Obra Literária e Gêneros Literários
Obra Literária e Gêneros Literários
Obra Literária e Gêneros Literários
Obra literária
Gêneros literários
Professora Polyanne
Turno Vespertino
Obra literária
Produto artístico
Forma escrita ou oral
Narra um fato, série de eventos, sentimentos e ideias, fictícios ou não.
Professora Polyanne
Gêneros literários
Professora Polyanne
Gêneros literários
Em seu livro A poética, Aristóteles ressalta que existiam basicamente três gêneros
literários, aos quais, hoje, chamamos “gêneros clássicos”:
Quero vivê-lo em cada vão momento Eu possa me dizer do amor (que tive):
E em seu louvor hei de espalhar meu canto Que não seja imortal, posto que é chama
E rir meu riso e derramar meu pranto Mas que seja infinito enquanto dure
Ao seu pesar ou seu contentamento
Professora Polyanne
Subgêneros líricos
Ode: composição criada com para homenagear ou exaltar
algo ou alguém. (A flor que és - Ricardo Reis)
Sátira: texto que ridiculariza os vícios e as imperfeições.
Hino: produção que louva e engrandece algo, geralmente
a pátria ou personagens históricas, divindades. (Hino
Nacional)
Professora Polyanne
Gênero épico
Produção literária em que se narra uma história.
Ainda que Aristóteles tenha escrito a classificação "Gênero épico", esse
termo abarca ainda o "Gênero narrativo", a fim de incluir os textos
modernos escritos em prosa.
Epopeia: narrativa de grandes acontecimentos, grandes feitos de um
povo. A presença de um herói é essencial a esse subgênero. A narrativa
trata de um passado o qual pode ser povoado por figuras mitológicas.
A Ilíada e a Odisseia, de Homero, são as epopeias gregas mais
conhecidas e instauram o início da literatura narrativa ocidental.
Obras da Antiguidade:
- A Ilíada narra a fúria do herói Aquiles e
suas consequências trágicas durante a
Guerra de Troia.
Obra da Idade Moderna (1572):
- Os Lusíadas narram as conquistas
- A Odisseia narra o retorno de Ulisses, o
lusitanas até a chegada de Vasco da
Odisseu, rei de Ítaca, após essa guerra.
Gama à Índia.
- Amor e veneração ao rei de Portugal, D.
Curiosidade: pouco se sabe sobre a vida
Sebastião, e ao povo lusitano.
de Homero, muitos acreditam que, na
- Defesa da fé cristã e da expansão do
verdade, essas obras sejam um conjunto
império português.
de histórias narradas por diferentes
poetas, que as transmitiram oralmente ao
longo dos anos, e Homero tenha as
compilado/reunido em uma só obra.
Gênero Épico/Narrativo
As histórias narradas em prosa passaram a ser escritas apenas no
século XVIII, a partir daí surgem os subgêneros modernos.
Além da mudança estrutural, o protagonista não precisa ser um
herói com características mitológicas ou extraordinárias, mas pode
ser um indivíduo comum e cheio de imperfeições.
Tal qual as epopeias (gênero épico), as narrativas escritas em
prosa possuem os elementos narrador, personagens, enredo e
tempo, mas, por desenvolver uma estrutura diferente das antigas
obras épicas, ele é caracterizado por conter as seguintes partes:
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Gênero Épico/Narrativo
Professora Polyanne
Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o
Contos:
Narrativa curta.
Podem ser classificados como conto de fadas (ou conto maravilhoso), de
terror, fantástico.
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Gênero Épico/Narrativo
Fábula:
Narrativa curta cujo objetivo é dar algum ensinamento, uma moral.
As personagens são animais, mas com características de comportamento e
socialização semelhantes às dos seres humanos.
Exemplo: A cigarra e a formiga.
Novela:
Narrativa de extensão intermediária entre o romance e a fábula.
Os fatos são desenvolvidos de forma mais sucinta que no romance: toda a
ação acompanha a trajetória de poucos personagens, enquanto o romance
apresenta diversas tramas e linhas narrativas.
Exemplo: O alienista, de Machado de Assis.
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Gênero Épico/Narrativo
Crônicas:
Crônica é o tipo de texto que aborda acontecimentos do dia a dia em uma narração
curta e situa-se entre o jornalismo e a literatura.
Escrita em textos curtos e de fácil compreensão;
Possui linguagem despojada e simples;
Narra situações do cotidiano;
O uso de poucos personagens (às vezes, nenhum);
Caráter crítico sobre comportamentos e situações;
O uso do humor crítico, irônico e sarcástico.
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Gênero Épico/Narrativo
O amor e a morte (Carlos Heitor Cony)
Foi em dezembro, dez anos atrás. Mila teve nove filhotes, impossível ficar com a ninhada
inteira, fiquei com aquela que me parecia a mais próxima da mãe.
Nasceu em minha casa, foi gerada em minha casa, nela viveu esses dez anos,
participando de tudo, recebendo meus amigos na sala, cheirando-os e ficando ao lado
deles - sabendo que, de alguma forma, devia homenageá-los por mim e por ela.
Ao contrário da mãe, que tinha alguma autonomia existencial, aquilo que eu chamava de
“fumos fidalgos”, como o Dom Casmurro, Títi era um prolongamento, o dia e a noite, o sol
e todas as estrelas, o universo dela centrava-se em acompanhar, resumia-se em estar
perto.
Quando Mila foi embora, há dois anos, ela compreendeu que ficara mais importante - e,
se isso fosse possível, mais amada. Escoou com sabedoria a dor e o pranto, a ausência e
a tristeza, e se já era atenta aos movimentos mais insignificantes da casa, com o tempo
tornou-se um pedaço significante da vida em geral e do meu mundo particular.
O amor e a morte (Carlos Heitor Cony)
Vida e mundo que deverão, agora, continuar sem ela - se é que posso chamar de
continuação o que tenho pela frente. Perdi alguns amigos, recentemente, mas foram
perdas coletivas que doeram, mas, de certa forma, são compensadas pela repartição do
prejuízo.
Perder Títi é um “resto de terra arrancado” de mim mesmo - e estou citando pela segunda
vez Machado de Assis, que criou um cão com o nome do dono (Quincas Borba) e sabia
como ninguém que dono e cão são uma coisa só.
Essa “coisa só” fica mais só, nem por isso fica mais forte, como queria Ibsen. Fica apenas
mais sozinho mesmo, sem ter aquele olhar que vai fundo da gente e adivinha até a alegria
e a tristeza que sentimos sem compreender. Sem Títi, é mais fácil aceitar que a morte seja
tão poderosa, desde que seja bem menos poderosa do que o amor.
Gênero Dramatúrgico
Gênero que une arte cênica à arte literária.
Texto literário voltado para a encenação, para ser interpretado em uma
peça de teatro: o diretor e os atores de uma peça são os leitores
originais dessas obras.
Aristóteles subdividiu esse gênero em tragédia e comédia.
Em sua origem grega, o gênero dramático estava associado à
imitação ou representação da realidade.
Tragédia: representação de indivíduos moralmente superiores. O
padecimento como meio mais adequado para produzir terror e
compaixão.
Comédia: imitação de seres moralmente inferiores.
Professora Polyanne
Gênero Dramatúrgico
Professora Polyanne
Subgêneros Dramatúrgicos
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Subgêneros Dramatúrgicos
Farsa:
Gênero surgido na Grécia Antiga e atingiu seu auge em meados do século
XIV quando se espalhou pela Europa.
Texto, normalmente curto.
Professora Polyanne
Subgêneros Dramatúrgicos
Auto:
Surgiu na Idade Média, na Espanha, por volta do século XII.
Texto, normalmente curto.
Linguagem simples.
Tema religioso ou satírico, possui uma intenção claramente
moralizadora.
Exemplos: Auto da Compadecida, escrito por Ariano Suassuna em
1955.
Professora Polyanne
O Auto da Compadecida
JOÃO GRILO – Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em
verso. Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando).
Professora Polyanne
Obrigada!