FMDS1001 BRZ
FMDS1001 BRZ
FMDS1001 BRZ
Índice
Página
1.0 ESCOPO ..................................................................................................................................................... 3
1.1 Risco ..................................................................................................................................................... 3
1.2 Mudanças ............................................................................................................................................. 3
2.0 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE PERDAS .......................................................................... 3
2.1 Introdução ............................................................................................................................................. 3
2.2 Fator humano ....................................................................................................................................... 4
2.2.1 Geral ............................................................................................................................................ 4
2.2.2 Terremoto .................................................................................................................................... 6
2.2.3 Incêndio e explosão ..................................................................................................................... 8
2.2.4 Inundação ...................................................................................................................................11
2.2.5 Congelamento ............................................................................................................................13
2.2.6 Vazamentos e derramamentos de líquidos.................................................................................17
2.2.7 Neve ...........................................................................................................................................18
2.2.8 Incêndio florestal .........................................................................................................................20
2.2.9 Vendaval .....................................................................................................................................20
3.0 AJUDA PARA RECOMENDAÇÕES .........................................................................................................21
3.1 Perguntas de avaliação .......................................................................................................................21
3.2 Níveis de resposta planejados .............................................................................................................22
3.3 Educação e treinamento ......................................................................................................................22
3.4 Coordenador do grupo de resposta a emergências .............................................................................22
3.5 Terremoto ............................................................................................................................................23
3.5.1 Programa de retomada de ocupação de edificações ..................................................................23
3.5.2 Sistemas de alerta rápido de terremotos ....................................................................................23
3.5.3 Exemplos ilustrativos de sinistros ...............................................................................................24
3.6 Incêndio e explosão .............................................................................................................................24
3.6.1 Plano de preparação para incidentes vs. inspeções de código de incêndio ...............................24
3.6.2 Brigadas de incêndio e resposta a incêndios..............................................................................24
3.6.3 Pessoal de apoio ........................................................................................................................25
3.6.4 Exemplos ilustrativos de sinistros ...............................................................................................25
3.7 Inundação ............................................................................................................................................28
3.7.1 Exemplos ilustrativos de sinistros ...............................................................................................29
3.8 Congelamento e neve ..........................................................................................................................30
3.8.1 Exemplos ilustrativos de sinistros ...............................................................................................30
3.9 Vazamentos e derramamentos de líquidos ..........................................................................................30
3.9.1 Exemplos ilustrativos de sinistros ...............................................................................................30
3.10 Incêndio florestal ................................................................................................................................30
3.10.1 Exemplos ilustrativos de sinistros .............................................................................................30
3.11 Vendaval ............................................................................................................................................31
3.11.1 Exemplos ilustrativos de sinistros .............................................................................................31
4.0 REFERÊNCIAS .........................................................................................................................................31
4.1 FM Global ............................................................................................................................................31
4.2 Outras ..................................................................................................................................................32
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10-1 Plano de Preparação para Incidentes e de Resposta a Emergências
Página 2 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global
Lista de tabelas
Tabela 2.2.3.5. Funções e responsabilidades do grupo de resposta a emergências
de incêndio e explosão ............................................................................................................10
Tabela 2.2.7.2.2. Profundidades aproximadas de neve e gelo para cargas de neve em telhados ..................19
1.0 ESCOPO
Esta norma técnica fornece recomendações para ajudar a gerência de instalações a desenvolver um plano
de preparação para incidentes e de resposta a emergências relacionado a riscos aplicáveis a seu local, tais
como, inundação, incêndio e explosão, vazamento e derramamento de líquidos, terremoto, congelamento,
neve, incêndio florestal e vendaval. O desenvolvimento de um plano abrangente em parceria com os
serviços públicos locais relevantes, como o corpo de bombeiros, pode aumentar significativamente a eficácia
do plano. As informações aqui fornecidas têm o objetivo de destacar ações capazes de minimizar o impacto
de um incidente sobre perdas patrimoniais e interrupção do negócio.
Este documento foi elaborado para auxiliar proprietários, operadores e ocupantes de instalações
empresariais no desenvolvimento de um plano e um procedimento para responder a uma variedade de
eventos relacionados a seguros patrimoniais. Ele não se destina a atender a requisitos de planejamento
e resposta a emergências estabelecidos pelo governo ou por outras organizações.
Veja na Seção 4.0, Referências, uma lista de Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da
FM Global e outras publicações que fornecem informações de apoio sobre esse assunto.
1.1 Risco
Um dos riscos mais significativos em uma unidade é uma emergência inesperada ou condição de
descontrole. Um plano de preparação para incidentes e de resposta a emergências pode ajudar a minimizar
o impacto de um evento desse tipo.
O problema de não estabelecer um plano é sofrer danos maiores combinados a interrupção da continuidade
das operações normais da produção. Uma emergência que não é bem administrada pode ter impacto
financeiro direto nos resultados.
Ter um plano implementado pode melhorar muito a resposta da unidade e de qualquer entidade externa de
serviço de resposta, e trazer resultado positivo de um incidente de emergência. Um plano bem documentado
e implementado também pode ajudar a minimizar o tamanho, a magnitude e o escopo dos danos
patrimoniais na eventualidade de um incidente de emergência. Isso também aumenta a probabilidade de que
a unidade afetada seja capaz de manter a continuidade das operações.
Para entender os riscos tratados pelo plano de preparação para incidentes e de resposta a emergências,
consulte as seguintes publicações da série Compreendendo o Risco:
• Lack of Pre-Incident Planning (P0033)
• Lack of Emergency Response (P0034)
1.2 Mudanças
Julho de 2022. Revisão intermediária. Foram feitas mudanças nas diretrizes de riscos de congelamento
para alinhamento com a Norma Técnica 9-18, Prevention of Freeze-ups.
2.2.1.2.3 Inclua o nível de resposta esperado do pessoal da unidade. Considere todos os cenários
possíveis (ex., a unidade pode operar em apenas um turno ou ter pessoal no local 24 horas por dia, o
pessoal pode não ter permissão para executar determinadas funções, como verificar válvulas de controle
da proteção contra incêndio, bombas de incêndio etc.).
2.2.1.2.4 Inclua o nível de resposta esperado dos serviços externos de emergência.
2.2.1.2.5 Implemente um sistema de comando de incidentes que inclua o pessoal-chave da unidade como
parte de um comando unificado (consulte o Anexo D).
2.2.1.2.6 Estabeleça requisitos de treinamento de resposta a emergências; o treinamento é uma parte
essencial da prontidão para emergências e do plano de preparação para incidentes.
D. Realize ações anuais de treinamento e educação para resposta a emergências em relação a todos os
riscos, com foco nos riscos individuais antes da época do ano em que eles forem mais prováveis.
Sessões adicionais de treinamento podem ser necessárias quando houver adições ou mudanças nas
funções dos membros do grupo.
2.2.1.4.2 Providencie treinamento adicional para os membros do grupo de resposta a emergências com base
nas necessidades específicas da unidade (ex., materiais perigosos).
2.2.2.2.5 Para edificações essenciais à retomada das operações, estabeleça um programa de retomada
de ocupação para a avaliação estrutural privada pós-terremoto a fim de facilitar reparos estruturais rápidos
e recertificação de edificações como seguras para ocupação.
2.2.2.2.6 Crie uma conexão com um sistema regional de sinalização rápida de terremotos, se disponível.
Desenvolva planos para ações apropriadas de segurança do pessoal a serem tomadas e para
desligamentos (manuais ou automáticos) de processos ou equipamentos essenciais a serem iniciados no
recebimento de um alarme do sistema de sinalização rápida de terremotos.
2.2.2.2.7 Identifique outras instalações onde as operações possam continuar, fora da área prevista de
danos do terremoto, caso a unidade sofra danos graves ou fique inacessível, ou se houver interrupção
prolongada de utilidades (como água e energia elétrica). Tanto quanto possível, faça backup de dados e
duplique todos os itens essenciais (ex., moldes e matrizes de máquinas) de forma que estejam disponíveis
para a unidade alternativa. Determine cursos de ação para proteger sistemas vulneráveis a interrupções de
energia elétrica (ex., produtos estocados em congeladores).
2.2.2.2.8 Identifique e desenvolva planos para resolver todas as exposições conhecidas que possam afetar
significativamente a resposta a terremotos, tais como riscos geológicos da unidade (ex., deslizamentos),
risco de tsunami ou riscos sísmicos regionais (ex., pontes ou utilidades vulneráveis a terremotos).
2.2.2.3 Inclua no plano os procedimentos a serem seguidos e as ações a serem executadas após um
terremoto em relação aos itens identificados na Seção 2.2.2.2.
2.2.2.3.1 Vistorie sistemas de proteção contra incêndio e suprimentos de água (como tanques) quanto
a danos imediatamente após o terremoto. Mantenha o máximo possível da proteção contra incêndio em
serviço desligando o número mínimo de válvulas de controle de sprinklers localizadas diretamente
a montante de cada área de dano, conforme necessário, para controlar vazamentos de tubulações
danificadas. Siga o Sistema de Etiqueta Vermelha de Autorização da FM Global e defina como alta
prioridade o reparo de sistemas de proteção contra incêndio danificados.
2.2.2.3.2 Tome medidas imediatas e contínuas de prevenção contra incêndios pós-terremoto.
A. Confirme se estão devidamente fechadas todas as válvulas automáticas de bloqueio para proteção
contra terremotos instaladas para líquidos igníferos e gases inflamáveis.
B. Vistorie a unidade e resolva possíveis vazamentos e derramamentos de líquidos igníferos e gases
inflamáveis. Se não houver bloqueios automáticos para terremotos instalados ou se eles não tiverem
fechado, considere o desligamento dos sistemas de gases inflamáveis e líquidos igníferos.
C. Vistorie a unidade em busca de combustíveis em contato com fontes de ignição e danos no
sistema elétrico.
D. Monitore equipamentos que permaneçam em operação para verificar se há anomalias (como
sobreaquecimento).
E. Desenvolva um procedimento para rearmar as válvulas de bloqueio para proteção contra terremotos
instaladas para gases inflamáveis ou líquidos igníferos que inclua a verificação de vazamentos em
sistemas tanto antes quanto imediatamente após o rearme.
F. Controle trabalhos a quente (como corte, esmerilhamento e solda) durante operações de salvatagem
e reparo. Proíba trabalhos a quente quando a proteção contra incêndio estiver desativada. Consulte
a Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de Trabalhos a Quente.
G. Estabeleça um procedimento para remover todos os entulhos combustíveis à medida que se
acumularem.
2.2.2.3.3 Avalie equipamentos, sistemas e utilidades essenciais em busca de sinais de operação inadequada
(sobreaquecimento, desalinhamento, vibração, formação de arco, vazamentos etc.). Eles devem ser
desligados conforme necessário para evitar mais danos, principalmente se aumentarem o risco de incêndio
pós-terremoto.
2.2.2.3.4 Planeje vistoriar a unidade para ver se há outros danos significativos em edificações e conteúdos.
Resolva os problemas identificados e priorize os reparos para a pronta retomada das operações.
2.2.2.3.5 Execute operações de salvatagem, inclusive partida segura de utilidades e equipamentos, rearme
seguro de válvulas de bloqueio e o uso do Sistema de Autorização para Trabalho a Quente da FM Global
(consulte a Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de trabalhos a quente). Continue com a monitoração de
equipamentos e sistemas após partidas, porque os problemas podem não estar aparentes de imediato.
2.2.2.4 Coordene o plano de resposta a emergências de terremoto com as autoridades locais e com
engenheiros, fornecedores e/ou empresas contratadas com os quais tenham sido firmados acordos formais
para serviços prioritários pós-terremoto.
2.2.2.5 Desenvolva um plano preliminar que identifique e ordene as áreas e os sistemas a serem
inspecionados durante uma primeira vistoria visual rápida com base na importância e em vulnerabilidades
sísmicas conhecidas. Além disso, desenvolva um protocolo para priorizar revisões abrangentes posteriores.
Estabeleça planos e treinamentos para as seguintes condições e contingências:
A. Assistência externa: (1) com expectativa de assistência externa e (2) com expectativa de pouca ou
nenhuma assistência externa.
B. Momento do terremoto: (1) com expectativa de ocorrência de terremoto durante o horário comercial
normal e (2) com expectativa de ocorrência do terremoto fora do horário comercial normal.
C. Acesso à unidade: (1) com expectativa de acesso irrestrito à unidade e (2) com expectativa de acesso
restrito à unidade.
D. Utilidades: (1) com expectativa de continuidade do serviço de utilidades e (2) com expectativa de
interrupções de utilidades.
E. Níveis de abalo: (1) com expectativa de abalo leve a moderado (MMI de VI a VII) e (2) com expectativa
de abalo forte a muito forte (MMI de VIII ou mais). Consulte a Norma Técnica 1-2, Earthquakes para obter
informações sobre a Escala de Mercalli Modificada (MMI).
F. Com expectativa de que o terremoto seja um tremor secundário que afete instalações já danificadas.
2.2.3 Incêndio e explosão
2.2.3.1 Faça uma visita à unidade juntamente com o pessoal do corpo de bombeiros responsável pelo plano
de preparação para incidentes para compreender as condições da unidade, suas exposições e riscos
associados.
2.2.3.2 Defina o nível de resposta esperado do corpo de bombeiros. Determine as atribuições iniciais com
base em tipo de incidente, número de alarmes, atraso de resposta etc. Normalmente, o líder do corpo de
bombeiros é o líder do incidente (consulte o Anexo D).
2.2.3.3 Inclua as ações a seguir ao desenvolver o plano de preparação para incidentes e de resposta
a emergências se um cenário de incêndio de grande desafio for possível na unidade e se for necessário
combate manual ao fogo, além da proteção por sprinklers automáticos para controlar o incêndio. Consulte as
diretrizes adicionais de normas técnicas específicas à indústria ou à armazenagem.
A. Envolva o corpo de bombeiros local no desenvolvimento do plano.
B. Identifique como o corpo de bombeiros local terá acesso ao local do incêndio.
C. Determine como a armazenagem será transferida, se isso for necessário. Certifique-se de que a
proteção contra incêndio do novo local de armazenagem seja adequada.
D. Determine quais recursos e equipamentos são necessários para obter acesso e desmontar a
armazenagem, se isso for necessário.
E. Identifique e indique as localizações de todos os equipamentos especiais necessários para o combate
a incêndio (ou seja, conexões de hidrantes internos, canhões monitores fixos, câmeras de visão noturna
ou infravermelhas, mecanismos de direcionamento remoto do canhão monitor etc.)
F. Certifique-se de que o grupo de resposta a emergências seja treinado para usar todos os
equipamentos especiais de combate a incêndio, se for esperada a sua atuação, ou que o corpo de
bombeiros esteja ciente de sua disponibilidade e operação.
G. Assegure que o suprimento de água tenha capacidade suficiente para mangueiras ou equipamentos
de combate a incêndio adicionais necessários.
H. Determine se haverá necessidade de vigilância contra incêndio e como ela será feita.
I. Identifique os recursos e equipamentos necessários para recuperação de salvados.
2.2.3.4 Pratique e avalie os planos de preparação para incidentes e de resposta a emergências de forma
regular e programada para garantir seu funcionamento correto. Isso pode ser feito por meio de leituras
conjuntas do plano ou por simulação de situação prática em larga escala.
A. Desenvolva cenários possíveis de incidentes na unidade (ex., incêndios em líquidos igníferos, em
pátios de toras e em correias transportadoras, incêndios por exposição e desativações da proteção contra
incêndio). Considere incluir fatores adversos como um lago congelado destinado ao suprimento de
recalque, acesso limitado em clima de congelamento, incêndio florestal que exponha várias edificações
etc., se esses forem cenários possíveis.
B. Realize treinamentos conjuntos com simulação para garantir que todos os aspectos do plano
funcionem de forma eficaz. Inclua nas simulações o corpo de bombeiros, o grupo de resposta
a emergências relacionadas a materiais perigosos, a gerência local de emergências e o pessoal de
instalações. As simulações conjuntas ajudam a entender o inter-relacionamento das ações de cada um
dos grupos.
C. Teste as conexões de comunicação entre a unidade, o corpo de bombeiros e outras entidades
relacionadas para garantir sua eficácia.
D. Designe uma pessoa para se reunir com o corpo de bombeiros e fornecer todas as informações
relevantes, tais como sistemas de proteção contra incêndio em operação e sua localização dentro da
edificação, status de bombas de incêndio (em funcionamento ou não) e sua localização etc.
E. Utilize o programa de treinamento da FM Global Fighting Fire in Sprinklered Buildings (consulte
a Seção 4.1). Esse programa é gratuito para o corpo de bombeiros e os clientes da FM Global. Embora
seja projetado especificamente para o corpo de bombeiros, esse treinamento também beneficia o grupo
de resposta a emergências da unidade.
F. Considere os recursos disponíveis por meio dos consultores de resposta a emergências da FM Global.
O treinamento para o corpo de bombeiros e a gerência local da unidade pode ser fornecido localmente
pelos consultores ou na unidade de treinamento em Rome, Geórgia, EUA.
2.2.3.5 Determine as funções necessárias do grupo de resposta a emergências com base na unidade. As
funções e responsabilidades mais comuns desse grupo são descritas na Tabela 2.2.3.5. No mínimo, devem
ser cobertas as seguintes responsabilidades: coordenador do grupo de resposta a emergências, notificador,
operador de válvulas de controle de sprinklers e operador de bomba de incêndio (se houver bombas de
incêndio). Cada unidade tem necessidades diferentes, e é compreensível que, em alguns casos, os
locatários podem não ter acesso a válvulas de controle de sprinklers e salas ou áreas de bombas
de incêndio.
2.2.3.5.1 Treine o pessoal que trabalha fora do horário de operação (segurança, manutenção etc.) nas
prioridades do plano de resposta a emergências. Assegure que recebam o mesmo treinamento que o grupo
de resposta a emergências e que as tarefas de resposta incluam:
A. Conhecer os procedimentos que devem ser executados durante e após uma emergência.
B. Fazer soar o alarme de incêndio.
C. Notificar o corpo de bombeiros.
D. Verificar se as válvulas de controle de sprinklers estão abertas e se as bombas de incêndio estão
em funcionamento.
E. Conduzir o pessoal do corpo de bombeiros até a área de origem do incêndio.
F. Notificar as autoridades da unidade.
2.2.3.6 Planeje o acesso do corpo de bombeiros (via Knox Box ou tecnologia similar) durante os períodos
em que a unidade possa estar desocupada. Inclua listas de chamadas ou recursos similares, pois eles
podem ser valiosos para o pessoal de resposta.
2.2.3.7 Forneça ao corpo de bombeiros, na chegada, todas as informações relevantes, inclusive sistemas
de sprinklers automáticos em operação, localização de sistemas de sprinklers e bombas de incêndio em
operação e confirmação do funcionamento de bombas de incêndio.
2.2.4 Inundação
2.2.4.1 Inclua no plano de resposta a emergências de inundação as exposições, o impacto no negócio, um
sistema confiável de alerta, e soluções viáveis e com bom custo/benefício de mitigação.
2.2.4.2 Descreva o risco e todos os cenários prováveis de inundação. Itens importantes a serem incluídos:
A. O evento climático que provocará uma inundação e de onde a água da inundação virá.
B. O tempo de antecedência provável do alerta.
C. Por quanto tempo a água permanecerá na unidade.
D. As velocidades esperadas da água de inundação contra edificações e ativos essenciais.
E. Um mapa que mostre a extensão de inundações com níveis e profundidade máximos, em
comparação com o piso acabado e outras elevações de edificações e utilidades essenciais.
2.2.4.3 Descreva áreas essenciais com probabilidade de inundação e o impacto na operação devido ao
evento e ao processo de recuperação. Inclua detalhes suficientes para permitir a priorização de ações de
emergência apropriadas para o negócio e indique o ponto de partida para a identificação de opções de
proteção (total e/ou parcial) e seus recursos (permanentes ou temporários).
2.2.4.4 Inclua um método prontamente disponível, confiável e prático para obter um alerta de inundação.
A precisão e o tempo de antecedência dos alertas são fundamentais para procedimentos de emergência,
pois estabelecem quando a ação deve ser iniciada. Em áreas sem alerta, é importante encontrar meios
alternativos de detectar inundações iminentes. Tempos de alerta curtos restringem a aplicação de medidas
temporárias em favor de medidas permanentes (que não requerem intervenção manual) para permitir
a implementação dentro do tempo disponível do alerta. O acesso à unidade pode ser restrito por
autoridades locais, o que limitará o número de pessoas disponíveis para implementar o plano de resposta.
Tempos de alerta longos permitem a implementação de mais opções temporárias. O tempo de alerta
é medido em relação ao tempo necessário para ativar o plano de emergência.
2.2.4.5 Identifique tarefas específicas que serão atribuídas ao pessoal disponível.
2.2.4.6 Providencie procedimentos para as seguintes ações, se aplicáveis:
A. Interromper/desenergizar processos e utilidades de maneira ordenada a fim de reduzir o volume de
danos causados pela água de inundação.
B. Elevar e transferir equipamentos, conteúdos e registros vitais de alto valor e fácil remoção.
A transferência de conteúdos pode exigir aquisição ou locação de equipamentos especiais.
C. Fechar válvulas de emergência de drenos de esgoto e utilidades a fim de evitar retorno pelo
perímetro protegido.
D. Monitorar e gerenciar infiltrações e vazamentos pelo perímetro protegido por meio de bacias de
contenção/barreiras e bombas de sucção. Verifique as bombas de sucção para garantir que estejam em
operação ou prontas para operar.
E. Evitar a entrada de água em áreas importantes com o uso de equipamentos de combate
a inundações certificados pela FM Approvals, tais como barreiras de aberturas, barreiras temporárias de
perímetros, bombas de combate a inundações e válvulas de mitigação de inundações. Considere todo
o perímetro (ou envelope) protegido, inclusive lajes de piso, paredes, porões (pisos e paredes) e
passagens de utilidades através do perímetro de proteção. Guarde esses equipamentos localmente se o
tempo para levar o material até a unidade e montá-lo exceder o tempo de alerta ou se o transporte até a
unidade puder ser impedido ou atrasado durante uma inundação. Se não for prático guardá-los na
unidade, um método menos preferencial seria a armazenagem externa, caso haja tempo suficiente para
iniciar a resposta à inundação, coletar os materiais e enviá-los, reunir o grupo de resposta e implementar
a proteção.
F. Considerar infiltrações e vazamentos em barreiras, passagens vedadas e outros elementos fracos do
perímetro protegido providenciando capacidade de armazenagem e/ou bombeamento. Em áreas com
solo altamente permeável (ex., material aluvial grosso), as águas de inundação podem contornar
barreiras e entrar na unidade através do solo.
G. Garantir que todos os componentes do perímetro protegido, em especial os porões, tenham força
suficiente para resistir às forças hidrostáticas geradas por uma inundação, tendo em mente que
a maioria deles não é projetada para tais condições.
H. Desligar sistemas de líquidos igníferos e de gases inflamáveis.
I. Proteger equipamentos importantes contra danos gerados por água quando a resistência a inundações
não for possível. Considere o uso de componentes impermeabilizantes, selantes ou antiferrugem, além
da desenergização.
J. Encher tanques de armazenagem que estejam vazios para evitar que flutuem.
K. Assegurar que os suprimentos de reserva de energia elétrica (geradores) estejam funcionando,
localizados acima dos níveis de inundação e acessíveis durante uma emergência. Garanta que haja
combustível suficiente disponível ou que ele possa ser entregue com segurança durante o evento.
L. Instalar equipamentos de comunicação de emergência.
M. Monitorar o acesso à propriedade e utilidades externas durante a inundação.
N. Manter os equipamentos de proteção contra incêndio operando pelo maior tempo possível.
2.2.4.7 Inclua um plano para minimizar o risco de incêndio durante e após a inundação.
2.2.4.7.1 Certifique-se da integridade do sistema elétrico e, só então, restabeleça os serviços elétricos
um item por vez.
2.2.4.7.2 Execute trabalho a quente apenas quando necessário e de maneira segura, com uso do Sistema
de Autorização para Trabalho a Quente da FM Global, e apenas após os sistemas de proteção contra
incêndio estarem restabelecidos e os materiais combustíveis removidos da área do trabalho a quente.
Consulte a Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de Trabalhos a Quente.
2.2.4.7.3 Verifique toda a armazenagem de líquidos igníferos e sistemas de tubulações de gases
inflamáveis quanto a vazamentos antes de restabelecer a operação.
2.2.4.7.4 Verifique todos os tanques para ver se há vazamentos.
2.2.4.7.5 Removas os entulhos combustíveis à medida que se acumulam.
2.2.4.8 Inclua um plano para recolocar os sistemas de proteção contra incêndio em serviço imediatamente
por meio das seguintes ações:
A. Faça funcionar ou teste a bomba de incêndio, o motor da bomba de incêndio e o painel de controle.
Repare danos por inundação.
B. Examine a fonte de água da bomba de incêndio (principalmente corpos de água a céu aberto) para
assegurar que entulhos não entrem na linha de sucção da bomba e no sistema de sprinklers.
C. Verifique a tubulação de distribuição do sistema de proteção contra incêndio e os tanques de água
quanto a solapamentos.
D. Remova a água e o lodo dos poços de válvulas da proteção contra incêndio.
E. Inspecione a rede de tubulação do sistema de sprinklers quanto a danos e repará-la, se necessário.
F. Teste todas as válvulas de controle de sprinklers para assegurar que estejam na posição totalmente
aberta, operáveis e intactas.
G. Verifique todos os sistemas de alarme da proteção contra incêndio e fazer os reparos necessários.
2.2.4.9 Inclua um plano de recuperação para o rápido restabelecimento das operações do maior número
possível de atividades do negócio. Consulte a Norma Técnica 10-5, Disaster Recovery Planning, além de
incluir as seguintes ações:
A. Priorizar as ações de limpeza.
B. Planeje a remoção de lama, lodo e entulhos de edificações e equipamentos com a contratação de
empresas especializadas. Considere a possibilidade de atraso na limpeza.
C. Priorize a remontagem ou a substituição da maioria dos equipamentos importantes.
C. Impossibilidade de acesso à unidade devido a condições viárias inseguras causadas por neve e/ou
chuva congelada. A duração da inacessibilidade de vias de acesso varia com base na capacidade das
autoridades locais de remover a neve e tratar as vias, especialmente em caso de chuva congelada. As
áreas não sujeitas a clima regular de inverno geralmente não contam com esse tipo de equipamento, e as
vias de acesso em uma grande área podem ficar intransitáveis por mais de três dias.
Essa recomendação se aplica a locais com histórico de perda de utilidades por pelo menos 24 horas ou
nos quais a zona com temperatura diária mínima de 100 anos varia de -6,7°C (20°F) a -20,6°C (-5°F),
inclusive.
2.2.5.2 Implemente os procedimentos aplicáveis do plano de resposta a emergências de congelamento antes
do início da temporada de inverno:
2.2.5.2.1 Prepare todas as edificações para a temporada de inverno executando as ações a seguir. Isso
inclui edificações com líquidos congeláveis, inclusive água de consumo, água refrigerada, torres de
resfriamento, água de processo, sistemas de sprinklers de tubulação molhada, salas de válvulas de
tubulação seca e áreas de bombas de incêndio.
A. Verifique se há aquecimento adequado (ex., mínimo de 4°C [40°F]) e isolamento e se o envelope das
edificações está devidamente vedado em todas as edificações onde isso for necessário para evitar danos
por congelamento causados por baixas temperaturas. Considere os pontos mais frios da edificação,
inclusive:
1. Partes superior e inferior de escadas com portas externas.
2. Cantos nos lados da direção do vento, beirais e espaços confinados sem aquecimento direto.
3. Edificações com sistemas de sprinklers de tubulação molhada, além de áreas de bombas de
incêndio. Assegure que as áreas de bomba de incêndio com acionadores de motor diesel tenham
uma temperatura mínima de 21°C (70°F).
4. Átrios e pórticos (principalmente acima de forros falsos).
5. Proximidades de portas de docas de expedição.
6. Proximidades de grandes tomadas de ar ou exaustores.
7. Trailers e estruturas temporárias de alojamento/escritórios.
8. Coberturas.
B. Verifique se o sistema de monitoração de temperatura está funcionando adequadamente e se inclui
todas as áreas/edificações normalmente frias, como coberturas e espaços confinados e/ou acima de
forros falsos com tubulações ou equipamentos vulneráveis, e monitore atentamente essas áreas. Se
necessário, providencie termômetros adicionais.
C. Revise os planos de contingência para equipamentos relacionados a itens suscetíveis a congelamento,
com ênfase em gargalos de processos importantes para a produção. Inclua equipamentos, serviços ou
linhas de processos localizadas externamente ou em edificações não aquecidas/sem supervisão, sifões
de vapor sem autodrenagem, drenos de líquidos e linhas de óleo combustível com alto ponto de fluidez.
D. Revise os planos de inspeção de tubulações de sistemas de sprinklers, água de serviço e outras
tubulações quanto a vazamentos após períodos de frio incomum.
E. Verifique se há suprimentos de emergência e se eles estão em boas condições. Considere os
seguintes itens:
1. Encerados extras para quebra-vento
2. Mangueiras de vapor para descongelar linhas congeladas
3. Aquecedores portáteis para manter as equipes de reparo aquecidas ou para evitar o congelamento
de salas de instrumentos
4. Suprimentos anticongelamento para sistemas de resfriamento
5. Pás, carrinhos de mão e sopradores de neve
6. Roupas quentes e protetores de mãos para as equipes operacionais e de manutenção
A. Inspecionar o envelope da edificação em todos os turnos e fechar quaisquer aberturas para o exterior
que não devam estar abertas. Verificar se portas e janelas estão fechadas e se venezianas/dampers de
exaustão estão funcionando apropriadamente.
B. Determinar se as operações devem ser interrompidas. Isso inclui monitorar e/ou contatar
fornecedores externos de energia elétrica, gás natural e outras utilidades para possíveis desligamentos
ou reduções.
C. Aumentar a temperatura de edificações e não reduzir temperaturas quando as edificações estiverem
sem supervisão, como à noite, aos finais de semana e, principalmente, durante feriados prolongados.
Isso é especialmente importante quando o suprimento de combustível de aquecimento ou energia
elétrica puder ser interrompido.
D. Verificar colunas de alimentação de sprinklers automáticos diariamente quanto a tubulações
congeladas abrindo os drenos das colunas (se isso for seguro) e observando a queda de pressão.
E. Definir prioridades para o uso de vapor a fim de manter equipamentos importantes em funcionamento.
F. Verifique áreas que possam estar sujeitas a congelamento. Instrua o pessoal a investigar e
providenciar calor adicional em qualquer área após a ativação de um alarme de baixa temperatura.
G. Mantenha desobstruídos todos os drenos de telhados.
H. Use o Sistema de Autorização para Trabalho a Quente da FM Global para qualquer equipamento
portátil de aquecimento ou atividade de reparo necessária. Evite o uso de chamas abertas ao
descongelar tubulações e equipamentos. Consulte a Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de Trabalhos
a Quente. Além disso, considere riscos adicionais criados por combustíveis ou cilindros de gás
associados a equipamentos portáteis de aquecimento.
I. Em regiões sem recursos adequados de tratamento de vias públicas, obtenha matérias-primas
essenciais que possam ficar escassas e faça a expedição de produtos acabados.
2.2.5.4 Inclua no plano de resposta a emergências de congelamento os procedimentos aplicáveis quando
o aquecimento de edificações e os esforços para restabelecer esse aquecimento falharem:
1. Inspecione o envelope da edificação e feche quaisquer aberturas para o exterior. Verifique se estão
fechadas todas as portas, janelas, venezianas/dampers, inclusive dentro de unidades de
movimentação de ar, ou outras aberturas. Considere a instalação de mantas de isolamento sobre
venezianas e dampers. Abra painéis em unidades de controle de ar para adiar o congelamento de
bobinas de água.
2. Drene tubulações de sprinklers se o congelamento da água nessas tubulações for considerado
iminente. Minimize o tempo de desativação do sistema e siga rigorosamente os procedimentos de
desativação do Sistema de Etiqueta Vermelha de Autorização da FM Global (ou seja, interrupção de
operações perigosas, notificação do corpo de bombeiros, estabelecimento de vigilância contra
incêndio). Consulte a Norma Técnica 10-7, Fire Protection Impairment Management.
3. Desligue de maneira segura equipamentos de produção/processo de acordo com procedimentos
operacionais padrão e de emergência documentados.
4. Drene tubulações de processo e de água de serviço, tubulações de condensado, bombas,
compressores, caldeiras, camisas resfriadas a água, trocadores de calor, sistemas de ar
condicionado, dispositivos operados hidraulicamente e outros equipamentos e sistemas que possam
ser danificados pelo congelamento de água ou outros líquidos. Adicione uma opção anticongelamento
a equipamentos que não possam ser drenados.
Considere abrir torneiras ou saídas de água periodicamente ou deixá-las abertas com vazão de gotejamento
quando a água de serviço ou outros sistemas de água não puderem ser drenados adequadamente, mas
houver pressão de água adequada.
2.2.5.5 Restabeleça com segurança as operações que tiverem sido interrompidas. Inspecione tubulações
de sistemas de sprinklers, água de serviço e outras tubulações, bombas etc. para detectar rachaduras,
vazamentos ou outros danos quando o período de frio incomum terminar ou quando o aquecimento da
edificação for restabelecido. Ligue lentamente todos os sistemas. Tenha cuidado especialmente ao
descongelar tubulações; evite o uso de chamas abertas.
Tabela 2.2.7.2.2. Profundidades aproximadas de neve e gelo para cargas de neve em telhados
Profundidade de placas
Carga de neve do Profundidade típica de Equiv. de profundidade
de neve molhada,
telhado, kN/m2 (psf) placas de neve, mm (in) de gelo, mm (in)
mm (in)
0,5 (10) 200 (8) 150 (6) 2,5 (65)
0,7 (15) 290 (11) 220 (9) 90 (3,5)
1,0 (20) 370 (14) 280 (11) 120 (4,75)
1,2 (25) 430 (17) 330 (13) 150 (6)
1,4 (30) 500 (20) 380 (15) 185 (7,25)
1,9 (40) 620 (24) 470 (19) 240 (9,5)
2,4 (50) 690 (27) 530 (21) 305 (12)
2,9 (60) 770 (30) 590 (23)
3,4 (70) 840 (33) 650 (25)
3,8 (80) 900 (36) 690 (27)
4,3 (90) 960 (38) 740 (29)
4,8 (100) 1020 (40) 780 (31)
5,3 (110) 1120 (44) 860 (34)
5,7 (120) 1220 (48) 940 (37)
2.2.7.2.3 Especifique etapas de resposta à neve e recursos necessários de acordo com as condições da
unidade e a segurança do pessoal. Identifique ações a serem realizadas além da resposta à neve, caso
seja observado um problema estrutural. O plano deve incluir o seguinte:
A. Ações para reduzir o risco associado ao aumento da carga de neve. Entre essas ações estão:
1. Evacuação da edificação e transferência de conteúdos importantes
2. Aceleração do derretimento da neve
3. Remoção da neve
B. Especificação de quem executará as atividades de resposta à neve (ou seja, funcionários da unidade
ou empresa contratada). No caso de empresa contratada, identifique várias delas que sejam capazes de
realizar o trabalho.
C. Métodos e equipamentos necessários para a resposta, como local alternativo para conteúdos,
aumento do aquecimento dentro da edificação, sistemas de derretimento de neve/gelo certificados pela
FM Approvals, mantas de glicol para derretimento de neve, pás, sopradores de neve, pontes rolantes
e cestas etc. Mantenha os drenos desobstruídos para garantir a remoção rápida da neve derretida.
D. Estimativa do tempo necessário para a resposta à neve e principais considerações para maximizar
esforços e reduzir o potencial de danos a equipamentos e superfícies de telhados.
E. Medidas para encarregar um engenheiro estrutural de desenvolver um plano de escoramento se
a resposta à neve não for eficaz para reduzir as cargas em telhados e se forem observados sinais de
problemas estruturais. Os sinais de problemas estruturais e de que o telhado está se aproximando de
seu limite de projeto incluem ruídos estranhos, curvatura ou torção de tetos, esquadrias, tubulações
e redes de dutos.
F. Medidas de preparação para um possível desmoronamento, com foco na limitação de danos
a conteúdos e na prevenção de incêndios após o desmoronamento. Se viável, transfira equipamentos
e inventários para fora das possíveis áreas de desmoronamento e, quando apropriado, desative as
utilidades na área.
2.2.7.3 Mantenha desobstruídos todos os hidrantes e todas as válvulas de controle de sprinklers externas
(válvulas indicadoras de posição e subterrâneas) durante nevascas.
2.2.8 Incêndio florestal
2.2.8.1 Desenvolva um plano de preparação para incidentes por escrito com o corpo de bombeiros.
No mínimo, inclua as seguintes questões:
A. Rotas de acesso e de fuga (inclusive alternativas em caso de rotas bloqueadas por fogo)
B. Recursos e informações de contato para sinalização antecipada
C. Canais de comunicação durante a emergência (use telefones celulares ou rádio móvel, pois os cabos
telefônicos são vulneráveis a incêndios)
D. Necessidades do corpo de bombeiros, quando ele puder responder a chamadas de alarme
E. Recursos de combate a incêndio, tais como pessoal, dispositivos e equipamentos (liste e identifique a
localização desses recursos e/ou as capacidades de resposta que estejam disponíveis)
2.2.8.2 Estabeleça um plano documentado para lidar com as atividades de preparação listadas a seguir, se
aplicáveis, antes da evacuação. Devido a evacuações obrigatórias e controle municipal, a permanência na
unidade pode não ser possível por vários dias ou semanas.
A. Remoção de vegetação e entulhos acumulados ao redor do perímetro de edificações e em todo o
telhado, incluindo as calhas.
B. Remoção de armazenagem externa de combustível.
C. Transferência de caminhões e qualquer outro tipo de estoque ou suprimentos valiosos da unidade,
quando isso for prático.
D. Fechamento de envelopes de edificações, inclusive janelas e portas, e instalação de tampas
temporárias em entradas de ar.
E. Desligamento de sistemas de ar condicionado e de evacuação de fumaça.
F. Backup de servidores.
G. Colocação de equipamentos em modo de segurança em caso de expectativa de perda de utilidades.
H. Armazenagem segura ou transferência de tambores plásticos com líquidos igníferos.
I. Confirmação de que a proteção contra incêndio esteja totalmente funcional e em modo automático antes
da evacuação. Planos de preparação para incidentes também podem ser justificáveis em áreas urbanas,
nas quais a evacuação pode ser maior.
2.2.8.3 Treine e equipe totalmente o grupo de resposta a emergências para lidar com emergências
relacionadas a incêndios florestais. A brigada de incêndio deve ter mais membros do que um grupo de
resposta a emergências de incêndio porque o corpo de bombeiros pode não conseguir prestar auxílio
devido ao grande número de propriedades que podem estar expostas ao incêndio. Reconheça que os
esforços do grupo de resposta a emergências podem ser prejudicados devido a evacuações obrigatórias
e necessidade de resposta em sua própria propriedade.
2.2.8.4 Obtenha treinamento sobre como responder a emergências de incêndio florestal com o corpo de
bombeiros local.
2.2.9 Vendaval
2.2.9.1 Estabeleça um grupo de resposta a emergências de furacão para monitorar furacões e implementar
medidas de prevenção de perdas.
2.2.9.2 Confirme a disponibilidade de pessoal suficiente para instalar janelas antifuracão ou
compensados de madeira sobre aberturas de janelas, conforme necessário.
2.2.9.3 Reduza ou elimine possíveis entulhos transportados pelo vento da área externa de edificações
expostas. Isso inclui a fixação de equipamentos ou armazenagens ou sua transferência para a área interna,
se isso for prático.
2.2.9.4 Inspecione painéis antifuracão ou compensados de madeira usados para proteger aberturas antes
da temporada de furacões e antes da aproximação de furacões para garantir que todos os componentes
estejam disponíveis. As ferragens para a instalação de painéis antifuracão, compensados de madeira
e fixações de portas de docas devem ser instaladas previamente para facilitar seu posicionamento antes do
vendaval. Assegure a disponibilidade de pessoal suficiente antes do vendaval para concluir essas tarefas
dentro de um turno de oito horas.
2.2.9.5 Inspecione telhados antes da temporada de furacões, antes da aproximação de tempestades
e após eventos de tempestade para garantir que toda a superfície do telhado esteja livre de folhas e outros
entulhos que possam entupir drenos de telhados ou se tornar entulhos transportados pelo vento.
Inspecione todos os equipamentos instalados no telhado e substitua parafusos que estejam faltando em
equipamentos ou toldos de chuva.
2.2.9.6 Assegure um suprimento adequado de capas de plástico para proteger computadores, teclados,
monitores, impressoras e outros equipamentos valiosos altamente suscetíveis a danos causados por água.
Instale as capas antes de fechar a unidade após a notificação de um furacão iminente.
2.2.9.7 Feche e tranque todas as portas internas e externas e instale fixações temporárias em portas de
docas externas, se necessário. Providencie vedação temporária ou materiais absorventes (toalhas etc.)
para portas deslizantes exteriores, que são particularmente vulneráveis a vazamentos de água de chuva
transportada pelo vento.
2.2.9.8 Inclua os itens a seguir no plano de resposta a emergências, conforme aplicável às condições
específicas da unidade:
A. Inspeção de toda a proteção contra incêndio para garantir que esteja em serviço.
B. Enchimento de todos os tanques de combustível para bombas de incêndio e geradores de emergência
e teste de seu funcionamento.
C. Abastecimento de todos os equipamentos móveis que possam ser necessários após a tempestade
(os suprimentos de combustível podem ficar limitados após tempestades devido à indisponibilidade de
energia elétrica para operar bombas).
D. Verificação e garantia de manutenção apropriada de qualquer equipamento de reserva adicional.
E. Proteção ou transferência de registros vitais.
F. Interrupção de operações que dependam de fontes externas de energia elétrica.
G. Transferência de estoques, armazenagens e equipamentos externos soltos para um local seguro.
H. Garantia de que o grupo de resposta a emergências e outros empregados vitais tenham todos os
suprimentos e equipamentos necessários e apropriados (alimentos, água potável, suprimentos médicos,
lanternas, equipamentos de comunicação com dispositivos de recarga compatíveis com automóveis
para recarregar telefones celulares e outros equipamentos).
I. Reparo e enchimento de todos os tanques de armazenagem subterrâneos e não subterrâneos.
J. Fixação de pontes rolantes externas para evitar sua movimentação e rebaixamento de hastes elevadas.
K. Limpeza de drenos e bacias coletoras.
L. Fechamento de painéis antifuracão ou instalação de tapumes para a proteção de janelas.
M. Fixação de equipamentos móveis externos, inclusive trailers. Transferência de objetos portáteis, até
mesmo os pequenos (como cadeiras, letreiros etc.) para um local interno.
N. Outras atividades específicas da unidade, conforme descrito no plano de resposta a emergências.
B. Estabelece procedimentos de resposta passo a passo para que o grupo de resposta possa lidar com
todas as emergências, inclusive incêndio, inundação, vendaval, terremoto e tempestades de inverno.
C. Comanda as ações do grupo de resposta durante a emergência.
D. Assegura que os membros do grupo estejam em posição e desempenhem as tarefas a eles
designadas.
E. Assegura a disponibilidade de materiais de emergência (para riscos naturais) antes da estação
específica. Equipamentos de combate a inundações certificados pela FM Approvals, compensados de
madeira, pregos, pás para neve, sopradores de neve e bombas portáteis são exemplos típicos, mas
a lista provavelmente incluirá outros itens.
F. Presta apoio ao líder do corpo de bombeiros durante o evento, se necessário. Um sistema de
comando de incidentes é uma atividade importante e essencial nos grandes incidentes. Trata-se de um
conceito de gestão para todos os aspectos de grandes incidentes. O estabelecimento e a operação do
sistema de comando de incidentes são feitos com base no plano de preparação para incêndios.
3.5 Terremoto
É fundamental ter um plano de ação bem definido que possa ser implementado imediatamente após um
terremoto. Detalhes do plano e contratos formais devem ser estabelecidos com bastante antecedência,
já que há pouco ou nenhum tempo de alerta antes da ocorrência de um terremoto.
O plano de resposta a emergências de terremoto deve incluir ações específicas da unidade para minimizar
outros danos e ajudar no pronto restabelecimento dos negócios. O coordenador do grupo de resposta
a emergências iniciará a ativação do plano.
3.5.1 Programa de retomada de ocupação de edificações
O tempo necessário para a realização da avaliação estrutural e a recertificação de uma edificação como
segura para ocupação pode aumentar significativamente o tempo de parada após um terremoto. Isso se
deve à disponibilidade limitada de engenheiros e inspetores de edificações e à quantidade de edificações
que requerem inspeção e recertificação. Para evitar esse problema, um contrato formal deve ser
estabelecido com antecedência para serviços prioritários a fim de facilitar a avaliação estrutural, os reparos
e a retomada da ocupação.
A simples designação de um engenheiro estrutural pode ser suficiente. No entanto, ainda pode levar
semanas ou meses até que sejam concluídas a inspeção pelo departamento de obras e a recertificação
oficial de segurança para ocupação.
Nas unidades em que o pronto restabelecimento dos negócios seja crítico, deve ser firmado um contrato
formal por escrito entre o departamento de obras, o proprietário da edificação e o engenheiro estrutural que
autorize esse engenheiro a inspecionar e recertificar oficialmente edificações específicas. Conhecido como
programa de retomada de ocupação de edificações, ou programa de retomada de negócios, esse acordo
deve ser estabelecido muito antes da ocorrência de um terremoto. Nem todos os departamentos de obras
estão familiarizados com os programas de retomada de ocupação de edificações ou oferecem esse tipo de
programa. Nesses casos, o proprietário da edificação deve apresentar ao departamento de obras uma
petição para um programa desse tipo e trabalhar com um engenheiro estrutural para estabelecer um.
Um exemplo específico de programa de retomada de ocupação de edificações sancionado por um
departamento de obras é o programa desenvolvido pelo Department of Building Inspection (DBI) de São
Francisco, na Califórnia, em conjunto com a Structural Engineers Association of Northern California
(SEAONC), a Building Owners and Managers Association (BOMA) e o American Institute of Architects
(AIA). Informações e a literatura sobre esse programa podem ser encontradas em vários sites (ao
pesquisar por “BORP”), inclusive nos seguintes:
• O site do DBI da cidade e do condado de São Francisco, em sfdbi.org
• O site da SEAONC, em seaonc.org
• O site do Earthquake Engineering Research Institute (EERI) do norte da Califórnia, em eerinc.org
3.5.2 Sistemas de alerta rápido de terremotos
Um sistema de alerta rápido de terremotos é um sistema de sismógrafos, comunicação, computadores
e alarmes projetado para notificação regional de terremotos substanciais em progresso. As ondas iniciais
de um terremoto são detectadas e medidas por sensores próximos do epicentro. Esses dados são
processados rapidamente para que alertas possam ser transmitidos para a região antes da chegada de
tremores fortes. A sinalização pode ir de alguns segundos até um minuto ou mais, dependendo da distância
do epicentro. Sistemas de sinalização rápida de terremotos já foram estabelecidos no Japão e em algumas
regiões de Taiwan, do México e dos Estados Unidos. Quando disponível, um sistema de alerta rápido de
terremotos pode ser usado para sinalizar ao pessoal para que vá um local seguro e inicie o desligamento
de equipamentos, se necessário. Ele também pode ser usado para desligar automaticamente processos ou
equipamentos sensíveis.
3.5.3 Exemplos ilustrativos de sinistros
Quando um terremoto ocorreu em uma fábrica de moldes metálicos, o pessoal estava preparado com um
plano de resposta a emergências de terremoto. Os funcionários foram evacuados e, no mesmo dia, foi feita
uma inspeção das condições do prédio, dos serviços de utilidades e das condições dos equipamentos.
A inspeção dos equipamentos elétricos evitou um incêndio e limitou a perda.
3.6 Incêndio e explosão
3.6.1 Plano de preparação para incidentes vs. inspeções de código de incêndio
Os profissionais que realizam inspeções relacionadas a códigos em uma propriedade são geralmente
integrantes de algum departamento de prevenção de incêndios. Os profissionais que realizam visitas
relacionadas ao plano de preparação para incidentes são geralmente do corpo de bombeiros mais próximo
ou designado. Eles geralmente trabalham com a gerência da unidade para entender as condições e os
riscos da propriedade. O corpo de bombeiros tem um papel fundamental no plano de preparação para
incidentes, assim como a unidade. O desenvolvimento de um bom relacionamento entre o corpo de
bombeiros e a gerência da unidade ajuda a todos a entender os riscos da unidade e as preocupações
associadas à unidade. Segundo informações fornecidas por contatos do corpo de bombeiros para a
FM Global, historicamente, sua intenção não é avaliar violações de códigos como parte de suas atividades
de planejamento de preparação para incidentes.
Uma das partes mais importantes do desenvolvimento de um plano de resposta é a definição de seu plano
de preparação para incidentes em conjunto com o corpo de bombeiros. Um bom plano de preparação para
incidentes envolve a realização de uma visita à unidade junto com o corpo de bombeiros para que, em caso
de emergência, o pessoal e a brigada de incêndio possam atuar como uma equipe. É importante que todos
os envolvidos saibam exatamente quem faz o quê, onde e quando.
3.6.2 Brigadas de incêndio e resposta a incêndios
Em geral, a resposta a incêndios é identificada em três níveis: (1) incipientes, (2) exteriores e
(3) estruturais interiores.
A resposta a incêndios incipientes ocorre quando o pessoal responde a um incêndio diretamente de suas
estações de trabalho, normalmente sem o uso de aparatos de combate a incêndio ou equipamentos de
respiração autônoma. Eles combatem o fogo até que seja preciso afastar-se do calor, fumaça e chamas.
Esse tipo de brigada de incêndio industrial usa extintores de incêndio e hidrantes internos com capacidade
de até 473 L/min (125 gpm).
A resposta a incêndios exteriores ocorre quando o pessoal combate incêndios em espaços abertos, e não
em uma estrutura fechada. (Define-se como estrutura uma construção com um telhado ou teto e pelo
menos duas paredes que possam representar riscos de atingir pessoas, tais como acúmulo de fumaça,
gases tóxicos e calor, semelhantes aos de uma edificação.) Esse tipo de resposta a incêndio é
comumente estabelecido em unidades com produtos químicos e estações de descarga de líquidos
igníferos e gases inflamáveis. São utilizados mangotinhos com vazão de até 1135,6 L/min (300 gpm),
mangueiras de bombeiros e outros dispositivos para a aplicação de agentes especiais. Esse nível de
combate a incêndio requer o uso de aparatos especiais.
A resposta a incêndios estruturais interiores ocorre quando o pessoal treinado no uso de todos os tipos de
equipamentos manuais de supressão de incêndio disponíveis na unidade combate um incêndio. São usados
aparatos completos de combate a incêndio e equipamentos de respiração autônoma.
Baseie a presença e o tipo de brigada de incêndio da unidade (resposta a incêndios industriais, exteriores
avançados ou interiores) no tipo de resposta necessário e nas necessidades da unidade. Nem todas as
unidades requerem brigada de incêndio no local.
3.6.4.1 Ausência de plano de preparação para incidentes em uma fábrica de produtos farmacêuticos
Um quartel do corpo de bombeiros (localizado em uma rua adjacente) fez visitas periódicas a uma unidade
de produtos farmacêuticos, mas nunca formalizou um plano de preparação para incidentes. Um incêndio
teve início no último andar do prédio de cinco andares. O fogo começou em uma caixa usada para estocar
temporariamente as embalagens do laboratório (resíduos do laboratório envolvendo materiais pirofóricos)
que aguardavam a coleta do fornecedor. Os sprinklers foram acionados, e o corpo de bombeiros foi alertado.
Infelizmente, o carro de bombeiros e o líder do corpo de bombeiros local estavam ausentes, atendendo a
outro chamado. O quartel alternativo mais próximo foi alertado, mas não estava familiarizado com a unidade.
Ao chegar, o corpo de bombeiros encontrou um volume muito grande de fumaça no piso superior e os
sprinklers automáticos em funcionamento.
Logo na entrada, eles notaram a placa com a hélice magenta sobre fundo amarelo, indicando a presença
de materiais radioativos, e saíram da estrutura (sem combate interior) com a intenção de deixar os
sprinklers automáticos em funcionamento e controlar o incêndio até a chegada da equipe de materiais
perigosos. Infelizmente, essa equipe vinha de uma cidade próxima e se atrasou. Enquanto esperava pela
equipe, o líder do incidente ordenou que os sprinklers automáticos e a bomba de incêndio fossem
desligados.
Algum tempo após a desativação da proteção por sprinklers automáticos, foram observadas chamas no
telhado. O corpo de bombeiros tentou restabelecer a proteção por sprinklers e recolocar a bomba de
incêndio em funcionamento, mas já era tarde demais. Vários sprinklers na sala de origem do incêndio e em
um espaço confinado próximo a ela haviam sido acionados e o fogo já tinha passado pelo telhado. Foram
iniciadas operações de incêndio exterior para tentar limitar o alastramento do incêndio, mas os danos já
eram significativos.
Com um plano formal de preparação para incidentes, o corpo de bombeiros conheceria o conteúdo do
prédio, e o combate ao incêndio poderia ter começado quase imediatamente após a chegada da equipe,
o que minimizaria a perda substancial.
3.6.4.2 Ausência de plano de preparação para incidentes em uma unidade de armazenagem de rolos
de poliestireno
Por volta das quatro horas da manhã, os operadores do departamento de extrusão de uma unidade de
armazenagem de rolos de poliestireno ouviram um alarme. Um operador entrou rapidamente na sala nº 1
e viu chamas aproximadamente à altura de seus olhos em uma seção de rolos recentemente armazenados
na seção baixa do depósito. O operador tentou usar um extintor de incêndio para combater o fogo, mas com
pouco sucesso. Ele confirmou ter ouvido e visto o spray de água dos sprinklers sobre a área de origem
do incêndio.
Um funcionário verificou que a bomba de incêndio estava funcionando e chamou um gerente para informá-
lo sobre o incêndio. Os bombeiros estavam a apenas 300 m (0,2 mi) de distância e, antes mesmo de serem
chamados, eles chegaram ao local.
Os bombeiros entraram no prédio e abriram a porta corta-fogo da sala nº 1 que havia sido fechada
anteriormente por um funcionário. Houve tentativas de usar mangueiras para suprimir o incêndio.
No entanto, de acordo com alguns relatos, a fumaça era tão densa que havia se tornado difícil avaliar a
área de origem do incêndio. Os bombeiros fizeram furos no telhado da sala nº 1 (quatro aberturas de
1,2 m x 1,2 m [4 x 4 ft]) para combater o incêndio pela parte superior, segundo alegaram.
O líder dos bombeiros ordenou, então, que a bomba de incêndio e os sprinklers fossem desligados. Cerca de
cinco minutos depois, o gerente da unidade chegou e foi informado de que os sprinklers e a bomba tinham
sido desligados. As válvulas foram reabertas, e a bomba partiu novamente cerca de 30 minutos após elas
terem sido bloqueadas.
Depois progredirem pouco no combate ao incêndio por várias horas, os bombeiros começaram a fazer
furos no telhado sobre a sala nº 2. Apesar dos avisos do pessoal da unidade sobre a realização dessas
operações com produção de faíscas, os bombeiros continuaram fazendo furos com grandes esmeris.
Foram feitos cortes através do painel de aço, alguns até mesmo através de partes das vigas. O pessoal da
unidade testemunhou muitas faíscas sobre a sala nº 2 e, então, observou um grande volume de fumaça
vindo dessa segunda parte da unidade. Nesse ponto, há relatos de que havia duas áreas de incêndio,
e que a metade norte da unidade estava sendo envolvida pelas chamas.
O incêndio continuou ao longo da tarde e foi controlado por volta das 16h, doze horas após o chamado
inicial. As salas nº 1 e nº 2 foram totalmente consumidas pelo fogo.
Com um plano formal de preparação para incidentes, o corpo de bombeiros saberia qual mercadoria estava
sendo estocada no prédio. Eles teriam uma planta da unidade para saber quais portas fechar para conter um
incêndio e teriam conhecimento das capacidades da bomba de incêndio e dos sistemas de sprinklers
automáticos.
3.6.4.3 Ausência de plano de preparação para incidentes em uma fábrica de fluidos de perfuração
Pouco antes do amanhecer, um transeunte observou um incêndio em uma unidade localizada nos
arredores de uma pequena cidade e notificou o corpo de bombeiros. O incêndio ocorreu em um prédio de
18 m x 61 m (60 x 200 ft) com estrutura trapezoidal de aço que era utilizado para a armazenagem de
matéria-prima para a unidade, que fabricava fluidos de perfuração especiais para a indústria petrolífera.
Os fluidos de perfuração são usados para reduzir o atrito no processo de perfuração e incluem muitos
produtos diferentes, desde material inerte (como cal e cloreto de cálcio) até cascas de amêndoas e nozes
e produtos à base de lignite. A unidade operava em um turno. As portas estavam trancadas, e a iluminação
externa estava acesa quando a unidade foi fechada. Não havia proteção por sprinklers nem hidrantes
disponíveis.
Ao chegar, o líder dos bombeiros se recusou a combater o incêndio porque não conhecia o conteúdo do
prédio. Isso gerou uma cadeia de eventos, que começou com o fornecimento de normas técnicas pela
unidade. Uma entidade de informações da indústria química foi contatada, a secretaria estadual de
qualidade ambiental chegou e teve início a construção de uma contenção temporária ao redor da unidade
para conter a água de combate a incêndio. Os bombeiros ainda se recusavam a combater o incêndio.
Nesse meio tempo, chegaram os serviços de ajuda mútua. Após dez horas, o corpo de bombeiros iniciou as
atividades de supressão, mas nesse ponto toda a ocupação já estava queimada ou danificada e a maior
parte do prédio estava seriamente danificada.
Com um plano de preparação para incidentes, o corpo de bombeiros conheceria o conteúdo do prédio,
e o combate ao incêndio poderia ter começado quase imediatamente após a chegada da equipe, o que
evitaria uma perda tão substancial.
3.6.4.5 Plano de preparação para incidentes evita grande perda em centro de distribuição de
produtos de papel
Por volta de uma hora da manhã, os funcionários que trabalhavam em uma empilhadeira relataram ouvir um
barulho alto e ver faíscas no teto. A energia elétrica foi cortada nos depósitos norte e sul. O corpo de
bombeiros foi chamado, e o grupo de resposta a emergências da unidade foi alertado. Observou-se, no
momento, que as faíscas tinham incendiado vários paletes estocados em estruturas porta-paletes.
Dentro de aproximadamente 10 minutos, o corpo de bombeiros chegou. Devido a um plano detalhado de
preparação para incidentes, eles se conectaram ao hidrante mais próximo e entraram na unidade. Eles
chegaram rapidamente à área do incêndio e o extinguiram com um único hidrante. Devido à resposta
rápida e ao planejamento, nenhum sprinkler foi acionado durante o incêndio.
O fato de o incêndio ter sido extinto manualmente antes do acionamento dos sprinklers exemplifica
o excelente planejamento da unidade.
3.6.4.6 Plano de preparação para incidentes evita grande perda em incêndio externo
Uma unidade de fabricação e armazenagem foi notificada de que o sistema de sprinklers automáticos havia
sido retirado de serviço no prédio de laminação vizinho, de vários andares, que estava vazio e tinha
construção combustível (localizado a aproximadamente 3 m [10 ft] de distância). Concluiu-se rapidamente
que essa era uma exposição importante para a unidade.
O corpo de bombeiros foi notificado, e foi realizada uma reunião entre eles e a gerência da unidade.
Foi confirmado que a gerência do prédio vazio havia feito as devidas notificações legais para desativar os
sistemas de sprinklers automáticos.
Com a confirmação de que nenhuma medida podia ser tomada para proteger adequadamente o prédio
vazio, a gerência da unidade e o corpo de bombeiros trabalharam para desenvolver um plano de preparação
para incidentes. O plano de preparação para incidentes presumiria que o prédio vazio permaneceria sem
proteção e que a resposta do corpo de bombeiros se concentraria na proteção dos prédios expostos. Além
do plano de preparação para incidentes documentado, a unidade tomou medidas para bloquear várias
janelas que faceavam o prédio vazio. Eles também instalaram câmeras de segurança adicionais para
monitorar a situação no beco estreito entre o prédio vazio e a unidade.
Aproximadamente um ano depois da criação do plano de preparação para incidentes e das melhorias feitas
na unidade, ocorreu um incêndio no prédio vazio. O incêndio foi relatado por um segurança que observou
a presença de fumaça em uma das câmeras de segurança recém-instaladas. O incêndio consumiu todo
o prédio vazio, mas não se alastrou para a unidade de fabricação e armazenagem devido às medidas
tomadas pelo corpo de bombeiros com base no plano de preparação para incidentes e pelo fato de as
janelas terem sido bloqueadas. Os danos se limitaram a algumas áreas do telhado devido a fagulhas
suspensas no ar e danos causados pela água dos hidrantes que penetrou no telhado danificado.
3.6.4.7 Ausência de plano de preparação para incidentes em uma unidade de tratamento térmico
Um tanque de óleo de têmpera de 30 m3 (8.000 gal) de uma unidade de tratamento térmico foi drenado
durante a preparação para mudanças em seu sistema de resfriamento. Com o uso de um maçarico para
recortar um orifício de 0,1 m (4 in) perto do fundo do tanque, um funcionário incendiou uma borra de óleo.
O incêndio prosseguiu por cerca de duas horas e danificou os controles do tanque na área e a estrutura do
prédio que não contava com proteção.
Como isso aconteceu? Quando o tanque foi drenado, ninguém limpou o acúmulo de borras no fundo dele.
Se uma autorização para trabalho a quente tivesse sido utilizada e a unidade tivesse sido revisada por um
supervisor experiente de trabalho a quente, o fato teria sido reconhecido e resolvido. Mas não havia sido
utilizada uma autorização.
O tanque contava com um sistema manual de dióxido de carbono para proteção contra incêndios na
superfície do óleo. Os funcionários ligaram e desligaram o sistema por meia hora antes de chamar o corpo
de bombeiros. A proteção não funcionou para o incêndio no fundo do tanque. Um grupo de resposta
a emergências teria notificado imediatamente o corpo de bombeiros e respondido de forma a combater
o incêndio, mas não havia um grupo.
O corpo de bombeiros chegou, mas sem a espuma necessária para combater um incêndio em óleo. Mais de
uma hora já havia se passado até que a espuma adequada foi obtida. Se houvesse um plano de preparação
para incêndio elaborado com o corpo de bombeiros, sem dúvida eles teriam o equipamento adequado ao
chegar. Mas não havia um.
3.6.4.8 Ausência de plano de preparação para incidentes atrasa o combate do corpo de bombeiros
a incêndio
Uma limpeza química de peças de metal foi feita com álcool, e as peças foram transferidas para uma
secadora. Um operador notou um brilho sob a secadora e foi chamar outro operador para tentar extinguir
o incêndio. Quando os operadores tentaram fazer isso, o incêndio já havia se alastrado para o poço de
limpeza, seguindo um rastro de álcool deixado pelo carrinho de mão e pelo gotejamento das peças.
O corpo de bombeiros foi notificado, enquanto o incêndio continuava a se alastrar para equipamentos
combustíveis adjacentes.
Os bombeiros responderam rapidamente e chegaram 15 minutos após o incêndio inicial ter sido notado.
No entanto, eles não começaram a combater o incêndio devido a preocupações com líquidos igníferos
presentes dentro do prédio. Quando eles decidiram acionar os hidrantes, uma hora e quinze minutos já
haviam se passado. Nesse ponto, o telhado do prédio já tinha começado a desmoronar.
Com um plano formal de preparação para incidentes, o corpo de bombeiros saberia quais líquidos igníferos
podiam estar envolvidos e qual seria a melhor forma de começar a combater o incêndio. A ausência de um
plano de preparação para incêndio elaborado com o corpo de bombeiros levou ao atraso no combate ao
incêndio, o que resultou em uma perda significativamente maior do que o necessário.
3.7 Inundação
A melhor estratégia para evitar os danos associados a inundação é evitar a construção em áreas
propensas a inundações. Ou, se isso não for possível, fazer mudanças físicas nas instalações
existentes para reduzir o potencial de danos.
Três mudanças importantes a serem feitas em uma instalação existente dentro de uma zona de inundação
são: (1) elevar permanentemente equipamentos e conteúdos 0,6 m (2 ft) acima do nível de inundação
esperado; (2) evitar a entrada de água em edificações; e (3) aumentar a resiliência por meio de ações do
plano de resposta a emergências de inundação e/ou tornar a empresa menos sensível a perdas
por inundação.
A Norma Técnica 1-40, Flood, fornece soluções adicionais que podem reduzir permanentemente o risco.
O objetivo de um plano de resposta a emergências de inundação é reduzir o impacto financeiro da
inundação de forma razoável. Um plano de resposta a emergências de inundação bem planejado pode
reduzir significativamente, ou até evitar, danos patrimoniais e interrupção do negócio. O histórico de
sinistros da FM Global tem mostrado que unidades com bons planos de resposta a emergências de
inundação reduziram danos de forma significativa e restabeleceram suas operações antes que locais sem
plano ou com plano inadequado. Portanto, todas as unidades expostas a inundações devem ter um
plano atualizado.
4.0 REFERÊNCIAS
4.1 FM Global
Geral:
• Compreendendo o risco: Lack of Emergency Response (P0034)
• A Pocket Guide to Emergency Response (P9914)
• Pocket Guide: Automatic Sprinklers P8807
• The Emergency Response Team (P8116)
Incêndio e explosão:
• Compreendendo o risco: Lack of Pre-Incident Planning (P0033)
• Pocket Guide to Pre-Incident Planning (P9809)
• Fighting Fire in Sprinklered Buildings (P8708)
• Treinamento on-line da FM Global Fighting Fire in Sprinklered Buildings
• Modelo de Plano de Preparação para Incidentes e de Resposta a Emergências
(https://www.fmglobalfireserviceresources.com)
Inundação:
• Lista de verificação de emergência - Inundação (P9805)
• Plano de Resposta a Emergências de Inundação (P0589)
• Norma Técnica 1-40, Flood
Terremoto:
• Earthquake Checklist (P9807)
• Norma Técnica 1-2, Earthquakes
Vazamentos e derramamentos de líquidos:
• Danos causados por líquidos: Guidelines for Healthcare and Education Facilities (P14004)
• Danos causados por líquidos: Guidelines for Commercial Properties (W151500)
• Norma Técnica 1-24, Protection Against Liquid Damage
• Recursos on-line da FM Global relacionados a danos causados por água:
- www.fmglobal.com/research-and-resources/tools-and-resources/water-damage-resource
- https://web.fmglobal.myriskmanagement.com/LiquidDamage
Vendaval:
• Protecting Your Facility Against Major Windstorms (P9811)
• Protecting Roofing Systems Against Windstorm Damage (P0283)
• Emergency Checklist – Wind (P9308)
Congelamento e neve:
• Protecting Your Facilities from Winter Storms (P0101)
• Freeze-up Checklist (P9521)
• Norma Técnica 1-54, Roof Loads and Drainage
• Norma Técnica 9-18/17-18, Prevention of Freeze-Ups
Incêndio florestal:
• Compreendendo o risco: Wildland Fire Exposure (P0414)
• Norma Técnica 9-19, Wildland Fire
4.2 Outras
Deutsches Institut für Normung e.V. (norma nacional alemã). DIN 14095, Ground Plans for Components for
Buildings for Fire Brigade Use.
National Fire Protection Association (NFPA) 1081, Standard for Facility Fire Brigade Member Professional
Qualifications
National Fire Protection Association (NFPA) 1620, Standard for Pre-Incident Planning
National Fire Protection Association (NFPA) 1561, Standard on Emergency Services Incident Management
System and Command Safety.
National Fire Protection Association (NFPA) 600, Standard on Facility Fire Brigades.
Outubro de 2021. Revisão intermediária. Pequenas mudanças foram feitas nas diretrizes relacionadas
a riscos de neve e ao modelo do plano de preparação para incidentes.
Julho de 2021. Este documento foi totalmente revisado. As mudanças significativas incluem:
A. Título alterado de “Plano de Preparação para Incidentes” para “Plano de Preparação para Incidentes
e de Resposta a Emergências”.
B. Incorporado o conteúdo da Norma Técnica 10-2, Emergency Response. A Norma Técnica 10-2 não
está mais em uso.
C. Conteúdo reestruturado para destacar diretrizes com base em riscos.
D. Adicionada a diretriz para vazamentos e derramamentos de líquidos e incêndios florestais.
E. Melhoradas as recomendações de monitoração e remoção de neve.
F. Adicionada a diretriz do plano de preparação para incidentes para incêndios de grande desafio,
nos quais é necessária extinção manual do incêndio.
G. Atualizadas as perdas ilustrativas.
H. Revisado o modelo do plano de preparação para incidentes.
Abril de 2018. Este documento foi totalmente revisado. As mudanças significativas incluem:
A. Título do documento alterado de Pre-Incident Planning With the Public Fire Service para
Pre-Incident Planning.
B. Adicionadas informações sobre experiência em perdas.
C. Adicionados formulários de coleta de dados para auxiliar na definição do plano de preparação
para incidentes.
D. Reorganizado o documento em um formato consistente com outras normas técnicas.
Maio de 2003. Pequena revisão da seção intitulada ‘‘3.2 Histórico de sinistros’’. Além disso, pequenas
alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Janeiro de 2002. Provisões para a implementação do sistema de comando de incidentes foram adicionadas
(Seção 3.1.2).
Janeiro de 2001. Primeira edição deste documento.