Declaracao de Obito Final
Declaracao de Obito Final
Declaracao de Obito Final
A Declaração
de Óbito:
documento necessário
e importante
Brasília, DF - 2007
© 2006 Ministério da Saúde / Conselho Federal de Medicina
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Ficha Catalográfica
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A Declaração de Óbito
Apresentação
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A Declaração de Óbito
Prefácio
O Ministério da Saúde implantou a partir de 1976, um
modelo único de Declaração de Óbito – DO para ser
utiliza- do em todo território nacional, como documento
base do Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. A
DO tem dois objetivos principais: o primeiro é o de ser o
documento- padrão para a coleta das informações sobre
mortalidade que servem de base para o cálculo das
estatísticas vitais e epide- miológicas do Brasil; o segundo,
de caráter jurídico, é o de ser o documento hábil,
conforme preceitua a Lei dos Registros Públicos – Lei
6015/73, para lavratura, pelos Cartórios de Registro Civil,
da Certidão de Óbito, indispensá- vel para as formalidades
legais do sepultamento.
Para o cumprimento desses objetivos, é fundamental o
empenho e o compromisso do médico com relação à
veraci- dade, completitude e fidedignidade das
informações re-gis- tradas na DO, uma vez que é o
profissional responsável pelas informações contidas no
documento.
O Ministério da Saúde, por intermédio do Secretário de
Vigilância em Saúde, uniu esforços com o Conselho
Federal de Medicina e com o Centro Colaborador da OMS
para as Famílias Internacionais de Classificação – CBCD,
para publi- car um documento simples e elucidativo, com
informações precisas sobre o preenchimento, as
responsabilidades e as condições em que a DO deve ou
não ser emitida.
O fruto desta parceria é este trabalho, destinado aos
médicos em todas suas áreas de atuação, enfatizando os que
prestam serviços em Hospitais, Institutos Médico-legais,
Serviços de Verificação de Óbitos e nas equipes de Saúde da
Família.
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A Declaração de Óbito
Este instrumento de educação permanente para os médi-
cos que exercem a sua missão em todo o país,
possibilitará uma melhoria substancial nas informações
sobre mortalida- de, tão preciosas e necessárias para a
análise da situação de saúde e para o planejamento das
ações de saúde.
O papel do médico
A emissão da DO é ato médico, segundo a legislação do
País. Portanto, ocorrida uma morte, o médico tem obrigação
legal de constatar e atestar o óbito, usando para isto o
formulário oficial "Declaração de Óbito", acima mencionado.
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A Declaração de Óbito
O que o médico deve fazer
1. Preencher os dados de identificação com base em um
documento da pessoa falecida. Na ausência de documen-
to, caberá, à autoridade policial, proceder o reconheci-
mento do cadáver.
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A Declaração de Óbito
Quem deve emitir
Morte Natural
Doença
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A Declaração de Óbito
Na parte I, linha b, como causa básica, a circunstância
do acidente ou da violência responsável pela lesão que
causou a morte.
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2 meses
2 anos
Hipertensão arterial 35 anos
Diabetes mellitus
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A Declaração de Óbito
Exemplo 3 – paciente chagásico, com
comprometimento cardíaco, internado com história de
distensão progressiva do abdômen. Há 2 dias vem
apresentando fraqueza, febre alta, e não suporta que lhe
toquem o abdômen. Sem evacuar há 3 dias, tem
diagnóstico colonoscópico de megacólon há 5 anos. Na
visita médica das 8:00 da manhã, paciente suava muito, e
apresentava pressão sistólica de 20 mmHg. O dia- rista,
após avaliar o hemograma trocou o antibiótico, e ao longo
do dia ajustou várias vezes o gotejamento de dopami- na. Às
16:00, apresentou parada cárdio respiratória e teve o óbito
confirmado pelo médico substituto, após o insucesso das
manobras de reanimação.
dias
dias
Megacolon chagásico crônico5 anos
Cardiopatia chagásica
Operado
Perfuração cardíaca
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A Declaração de Óbito
sos que não esclarecem sobre a causa básica da morte,
como parada cardíaca, parada respiratória ou parada cárdio-
respi- ratória. De acordo com o Volume II da CID 10, estes
são sin- tomas e modos de morrer, e não causas básicas
de óbito.
Parada cardio-respiratóriahoras
ÓBITO HOSPITALAR
28 É a morte que ocorre no hospital, após o registro do
pacien- te, independentemente do tempo de internação.
NASCIDO VIVO
É a expulsão ou extração completa do corpo da mãe,
inde- pendentemente da duração da gravidez, de um
produto de concepção que respire ou apresente qualquer
outro sinal de vida, tal como batimentos do coração,
pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos
músculos de contração voluntária, estando ou não cortado
o cordão umbilical e estando ou não desprendida a
placenta.
Código Penal
Art. 302: Dar o médico, no exercício de sua profissão,
atestado falso.
Pena: detenção de 1 mês a 1 ano.
Parágrafo único: Se o crime é cometido com o fim de
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lucro, aplica-se também multa.
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A Declaração de Óbito
Resolução nº 1.641, de 12 de julho de 2002,
do Conselho Federal de Medicina
(Publicada no D.O.U., 29 jul 2002, Seção I, p. 229)
Art. 1º: É vedado aos médicos conceder declaração de
óbito em que o evento que levou à morte possa ter
sido alguma medida com intenção diagnóstica ou
terapêutica indicada por agente não-médico ou
realizada por quem não esteja habilitado para fazê-lo,
devendo, neste caso, tal fato ser comunicado à
autoridade policial competente a fim de que o corpo
possa ser encaminhado ao Instituto Médico Legal para
verificação da causa mortis.
Art. 2º: Sem prejuízo do dever de assistência, a comunica-
ção à autoridade policial, visando o encaminhamento
do paciente ao Instituto Médico Legal para exame de
corpo de delito, também é devida, mesmo na ausência de
óbito, nos casos de lesão ou dano à saúde induzida ou
causada por alguém não-médico.
Art. 3º: Os médicos, na função de perito, ainda que ad
hoc, ao atuarem nos casos previstos nesta resolução,
devem fazer constar de seus laudos ou pareceres o tipo
de atendimento realizado pelo não-médico, apontando
32 sua possível relação de causa e efeito, se houver, com o
dano, lesão ou mecanismo de óbito.
Art. 4º: Nos casos mencionados nos artigos 1º e 2º
deve ser feita imediata comunicação ao Conselho
Regional de Medicina local.
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A Declaração de Óbito
CONSIDERANDO que Declaração de Óbito é parte inte-
grante da assistência médica;
CONSIDERANDO a Declaração de Óbito como fonte
imprescindível de dados epidemiológicos;
CONSIDERANDO que a morte natural tem como causa
a doença ou lesão que iniciou a sucessão de eventos
mórbi- dos que diretamente causaram o óbito;
CONSIDERANDO que a morte não-natural é aquela que
sobrevém em decorrência de causas externas violentas;
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a
respon- sabilidade médica no fornecimento da
Declaração de Óbito;
CONSIDERANDO, finalmente, o decidido em sessão
ple- nária realizada em 11 de novembro de 2005,
RESOLVE:
Art. 1º: O preenchimento dos dados constantes na De-cla-
ração de Óbito é da responsabilidade do médico que ates-
tou a morte.
Art. 2º: Os médicos, quando do preenchimento da De-cla-
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ração de Óbito, obedecerão as seguintes normas:
1) Morte natural:
I. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de
Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos mé-
dicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO :
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos
médicos do serviço público de saúde mais próximo do
local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por
qualquer médico da localidade.
2) Morte fetal:
Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram
assis- tência à mãe ficam obrigados a fornecer a
Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração
igual ou superior a 20 semanas ou o feto tiver peso
corporal igual ou supe- rior a 500 (quinhentos) gramas
e/ou estatura igual ou superior a 25 cm.
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A Declaração de Óbito
3) Mortes violentas ou não naturais:
A Declaração de Óbito deverá, obrigatoriamente, ser
for- necida pelos serviços médico-legais.
Parágrafo único. Nas localidades onde existir apenas 1
(um) médico, este é o responsável pelo fornecimento
da De-claração de Óbito.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua
pu- blicação e revoga a Resolução CFM nº 1.601/00.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
www.saude.gov.br/bvs
disque saúde
0800.61.1997