A Ascensão e o Triunfo Do Eu Moderno - Tim Challies

18/11/2020 A ascensão e o triunfo do eu moderno | Tim Challies
A ascensão e triunfo do eu moderno

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reviews/the-rise-and-triumph-of-the-
modern-self/)
18 de novembro de 2020 (https://www.challies.com/book-reviews/the-rise-and-triumph-of-
the-modern-self/) v #Revisão do livro (https://www.challies.com/tag/book-review/) #
cultura (https://www.challies.com/tag/culture/)
"Eu sou uma mulher presa no corpo de um homem." Embora esta seja uma frase
que nos acostumamos a ouvir nos últimos anos, é uma frase que teria sido
incompreensível para aqueles que viveram e morreram apenas algumas gerações
no passado. Embora esteja cheio de signi cado hoje, não teria sentido naquela
época. Então, o que aconteceu nas últimas décadas para fazer essa frase fazer
sentido? O que aconteceu para torná-lo tão normal que negá-lo hoje é ser
considerado um fanático por trás dos tempos?
As origens do novo livro de Carl Trueman estão em sua curiosidade sobre como e
por que essa mesma declaração passou a ser entendida como coerente e
signi cativa. A ascensão e triunfo do eu moderno (https://amzn.to/3lEqB4v)é
essencialmente uma exploração de 400 páginas da compreensão em evolução do
eu no mundo ocidental. Por mais que possamos atribuir a frase à revolução
sexual, Trueman está convencido de que as mudanças que vimos nos costumes
sexuais desde 1960 são sintomáticas das mudanças mais profundas “em como
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pensamos sobre o propósito da vida, o signi cado da felicidade , e o que

realmente constitui o senso das pessoas sobre quem elas são e para que servem.
” Para entender como um homem pode realmente ser uma mulher presa no
corpo de um homem, devemos entender "como e por que uma certa noção de si
mesmo passou a dominar a cultura do Ocidente [e] por que esse eu encontra sua
manifestação mais óbvia no transformação dos costumes sexuais. ” Com tudo
isso no lugar,
Trueman divide o livro em quatro partes. No primeiro, ele apresenta conceitos

básicos e guras-chave que aparecerão continuamente. No centro de sua
compreensão das mudanças da sociedade estão três lósofos: Philip Rie ,
Charles Taylor e, em menor grau, Alasdair McIntyre. Ao examinar seu trabalho,
ele introduz conceitos como "o triunfo do terapêutico", "homem psicológico",
"anticultura" e "imaginário social". Cada um desses termos aparece
repetidamente, de modo que o leitor deve ler devagar e anotar as de nições.
A Parte 2 concentra-se nos desenvolvimentos dos séculos XVIII e XIX,

começando com Jean-Jacques Rousseau, depois avançando para vários poetas
proeminentes da era romântica. Passa-se, nalmente, para as ideias de mudança
mundial de Friedrich Nietzsche, Karl Marx e Charles Darwin, que "cada um" em
suas diferentes maneiras forneceram justi cativa conceitual para rejeitar a noção
de natureza humana e, assim, pavimentou o caminho para a plausibilidade da
ideia de que seres humanos são criaturas de plástico sem identidade xa fundada
em uma essência intrínseca e inerradicável. ” É por meio desses homens que a
noção de self da sociedade se tornou psicologizada.
A parte 3 se volta para Sigmund Freud, por meio de quem a psicologia se tornou
sexualizada e seus seguidores, por meio dos quais a sexualidade se tornou
politizada. Freud ensinou que os humanos são, em essência, criaturas sexuais e,
portanto, de nidos por nossas inclinações sexuais. Se antes de Freud o sexo era
uma questão de atividade, depois de Freud era uma questão de identidade. Se
antes de Freud, sexo era para fazer o que te fazia feliz, depois de Freud, sexo era
para ser você mesmo. Aqueles que promoveram o pensamento freudiano -
Wilhelm Reich, Herbert Marcuse e outros - o zeram por meio de uma estrutura
marxista que via as normas sexuais tradicionais como marcas de um patriarcado

opressor empenhado em manter seu próprio poder. Resistir ao patriarcado
exigiria total liberdade sexual e autode nição. Se através de Rousseau a
identidade se tornou psicologizada,
Com essa estrutura estabelecida, a parte nal do livro mostra como todos esses
desenvolvimentos conceituais ocorreram e estão atualmente ocorrendo na
sociedade. Ele examina o triunfo do erótico por meio do surrealismo, cultura pop
e pornogra a; examina o triunfo da terapêutica por meio de escolas da Ivy
League e decisões da Suprema Corte; ele examina o triunfo do T
(transgenerismo) como uma derrubada quase completa de todos os
entendimentos tradicionais de sexo, sexualidade e até mesmo humanidade. “O
transgenerismo é um sintoma, não uma causa. Não é essa a razão pela qual as
categorias de gênero são agora tão confusas; é antes uma função de um mundo
no qual o colapso da metafísica e do discurso estável criou tal caos que nem
mesmo o mais básico dos binários, aquele entre masculino e feminino, pode mais
reivindicar um status objetivo signi cativo.
Embora A ascensão e triunfo do eu moderno seja uma leitura exigente,

especialmente para aqueles de nós para quem muitas dessas categorias e
personagens não são familiares, é uma leitura grati cante. Em suas páginas,
Trueman explica apropriadamente como e por que nossa cultura chegou a um
ponto em que "Eu sou uma mulher presa no corpo de um homem" não é mais
absurdo, não é mais contraditório. E começa a explicar o que está em jogo se essa
longa marcha não for interrompida, não refutada de acordo com a verdade. A
meu ver, A ascensão e triunfo do eu moderno (https://amzn.to/3lEqB4v) não é
apenas o livro mais importante que li em 2020, mas também o melhor. Não
posso recomendar muito.
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A ascensão e triunfo do eu moderno

pensamos sobre o propósito da vida, o signi cado da felicidade , e o que

Trueman divide o livro em quatro partes. No primeiro, ele apresenta conceitos

A Parte 2 concentra-se nos desenvolvimentos dos séculos XVIII e XIX,

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