Trabalho TPsicopatológicos PDF
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CURSO DE PSICOLOGIA
ALUNO:
RIO DE JANEIRO - RJ
2023
TRANSTORNOS PSICOPATOLÓGICOS
RIO DE JANEIRO - RJ
2023
Devido a natureza histórica do conceito de doença mental, partindo da intenção de
segregação e institucionalização do louco, os acometimentos psíquicos do indivíduo
passaram a receber nome e sobrenome. Com essa categorização das patologias da
mente, criou-se o pano de fundo para formação dos hospitais psiquiátricos,
ambientes voltados para o suposto tratamento e estudo destas doenças. Porém,
devido a esta raiz na medicina psiquiátrica do século XVIII, as chamadas doenças
mentais tiveram como base o conceito da medicina de patologia, onde há uma
etiologia, um diagnóstico definitivo e um prognóstico relativamente previsível, o que,
atualmente, não é considerado o caso de quase nenhum acometimento psíquico. É
neste cenário que foram desenvolvidos os conceitos que resultariam nos manuais
diagnósticos em psicopatologias.
Estes manuais têm sido criticados por vários motivos. Uma das principais críticas é a
sua tendência a patologizar comportamentos e emoções considerados normais em
algumas culturas e contextos sociais. Essa patologização pode levar a um excesso
de diagnósticos e, consequentemente, a um aumento no uso de medicamentos
psiquiátricos, bem como a uma maior estigmatização e exclusão social dos
indivíduos diagnosticados.
Outra crítica é que os manuais diagnósticos podem ser influenciados por fatores
culturais e políticos. Por exemplo, algumas categorias diagnósticas podem ser mais
prevalentes em determinados grupos sociais, enquanto outras podem ser menos
reconhecidas ou valorizadas em outros contextos culturais. Isso pode levar a uma
falta de sensibilidade cultural e a uma compreensão limitada das experiências e
necessidades dos pacientes.
Contudo vale ressaltar a utilidade dos manuais como um dicionário para permitir, ou
facilitar, a comunicação entre áreas do saber e principalmente dos profissionais da
saúde com a sociedade. Pois, ao catalogar aquilo que é observável em uma
patologia, pode-se expressar um conjunto de condições e comportamentos, sem a
necessidade de descrever o histórico de vida inteiro de um indivíduo, ou grupo de
indivíduos. Esta padronização permite, também, o direcionamento de estudos para
entender melhor estes acometimentos e promover tratamentos melhores e mais
eficazes para tais.