Projecto de Combustivel Versao Final

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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Engenharia
Cursos de Licenciatura em: Engenharia Mecânica
Campus Universitário – Bairro Eduardo Mondlane

Projecto de Redes de Fluidos

Projecto de Líquidos Combustíveis


(Dimensionamento de Tanque subterrâneos, Tubulações
não-metálicas e de Bomba para um posto de
Abastecimento de Líquidos da Classe II e III)

Ângelo José Marcelino dos Santos

Pemba, 2016
Ângelo José Marcelino dos Santos

Projecto de Líquidos Combustíveis


(Dimensionamento de Tanque subterrâneos, Tubulações
não-metálicas e de Bomba para um posto de
Abastecimento de Líquidos da Classe II e III)

Trabalho de carácter avaliativo da


disciplina de Projecto de Redes de
Fluidos do Curso de Licenciatura em
Engenharia Mecânica 4° Ano, a ser
apresentado ao docente da cadeira.

Eng° Wine Jó, Lic.

Pemba, 2016
Resumo

Este projecto esta integrado na disciplina de Projecto de Redes de Fluidos, e focaliza na


análise dimensional dum sistema integrado por tanque, tubulações e bomba, e o
desenvolvimento do mesmo esta orientado de seguinte maneira: Capitulo 1: Faz uma breve
introdução até as suas hipóteses; Capitulo 2: Neste capítulo faz-se um detalhamento de
selecção de um tanque subterrâneo conforme nas normas brasileiras, e descreve os
componentes que vai dimensional e selecciona o material de construção da tubulação;
Capitulo 3: Faz uma análise dimensional das linhas de sucção e descarga com as suas perdas
de cargas devido as singularidades e como resultado faz-se a escolha da bomba compatível ao
sistema de abastecimento dos líquidos combustíveis; Capitulo 4: Apresenta o layout da
instalação de uma bomba de combustível somente para as unidades delimitadas; Capitulo 5:
Descreve as razões que levam ao vazamento e precações na instalação de bomba de
abastecimento nas tubulações e monitoramento das pressoes; Capitulo 6: Faz menção sobre
principios basicos de manutenção nos tanques e unidade de abastecimento segundo NBR
15594-3; Capitulo 7: Descreve sobre os aspectos ambientais que se podem causar e precaver
acidentes ambientas. No final, é apresentado a conclusão, bibliografia e os anexos
referenciados ao longo do projecto.

Palavra-chaves: selecção, dimensionamento, reservatório, tubulação, sucção, descarga,


bomba, instalação, abastecimento, perda de carga.
Abstract

This project is integrated in the discipline of Fluid Networks Project, and focuses on the
dimensional analysis of a system integrated by tank, pipes and pump, and the development of
the same is oriented as follows: Chapter 1: Brief introduction to your hypotheses ; Chapter 2:
In this chapter we make a detailed selection of an underground tank according to the
Brazilian standards, and describes the components that go dimensional and select the
construction material of the pipe; Chapter 3: Perform a dimensional analysis of the suction
and discharge lines with their load losses due to the singularities and as a result the choice of
the pump is compatible with the system for supplying the combustible liquids; Chapter 4:
Displays the layout of the installation of a fuel pump only for the delimited units; Chapter 5:
Describes the reasons that lead to the leakage and precautions in the installation of pump of
supply in the pipes and monitoring of the pressures; Chapter 6: It mentions basic principles of
maintenance in tanks and supply unit according to NBR 15594-3; Chapter 7: Describes the
environmental aspects that can be caused and prevents environmental accidents. At the end,
the conclusion, bibliography and annexes referenced throughout the project are presented.

Key-words: selection, sizing, reservoir, piping, suction, discharge, pump, installation,


supply, pressure drop.
SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


NBR Norma Brasileira
ASME American Society of Mechanical Engineers
ASTM American Society for Testing and Materials
LPM Litros por minutos
IT Instrução técnica
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
PM Posto de abastecimento
SASC Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis
SIMBOLOGIA

Desnível geométrico [m]


Hm Altura manométrica [m]
Perda de carga na conduta de sucção [m]
Perda de carga na conduta de descarga [m]
Perda de carga total/do sistema [m]
Coeficiente de atrito (coeficiente que depende do
Regime de Escoamento (Laminar Ou Turbulento) e
da Rugosidade Relativa da Parede Do Conduto)
Diâmetro da linha de sucção [m]
Velocidade de escoamento na sucção [ m/s ]
Diâmetro da linha de descarga [m]
Velocidade de escoamento na descarga [ m/s ]
Reynolds
Lq Comprimento equivalente dos acessórios [m]
Lsuc Comprimento da linha de sucção [m]
Ldesc Comprimento da linha de descarga [m]
Lt Comprimento total da conduta [m]
K Coeficiente variável, função dos custos de
investimento e de operação. Actualmente, K varia
entre 0,8 e 1,3 (valor comum =1,0).
Peso específico do material 3
[ ]
3
Vazão do sistema [ m /s ]
Rendimento do conjunto [ %]
Potência necessária para o accionamento da bomba [ CV ] ou [
kwatt ]
Potência de instalação [ CV ] ou [
kwatt ]
L Litros [l]
Kpa Quilopascal [Kpa]
M³ Metro cúbico [ m3]
m Metro [ m]
min Minuto [ min ]
s Segundo [s]
P1 Pressão no reservatório de sucção [ kg/m2 ]
P2 Pressão no reservatório de descarga [ kg/m2 ]
g Aceleração da gravidade [ m/s2 ]
Viscosidade cinemática do fluido [ m2/s ]
Índice de Figuras
Figura 1: Ilustração de tanque de armazenamento de combustíveis ........................................ 17

Figura 2: Distâncias recomendadas para construção da linha de sucção segundo a NBR


14722:2001 .............................................................................................................................. 22

Figura 3: Representação da tubulação de sucção e descarga (adaptado) ................................. 22

Figura 4: disposição da tubulação. Adaptado .......................................................................... 23

Figura 5: Layout do sistema de bombeamento de líquido combustível em posto de


abastecimento ........................................................................................................................... 28

Gráfico 6 de selecção (Bombas Albrizzi-Petry S.A.) .............................................................. 38

Gráfico 7 de selecção (Bombas Albrizzi-Petry S.A.) .............................................................. 38

Gráfico 8 -Curvas características de uma bomba, com realce para a curva (NPSH req' Q). ... 38
CAPITULO I ........................................................................................................................ 10

1. Introdução ..................................................................................................................... 10

1. 1. Objectivos ................................................................................................................. 11

1. 1. 1. Objectivo Geral ..................................................................................................... 11

1. 1. 2. Objectivos Específicos .......................................................................................... 11

1. 2. Problema ................................................................................................................... 12

1. 4. Delimitação do tema ................................................................................................. 14

1. 5. Hipóteses ................................................................................................................... 15

CAPITULO 2 ....................................................................................................................... 16

2. DETALHAMENTO DO PROJECTO .......................................................................... 16

2. 1. Descrição de Posto de Combustível .......................................................................... 16

2. 2. Tanque Subterrâneos para Líquidos da Classe II e da Classe III .............................. 17

2. 2. 1. Forma de armazenagem e suas limitações do líquido combustível segundo IT nº


27/2004 de NBR-7505/2000 ................................................................................................ 19

2. 3. Tubulações não-metálicas ......................................................................................... 19

2. 3. 1. Condições específicas de utilização ABNT NBR 14722:2001............................. 20

2. 3. 2. Distâncias recomendadas para construção da linha de sucção segundo a NBR


14722:2001 ........................................................................................................................... 21

CAPITULO 3 ....................................................................................................................... 23

3. Dimensionamento do sistema de bomba de abastecimento integrado .......................... 23

3. 1. Tubulação .................................................................................................................. 23

Descrição dos componentes e parâmetros intervenientes no sistema ........................... 23

Diâmetro da Tubulação (Fórmula de Bresses).............................................................. 24

Análise de perda de carga e altura manométrica .......................................................... 24

Analise pelo metodo de comprimento equivalente da perda de carga .......................... 25

Selecção da Bomba ....................................................................................................... 27

Determinação da potência necessária para o accionamento e de instalação ................. 27


CAPITULO 4 ....................................................................................................................... 28

4. Layout do sistema ......................................................................................................... 28

CAPITULO 5 ....................................................................................................................... 29

5. Vazamento e Precações na Instalação de Bomba de Abastecimento ........................... 29

5. 1. Detecção de vazamento............................................................................................. 29

5. 1. 1. Detecção de vazamento em tubulações................................................................. 29

5. 1. 2. Monitoramento da pressão .................................................................................... 29

5. 2. Precações na Instalação de Bomba de Abastecimento ............................................. 30

CAPITULO 6 ....................................................................................................................... 31

6. Principios basicos de Manutencao nos Tanques e Unidade de abastecimento segundo


NBR 15594-3 ....................................................................................................................... 31

Operacional .......................................................................................................................... 31

Técnica ................................................................................................................................. 31

6. 1. Unidade de abastecimento ........................................................................................ 31

6. 2. Tanque....................................................................................................................... 32

CAPITULO 7 ....................................................................................................................... 33

7. Aspectos Ambientais .................................................................................................... 33

Conclusão ............................................................................................................................. 35

Bibliografia........................................................................................................................... 36

ANEXOS .............................................................................................................................. 38
CAPITULO I

1. Introdução
Combustíveis são os produtos petrolíferos destinados a ser utilizados através de
combustão, líquido combustível é todo produto que possua ponto de fulgor igual ou superior
a 70° C e inferior a 93,3° C. Posto de Abastecimento – instalação que possui equipamentos e
sistemas para o armazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume
apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres,
aeronaves, embarcações ou locomotivas e cujos produtos sejam destinados exclusivamente ao
uso do detentor das instalações ou de grupos fechados de pessoas físicas ou jurídicas,
previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, condomínios,
clubes ou assemelhados.

10
1. 1. Objectivos

1. 1. 1. Objectivo Geral

 Dimensionar o sistema de reservatório, tubulações e bombas para um posto de


combustível de líquidos combustíveis.

1. 1. 2. Objectivos Específicos

 Descrever as principais unidades de uma bomba de combustível que o projecto vai


dimensionar;
 Determinar segundo Normas Regulamentadoras critérios de instalação e parâmetros
intervenientes de construção de reservatórios, tubulações e bombas;
 Apresentar principais cuidados de segurança dos postos de combustíveis e
manutenção das unidades delimitadas.

11
1. 2. Problema
O posto de combustível deve possuir parâmetros que lhe proporcionam um acesso
seguro, como a iluminação e sinalização, assim como deve possuir um bom espaço para a
circulação de veículos e pessoas dentro do mesmo. Deve ser analisado, também, se o local
escolhido está em área de risco de acidentes naturais, como enchentes e deslizamentos. Deve-
se analisar se a avenida/rua em que ele se encontra sofre de bloqueios temporários, como blitz
de trânsito e feiras. Além disso, deve-se verificar se no local é permitido a construção de um
posto de combustível (regido pelo plano director), porem no domínio dimensional deve-se
determinar todas essas variáveis seguindo normas, e para este projecto fara sua dimensão
envolta da questão:

 Quais são os parâmetros necessários para a instalação de reservatório


subterrâneo, selecção da tubagem e bombas a se utilizar num posto de
combustível?

12
1. 3. Justificativa

A localização de um posto de combustíveis é um dos principais factores para o sucesso


do empreendimento. A escolha do local deve levar em conta, inicialmente, o tráfego, a
direcção e o volume de veículos nas redondezas, pois esses são itens fundamentais para se ter
em causa numa instalação de bomba de combustível. Um aspecto que também deve ser
considerado é a acessibilidade e a visualização do local, pois o local deve ser de fácil acesso,
e deve ter boa visibilidade para os veículos que estiverem passando nas vias. Outro factor que
deve ser levado em consideração, é a infra-estrutura: o local onde o posto de combustível for
instalado deve possuir energia eléctrica, telefonia, internet e sistema de água e esgoto, além
de uma via, preferencialmente, asfaltada.

A escolha do tema tem dois factores preponderantes:

1. Curiosidade e desafio na elaboração de um projecto consciso com base nas normas de


líquidos combustíveis - postos de abastecimentos;
2. Conciliar os conhecimentos adquiridos das várias disciplinas sobre o escoamento de
fluidos.

13
1. 4. Delimitação do tema
O projecto será realizado na Universidade Lúrio – Faculdade de Engenharia,
Departamento de Engenharia Mecânica, na Província de Cabo Delgado, cidade de Pemba no
período de Setembro a Novembro de 2016.

O projecto será desenvolvido visando primeiro a selecção de tanque de combustível


segundo a norma ABNT NBR-7505/2000, e o dimensionamento das linhas por onde escoara
o fluido das classes II e III sendo as tubulações de sucção e de descarga, basear-se-á também
na selecção da bomba centrifuga que fica acoplada a unidade de abastecimento.

14
1. 5. Hipóteses
Para solucionar o problema estabecido o projecto basear-se-á:

 Na utilização de normas técnicas e resoluções para a devida instalação de


reservatórios;
 No dimensionamento de tubulação para a selecção do diâmetro e material adequado
na sucção, pressão e retorno;
 Na selecção de uma bomba para um sistema de líquidos combustíveis conforme nas
normais;
 Pré-estabelecer as precauções técnicas contra acidentes conforme nas normas
técnicas.

15
CAPITULO 2

2. Detalhamento do Projecto

2. 1. Descrição de Posto de Combustível


Segundo a Resolução CONAMA nº 273 de 2000 (BRASIL, 2000), que trata do
licenciamento prévio para projectos de localização, construção, instalação, modificação,
ampliação e operação de empreendimentos que exercem actividades que envolvem derivados
do petróleo, define:

Posto de abastecimento (PA): instalação que possua equipamentos e sistemas para o


armazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume apropriado para o
abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves,
embarcações ou locomotivas; e cujos produtos sejam destinados exclusivamente ao uso
detentor das instalações ou de grupos fechados de pessoas físicas ou jurídicas, previamente
identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, condomínios, clubes ou
assemelhados.

Segundo Santos (2005), os postos de combustíveis podem ser constituídos dos seguintes
componentes:

Unidade de abastecimento de veículos (bomba de abastecimento);


Tanques de combustíveis (aéreos ou subterrâneos);
Pontos de descarga de combustíveis, onde os veículos de transporte descarregam o
combustível no empreendimento;
Tanque de recolhimento e guarda de óleo lubrificante usado; tubulações que
comunicam o ponto de descarga com o reservatório e o mesmo com as bombas de
abastecimento;
Edificações onde se localizam geralmente o escritório, loja de conveniência,
sanitários, entre outros;
Sistema de drenagem oleosas e pluviais; equipamentos de protecção e controle de
derrames, transbordamentos e vazamentos de combustíveis;
Equipamentos de segurança quanto a incêndios e explosões.

A Figura 1 mostra uma imagem ilustrativa das estruturas de um posto revendedor de


combustíveis.

16
Figura 1 – Ilustração das estruturas de um posto revendedor. Fonte: Thomé Petróleo (2013)

2. 2. Tanque Subterrâneos para Líquidos da Classe II e da Classe III


Líquidos combustíveis: Líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 37,8oC
acordo com a NBR 7974 são subdivididos em:

Classe II: líquidos com ponto de fulgor igual ou superior a 37,8oC e inferior a 60oC;

Classe IIIA: líquidos com ponto de fulgor igual ou superior a 60oC e inferior a 93oC;

Classe IIIB: líquidos com ponto de fulgor igual ou superior a 93oC.

Verificam-se as recomendações a seguir para instalações de tanque:

NBR-7505/2000 - Armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis. Parte 1:


Armazenagem em tanques estacionários

Figura 2: Ilustração de tanque de armazenamento de combustíveis

17
Nenhum tanque que não seja enterrado pode ser localizado à distância horizontal
inferior a 3 m de qualquer fonte de calor.
Tanques com capacidade inferior a 2.000 L, individual ou colectiva, devem ser
instalados no pavimento térreo. Caso haja incapacidade técnica de instalar no
pavimento térreo, poderá ser instalado no pavimento logo abaixo deste em uma lateral
do pavimento. Neste caso, deverá ter ventilação permanente entre o local onde se
encontra o tanque e o pavimento térreo; respiro do tanque para local ventilado e
tubulação de enchimento do tanque, com o bico fora da edificação (no térreo). Nesses
casos os tanques deverão ser encerrados em compartimentos especiais, conforme
seguinte:
 Deverá ser substancialmente impermeável a líquidos e hermético a vapores ou
gases, sem aterro;
 Os lados, o topo e o fundo do compartimento deverão ser de concreto armado,
de espessura mínima de 15 cm, possuindo abertura de inspecção, somente no
topo;
 As conexões dos tanques deverão ser construídas e instaladas de tal forma que
nem vapores nem líquidos possam escapar para dentro do compartimento;
 Deverão ser providenciados meios para que possa ser utilizado equipamento
portátil que sirva para retirar quaisquer vapores que se possam acumular em
caso de vazamento.
A cava para instalação do tanque deve ser feita de forma a não comprometer as
fundações de estruturas vizinhas. As cargas das fundações vizinhas não devem ser
transmitidas ao tanque. As seguintes distâncias mínimas, medidas na horizontal
devem ser atendidas: 0,5 m de muros, poços, cisternas a outras construções a limite de
propriedade.
Os pisos dos locais de armazenagem devem ser de material incombustível,
preferencialmente em concreto, em desnível de 0,15 m em relação ao piso do local,
considerando uma faixa lateral de 1,5 m ao redor do local de armazenamento, para
conter o líquido em caso de vazamento, evitando que atinja outras áreas de
armazenagem ou edifícios. A área de armazenagem deverá ser livre de vegetação e de
outros materiais combustíveis.

18
2. 2. 1. Forma de armazenagem e suas limitações do líquido combustível segundo
IT nº 27/2004 de NBR-7505/2000
A armazenagem deve ser feita de acordo com a Tabela do Anexo A. Os depósitos
devem ser construídos de material não combustível. Caso o depósito esteja situado a uma
distância entre 10 m e 15 m de um prédio ou limite da propriedade adjacente, na qual
posteriormente possa ser feita uma construção, a parede contígua a essa propriedade deve ser
não combustível, sem interrupção, com resistência mínima contra o fogo de 60 min. Caso o
armazém esteja situado a uma distância de 8 m a 10 m de um prédio ou limite da propriedade
adjacente, na qual posteriormente possa ser feita uma construção, a parede contígua a essa
propriedade deve ser sem interrupção, com resistência mínima contra o fogo de 180 min.
Caso o armazém esteja situado a uma distância menor que 3 m do limite da propriedade
adjacente, na qual posteriormente possa ser feita uma construção, a parede contígua deve ser
sem interrupção, com resistência mínima contra o fogo de 240 min. Para determinação do
volume máximo de líquidos inflamáveis e combustíveis, deve-se considerar os parâmetros do
Anexo A tabela 2 e do Anexo B da tabela 2. 1. da IT– Ocupação M2.

2. 2. 2. Construção de Salas de Armazenamento Interno segundo Instrução Técnica


nº 27/2004 de NBR-7505/2000

Salas de armazenamento interno deverão obedecer às seguintes exigências, gerais, de


construção: paredes, pisos e tectos construídos de material não combustível, com taxa de
resistência ao fogo não inferior a 2 h.

Aberturas para outras salas ou edifícios serão providas de soleiras ou rampas elevadas,
à prova de passagem de líquido, feitas de material não combustível: as soleiras ou rampas
terão, pelo menos 0,15 m de altura, as portas deverão ser corta-fogo, do tipo aprovado,
instaladas de maneira a fecharem, automaticamente, em caso de incêndio. Uma alternativa
permissível, em substituição das soleiras e rampas, são canaletas de contenção, que,
interligadas entre si, conduzem a um tanque de contenção.

2. 3. Tubulações não-metálicas
Segundo a norma ABNT NBR 14722:2001, define tubulação como o conjunto formado
por tubos e suas conexões, que se ligam ao tanque.

19
2. 3. 1. Condições específicas de utilização com forme a norma ABNT NBR
14722:2001
a) Aplicações

As tubulações não-metálicas podem ser utilizadas para:

Suprimento primário;
Enchimento;
Respiro e recuperação de vapor;
Contenção secundária;
Eliminador de ar do filtro de óleo diesel;
Retorno do filtro de óleo diesel.

Tubos primários de suprimento: Abrangem tanto as linhas sob pressão positiva quanto as
de sucção sob vácuo, sendo que os tubos contêm continuamente combustível líquido.

Tubos de enchimento: Trecho subterrâneo de tubulação, que interliga a descarga selada ao


bocal de entrada de produto no tanque, cuja função é conduzir o produto até o interior do
tanque para seu enchimento.

Linhas de respiro: Trecho subterrâneo e aéreo de tubulação, que interliga o ar atmosférico


ao interior do tanque, cuja função é permitir a entrada de ar ou saída de vapores quando em
operação normal do tanque.

Tubulações de recuperação de vapor: Trecho subterrâneo de tubulação que interliga o


tanque ao caminhão-tanque ou o tanque à bomba de abastecimento de veículo, cuja função é
conduzir vapores de produto.

Contenção secundária: Dispositivo cuja função é reter qualquer vazamento dos tubos que
transportam combustíveis e pode proporcionar um meio para monitorar esta ocorrência.

20
b) Pressão de trabalho

Tabela 1 - Pressões de operação dentro de linhas de tubulações subterrâneas (ABNT NBR 14722:2001)

c) Temperaturas de operação

Operar na faixa de temperatura entre - 20°C e 50°C.

d) Compatibilidade com o combustível

As tubulações, inclusive a secundária, devem ser compatíveis com os combustíveis, no


estado líquido ou de vapor, sem degradar ou modificar excessivamente as propriedades, por
toda a vida da instalação. Os fabricantes devem fornecer orientação aos projectistas de
instalações sobre qualquer característica do material que possa afectar a integridade da
instalação, por exemplo, o inchaço e a expansão linear do tubo.

2. 3. 2. Distâncias recomendadas para construção da linha de sucção segundo a


NBR 14722:2001
20 m é a distância máxima entre o tanque de armazenamento de combustível e a bomba
de abastecimento A performance da bomba, e sua vazão nominal, está directamente
relacionada às condições de instalação, operação e limpeza da linha de sucção, do tanque à
bomba de combustível.

21
 Tubulação de descarga: Tubulação que se inicia logo ap6s a saída da bomba a uma
pressão de operação alimentando tanques moveis como de veículos.

Tanque de Armazenamento
Figura 3: Distâncias recomendadas para construção da linha de sucção segundo a NBR 14722:2001

Linha de descarga
B

Figura 4: Representação da tubulação de sucção e descarga (adaptado)

22
CAPITULO 3

3. Dimensionamento do sistema de bomba de abastecimento integrado


Para o dimensionamento desse sistema é fundamental fazer-se a selecção do
reservatório em quantidade do volume, temperatura e o tipo do combustível a reservar.

3. 1. Tubulação
Esta secção vai se basear no catálogo da ficha de informação de segurança de Produto
Químico – FISPQ do óleo diesel (vide catálogo).
Z2 = 9
2

Sentido do fluxo

A
Z1 = 1.5

Figura 5: Disposição da tubulação. Adaptado

a) Descrição dos componentes e parâmetros intervenientes no sistema

Para o óleo diesel S500 possui as sequentes especificações do catálogo (vide


catálogo).
 Ponto de ebulição inicial e faixa de temperatura de ebulição: 150 – 471ºC
 Ponto de fulgor: 38 ºC Mín.; Método NBR 7974.
 Pressão de vapor: 0,4 kPa a 40°C
 Densidade relativa: 0,820-0,865 a 20 ºC (Método NBR-7148)
 Temperatura de auto-ignição: ≥ 225ºC
 Temperatura de decomposição: 400ºC
 Viscosidade: 2,5–5,5 cSt a 40ºC (Método: ASTM D-445)

23
Singularidades

Na linha de sucção: Linha de descarga:

1 Válvula de Pé; 2 Curvas de 45º longo;

2 Curvas de 90º longo; 1 Válvula de registro;

1 Válvula de retenção vertical; 1 Curva de 45ºcurta;

1 Curva de 45º longo; 1 Válvula de Te passagem directa.

Tipo de material: PVC, pressão de operação mínima admitida 200 kPa (NBR 14722 - 4).

Vazões recomendadas para as bombas de combustíveis Líquidos: 200 – 400 LPM


(ASME 30.1)

b) Diâmetro da Tubulação (Fórmula de Bresses)


Para este projecto admite uma vazão de 200 LPM.

3
200 l in 3
Q= × × = 0,003 s
in 1000l 60s

Admitindo, K = 1:
D=K Q ⟺ D = 1 0,003 = 0,055 = 55

Assim sendo para o diâmetro de sucção deve ser maior que o de comercial e do
recalque/descarga, logo:

Dsuccao = 60 > Deconomico = 55 > Ddescarga = 50

c) Análise de perda de carga e altura manométrica

i. Velocidade de escoamento

4 × 0,003
π × D2 vs = = 1,06 s
Q= A×v=v× ⟺ π × 0,062
4
4 × 0,003
vd = = 1,5 s
π × 0,052
ii. Perda de carga na instalação

v1 2 P1 v2 2 P2
+ 2+ Z1 2= + + Z2 + hf ⟺ 1,52 − 1,062
2 vγ2 − v1 2P1 − Pγ2 200 − 200
⟺ hf = + + Z2 − Z1 ⟺ hf = + + 9 − 1,5
2 γ 2 × 10 γ

24
1,52 − 1,062
⟺ hf = + 9 − 1,5 = 7,56
2 × 10

iii. Altura manométrica

Hm = H + hf = 7,56 + 7,5 = 15,06

d) Analise pelo metodo de comprimento equivalente da perda de carga ao longo das


condutas

i. Perda de carga na sucção

Singularidades vide Anexo C

Acessórios Qtde Comprimento equivalente (m) Total (m)


2 1,3 2,6
Curva 90º
1 23,7 23,7
Válvula de pé com crivo

1 0,7 0,7
Curva 45º
1 10,8 10,8
Válvula de retenção
Comprimento Equivalente Total (Lq) 37,8 m

Adaptado

Lt = Lq + Lsuc → 37,8 m + 20 m → Lt = 57,8 m

Vs × Ds 106c s × 6c Regime Laminar


Re = = = 508,8 < 2000
υ 0,5 × 2,5cSt

64
f= = 0,126
Re
Lt s Vs 2 57,8 1,062
Hsuccao =f = 0,126 × = 6,819
Ds 2 0,06 2 × 10

25
ii. Perda de carga na descarga

Singularidades Anexo C

Acessórios Qtde Comprimento equivalente (m) Total (m)


2 0,6 1,2
Curva de 45º longo

1 1,3 1,3
Curva 45º curto
1 2,2 2,2
Tê passagem directa

1 35,8 35,8
Válvula de registro aberta

Comprimento Equivalente Total (Lq) 40,5 m

Lt = Lq + Ldis → 40,5 m + 1,5 m → Ltdisc = 42 m

Vdisc × Ddisc 150c s × 5c


Re = = = 600 Regime Laminar
υ 0,5 × 2,5cSt
< 2000
64
f= = 0,107
Re
Lt disc Vdisc 2 42 1,52
Hdisc = f = 0,107 × = 10,11
Ddisc 2 0,05 2 × 10

iii. Altura manométrica

Hm = H + Hsuccao + Hdisc = 7,5 + 6,819 + 10,11 = 24,4

Observação 1: Numa análise económica na primeira determinação da perda de carga na


instalação é baixa por ser um metodo directo e consequentimento haveria menor consumo
energetico com elevado custo de instalação comparativamente a segunda análise. Para o
cálculo da perda de carga pelo metódo de comprimento equivalente mostra mais detalhes das
nas singularidades, para o mesmos diâmetros da análise anterior verifica-se maior perda de
carga na instalacao que significa um baixo custo da mesma e maior consumo de energia.

26
e) Selecção da Bomba
3
Considerando a vazão de 200 l/min = 0,003 s e Hm = 24,4m, com base nos gráficos de

seleção de bomba de Albrizzi-Petrya (vide Anexo D) a bomba é da serie:


Bomba Albrizzi
Modelo: Alfa;
Serie: 9 – 211
Frequência: 60HZ

Vide o grafaico da curva caracteristica do Anexo E:

n = 3500 rpm
= 60

f) Determinação da potência necessária para o accionamento e de instalação


3
( eo diese = 860 )

γ. Q. Hm 860 × 0,003 × 24,4


𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎 = = = 1,39CV
75η 75 × 0,6

Vide Anexo F a margem de segunça da potência de accionamento encontrada é


γ. Q. Hmde instalação
recomendavel 50%,𝑁entao, a=potencia 860 × 0,003
ser: × 24,4 = 1,39CV
=
75η 75 × 0,6

Ninsta acao = Naciona + Naciona × 50

Ninsta acao = 1,39 + 1,39 × 50 = 2,1CV

N =N +N × 50

N = 1,39 + 1,39 × 50 = 2,1CV

27
CAPITULO 4

4. Layout do sistema

Bomba de
abastecimento
de 200 l/min

Hdisc

Hsuc

Figura 6: Layout do sistema de bombeamento de líquido combustível em posto de abastecimento

28
CAPITULO 5

5. Vazamento e Precações na Instalação de Bomba de Abastecimento

5. 1. Detecção de vazamento
Métodos e sistemas de detecção de vazamentos dos tanques e suas tubulações devem
ser adotados, mantidos e operados pelos operadores dos postos de serviço. A constatação de
vazamentos deve determinar uma acção imediata no sentido de proceder aos ensaios de
estanqueidade dos tanques e suas tubulações, conforme as normas da seção 2, visando
detectar o local do vazamento para a adoção de medidas corretivas. Constatado o vazamento
de combustível, o operador do posto deve informar imediatamente à distribuidora, bem como
aos órgãos públicos competentes, como corpo de bombeiros, órgão de controle ambiental,
prefeitura, etc., para eventuais medidas de proteção à população e ao meio ambiente, ( NBR
13784:1997).

5. 1. 1. Detecção de vazamento em tubulações


Os sistemas de bombeamento por sucção operam a uma pressão negativa para transferir
o líquido pela tubulação. Desta forma, através da observação cuidadosa da operação da
unidade abastecedora, o operador pode detectar sintomas de existência de vazamento na
tubulação. Os principais sintomas são avanço do registrador (os registradoresmecânicos ou
eletrônicos funcionam antes de o líquido ser fornecido) e ocorrência de ruído e/ou vibração
no sistema de fluxo de combustível não constante, indicando a presença de ar no sistema.

A utilização de uma única válvula de retenção junto à sucção de cada bomba elimina a
necessidade de quaisquer das técnicas abaixo. Neste caso, a estanqueidade se comprova
através da constatação da presença de combustível na linha. Caso esteja vazia, deve ser
verificada a integridade da válvula ou a estanqueidade da tubulação. Nas linhas pressurizadas,
uma bomba submersa é instalada no tanque, a partir do qual o combustível é transferido para
as unidades abastecedoras através de pressões positivas. Neste caso, os vazamentos podem
ocorrer sem que seja notado sintoma algum ( NBR 13784:1997).

5. 1. 2. Monitoramento da pressão
Este método só é aplicado em linhas pressurizadas, não sendo usado para linhas de
sucção. O sistema mecânico atua através da instalação de um sensor de pressão com válvula
de diafragma. Deve ser capaz de detectar vazamentos de 0,5 L/h, com 95% de possibilidade
de acerto e máximo de 5% de probabilidade de alarme falso. Os sistemas eletrônicos atuam

29
através de sensores capazes de detectar diferenciais de pressão. Devem ser capazes de
detectar vazamentos de 0,5 L/h, com 95% de possibilidade de acerto e máximo de 5% de
probabilidade de alarme falso, considerando-se a compensação do coeficiente térmico de
expansão do combustível.

5. 2. Precações na Instalação de Bomba de Abastecimento


Sengudo a ABNT NBR 13786 antes de instalar uma bomba de abastecimento, deve-se
verificar as recomendações seguintes.

Certifique de que a bomba de abastecimento está em perfeito estado, sem sinais de


violação da embalagem ou avarias. Mangueira (s) e bico(s) de abastecimento são
enviados com a bomba, dentro de sua embalagem, assim como kit densímetro e outros
acessórios opcionais, caso tenham sido adquiridos;
Verifique se a tensão local está de acordo com a norma da concessionária elétrica de
sua região;
Se a rede for instável, use um no-break. Para instalá-lo, siga a orientação de um
engenheiro eletricista;
O dimensionamento elétrico do posto (entrada de energia) deve considerar
todos os equipamentos elétricos e eletrônicos que serão energizados;
A instalação elétrica para a bomba deve ser individual, sendo uma instalação para a
cabeça eletrônica e outra para o motor;
O valor da resistência de aterramento deve ser inferior a 4 Ω (Ohms), medido
individualmente entre solo e haste;
Verifique se o cabo de aterramento está conectado no local recomendado na caixa de
ligação;
Cada modelo de bomba tem um sump correspondente, adequado ao tamanho de sua
base.
Antes de instalar a bomba, certifique-se de que o tanque e toda a linha de sucção estão
instalados corretamente e livre de impurezas;
Ao instalar a bomba na ilha, certifique-se de que ela está nivelada e fixada
corretamente;
Nunca energize a bomba com o(s) bico(s) de abastecimento fora do(s) guarda-bico(s);
A rotação do motor é no sentido horário. Antes de colocar a sua bomba em operação,
assegure-se de que a rotação está no sentido correto.

30
CAPITULO 6

6. Principios basicos de Manutencao nos Tanques e Unidade de abastecimento


segundo NBR 15594-3
Conforme a NBR 15594-3, para cada tipo de equipamento, a manutenção poderá ser
Operacional e/ou Técnica.

Operacional
Todo processo de manutenção de um posto inicia-se pela manutenção operacional, ou
seja, com rotinas e freqüência assegura-se que os equipamentos e as áreas que compõem sua
operação estejam limpos e adequadamente inspecionados para identificar toda necessidade de
manutenção técnica que deverá ser acionada através da assistência técnica.

Técnica
Esses serviços são realizados através de profissionais especializados e objetivam
garantir o restabelecimento de forma segura e ambientalmente correta. Deve ser sempre
utilizada quando requerida ou prevista conforme definido no plano de manutenção
preventiva.

6. 1. Unidade de abastecimento
Para as unidades abastecedoras faz-se dois tipos de verificações e/ou manutenções:

Exterior e
Interior

Exterior: Diariamente verificar visualmente os teclados, vidros, iluminação, densimetros e


selos nos lacres, semanalmente aferir com a medida padrão aprovada pelo instituto de
medidas. Havendo divergências na aferição paralisar a operação da unidade abastecedora e
chamar a assistência técnica.

Interior: Diariamente verificar visualmente possíveis vazamentos e componentes danificados


e em havendo qualquer irregularidade solicitar a assistência técnica, acompanhar o programa
de manutenção técnica preventiva conforme contrato de serviços e/ou fabricante

31
6. 2. Tanque
Constantemente verificar

 Presença de água, drenando sempre que isso ocorrer;


 Possíveis vazamentos visuais, limpeza, conservação e deformações das câmaras de
contenção (sump de tanque);
 Sinalização da identificação de produto, devendo ser solicitado a manutenção técnica
caso seja identificado algumas dessas anormalidades.

32
CAPITULO 7

7. Aspectos Ambientais
A contaminação do solo e da água nos postos de abastecimento se dá na maioria dos
casos por meio de vazamentos em tanques e tubulações subterrâneas, ou em constantes
extravasamentos junto às bombas e bocais de descarga (Maranhão e Teixeira, 2007).

Maranhão e Teixeira (2007), destacam que estes problemas, quando se tratando de


tanques subterrâneos ocorrem devido a corrosão nos pontos de solda das chapas causadas por
fatores do subsolo, como a acidez, salinidade, umidade, entre outros. Além da solda, a maior
ou menor condição de corrosão depende das proteções aplicadas a sua chapa metálica, como
por exemplo tanques construídos com paredes duplas de aço-carbono, revestimento
externo reforçado, entre outros (Maranhão e Teixeira, 2007).

Normalmente os vazamentos em tanques de combustíveis não são grandes,


registrando-se pequenas infiltrações, sendo entre 2 e 3 litros por dia, que em operações por
dez, quinze ou mais anos acabam por contaminar o subsolo, águas subterrâneas e
superficiais, atingindo inclusive área fora do posto (Maranhão e Teixeira, 2007).

Além do problema de corrosão dos tanques e das tubulações em postos revendedores de


combustíveis, outras fontes de vazamentos e derramamentos de combustíveis podem ser
consideradas, segundo a ABNT NBR 13781:

Trincas e afundamentos no piso da pista de abastecimento do posto causados pela


movimentação de veículos (leves e pesados) no interior do empreendimento. Neste
caso, os tanques e tubulaçõestornam-se sujeitos a efeitos de vibrações e
movimentação do solo, havendo a possibilidade de rupturas no sistema de
abastecimento;
Ausência ou inadequada (blocos, asfalto ou paralelepípedo) pavimentação da pista de
abastecimento, o que gera uma vulnerabilidade em caso de operações de
descarga de combustível ou de abastecimento de haver um aporte superficial de
combustível para o solo;
Ausência de canaletas ou mesmo de destinação dos efluentes coletados para via
pública e não para caixa separadora de água e óleo do empreendimento;

33
Falta de estanqueidade das bombas de abastecimento, ou seja, ausência de câmara de
contenção impermeável que evite o contato de algum eventual produto
combustível vazado com o solo;
Instalação de tubulações galvanizadas convencionais que são mais suscetíveis a
vazamentos;
Câmara de calçada no bocal de descarga de combustível não impermeabilizada
e sem área de contenção para o caso de eventuais extravasamentos no
descarregamento de combustível, o que pode ocasionar o acúmulo de produto
nestes bocais ou mesmo propiciar o contato deste produto com o solo;
Manutenções das válvulas extratoras que ao serem reinstaladas podem gerar
vazamentos;
Extravasamento dos respiros durante as operações de descarga do produto;
Vazamentos por meio de conexões e tubulações do sistema de filtragem de óleo
diesel; e
Trincas na estrutura da caixa separadora de água eóleo do empreendimento, ou
mesmo ao extravasamento por excessivo acúmulo deresíduos.

34
Conclusão
O sistema interligado dimensionado foi antes porem analisado de forma teórica e
imaginaria de como estaria a disposição dos equipamentos delimitados. É relevante se ter
cuidado na selecção de um reservatório de líquidos combustíveis pois é o fulcro de
comercialização de combustíveis. A analise do dimensionamento das condutas de sucção e de
recalque pelos dois métodos foi possível a notar diferenca de registros de perdas de cargas
nas duas, mais com maior índice de perda no segundo método pelo facto do detalhamento das
singularidades.

A norma ABNT NBR 14722 que refere sobre as condutas, estabelece que no
dimensionamento das condutas que sai do tanque ate a unidade de abastecimento deve-se
notar a necessidade do menor uso de singularidades para não provocar maiores perdas de
carga, contudo, o uso de uma bomba seleccionada no projecto é eficiente para uma
necessidade do uso de uma vazão de 200LPM juntamente com outras caracteristas, portanto,
também num posto de combustível deve-se assegurar uma protecção contra incidentes e uma
visão dos cuidados e manutenção dos sistemas.

35
Revisão Bibliográfica

[1] ABNT. NBR 13786/2009. (2009). Posto de serviço – Selecção de equipamentos para
sistema para instalações subterrâneas de combustíveis. Associação Brasileira de Normas
Técnicas. Rio de Janeiro. 18p

[2] ABNT NBR 14722:2001. (2001). Posto de serviço – Tubulação não-metálica. Associação
Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro. 16p

[3] ABNT NBR 13784:1997. (1997.) Detecção de vazamento em postos de serviço.


Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro. 13p

[4] ABNT NBR 13783:2005. (2005). Posto de serviço – Instalação do sistema de


armazenamento subterrâneo de combustíveis – SASC. Associação Brasileira de Normas
Técnicas. Rio de Janeiro. 14p

[5] ASTM D 323:1999. (1999). Standard test method for vapor pressure of petroleum
products (Reid Method). American Society for Testing and Materials. 175p

[6] NBR 7974:1968. (1968). Método de ensaio para a determinação de ponto de fulgor -
Aparelho TAG - fechado - Método de ensaio. Norma Brasileira. 28p

[7] BRASIL, CONAMA. Resolução 273/2000. (2000) Estabelece directrizes para o


licenciamento ambiental de postos de combustíveis e serviços e dispõe sobre a
prevenção e controle da poluição. Conselho Nacional do Meio Ambiente, Brasília. 14p

[8] ESSO. (1996). Manual resumido de operações e manutenção de postos de serviços. Esso
Brasileira de Petróleo S.A. Rio de Janeiro. 46p;

[9] Instrução Técnica nº 27/2004. (2004). Armazenagem de Líquidos Inflamáveis e


Combustíveis. 20p

[10] MARANHÃO, D. e TEIXEIRA, C. A. (2007). Procedimentos de investigação e


avaliação da contaminação em postos de combustíveis, utilizando metodologias de análise de
risco: aplicação da ACBR em estudo de caso na RMS. Monografia (Especialização
Gerenciamento de Tecnologias Ambientais e Tecnologias). Universidade Federal da Bahia,
Salvador. 127p

36
[11] NR 20 – Norma Regulamentadora. (2005). Líquidos combustíveis e inflamáveis
(120.000-3). Rio de Janeiro. 18p

NBR-7505/2000. (2000). Armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis. Parte 1:


Armazenagem em tanques estacionários. Norma Brasileira. 16p

[12] SANTOS, R. J. S. dos.(2005). A gestão ambiental em posto revendedor de combustíveis


como instrumento de prevenção de passivos ambientais. Dissertação (Mestrado em Sistemas
de Gestão do Meio Ambiente). Universidade Federal Fluminense, Niterói. 217p

[13] THOMÉ PETRÓLEO. (2013). Posto revendedor – Normas técnicas ABNT. 2013.
Disponível em: http://thomepetroleo. blogspot.com.br/2013/04/postos-revendedornormas-
tecnicas-abnt.html. Acesso em: 4 Novembro de 2016.

37
ANEXOS
Anexo A

Tabela 1: Armazenamento de líquidos combustíveis (Instrução Técnica nº 27/2004)

Tabela 2: Líquidos Classe I, II, IIIA (pressão de operação menor ou igual a 17,2 Kpa) (Instrução Técnica
nº 27/2004).
38
Anexo B

Tabela 2. 1. : Líquidos Classe I, II, IIIA (pressão de operação superior a 17,2 KPa, conf. API 620) (Instrução
Técnica nº 27/2004).

39
Anexo C

Tabela 3: Singularidades (Carvalho, 1977)

40
Anexo D

Gráfico 7 de selecção (Bombas Albrizzi-Petry S.A.)

Gráfico 8 de selecção (Bombas Albrizzi-Petry S.A.)

41
Anexo E

Gráfico 9 -Curvas características de uma bomba, com realce para a curva (NPSH req' Q).

42
Anexo F

Tabela 4: (Carvalho, 1977)

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