – Percentagem do total de exposições para seis médias diárias para cada
material particulado (PTS e MP10) utilizando uma análise estatística de distribuição
lognormal com o grau de confiança de 95% no padrão secundário 95

APÊNDICE F – Declaração de anuência das atividades de campo desenvolvidas 98


ANEXO A – Relatório das condições operacionais e ambientais dos AVGs de
particulados com o volume corrigido para as Condições Normais de Temperatura e
Pressão – CNTP (25º.C e 1 atm) 100

ANEXO B – Meteogramas do município do Jaboatão dos Guararapes no modelo Eta


(12 x 12 Km) durante os dias das campanhas 1 e 2 111
18

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

1.1 Generalidades

A mineração é indispensável para a manutenção do nível de qualidade de vida e


desenvolvimento econômico da sociedade moderna. Os bens minerais extraídos e
beneficiados pela Indústria Mineral, são imprescindíveis para a maioria dos setores produtivos
da economia, por possuírem incontáveis usos e aplicações.
A indústria brasileira de agregados para a construção civil vem crescendo ano a ano,
impulsionada pelo crescimento da economia nacional e concentra a produção baseada no
processamento de rochas obtidas principalmente por empresas de mineração a céu aberto
(Pedreiras). Este segmento industrial concentra-se nas regiões urbanas das grandes cidades
brasileiras, portanto, próximas aos centros consumidores refletindo negativamente na
qualidade ambiental de seu entorno. Isto é decorrente da falta de planejamento e de
zoneamento urbano e industrial corretos. Em adição, como estão instaladas próximas aos
grandes centros urbanos, mesmo que em áreas afastadas, acabam por receber numerosa
vizinhança que se instala em busca de empregos ou para instalação de pequenos
estabelecimentos comerciais, ficando então expostos aos poluentes micro-particulados
gerados pelas pedreiras (RODRIGUES, 2004).
Neste contexto, a Região Metropolitana do Recife – RMR, é composta por 14
municípios: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ilha
de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista; São
Lourenço da Mata e Recife (município-sede). Dentre os quais cada um apresenta
diferenciações no que diz respeito à vocação mineral (FIDEM, 2007).
Na Tabela 1, estão localizadas as maiores ocorrências de granitos e gnaisses nos
municípios de Jaboatão dos Guararapes, Cabo e Moreno para o uso na produção de brita –
pedreiras.

Tabela 1 – Ocorrência de afloramentos de granito na RMR (DNPM, 1995).


Municípios Localização
Ponte dos Carvalhos no Engenho Caiongo – ocorrência de
Cabo de Santo Agostinho
granito-gnaisse pouco fraturado, de textura média a grosseira.
Engenho Guarany, Muribeca, Santana e Comportas –
Jaboatão dos Guararapes concentração das principais pedreiras que abastecem a
construção civil do Recife e de toda a RMR.
Engenho Pinto – textura de fina a média e os cristais
Moreno
apresentam-se bem desenvolvidos.
19

A produção mineral de Pernambuco é composta, essencialmente, por minerais não-


metálicos ou industriais. A maioria dos quais tem como consumidor final a indústria da
construção civil. As perspectivas indicam num futuro próximo aumento da demanda das
substâncias tradicionalmente produzidas e consequente ampliação da operação industrial de
pedras britadas, gipsita etc (DNPM, 1999).
A Figura 1 ilustra o mapa de localização da RMR no estado de Pernambuco, bem
como a localização dos principais empreendimentos de agregados para a construção civil
situados no município de Jaboatão dos Guararapes, que reúne a maior parte das áreas de
concessão e/ou em atividade.

PERNAMBUCO

Legenda: Areia
Argila
GRANITO PARA BRITA
Rio Permanente
Limite Municipal

Figura 1 – Mapa da RMR com destaque para o município de Jaboatão dos Guararapes
mostrando as áreas regulamentadas para a exploração de substâncias minerais aplicadas na
construção civil.
20

Com base nas estimativas do Sindicato da Indústria de Extração e Beneficiamento de


Pedras do Estado de Pernambuco – SINDIPEDRA via comunicações por webmail
(LUCENA, R., 2011), há um universo de 30 pedreiras em atividade no Estado para produção
de brita, das quais 11 são sindicalizadas. A RMR possui 8 pedreiras sindicalizadas, sendo 3
em Jaboatão dos Guararapes. Importante ressaltar que, todas as localidades, o número de
pedreiras está subestimado pela grande parcela da economia informal desse segmento através
das pedreiras de menor porte ou manuais.
As minerações em áreas urbanas, como no caso da RMR, possuem uma grande
quantidade de extrações de minerais de uso na construção civil, a lavra e beneficiamento se
processam a céu aberto e com alta velocidade de produção. Este aspecto pronuncia com
grande rapidez e de forma objetiva, o lado prejudicial da atividade quando mal conduzida,
pelos efeitos da ação antrópica sob a forma dos desmatamentos, desmoronamentos, erosões,
impactos paisagísticos - poluição de caráter intangível, que varia de importância dependendo
do espectador e de sua localização - ruídos, poluição do ar e sonora etc. Ao contrário, os seus
efeitos positivos têm ação retardada e se apresentam de forma subjetiva, nem sempre
percebidos pela sociedade. Esta situação desfavorável necessita de ações que visem reverter à
imagem da mineração, coordenada pelas entidades públicas e privada que estão envolvidas,
direta e/ou indiretamente, com o setor (CPRM, 2003).
Os tipos comerciais das britas em suas mais diversas granulometrias, visam atender as
especificações da indústria da construção civil. Deve-se ressaltar que a atividade de extração e
beneficiamento deste mineral necessita da adoção de medidas para impulsionar o
desenvolvimento com sustentabilidade, tanto em nível do empreendimento como no meio
ambiente local.
Com o crescimento da população e a proximidade de núcleos habitacionais dos
empreendimentos de mineração (Pedreiras), tem levado as empresas a desenvolverem suas
tecnologias que minimizem ou eliminem os impactos adversos ao meio ambiente. Para tanto,
é importante controlar a geração de poluentes decorrentes das operações de lavra e
beneficamento dos minerais, aplicando corretamente nas atividades um Sistema de Gestão
Ambiental – SGA. Daí torna-se, cada vez mais necessário, que as empresas incorporem
métodos de trabalho corretos ao processo de produção, tendo como meta a convivência
harmoniosa com a população do entorno, principalmente, com relação à emissão de
particulados (pó/poeiras).
21

Conforme Fonseca (1989), quando a atividade mineral é tecnicamente mal conduzida,


a sua interferência no meio ambiente pode ser sentida desde os trabalhos iniciais de
preparação da lavra até a fase final de beneficiamento, destacando-se, em geral, a tecnologia
inadequada aplicada à exploração dos bens minerais e a deficiência ou ausência do controle
ambiental na fase de processamento.
Do exposto, é fundamental compatibilizar a produção econômica de um bem mineral
com o meio ambiente e o bem-estar da população, dentro de um modelo de desenvolvimento
sustentável.
A presente Dissertação tem o intuito de elaborar um diagnóstico sobre a situação
ambiental da qualidade do ar, especificamente tomando no caso de estudo os problemas dos
particulados oriundos de atividades minerárias de uma pedreira localizada no município de
Jaboatão dos Guararapes/PE.

1.2 Justificativas

A indústria extrativa e de beneficiamento mineral para a produção de agregados da


construção civil, são atividades geradoras de quantidade considerável de material particulado
e ao existir ineficiência dos sistemas de controle de emissões pode ocorrer a geração de pó e
poeiras acima dos limites de tolerância da legislação vigente, afetando a saúde pública da
população circunvizinha. Acredita-se que esta pesquisa contribuirá para o estado da arte dos
poluentes atmosféricos, através do diagnóstico ambiental sobre a exposição da população e do
meio ambiente local aos particulados minerais decorrentes da operacionalidade de um
empreendimento mineiro (Pedreira). Especificamente, serão tratadas nesta pesquisa as PTS
definidas como partículas de diâmetro aerodinâmico equivalente menor que 50 µm
(ABNT NBR no 9547/1997); e as MP10 cujo diâmetro aerodinâmico equivalente é menor ou
igual a 10 µm (ABNT NBR no 13412/1995). Outrossim, ainda visa proporcionar subsídios
técnicos e ambientais para a formação de indicadores de gerenciamento das emissões de
poluentes atmosféricos, refletindo em ações preventivas e proativas de controle sistêmico e
contínuo. Dentro dos ganhos múltiplos, destaca-se: Para a empresa, agregar um maior
conhecimento sobre os fatores de riscos ambientais relacionados ao gerenciamento das
emissões atmosféricas resultando em proposições de medidas corretas para a redução ou
eliminação na fonte de particulados minerais, evitando as externalidades decorrentes; E para a
comunidade do entorno, a melhora da saúde e bem-estar humano e do meio ambiente.
22

1.3 Objetivos: Geral e específicos

Geral:

Elaborar um diagnóstico situacional referente à exposição a poeiras resultantes da


produção de brita, em áreas adjacentes a uma pedreira localizada em Jaboatão dos
Guararapes/PE.

Específicos:

– Verificar a ocorrência de doenças respiratórias na população da área em estudo, através de


levantamento na Unidade Básica de Saúde local;

– Analisar o SGA e a gestão de emissões atmosféricas por meio de avaliações qualitativas;

– Mapear o campo amostral para identificação dos pontos críticos referente ao predomínio de
geração dos poluentes atmosféricos provenientes dos empreendimentos de mineração;

– Mensurar o nível de particulados totais em suspensão e partículas inaláveis incidente no


maior aglomerado da comunidade no entorno dos empreendimentos;

– Comparar os resultados obtidos com os valores estabelecidos pela legislação ambiental; e

– Propor sugestões gerais de métodos de controle para o agente ambiental em estudo.


23

1.4 Metodologia proposta

A metodologia aplicada para o desenvolvimento para a presente Dissertação é


mostrada no fluxograma da Figura 2.

Figura 2 – Fluxograma das principais etapas do desenvolvimento da Dissertação.


24

1.5 Estrutura da Dissertação

A presente Dissertação está elaborada em 6 capítulos:


O Capítulo 1 corresponde ao aspecto introdutório sobre a produção mineral de
agregados da construção civil no cenário pernambucano, e mais especificamente, para a
mineração de brita no município de Jaboatão dos Guararapes, apontando as vantagens e
possíveis desvantagens destas atividades de mineração.
No Capítulo 2, apresenta a base conceitual através da fundamentação teórica,
atualizada durante toda a pesquisa e que visa proporcionar o detalhamento de informações da
mineração de brita, abordando temáticas como a matéria-prima e aplicabilidade na construção
civil, tipos de poluentes atmosféricos, fontes de emissoras, operações unitárias e risco
associado aos particulados, dispersão atmosféricas, efeitos ambientais, legislação ambiental e
normas técnicas vigentes.
O Capítulo 3, por sua vez, descreve a metodologia aplicada para a avaliação da
poluição do ar por material particulado que incide na comunidade do entorno de um
empreendimento de mineração de brita. A metodologia partiu da avaliação qualitativa de
riscos ambientais utilizando entrevistas e técnica de avaliação de impactos ambientais. Na
sequência, foi montado o plano de amostragem para a medição quantitativa dos particulados
emitidos da mineração de brita para a determinação da concentração dos particulados na
circunvizinhança (caso de estudo).
O Capítulo 4 apresenta as análises qualitativas através da síntese das entrevistas com
diretores das empresas e da aplicação da técnica de avaliação de impactos ambientais, bem
como os resultados quantitativos com os seus tratamentos estatísticos e interpretações,
compatibilizando com a legislação em vigor.
O Capítulo 5 que compõe subsídios técnico-ambientais para utilização de sistemas de
controle para emissão de particulados.
Por fim, no Capítulo 6 constam as conclusões e considerações finais da pesquisa,
destacando a contribuição da Dissertação, e ainda apresentando as perspectivas para possíveis
trabalhos futuros.
25

CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


2.1 A atividade de mineração – Pedreira para mineração de brita

2.1.1 Matéria-prima: granito e gnaisse


Os principais tipos de rochas para a produção de brita encontrados na natureza são os
granitos e gnaisses. A participação dos tipos de rocha utilizada na produção de brita, consta na
Tabela 2.
Tabela 2 – Percentual das ocorrências dos tipos de rocha na natureza (PORMIN, 2011).
Tipos de rocha Percentual (%)
Granito e gnaisse 85
Calcário e dolomito 10
Basalto e diabásio 05

O granito é caracterizado físico-químico como uma rocha ígnea, intrusiva, de textura


granular, contendo em sua composição minerais essenciais como o feldspato e quartzo. Os
principais modos de ocorrência dos granitos são sob formas de batólitos, lacólitos, entre
outros.
O gnaisse (ou para-gnaisse), ou ainda, orto-gnaisse é de origem metamórfica
provenientes de depósitos sedimentares ou de origem ígnea. Apresenta praticamente a mesma
composição mineralógica do granito. No entanto, a distribuição dos minerais tem uma
orientação definida.
No município de Jaboatão dos Guararapes estão concentradas as principais pedreiras
que abastecem o segmento da construção civil de toda a RMR, e que também detém as
maiores reservas lavráveis deste mineral, estimada em cerca de 19.976.926 toneladas
(DNPM, 2006). As pedreiras destes minerais têm lajeiro aflorante, sendo assim, lavrados a céu
aberto, com taludes ou bancadas de 17 m em média, conforme vista na Figura 3.

Figura 3 – Frente de lavra para a produção de brita do estudo de caso.


26

A exploração mineral próximo a áreas urbanas se constitui numa atividade importante


para o desenvolvimento das cidades, especialmente quando se trata da oferta de matérias-
primas utilizadas diretamente ou indiretamente na construção civil. Considerando-se que essas
matérias-primas geralmente apresentam baixos valores unitários, há uma forte tendência de
aproximação entre locais de produção e de consumo (RUIZ, 1989).
Neste contexto, a viabilidade da extração e beneficiamento destas substâncias minerais
para a produção de brita em sua área fonte (batólitos e outras intrusões graníticas) depende
basicamente de três fatores: a qualidade do minério, o volume útil e a localização geográfica
da jazida.

2.1.2 Aplicabilidade das britas para a construção civil


Os agregados para a indústria da construção civil são insumos muito consumidos em
Pernambuco. A brita é um material classificado como agregado de origem artificial, pois a
rocha é extraída em forma de blocos para serem, posteriormente, cominuídos. Os produtos
finais destas reduções granulométricas são os diferentes tipos de brita, e ainda o pó de pedra;
ambos bastante utilizados como agregados para a construção civil, devido às propriedades de
resistência à compressão simples, não reatividade, resistência ao intemperismo e
trabalhabilidade. No setor da construção civil, a brita tem importantes aplicações na
fabricação de concreto e na pavimentação.
Existem basicamente quatro tipos de britas comerciais, com diferentes aplicações
na Indústria da Construção Civil. A Tabela 3 apresenta as especificações das britas e suas
respectivas aplicabilidades.

Tabela 3 – Classificação dos principais tipos de brita e suas aplicações na indústria da


construção civil (MME,2011).
Tipos de brita Granulometria (mm) Aplicações
Assentamento de bloquetes, tubulações em geral, tanques, além
Pó de pedra < 4.8
de fazer parte na composição do concreto e asfalto.
Fabricação de asfalto, lajota, bloquetes, intertravadores, lajes,
Brita 1 4.8 - 12.5
jateamento de túneis e acabamentos em geral.
Fabricação de concreto para obras, como: pontes, edificações e
Brita 2 12.5 - 25
grandes lajes.
Brita 3 e 4 25 - 76 Fabricação de concreto para obras pesadas.
27

2.2 Implicações ambientais


Poluente pode ser classificado como qualquer substância presente no ar que, pela sua
concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde humana; causando
inconveniente ao bem-estar público, danos aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à
segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade
(CETESB, 2011).
O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias poluentes
presente no ar. A variedade das substâncias que podem ser encontradas na atmosfera é muito
grande, o que torna difícil a tarefa de classificação.

2.2.1 Tipos de poluentes atmosféricos


As partículas sólidas ou líquidas emitidas por fontes de poluição do ar ou mesmo
àquelas formadas na atmosfera são denominadas de material particulado e, quando dispersas
no ar, formam os chamados aerossóis. Quanto à origem, podem ser provenientes tanto de
fontes naturais como as antropogênicas, podendo ser emitidos diretamente por essas fontes
(partículas primárias), bem como serem formadas na atmosfera a partir da interação com
compostos pré-existentes (partículas secundárias). Estas partículas variam consideravelmente
em tamanho, morfologia, composição química e propriedades físicas (GODISH, 1991).
A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de qualidade
do ar, que determina, por sua vez, o surgimento de efeitos adversos da poluição do ar sobre os
receptores, que podem ser o homem, os animais, as plantas e os materiais. A medição
sistemática da qualidade do ar é restrita a um número de poluentes, definidos em função de
sua importância e dos recursos disponíveis para seu acompanhamento.
A caracterização do grupo de poluentes serve como indicador da qualidade do ar,
adotado universalmente e escolhido em função da freqüência de ocorrência e de seus efeitos
adversos. Desta forma, os principais poluentes foram agrupados por grupo químico de origem:
Material Particulado (MP); Compostos de enxofre (SOx, H2S, mercaptanas); Compostos de
nitrogênio (NOx, NH3, HNO3), Monóxido de carbono (CO); Compostos orgânicos
(hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas) e Oxidante Fotoquímico (O3).
Para o MP, têm-se um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumos, fumaças
e mistura de compostos no estado sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por
causa de seu pequeno tamanho. As principais fontes de emissão de particulado para a
atmosfera são: veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa, arrasto
28

eólico de poeira e/ou solo exposto, poeiras fugitivas de processos e manuseio, entre outros.
O material particulado pode também se formar na atmosfera a partir de gases como dióxido de
enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são
emitidos principalmente em atividades de combustão, transformando-se em partículas como
resultado de reações químicas no ar.
O tamanho das partículas está diretamente associado a sua potencial nocividade para a
saúde. Tanto quanto menores os particulados, representa que serão mais graves os efeitos
provocados. Outrossim, este material em suspensão poderá reduzir a visibilidade na
atmosfera.
O material particulado presente no ar ambiente pode ser classificado como Partículas
Totais em Suspensão – PTS e Materiais Particulados Inaláveis – MP10. Segundo a
ABNT NBR no 9547/1997, as PTS podem ser definidas, de maneira simplificada, como
àquelas cujo diâmetro aerodinâmico equivalente é menor que 50 µm. Pela ABNT
NBR no 13412/1995, uma parcela mais fina destas partículas são os MP10, com diâmetro
aerodinâmico equivalente menor ou igual a 10 µm. Os MP10 podem causar males à saúde,
bem como podem afetar desfavoravelmente a qualidade de vida da população, interferindo nas
condições estéticas do ambiente e prejudicando as atividades normais da comunidade.
A Fumaça (FMC), por sua vez, está associada ao PTS proveniente dos processos de
combustão. O método de determinação da fumaça é baseado na medida de refletância da luz
que incide na poeira (coletada em um filtro), o que confere a este parâmetro a característica de
estar diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmosfera.

(i) Emissões de processamento e fugitivas nas pedreiras


No caso da mineração de brita, atividades de lavra a céu aberto, produzem em suas
operações unitárias a emissão de gases e materiais particulados na atmosfera. As operações
unitárias de perfuração e desmonte de rocha com o uso de explosivos (desmonte primário) e
“fogacho” dos blocos (desmonte secundário), bem como as operações de britagem são grandes
geradores de particulados e gases. Em menor proporção estão as operações de manuseio e
movimentação de material.

Segundo Braile (1988), as fontes de emissões são classificadas em dois grandes


grupos:
- As emissões de processamento (fontes fixas): O Run Of Mine (ROM) inicia com o
descarregamento da matéria-prima dos caminhões basculantes no alimentador do britador
29

primário, sequenciando-se nas operações de britagem, transferência em geral (correias sem


coberturas) e classificação.
- As emissões fugitivas (fontes móveis): São provenientes das operações não fixas, de difícil
solução, devido à natureza das operações geradoras, como por exemplo: operações de
perfuração e desmonte de rocha; movimentação de veículos automotores industriais e pilhas
de estocagem que representam uma significativa contribuição em termos de poeira total
gerada numa pedreira.

2.2.2 Operações unitárias e riscos associados aos particulados


A lavra de granito, gnaisse, dentre outros tipos de minerais para a produção de brita é
executada a céu aberto. A operação unitária inicial é a perfuração do maciço rochoso, que é
preparado para a alocação da carga de explosivo(s), na sequência ocorre o desmonte que
consiste na detonação da carga explosiva visando à fragmentação da rocha, conforme ilustrado
na Figura 4. A carga secundária (“fogacho”) consiste no desmonte de blocos do maciço
rochoso, utilizando explosivos de categoria inferior, pólvora negra e o consequente
desdobramento, com uso de perfuratrizes manuais.

(a) Operação unitária de perfuração (b) Efeito do desmonte secundário.


com perfuratriz pneumática.

Figura 4 – Pontos críticos na lavra da mineração de brita como fontes de particulados


potenciais na geração das externalidades.

A etapa de beneficiamento, por sua vez, pode emitir uma quantidade importante de
material particulado, aumentando a concentração destes no ar. Dependendo da quantidade
liberada a alteração pode ser significativa, contribuindo para a poluição atmosférica
(IBRAM, 1984).
30

Na produção de brita existem vários pontos importantes de emissão de particulados em


todas as fases da produção, visto que é um processo que consiste na redução granulométrica
da rocha desmontada, carregamento e transporte para a produção de brita padronizada para
atendimento das especificações do mercado consumidor.
A Figura 5 ilustra as operações unitárias que visam o beneficiamento desenvolvido em
pedreiras como potenciais fontes geradoras de material particulado para o meio ambiente local.

(a) Transporte de ROM para o britador primário. (b) Britagem primária com britador de mandíbulas.

(c) Formação das pilhas de brita produzida. (d) Expedição para o mercado consumidor.

Figura 5 – Pontos críticos do beneficiamento em pedreira referente a fontes de particulados


potenciais de externalidades.

2.2.3 Dispersão atmosférica


O ar atmosférico tem em sua composição, principalmente: nitrogênio (78,10%),
oxigênio (20,94%), argônio (0,93%) e gás carbônico (0,03%). É o meio de propagação dos
poluentes atmosféricos e, através dos condicionantes atmosféricos são determinadas a
frequência, a duração e a concentração dos poluentes sobre os receptores. Neste caso, a
meteorologia possibilita estabelecer uma inter-relação entre a fonte poluidora e o receptor,
31

tendo como referência o transporte e a dispersão dos poluentes. Com base em Erthal (1984),
as condições meteorológicas e topográficas do local são fatores fundamentais na distribuição
dos poluentes atmosféricos. Ressalta-se também a influência da topografia através da
distribuição das unidades topográficas (várzeas, colinas e morros). Dentre os parâmetros
meteorológicos básicos do ponto de vista ambiental, pode-se destacar: velocidade e direção do
vento, temperatura do ar, nível de precipitação pluviométrica e umidade relativa do ar.

(i) Ventos: velocidade e direção


A dispersão de poluentes ocorre predominantemente na direção dos ventos. O vento é
o principal mecanismo de diluição sobre as concentrações de poluentes. A difusão dos
poluentes é mais fraca quando a velocidade do vento é mais reduzida; os poluentes se
deslocam lentamente até grandes distâncias em uma camada de ar pouco espessa e situam-se
habitualmente nas alturas. Ao contrário, quanto maior a velocidade do ar, os poluentes são
rebatidos ao solo e se espalham rapidamente em um grande volume de ar.
A turbulência da atmosfera exerce um papel importante no transporte e difusão e
consequente dispersão da poluição atmosférica. De modo geral, a turbulência da atmosfera é
determinada pela velocidade dos ventos e pelo perfil vertical de temperatura. A movimentação
na direção vertical pode ser atribuída à turbulência térmica resultante de parcelas de ar
aquecido que ascende da superfície terrestre, sendo substituídas pelo ar mais frio em sentido
descendente. A movimentação dos poluentes na direção horizontal é determinada pela
turbulência mecânica provocada pelo vento na sua instabilidade direcional e de velocidade,
associada às características topográficas da região (ALMEIDA,1999).
Assim, com o aumento da velocidade dos ventos ocorre o deslocamento da corrente de
ar em movimento lançado por uma fonte, num dado período de tempo, também aumenta de
forma proporcional.

(ii) Temperatura do ar
As diferenças de temperatura sobre as grandes superfícies determinam a produção dos
ventos e, por consequência, a movimentação do ar.
O fenômeno mais importante causado pela temperatura é a convecção sobre a
verticalidade, que representa a ascensão do ar de uma camada inferior da atmosfera próxima
ao solo, em consequência de seu aquecimento pelo sol. A convecção ascendente é função da
32

diferença entre o nível da temperatura do ar próximo ao solo e aquela existente nas camadas
elevadas da atmosfera. Em certas épocas do ano, esta situação se inverte com o fenômeno da
inversão térmica. A queda da temperatura em camadas baixas, camadas mais elevadas da
atmosfera são ocupadas com ar relativamente mais quentes, que não conseguem descer.
Ocorre assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local,
caracterizada por uma inversão de camadas: o ar frio fica embaixo e o ar quente acima,
fenômeno definido como inversão térmica, dificultando a convecção ascendente e consequente
carreamento do ar poluído.

(iii) Precipitação pluviométrica


Em dias com baixa de umidade pode resultar no aumento das concentrações de
material particulado devido à suspensão das poeiras da superfície. Entretanto, numa maior
umidade relativa do ar, que se define pela relação entre a quantidade de água que evapora e a
quantidade de água que condensa, estabelece uma maior relação entre as partículas de poeira
por higroscopia.
O principal efeito da higroscopia sobre os poluentes é a sua remoção, uma vez que
ocorre a deposição úmida por parte do material particulado e dos gases solúveis em água
sendo incorporada às gotas, ocorrendo o carreamento para o solo das impurezas do ar. Vale
ressaltar, que a presença de vapores d’água na atmosfera é considerada como um fator
meteorológico desfavorável ao fenômeno de autopurificação, pois impede a difusão das
impurezas, como também podem reagir na atmosfera e resultar em impurezas mais agressivas.

2.2.4 Efeitos ambientais dos poluentes atmosféricos


A poluição atmosférica consiste de gases, líquidos ou sólidos presentes na atmosfera
em níveis elevados o suficiente que possa causar danos à saúde e bem-estar da população,
como também, afetar, desfavoravelmente, a flora e da fauna do meio ambiente local próximo
às atividades mineiras (ALMEIDA, 1994). A seguir, serão descritos os efeitos de poluição
atmosférica nos principais meios de incidência:

(i) À saúde humana


As partículas em suspensão são extremamente finas, de grande dispersão, podendo ser
carregadas a longas distâncias. Têm grande poder de penetração no sistema respiratório,
podendo atingir até os alvéolos, o que as torna altamente prejudiciais à saúde. Para que haja
33

retenção de partículas no trato respiratório é necessário que o diâmetro das partículas seja
inferior a 10 µm (ALGRANTI, 1995). A retenção de poeira nos brônquios e alvéolos será
mais intensa, dependendo da natureza da poeira e para as partículas cujo diâmetro varia de 0.5
a 3.0 µm. Acredita-se que as partículas com tamanho em torno 1,0 µm podem ser as mais
patogênicas (BASTARACH, 2002).
Os efeitos da poluição do ar podem provocar alterações nas superfícies do sistema
respiratório. Dependendo de fatores determinantes como: tipo e tamanho das partículas,
quantidade inalada, tempo de exposição e susceptibilidade individual; podem representar
alterações temporárias ou permanentes. Estes efeitos biológicos podem ser correlacionados,
direta ou indiretamente, com a poluição do ar por estudos epidemiológicos. De acordo com
Almeida (1999), alguns desses efeitos incluem irritação dos olhos e das vias respiratórias,
redução da capacidade pulmonar, aumento da susceptibilidade a infecções virais e doenças
cardiovasculares, redução da capacidade física, dores de cabeça, alterações motoras e
enzimáticas, agravamento de doenças crônicas do aparelho respiratório tais como asma,
bronquite, enfisema, pneumoconioses; danos ao sistema nervoso central, alterações genéticas
e câncer.
Dentre as pneumoconioses encontra-se a silicose decorrente da exposição ao agente
causal sílica livre cristalizada em frações inaláveis (< 10 µm). A inalação deste agente químico
gera um processo de fibrose pulmonar irreversível. É uma doença eminentemente
ocupacional, podendo afetar a população pela proximidade, pela concentração e pelo tamanho
dos particulados emitidos por atividades minerárias, por exemplo. Importante Ressaltar que
quanto menor ou mais fina a partícula de sílica, maior será a gravidade dos seus efeitos.
As partículas funcionam como agentes transportadores de substâncias tóxicas aos
pulmões. Se estas substâncias tóxicas forem levadas às vias respiratórias através de partículas
de poeira, elas penetram mais profundamente no pulmão, onde a absorção pelas vias
sanguíneas se processa muito mais facilmente que nas vias respiratórias superiores. Assim se
explica porque uma série de substâncias tóxicas tem ação mais tóxica em atmosfera contendo
partículas em suspensão do que em ar puro (FELENBERG, 1980).
Segundo Santos (2001), para melhor compreensão das frações das partículas, o trato
respiratório pode ser dividido em regiões consideradas bases anatômicas para a identificação
das frações de partículas relevantes.
O tamanho dos particulados é um dos fatores que influi diretamente para a
determinação da região de deposição das partículas no trato respiratório humano, de acordo
34

com Bon (2002). A Figura 6 ilustra o local de deposição das partículas em função dos
diâmetros aerodinâmicos equivalentes das partículas.

Fonte: Adaptado de Bon (2002)

Figura 6 – Local de deposição das partículas no sistema respiratório humano.

(ii) Ao Meio biótico


Da mesma forma que os seres humanos, a superfície do sistema respiratório dos
animais é alterada devido às concentrações de particulados.
Os efeitos da poeira na vegetação podem ser causados de duas formas: primeiro pela
deposição direta da poeira nas plantas e pela acumulação de poeira no solo; e posterior
absorção pelas plantas. Poeiras que contêm óxido de magnésio, óxido de ferro, dentre outros
óxidos, estão entre as que contribuem para os efeitos danosos à vegetação. Os efeitos podem
incluir perda ou acúmulo de poluentes na colheita, prejuízos à paisagem e danos ao
ecossistema de outros organismos que dependem das plantas (ENSINK, 1987).
As ações humanas sobre os ecossistemas naturais têm provocado a constante
degradação desses ambientes, ocasionando alterações de estruturas e processos biológicos que
repercutem diretamente nos componentes físico-químicos dos mesmos. Como resultado, se
observa uma acentuada diminuição da capacidade desses ecossistemas em manter sua
produtividade de acordo com o ambiente onde se desenvolveram, dando lugar a áreas
degradadas com baixa sustentabilidade (ESTELRICH, 1998).
35

(iii) Aos materiais


O acúmulo de material é o primeiro efeito visível da poluição atmosférica por
deposição de poeira e fumaça, bem como fatores corrosivos do patrimônio físico: construções,
maquinaria, equipamentos. Os efeitos dessa deposição sobre estas estruturas incluem
basicamente: descoloração, deteriorização, e decomposição de materiais de construção.

2.2.5 Legislação ambiental e normas técnicas incidentes


Os problemas ambientais podem ser considerados como fenômenos provocados
significativamente pela sociedade, pois são decorrentes das atividades antrópicas. Em
consequência disto, manter a saúde humana e preservar a qualidade ambiental é a base de
postulados da legislação e normas vigentes para conduzir as tomadas de decisões em todos os
níveis. No Brasil, entre os requisitos técnicos e legais destacam-se:

 Constituição Federal do Brasil de 1988;


 Constituição do Estado de Pernambuco de 1989 e Lei Estadual no 12.916/2005;
 Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA;
 Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; e
 Normas Regulamentadoras da Mineração – NRM.

A partir de agosto de 1981 a questão ambiental no Brasil passou a ser exigida pela Lei
no 6.938/1981, cujo principal objetivo foi tornar o desenvolvimento econômico e social do
país compatível com a preservação do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. Nessa lei,
foram estabelecidas a estrutura e as regras gerais da Política Ambiental Brasileira, bem como
a criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA.
Inicialmente, a influência da atividade humana se restringia a intensidades
relativamente limitadas. Porém, na atualidade, diversas atividades colocadas em prática pela
sociedade têm sido consideradas responsáveis pelo empobrecimento da natureza. Dentre essas
atividades, a mineração representa, na maioria das vezes, uma ameaça ao equilíbrio ambiental,
conforme Guidueli (1985). A Resolução CONAMA no 001/1986, art. no 1, define o impacto
ambiental associado as atividades humanas como:
“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta
ou indiretamente, afetam:
36

I - A saúde, a segurança e o bem-estar da população;


II - As atividades sociais e econômicas;
III - A biota;
IV - As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - A qualidade dos recursos ambientais”.

A Constituição Federal do Brasil de 1988, Capítulo II: Da União, no art. no 23,


item VI, estabelece que a proteção ao meio ambiente e o combate à poluição em qualquer de
suas formas. No item VII, estabelece a preservação da fauna, flora e florestas. É de
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, tendo em
vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar no âmbito nacional. De acordo com o
Capítulo VI: Do Meio Ambiente, no art. no 225, determina que todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial para qualidade
de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.

A partir de 1989, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
procurou estimular medidas a favor da redução de emissões, de resíduos, de efluentes,
economia de água e de energia elétrica nos processos produtivos industriais, com ênfase no
conceito de Produção Mais Limpa – P+L (FURTADO, 2001). Consiste na aplicação de uma
estratégia ambiental, contínua e sistêmica, de prevenção da poluição como parte integrante
dos processos e produtos da indústria ou serviço com benefícios ambientais e econômicos
para os processos produtivos.

Para a Constituição do Estado de Pernambuco de 1989, Capítulo IV: Do meio


ambiente, Seção I da Proteção ao Meio ambiente, art. no 204, postula que o desenvolvimento
deve conciliar-se com a proteção ao meio ambiente, obedecidos os seguintes princípios:
(I) preservação e restauração dos processos ecológicos essenciais; (II) conservação do manejo
ecológico das espécies dos ecossistemas; (III) proibição de alterações físicas, químicas ou
biológicas, direta ou indiretamente nocivas à saúde, à segurança e ao bem-estar da
comunidade e (IV) proibição de danos à fauna, à flora, às águas, ao solo e à atmosfera.

Outrossim, a Lei pela Estadual no 12.916/2005, no art. no 1, dispõe sobre a Política


Estadual do Meio Ambiente e de Recursos Hídricos para o exercício da função de proteção e
conservação dos recursos naturais do Estado, bem como atuar em pesquisas em controle
ambiental.
37

A base da prevenção da poluição atmosférica no Brasil é regida pela Resolução


CONAMA no 005/1989, a qual instituiu o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar
– PRONAR, cujo objetivo é contribuir para a gestão ambiental e o desenvolvimento
socioeconômico do país, estabelecendo padrões de qualidade do ar e padrões de emissão.
Neste contexto, a Resolução CONAMA no 005/1989, estabelece padrões primários e
secundários para os poluentes legislados nacionalmente para o controle da qualidade do ar, de
forma a garantir a proteção da saúde e do meio ambiente. São baseados em estudos científicos
os efeitos produzidos por poluentes específicos e fixados em níveis que possam propiciar a
margem de segurança adequada. São estabelecidos dois tipos de padrões de qualidade do ar:

 Padrões primários de qualidade do ar: concentrações de poluentes


que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como
níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em
metas de curto e médio prazo.

 Padrões secundários de qualidade do ar: concentrações de poluentes


atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da
população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio ambiente
em geral. Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de poluentes,
constituindo-se em meta de longo prazo.

Neste sentido, o objetivo do estabelecimento dos padrões é formar uma base de


prevenção e gestão quanto à degradação da qualidade do ar do local e entorno para a
comparação com os valores estabelecidos pela legislação ambiental vigente, e como linha de
avaliação conservadora foi adotado o padrão secundário por ser mais rígido.

A Resolução CONAMA no 003/1990, é considerada mais importante para o contexto


da presente pesquisa pelo estabelecimento dos níveis dos padrões primários e secundários
nacionais da qualidade do ar e os métodos de análise para aferição da qualidade do ar, cujos
parâmetros regulamentados encontram-se nas Tabelas 4 e 5, mostradas a seguir.
38

Tabela 4 – Padrões nacionais de qualidade do ar e métodos analíticos de medição (CONAMA


no 03/1990).
PADRÃO PADRÃO MÉTODO DE
POLUENTE TEMPO DE
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO ANÁLISE R
AMOSTRAGEM
(µg/m3) (µg/m3)

Partículas Totais em 24 horas (1) 240 150 Amostrador de grandes


Suspensão MGA (2) 80 60 volumes
24 horas 365 100
Dióxido de Enxofre Pararosanílina
MAA (3) 80 40
40.000 40.000
1 hora (1) 35 ppm 35 ppm
Monóxido de Carbono Infravermelho não dispersivo
8 horas 10.000 10.000
(9 ppm) (9 ppm)
Ozônio 1 hora (1) 160 160 Quimiluminescência
(1)
24 horas 150 100
Fumaça Refletância
MAA (3) 60 40
24 horas (1) 150 150
Partículas Inaláveis Separação Inercial / Filtração
MAA (3) 50 50
1 hora (1) 320 190
Dióxido de Nitrogênio Quimiluminescência
MAA (3) 100 100
(1)
Legenda: Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano.
(2)
Média geométrica anual.
(3)
Média aritmética anual.

Para episódios agudos de poluição do ar relacionados a concentrações excessivas de


poluentes atmosféricos e que exigem medidas urgentes para evitar maiores danos à população
e ao meio ambiente, são enquadrados em níveis de atenção, alerta e emergência. Na Tabela 5,
estão estabelecidos esses critérios.

Tabela 5 – Critérios para cenários críticos de poluição do ar (CONAMA no 03/1990).


NÍVEIS
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO
ATENÇÃO ALERTA EMERGÊNCIA
Dióxido de Enxofre
800 1.600 2.100
(µg/m3) – 24 h
Partículas Totais em Suspensão (PTS)
375 625 875
(µg/m3) – 24 h
SO2 X PTS
65.000 261.000 393.000
(µg/m3)(µg/m3) – 24 h
Monóxido de Carbono
15 30 40
(ppm) – 8 h
Ozônio
400* 800 1000
(µg/m3) – 1 h
Partículas Inaláveis
250 420 500
(µg/m3) – 24 h
Fumaça
250 420 500
(µg/m3) – 24h
Dióxido de Nitrogênio
1.130 2.260 3.000
(µg/m3) – 1h
39

O Índice de Qualidade do Ar – IQAr, simplifica a divulgação da informação sobre a


qualidade do ar e padroniza todas as substâncias em uma única escala. É um indicador
utilizado por órgãos ambientais com o objetivo de diagnosticar a qualidade do ar em nível
local e regional em função de cada um dos diversos poluentes atmosféricos que podem afetar
consideravelmente a saúde e o bem-estar da população (IAP, 2008).

Este índice se relaciona com a concentração gravimétrica de um dado poluente por


meio de funções lineares segmentadas de modo que os valores críticos assumem um
comportamento de linearidade. Utiliza-se a interpolação da Expressão 1 (IAP, 2008),
obtendo-se o IQAR, um número adimensional.

2
 I - I1 
IQAr   2   C p - C1   I1 (1)
 C 2 - C1 

Onde:
IQAr = IQAr do poluente
Cp = Concentração medida do poluente p
C2 = Concentração de mudança acima de Cp
C1 = Concentração de mudança abaixo de Cp
I2 = Valor do IQAr correspondente à concentração C2
I1 = Valor do IQAr correspondente à concentração C1

Os níveis de atenção, alerta e emergência estão associados às classes inadequada, ruim


e péssima, respectivamente, pelo código de cor, conforme demonstrado na Tabela 6.

Tabela 6 – Faixas do IQAr para padrão primário com as respectivas concentrações e a


qualidade do ar atribuída (IAP, 2008).
PTS MP10 FMC SO2 CO O3 NO2
IQAr 24 h 24 h 24 h 24 h 8h 1h 1h
CLASSIFICAÇÃO
(µg/m3) (µg/m3) (µg/m3) (µg/m3) (µg/m3) (µg/m3) (µg/m3)

BOA 0-50 0-80 0-50 0-60 0-80 0-4.5 0-80 0-100

REGULAR 51-100 81-240 51-150 61-150 81-365 4.6-9.0 81-160 101-320

INADEQUADA 101-199 241-375 151-250 151-250 366-800 9.1-15 161-400 321-1130

MÁ 200-299 376-625 251-420 251-420 801-1600 16-30 401-800 1131-2260

PÉSSIMA >300 626-875 421-500 421-500 1601-2100 31-40 801-1000 2261-3000


40

A Tabela 7 apresenta a classificação da qualidade do ar relacionada ao valor do índice


e aos efeitos esperados da concentração do poluente medida na população exposta.

Tabela 7– Classificação da qualidade do ar com os possíveis efeitos associados (CETESB,1999).

QUALIDADE DO AR NÍVEIS DE CAUTELA EFEITOS SOBRE A SAÚDE


BOA - Praticamente não há riscos à saúde.
Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com
REGULAR - doenças respiratórias e cardíacas), podem apresentar sintomas
como tosse seca e cansaço. A população em geral não é afetada.
Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca,
cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos
INADEQUADA ATENÇÃO
sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórios e
cardíacas), podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.
Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas
como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz, garganta e
MÁ ALERTA ainda apresentar falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda
mais graves à saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e
pessoas com problemas cardiovasculares).
Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações
PÉSSIMA EMERGÊNCIA de doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes
prematuras em pessoas de grupos sensíveis.

A avaliação da qualidade do ar atmosférico é feita normalmente pelo método indireto,


através de Amostrador de Grande Volume – AGV, com amostragens realizadas em locais
distantes da fonte de emissão com o intuito de avaliar o nível de concentração dos poluentes
atmosféricos (particulados) à exposição humana. Os critérios brasileiros para determinação da
concentração (µg/m3) dos poluentes atmosféricos utilizam como referência normativa o
método de amostrador de grande volume para poeira total (ABNT NBR no 9547/1997) e para
partículas inaláveis (ABNT NBR no 13412/1995). Segundo Bon (2002) mostrado na Figura 6,
os materiais particulados com Diâmetro Aerodinâmico Equivalente – DAE de 10 micrômetros
ou inferior são denominados de fração respirável. Todavia, será adotada neste trabalho a
denominação postulada pela Norma Brasileira – NBR, em vigor, a nomenclatura de partículas
inaláveis para este tamanho de DAE.

Vale ressaltar também a Portaria no 12/2002 que institui as NRM, especificamente, a


NRM no 9 que trata sobre a prevenção de poeiras minerais nos locais onde haja geração de
particulados. Isto ressalta a importância de ser realizado o monitoramento periódico através
dos grupos homogêneos de exposição e das medidas de controle adotadas. A redução na fonte
dos poluentes atmosféricos pelos empreendimentos deve ser priorizada, pois, propicia uma
produção mais limpa, preservando assim, a saúde e segurança dos operadores, bem como, a
diminuição da dispersão dos materiais particulados para a comunidade e meio ambiente local.
41

CAPÍTULO 3 – DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA


A investigação científica que avalia um fenômeno contemporâneo dentro de um
contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não
estão claramente definidos; enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito
mais variáveis de interesse do que pontos de dados e, como resultado, baseia-se em várias
fontes de evidência (YIN, 2001).
A presente pesquisa foi baseada em Checklists, entrevistas, observações, análise de
documentos. Ainda segundo a metodologia desenvolvida por Yin (2001), estas fontes de
informação participativa serviram para a avaliação qualitativa e quantitativa do estudo de
caso, através da elaboração de instrumentos de gestão centrados em ações de melhorias
contínuas.
O levantamento de dados consistiu em visitas técnicas referente aos aspectos e
impactos emitidos por atividades de mineração – Pedreira situada em área urbanizada –, bem
como por uma usina de asfalto como partes integrantes da presente pesquisa no tocante a
emissão de particulados. Estão localizados no município de Jaboatão dos Guararapes/PE.
De acordo com a Lei complementar no 123/2006, capítulo II, Art. 3o, referente ao
enquadramento quanto ao porte das empresas, a pedreira está categorizada como Empresa de
Pequeno Porte (EPP), enquanto que a usina de asfalto está inserida como Microempresa (ME).
A primeira parte da pesquisa, consiste em utilizar a avaliação qualitativa dos poluentes
atmosféricos por meio da identificação dos aspectos e impactos dos particulados na área-
objeto do estudo (Pedreira), determinando-se as principais fontes potencialmente geradoras de
externalidades; e na sequência, a avaliação quantitativa das PTS e MP10; ambos na
comunidade do entorno.

Para tanto, foram planejadas 02 (duas) etapas para a elaboração de um diagnóstico


situacional sobre a qualidade do ar no entorno dos empreendimentos:

- Etapa I: Análise qualitativa dos riscos para o meio ambiente pelos poluentes
atmosféricos.

 Entrevistas com os diretores dos empreendimentos; e


 Aplicação da técnica de avaliação de impacto ambiental para a emissão de
poluentes atmosféricos.

- Etapa II: Análise quantitativa dos particulados.


 Avaliação do material particulado no ar atmosférico.
42

3.1 Avaliação qualitativa dos riscos ambientais

O levantamento qualitativo de campo foi no período de julho a setembro do ano de


2011. Consistiu em visitas técnicas aos empreendimentos: o primeiro, uma pedreira
previamente selecionada; e o outro, uma usina de asfalto, ambos na mesma localidade do
município de Jaboatão dos Guararapes/PE, distantes entre si de aproximadamente 82 m,
conforme ilustrado na Figura 7.

82.39 m

Figura 7 – Espacialização dos empreendimentos em estudo.

A Etapa I foi inicializada com a avaliação qualitativa dos riscos ambientais, enfocando
particulados dentre os poluentes atmosféricos. Esta identificação prévia das possíveis fontes
de riscos ambientais foi através de entrevistas gerenciais e observação de campo com registros
fotográficos digitais dos empreendimentos em análise. Das condições do entorno, foram
avaliados a relação de número de pessoas por faixa etária e por localidade, bem como se
realizou um levantamento epidemiológico das doenças respiratórias na região em estudo
referente ao mês de setembro dos anos de 2009, 2010 e 2011. No segundo momento desta
etapa, realizou-se o levantamento qualitativo dos potenciais riscos com a aplicação da técnica
de Avaliação de Impacto Ambiental – AIA, sendo possível traçar o cenário inicial referente
aos fatores ambientais mais impactantes das atividades através da elaboração de uma matriz
de interações.
43

3.1.1 Entrevistas com os diretores dos empreendimentos

Para a caracterização inicial das situações locais foram aplicadas 2 entrevistas nas
visitas técnicas. A primeira entrevista (13 questões, Apêndice A) foi direcionada ao diretor
da pedreira e ao diretor da usina de asfalto, para a avaliação de desempenho do Sistema de
Gestão em Ambiental – SGA com elaboração baseada no art. no 225 da CF/1988, ABNT
NBR ISO no 31000/2009 e Norma ISO no 19011/2003, na análise documental e observações.
A segunda entrevista (11 questões, Apêndice B), ainda aplicada com o diretor da pedreira e
diretor da usina de asfalto, abrangeu a avaliação de desempenho da gestão de emissões
atmosféricas referente à ABNT NBR ISO no 31000/2009, Norma ISO no 19011/2003 e
NRM no 09/2002. Deve-se ressaltar que, as 2 entrevistas visaram à verificação inicial para a
formação do diagnóstico situacional do gerenciamento dos poluentes atmosféricos,
especialmente dos particulados gerados pela pedreira e usina de asfalto.

3.1.2 Aplicação da técnica de AIA para a emissão de poluentes atmosféricos


Os impactos ambientais da poluição atmosférica se caracterizam tanto pela alteração
de condições consideradas normais como pelo aumento de problemas preexistentes. Esses
efeitos podem ser tanto globais como podem em nível local e regional. De acordo com Mota
(2002), os impactos ambientais estão relacionados com a degradação dos solos, a poluição do
ar e das águas.
A técnica para avaliação de impactos determina os fatores ambientais mais
impactantes de uma atividade. As áreas de influência do empreendimento foram definidas
considerando as variáveis ambientais susceptíveis a efeitos diretos e/ou indiretos.
Para a avaliação de impactos, devem-se realizar as seguintes etapas: interações entre as
ações implementadas e os fatores ambientais por elas atingidos; tipificação dos impactos
ambientais identificados e aplicação de valores aos atributos de cada ação impactante. A partir
daí, os impactos são qualificados em seus atributos relativamente à ação (relação de causa-
efeito); à ignição (temporalidade); criticidade (interatividade entre os fatores gerando
sinergia); extensão (abrangência do impacto); periodicidade (manifestação do efeito em
relação à ação) e a intensidade (quantificação da ação). Para tanto, se faz necessário a
elaboração da matriz de interações com base na Magnitude e Importância que estão
demonstradas nas Expressões 2 e 3.
44

- Cálculos para os parâmetros de Magnitude (M) e de Importância (I)

M   e, p, i (2)

Onde:
e = extensão (abrangência do impacto)
p = periodicidade (manifestação de um efeito em relação a ação)
i = intensidade (quantificação da ação)

I   M, a, ig, c (3)

Onde:
a = ação (relação causa-efeito)
ig = ignição (temporalidade)
c = criticidade (interatividade, sinergia)

= ação
De (relação
acordocausa-efeito)
com Ramos Filho (2008), os valores dos atributos dos impactos
= ignição (temporalidade)
qualificados com suas escalas nominais (alto, médio, baixo), possibilitam uma melhoria da
= criticidade (interatividade, sinergia)
análise e facilitam a compreensão dos impactos. Para esta medida procede-se de maneira
subjetiva, pois cabe ao avaliador indicar os valores dos atributos dos impactos relacionando
com seus efeitos, conforme a Tabela 8.

Tabela 8 – Aplicação de valores numéricos aos atributos com referência ao tipo de efeito
(RAMOS FILHO, 2008).
ATRIBUTO TIPO DE EFEITO VALOR NUMÉRICO
Primário 3
Ação Secundário 2
Terciário 1
Imediata 1
Ignição Médio 2
Longo prazo 3
Alta 3
Criticidade Média 2
Baixa 1
Baixa 1
Intensidade Média 2
Alta 3
Maior 3
Extensão Igual 2
Menor 1
Permanente 3
Periodicidade Alta
Variável 2
Temporária 1
45

Para os parâmetros de Magnitude e Importância, consta na Tabela 9 a faixa numérica.

Tabela 9 – Matriz para avaliação da Magnitude e Importância (RAMOS FILHO, 2008).


PARÂMETROS VALOR IMPACTO

3 BAIXO

4-5 MÉDIO-BAIXO
MAGNITUDE
6 MÉDIO

9 MÉDIO-ALTO

7 ALTO

8-9 BAIXO ALTO

10-11-12 MÉDIO- BAIXO


IMPORTÂNCIA 13-14-15 MÉDIO-MÉDIO

16-17-18 MÉDIO-ALTO

19-20 ALTO

>20 ALTO-ALTO

A Tabela 10, por sua vez, apresenta as classes dos impactos e as respectivas interpretações.

Tabela 10 – Classificação dos impactos e seus respectivos significados (RAMOS FILHO, 2008).

CLASSES DE IMPACTOS SIGNIFICADOS


IMPACTO BAIXO Aquele que não causa danos ambientais.
IMPACTO MÉDIO-BAIXO Pode causar danos ambientais.
IMPACTO MÉDIO E MÉDIO-ALTO Causa danos, porém são reversíveis.
IMPACTO ALTO Causa danos ambientais dificilmente reversíveis.
46

3.2 Avaliação quantitativa dos particulados ambientais


Em geral, a avaliação de qualidade do ar pode ser realizada em nível local, regional,
nacional e internacional. Para tanto, é feito estimativas de emissões dos principais poluentes
com a aplicação de modelos matemáticos e medição das concentrações ambientais dos
mesmos, conforme ilustrado na Figura 8.

Figura 8 – Modelo simplificado de avaliação de riscos para poluentes atmosféricos.

Para a análise quantitativa foi realizada a avaliação de material particulado em


suspensão na circunvizinhança dos empreendimentos objetos de estudo: uma pedreira e usina
de asfalto. A continuidade da pesquisa deu-se com o detalhamento das áreas-alvo,
identificando os locais de maior geração de poeiras, e, por conseguinte, a medição da
concentração dos particulados, para então configurar o diagnóstico ambiental.
A estratégia de amostragem para os particulados levou em consideração variáveis
como: parâmetros meteorológicos locais (umidade, pluviosidade, pressão barométrica direção
e velocidade do vento), dia, horário, número de amostragens, georeferenciamento da fonte
poluente e densidade demográfica do local receptor.
O período de amostragem foi definido para o mês de setembro, por ser caracterizado
como o mês de início de estiagem regional (Pernambuco) e de retorno a alta produção da
pedreira em estudo. As coletas aconteceram em duas séries de amostragens (Campanhas) entre
os dias 20 a 30 de setembro de 2011, durante duas semanas seguidas coincidindo nos dias de
terças a sextas-feiras para evitar as atipicidades do segmento de estudo, ocorridas
normalmente, nos dias de segundas-feiras e sábados pela redução normal de produção. Sendo
assim, foi possível inferir sobre uma situação crítica referente à condições de alta temperatura,
de estiagem, de expressiva produção nas pedreiras em dias-alvo da semana e em local de
maior exposição.
47

As estações de avaliação para a aferição da qualidade do ar atmosférico foi composta


por um AGV PTS e um AGV PM10, ambos os equipamentos da fabricante Ecotech,
pertencentes ao Laboratório de Controle Ambiental na Mineração – LACAM da Universidade
Federal de Pernambuco. A Figura 9 está mostrado o caminho de fluxo descendente.

(a) Inlet PTS.

(b) Inlet MP10.

(c) Corpo do Hivol.

Figura 9 – Caminho esquemático do fluxo no Hivol HVS 3000


e seções transversais dos inlets.
48

3.2.1 A avaliação do material particulado no ar atmosférico


Nas atividades de mineração como parte integrante de um sistema de gestão ambiental
a ser praticado, está a realização de estudos analíticos para evidenciar as condições de um
determinado cenário e/ou situação.
A avaliação ambiental de particulados atmosféricos realizada nesta pesquisa, ocorreu
em área residencial na comunidade do Engenho Santana. Foram utilizados para análise dois
amostradores de grandes volumes. Os AGVs PTS e MP10 que possuem microprocessador
contendo data logger interno para gerar e armazenar informações durante o seu
funcionamento, como a temperatura do ar ambiente e a pressão baromêtrica, os valores de
fluxo volumétrico total e corrigido para as Condições Normais de Temperatura e Pressão –
CNTP no ponto de medição local (25º.C e 1atm). Por meio do xVol communicator é possível
realizar a transferência dos dados para o laptop. Neste caso de estudo, será configurado para
as aquisições de dados as médias horárias e vazão mínima de amostragem de 1.1 m3/min
(Filtro carregado) e vazão máxima de 1.7 m3/min (Filtro limpo), de acordo com as normas
técnicas ABNT NBR no 9547/1997 e no 13412/1995.
Para a caracterização dos parâmetros atmosféricos como temperatura, pressão
barométrica, umidade relativa, velocidade e ireção dos ventos; foi utilizado uma mini-estação
meteorológica, Oregon scientific WMR 968, mostrado na Figura 10.

Figura 10 – Componentes da mini-estação meteorológica da Oregon scientific WMR 968.


49

Do exposto, foram feitas simulações antes de ir ao site, para a montagem e o


alinhamento do cassette de maneira a garantir a vedação adequada dos AGVs, investigando
também os possíveis pontos de fugas; Para a instalação da balança analítica, foi escolhido um
local de baixa influência da corrente de ar direta, bem como foi observado o nivelamento de
bolha para a melhor precisão e exatidão das medições, como exemplos.
O meio filtrante utilizado foi filtro de fibra de vidro da Pallflex com dimensões de
200 mm x 250 mm e com porosidade de 0.3 µm, ou seja, foram coletados particulados, que
dependendo do cut point do equipamento, poderá ser de 0.3 a 100 µm. A escolha do filtro de
campo, bem como do branco de laboratório consistiu na verificação da integridade quanto a
presença de furos ou não conformidades nas bordas do filtro.
A partir daí, os filtros foram encaminhados para uma pré-estabilização, permanecendo
no interior de um dessecador com termo-higrômetro por 24 horas para controle do ambiente.
De posse dos filtros estabilizados, os mesmos foram pesados em balança analítica; e
na sequência, os filtros de campo foram selados em bolsa hermética zip-lock, envelopados e
identificados para transporte. Enquanto que o filtro de branco permaneceu no laboratório em
condições de estabilização para o cálculo do fator de correção (f).
No local de amostragem previamente escolhido para ser avaliada a qualidade do ar,
foram instalados nos cassettes os filtros com a face rugosa voltado para cima e em ambiente
isento de impurezas, dando início à avaliação do ar. Fantazzini (2010) recomenda que entre 6
a 10 amostras deve ser a quantidade suficiente para ser tomar decisões quanto à exposição,
principalmente, ao se tratar de pontos mais representativos dentro de uma amostragem em
momento e local mais crítico.
Após o período de amostragem de 24 horas (ABNT NBR no 9547/1997 e
no 13412/1995), os filtros foram retirados com luvas plásticas de látex. Os filtros foram
novamente selados, envelopados e identificados para transporte. De volta ao laboratório,
foram preparados para a pós-estabilização por 24 horas e só depois foram efetuadas as
pesagens finais. Também foi pesado o filtro de branco estabilizado para verificar possíveis
alterações do ambiente interno do dessecador com o termo-higrômetro, sendo aferido em
gramas o fator de correção.
Os procedimentos acima descritos, foram repetidos para a campanha 1 por seis vezes,
perfazendo um total de 3 filtros para o AGV PTS e 3 filtros para AGV MP10, pois ambos
operaram simultaneamente. Para a campanha 2, seguiu-se os mesmos procedimentos.
50

Durante o período de amostragem no mês de setembro de 2011, especificamente nos


dias 20 a 23 para a Campanha 1 e dias 27 a 30 para a Campanha 2, também foi utilizada a
mini-estação meteorológica e acessórios complementares, sendo possível medir parâmetros
meteorológicos básicos locais para cada amostrador durante os dias de monitoramento em
função do posicionamento dos AGVs. Para efeito de comparação, também foram avaliados,
para o mesmo período das campanhas, os dados em nível regional por meio dos meteogramas
do município de Jaboatão dos Guararapes/PE. Estes meteogramas aplicam o modelo Eta (12 x
12 km), adquiridos via site do Laboratório de Meteorologia do Estado de Pernambuco –
LAMEPE. Para iniciar a avaliação do ar propriamente dito, foi efetuado o processo de
calibração dos AGVs na campanha 1. Para a campanha 2, realizada na segunda semana de
avaliação, foram recalibrados por terem sido retirados do site e guardados por motivos de
segurança e integridade física dos equipamentos. Através do termo-higro-anemômetro,
equipamento certificado, obteve-se o valor da temperatura do ar ambiente no local de
calibração/avaliação e uso de Calibrador Padrão de Vazão – CPV. E para efetuar o cálculo do
fluxo volumétrico, utilizou-se um manômetro d’água em tubo em “U”. A Figura 11 ilustra o
processo de calibração, e como alternativa, a utilização do manômetro digital.

Figura 11 – Esquema do processo de calibração do Hivol HVS 3000.


51

No tocante ao cálculo para calibração do fluxo volumétrico, no ponto de amostragem,


verificou-se o fluxo volumétrico de cada um dos dois AGVs, para os fluxos de 60 m³/h,
70 m³/h e 80 m³/h. Verificando a diferença de nível do manômetro de coluna d'água com base
na temperatura do ar ambiente e pressão barométrica locais, sendo possível obter a voltagem
associada para cada um dos fluxos. A calibração do fluxo pode ser obtida pela Expressão 4.
2
Q P
H     a (4)
c Ta

Onde:

ΔH = Diferença de nível no manômetro (mmH2O)


Q = Taxa volumétrica indicada no display do amostrador (m3/h)
Pa = Pressão ambiente (Kpa)
Ta = Temperatura ambiente (K)
c = Constante do orifício (serial #: 470)

Efetuado-se o processo de calibração, os AGVs foram programados para iniciarem a


avaliação quantitativa do ar, operando com a taxa de fluxo volumétrico de 67.8 m3/h
(1.13 m3/min) ± 10%. No decorrer do funcionamento dos AGVs, estes podem apresentar
desvios na própria calibração ou na manutenção, ou ainda, pela simples falta do fornecimento
de energia elétrica. Se estes desvios apresentarem variações maiores que 2 m3/h entre o fluxo
inicial e final, podem indicar uma sobrecarga de partículas que excedeu a capacidade de
compensação do controlador de fluxo e poderão afetar o cálculo das médias, caso os valores
válidos para a média ficarem abaixo de um limite estabelecido de representatividade. Nesta
pesquisa, utilizaram-se médias horárias numa avaliação diária (24 h ± 1 h). O limite de
representatividade para cada média está apresentado na Tabela 11.

Tabela 11 – Média do período de avaliação e sua representatividade (IAP, 2008).


Média Critério de representatividade
Horária Pelo menos uma média de 30 minutos válida
8 horas Pelo menos 6 médias horárias válidas
Diária Pelo menos 16 médias horárias válidas
Mensal Pelo menos 2/3 médias diárias válidas
Quadrimestral Pelo menos a metade das médias diárias válidas
Anual Todas as médias quadrimestrais (Jan-Abr, Mai-Ago, Set-Dez) válidas
52

Cumprido o critério de representatividade e, por conseguinte, com as amostras


validadas, iniciou-se o processo de gravimetria para determinação da concentração dos
materiais particulados, PTS e PM10, retidos no filtro de fibra de vidro.
O processo gravimétrico é um método de quantificação de particulados não-destrutivo
para se determinar a massa final do Material Particulado – MP, coletado no filtro com auxílio
de uma balança analítica de precisão. O princípio de funcionamento consiste na pesagem dos
filtros antes e depois de cada amostragem com o intuito de determinar a massa corrigida de
material particulado coletado. De acordo com a Norma ABNT NBR no 9547/1997, os filtros
antes da amostragem, bem como os já amostrados, são acondicionados 24 horas antes de cada
pesagem em dessecadores, que tem a função de manter a temperatura entre 15 e 35°C e a
umidade relativa abaixo de 50%. A concentração de material particulado pode ser calculada a
partir da Expressão 5.

M 
M corr  M f filtro m - M i filtro m  f  C   corr  X 10 6 (5)
 Vcorr 

Onde:

Mcorr = Massa corrigida (g)


M f filtro m = Massa do filtro média após a amostragem (g)
M i filtro m = Massa do filtro média antes da amostragem (g)
f = Fator de correção do branco de laboratório (g)
3
C = Concentração nas condições-padrão (µg/m )
3
Vcorr = Volume de ar amostrado nas condições-padrão (m )

106 = Fator de conversão para micrômetros

c
53

3.2.2 Mapeamento da poluição atmosférica


As atividades de mapeamento do campo amostral iniciaram em julho de 2011
(Apêndice F). Foram identificadas as fontes emissoras de particulados (fixas e móveis),
avaliada a predominância de dispersão desses poluentes, a área mais povoada e o ambiente
mais afetado no entorno dos empreendimentos vizinhos (Pedreira e usina de asfalto). Na
Figura 12 é mostrado o mapeamento para a alocação dos AGVs que irão monitorar a
comunidade da zona rural do Engenho Santana, que dista de 383.00 m, com elevação
aproximada de 40 m acima dos pontos críticos de emissão de particulados. Importante
destacar que, ao longo desta distância, há a presença de vegetação densa e alta, funcionando
em princípio, como uma barreira natural para retenção de PTS.

383.00 m

Fonte: Adaptado de Google earth TM (2010)


Legenda: M – Mapeamento de área com georeferenciamento
P – Ponto de amostragem georeferenciado

Figura 12 – Georeferenciamento e perfil topográfico da área de mineração com os pontos


de amostragem.
54

3.2.3 Localização dos pontos de amostragem


A partir das observações do mapeamento da área de estudo, retornou-se ao local do
ponto de amostragem para detalhar as condições de funcionamento dos AGVs. Estiveram
entre as diretrizes a infra-estrutura de acesso, a segurança dos equipamentos e o fornecimento
de energia elétrica (estável). Na Figura 13 pode ser vista a espacialização dos pontos de
amostragens com afastamento de 42.7 m e elevação de 7 m entre si, bem como os locais de
fornecimento de energia. A avaliação do ar foi realizada em duas campanhas, nos dias de
20 a 23 e 27 a 30, ambos no mês de setembro de 2011.

Fonte: Adaptado de Google earth TM (2010)

Legenda: Partículas Totais em Suspensão (PTS)


Material Particulado na fração respirável (MP 10)
Novas moradias construídas e C2 (Escola comunitária para fornecimento de energia elétrica)

Residência/mercado (Ponto de fornecimento de energia elétrica)




 13 – Localização dos pontos de amostragem e o perfil topográfico entre os AGVs.
Figura
55

3.2.4 Equipamentos e acessórios para medição de particulados

Foram utilizados dois Amostradores de Grande Volume – AGVs ou HiVols,


abreviação de High Volume Samplers. Os demais equipamentos e acessórios, tidos como
complementares, também auxiliaram nas medições, tais como balança analítica de precisão,
termo-higrômetro e mini-estação meteorológica. Os instrumentos de campo e de escala
laboratorial foram devidamente calibrados e estão mostrados na Figura 14.

(a) AGV PTS ECOTECH-HVS 3000. (b) AGV MP10 ECOTECH-HVS 3000.

(c) Dessecador e termo- (d ) Balança analítica XS (e) Mini-estação (f) Calibrador padrão
higrômetro, Icel HT-209. 105, Mettler Toledo. meteorológica *, de vazão PV 470 e
Oregon scientific manômetro de coluna
WMR 968. d’água em forma de “U”.

Figura 14 – Equipamentos e acessórios usados na avaliação do ar atmosférico (PTS e MP10).


* Acoplado um termo-higro-anemômetro Icel WM-1850, pluviômetro Incoterm 4749 e bússola HECF DC45-2B
56

CAPÍTULO 4 – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 Resultados das avaliações qualitativas (Etapa I)


A coleta de dados para a medida de desempenho do SGA na entrevista 1, e para a
gestão das emissões atmosféricas na entrevista 2, foi realizada mediante entrevista com os
diretores dos empreendimentos através de perguntas fechadas com setor para observações. As
entrevistas foram fundamentadas na confiabilidade das respostas tendo como princípio a
autodeclaração e a ética para a formação do indicador para construção de medidas. Na
primeira entrevista foram aplicadas 13 questões com elaboração baseada no art. no 225 da
CF/1988, ABNT NBR ISO no 31000/2009 e Norma ISO no 19011/2003, enquanto que na
segunda, foram 11 questões referente à ABNT NBR ISO 31000/2009, Norma ISO no
19011/2003 e NRM no 09/2002, e visou ao complemento do cenário inicial para a formação
do diagnóstico de situação sobre o gerenciamento dos poluentes atmosféricos, especialmente
com relação a emissão dos particulados ambientais.
Pelo levantamento epidemiológico simplificado para as doenças respiratórias mais
frequentes por faixa etária na região de estudo, constatou-se através dos dados levantados
junto a Unidade Básica de Saúde – UBS do Engenho Santana (Tabela 12), que durante o mês
de setembro dos anos 2009, 2010 e 2011, houve, especificamente para os moradores do
entorno dos empreendimentos, uma maior incidência de doenças respiratórias nas crianças. A
Infecção das Vias Aéreas Superiores – IVAS nas faixas de 1 a 4 anos e, principalmente, de 5
a 14 anos. Percebe-se ainda que os números de atendimentos foram declinando no mês de
setembro ao longo dos anos em estudo. Paralelamente, foi observado que houveram
melhorias nos empreendimentos (Apêndices A e B), como exemplo: Em Mar/2010, na
pedreira foi instalado ponto de umidificação na esteira transportadora para formação de
pilhas; Em Nov/2010, na usina de asfalto foi instalado o terceiro bico no sistema de lavagem
de gases. Fatos estes que reduziram a emissão de particulados. Por outro lado, é importante
destacar que o quantitativo de ocorrências e/ou atendimentos na UBS, pode estar
subnotificado pelos registros de tratamento do sintoma associado aos poluentes atmosféricos,
tais como: irritação nos olhos, infecções virais e doenças cardiovasculares, dores de cabeça;
bem como pelo agravamento de doenças crônicas do aparelho respiratório (Asma, bronquite,
enfisema, pneumoconioses, danos ao sistema nervoso central, alterações genéticas e câncer);
ou ainda, por motivo de férias ou pela gravidade da situação, é procedido o encaminhamento
de alguns pacientes para a unidade de referência e/ou hospitais da região.
57

A Tabela 12 apresenta a síntese da avaliação epidemiológica da comunidade mais


próxima aos empreendimentos em termos de número de moradores atendidos na Unidade
Básica de Saúde – UBS, da faixa etária e das doenças respiratórias mais frequentes na região
da pesquisa, no mês de setembro nos anos de 2009, 2010 e 2011 com base no sistema de
atenção básica e na ficha de visita familiar coletados em 16/08/2011. A Tabela citada indica
uma maior incidência de doenças respiratórias acima de 70% entre as crianças de 1 a 14 anos.

Tabela 12 – Levantamento quantitativo de moradores por faixa etária e pelos principais tipos
d de doenças respiratórias na região da pesquisa com uma população total de 315 moradores.

Tipo da doença Faixa etária No de pessoas Percentual de


Período da avaliação
respiratória (anos) atendidas atendimentos por mês

<1 2 10.5
IVAS 1a4 6 31.6
Setembro/2009 5 a 14 8 42.1
15 a 49 3 15.8
IRA
>50 0 0
<1 0 0
IVAS 1a4 14 40.0
Setembro/2010 5 a 14 15 42.9
15 a 49 0 0
IRA
>50 6 17.1
<1 0 0
IVAS 1a4 4 36.4
Setembro/2011 5 a 14 5 45.4
15 a 49 1 9.1
IRA
>50 1 9.1

Legenda: IVAS - Infecção das Vias Aéreas Superiores


IRA - Infecção Respiratória

Contudo, por informação verbal (CARLOS, M. D. N., 2011), vale frisar que do total
geral de atendimentos na UBS e encaminhamentos para a Unidade de Pronto-Atendimento–
UPA e/ou para hospitais de referência, aproximadamente 80% se refere a doenças
respiratórias, desta forma podem estar relacionadas com a presença de poeiras e fumaça no ar
ambiente.
58

4.1.1 Entrevistas de campo com os diretores dos empreendimentos

Entrevista 1:

Na Tabela 13 é mostrado o resumo de dados da entrevista realizada. Os dados completos


encontram-se no Apêndice A.

Tabela 13 – Pontuação dos dados das entrevistas de campo acerca do SGA praticado nos
empreendimentos.
Empreendimento Pontos Pontos Requisitos
(Setor avaliado) alcançados possíveis

(I) Pedreira Artigo no 225 da CF/1988, ABNT NBR ISO


12 13
(Administrativo e Produção) 31000/2009 & Norma ISO 19011/2003

(II) Usina de asfalto Artigo no 225 da CF/1988, ABNT NBR ISO


12 13
(Administrativo e Produção) 31000/2009 & Norma ISO 19011/2003

Entrevista 2:

A Tabela 14 apresenta a síntese do resultados da entrevista com diretores. Os dados completos


encontram-se no Apêndice B.

Tabela 14 – Pontuação dos dados referente à gestão das emissões atmosféricas nos
empreendimentos.
Empreendimento Pontos Pontos Requisitos
(Setor avaliado) alcançados possíveis
(I) Pedreira ABNT NBR ISO 31000/2009, Norma ISO
6 11
(Produção) 19011/2003 & NRM 09/2002

(II) Usina de asfalto ( ABNT NBR ISO 31000/2009, Norma ISO


5 11
(Produção) 19011/2003 & NRM 09/2002

Para a melhor visualização da situação de conformidade com os sistemas, a partir das


Tabelas 13 e 14 foi plotado o Gráfico 1 que apresenta, num contexto geral, o nível de
atendimento aos requisitos e às normas para o desempenho de um SGA nos setores de
produção e administrativo, bem como foi constatado o nível de conformidade específico para
a gestão das emissões atmosféricas.
59

200
Usina de asfalto

180 Pedreira

160

140

Percentagem de conformidade
92.3

120

100

80 45.5

60
92.3
40
54.5
20

0
Gestão ambiental Gestão de emissões
atmosféricas

Sistemas avaliados

Gráfico 1 – Índice de conformidade geral pelo sistema em função dos resultados das
entrevistas aplicadas na pedreira e usina de asfalto.

Do Gráfico 1, constata-se que apesar das empresas apresentarem percentuais de 92.3%


de desempenho do SGA, ocorrem problemas de gerenciamento nas mesmas com relação a
documentos em revisão fora da empresa, informações sem registros ou desatualizadas e
divulgação de informações apenas face a face. Contudo nesta primeira entrevista, o ponto de
maior criticidade identificado foi a inexistência da monitoração sistêmica e contínua das
emissões, efluentes e resíduos. Fato que decorreu na elaboração da segunda entrevista para a
verificação da gestão de emissões atmosféricas. Esta segunda entrevista, resultou em baixos
índices de conformidade: 54.4% para a pedreira e de 45.5% para a usina de asfalto. Ambos os
resultados foram dentro do esperado. As gestões das emissões, efluentes e resíduos dos
empreendimentos possuem pontos críticos pela falta de caracterização; precariedade para
verificação de produção de poeiras; sem monitoramento nem medições periódicas; falta de
procedimentos operacionais padrão e ausência de controle da emissão de particulados e /ou
gases para evitar externalidades. As respostas completas do desempenho do SGA
(Apêndice A) e da gestão de emissões de particulados (Apêndice B).
Diante dos dados fica evidenciado, que os empreendimentos encontram-se com a
gestão das emissões atmosféricas inexistente na forma efetiva. Nesse sentido, ficou sinalizado
que os empreendimentos em questão, precisam adequar seus procedimentos quanto ao
gerenciamento ambiental, considerando os aspectos da proatividade, da prevenção e do
controle no processo produtivo.
60

4.1.2 Aplicação da técnica de avaliação de impactos ambientais para a


emissão de particulados

Com a técnica de AIA para a emissão de poluentes atmosféricos analisamos


especificamente as atividades desenvolvidas relacionadas à emissão de particulados na
pedreira. A Figura 15, ilustra uma vista geral das fontes de particulados mais próximas da
comunidade identificadas durante o reconhecimento de campo. Vale ressaltar que a usina de
asfalto fez parte da pesquisa como uma importante fonte poluidora fixa e móvel pela geração
de particulados e gases químicos.

Figura 15 – Poluentes atmosféricos emitidos do processo produtivo da pedreira e usina.

Diante da situação de área estratificada no reconhecimento de campo, ficou


evidenciada a possibilidade de impactos oriundos dos empreendimentos em análise, enquanto
Figura 11 – Poluentes atmosféricos emitidos do processo produtivo da
pedreira edeusina
geradores de asfalto.
particulados pela operação no processamento, conforme apontado na Figura 15.
Assim, avaliações de campo tiveram como áreas-objeto os empreendimentos
selecionados apresentaram as seguintes produções (Tabela 15 e 16) no período de avaliação.

Tabela 15 – Produção da usina de asfalto durante o período de avaliação.


Data Dia da semana Turno Produção (VS)
20.09.2011 Ter Dia 06
27.09.2011 Ter Dia 10
29.09.2011 Qui Noite 01
Legenda: VS – Viagem com 14ton de asfalto.
61

Pela Tabela 16, está indicado que a pedreira teve uma produção média de 620 m3
durante a avaliação da campanha 1 e de 650 m3 para a campanha 2.

Tabela16 – Produção diária do britador primário durante o período de avaliação.


Data Dia da semana Turno Produção (m3)
20.09.2011 Ter Dia 570
21.09.2011 Qua Dia 650
22.09.2011 Qui Dia 610
23.11.2011 Sex Dia 660
27.09.2011 Ter Dia 500
28.09.2011 Qua Dia 720
29.09.2011 Qui Dia 770
30.09.2011 Sex Dia 600

Como foi apresentado 2.2.3 da dispersão atmosférica, a difusão do pó e de poeiras no


ar podem provocar desde desconfortos até efeitos deletérios para a comunidade do entorno,
bem como afetar o meio biótico local.
Através da metodologia de AIA para particulados, descrita no capítulo 3, foi aplicado
o valor a cada atributo de impacto, conforme consta na Tabela 17.

Tabela 17 – Locais gerais das fontes geradoras de externalidades por particulados.


EMPREENDIMENTO ATRIBUTOS
IMPACTO
a Ig c i e P
Pedreira Emissão de particulados 3 3 1 2 3 3
Usina de asfalto Emissão de particulados 3 2 3 2 3 2
Legenda: ac = Ação
ig = Ignição
c = Criticidade
i = Intensidade
e = Extensão
p = Periodicidade

Da Tabela 17, a emissão de particulados resultou em:


Pedreira: M = 8 (e→3 + p→3 + i→2); I = 15 (M→8 + ac→3 + ig→3 + c→1)
Usina de Asfalto: M = 7 (e→3 + p→2 + i→2); I = 15 (M→7 + ac→3 + ig→2 + c→3)

De forma subjetiva, através dos resultados obtidos a partir da matriz de interações, e a


avaliação da Magnitude e Importância, pode-se interpretar pela Tabela 10 que, ambos os
empreendimentos em termos de emissões atmosféricas, poderão produzir um impacto médio,
significando geração de danos, porém reversíveis.
62

Assim sendo, uma gestão ambiental mais aprimorada dos particulados ambientais, faz-
se necessária a comprovação pela avaliação quantitativa das emissões nos empreendimentos
alvo.

4.2 Resultados das avaliações quantitativas (Etapa II)


Nesta etapa da pesquisa, apresenta-se o resultado da avaliação utilizando os AGVs
PTS e PM10 para obtenção das concentrações desses particulados, levando-se em consideração
os parâmetros meteorológicos locais e regionais, bem como a produção dos empreendimentos
durante a amostragem. Ambas as medições foram configuradas na forma de médias horárias
de curto prazo (24 horas) e, complementarmente, foi feito uma extrapolação para a média de
longo prazo (anual) com o intuito de verificar o nível de atendimento a legislação ambiental
em vigor para a qualidade do ar, no tocante aos particulados atmosféricos.
Com base na Resolução CONAMA no 003/1990, foi aplicado o padrão secundário por
ser um parâmetro conservador, portanto com uma rigidez maior.
Na Tabela 18, consta o IQAr para as condições de padrão secundário das PTS.

Tabela 18 – IQAr para o padrão secundário.


PTS MP10
CLASSIFICAÇÃO IQAr 24 h 24 h
(µg/m3) (µg/m3)
BOA 0-50 0-60 0-50
REGULAR 51-100 61-150 51-150
INADEQUADA 101-199 151-285
PTS 151-250
MP10
MÁ AÇÃO
CLASSIFIC 200-299
IQAr 24 h
286-535 24 h
251-420
3 3
PÉSSIMA >300 536-785 )
(µg/m 421-500 )
(µg/m
Fonte: Adaptado
BOAda Tabela 6. 0-50 0-60 0-50
REGULAR
Em síntese, 51-100
os filtros estabilizados de campo para61-150 51-150
a gravimetria, bem como o filtro de
INADEQUADA 101-199 151-375 151-250
branco utilizados nas Campanha 1 e 2, têm seus valores médios de massa (pré e pós
MÁ 200-299 376-625 251-420
amostragem) estão listados no Apêndice
PÉSSIMA >300
D. O fator 626-875
de correção (f) obtido421-500
para as duas
campanhas foipara
Tabela: IQAr ínfimo, comsecundário
o padrão variação do
a partir
PTS da quarta casa decimal, significando que o
ambiente foi realmente controlado em termos de temperatura, pressão e umidade relativa.
Os dados meteorológicos básicos locais (temperatura do ar ambiente, umidade
relativa, direção e velocidade do vento e pluviosidade) do ponto de amostragem no
Apêndice C, foram as principais informações utilizadas na pesquisa para se inferir nas
condições ambientais reais do microclima. Nas campanhas 1 e 2, a predominância dos ventos
durante as medições foi na direção sudoeste e a velocidade do vento mais acentuada foi no
turno da tarde. O meteograma regional para o município de Jaboatão dos Guararapes nos dias
63

de avaliação teve divergências, naturalmente pelas condições diferentes na aquisição dos


dados provocada pela altitude, temperatura e pressão, mesmo assim no Anexo B, encontram-
se esses meteogramas.
Os relatórios com informações operacionais e ambientais por média horária durante as
24 horas de avaliação, como também os dados de calibração estão apresentados no Anexo A.
Embora tenha ocorrido em alguns relatórios uma variação maior que 2 m³/hora, apenas
significou um tempo menor que 1 hora para a integração na partida e, consequentemente, na
finalização de funcionamento do equipamento. E quanto à calibração, a diferença foi de
aproximadamente de 0.3 V entre as voltagens dos fluxos em teste, significando a eficácia da
calibração com equipamento pronto para a avaliação do ar. Outro ponto importante é a
disponibilidade dos equipamentos ficou acima de 99%.
Durante a avaliação, ocorreu um interferente maior e outros menores com relação a
particulados. O maior foi o funcionamento de uma usina de asfalto com emissão de gases e
particulados. Um dos interferentes menores foi a presença de insetos no filtro dos dois AGVs.
É certo que no AGV PM10 a quantidade foi menor por este possuir uma tela interna de malha
fina em alumínio para evitar a entrada dos mesmos. Como a presença dos insetos nos filtros
contabilizou um número inferior a 10 unidades e massa total desprezível, foram
desconsiderados. Outro interferente menor foi a movimentação de veículos automotores,
inferior a 5 (caminhões, carros, motos) por dia na via pública, onde foram instalados os
amostradores.
A seguir, na Figura 16, estão os AGVs posicionados para a realização do avaliação da
qualidade do ar na comunidade da zona rural do Engenho Santana.

Figura 16 – Estação de avaliação com destaque para os AGVs (PTS e MP10).


64

4.2.1 Concentração dos Particulados Totais em Suspensão (PTS)

O Gráfico 2 mostra as concentrações coletadas do AGV PTS em função do dia da


semana e da pluviosidade, obtidas durante o período de avaliação do ar. Pode-se notar que o
Limite de Tolerância – LT para o padrão secundário (150µg/m3) da Tabela 4, foi ultrapassado
em apenas 1 das seis amostras válidas (177.53µg/m3) da Tabela 19. Pode-se observar
também, que a pluviosidade é um dos fatores que está relacionado com a diminuição da
concentração de particulados no ar.

Estação de amostragem: Comunidade no Engenho Santana

Gráfico 2 – Estudo comparativo entre a concentração de PTS e a precipitação


pluviométrica, com periodicidade de medição diária por data (dia da semana),
durante as duas campanhas realizadas em setembro de 2011.

Suplementarmente, através da média de concentração, foi ajustada uma distribuição


lognormal para retirar informações sobre as exposições diárias para as 6 amostras validadas de
PTS. A análise estatística com grau de confiança de 95% para a estação de avaliação do ar foi
utilizado como referência o padrão secundário (60 µg/m³/MGA). A concentração média de
PTS no período das duas campanhas foi de 105.85 µg/m³, portanto superior ao estabelecido na
legislação. O perfil lognormal é mostrado no Gráfico 3 indica que ao longo dos dias, mais de
90% das exposições estão acima do LT (Tratamento estatístico no Apêndice E).
65

Perfil lognormal

Gráfico 3 – Distribuição lognormal das PTS.

4.2.2 Concentração dos Materiais Particulados Inaláveis (MP10 )


O Gráfico 4 mostra as concentrações coletadas do AGV MP10 em função do dia da
semana e da pluviosidade, obtidas durante as duas campanhas de avaliação do ar. Pode-se
notar que o LT para o padrão secundário (150µg/m3) da Tabela 4, não foi ultrapassado. O
valor máximo (73.66 µg/m3) da Tabela 19. Pode-se observar também, que a pluviosidade
é um dos fatores que está relacionado com a diminuição da concentração de particulados no ar.

Estação de amostragem: Comunidade no Engenho Santana


200 6

180

5
160
150
Concentração de MP 10 (µg/m³)

140
4
Pluviosidade (mm)

120

100 3

80

2
60

40
1

20

0 0
20 - 21 (Ter-Qua) 21 - 22 (Qua-Qui) 22 - 23 (Qui-Sex) 27 - 28 (Ter-Qua) 28 - 29 (Qua-Qui) 29 - 30 (Qui-Sex)

Período de amostragem (dias da semana)

Gráfico 4 – Estudo comparativo entre a concentração de MP10 e a precipitação


pluviométrica, com periodicidade de medição diária por data (dia da semana),
durante as duas campanhas realizadas em setembro de 2011.
66

Suplementarmente, através da média de concentração, foi ajustada uma distribuição


lognormal para retirar informações sobre as exposições diárias para as 6 amostras validadas de
MP10. A análise estatística com grau de confiança de 95% para a estação de avaliação do ar foi
utilizado como referência o padrão secundário (50 µg/m³/MAA). A concentração média de
MP10 no período das duas campanhas foi de 43.73 µg/m³, portanto inferior ao estabelecido na
legislação. O Perfil lognormal é mostrado no Gráfico 5 indica que ao longo dos dias, 29% das
exposições na comunidade excedem o LT (Tratamento estatístico no Apêndice E).

Perfil lognormal
0.035
Média 95%
0.030
LT
0.025

0.020

0.015

0.010

0.005

0.000
0 50 100 150 200
Concentração de PM10 (µg/m³)

Gráfico 5 – Distribuição lognormal das MP10.

4.2.3 IQAr na Comunidade do Engenho Santana

Em síntese, na Tabela 19 a seguir, está demonstrada a tendência que, nos dias de


quartas a quintas-feiras, as concentrações obtiveram os maiores valores ao longo da avaliação.
Analisando-se os PTS, pode-se observar que 66.6% das amostras foram classificadas de
REGULAR, 16.7% de BOA e 16.7% de INADEQUADA, enquanto os MP10 tiveram o
percentual de 16.7% de classificação REGULAR e 83.3% de BOA.
67

Tabela 19 – Resultados da avaliação da qualidade do ar para os materiais particulados PTS e


MP10 na comunidade Engenho de Santana.
AGV PTS Concentração Índice de Classificação
Campanha Data Dia da (µg/m3) Qualidade do Ar da qualidade
Nº do filtro
semana do Ar
20.09 – 21.09 Ter - Qua 001 82.93 63 REGULAR
1 21.09 – 22.09 Qua - Qui 003 135.53 92 REGULAR
22.09 – 23.09 Qui - Sex 005 87.03 65 REGULAR
27.09 – 28.09 Ter - Qua 007 61.70 41 BOA
2 28.09 – 29.09 Qua - Qui 009 177.53 113 INADEQUADA
29.09 – 30.09 Qui - Sex 011 131.26 90 REGULAR

AGV PM10 Concentração Índice de Classificação


Campanha Data Dia da (µg/m3) Qualidade do Ar da qualidade
Nº do filtro
semana do Ar
20.09 – 21.09 Ter - Qua 002 28.14 28 BOA
1 21.09 – 22.09 Qua - Qui 004 38.68 39 BOA
22.09 – 23.09 Qui - Sex 006 38.96 39 BOA
27.09 – 28.09 Ter - Qua 008 34.63 35 BOA
2 28.09 – 29.09 Qua - Qui 010 73.66 62 REGULAR
BOAOA BOA
29.09 – 30.09 Qui - Sex 012 48.32 48 BOA
BOA BO
68

CAPÍTULO 5 – SISTEMAS DE CONTROLE PARA A REDUÇÃO DA


EMISSÃO DE PARTICULADOS ORIUNDOS DE UMA PEDREIRA

A avaliação das fontes geradoras de desperdícios é parte integrante da estratégia do


sistema de gestão, integrando os programas de qualidade, saúde, meio ambiente e segurança.
Com os dados coletados da geração de emissões atmosféricas é possível identificar as
oportunidades de melhorias por meio da aplicação das ferramentas da P+L. A Figura 17
ilustra o fluxograma dos níveis de ação, baseado na análise das oportunidades identificadas.

Figura 17 – Níveis de ações para a aplicação do P+L (CEBDS, 2011).

A partir da avaliação dos aspectos e impactos ambientais dos empreendimentos em


análise é possível iniciar a avaliação dos dados e seleção de oportunidades. Os conceitos de
produção mais limpa e a implantação de programas de P + L fornecerão novos critérios para
selecionar oportunidades e promover a priorização das tratativas.
Os pontos críticos de processo analisados revelaram o enquadramento de oportunidade
de melhoria de nível 1, redução na fonte, para aplicação tanto na lavra como no
beneficiamento das pedreiras, já para a usina de asfalto, processamento a quente, significando
69

que a umidade deve ser controlada, principalmente referente à matéria-prima. A Figura 18


ilustra exemplos de equipamentos com o sistema de antipoluição para redução na fonte de
particulados que podem ser utilizados em pedreira, bem como em alguns pontos de uma usina
de asfalto.

(a) Perfuratriz com o coletor de pó. (b) Britador com aspersores.

(c) Correia transportadora com aspersores. (d) Pátio de estocagem com aspersores.

(e) Via de acesso com aspersores. (f) Lavagem dos veículos com aspersores.

Figura 18 – Sistemas de controle utilizados na fonte para a redução da emissão de


particulados (LAVRITA, 2011).
70

CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES
6.1 Considerações finais

Conforme evidenciado, esta pesquisa de dissertação relaciona os problemas ambientais


por emissão de poluentes atmosféricos como fenômenos provocados, significativamente, pelas
atividades de mineração, enquanto que mal conduzidas.
No desenvolvimento inicial da pesquisa, para fundamentação legal foram utilizadas
legislações federais, estaduais, resoluções e normas ambientais vigentes. E no contexto geral,
os objetivos propostos foram satisfatoriamente alcançados para a elaboração do diagnóstico
ambiental sobre a poluição atmosférica por materiais particulados.
Quanto às avaliações qualitativas dos riscos dos particulados foram realizadas
entrevistas com os diretores dos empreendimentos, checklists, observações e análise de
documentos. Evidenciaram-se os seguintes pontos:

 Apesar dos empreendimentos apresentarem na primeira entrevista sobre o


desempenho do SGA, percentuais de conformidade acima de 90%, possuem
vários pontos críticos com relação a documentos em revisão fora da empresa,
informações sem registros ou desatualizadas, divulgação dos resultados praticada
face a face. Na segunda entrevista, elaborada para a variável específica da gestão
de emissões atmosféricas, resultou em baixos índices de conformidade com 54.4%
para a pedreira e 45.5% para a usina de asfalto, refletindo a inexistência da gestão
de particulados por parte das empresas em análise, pela falta de monitoramento de
suas emissões. Assim, foi evidenciada a falta de caracterização dos poluentes
gerados, principalmente com relação às emissões atmosféricas, além de sistemas
precários para a verificação de pó/poeiras, falta de monitoramento nem medições
periódicas, ausência de procedimentos operacionais padrão, e ainda ausência de
controle de emissão de particulados e/ou gases para evitar as externalidades.

 A aplicação da técnica de AIA foi fundamental para identificação geral das fontes
emissoras, bem como avaliações iniciais de cenários com os prováveis efeitos.
Vale ressaltar que a usina de asfalto foi incluída na pesquisa como outra
significativa fonte poluidora de particulados e gases.
71

 Foi realizado também, um simples levantamento epidemiológico para as doenças


respiratórias mais frequentes no mês de setembro de 2009, 2010 e 2011 e houve
uma maior incidência de doenças respiratórias acima de 70% entre as crianças de
1 a 14 anos; muito embora os números de atendimentos na UBS possam estar
subnotificados referente ao encaminhamento para outras clínicas de referência, ou
à falta de registro no prontuário pelo profissional qualificado, ou ainda ser
registrado para o tratamento de sintomas associados aos poluentes atmosféricos.

Quanto à avaliação quantitativa, foram desenvolvidos procedimentos para a medição


da quantidade de Partículas Totais em Suspensão – PTS e dos Materiais Particulados Inaláveis
– MP10 no ar atmosférico, comparativamente ao estabelecido na legislação brasileira pela
Resolução CONAMA no 03/1990.
Pode-se observar, que os parâmetros meteorológicos locais influenciam na dispersão
dos particulados no ar ambiente, como exemplo o período avaliado foi influenciado pela
pluviosidade, em que as menores concentrações coincidiram com o índice maior de
precipitação, podendo estar significando entre outros fatores, um abatimento do pó/poeiras.
Foi observado também, a tendência que, nos dias de quartas a quintas-feiras, as concentrações
obtiveram os maiores valores ao longo da avaliação. Os valores encontrados foram:

 Para as amostras de PTS, o Limite de Tolerância – LT para 24 horas no padrão


secundário (150 µg/m3) foi ultrapassado uma vez, com o valor encontrado de
177.53 µg/m3; Suplementarmente, através da média de concentração, foi ajustada
uma distribuição lognormal para retirar informações sobre as exposições diárias
para as 6 amostras validadas de PTS. A análise estatística com grau de confiança
de 95% para a estação de avaliação utilizou como referência o padrão secundário
(60 µg/m³/MGA). A concentração média no período encontrada das duas
campanhas foi de 105.85 µg/m³, portanto superior ao estabelecido na legislação e
do tratamento estatístico indica que ao longo dos dias, estão acima do LT mais de
90% das exposições.

 Para as amostras de MP10, o LT para 24 horas para o padrão secundário


(150 µg/m3), e embora os resultados tenham sido inferior ao LT, um dos valores
obtido foi de 73.66 µg/m3. Suplementarmente, através da média de concentração,
foi ajustada uma distribuição lognormal para retirar informações sobre as
exposições diárias para as 6 amostras validadas de MP10. A análise estatística com
72

grau de confiança de 95% para a estação de avaliação utilizou como referência o


padrão secundário (50 µg/m³/MAA). A concentração média no período encontrada
das duas campanhas foi de 43.73 µg/m³, portanto inferior ao estabelecido na
legislação. Do tratamento estatístico indica que ao longo dos dias, excedem o LT
em 29% das exposições.

Analisando-se os resultados das concentrações das amostras de PTS, pode-se


classificar pelo índice de qualidade do ar que 66.6% como REGULAR, 16.7% como BOA e
16.7% como INADEQUADA; enquanto que as amostras de MP10, obtiveram a classificação
de 16.7% como REGULAR e 83.3% como BOA.
Nesse sentido, pode-se inferir que o local apresenta poluentes atmosféricos por PTS e
MP10, provocando alterações na qualidade do ar ambiente. Espera-se que os subsídios técnicos
e ambientais apresentados nas avaliações contribuam para o estabelecimento de medidas de
monitoramento, sistêmico e contínuo, das emissões atmosféricas para a melhora da saúde e
bem-estar da população, da fauna e da flora local. Assim, é necessário o comprometimento
dos colaboradores para a introdução de P+L no processo produtivo, bem como uma política
gerencial que esteja alinhada com a saúde pública e responsabilidade ambiental.

6.2 Sugestões para trabalhos futuros


Na perspectiva de contribuir para o aperfeiçoamento dos dados para a formação do
diagnóstico da qualidade do ar na comunidade do Engenho Santana, sugere-se o aumento do
período de amostragem para abranger a sazonalidade ao longo do ano com as variações de
produtividade da pedreira e usina de asfalto para se inferir com uma maior representatividade
o cenário global, inclusive com o monitoramento de outros pontos de amostragem.

Visando o detalhamento dos impactos ambientais com relação aos particulados na


região em análise, é importante ressaltar outras considerações como proposição de estudos
futuros:

 Realizar estudos epidemiológicos de longo prazo dos efeitos com uma


monitorização biológica para obtenção de maiores informações sobre a detecção
de todas as vias de introdução; exposição total (várias fontes de exposição);
exposição relativa a um período prolongado e descrição da movimentação das
pessoas no ambiente urbano circunvizinho aos empreendimentos.
73

 Realizar avaliação qualitativa das amostras coletadas de material particulado desta


associados à população e ao meio ambiente local;

 Analisar a composição química e mineralógica do material particulado dos pontos


passíveis de emissão poluentes atmosféricos nas diversas operações de lavra e
beneficiamento na pedreira, bem como no processamento da usina de asfalto.

 Medir quantitativamente com o Hivol as concentrações de materiais particulados


na fração respirável (MP2,5) e qualificá-los;

 Modelar a pluma de dispersão dos particulados na área do entorno aos


empreendimentos;

 Efetuar medição complementar de ambientes internos com o auxílio do um


amostrador de pequeno volume – Microvol.
74

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77

APÊNDICE A – Avaliação de desempenho do Sistema de Gestão


Ambiental – SGA para uma pedreira e usina de asfalto.
78

AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL APLICADA EM UMA


PEDREIRA E USINA DE ASFALTO
CHECKLIST BASEADO NA ENTREVISTA COM O DIRETOR DA PEDREIRA PARA MEDIDA DE
DESEMPENHO DO SGA

REQUISITO LEGAL: Artigo no 225 da


SETOR: (*) Administrativo (*) Produção CF/1988, ABNT NBR ISO 31000/2009 &
Norma ISO 19011/2003.

TIPOLOGIA: Indústria extrativa e de beneficiamento mineral


DATA: 19/10/2011
TURNO: Diurno
JORNADA DE TRABALHO: 54 horas/semana
ATIVIDADE PRINCIPAL: Pesquisa, extração mineral e produção de agregados para construção civil
GRADAÇÃO DA ATIVIDADE: Nível 2 - Extração mineral sob condicionantes ambientais (PLANO DIRETOR, 1995)
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 34 e 3(administrativo) = 37

SITUAÇÃO S N N.A

A Existe a preocupação com a melhoria contínua em SGA? X

B Os valores de SGA fazem parte das atividades de produção, vendas, X


distribuição, contratos, fornecedores e vendedores?

C Existe procedimento operacional para desenvolvimento das atividades? X,


Checklist
D Os requisitos técnicos e legais estão contemplados nos procedimentos? X

E Existe programação de inspeção sistemática e de rotina em SGA? X,


Sem registros
F Existe plano de ação para prevenir ou limitar riscos ambientais como X
medida administrativa e operacional?

G As sugestões de funcionários são implementadas? X

H A verificação da eficácia é feita para as melhorias sugeridas? X

I A evolução dos resultados é apresentada aos funcionários? X,


face a face
J A geração de emissões, efluentes e resíduos são monitorados de forma X
contínua e sistêmica?

K Em casos de danos ao meio ambiente, ocorre a realização de reuniões de X


análise crítica com a participação da alta administração?

L Existe avaliação sobre o comportamento dos trabalhadores para X


identificar práticas de trabalho abaixo ou fora do padrão em relação à
preservação com o meio ambiente local?

M Existe a comparação com novas tecnologias e métodos empregados em X


outras organizações?
79

OBSERVAÇÕES:

(A) Para redução de pó/poeiras foi instalado sistema de umidificação em dois


pontos do processo, sendo o primeiro na peneira intermediária no britador
secundário e o segundo, em Mar/2010, na esteira transportadora para formação
da pilha de brita corrida (ou graduada). Estão em projeto mais dois outros
pontos, um no britador primário e o segundo na via principal para redução de
pó/poeiras provocados pela movimentação de veículos, com a intenção de
reduzir a geração de poeira para 90%.

(B) O desenvolvimento das atividades está baseado no plano de impacto


ambiental, como exemplo recolocamos a camada de solo orgânica removida no
S Sim
decapeamento, bem como reciclamos o óleo lubrificante descartado na oficina,
sendo encaminhado para utilização na usina de asfalto como óleo térmico da
linha do CAP. A empresa não possui Sistema de Gestão Ambiental – SGA nem
Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR. LEGENDA N Não

(F) Reunião dos diretores semanal e com a produção mensal, como tema
principal a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI para a
poeira e ruído. N.A Não aplicável

(G) As sugestões dos funcionários são levadas as reuniões e avaliadas para


verificar a viabilidade das mesmas.

(I) A divulgação dos resultados da melhoria é verbal, e tão somente. Resultados


em destaque refletem oportunidades de promoção e no final de cada ano
ocorrem premiações.

(K) Reunião semanal com a diretoria da empresa para a verificação do processo


produtivo com a determinação de possíveis melhorias e avaliação da produção
final.

(L) Acompanhamento do funcionário no processo produtivo. Por exemplo, o


operador do britador secundário observa o auxiliar que é responsável pela
abertura e regulagem do sistema de umidificação. Vamos aplicar melhorias
neste ponto, instalando uma bomba automática na caixa de alimentação de
água.

(M) Participação em treinamentos interestaduais e visitação em outras pedreiras


da região.
80

AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL APLICADA EM UMA


PEDREIRA E USINA DE ASFALTO
CHECKLIST BASEADO NA ENTREVISTA COM O DIRETOR DA USINA DE ASFALTO PARA MEDIDA DE
DESEMPENHO DO SGA

REQUISITO LEGAL: Artigo no 225 da


SETOR: (*) Administrativo (*) Produção CF/1988, ABNT NBR ISO 31000/2009 &
Norma ISO 19011/2003.

TIPOLOGIA: Usina de asfalto


DATA: 18/10/2011
TURNO: Diurno
JORNADA DE TRABALHO: 40 horas/semana
ATIVIDADE PRINCIPAL: Fabricação de asfalto para regularização e recapeamento
GRADAÇÃO DA ATIVIDADE: Nível 2 - Extração mineral sob condicionantes ambientais (PLANO DIRETOR, 1995)
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 6 e 3 (administrativo)

SITUAÇÃO S N N.A
A Existe a preocupação com a melhoria contínua em SGA? X

B Os valores de SGA fazem parte das atividades de produção, vendas, X,


distribuição, contratos, fornecedores e vendedores? Em revisão

C Existe procedimento operacional para desenvolvimento das atividades? X,


Em revisão
D Os requisitos técnicos e legais estão contemplados nos procedimentos? X

E Existe programação de inspeção sistemática e de rotina em SGA? X,


Desatualizado

F Existe plano de ação para prevenir ou limitar riscos ambientais como X,


medida administrativa e operacional? Sem registro
G As sugestões de funcionários e colaboradores são implementadas? X

H A verificação da eficácia é feita para as melhorias sugeridas? X

I A evolução dos resultados é apresentada aos funcionários e X


colaboradores? face a face
J A geração de emissões, efluentes e resíduos são monitorados de forma X
contínua e sistêmica?
K Ocorre a realização de reuniões de análise crítica com a participação da X
alta administração?

L Existe avaliação sobre o comportamento dos trabalhadores para X,


identificar práticas de trabalho abaixo ou fora do padrão em relação à Sem registro
preservação com o meio ambiente local?
M Existe a comparação com novas tecnologias e métodos empregados em X
outras organizações?
81

OBSERVAÇÕES:

(A) A poeira gerada na secagem e mistura antes de passar na chaminé é molhada


pelo sistema de lavagem, composto de 3 três chuveiros, a lama produzida segue
para as piscinas de decantação (uma acumula a lama e a outra para o efluente
líquido sobrenadante, ambos os rejeitos são recolhidos por empresa autorizada
ambientalmente). Existe um projeto da empresa em desativar a usina em no
máximo 3 (três) anos e investir numa usina de asfalto mais moderna.

(B) Possui o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais – PGRSI


2009, muito embora o mais atual estivesse em revisão no escritório central, bem
como o Plano de Qualidade da Obra – PQO. A empresa é certificada na ISO
9000.

(C) Na pasta de qualidade que tinha sido levada para revisão.

(E) Plano de manutenção preventiva (diária, mensal e anual) estava


desatualizado. Acompanham as máquinas e equipamentos de produção através S Sim
da manutenção preditiva. LEGENDA

(F) Todos os funcionários eles são treinados para melhorar continuadamente


N Não

(I) A divulgação dos resultados da melhoria é verbal, um a um.

(K) Ocorre reuniões e uma ocorrência foi no tanque de armazenamento do RR1C N.A Não aplicável
por causa da válvula danificada e esta foi, imediatamente, substituída e a
referida substância ficou contida na bacia e houve o reaproveitado.

(L) No início do turno, o funcionário realiza a inspeção geral na usina para


iniciar o funcionamento. Verificar o sem-fim, pois se entupido, gera muita
fumaça.

(M) Novas tecnologias são apresentadas por comercial de empresas, inclusive


apresentando manuais de usinas de asfalto com linha automática, sistema com
filtros de manga, lavador de gás e alarmes para sinalizar qualquer tipo de desvio.
82

APÊNDICE B – Avaliação de desempenho da gestão de emissões


atmosféricas de uma pedreira e usina de asfalto.
83

AUDITORIA APLICADA SOBRE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EM UMA


PEDREIRA E USINA DE ASFALTO
CHECKLIST BASEADO NA ENTREVISTA COM O DIRETOR DA PEDREIRA PARA MEDIDA DE DESEMPENHO
DA GESTÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

REQUISITO LEGAL: ABNT NBR ISO


SETOR: ( ) Administrativo (*) Produção 31000/2009, Norma ISO 19011/2003 &
NRM 09/2002.

TIPOLOGIA: Indústria extrativa e de beneficiamento mineral


DATA: 19/10/2011
TURNO: Diurno
JORNADA DE TRABALHO: 54 horas/semana
ATIVIDADE PRINCIPAL: Pesquisa, extração mineral e produção de agregados para construção civil
GRADAÇÃO DA ATIVIDADE: Nível 2 - Extração mineral sob condicionantes ambientais (PLANO DIRETOR, 1995)
NUMERO DE FUNCIONÁRIOS: 34 e 03(administrativo) = 37

SITUAÇÃO S N N.A
A As fontes de emissões atmosféricas (particulados e gases) estão X
identificadas ao longo do processo produtivo?
B As fontes de emissões estão devidamente caracterizadas? X

C A empresa realiza o monitoramento dos poluentes atmosféricos X


oriundos da operação?
D As máquinas e equipamentos para controle de emissões estão em X
perfeito funcionamento?
E Existe planos de manutenção periódica dos equipamentos? X,
Sem registro
F Os procedimentos de manutenção são registrados?
X
G É feita a verificação da eficiência dos controladores de emissão, X
periodicamente? Visual

I São realizadas medições periódicas dos poluentes atmosféricos para X


verificar se as emissões estão dentro da especificação da legislação
vigente?
J Há metas para redução das emissões? X

K Os procedimentos operacionais mais críticos com relação à geração de X


poluentes atmosféricos contemplam o controle meteorológico para o
desenvolvimento das atividades?
L Existe controle de particulados e/ou gases na área externa da empresa? X
84

OBSERVAÇÕES:

(A) No processo produtivo ocorre a emissão de pó/poeira nas perfuratrizes, no


desmonte com explosivos, nos britadores, nos transportadores de correia, no traço e
carregamento e nas vias internas pela movimentação dos veículos. Para os veículos
(caminhões, retroescavadeira, pá mecânica) há ainda a emissão de gases pela
queima do óleo diesel. Mesmo com a emissão de poeiras ao redor do processo
produtivo tem grandes árvores que retêm essas poeiras, ficam até com o aspecto
cinzento. Sabemos que é preciso reduzir a geração dessas poeiras, estamos com
projetos nesse sentido.

(D) Checklist semanal para manutenção de máquinas e equipamentos. Bicos em S Sim


perfeito estado: um “chuveiro” na peneira do britador secundário - tipo mandíbulas,
para formação das pilhas de brita 12, 19, 25 e pó de pedra; e o outro instalado em
Mar/2010, na transportador de correia na saída do britador terciário - tipo cone,
LEGENDA N Não
para formação de brita corrida.

(G) Acompanhamento visual, se a quantidade de poeira está alta é aberto o


fornecimento de água para os bicos, ou mesmo, é feito a modulação manual de água N.A Não aplicável
para aumentar a quantidade de água no processo. Esta operação de liga, modula e
desliga da bomba é feita por operador ajudante de ambos os britadores, pois não
possuem bomba automática no processo produtivo.

(J) Pela experiência de outras tecnologias que pensamos em estar implementando


no nosso processo, temos a intenção de reduzir em 90% a emissão de pó/poeiras
com o projeto de um sistema de umidificação no britador primário, bem como na
via principal, com a instalação de um bico de água giratório para redução de
pó/poeira com o início de funcionamento em no máximo 3 meses.
85

AUDITORIA APLICADA SOBRE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EM UMA


PEDREIRA E USINA DE ASFALTO
CHECKLIST BASEADO NA ENTREVISTA COM O DIRETOR DA USINA DE ASFALTO PARA MEDIDA DE
DESEMPENHO DA GESTÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

REQUISITO LEGAL: ABNT NBR ISO


SETOR: (*) Administrativo (*) Produção 31000/2009, Norma ISO 19011/2003 &
NRM 09/2002

TIPOLOGIA: Usina asfáltica


DATA: 19/10/2011
TURNO: Diurno
JORNADA DE TRABALHO: 40 horas/semana
ATIVIDADE PRINCIPAL: Fabricação de asfalto para regularização e recapeamento
GRADAÇÃO DA ATIVIDADE: Nível 2 - Extração mineral sob condicionantes ambientais(PLANO DIRETOR, 1995)
NUMERO DE FUNCIONÁRIOS: 06 e 03(administrativo) = 09
SITUAÇÃO S N N.A
A As fontes de emissões atmosféricas (particulados e gases) estão X
identificadas ao longo do processo produtivo?

B As fontes estão devidamente caracterizadas? X

C A empresa realiza o monitoramento dos poluentes atmosféricos X


oriundos da operação?

D As máquinas e equipamentos para controle de emissões estão em X


perfeito funcionamento?

E Existem planos de manutenção periódica dos equipamentos? X

F Os procedimentos de manutenção são registrados? X,


Desatualizado

G É feita a verificação da eficiência dos controladores de emissão, X


periodicamente?

I São realizadas medições periódicas dos poluentes atmosféricos para X


verificar se as emissões estão dentro da especificação da legislação
vigente?

J Há metas para redução das emissões? X

K Os procedimentos operacionais mais críticos com relação à geração de X


poluentes atmosféricos contemplam o controle meteorológico para o
desenvolvimento das atividades?

L Existe controle de particulados e/ou gases na área externa da empresa? X


86

OBSERVAÇÕES:

(A) Tiveram reclamações da comunidade, de forma que identificamos os pontos


críticos de emissão atmosférica, e fizemos as tratativas. Iniciando em Nov/2010
o
com a instalação do 3 bico no sistema de lavagem de gases, fato este que
o
significou uma redução das emissões em cerca de 60% e com a instalação do 4
bico na saída da chaminé, prevista para 2012, tem-se a estimativa de redução para
90%. No máximo em 3 anos, terá a instalação de uma usina nova usina de asfalto
com tecnologia mais moderna. A empresa possui uma operação de alta geração de
pó/ poeiras que é momento do traço que consiste em dosar na proporção adequada
diferentes tipos de brita com pó de rocha na proporção adequada para a produção de
asfalto. Ainda não temos projeto para a umidificação das pilhas de matérias-primas,
uma vez que a umidade é prejudicial para o nosso processo que trabalha a seco.
Temos um paliativa que é a cobertura vegetal próxima que retém o pó gerado,
sabemos que afeta as plantas e animais, vamos analisar outras mais alternativas de
controle de emissões para melhorar isso.
S Sim
(B) É acompanhado ao longo dos anos de operação (15 anos) o aspecto visual da
fumaça. Depois da utilização de combustíveis, como: asfalto diluído CM -30, óleo
BPF, óleo diesel e o combustível há cinco anos utilizado e atualmente, o GLP LEGENDA N Não
reduziu bastante a quantidade de pó. Os efluentes e resíduos gerados do sistema de
lavagem vão para a piscina de gases, sendo separados a borra e o líquido. Estes
rejeitos são recolhidos periodicamente por uma empresa autorizada ambientalmente
para dar a destinação correta. A Ficha de Inspeção de Segurança de Produtos N.A Não aplicável
Químicos (FISPQ) se encontrava fora da unidade, no escritório central.

(F) Manutenção periódica quinzenal dos bicos, incluindo procedimentos de


verificação dos rolamentos do parafuso sem fim e averiguação da quantidade de
poeira pela porta de inspeção do secador.

(J) Atualmente, tem-se o planejamento de instalação de um 4° bico na saída da


chaminé com previsão para instalação em no máximo de 6 meses. E num futuro
próximo, máximo em três anos, a produção modernizada com uma nova usina de
asfalto.

(K) Não há controle meteorológico, no entanto ao rodar a usina de asfalto no turno


da noite, houve uma diminuição da dispersão, sendo percebida pelo aumento de
particulados na área da usina de asfalto.
87

APÊNDICE C – Tabela resumo dos dados meteorológicos local durante a


amostragem.
88
89
90
91
92

APÊNDICE D – Análise gravimétrica de particulados.


78
93
94
79
80
95

APÊNDICE E – Percentagem do total de exposições para seis médias


diárias para cada material particulado (PTS e MP10) utilizando uma
análise estatística de distribuição lognormal com o grau de confiança de
95% no padrão secundário.
96
81

Tabela 26 – Análise estatística com grau de confiança de 95% para a determinação das
exposições diárias a PTS durante o período total de amostragem, utilizando como
referência o padrão secundário (60 µg/m³ / MGA).
LT DADOS ESTATÍSTICOS
60 Número de amostras (n) 6
Máximo 177.53
Mínimo 61.7
Amostras Amplitude total 115.83
(Máx. n = 50) Percentual acima LT (%>LT) 100.000
Média aritmética (MA) 112.663
82.93 Mediana 109.145
135.53 Desvio padrão 42.930
87.03 Média da lognormal (LN) 4.662
61.70 Desvio padrão da lognormal (DLN) 0.391
177.53 Média Geométrica (MG) 105.848
131.26 Desvio padrão da Média Geométrica (DMG) 1.478

TESTE PARA DISTRIBUIÇÃO FIT


W-teste da lognormal (LN) 0.963
Lognormal (a = 0.05)? Yes

W-teste 0.951
Normal (a = 0.05)? Yes

PARÂMETROS DA DISTRIBUIÇÃO LOGNORMAL


Média aritmética estimada na lognormal 112.742
LCL1,95% 86.112
UCL1,95% 172.757
Percentual de confiança 95% 201.347
UTL95%,95% 450.812
Percentual acima do LT (%>LT) 92.678
LCL1,95% %>LT 65.986
UCL1,95% %>LT 99.183

PARÂMETROS DA DISTRIBUIÇÃO NORMAL


Média 112.663
LCL1,95% 77.348
UCL1,95% 147.979
Percentual de confiança 95% - Z 183.283
UTL95%,95% 271.80

Percentual acima do LT (%>LT) 89.004


97
82

Tabela 27 – Análise estatística com grau de confiança de 95% para a determinação


das exposições diárias a MP10 durante o período total de amostragem, utilizando como
referência o padrão primário e secundário (50 µg/m³ / MAA).
LT DADOS ESTATÍSTICOS
50 Número de amostras (n) 6
Máximo 73.664531
Mínimo 28.137453
Amostras Amplitude total 45.527078
(Máx. n = 50) Percentual acima LT (%>LT) 16.667
Média aritmética (MA) 43.732
28.14 Mediana 38.820
38.68 Desvio padrão 16.071
38.96 Média da lognormal (LN) 3.729
34.63 Desvio padrão da lognormal (DLN) 0.330
73.66 Média Geométrica (MG) 41.658
48.32 Desvio padrão da Média Geométrica (DMG) 1.391

TESTE PARA DISTRIBUIÇÃO FIT


W-teste da Lognormal 0.941
Lognormal (a = 0.05)? Sim

W-teste 0.857
Normal (a = 0.05)? Sim

PARÂMETROS DA DISTRIBUIÇÃO LOGNORMAL


Média aritmética estimada na lognormal 43.581
LCL1,95% 34.550
UCL1,95% 61.226
Percentual de confiança 95% 71.710
UTL95%,95% 141.663
Percentual acima do LT (%>LT) 29.019
LCL1,95% %>OEL 10.454
UCL1,95% %>OEL 57.872

PARÂMETROS DA DISTRIBUIÇÃO NORMAL


Média 43.732
LCL1,95% 30.511
UCL1,95% 56.952
Percentual de confiança 95% - Z 70.169
UTL95%,95% 103.31

Percentual acima do LT (%>LT) 34.825


98
83

APÊNDICE F – Declaração de anuência das atividades de campo


desenvolvidas.
84
99
100
85

ANEXO A – Relatório das condições operacionais e ambientais dos AVGs


de particulados com o volume corrigido para as Condições Normais de
Temperatura e Pressão – CNTP (25º.C e 1 atm).
101
86

ENGENHO SANTANA

HIVOL PTS: Amostrador de grande volume para a avaliação de partículas totais em suspensão

Modelo: ECO-HVS 3000 Número de série: 10-1009

HIVOL MP10: Amostrador de grande volume para avaliação de partículas inaláveis

Modelo: ECO-HVS 3000 Número de série: 10-1008

Local: Comunidade do Engenho Santana

Período: 20/09/2011 – 23/09/2011 (CAMPANHA 1)

Comentários: Pontos de amostragens identificados na Figura 13; Nos dias 21 e 22, ocorrência de chuva
leve ND (< 2mm); Nos dias 20, 21 e 22, ocorreu fogacho às 17:05h; Presença de insetos nos filtros em
quantidade ínfima (< 10 insetos, de massa desprezível); Funcionamento da usina de asfalto no dia 20
(06 VS), cada viagem(VS) com 14 ton e a pedreira com produção média de 620m3 durante a avaliação.

Calibração dos Hivols

Tabela 28 – Valores de calibração do hivol PTS, número de série: 10-1009 para a campanha
1 com o CPV serial#: 470.
Temperatura Pressão barométrica Fluxo volumétrico ΔH Voltagem
(°C) (mmHg) (m³/h) (mm H2O) (V)
60 116 2.4847
32.2 ~ 30 757 70 158 2.8450
80 207 3.1607

Tabela 29 – Valores de calibração do hivol MP10, número de série: 10-1008 para a


campanha 1 com o CPV serial#: 470.
Temperatura Pressão barométrica Fluxo volumétrico ΔH Voltagem
(°C) (mmHg) (m³/h) (mm H2O) (V)
60 116 2.5033
28.9 ~ 30 757 70 158 2.8518
80 207 3.1892

Relatórios das amostragens:

Início Final Tempo de execução Parâmetro

20/09/2011 15:00 21/09/2011 14:59 23.97 h PTS


20/09/2011 16:30 21/09/2011 16:29 23.98 h MP10

21/09/2011 15:30 22/09/2011 15:29 23.98 h PTS


21/09/2011 16:50 22/09/2011 16:49 23.98 h MP10

22/09/2011 15:55 23/09/2011 15:54 23.98 h PTS


22/09/2011 17:05 23/09/2011 17:04 23.98 h MP10
87
102

Tabela 30 – Relatório do hivol PTS para a avaliação da qualidade do ar na campanha 1.


Pressão Temperatura Taxa de fluxo Volume total Volume corrigido
barométrica volumétrico
Data Hora (mmHg) (°C) (m³/h) (m³) (m³)
20/9/2011 16:00 753.54 27.49 67.50 67.78 66.31
20/9/2011 17:00 755.11 26.16 67.75 135.57 133.15
20/9/2011 18:00 756.17 24.99 67.75 203.33 200.35
20/9/2011 19:00 756.19 24.66 67.75 271.12 267.72
20/9/2011 20:00 756.19 24.65 67.75 338.95 335.19
20/9/2011 21:00 756.19 24.26 67.76 406.74 402.72
20/9/2011 22:00 756.19 24.39 67.76 474.54 470.26
20/9/2011 23:00 756.19 23.98 67.75 542.34 537.89
21/9/2011 00:00 756.19 23.24 67.75 610.12 605.67
21/9/2011 01:00 756.19 22.89 67.76 677.91 673.54
21/9/2011 02:00 756.18 22.50 67.75 745.70 741.50
21/9/2011 03:00 756.08 22.35 67.76 813.50 809.50
21/9/2011 04:00 756.05 22.05 67.76 881.32 877.59
21/9/2011 05:00 756.15 22.01 67.76 949.12 945.68
21/9/2011 06:00 756.17 21.94 67.76 1016.88 1013.76
21/9/2011 07:00 756.19 23.16 67.75 1084.67 1081.61
21/9/2011 08:00 756.19 26.73 67.76 1152.47 1148.71
21/9/2011 09:00 756.19 29.66 67.76 1220.27 1215.17
21/9/2011 10:00 756.19 29.58 67.75 1288.06 1281.63
21/9/2011 11:00 756.19 31.27 67.75 1355.87 1347.76
21/9/2011 12:00 755.90 31.49 67.75 1423.67 1413.78
21/9/2011 13:00 753.54 31.64 67.76 1491.50 1479.61
21/9/2011 14:00 752.78 31.48 67.75 1559.30 1545.38
21/9/2011 15:00 752.75 30.85 66.44 1624.85 1610.34
21/9/2011 16:00 752.73 31.66 32.36 33.88 32.07
21/9/2011 17:00 753.63 27.21 67.76 101.69 98.83
21/9/2011 18:00 755.25 24.91 67.76 169.52 166.24
21/9/2011 19:00 756.14 23.62 67.76 237.30 233.98
21/9/2011 20:00 756.19 22.93 67.76 305.10 301.89
21/9/2011 21:00 756.19 22.69 67.76 372.90 369.85
21/9/2011 22:00 756.19 22.38 67.76 440.72 437.91
21/9/2011 23:00 756.19 22.11 67.76 508.52 506.00
22/9/2011 00:00 756.19 21.82 67.75 576.31 574.15
22/9/2011 01:00 756.14 22.09 67.76 644.11 642.25
22/9/2011 02:00 754.71 22.48 67.76 711.91 710.14
22/9/2011 03:00 753.91 22.25 67.75 779.70 778.00
22/9/2011 04:00 755.43 22.28 67.75 847.50 845.99
22/9/2011 05:00 756.18 22.39 67.75 915.28 914.01
22/9/2011 06:00 756.19 22.72 67.76 983.08 981.98
22/9/2011 07:00 756.19 24.27 67.75 1050.85 1049.57
22/9/2011 08:00 756.19 28.53 67.75 1118.63 1116.22
22/9/2011 09:00 756.19 30.85 67.76 1186.44 1182.39
22/9/2011 10:00 756.19 31.83 67.76 1254.22 1248.30
88
103
Continuação da Tabela 30:
22/9/2011 11:00 756.19 32.88 67.76 1322.04 1314.03
22/9/2011 12:00 756.04 31.61 67.76 1389.83 1379.98
22/9/2011 13:00 753.67 31.47 67.76 1457.64 1445.79
22/9/2011 14:00 752.75 31.68 67.76 1525.44 1511.47
22/9/2011 15:00 752.75 30.41 67.76 1593.27 1577.44
22/9/2011 16:00 752.74 30.58 37.50 1631.67 1614.24
22/9/2011 17:00 752.76 27.50 67.75 67.81 66.61
22/9/2011 18:00 753.50 26.32 67.75 135.63 133.57
22/9/2011 19:00 755.83 25.29 67.75 203.46 200.95
22/9/2011 20:00 756.18 25.39 67.75 271.21 268.27
22/9/2011 21:00 756.19 25.56 67.76 339.02 335.60
22/9/2011 22:00 756.19 25.4 67.75 406.80 402.95
22/9/2011 23:00 756.19 25.03 67.75 474.59 470.39
23/9/2011 00:00 756.19 24.84 67.75 542.37 537.85
23/9/2011 01:00 755.70 24.81 67.76 610.16 605.30
23/9/2011 02:00 753.39 24.20 67.76 677.97 672.69
23/9/2011 03:00 752.88 23.93 67.76 745.79 740.11
23/9/2011 04:00 753.30 23.67 67.76 813.58 807.59
23/9/2011 05:00 755.64 23.41 67.76 881.39 875.36
23/9/2011 06:00 756.17 23.99 67.76 949.15 943.00
23/9/2011 07:00 756.19 25.28 67.76 1016.96 1010.40
23/9/2011 08:00 756.19 27.42 67.76 1084.76 1077.33
23/9/2011 09:00 756.19 30.31 67.75 1152.54 1143.59
23/9/2011 10:00 756.19 31.42 67.76 1220.34 1209.62
23/9/2011 11:00 756.18 32.12 67.76 1288.14 1275.50
23/9/2011 12:00 753.99 32.21 67.76 1355.91 1341.14
23/9/2011 13:00 752.77 31.99 67.76 1423.70 1406.73
23/9/2011 14:00 752.75 32.31 67.76 1491.54 1472.31
23/9/2011 15:00 752.75 30.78 67.76 1559.34 1538.18
23/9/2011 16:00 752.75 28.90 61.00 1619.22 1597.41
89
104
Tabela 31 – Relatório do hivol MP10 para a avaliação da qualidade do ar na campanha 1.
Pressão Taxa de fluxo
Temperatura Volume total Volume corrigido
barométrica volumétrico
Data Hora (mmHg) (°C) (m³/h) (m³) (m³)
20/9/2011 17:00 753.58 24.73 31.65 33.93 33.67
20/9/2011 18:00 754.57 23.24 67.76 101.67 101.22
20/9/2011 19:00 756.01 22.95 67.75 169.49 169.08
20/9/2011 20:00 756.70 22.97 67.75 237.29 237.01
20/9/2011 21:00 756.70 22.68 67.75 305.12 305.04
20/9/2011 22:00 756.70 22.67 67.76 372.94 373.08
20/9/2011 23:00 756.71 22.44 67.76 440.73 441.14
21/9/2011 0:00 756.70 21.95 67.75 508.53 509.32
21/9/2011 1:00 756.25 21.67 67.75 576.32 577.52
21/9/2011 2:00 754.44 21.13 67.75 644.14 645.72
21/9/2011 3:00 754.10 20.98 67.75 711.94 713.91
21/9/2011 4:00 754.04 20.73 67.75 779.75 782.14
21/9/2011 5:00 754.23 20.59 67.76 847.56 850.44
21/9/2011 6:00 755.39 20.62 67.76 915.36 918.81
21/9/2011 7:00 756.65 21.05 67.75 983.15 987.21
21/9/2011 8:00 756.70 24.94 67.75 1050.93 1054.72
21/9/2011 9:00 756.70 28.29 67.76 1118.72 1121.49
21/9/2011 10:00 756.71 27.83 67.75 1186.53 1188.38
21/9/2011 11:00 756.69 29.80 67.76 1254.37 1254.86
21/9/2011 12:00 755.23 29.69 67.76 1322.18 1321.21
21/9/2011 13:00 752.94 29.80 67.76 1389.98 1387.32
21/9/2011 14:00 752.92 29.88 67.76 1457.77 1453.41
21/9/2011 15:00 752.92 29.17 67.76 1525.56 1519.64
21/9/2011 16:00 752.92 26.08 67.76 1593.35 1586.57
21/9/2011 17:00 753.49 25.96 25.84 1638.57 1631.10
21/9/2011 18:00 753.73 23.09 67.76 67.81 67.68
21/9/2011 19:00 754.75 22.07 67.76 135.63 135.68
21/9/2011 20:00 756.41 21.53 67.76 203.44 203.94
21/9/2011 21:00 756.70 21.25 67.75 271.23 272.27
21/9/2011 22:00 756.70 21.10 67.76 339.02 340.62
21/9/2011 23:00 756.70 21.07 67.76 406.83 409.01
22/9/2011 0:00 756.62 21.00 67.76 474.62 477.38
22/9/2011 1:00 754.51 21.02 67.76 542.40 545.57
22/9/2011 2:00 752.94 21.34 67.76 610.17 613.53
22/9/2011 3:00 752.92 21.18 67.76 677.98 681.58
22/9/2011 4:00 753.64 21.18 67.76 745.75 749.64
22/9/2011 5:00 754.82 21.25 67.75 813.55 817.82
22/9/2011 6:00 756.19 21.35 67.76 881.30 886.05
22/9/2011 7:00 756.70 22.33 67.76 949.12 954.17
22/9/2011 8:00 756.70 26.49 67.75 1016.92 1021.35
22/9/2011 9:00 756.70 29.60 67.76 10.84.69 1087.80
22/9/2011 10:00 756.70 30.39 67.76 1152.51 1154.12
22/9/2011 11:00 756.11 31.45 67.76 1220.31 1220.14
22/9/2011 12:00 754.30 29.94 67.76 1288.16 1286.38
90
105
Continuação Tabela 31:
22/9/2011 13:00 752.93 29.68 67.75 1355.97 1352.53
22/9/2011 14:00 752.92 29.87 67.75 1423.80 1418.64
22/9/2011 15:00 752.92 28.43 67.76 1491.60 1485.05
22/9/2011 16:00 752.92 26.80 67.76 1559.41 1551.84
22/9/2011 17:00 752.92 26.06 55.04 1614.50 1606.12
22/9/2011 18:00 752.94 24.66 63.32 62.13 61.60
22/9/2011 19:00 753.98 23.51 67.75 129.90 129.18
22/9/2011 20:00 755.89 23.56 67.75 197.71 196.94
22/9/2011 21:00 756.69 23.81 67.76 265.49 264.69
22/9/2011 22:00 756.71 23.71 67.75 333.30 332.49
22/9/2011 23:00 756.70 23.41 67.75 401.11 400.36
23/9/2011 0:00 756.70 23.17 67.76 468.92 468.28
23/9/2011 1:00 754.33 23.24 67.76 536.74 535.99
23/9/2011 2:00 752.93 22.66 67.76 604.54 603.68
23/9/2011 3:00 752.92 22.44 67.76 672.33 671.42
23/9/2011 4:00 752.92 22.21 67.76 740.14 739.22
23/9/2011 5:00 754.01 21.97 67.76 807.93 807.16
23/9/2011 6:00 755.69 22.50 67.76 875.70 875.10
23/9/2011 7:00 756.67 23.52 67.76 943.52 942.95
23/9/2011 8:00 756.70 25.73 67.76 1011.33 1010.31
23/9/2011 9:00 756.70 28.69 67.76 1079.15 1077.02
23/9/2011 10:00 756.69 29.85 67.76 1146.97 1143.46
23/9/2011 11:00 755.61 30.22 67.76 1214.74 1209.67
23/9/2011 12:00 753.04 30.41 67.76 1282.53 1275.64
23/9/2011 13:00 752.92 29.99 67.76 1350.32 1341.68
23/9/2011 14:00 752.92 30.47 67.75 1418.16 1407.67
23/9/2011 15:00 752.92 28.89 67.76 1485.95 1473.97
23/9/2011 16:00 752.92 26.74 67.76 1553.75 1540.75
23/9/2011 17:00 752.92 25.91 67.76 1621.54 1607.72
106
91

ENGENHO SANTANA

HIVOL PTS: Amostrador de grande volume para a avaliação de partículas totais em suspensão

Modelo: ECO-HVS 3000 Número de série: 10-1009

HIVOL MP10: Amostrador de grande volume para a avaliação de partículas inaláveis

Modelo: ECO-HVS 3000 Número de série: 10-1008

Local: Comunidade do Engenho Santana

Período: 27/09/2011 – 30/09/2011 (CAMPANHA 2)

Comentários: Pontos de amostragens identificados na Figura 13; No dia 29, ocorrência de chuva
torrencial às 4:00 a.m ( 5 mm); Nos dias 27, 28 e 29, ocorreu fogacho às 17:00h; Insetos nos filtros em
quantidade ínfima (< 10 insetos, de massa desprezível); Funcionamento da usina de asfalto nos dias 27
(10 VS= dia) e 29 (01 VS= noite), cada viagem (VS) com 14 ton e a pedreira com produção média de
650m3 durante a avaliação.

Calibração dos Hivols

Tabela 32 – Valores de calibração do hivol PTS, número de série: 10-1009 para a campanha 2 com o
CPV serial#: 470.
Temperatura Pressão barométrica Fluxo volumétrico ΔH Voltagem
(°C) (mmHg) (m³/h) (mm H2O) (V)
60 114 2.4926
33.9 ~ 35 757 70 156 2.8466
80 203 3.1681

Tabela 33 – Valores de calibração do hivol MP10, número de série: 10-1008 para a campanha 2 com o
CPV serial#: 470.
Temperatura Pressão barométrica Fluxo volumétrico ΔH Voltagem
(°C) (mmHg) (m³/h) (mm H2O) (V)
60 114 2.5187
33.1 ~ 35 757 70 156 2.8594
80 203 3.1964

Relatórios das amostragens:

Início Final Tempo de execução Parâmetro

27/09/2011 15:30 28/09/2011 15:29 23.97 h PTS


27/09/2011 16:00 28/09/2011 15:59 23.95 h MP10

28/09/2011 16:00 29/09/2011 15:59 23.98 h PTS


28/09/2011 16:30 29/09/2011 16:29 23.98 h MP10

29/09/2011 16:25 30/09/2011 16:24 23.97 h PTS


29/09/2011 16:35 30/09/2011 16:34 23.97 h MP10
92
107
Tabela 34 – Relatório do hivol PTS para a avaliação da qualidade do ar na campanha 2.
Pressão Taxa de fluxo
Temperatura Volume total Volume corrigido
barométrica volumétrico
Data Hora (mmHg) (°C) (m³/h) (m³) (m³)
27/9/2011 16:00 752.90 27.98 48.31 33.87 33.22
27/9/2011 17:00 752.82 26.86 67.75 101.63 99.86
27/9/2011 18:00 754.64 25.49 67.76 169.43 166.98
27/9/2011 19:00 756.14 24.95 67.75 237.25 234.38
27/9/2011 20:00 756.19 24.78 67.75 305.07 301.85
27/9/2011 21:00 756.19 24.54 67.76 372.87 369.37
27/9/2011 22:00 756.19 24.61 67.76 440.67 436.90
27/9/2011 23:00 756.19 24.54 67.76 508.53 504.49
28/9/2011 00:00 756.19 24.51 67.76 576.32 572.04
28/9/2011 01:00 755.95 24.12 67.75 644.09 639.63
28/9/2011 02:00 754.60 24.24 67.76 711.87 707.09
28/9/2011 03:00 754.17 24.24 67.75 779.68 774.54
28/9/2011 04:00 754.54 23.99 67.76 847.48 842.08
28/V2011 05:00 754.95 24.00 67.76 915.32 909.68
28/9/2011 06:00 756.09 24.17 67.76 983.09 977.29
28/9/2011 07:00 756.19 25.46 67.76 1050.88 1044.64
28/9/2011 08:00 756.19 29.24 67.76 1118.69 1111.17
28/9/2011 09:00 756.19 30.10 67.76 1186.47 1177.49
28/9/2011 10:00 756.19 30.87 67.75 1254.30 1243.69
28/9/2011 11:00 756.19 31.70 67.76 1322.10 1309.67
28/9/2011 12:00 755.87 31.67 67.76 1389.89 1375.63
28/9/2011 13:00 753.14 32.00 67.75 1457.68 1441.27
28/9/2011 14:00 752.76 31.73 67.75 1525.46 1506.93
28/9/2011 15:00 752.75 30.50 67.76 1593.21 1572.82
28/9/2011 16:00 752.74 31.48 32.04 1624.84 1602.87
28/9/2011 17:00 752.76 27.53 67.64 67.82 66.62
28/9/2011 18:00 753.21 26.06 67.76 135.64 133.59
28/9/2011 19:00 755.16 25.80 67.76 203.43 200.75
28/9/2011 20:00 756.16 25.43 67.75 271.23 268.10
28/9/2011 21:00 756.19 25.63 67.76 339.01 335.38
28/9/2011 22:00 756.19 25.63 67.76 406.82 402.70
28/9/2011 23:00 756.19 25.01 67.75 474.61 470.12
29/9/2011 00:00 756.19 24.68 67.76 542.41 537.63
29/9/2011 01:00 755.28 24.43 67.76 610.22 605.13
29/9/2011 02:00 753.02 24.07 67.76 678.03 672.51
29/9/2011 03:00 753.35 23.66 67.75 745.82 739.99
29/9/2011 04:00 752.98 23.73 67.75 813.61 807.42
29/9/2011 05:00 754.00 24.08 67.76 881.40 874.87
29/9/2011 06:00 755.48 24.41 67.75 949.20 942.38
29/9/2011 07:00 756.18 26.21 67.75 1016.99 1009.56
29/9/2011 08:00 756.19 28.96 67.75 1084.78 1076.13
29/9/2011 09:00 756.19 30.80 67.76 1152.57 1142.30
29/9/2011 10:00 756.19 31.02 67.76 1220.32 1208.39
29/9/2011 11:00 756.19 30.07 67.76 1288.07 1274.67
93
108
Continuação da Tabela 34:
29/9/2011 12:00 756.19 31.31 67.76 1355.86 1340.73
29/9/2011 13:00 753.83 31.93 67.76 1423.65 1406.45
29/9/2011 14:00 752.77 31.98 67.75 1491.47 1472.10
29/9/2011 15:00 752.76 30.91 67.76 1559.28 1537.96
29/9/2011 16:00 752.75 29.52 66.47 1624.85 1602.64
29/9/2011 17:00 752.72 28.90 37.78 39.55 38.43
29/9/2011 18:00 752.98 26.06 67.76 107.34 105.35
29/9/2011 19:00 754.61 25.40 67.76 175.17 172.60
29/9/2011 20:00 756.08 24.88 67.75 242.96 240.06
29/9/2011 21:00 756.19 24.79 67.76 310.73 307.73
29/9/2011 22:00 756.19 24.43 67.76 378.53 375.10
29/9/2011 23:00 756.19 24.29 67.75 446.33 442.71
30/9/2011 00:00 756.19 23.85 67.76 514.14 510.43
30/9/2011 01:00 755.30 23.93 67.76 581.96 578.06
30/9/2011 02:00 753.80 23.71 67.75 649.78 645.61
30/9/2011 03:00 752.89 23.53 67.75 717.57 713.09
30/9/2011 04:00 752.78 23.39 67.76 785.34 780.57
30/9/2011 05:00 752.78 23.39 67.75 853.15 848.09
30/9/2011 06:00 753.85 23.34 67.75 920.93 915.69
30/9/2011 07:00 755.46 25.55 67.76 988.74 982.96
30/9/2011 08:00 756.18 26.99 67.76 1056.50 1049.94
30/9/2011 09:00 756.19 30.14 67.76 1124.33 1116.28
30/9/2011 10:00 756.19 32.51 67.76 1192.14 1182.07
30/9/2011 11:00 756.19 32.63 67.76 1259.94 1247.83
30/9/2011 12:00 754.49 32.20 67.75 1327.71 1313.52
30/9/2011 13:00 752.80 30.96 67.76 1395.49 1379.33
30/9/2011 14:00 752.75 31.07 67.76 1463.31 1445.15
30/9/2011 15:00 752.75 31.06 67.76 1531.10 1510.95
30/9/2011 16:00 752.75 30.01 67.76 1598.91 1577.00
94
109
Tabela 35 – Relatório do hivol MP10 para a avaliação da qualidade do ar na campanha 2.
Pressão Taxa de fluxo
Temperatura Volume total Volume corrigido
barométrica volumétrico
Data Hora (mmHg) (°C) (m³/h) (m³) (m³)
27/9/2011 17:00 752.92 24.98 67.52 66.68 66.01
27/9/2011 18:00 753.37 23.76 67.75 134.48 133.38
27/9/2011 19:00 755.39 23.44 67.75 202.29 201.01
27/9/2011 20:00 756.62 23.24 67.76 270.12 268.83
27/9/2011 21:00 756.70 23.06 67.75 337.91 336.69
27/9/2011 22:00 756.70 23.15 67.76 405.71 404.56
27/9/2011 23:00 756.70 23.18 67.76 473.51 472.44
28/9/2011 00:00 756.70 23.18 67.76 541.31 540.33
28/9/2011 01:00 755.37 22.87 67.76 609.12 608.19
28/9/2011 02:00 753.39 22.85 67.75 676.92 675.89
28/9/2011 03:00 753.02 22.89 67.76 744.76 743.59
28/9/2011 04:00 753.82 22.61 67.76 812.55 811.36
28/9/2011 05:00 754.00 22.60 67.76 880.36 879.17
28/9/2011 06:00 755.55 22.79 67.76 948.14 947.04
28/9/2011 07:00 756.60 23.60 67.76 1015.94 1014.86
28/9/2011 08:00 756.69 27.52 67.76 1083.73 1081.82
28/9/2011 09:00 756.70 28.63 67.76 1151.56 1148.59
28/9/2011 10:00 756.70 29.34 67.75 1219.36 1215.16
28/9/2011 11:00 756.64 30.30 67.76 1287.17 1281.53
28/9/2011 12:00 754.84 30.05 67.76 1354.99 1347.81
28/9/2011 13:00 752.93 30.21 67.76 1422.76 1413.84
28/9/2011 14:00 752.92 30.28 67.76 1490.53 1479.84
28/9/2011 15:00 752.92 28.61 67.76 1558.35 1546.26
28/9/2011 16:00 752.92 27.02 66.47 1623.90 1611.31
28/9/2011 17:00 752.95 25.91 51.96 50.85 50.14
28/9/2011 18:00 752.92 24.25 67.76 118.63 117.46
28/9/2011 19:00 753.92 23.96 67.76 186.40 184.92
28/9/2011 20:00 755.90 23.67 67.75 254.20 252.65
28/9/2011 21:00 756.70 23.79 67.76 322.03 320.45
28/9/2011 22:00 756.71 23.84 67.76 389.83 388.21
28/9/2011 23:00 756.71 23.36 67.76 457.66 456.11
29/9/2011 00:00 756.58 23.06 67.76 525.42 524.00
29/9/2011 01:00 754.59 22.80 67.76 593.22 591.81
29/9/2011 02:00 752.93 22.47 67.75 661.00 659.53
29/9/2011 03:00 752.94 22.17 67.75 728.81 727.35
29/9/2011 04:00 752.92 22.34 67.75 796.60 795.10
29/9/2011 05:00 753.29 22.68 67.76 864.41 862.83
29/9/2011 06:00 754.06 22.87 67.76 932.19 930.56
29/9/2011 07:00 755.99 24.29 67.76 999.99 998.17
29/9/2011 08:00 756.59 27.11 67.75 1067.77 1065.17
29/9/2011 09:00 756.70 29.22 67.75 1135.56 1131.72
29/9/2011 10:00 756.70 29.38 67.76 1203.37 1198.25
29/9/2011 11:00 756.71 28.17 67.76 1271.18 1265.05
29/9/2011 12:00 756.10 29.40 67.76 1338.99 1331.53
95
110
Continuação da Tabela 35:
29/9/2011 13:00 753.24 30.04 67.75 1406.77 1397.57
29/9/2011 14:00 752.92 30.20 67.76 1474.57 1463.57
29/9/2011 15:00 752.92 28.91 67.76 1542.38 1529.88
29/9/2011 16:00 752.92 26.69 67.76 1610.15 1596.63
29/9/2011 17:00 753.02 26.05 48.42 42.93 42.28
29/9/2011 18:00 752.92 24.04 67.76 110.71 109.65
29/9/2011 19:00 753.77 23.48 67.76 178.50 177.22
29/9/2011 20:00 755.43 23.25 67.75 246.27 244.97
29/9/2011 21:00 756.54 23.13 67.76 314.06 312.86
29/9/2011 22:00 756.70 22.87 67.76 381.88 380.87
29/9/2011 23:00 756.70 22.70 67.76 449.65 448.85
30/9/2011 00:00 756.64 22.46 67.76 517.45 516.92
30/9/2011 01:00 754.20 22.58 67.76 585.27 584.75
30/9/2011 02:00 752.94 22.35 67.75 653.08 652.53
30/9/2011 03:00 752.92 22.12 67.76 720.91 720.37
30/9/2011 04:00 752.92 22.02 67.76 788.74 788.23
30/9/2011 05:00 752.92 22.05 67.76 856.53 856.06
30/9/2011 06:00 753.01 21.88 67.76 924.35 923.95
30/9/2011 07:00 753.98 23.07 67.76 992.13 991.63
30/9/2011 08:00 755.90 24.84 67.76 1059.95 1059.11
30/9/2011 09:00 756.68 28.19 67.75 1127.77 1125.93
30/9/2011 10:00 756.20 30.75 67.76 1195.57 1192.10
30/9/2011 11:00 755.42 30.78 67.76 1263.35 1258.18
30/9/2011 12:00 753.59 30.35 67.76 1331.14 1324.20
30/9/2011 13:00 752.92 28.98 67.76 1398.92 1390.46
30/9/2011 14:00 752.92 29.17 67.75 1466.70 1456.68
30/9/2011 15:00 752.92 28.93 67.76 1534.52 1522.99
30/9/2011 16:00 752.92 27.23 67.76 1602.34 1589.68
96
111

ANEXO B – Meteogramas do município do Jaboatão dos Guararapes no


modelo Eta (12x12 Km) durante os dias das campanhas 1 e 2.
97
112

Gráfico 6 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 20/09/2011


(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias.
113
98

Gráfico 7 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 21/09/2011


(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias.
114
99

Gráfico 8 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 22/09/2011


(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias.
100
115

Gráfico 9 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 27/09/2011


(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias.
101
116

Gráfico 10 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 23/09/2011


(CAMPANHA 1) e para os próximos 3 dias.
102
117

Gráfico 11 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 28/09/2011


(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias.
103
118

Gráfico 12 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 29/09/2011


(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias.
104
119

Gráfico 13 – Modelo regional com informações de previsão do tempo do dia 30/09/2011


(CAMPANHA 2) e para os próximos 3 dias.

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