Apostila Avaliação Nutricional

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APOSTILA DE

AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL

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PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

1) ANTROPOMETRIA ADULTOS E IDOSOS


A. Peso ideal
Peso ideal = IMC ideal x (altura)²
Sendo: IMC médio para homens = 22 kg/m²
IMC médio para mulheres = 20,8 kg/m²
IMC médio para idoso = 24,5 kg/m²
IMC médio para obeso = 25 kg/m² (Singer et al, 2019)

Fonte: WHO, 1985

B. Porcentagem de adequação do peso ideal e usual


Adequação do peso ideal (%) = peso atual x 100
peso ideal
Adequação do peso usual (%) = peso atual x 100
peso usual
Tabela 1. Classificação do estado nutricional segundo adequação do peso
Adequação do peso (%) Estado nutricional
≤ 70 Desnutrição grave
70,1 a 80 Desnutrição moderada
80,1 a 90 Desnutrição leve
90,1 a 110 Eutrofia
110,1 a 120 Sobrepeso
>120 Obesidade

Fonte: BLACKBURN; THORNTON, 1979.

C. Porcentagem de perda de peso

Perda de peso (%) = (peso usual – peso atual) x 100


peso usual

Tabela 2. Significado da perda de peso em relação ao tempo


Tempo Perda significativa (%) Perda grave (%)
1 semana 1a2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 > 7,5
6 meses 10 > 10

Fonte: BLACKBURN et al., 1977.

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D. Peso ajustado
Peso ajustado (obesidade: IMC > 30kg/m2) = (peso atual – peso ideal) x 0,25 + peso ideal
Peso ajustado (desnutrição: IMC < 18Kg/m²) = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual

E. Peso estimado
Peso (homem) = (0,98 x CPA) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) – 81,69
Peso (mulher) = (1,27 x CPA) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35
CPA: circunferência da panturrilha (cm)
AJ: altura do joelho (cm)
CB: circunferência do braço (cm) DSE:
dobra cutânea subescapular (mm)
Fonte: CHUMLEA et al., 1988.

18 a 60 anos:
Peso (branco/homem) = (AJ x 1,19) + (CB x 3,21) – 86,82
Peso (negro/homem) = (AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72
Peso (branco/mulher) = (AJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 60,04
Peso (negro/mulher) = (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48

Idosos:
Peso (branco/homem) = (AJ x 1,10) + (CB x 3,07) – 75,81
Peso (negro/homem) = (AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21
Peso (branco/mulher) = (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51
Peso (negro/mulher) = (AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22

AJ: altura do joelho (cm)


CB: circunferência do braço (cm)
Fonte: CHUMLEA et al., 1988

F. Peso estimado pelo IMC visual

P = IMC visual x A2

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Fonte: FOGAÇA KC, OLIVEIRA MR., 2003.

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G. Peso estimado para amputados
P pós amp corrigido = {(peso pré amputação / 100) – (% amputação / 100)} x 100 ou

Peso ideal (kg) = (100% - % do peso amputado) x peso ideal


100

Altura pós amp = (A antes da amp)2 x (100% – % amp)


100
Obs: Utilizar somente quando houver comprometimento da altura (A).

IMC pós amputação = P pós amputação


(A pós amputação)2

Tabela 3. Porcentagens desconsideradas para o cálculo do peso em amputações


Membro amputado Proporção de peso (%) *
Mão 0,8
Antebraço 2,3
Braço até o ombro 6,6
Pé 1,7
Perna abaixo do joelho 7,0
Perna acima do joelho 11,0
Perna inteira 18,6
* Para amputações bilaterais, as % dobram.
Fonte: MARTINS; RIELLA, 2000.

Fonte: DEMPSTER ET AL, 1955 e CLAUSER ET AL, 1969

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H. Peso estimado para pacientes edemaciados
Peso = peso atual – peso estimado do edema

Tabela 4. Estimativa de peso de edema


Grau de edema Peso a ser subtraído

+ Tornozelo 1kg
++ Joelho 3 a 4kg
+++ raiz de coxa 5 a 6kg
++++ Anasarca 10 a 12kg
Fonte: DUARTE; CASTELLANI, 2002.

Tabela 5. Estimativa de peso de ascite e edema


Grau da ascite/edema Peso ascítico (kg) Edema periférico (kg)
Leve 2,2 1,0
Moderado 6,0 5,0
Grave 14,0 10,0
Fonte: JAMES, 1989.

I. Peso ideal segundo compleição óssea


Compleição = altura (cm)
circ. punho (cm)

Tabela 6. Compleição óssea segundo sexo


Compleição Pequena Média Grande
Homem > 10,4 9,6 a 10,4 < 9,6
Mulher > 10,9 9,4 a 10,9 < 9,4

Consultar peso ideal na tabela de referência adaptada do Metropolitan Life Ensurance (Anexo 1)

J. Altura estimada

Altura estimada = envergadura total


Altura estimada = semi-envergadura x 2
Fonte: KWOK; WRITELOW, 1991.

18 a 60 anos:
Altura (branco/homem) = 71,85 + (1,88 x AJ)
Altura (negro/homem) = 73,42 + (1,79 x AJ)
Altura (branco/mulher) = 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06 x idd)
Altura (negro/mulher) = 68,10 + (1,87 x AJ) – (0,06 x Idd)

Idosos:
Altura (homem) = 64,19 + (2,04 x AJ) – (0,04 x idd)
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Altura (mulher) = 84,88 + (1,83 x AJ) – (0,24 x idd)
AJ: altura do joelho (cm)
idd: idade (anos)
Fonte: CHUMLEA; ROCHE; STEINBAUGH, 1985.

K. Índice de Massa Corporal (IMC)

IMC = Peso atual (kg)


Altura2 (m)

Tabela 7. Classificação do estado nutricional segundo o IMC para adultos


IMC (kg/m2) Classificação
<18,5 Baixo Peso
18,5 a 24,9 Eutrofia
25 a 29,9 Sobrepeso
30 a 34,9 Obesidade grau I
35 a 39,9 Obesidade grau II
≥ 40 Obesidade grau III

Fonte: WHO, 1998.

Tabela 8. Classificação do estado nutricional segundo o IMC para idosos


((≥ 60 anos)
IMC (kg/m2) Classificação
< 22,0 Baixo peso
22,0 a 27,0 Eutrofia
> 27,0 Sobrepeso
Fonte: LIPSCHITZ, 1994.

L. Circunferência do braço (CB)

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100


CB percentil 50*

*Segundo valores de referência (FRISANCHO) (Anexo 2).

Tabela 9. Classificação do estado nutricional segundo adequação da CB


Adequação da CB (%) Estado nutricional

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< 70 Desnutrição grave
70 a 80 Desnutrição moderada
80 a 90 Desnutrição leve
90 a 110 Eutrofia
110 a 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade

M. Prega cutânea tricipital (PCT)

Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100


PCT percentil 50*

* Segundo valores de referência ( FRISANCHO) ( Anexo 3).

Tabela 10. Classificação do estado nutricional segundo adequação da PCT


Adequação da PCT (%) Estado nutricional
< 70 Desnutrição grave
70 a 80 Desnutrição moderada
80 a 90 Desnutrição leve
90 a 110 Eutrofia
110 a 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade

N. Circunferência muscular do braço (CMB)

CMB (cm) = CB – (3,14 x PCT ÷ 10)

CB: circunferência do braço (cm)


PCT: prega cutânea tricipital (mm)

Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100


CMB percentil 50*

* Segundo valores de referência (FRISANCHO) (Anexo 4).

Tabela 11. Classificação do estado nutricional segundo adequação da CMB.


Adequação da CMB (%) Estado nutricional
< 70 Desnutrição grave
70 a 80 Desnutrição moderada
80 a 90 Desnutrição leve
90 Eutrofia

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O. Circunferência da cintura (CC)

Tabela 12. Classificação do risco de morbidades para adultos segundo CC.


Sexo Risco aumentado Risco muito aumentado
Homens 94 a 102 cm > 102 cm
Mulheres 80 a 88 cm > 88 cm
Fonte: WHO, 1998.

Tabela 13. Classificação do risco de morbidades para adultos segundo RCQ.


Sexo Risco aumentado
Homens ≥ 1,0
Mulheres ≥ 0,85
Fonte: WHO, 1998.

P. Circunferência da Panturrilha

Sexo Redução de massa


magra
Homens ≤34 cm
Mulheres ≤ 33 cm
Fonte: BRASPEN, 2019.

Q. Pontos de corte sugeridos para determinação de baixa força e baixa massa muscular na
população brasileira (Fonte: BRASPEN, 2019)

Componente Pontos de corte


(déficit)
Força de preensão palmar H: < 30 kg
(dinamometria manual) M: < 16 kg
(Bielemann et al, 2016)
Massa Muscular apendicular (DXA) H: < 7,5 kg/m²
(Barbosa-Silva et al, 2016) M: < 5,5 kg/m²
Massa muscular apendicular (CP) H: ≤ 34 cm
(Barbosa-Silva et al, 2016) M: ≤ 33 cm

CP: circunferência da panturrilha


DXA: absorciometria de duplo feixe de raios- X
H: homens / M: mulheres

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1.1) TÉCNICAS DE AFERIÇÃO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

PESO (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);


2. Equipamento: balança eletrônica;
3. Técnica: Instalar a balança em superfície plana, firme e lisa e afastada da parede. Ligar a
balança antes de o avaliado ser colocado sobre ela;
4. Colocar o avaliado no centro do equipamento, com o mínimo de roupa possível, descalço,
ereto, pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nesta posição; 5.
Realizar a leitura após o valor do peso estar fixado no visor.
6. Registre o valor mostrado no visor, imediatamente, sem arredondamentos (ex: 75,2 kg)

ALTURA (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);


2. Equipamento: fita métrica inelástica, esquadro de madeira, fita adesiva e fio de prumo.
3. Técnica: escolher, na casa, uma parede ou portal sem rodapé. Afixar a fita métrica inelástica,
a 50 cm do solo.
4. A pessoa deverá ser colocada ereta, e, sempre que possível, calcanhares, panturrilha, escápulas
e ombros encostados na parede ou portal, joelhos esticados, pés juntos e braços estendidos ao
longo do corpo;
5. A cabeça deverá estar erguida (fazendo um ângulo de 90º com o solo), com os olhos mirando
um plano horizontal à frente, de acordo com o plano de Frankfurt;
6. Peça à pessoa que inspire profundamente e prenda a respiração por alguns segundos; Neste
momento, desça o esquadro até que este encoste a cabeça da pessoa, com pressão suficiente
para comprimir o cabelo. Realizar a leitura da estatura sem soltar o esquadro.
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7. Registre o valor encontrado, imediatamente, sem arredondamentos. (ex: 1,734m).

ALTURA DO JOELHO (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);


2. Equipamentos: antropômetro de madeira;
3. Técnica: o indivíduo deve estar sentado. Dobra-se a perna esquerda de modo a formar um
ângulo de 90º com o joelho. Posicionar a base do antropômetro no calcanhar do pé esquerdo.
Estender o cursor do antropômetro paralelamente à tíbia até a borda superior da patela (rótula
do joelho). Obter pelo menos duas medidas sucessivas, as quais deverão ter variação máxima
de 5 mm. Se o valor obtido for superior a isto, realizar a terceira medida.
4. Registre o valor imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 58,5 cm.

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ENVERGADURA DO BRAÇO (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);


2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: solicitar que o avaliado retire vestimentas como jaquetas, blusas ou outras que
dificultem a extensão do braço. O avaliado deve estar de pé, de frente para o avaliador, e de
costas para a parede, tronco reto, braços estendidos na altura do ombro, sem flexionar o
cotovelo, calcanhares tocando a parede e peso distribuído em ambos os pés. Marcar na
parede (com fita adesiva) a distância obtida entre a extremidade distal do terceiro
quirodáctilo direito e a extremidade distal do terceiro quirodáctilo esquerdo (a extremidade
final do maior dedo da mão).
4. Registre o valor , imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 152,4 cm.

CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);


2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: a medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de interesse. O indivíduo
deve estar ereto, com o abdome relaxado (ao final da expiração), os braços estendidos ao
longo do corpo e as pernas fechadas. A medida deverá ser feita no plano horizontal.
Posicione-se de frente para a pessoa e localize o ponto médio entre a última costela e a crista
ilíaca. A fita deverá ser passada por trás do participante ao redor deste ponto. Verifique se a
fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em toda a extensão de
interesse, sem fazer compressão na pele. Pedir a pessoa que inspire e, em seguida, que expire
totalmente. A medida deve ser feita neste momento, antes que a pessoa inspire novamente;
4. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos, ex: 78,6 cm.

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CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);


2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: a medida deverá ser feita com roupas finas ou íntimas na região de interesse. O
indivíduo deve estar ereto, com o abdome relaxado, os braços estendidos ao longo do corpo
e as pernas fechadas. O examinador posiciona-se lateralmente ao avaliado de forma que a
máxima extensão glútea possa ser vista. Uma fita inelástica deve ser passada neste nível, ao
redor do quadril, no plano horizontal, sem fazer compressão. Verifique se a fita está bem
posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em toda a extensão de interesse. O zero da
fita deve estar abaixo do valor medido.
4. Registre o valor obtido (o mais próximo de 0,1 cm), imediatamente, sem arredondamentos.
Ex: 104,7 cm.

CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).


2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: a medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de interesse. O
indivíduo deve estar ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo e pernas fechadas.
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A medida deverá ser feita no plano horizontal. Posicione-se de frente para a pessoa.
Posicione a fita na maior extensão do abdome num plano horizontal. Aperte o botão central
da fita e passe a fita na parte posterior do avaliado, seguindo a extensão a ser medida, sem
comprimir a pele, com a extremidade zero abaixo do valor a ser registrado. A medida é
feita ao final da expiração normal e registrada o mais próximo de 0,1 cm;
4. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 98,7 cm.

CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).


2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: Posicione-se atrás do avaliado. Solicite ao indivíduo que flexione o cotovelo a 90º,
com a palma da mão voltada para cima. Por meio de apalpação, localize e marque o ponto
mais distal do processo acromial da escápula e a parte mais distal do olécrano. Faz-se, então,
uma pequena marcação do ponto médio entre estas duas extremidades. Peça ao indivíduo,
que em posição ereta, relaxe o braço, deixando-o livremente estendido ao longo do corpo. O
avaliado deve estar com roupas leves ou com a toda a área do braço exposta, de modo a
permitir uma total exposição da área dos ombros. Com a fita métrica inelástica, fazer a
medida da circunferência do braço em cima do ponto marcado, sem fazer compressão; 4.
Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 33,6 cm.

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CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).


2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: o antropometrista posiciona-se lateralmente ao avaliado. O avaliado com a perna
dobrada formando um ângulo de 90 graus com o joelho. Uma fita inelástica é colocada ao
redor da panturrilha (circunferência máxima no plano perpendicular à linha longitudinal da
panturrilha) e deve-se mover a fita para cima e para baixo a fim de localizar esta máxima
circunferência. A fita métrica deve passar em toda a extensão da panturrilha, sem fazer
compressão. O valor zero da fita é colocada abaixo do valor medido.
4. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 31,3 cm.

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DOBRAS CUTÂNEAS (LOHMAN et al., 1988)

1. Número de vezes a realizar a medida: três (03), de modo rotacional;


2. Equipamento: adipômetro
3. Técnica: a dobra sempre é levantada perpendicularmente ao local de superfície a ser medido.
Todas as medidas são baseadas supondo-se que os antropometristas são destros. O
adipômetro deve ser segurado com a mão direita enquanto a dobra cutânea é levantada com
a mão esquerda. Caso o antropometrista seja não-destro e não tenha habilidade de segurar o
adipômetro com a mão direita, segure o adipômetro com a mão esquerda (mão dominante)
e tracione a dobra com a mão direita. Isto não alterará os resultados das medidas; 4. Deve-
se cuidar para que apenas a pele e o tecido adiposo sejam separados; 5. Erros de medidas são
maiores em dobras cutâneas mais largas/ espessas; 6. A prega é mantida tracionada até que
a medida seja completada.
7. A medida é feita, NO MÁXIMO, até 4 segundos após feito o tracionamento da dobra
cutânea. Se o adipômetro exerce uma força por mais que 4 segundos em que o tracionamento
é realizado, uma medida menor será obtida em função do fato de que os fluidos teciduais são
extravasados por tal compressão;
8. Anotar na ficha de medidas antropométricas qualquer condição fora do padrão.

DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR

Técnica: o local a ser medido é justamente no ângulo inferior da escápula. Para localizar o
ponto, o examinador deve apalpar a escápula, percorrendo seus dedos inferior e lateralmente, ao
longo da borda vertebral até o ângulo inferior ser identificado. Em alguns avaliados,
especialmente em obesos, gentilmente peça que coloque os braços para trás, afim de que seja
identificado mais facilmente o ponto;
O sujeito permanece confortavelmente ereto, com as extremidades superiores
relaxadas ao longo do corpo. A dobra cutânea é destacada na diagonal, inclinada ínfero-
lateralmente aproximadamente num ângulo de 45º com o plano horizontal;
O compasso é aplicado ínfero-lateralmente em relação ao indicador e o polegar que
está tracionando a prega e a medida deve ser registrada o mais próximo de 0,1 mm;

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DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILÍACA

Técnica: a dobra cutânea suprailíaca é medida na linha axilar média imediatamente


superior à crista ilíaca. O indivíduo posiciona-se em posição ereta e com as pernas fechadas. Os
braços podem estar estendidos ao longo do corpo ou podem estar abduzidos levemente para
melhorar o acesso ao local. Em indivíduos impossibilitados a ficarem em pé, a medida pode ser
feita com o indivíduo em posição supina. Alinha-se inferomedialmente num ângulo de 45º com
o plano horizontal. O compasso é aplicado 1 cm dos dedos que seguram a dobra; O valor deve
ser registrado, imediatamente, o mais próximo de 0,1 mm. Ex: 20,5 mm ou 21,0 mm.

DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL

Técnica: a dobra cutânea tricipital é medida no mesmo ponto médio localizado para a
medida da circunferência braquial. O indivíduo deve estar em pé, com os braços estendidos
confortavelmente ao longo do corpo. O adipômetro deve ser segurado com a mão direita. O
examinador posiciona-se atrás do indivíduo. A dobra cutânea tricipital é tracionada com o dedo
polegar e indicador, aproximadamente 1 cm do nível marcado e as extremidades do adipômetro
são fixadas no nível marcado;
O valor deve ser registrado, imediatamente, o mais próximo de 0,1 mm. Ex: 20,5 mm ou
21,0 mm.

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DOBRA CUTÂNEA BICIPITAL

Técnica: a dobra cutânea bicipital é medida segurando-se a dobra na vertical, na face anterior
do braço, sobre o ventre do bíceps (o ponto a ser marcado coincide com o mesmo nível da
marcação para a aferição da circunferência do braço / dobra cutânea tricipital. Lembrar que a
palma da mão deve estar voltada para cima). A dobra é levantada verticalmente 1cm superior à
linha marcada (que junta a face anterior do acrômio e o centro da fossa antecubital). As
extremidades do adipômetro são posicionadas na linha marcada. O
antropometrista deve posicionar-se de frente ao avaliado; ambos em pé;
O valor deve ser registrado, imediatamente, o mais próximo de 0,1 mm.

DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL

É determinada paralelamente ao eixo longitudinal do corpo (eixo Z), dois centímetros à


direita da borda da cicatriz umbilical, com o cuidado de não tracionar o tecido que constitui as
bordas da referida cicatriz.
Lohman et al. (1988), que realiza a medida transversalmente.

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DOBRA CUTÂNEA DA COXA MEDIAL

É determinada entre o ponto médio entre ligamento inguinal e a borda superior da patela, na
face anterior da coxa. Esta medida deve ser feita na direção do eixo longitudinal (Jackson &
Pollock (1978).

DOBRA CUTÂNEA PEITORAL

É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a linha
axilar anterior e o mamilo para homens, e a um terço da distância da linha axilar anterior, para
mulheres.

DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA

É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária
transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo

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longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da
medida.

DOBRA CUTÂNEA DA PANTURRILHA MEDIAL

Para a execução dessa medida, o avaliado deve estar sentado com a articulação do joelho em
flexão de 90º, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto
de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.

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2) SEMIOLOGIA NUTRICIONAL
Parâmetros nutricionais do exame físico
REGIÃO MANIFESTAÇÃO POSSÍVEL SIGNIFICADO
Fáceis agudo Pct cansado, não consegue Desnutrição aguda
ficar com olhos abertos por
muito tempo
Fáceis crônico Aparência de tristeza, Desnutrição crônica
depressão
Pele em regiões Palidez Anemia
palmoplantares e mucosas,
principalmente conjuntival e
labial
Boca Baixa produção de saliva, Desidratação
Baixa umidade na parte
inferior da língua
Olhos Brilho reduzido, tendem a Desidratação
ficar encovados
Pele Turgor e elasticidades Desidratação
reduzidos
Pele e mucosas Amareladas Icterícia
Têmporas Atrofia bitemporal Ingestão insuficiente,
imunoincompetência
Bola gordurosa de Bichart Depletada. Associa-se com a Perda proteico-calórica
atrofia temporal, formando o prolongada
sinal de “asa quebrada”.
Regiões supra e Perdas musculares Depleção crônica
infraclaviculares (pescoço)
Fúrcula esternal (pescoço) Perdas musculares Depleção crônica
Musculatura paravertebral Atrofia. Redução da força de Depleção crônica
sustentação corporal
Membros superiores Atrofia da musculatura bi e Depleção crônica
tricipital
Membros superiores Atrofia das musculaturas de Depleção crônica
pinçamento
Abdome Escavado Perda da reserva calórica
Abdome “Umbigo em chapéu” Privação calórica, sem perda
ponderal significativa
Membros inferiores Atrofia da musculatura das Perda de força muscular
coxas (fossa de quadríceps)
Membros inferiores Atrofia da musculatura das Desnutrição proteico
panturrilhas calórica
Fonte: DUARTE; BORGES, 2007.
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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES CLÍNICAS EM ALGUMAS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

Local Manifestações clínicas Deficiências

Cabelo
Perda do brilho, seco, quebradiço, despigmentação, Proteína e
fácil de arrancar. zinco
Face Seborréia nasolabial, edema de face B2, Fe e
Proteína
Olhos Palidez conjuntival, xerose, blefarite angular Fe, vit. A, B2 e
B6
Lábios Estomatite angular, queilite B2
Língua Glossite, língua magenta, atrofia e hipertrofia das B2, B3, B9,
papilas B12
Gengivas Esponjosas, sangramento Vitamina C
Pele Xerose, hiperceratose folicular, petéquias, Vitaminas A,
equimoses excessivas CeK
Unhas Coiloníquia, quebradiças Ferro

Tecido Edema, pouca gordura Proteína e


subcutâneo calorias
Sistema músculo Atrofia muscular, alargamento epifisário, perna em Vitamina D,
esquelético “x”, flacidez das panturrilhas, fraturas B1 e Cálcio

Cardiomegalia B1
Sistema
cardiovascular.
Sistema nervoso Alterações psicomotoras e sensitivas, depressão, B1, B6 e B12
fraqueza motora, formigamento(mãos/pés)
Fonte: DUARTE; CASTELLANI, 2002.

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EXAME FÍSICO DO ESTADO NUTRICIONAL DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA
GLOBAL (ANSG)

Áreas Específicas para Avaliar a Perda de Gordura Subcutânea


Desnutrição
Áreas Dicas Desnutrição grave Bem nutrido
leve/moderada
Região orbital dos Visualize o paciente Côncavo, com Círculo ligeiramente Bolsa de gordura
olhos quando estiver em pé depressões, círculo escuros, levemente levemente saliente.
diretamente na frente escuro, pele solta côncavo Retenção de líquidos
dele, toque acima da (flácida) pode mascarar a
maçã do rosto (osso perda
malar)
Região superior do Braço dobrado, Espaço muito Espaço um pouco Percebe-se o tecido
braço: bíceps e segure a pele entre os pequeno entre os maior entre os dedos adiposo de maneira
tríceps dedos, não inclua o dedos mais evidente entre
músculo os dedos
Regiões torácica e Peça ao paciente para Depressão entre Depressão aparente Gordura preservada
lombar: costelas, estender contra um costelas intensas. entre as costelas, em região peitoral;
parte inferior das objeto sólido Crista Ilíaca muito crista ilíaca um costelas não
costas e linha axilar (parede) proeminente pouco proeminente aparecem. Leve a
média nenhuma protrusão
da Crista Ilíaca
Áreas Específicas para Avaliar a Perda de massa muscular
Desnutrição
Áreas Dicas Desnutrição grave Bem nutrido
leve/moderada
Região das têmporas: Visualize o paciente Côncavo, escavado, Depressão leve Pode ver / sentir
Músculo temporal quando estiver em pé depressão com músculos bem
diretamente na frente visualização do osso definidos
deles, peça ao
paciente para virar a
cabeça de um lado
para o outro
Região dos ossos da Procure por ossos Osso proeminente e Visível nos homens, Não visível em
clavícula: proeminentes. saliente alguma homens, visível mas
peitoral maior, Certifique-se de que protuberância em não proeminente em
deltóide e trapézio o paciente não esteja mulheres mulheres
curvado para a frente
Região dos Ossos da Paciente sem camisa, Ombro parece Acrômio Curvas arredondadas
Clavícula e Acrômio: de pé ou sentado. quadrado, ossos ligeiramente saliente no braço, ombro e
músculo deltóide Braços ao lado do proeminentes; pescoço
corpo: observar saliência do acrômio
contorno do músculo muito proeminente
Região óssea da Peça ao paciente para Ossos visíveis e Depressão moderada Ossos não
escápula: trapézio, estender contra um proeminentes, ou o osso pode estar proeminentes, sem
supra espinhal e intra objeto sólido depressões entre um pouco aparente depressões
espinhais (parede) costelas e escápula
ou ombros e coluna
Músculo da mão: Avaliar a “almofada” Depressão acentuada Ligeira depressão Pode ser plana em
interósseo dorsal da do polegar; quando a algumas pessoas bem
mão (“almofada”) ponta do dedo nutridas
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indicador tocar a
ponta do polegar

Parte inferior do corpo menos sensível a mudanças


Região Patelar: Peça ao paciente para Ossos proeminentes, Joelho menos Ossos quase não
Músculo quadríceps se sentar com as pouco se enxerga o proeminente, mais aparecem, músculo
pernas dobradas músculo ao redor do arredondado evidente
joelho
Região Anterior da Peça ao paciente para Depressão em coxa, Depressão moderada Bem arredondada
Coxa: Músculo se sentar com as emagrecida na parte interna da
quadríceps pernas dobradas. coxa
Segure o músculo
para diferenciar a
quantidade de tecido
muscular do tecido
adiposo.
Região posterior da Segure o músculo da Músculo não Músculo pouco Músculo bem
panturrilha: músculo panturrilha para aparente aparente desenvolvido
gastrocnêmio determinar a
quantidade de tecido
Fonte: Malone, Hamilton, 2013.

AVALIAÇÃO DO EDEMA
1 + Depressão de 2 mm, dificilmente detectável
Recuperação imediata
2 + Depressão profunda de 4mm
Alguns segundos para se recuperar
3 + Depressão profunda de 6 mm
10 a 12 segundos para se recuperar
4+ 8 mm: depressão muito profunda
> 20 segundos para se recuperar
Fonte: Malone, Hamilton, 2013.

A B C

Anamnese Alteração do sem perda de perda de peso entre 5 Perda de peso . que
Antropométrica Peso peso a 10% nos últimos 6 10% nos últimos 6
Recuperação meses sem meses
recente de recuperação ou Perda maior que 2% nas
peso estabilização do peso últimas 2 semanas Perda
nas últimas 2 semanas evidente em roupas e
aparência

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Anamnese Ingestão Não alterada diminuição nítida da ingestão altamente
Alimentar alimentar alterada mas ingestão comprometida
apresentando supressão de grupos
melhora alimentares
recente
alteração na
consistência
porém dieta
supre as DRIS
sintomas ausência de com ou sem presença presença de sintomas
gastrintestinais alterações moderada de sintomas gastrintestinais que
gastrintestinai gastrintestinais comprometem a
s ou melhoras ingestão e absorção da
destes dieta
sintomas
História Clínica Capacidade Sem alteração Dificuldade ou poucas grande alteração na
Funcional na capacidade alterações na capacidade funcional e
funcional capacidade funcional ficando o paciente a
(paciente em casa ou maior parte do tempo
sentado maior parte do acamado
tempo)
História Clínica Demanda nenhum baixo ou moderado Alto estresse metabólico
Metabólica de impacto estresse metabólico
acordo com o
Diagnóstico
Exame Físico Perda de sem alteração perda leve de gordura perda severa de gordura
Gordura subcutânea com leve subcutânea
Subcutânea
Perda de sem alteração sem perda ou leve perda severa de tecido
Tecido perda muscular
muscular
Edema Ausência ausência ou edema pode haver presença de
discreto edema no tornozelo e
edema sacral

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3) NECESSIDADES NUTRICIONAIS

Necessidades energéticas: equação de Harris Benedict

TMB (homem): 66,5 + 13,8 x peso (kg) + 5 x altura (cm) – 6,8 x idade (anos)
TMB (mulher): 655,1 + 9,6 x peso (kg) + 1,9 x altura (cm) – 4,7 x idade (anos)

GET: TMB x FA x FI x FT

Fator atividade Fator injúria (FI) Fator térmico


(FA) (FT)
Acamado no 1,1 AIDS / Câncer 1,1 a 1,45
ventilador afebril 1,0

Acamado 1,2 Cirurgia eletiva 1,0 a 1,2 38oC 1,1


Acamado + 1,2 Desnutrição não-complicada 0,8 a 1,0 39oC 1,2
móvel 5
Deambuland 1,3 Desnutrição grave 1,5
40oC 1,3
o
DM 1,1 41oC 1,4
Doença cardiopulmonar com sepse 1,25
Doença cardiopulmonar sem sepse 0,9
Doença cardiopulmonar com 1,3 a 1,55
cirurgia
DPOC 1,2
Falência de 1 ou 2 órgãos 1,4 a 1,5
Fraturas múltiplas 1,2 a 1,35
Infecções 1,1 a 1,25
Infecção grave 1,3 a 1,35
1,3 a 1,5
(sem
Insuficiência cardíaca
Fibrilação
Atrial)
Insuficiência hepática 1,3 a 1,55
IRA 1,3
DRC com ou sem diálise 1,35
Jejum / paciente não complicado 0,85 a 1,0
Multitrauma com sepse 1,6
Multitrauma reabilitação 1,5
Neurológico / coma 1,15 a 1,2
Pancreatite 1,3 a 1,8
Pequena cirurgia 1,2

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Pequeno trauma de tecido 1,14 a 1,37
Peritonite 1,2 a 1,5
PO câncer 1,1 a 1,4
PO cirurgia cardíaca 1,2 a 1,5
PO cirurgia eletiva 1,0 a 1,1
PO geral 1,0 a 1,5
PO leve 1,00 a 1,05
PO médio 1,05 a 1,10
PO grande 1,10 a 1,25
PO torácico 1,2 a 1,5
Queimaduras
até 20% 1,0 a 1,5
20 a 50% 1,7
50 a 70% 1,8
70 a 90% 2,0
100% 2,1
Retocolite / Crohn 1,3
Sepse 1,4 a 1,8
Síndrome da angústia respiratória 1,35
SIC 1,45
TMO 1,2 a 1,3
Transplante hepático 1,2 a 1,5
TCE 1,4
Trauma de tecidos moles 1,14 a 1,37
Trauma esquelético 1,35
Trauma com sepse 1,60

AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida


DM: Diabetes mellitus
DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
IRA: Insuficiência Renal Aguda
DRC: Doença Renal Crônica
PO: Pós operatório
SIC: Síndrome do Intestino Curto
TMO: Transplante de Medula Óssea
TCE: Trauma Crânio Encefálico
Fonte: JESUS, 2002; AUGUSTO et al., 1995. * Adaptado de SILBERMAN; ELISENBERG;
GUERRA, 2002.

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FÓRMULA DE BOLSO
VET = Peso x kcal
Condição clínica Kcal/kg
Perda de peso / Paciente crítico 20 a 25
Manutenção de peso / Trauma 25 a 30
Ganho de peso / Cirurgia eletiva 30 a 35
TCE (traumatismo crânio- 35 a 40
encefálico)

Tabela simplificada (Cálculo Direto)

Grau de estresse GET


Sem estresse 22 a 25 kcal/kg/dia
Estresse leve 25 a 27 kcal/kg/dia
Estresse moderado 25 a 30 kcal/kg/dia
Estresse intenso 30 a 33 kcal/kg/dia
Queimado (<30%) 30 a 35 kcal/kg/dia
Obeso 20 a 22 kcal/kg/dia
OBS: Para obesos, usar peso ajustado.

Fonte: National Advisory Group on Standards and Practice Guidelines for Parenteral Nutrition,
1998.

NECESSIDADE ENERGÉTICA SEGUNDO FAO (2004)

GET= TMB X FA , sendo:


GET: gasto energético total
TMB: taxa metabólica basal
FA: fator atividade
Taxa Metabólica Basal
Faixa etária (anos) Masculino Feminino
0-3 59,512 x P - 30,4 58,317 x P - 31,1
3-10 22,706 x P + 504,3 20,315 x P + 485,9
10-18 17,686 x P + 658,2 13,384 x P + 692,6
18-30 15,057 x P + 692,2 14,818 x P + 486,6
30-60 11,472 x P + 873,1 8,126 x P + 845,6
>60 11,711 x P + 587,7 9,082 x P + 658,5
Fonte: FAO, 2004.
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Fator Atividade
Sexo Tipo de atividade
Leve Moderada Intensa
masculino 1,55 1,78 2,10
feminino 1,56 1,64 1,82
Fonte: FAO, 2004.

EQUAÇÃO DE PREDIÇÃO PARA IMC >30kg/m²

Homens 19-78 10xP (kg) + 6,25xE(cm) -5x I(anos) +5


Mulheres 19-78 10xP (kg) + 6,25xE(cm) -5x I(anos) -161

Fonte: MIFFLIN-ST JEOR, 1990.

EQUAÇÃO DE PREDIÇÃO

Kcal/d=500+22 x massa magra (kg)

Fonte: CUNNINGHAM, 1991.

EQUAÇÃO DE PREDIÇÃO

18-30 anos [(0,048 x Kg) + 2,562] x 239


30-60 anos [(0,048 x Kg) + 2,448] x 239 _

Fonte: HENRY e REES, 1991.

FATOR ATIVIDADE
Fator atividade diário
1,0 a 1,4 Sedentário e atividades leves diárias
1,4 a 1,6 Pouco ativo com atividades leves diárias +a30
60 min de exercício físico
1,6 a 1,9 Ativo com atividades diárias + 60 min de
exercícios físicos moderado
1,9 a 2,5 Muito ativo com atividades diárias + 90-120 min
de exercícios físico moderado

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DIRETRIZ BRASPEN DE TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO (2019)

Idoso
Energia Proteína Fibra
30-35 Kcal/kg 1,0-1,5 g PTN/kg 25g/d

Idoso com desnutrição ou em risco nutricional durante intervenção com exercícios


físicos
Energia Proteína
32-38 Kcal/kg 1,2-1,5 g PTN/kg

Idoso com DM
Energia Proteína Fibra
Normocalórica ou hipocalórica 1,0-1,2 g PTN/kg 14g/1000kcal
se o paciente obeso

Idoso renal crônico não dialítico


Energia Proteína na DRC Proteína na DRC Proteína na DRC
grave moderada leve
(TFG < 30 mL/ (TFG entre > 30 e < (TFG é >
min/1,73 m²) 60 mL/min/1,73 m²) 60ml/min /1,73m²)
30-35 Kcal/kg 0,6 a 0,8 g/Kg 0,8g/kg/d 1,0-1,2 g/kg/d
peso ideal peso ideal

Idoso sob terapia renal substitutiva


Energia Proteína
30-35 Kcal/kg 1,2-1,5 g PTN/kg (sendo 50% de proteína
de alto valor biológico)

Idoso com disfunção renal aguda


Proteína
1,2-1,5 g PTN/kg

Idoso oncológico
Energia Energia para Proteína Proteína para
baixo peso desnutrição
25-30 Kcal/kg 32-38 Kcal/kg > 1,0g/kg/d 1,2-1,5 g/kg/d

30
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Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Diabetes Mellitus (2020)

DM eutróficos não críticos


Energia Proteína
25-35 Kcal/kg 1,0-1,5 g PTN/kg

Terapia nutricional oral no DM


Carboidratos Proteína Gordura Fibra
45-60% 15% - 20% < 30% do VET 14g/1000kcal
1,0- 1,5gPTN/kg limite de 7% saturada
< 1% trans
< 200mg colesterol
< 20% monoinsaturas

DM com doença renal


Proteína Proteína sob terapia substitutiva
0,6 a 0,8 g/Kg/d 1,0-1,2g/kg/d

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Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no paciente com Câncer (2019)

Oncológico obeso Oncológico obeso


Energia Proteína IMC ideal idoso IMC ideal adulto
2
20 - 25 Kcal/kg 1,2-1,5 g PTN/kg 27 kg/m 25 kg/m2

32
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Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no COVID-19 (2021)

Aporte calórico

Início mais baixo Fase de recuperação Fase de reabilitação

15 a 20 Kcal/kg 25 Kcal/kg 35 Kcal/kg

Aporte calórico

Obeso 30 a 50 kg/m2 Obeso > 50 kg/m2

11 a 14 Kcal/kg PA /d 22 a 25 Kcal/kg PI /d

Aporte proteico

Aporte Em TSR Obeso

1,5 a 2,0 gPTN/kg/d Até 2,0 gPTN/kg/d 2,0 a 2,5 gPTN/kgPI/d

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Projeto Diretrizes (DITEN) Terapia nutricional no Trauma (2011)
Aporte calórico Aporte proteico

Início mais baixo Fase de recuperação


1,2 a 2,0 gPTN/Kg
20 a 25 Kcal/kg 25 a 30 Kcal/kg

ASPEN Clinical Guidelines: Terapia nutricional no paciente Obeso hospitalizado (2013)

Aporte calórico

Dieta hipocalórica Ou

50 a 70% das necessidades estimadas < 14 Kcal/kg PA /d

Aporte proteico

Peso Atual Peso Ideal

1,2gPTN/kgPA 2,0 a 2,5 gPTN/kgPI

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BRASPEN: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar (2018)
Aporte calórico

Fase inicial 25 a 30 Kcal/Kg

Fase de recuperação 30 a 40 Kcal/Kg

Aporte proteico

Baixo catabolismo 1,0 a 1,2 gPTN/Kg

Moderado catabolismo 1,2 a 1,5 gPTN/Kg

Alto metabolismo 1,5 a 2,0 gPTN/Kg

ESPEN practical Guideline: Clinical Nutrition in Surgery (2017)


No perioperatório

Caloria Proteína

25 a 30 kcal/kg/d 1,5 gPTN/kgPI/d ou 20%


das necessidades
nutricionais

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Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente com Doença Renal (2021)

Injúria Renal Aguda (IRA)

Calorias Proteína

20-30 kcal/kg/dia (peso seco ou ideal – 1,3-1,5 gPTN/kg/dia (se


se obesidade ou muito baixo peso) hipercatabólico e sem HD/DP)
1,5 gPTN/kg/dia (se HD/DP
20-25 kcal/kg/dia (se estresse grave) intermitente) 1,7-2,5 g/kg/dia (se
HD/DP contínua) 0,8-1,0 gPTN/kg/dia
(se não
hipercatabólico e sem HD/DP)

Doença Renal Crônica (DRC)

Calorias Proteína

25-35 kcal/kg/dia (se estável) 0,6-0,8 gPTN/kg/dia (se DRC estágio


3- 5)
1,2 g/kgPTN/dia (se DRC estágio
G5D em HD/DP)

Gestantes

Calorias Proteína

35 kcal/kg/dia (gestantes DRC G1-5 – 0,6-0,8 gPTN/kg/dia (se DRC G3-4) +


peso pré-gestacional) + 88 kcal/dia (1º 6- 10g proteína
TRIM) ou 275 kcal/dia (2º TRIM) ou 1,2 gPTN/kg/dia (se DRC 5D em
475 kcal/dia (3º TRIM) HD) 1,4 gPTN/kg/dia (se DRC 5D
25-35 kcal/kg/dia (gestante em em DP)
HD) 25 kcal/kg/dia (gestante em
DP)

Crianças

Calorias Proteína

Semelhante às saudáveis (se DRC G2-5) Sem restrição

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Idosos em DRC

Calorias Proteína

25-35 kcal/kg/dia 0,6-0,8 gPTN/kg/dia (se DRC G4-5)


1,2-1,5 gPTN/kg/dia (se DRC G5D
em HD/DP)

Transplante Renal (TR)

Calorias Proteína

25-35 kcal/kg/dia 1,3-1,5 gPTN/kg/dia (se TR imediato


e em caso de rejeição aguda do
enxerto) 0,8 gPTN/kg/dia (se pós-TR
tardio) 0,6 gPTN/kg/dia (se rejeição
crônica)

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DIRETRIZ BRASPEN DE TERAPIA NUTRICIONAL NO PACIENTE COM DOENÇAS
NEURODEGENERATIVAS (2022)

AVC
Fase aguda
Calorias Proteína
Inicial 15-20kcal/kg 1,5-2,0gPTN/kg
Progredir 25-30kcal/kg ( após o 4º dia nos
pacientes em recuperação
Fase de reabilitação
Calorias Proteína
30-35kcak/kg 1,2- 1,5gPTN/kg

TCE
Fase aguda
Calorias Proteína
15-20kcal/kg 1,5- 2,5gPTN/kg
Fase de recuperação
Pode alcançar até 40kg/kg

Esclerose lateral amiotrófica (ELA)


Não ventilados
Calorias
30kcal/kg
Ventilação não invasiva
25- 30kcal/kg

FAIXA DE DISTRIBUIÇÃO ACEITÁVEL DE MACRONUTRIENTES

(AMDRs – Acceptable Macronutrient Distribution Ranges)


Estágio de vida Carboidratos Proteínas Lipídios
Crianças
0-6m 60g (AI) 9,1g (AI) 31g (AI)
7-12m 95g (AI) 13,5g (RDA) 30g (RDA)
1-3 anos 45-65% 5-20% 30-40%
4-18 anos 45-65% 10-30% 25-35%
Adultos
> 18 anos 45-65% 10-35% 20-35%
Fonte: Institute of Medicine – Dietary Reference Intake, 2002.

38
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NECESSIDADES DIÁRIAS DE PROTEÍNA NOS ESTADOS PATOLÓGICOS

Condição clínica Proteína (g/kg/dia)


Sem estresse metabólico 0,8
Estresse metabólico leve (Hospitalização 1,0 a 1,2
eletiva)
Estresse metabólico moderado 1,2 a 1,5
(Pós-operatório complicado, infecção, trauma)
Estresse metabólico intenso (Sepse, 1,5 a 2,0
pancreatite, trauma grave)
Fonte: National Advisory Group on Standards and Practice Guidelines for Parenteral Nutrition.
JPEN 1998; 2249

RELAÇÃO KCAL NÃO PROTEICA / G DE NITROGÊNIO

6,25 g de proteína contém 1g de nitrogênio.

Assim, para encontrar quantas g de nitrogênio temos:

X g de nitrogênio = g proteína
6,25

Relação kcalñPTN/gN = todas kcal não proteicas


gN

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4) TRIAGEM NUTRICIONAL

TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL – NRS


Parte 1. Triagem inicial SIM NÃO
1 IMC < 20,5? ☐ ☐
2 Houve perda de peso nos últimos três meses? ☐ ☐
3 Houve redução, má ingestão de alimentos na última semana? ☐ ☐
4 Paciente apresenta doença grave, está em mau estado geral ou em UTI? ☐ ☐
SIM: se a resposta for “sim” para qualquer uma das questões, continue e preencha a parte 2.
NÃO: se a resposta for “não” para qualquer uma das questões, reavalie o paciente semanalmente. Se o
paciente tiver indicação de cirurgia de grande porte, deve-se considerar Terapia Nutricional para evitar
riscos associados. Continue e preencha a parte 2.

Parte 2. Triagem do Risco Nutricional


Gravidade da doença (efeito do estresse metabólico
Estado Nutricional
no aumento das necessidades nutricionais)
☐ Ausente Ausente
Necessidades nutricionais
(pontuação Estado nutricional normal. ☐ (pontuação 0)
normais.
0)
Perda de peso > 5% em três Fratura de quadril, pacientes
Leve meses ou ingestão alimentar crônicos com complicações
Leve
☐ (pontuação na última semana entre 50- ☐ agudas, cirrose, DPOC, DM,
(pontuação 1)
1) 75% das necessidades CA.
nutricionais. Hemodiálise crônica.
Perda de peso > 5% em dois
meses ou IMC entre 18,5 – Cirurgia abdominal de grande
Moderado
20,5 + condição geral Moderado porte, acidente vascular
☐ prejudicada ou ingestão ☐ (pontuação encefálico, pneumonia grave,
(pontuaçã
alimentar na última semana 2) doença hematológica maligna
o 2)
entre 25-60% das (leucemia, linfoma).
necessidades nutricionais.
Perda de peso > 5% em 1 mês
(>15% em 3 meses) ou IMC
Grave < 18,5 + condição geral TCE, transplante de medula
Grave
☐ (pontuação prejudicada ou ingestão ☐ óssea, paciente crítico (APACHE
(pontuação 3)
3) alimentar na última semana > 10).
entre 0-25% das
necessidades nutricionais.
☐Paciente >70 anos
Escore total:

40
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Escore > 3: o paciente está em risco nutricional e a terapia nutricional deve ser iniciada.
Escore <3: no momento, o paciente NÃO APRESENTA RISCO NUTRICIONAL e deve ser reavaliado
semanalmente. Porém, se o paciente tiver indicação de cirurgia de grande porte, deve-se considerar a terapia
nutricional para evitar riscos associados
Nutritional Risk Screening – NRS é baseado em estudos clínicos randomizados e
recomendado pelo Guideline da ESPEN* para o âmbito hospitalar.
*Pontuação = 1: a necessidade proteica está aumentada, mas o déficit proteico pode ser
recuperado pela alimentação oral ou pelo uso de suplementos, na maior parte dos casos.
*Pontuação = 2: a necessidade proteica está substancialmente aumentada e o Déficit
Proteico pode ser recuperado na maior parte dos casos, com uso de suplementos orais / dieta enteral.
*Pontuação > 3: a necessidade proteica está substancialmente aumentada e não pode ser
recuperada somente pelo uso de suplementos orais / dieta enteral.
Fonte: *Kondrup J, Allison SP, Elia M, Vellas B, Plauth M; Educational and Clinical Practice Commitee,
European Society for Parenteral and Enteral Nutrition (ESPEN). ESPEN guidelines for nutritional
screening 2002. Clin Nutr 2003; 22(4): 415-21.
*European Society for Parenteral and Enteral Nutrition. Questionário traduzido e utilizada
pela nutricionista Mariana Rasian.

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TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL INFANTIL – STRONGKIDS

Impressão do médico ou nutricionista:


1 – Avaliação Nutricional subjetiva – A criança parece ter déficit nutricional ou
desnutrição?
(1 ponto)
☐Sim ☐Não
☐Redução da gordura subcutânea
e/ou da massa muscular ☐Face emagrecida ☐Outro sinal:<<>>
2 – Doença com alto risco nutricional ou cirurgia de grande porte: (2 pontos)
☐Sim
☐Não
☐Anorexia nervosa ☐DII – Doença Inflamatória Intestinal
☐Fibrose cística ☐SIC – Síndrome do Intestino Curto
☐AIDS ☐Doença metabólica
☐Pancreatite ☐Pré ou pós-operatório de cirurgia de grande porte
☐Doença muscular ☐Doença celíaca
☐Baixo peso para idade / prematuridade (idade
☐Câncer
corrigida 6 meses)
☐Displasia broncopulmonar (até 2 ☐Trauma
anos)
☐Doença crônica (cardíaca, renal ou ☐Deficiência Mental / Paralisia Cerebral
hepática)
☐Queimaduras ☐Outras: <<>>
PERGUNTAR AO ACOMPANHANTE OU CHECAR EM PRONTUÁRIO OU COM A ENFERMAGEM:
3 – Ingestão Nutricional e/ou perdas nos últimos dias: (1 ponto)
☐Sim
☐Não
☐Diarreia (>5x/dia) ☐Vômitos (>3x/dia)
☐Dificuldade alimentar devido à dor ☐Intervenção nutricional prévia
☐Diminuição da ingestão alimentar (não
considerar jejum para procedimento ou
cirurgia) ☐Outros: <<>>
4 – Refere perda de peso ou ganho insuficiente nas últimas semanas ou meses: (1 ponto)
☐Sim
☐Não
☐Perda de peso (crianças > 1 ano) ☐Não ganho de peso (< 1 ano)

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SUGESTÃO PARA INTERVENÇÃO DE ACORDO COM A PONTUAÇÃO OBTIDA:
Resultado Escore Risco Intervenção
1- Consultar médico e nutricionista para diagnóstico
nutricional completo
☐ 4-5 Alto 2- Orientação nutricional individualizada e seguimento
3- Iniciar suplementação oral até conclusão do
diagnóstico nutricional
1- Consultar médico para diagnóstico completo
2- Considerar intervenção nutricional
☐ 1-3 Médio
3- Checar peso 2x/semana
4- Reavaliar o risco nutricional após 1 semana
1- Checar peso regularmente
☐ 0 Baixo
2- Reavaliar o risco em 1 semana

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5) DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL

Fonte: DETSKY et al., 1994.

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CRITÉRIO PARA O DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO – GLIM

CRITÉRIO PARA O DIAGNÓSTICO DA DESNUTRIÇÃO GLIM


(Global Leadership Initiative on Malnutrition – GLIM criteria for the diagnosis of Malnutrition)
O diagnóstico da desnutrição GLIM possui 2 critérios (etiológico e fenotípico) e necessita do reconhecimento de, ao menos, 1 critério fenotípico e 1 critério
etiológico para a classificação. O critério fenotípico determina a gravidade da desnutrição (moderada ou grave).
FENOTÍPICO ETIOLÓGICO

Perda ponderal: Ingestão alimentar ou assimilação de nutrientes:


( ) dado indisponível* ( ) dado indisponível*
( ) sem perda* ( ) sem redução ou consumo > 50 % em menos de uma semana*
( ) moderada: 5 a 10 % em 6 meses ou 10 a 20 % ( ) consumo ≤ 50 % por mais de uma semana
em mais de 6 meses ( ) qualquer redução do consumo por mais de 2 semanas
( ) grave: > 10 % em 6 meses ou > 20 % em mais ( ) qualquer condição crônica que impacte na redução da
de 6 meses absorção ou assimilação de nutrientes

Redução de massa magra (exame físico ou método


validado): Doença ou componente inflamatório:
( ) dado indisponível* ( ) ausente*
( ) sem perda* ( ) presença de componente inflamatório moderado ou grave de
( ) moderada: depleção leve a moderada forma aguda ou crônica
( ) grave: depleção severa

Índice de massa corporal (IMC):


( ) dado indisponível*
( ) preservado:
< 70 anos: IMC > 20 kg/m2
≥ 70 anos: IMC > 22 kg/m2
( ) moderado:
< 70 anos: IMC < 20 kg/m2
≥ 70 anos: IMC < 22 kg/m2
( ) grave:
< 70 anos: IMC < 18,5 kg/m2
≥ 70 anos: IMC < 20 kg/m2

* não pontua
DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO
( ) Não desnutrido
Gravidade: Contexto:

( ) Desnutrição moderada ( ) doença crônica com inflamação

( ) doença crônica com inflamação mínima ou imperceptível


( ) Desnutrição grave
( ) doença aguda ou injúria com inflamação grave

( ) fatores socioeconômicos ou ambientais

Obs: pode ser marcado mais de 1 contexto.


Referência bibliográfica: Cederholm T, Jensen GL, Correia MITD, Gonzalez MC, Fukushima R, Higashiguchi T, Baptista G, et al. GLIM criteria for the
diagnosis of malnutrition e A consensus report from the global clinical nutrition Community. Clin Nutr 2019 Feb; 38 (1): 1-9. doi: 10.1016/j.clnu.2018.08.002.
Epub 2018 Sep 3.

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CRITÉRIO PARA O DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO – AND-ASPEN
Não grave (L/M) ou Grave (C)

2) O consumo energético :A desnutrição é resultado da inadequação da ingestão alimentar ou da má assimilação destes nutrientes. Assim, a
ingestão recente comparada com a estimativa das necessidades é o critério primário para a definição da desnutrição. O nutricionista deve
obter e revisar a ingestão e a história alimentar, estimar a necessidade kcal, comparar com a estimativa do consumo e reportar ingestão
inadequada a partir do percentual de inadequação e o tempo em que isso ocorreu.
3) Interpretação da perda de peso: O nutricionista deve avaliar a perda de peso, considerando os achados clínicos de reservas de tecido,
desidratação e hiperhidratação. A perda de peso deve ser registrada como percentual do peso usual durante um intervalo de tempo.
4) Gordura Corporal: A perda de gordura subcutânea (por exemplo, orbital, tríceps, intercostais).
5) Massa Muscular: Perda de massa muscular, por exemplo: Músculo temporal, peitoral, deltóides, músculos intraósseos, quadríceps da coxa,
panturrilha.
6) Acúmulo de Fluidos: O nutricionista pode avaliar fluidos generalizado ou localizado evidente no exame (edema vulvar, escrotal ou ascite).
A perda de peso é frequentemente mascarada por fluidos generalizados (edema).

Diagnóstico Nutricional = Resultados:


a) Desnutrição Não grave relacionada a inanição ou não relacionada à doença
b) Desnutrição Não grave relacionada à doença aguda
c) Desnutrição Não grave relacionada à doença crônica
d) Desnutrição Grave relacionada a inanição ou não relacionada à doença
e) Desnutrição Grave relacionada à doença aguda
f) Desnutrição Grave relacionada a doença crônica
g) Alto risco para desenvolvimento de desnutrição relacionada à (etiologia da desnutrição): paciente que não atende
ao mínimo de 2 critérios para diagnóstico de desnutrição.
Referência Bibliográfica: White JV, Guenter P, Jensen G, et al. Consensus statement: Academy of Nutrition and Dietetics and A.S.P.E.N.
Characteristics recommended for the identification and documentation of adult malnutrition. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2012;36:275-
383
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MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN)

Fonte: RUBENSTEIN et al., 2001.


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6) REFERÊNCIAS

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Anexo 1 - TABELA DE REFERÊNCIA DE PESO IDEAL.
HOMENS MULHERES
Altura (cm) Estatura Estatura Estatura Estatura Estatura Estatura
pequena média grande pequena média grande
142 41,8 46,0 49,5
143 42,3 54,3 49,8
144 42,8 45,6 50,1
145 43,2 45,9 50,2
146 43,7 46,6 51,2
147 44,1 47,3 51,8
148 44,6 47,7 51,8
149 45,1 48,1 51,8
150 45,5 48,6 53,2
151 46,2 49,3 54,0
152 46,8 50,0 54,5
153 47,3 50,5 55,0
154 47,8 51,0 55,5
155 50,0 53,6 58,2 48,2 51,4 55,9
156 50,7 54,3 58,8 48,9 52,3 56,8
157 51,4 55,0 59,5 49,5 53,2 57,7
158 51,8 55,5 60,0 50,0 53,6 58,3
159 52,2 56,5 60,5 50,5 54,0 58,9
160 52,7 56,4 60,9 50,9 54,5 59,5
161 53,2 56,2 61,5 51,5 55,3 60,1
162 53,7 56,8 62,1 52,1 56,1 60,7
163 54,4 57,7 62,7 52,7 56,8 61,4
164 55,0 58,5 63,4 53,6 57,7 62,3
165 55,9 59,5 64,1 54,5 58,6 63,2
166 56,3 60,1 64,8 55,1 59,2 63,8
167 57,1 60,7 65,6 55,7 59,8 64,4
168 57,7 61,4 66,4 56,4 60,5 65,0
169 58,6 62,3 67,5 57,3 61,4 65,9
170 59,5 63,2 68,6 58,2 62,2 66,8
171 60,1 63,8 69,2 58,8 62,8 67,4
172 60,7 64,4 69,8 59,4 63,4 68,0
173 61,4 65,0 70,5 60,0 64,4 68,6
174 62,3 65,9 71,4 60,9 65,0 69,3

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175 63,2 66,8 72,3 61,8 65,9 70,9
176 63,8 67,5 72,9 62,4 66,5 71,7
177 64,4 68,2 73,5 63,0 67,1 72,5
178 65,0 69,0 74,4 63,6 67,7 73,2
179 65,9 69,9 75,3 64,5 68,6 74,1
180 66,8 70,9 76,4 65,5 69,5 75,0
181 67,4 71,7 77,1 66,1 70,1 75,6
182 68,0 72,5 77,8 66,7 70,7 76,2
183 68,6 73,2 78,6 67,3 71,4 76,8
184 69,6 74,4 79,8
185 70,9 75,0 80,9
186 71,5 75,8 81,7
187 72,1 76,6 82,5
188 72,7 77,3 83,2
189 73,3 78,0 83,8
190 73,9 78,7 84,4
191 74,5 79,5 85,0
Fonte: Metropolitan Life Ensurance, 1985.

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Anexo 2. PERCENTIS DE CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB).
PERCENTIL
Idade (anos) 5 10 25 50 75 90 95
HOMENS
1 a 1,9 14,2 14,6 15,0 15,9 17,0 17,6 18,3
2 a 2,9 14,1 14,5 15,3 16,2 17,0 17,8 18,5
3 a 3,9 15,0 15,3 16,0 16,7 17,5 18,4 19,0
4 a 4,9 14,9 15,4 16,2 17,1 18,0 18,6 19,2
5 a 5,9 15,3 16,0 16,7 17,5 18,5 19,5 20,4
6 a 6,9 15,5 15,9 16,7 17,9 18,8 20,9 22,8
7 a 7,9 16,2 16,7 17,7 18,7 20,1 22,3 23,0
8 a 8,9 16,2 17,0 17,7 19,0 20,2 22,0 24,5
9 a 9,9 17,5 17,8 18,7 20,0 21,7 24,9 25,7
10 a 10,9 18,1 18,4 19,6 21,0 23,1 26,2 27,4
11 a 11,9 18,6 19,0 20,2 22,3 24,4 26,1 28,0
12 a 12,9 19,3 20,0 21,4 23,2 25,4 28,2 30,3
13 a 13,9 19,4 21,1 22,8 24,7 26,3 28,6 30,1
14 a 14,9 22,0 22,6 23,7 25,3 28,3 30,3 32,2
15 a 15,9 22,2 22,9 24,4 26,4 28,4 31,1 32,0
16 a 16,9 24,4 24,8 26,2 27,8 30,3 32,4 34,3
17 a 17,9 24,6 25,3 26,7 28,5 30,8 33,6 34,7
18 a 18,9 24,5 26,0 27,6 29,7 32,1 35,3 37,9
19 a 24,9 26,2 27,2 28,8 30,8 33,1 35,5 37,2
25 a 34,9 27,1 28,2 30,0 31,9 34,2 36,2 37,5
35 a 44,9 27,8 28,7 30,5 32,6 34,5 36,3 37,4
45 a 54,9 26,7 28,1 30,1 32,2 34,2 36,2 37,6
55 a 64,9 25,8 27,3 29,6 31,7 33,6 35,5 36,9
65 a 74,9 24,8 26,3 28,5 30,7 32,5 34,4 35,5
MULHERES
1 a 1,9 13,8 14,2 14,8 15,6 16,4 17,2 17,7
2 a 2,9 14,2 14,5 15,2 16,0 16,7 17,6 18,4
3 a 3,9 14,3 15,0 15,8 16,7 17,5 18,3 18,9
4 a 4,9 14,9 15,4 16,0 16,9 17,7 18,4 19,1
5 a 5,9 15,3 15,7 16,5 17,5 18,5 20,3 21,1
6 a 6,9 15,6 16,2 17,0 17,6 18,7 20,4 21,1
7 a 7,9 16,4 16,7 17,4 18,3 19,9 21,6 23,1
8 a 8,9 16,8 17,2 18,3 19,5 21,4 24,7 26,1

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9 a 9,9 17,8 18,2 19,4 21,1 22,4 25,1 26,0
10 a 10,9 17,4 18,2 19,3 21,0 22,8 25,1 26,5
11 a 11,9 18,5 19,4 20,8 22,4 24,8 27,6 30,3
12 a 12,9 19,4 20,3 21,6 23,7 25,6 28,2 29,4
13 a 13,9 20,2 21,1 22,3 24,3 27,1 30,1 33,8
14 a 14,9 21,4 22,3 23,7 25,2 27,2 30,4 32,2
15 a 15,9 20,8 22,1 23,9 25,4 27,9 30,0 32,2
16 a 16,9 21,8 22,4 24,1 25,8 28,3 31,8 33,4
17 a 17,9 22,0 22,7 24,1 26,4 29,5 32,4 35,0
18 a 18,9 22,2 22,7 25,1 26,8 28,1 31,2 32,5
19 a 24,9 22,1 23,0 24,7 26,5 29,0 31,9 34,5
25 a 34,9 23,3 24,0 25,6 27,7 30,4 34,2 36,8
35 a 44,9 24,1 25,1 26,7 29,1 31,7 35,6 37,8
45 a 54,9 24,2 25,6 27,4 29,9 32,8 36,2 38,4
55 a 64,9 24,3 25,7 28,0 30,3 33,5 36,7 38,5
65 a 74,9 24,0 25,2 27,4 29,9 32,6 25,6 37,3
Fonte: FRISANCHO, 1981.

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Anexo 3 - PERCENTIS PARA PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL (PCT).
PERCENTIL
Idade (anos) 5 10 25 50 75 90 95
HOMENS
1 a 1,9 6 7 8 10 12 14 16
2 a 2,9 6 7 8 10 12 14 15
3 a 3,9 6 7 8 10 11 14 15
4 a 4,9 6 6 8 9 11 12 14
5 a 5,9 6 6 8 9 11 14 15
6 a 6,9 5 6 7 8 10 13 16
7 a 7,9 5 6 7 9 12 15 17
8 a 8,9 5 6 7 8 10 13 16
9 a 9,9 6 6 7 10 13 17 18
10 a 10,9 6 6 8 10 14 18 21
11 a 11,9 6 6 8 11 16 20 24
12 a 12,9 6 6 8 11 14 22 28
13 a 13,9 5 5 7 10 14 22 26
14 a 14,9 4 5 7 9 14 21 24
15 a 15,9 4 5 6 8 11 18 24
16 a 16,9 4 5 6 8 12 16 22
17 a 17,9 5 5 6 8 12 16 19
18 a 18,9 4 5 6 9 13 20 24
19 a 24,9 4 5 7 10 15 20 22
25 a 34,9 5 6 8 12 16 20 24
35 a 44,9 5 6 8 12 16 20 23
45 a 54,9 6 6 8 12 15 20 25
55 a 64,9 5 6 8 11 14 19 22
65 a 74,9 4 6 8 11 15 19 22
MULHERES
1 a 1,9 6 7 8 10 12 14 16
2 a 2,9 6 8 9 10 12 15 16
3 a 3,9 7 8 9 11 12 14 15
4 a 4,9 7 8 8 10 12 14 16
5 a 5,9 6 7 8 10 12 15 18
6 a 6,9 6 6 8 10 12 14 16
7 a 7,9 6 7 9 11 13 16 18
8 a 8,9 6 8 9 12 15 18 24

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9 a 9,9 8 8 10 13 16 20 22
10 a 10,9 7 8 10 12 17 23 27
11 a 11,9 7 8 10 13 18 24 28
12 a 12,9 8 9 11 14 18 23 27
13 a 13,9 8 8 12 15 21 26 30
14 a 14,9 9 10 13 16 21 26 28
15 a 15,9 8 10 12 17 21 25 32
16 a 16,9 10 12 15 18 22 26 31
17 a 17,9 10 12 13 19 24 30 37
18 a 18,9 10 12 15 18 22 26 30
19 a 24,9 10 11 14 18 24 30 34
25 a 34,9 10 12 16 21 27 34 37
35 a 44,9 12 14 18 23 29 35 38
45 a 54,9 12 16 20 25 30 36 40
55 a 64,9 12 16 20 25 31 36 38
65 a 74,9 12 14 18 24 29 34 36
Fonte: FRISANCHO, 1981.

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Anexo 4 - PERCENTIS DE CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB).
PERCENTIL
Idade (anos) 5 10 25 50 75 90 95
HOMENS
1 a 1,9 11,0 11,3 11,9 12,7 13,5 14,4 14,7
2 a 2,9 11,1 11,4 12,2 13,0 14,0 14,6 15,0
3 a 3,9 11,7 12,3 13,1 13,7 14,3 14,8 15,3
4 a 4,9 12,3 12,6 13,3 14,1 14,8 15,6 15,9
5 a 5,9 12,8 13,3 14,0 14,6 15,4 16,2 16,9
6 a 6,9 13,1 13,5 14,2 15,1 16,1 17,0 17,7
7 a 7,9 13,7 13,9 15,1 16,0 16,8 17,7 19,0
8 a 8,9 14,0 14,5 15,4 16,2 17,0 18,2 18,7
9 a 9,9 15,1 15,4 16,1 17,0 18,3 19,6 20,2
10 a 10,9 15,6 16,0 16,6 18,0 19,1 20,9 22,1
11 a 11,9 15,9 16,5 17,3 18,3 19,5 20,5 23,0
12 a 12,9 16,7 17,1 18,2 19,5 21,0 22,3 24,1
13 a 13,9 17,2 17,9 19,6 21,1 22,6 23,8 24,5
14 a 14,9 18,9 19,9 21,2 22,3 24,0 26,0 26,4
15 a 15,9 19,9 20,4 21,8 23,7 25,4 26,6 27,2
16 a 16,9 21,3 22,5 23,4 24,9 26,9 28,7 29,6
17 a 17,9 22,4 23,1 24,5 25,8 27,3 29,4 31,2
18 a 18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4
19 a 24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1
25 a 34,9 24,3 25,0 26,4 27,9 29,8 31,4 32,6
35 a 44,9 24,7 25,5 26,9 28,6 30,2 31,8 32,7
45 a 54,9 23,9 24,9 26,5 28,1 30,0 31,5 32,6
55 a 64,9 23,6 24,5 26,0 27,8 29,5 31,0 32,0
65 a 74,9 22,3 23,5 25,1 26,8 28,4 29,8 30,6
MULHERES
1 a 1,9 10,5 11,1 11,7 12,4 13,2 13,9 14,3
2 a 2,9 11,1 11,4 11,9 12,6 13,3 14,2 14,7
3 a 3,9 11,3 11,9 12,4 13,2 14,0 14,6 15,2
4 a 4,9 11,5 12,1 12,8 13,6 14,4 15,2 15,7
5 a 5,9 12,5 12,8 13,4 14,2 15,1 15,9 16,5
6 a 6,9 13,0 13,3 13,8 14,5 15,4 16,6 17,1
7 a 7,9 12,9 13,5 14,2 15,1 16,0 17,1 17,6
8 a 8,9 13,8 14,0 15,1 16,0 17,1 18,3 19,4

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9 a 9,9 14,7 15,0 15,8 16,7 18,0 19,4 19,8
10 a 10,9 14,8 15,0 15,9 17,0 18,0 19,0 19,7
11 a 11,9 15,0 15,8 17,1 18,1 19,6 21,7 22,3
12 a 12,9 16,2 16,6 18,0 19,1 20,1 21,4 22,0
13 a 13,9 16,9 17,5 18,3 19,8 21,1 22,6 24,0
14 a 14,9 17,4 17,9 19,0 20,1 21,6 23,2 24,7
15 a 15,9 17,5 17,8 18,9 20,2 21,5 22,8 24,4
16 a 16,9 17,0 18,0 19,0 20,2 21,6 23,4 24,9
17 a 17,9 17,5 18,3 19,4 20,5 22,1 23,9 25,7
18 a 18,9 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23,7 24,5
19 a 24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9
25 a 34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4
35 a 44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 24,7 27,2
45 a 54,9 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 27,4
55 a 64,9 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0
65 a 74,9 18,5 19,5 20,8 22,5 24,4 26,4 27,9
Fonte: FRISANCHO, 1981.

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Anexo 5. PERCENTIS ANTROPOMÉTRICOS PARA INDIVÍDUOS MAIORES DE 75 ANOS.
PERCENTIL

Idade (anos) 10 15 25 50 75 85 90
HOMENS

70 a 79 PCT 7,3 7,8 9,0 12,4 16,0 18,8 20,6


CB 27,5 28,2 29,3 31,3 33,4 35,1 36,1
CMB 24,4 24,8 25,6 27,2 28,9 30,0 30,5

Mais de 80 PCT 6,6 7,6 8,7 11,2 13,8 16,2 18,0


CB 25,5 26,2 27,3 29,5 31,5 32,6 33,3
CMB 22,6 23,2 24,0 25,7 27,5 28,2 28,8

MULHERES

70 a 79 PCT 12,5 14,0 16,4 21,8 27,7 30,6 32,1


CB 25,4 26,1 27,4 30,1 33,1 35,1 36,7
CMB 20,3 20,8 21,6 23,0 24,8 26,3 27,0

Mais de 80 PCT 9,3 11,1 13,1 18,1 23,3 26,4 28,9


CB 23,0 23,8 25,5 28,4 31,5 33,2 34,0
CMB 19,3 20,0 20,9 22,6 24,5 25,4 26,0
KUCZMARSKI et al/NHANES III (1988-1994).

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