Algebra Luis
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ESPAÇOS VECTORIAIS
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
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Luís Basílio Mucuta
ESPAÇOS VECTORIAIS
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
1. Introdução......................................................................................................................4
4.0. Bibliografia.......................................................................................................12
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1. Introdução
Um espaço vectorial real com relação a uma adição e a uma multiplicação por escalar
dadas, deveríamos mostrar que todas as condições daquela definição são satisfeitas, ou
seja, que o conjunto W é fechado com relação às operações de adição vectorial e de
multiplicação vectorial por escalares reais e que os oito axiomas são verificados.
Entretanto, de acordo com Anton e Rorres (2001, p. 162). ... se W é parte de um
conjunto maior V que já é sabido ser um espaço vectorial, então alguns axiomas não
precisam ser conferidos para W pois eles são “herdados” de V. Por exemplo, não há
necessidade de conferir que u+v=v+u (...) para W pois isto vale para todos os vectores
de V e consequentemente para todos os vectores de W.
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( x 1 ,… , x n ) + ( y 1 , … , y n ) = ( x 1 + y 1 , … , x n+ y n )
Nos casos em que n = 1,2 ou 3, estamos habituados a identificar R n geometricamente
com o conjunto dos vectores com origem em (0,…, 0) e sabemos interpretar
geometricamente o produto por escalar e a soma.
Definição:
∀ u , v ∈ V ,u+ v ∈V
∀ a ∈ R , ∀ u∈ V , au∈ V
O conjunto V com essas duas operações é chamado de espaço vectorial real (ou espaço
vectorial sobre ℝ) se forem verificados os seguintes axiomas:
a) Em relação a adição:
a ( βu ¿= ( aβ ) u
(a+ β ¿u=au+ βu
a (u +v) = au +av
1 (u) = u
Obs: Os elementos do espaço vectorial V são chamados de vectores, independente de
sua natureza. Pode parecer estranho, o fato de se chamar de vectores os polinómios,
(quando V for constituído de polinómios), as matrizes (quando V for constituído de
matrizes), os números (quando V for constituído for um conjunto numérico), e assim
por diante. Podemos fazer isso, pois esses elementos de natureza tão distinta se
comportam de forma idêntica nas operações de adição e multiplicação de escalar, como
se estivéssemos trabalhando com os próprios vectores do ℝ2 e ℝ3.
Pn = { a0 +a1 x+ a2 x2 +… a n x n ;ai ∈ R }
M(m,n)
I. ∀ u , v ∈ S ,u+ v ∈ S
II. ∀ u ∈ S e ∀ a ∈ R , au ∈ S
Todo espaço vectorial V admite pelo menos dois subespaço: o conjunto {0},
chamado subespaço zero ou subespaço nulo, e o próprio espaço vectorial V, que são
chamados de subespaços triviais de V. Os demais são chamados de subespaços próprios
de V.
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Por exemplo, os subespaços triviais do V=ℝ3 são {0,0,0} e o próprio ℝ3. Os subespaços
próprios do ℝ3 são rectas e planos que passam pela origem.
Para o V=ℝ2, os subespaços triviais são {0,0} e ℝ2. Os subespaços próprios do ℝ2 são
rectas que passam pela origem.
Exemplos: V = R 2
{ }
2
R
S= ( x , y ) ∈ =2 x
y
Exemplo2: V = R 2
{ }
2
R
S= ( x , y ) ∈ =2 x
y
Geradores
[ v1 , v 2 , … , v n ] = {a 1 , v1 + a2 v 2 … a n v n }
Subespaço gerado
Definição: Sejam os vectores v1, v2, ..., vn do espaço vectorial V e os escalares a1, a2, ...,
an. Qualquer vector v ∈ V da forma:
v =a1v1+a2v2+…+anvn
Exemplo:
No espaço vectorial ℝ3, o vector v = (–7, –15,22) é uma combinação linear dos vectores
v1 = (2,-3,4) e v2 = (5,1,-2) porque:
v = 4v1 – 3v2
(–7, –15,22) = 4(2, –3,4) – 3(5,1, –2)
= (8, –12,16) + (–15, –3,6)
= (–7, –15,22)
Assim, k1 + 4k2 = 0
3k1 + 2k2 =0
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Foi visto que o espaço gerado por { ( 1,3 ) ,( 4,2) } é R 2, ou seja [(1,3), (4,2)]= R 2
Admite solução não-trivial (solução não-nula), ou seja, se o vector nulo de V pode ser
escrito como combinação linear de vectores v1, v2,…, vn de S com algum dos escalares
sendo não-nulo. Se o conjunto S não é linearmente depende, dizemos que ele é
linearmente independente (ou simplesmente, independente).
No caso de S conter uma quantidade finita de vectores v1, v2,…, vn, dizemos
também que os vectores v1, v2,…, vn são dependentes (ou independentes) para dizer que
S é dependente (ou independente).
Um conjunto B={v1, v2, ..., vn} ⊂ V é uma base do espaço vectorial V se:
a) B é LI;
b) B gera V
Exemplos:
1) B={(1,0), (0,1)} é uma base do ℝ2, denominada base canónica. De fato:
I) B é LI
II) B gera ℝ2 2) B={(1,2), (3,5)} é base do ℝ2. De fato:
I) B é LI a1 (1,2) + a2 (3,5) = (0,0)
a1 + 3a2 = 0
2a1 + 5a2 = 0
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Se V é um espaço vectorial e possui uma base com n vectores, V tem uma dimensão n.
A dimensão de V indica por dim V= n
Exemplos:
1)dim ℝ2=2
2)dim ℝ3=3
3)dim ℝn=n
4)dim M(2,2)=4
5)dim M(m,n)=mxn
6)dim Pn=n+1
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3.0. Conclusão
No presente trabalho vimos que as caracterizações de vectores, espaços vectoriais e
subespaços são relativamente simples. Esses entes matemáticos encontram aplicações
importantes em diversas áreas. Alguns desses objectos são muito conhecidos e até
corriqueiramente utilizados, como é o caso do R3. Ao trabalharmos com os espaços
vectoriais nos deparamos com o conceito de bases.
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4.0. Bibliografia
POOLE, David. Álgebra linear. Tradução Martha Salerno Monteiro; et al. São Paulo:
Thomson Learning, 2006.
BOLDRINI, José et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1980. Cit por
CUNHA, Francisco Gêvane Muniz. Álgebra Linear: Licenciatura em Matemática.
Fortaleza – Brasil: UAB/IFCE, 2010.